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www.revistamaiseducacao.com
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Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 302 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417
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Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Fabíola
Larissa Tavares – Vol. 2, n. 9 (nov. 2019) -. São Caetano do Sul:
Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2019
1784 p.: il. color
Mensal
Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario-
V2-N9-2019>
ISSN:2595-9611 (on-line)
1.Educação. 2. Pedagogia. I Tavares, Fabíola Larissa, ed. II. Título
CDU: 37
CDD: 370
Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
3
EDITORIAL
O PROFESSOR COMO MEDIADOR NA FORMAÇÃO HUMANA
“[...] Tudo o que não temos ao nascer, e de que
precisamos adultos, é-nos dado pela educação [...].
Essa educação nos vem da natureza, ou dos
homens ou das coisas” (Jean-Jacques Rousseau).
O ser humano não nasce pronto para trilhar o seu caminho de vida.
Necessita dos seus pares para o seu desenvolvimento e formação. A gênese da
construção sócio-política do homem acontece por intermédio da educação,
uma mediação que vai ser desenvolvida para a sua autonomia e para a sua
integração social. Rousseau, em 1762, em seu romance “Emílio ou da
Educação”, do qual a epígrafe acima foi retirada, já desvelava como deveríamos
educar o cidadão ideal. Porém, estamos imersos em um mundo pós-moderno
de rápidas mudanças em diversos contextos, resultando numa sociedade
complexa e diversificada. Tais mudanças, advindas da grande rede de
informação que se formou em consequência do acesso cada vez mais amplo à
internet e derivadas da revolução das tecnologias de informação, tornam o
conhecimento cada vez mais acessível e veloz. O ser humano plural, oriundo e
dentro desse meio incerto e globalizante, procura crescer e buscar sua melhor
formação, como meio de instrumentalizar sua transformação social. Paramos e
perguntamos: O que seria a educação na pós-modernidade? Qual o papel da
escola? Quem seria esse professor? Podemos conceituar a educação como o
processo de aperfeiçoamento do homem no sentido de promover a sua
realização plena como cidadão, com a transmissão e assimilação de
conhecimentos e valores culturais de sua sociedade. Assim, essa educação,
formal ou não, abarca compartilhar experiências que teriam a intencionalidade
com o ensinar, ora desenvolvida fora ou dentro do ambiente das escolas,
estruturada nas relações entre pessoas. A escola, como unidade básica e espaço
de realização de objetivos e metas do sistema educativo, está no centro da
atenção da sociedade, se constitui de importante valor estratégico no seu
desenvolvimento, na promoção da qualidade de vida e no atendimento das
demandas socais das comunidades no seu entorno. O professor que busca
‘fazer a diferença’, apresenta algumas características relacionadas ao exercício
profissional e ao relacionamento humano: primeiro, mostra entusiasmo no
exercício profissional, promove um clima de paz e harmonia no ambiente
escolar, incentiva, auxilia, motiva seus alunos no processo ensino-
aprendizagem; segundo, demonstra afetividade e sensibilidade na relação
professor-aluno, principalmente e em especial no caso dos limites bem
próximos do ambiente escolar. Devemos nos lembrar de que o sucesso do
nosso aluno, em certa medida, pode ser também o nosso sucesso como
professores, pois certamente conseguimos atingir o nosso objetivo principal
que é o do pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania ampla e sua qualificação para a vida adulta com autonomia.
Professor Doutor Hercules Guimarães Honorato
Chefe da Divisão de Assuntos Psicossociais da Escola Superior de Guerra (ESG),
Rio de Janeiro, Brasil; Doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de
Guerra Naval; Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia pela Escola
Superior de Guerra; Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá,
Especialista em Gestão Internacional e MBA Logística pelo Instituto COPPEAD
de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Docência do
Ensino Superior; Bacharel em Ciências Navais com Habilitação em
Administração pela Escola Naval.
Autor do livro: Relato de uma Experiência Acadêmica: O “Eu” professor-
pesquisador.
CONSELHO EDITORIAL
Alex Rodolfo Carneiro
Fabíola Larissa Tavares
Fatima Ramalho Lefone
Hercules Guimarães Honorato
Lindalva José de Freitas
Mariana Siqueira Silva
Rodrigo da Silva Gomes
Patrícia Regina de Moraes Barillari
EDITORA-CHEFE
Fabíola Larissa Tavares
REVISÃO E NORMALIZAÇÃO
DE TEXTOS
Fatima Ramalho Lefone
Rodrigo da Silva Gomes
PROGRAMAÇÃO VISUAL E
DIAGRAMAÇÃO
Cíntia Aparecida da Silva Gomes
PROJETO GRÁFICO
Mônica Magalnik
COPYRIGTH
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
Editora Centro Educacional Sem
Fronteiras (novembro, 2019) - SP
Publicação Mensal e
multidisciplinar vinculada a
Editora Centro Educacional Sem
Fronteiras.
Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva dos
autores e não expressam,
necessariamente, a opinião do
Conselho Editorial
É permitida a reprodução total ou
parcial dos artigos desta revista,
desde que citada a fonte.
Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º
andar sala 302 - Centro
São Caetano do Sul – SP CEP:
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REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
4
SUMÁRIO
11 “JOGAR FORA? ”
NARRATIVAS DE UM PROJETO
Silvia Maria Venancio da Silva
19 A AFETIVIDADE DA FAMÍLIA E ESCOLA NA
APRENDIZAGEM
Thaís Pagan Simões Pugliesi
27 A ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
Élida de Sousa Machado
40 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: CONTRIBUIÇÕES
TEÓRICAS
Fabíola Kallai Navikas Poças
56 A ARTE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO SER
HUMANO
Elaine Regina Braga Brun
67 A BRINCADEIRA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Samanta Evelyn de Melo Amarellinho
80 A BRINQUEDOTECA NA EDUCAÇAO INFANTIL:
LUGAR DE BRINCAR, APRENDER E CRIAR
Sandra Cirilo Rainato
91 A CANOA VIROU: UM OLHAR DA ARTE SOBRE O
MAR
Fernanda Rodrigues dos Santos
102 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL
DO DOCENTE
Sandra Miranda de Oliveira Silva
112 A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO
Rose Bonincontro Cruz
121 A CRIANÇA E A MÚSICA: UM OLHAR SOBRE A
EDUCAÇÃO MUSICAL NA INFÂNCIA
Elíria Carvalho da Silva Oliveira
129 A CRIANÇA E O FAZ DE CONTA
Carmelita Oliveira Itacaramby
146 A DEMOCRACIA E AS INTERVENÇÕES DA
HISTÓRIA
Mônica Aparecida Chiacho
158 A ENTRADA DA CRIANÇA NA ESCOLA E SUA
ADAPTAÇÃO
Daniela Felix Novaes
171 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A NECESSIDADE
DE MODIFICAR OS OLHARES DIANTE DAS
PROPOSTAS DE ENSINO APRENDIZAGEM
OFERECIDO PELAS INSTITUIÇÕES
Helena Furtado
183 A GESTÃO PARTICIPATIVA E A ASSOCIAÇÃO DE
PAIS E MESTRES: UMA ABORDAGEM CRÍTICA
Mara Regina Alcasas
198 A GRAFOLOGIA NA ESCOLA
Beatriz Mendes Scolamier
205 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE EXPRESSADA
EM SALA DE AULA PELOS PROFESSORES E
ALUNOS
Maria Elizangela Cavalcante Alves
212 A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Ioneide Rodrigues da Silva Cenatti
222 A IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA NO
TRABALHO COM A EDUCAÇÃO INFANTIL
Juçara Aparecida Apolinário da Luz
230 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PARA
DIVERSIDADE
Josilene Aparecida de Souza
236 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA
DOS PROFESSORES PARA O IMPRESCINDÍVEL
PAPEL DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Rozana Grossi Teixeira Leite
250 A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA DURANTE O
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Juliana de Jesus Pedro Pacheco
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
5
261 A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA FRENTE À
GESTÃO ESCOLAR
Layanna Prado de Oliveira
271 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO PROCESSO
DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Adriana Mara Gallo
278 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES CÊNICAS E DA
DIDÁTICA, COMO FERRAMENTAS AUXILIADORAS
DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO
Andréia Carvalho dos Santos
286 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL E AS SUAS POSSIBILIDADES
Juliana Maria de Castro Ribeiro
303 A IMPORTÂNCIA DO DIZER: ESTUDO DE CASO
NO ENSINO DE NARRATIVA NO ENSINO
FUNDAMENTAL II
Maria Helena dos Santos Gonçalves
320 A IMPORTÂNCIA DO GESTOR ESCOLAR NA
MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES
Jakeline de Sousa Carvalho
Talita Alves Silva
327 A IMPORTÂNICA DOS JOGOS NA
APRENDIZAGEM LÚDICA
Luana Major Floresta
336 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
AUDITIVA NO BRASIL
Nerli Ferreira da Silva
347 A INDIVIDUALIDADE DAS CRIANÇAS E SUAS
RELAÇÕES EDUCACIONAIS
Ana Paula Masson
355 A INFLUÊNCIA DA RESPIRAÇÃO ORAL NAS
DIFICULDADES ESCOLARES
Tatiana Paula de Souza Pereira
369 A INFLUÊNCIA DOS PAIS NA EDUCAÇÃO E
FORMAÇÃO DO CARÁTER DOS FILHOS
Eliane Lemos Reis
382 A INSERÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NOS
CURRÍCULOS ESCOLARES
Luciana Oliveira Silva de Araújo
391 A LUDICIDADE NO ENSINO MATEMÁTICO
Sonia Noriko Kakizaki Miyata
399 A MULTIMODALIDADE NO GÊNERO TEXTUAL
FACEBOOK: REFLEXÕES SOBRE UM TRABALHO
EM SALA DE AULA
Valdemir Melo de Souza
408 A MÚSICA COMO INSTRUMENTO PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
Simone Cristiane Seiva dos Santos
424 A MÚSICA E SUA RELAÇÃO COM A
NEUROPSICOPEDAGOGIA
Hildeci de Souza Dantas
Lucival Nascimento de Souza
434 A MUSICALIZAÇÃO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rosimeri Maria Ricarte Paes
445 A PEDAGOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DA
LUDICIDADE PARA O PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM
Regiane Aparecida Silva
459 A PEDAGOGIA NA EXPRESSÃO CORPORAL
Juliana Nicoa Negreiros Lopes
472 A PREPARAÇÃO DO EDUCADOR E DO AMBIENTE
PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Elisieux Neci da Silva Alencar
484 A PROPOSTA DE TRABALHO COM A LINGUAGEM
ORAL E ESCRITA NORTEADOS PELA BASE
NACIONAL COMUM CURRICULAR
Christian Maria Castro de Sousa
494 A RELAÇÃO ENTRE A CRIATIVIDADE E A ARTE O
PROCESSO CRIATIVO DO INDIVÍDUO
Maria Aparecida Rodrigues dos Santos
503 A RELEVÂNCIA DO LETRAMENTO NO PROCESSO
DA ALFABETIZAÇÃO
Luciene Suzarte Santos
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
6
512 A TRIGONOMETRIA NO CURSO TÉCNICO EM
ELETROTÉCNICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA
E TECNOLOGIA DA PARAÍBA- IFPB-
CONTRIBUIÇÕES DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
Antonio Gutemberg Resende Lins
526 ABORDAGENS DIDÁTICO METODOLÓGICAS
PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Daniela Cristiane dos Anjos
536 ACESSIBILIDADE: UM OLHAR PARA O FUTURO
Solange Nunes Mantovani
547 ARTES: MEDIAÇÃO E APRENDIZAGEM
Claudia Aparecida Teixeira de Abreu
555 AS ARTES E SUAS TENDÊNCIAS
Simone Coelho dos Santos
564 AS INTERAÇÕES SOCIAIS NA SALA DE AULA POR
MEIO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY
Claudia Rosana de Toledo
570 AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS E OS PROJETOS DE
TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Priscila Bueno Carvalho de Souza
584 AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: UMA RESPOSTA
AO SEU CONTEXTO
Patrícia Viqueti de Araújo
593 AS VÁRIAS FASES DO LETRAMENTO: NARRATIVA
METODOLÓGICA
Sandra Dias Paza Spadaro
601 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO:
TEORIA E PRÁTICA
Roselaine de Fátima Moreira Borges
618 ATIVIDADES LÚDICAS COMO RECURSO NO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Silmara Filomeno Gonçalves
623 AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: PERCEPÇÕES
DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Gislaine Cristina do Espirito Santo
633 AVALIAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO
Joyce Maria de Araujo
642 BRINCADEIRA E AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Vivian Gomes Fiuza
651 BRINCAR E APRENDER NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Talita de Jesus Nascimento
663 CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO
Maria Izabel Cordeiro
671 CÓDIGOS DOS PRIVADOS DE LIBERDADE EM
REGIME SEMIABERTO: A GÍRIA QUE SAIU DA
MARGINALIDADE PARA DOMINAR AS RUAS
Antônio Xisto Vilela
680 CONCEPÇÕES SOBRE A CULTURA DA LEITURA E
DA ESCRITA: IMPRESSÕES DE PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE SÃO PAULO
Ana Paula Prado Godoi
691 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: TEORIA E PRÁTICA
Marta Maria da Silva
704 CONTEXTO E ÁNALISE: MEMÓRIAS DE CIBELE
Renato Ilton da Silva Aragão
710 CONTEXTUALIZANDO A ALFABETIZAÇÃO
Elielda Fernanda de Sousa Aguiar
720 CONTEXTUALIZANDO A MÚSICA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Eliane de Jesus Pereira
738 CONTEXTUALIZANDO A PSICOPEDAGOGIA
Simone Porfirio Mascarenhas
747 CONTRIBUIÇÕES DA ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Edna Guimarães Vieira
759 CONTRIBUIÇÕES DOS CONTOS DE FADAS NA
ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA INSTITUIÇÃO
DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Madalena Silva da Costa
771 DÉFICIT COGNITIVO E PARTICULARIDADES DA
CRIANÇA
Kelly Naxara
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
7
781 DIFICULDADES DE CONCENTRAÇÃO
Eurides Pereira Glória
Eva Lopes Sampaio
794 DIREITO À EDUCAÇÃO: BREVE ANÁLISE SOBRE A
VIOLÊNCIA NO COTIDIANO ESCOLAR
Raimundo Nonato Marinho de Sousa
802 DISLEXIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA
FORMAÇÃO DO ALUNO
José Maria Lemes Souza
811 DISLEXIA: A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA
APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NO ENSINO
INFANTIL
Maria Violêta Lima Macêdo
824 DO MITO AO CONTO DE FADAS: UM PERCURSO
DE “EROS E PSIQUE”
Patrícia Silva Lima
837 EAD NO ENSINO SUPERIOR: FLEXIBILIZAÇÃO,
PRECARIZAÇÃO E PERDA DE AUTONOMIA DO
TRABALHO DOCENTE
Daniele Cruz
844 EDUCAÇÃO: INFÂNCIA E JOGOS
Carlene Aguiar Pereira
856 EDUCAÇÃO E AS REFORMAS EDUCACIONAIS
Kelly Ribeiro Reis
869 EDUCAÇAO E DIVERSIDADE
Suzana Rosa dos Santos Silva
878 EDUCAÇÃO ESPECIAL: MEDIAÇÃO COMOS
INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM
Camila Nunes Santos
889 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E INCLUSÃO:
EXCLUDENTE OU INCLUSIVA?
Mariana de Souza
900 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO ATUAL
Liliana Ferreira Delgado
906 EDUCAÇÃO INCLUSIVA! UM DIRETO! UM DEVER!
Daniela Rita de Cassia Walasinski Di Nardi Vieira
914 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: IMPLICAÇÕES DA
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
Railda Lopes da Rocha
919 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM OLHAR
DIFERENCIADO
Carina Luciene dos Santos Lopes
931 EDUCAÇÃO INFANTIL: BRINCAR E APRENDER
Maria Jussara Menezes
946 EDUCAÇÃO INFANTIL: BRINCAR E APRENDER
Daniela Dantas Esteves Berte
956 EDUCAÇÃO INFANTIL: MÚSICA E
APRENDIZAGEM
Rosemeire Gomes Clemente
964 EDUCAR CUIDANDO OU CUIDAR EDUCANDO?
Kelly Cristina Conti Fernandes
979 ENSINAR A LER E ESCREVER NA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS (EJA)
Simone Aparecida Brugugnoli
985 ENSINO DE CIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO-
FORMAIS DE ENSINO: UMA PROPOSTA PARA
RESÍDUOS SÓLIDOS
Fabrício Masaharu Oiwa da Costa
1000 ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: TRAJETÓRIA,
ABORDAGENS, EFICÁCIA NA VISÃO DOS
EDUCADORES
Cristiane dos Santos Barbosa
1018 ESCOLA E FAMÍLIA: ÁREAS DE ATUAÇÃO DA
ESCOLA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
Luiz Carlos Eduardo Amaral Nascimento
1030 ESCOLA, INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA:
POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Carla de Souza Bueno
1038 ESTUDOS EM MEIO AMBIENTE E GEOGRAFIA NA
PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Gleice Roberta Brasolin
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
8
1045 EVOLUÇÃO DA APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO DE
UMA ALUNA DO 7º ANO COM DEFICIÊNCIA
MENTAL GRAVE EM UMA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL II EM JABOATÃO DOS
GUARARAPES – PE
Loiva Liana Santos Borba
Renata Viviane da Silva
Keila de Oliveira Santos
Erivânia Barbosa Ferreira
Saulo Rafael Torres de Alencar
1053 EXPLORAÇÃO DA LINGUAGEM MATEMÁTICA
POR INTERMÉDIO DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Teresa Marcia Rispoli Marigo Guanaes Fragata
1065 FAMÍLIA E SOCIEDADE: ANÁLISE CONTEXTUAL E
IMPACTOS NA ESCOLA
Marcos Francisco Ribeiro Froes
1075 FORMAÇÃO DOCENTE E O ATENDIMENTO AOS
ALUNOS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE – TDAH
Rafael Silvério de Moraes
Fernanda Camila de Moraes Silvério
1086 FORMAÇÃO DOCENTE:
TEORIA VERSUS PRÁTICA
Denise Emmett da Silva Leite
1097 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA:
DESAFIO, UTOPIA OU REALIDADE?
Claudineide Batista dos Santos
1107 GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: DESAFIOS
PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Manoel Cícero da Silva Filho
1116 GESTÃO ESCOLAR GESTÃO DEMOCRÁTICA
Kátia Shirlene Cursino Moreira
1127 GRAVIDEZ PRECOCE EM ADOLESCENTES
Edilamar Caonetto
1138 INCENTIVANDO A CRIANÇA A EXPLORAR A ARTE
Iranilde Rodrigues Silva Lavado
1147 INCLUSÃO E EDUCAÇÃO:
POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Maria Izabel da Silva
1156 INCLUSÃO: PROCESSO PARA UMA EDUCAÇÃO
IGUALITÁRIA
Alessandra Fabiana Coimbra Carvalho Latorraca
1161 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE OBJETOS DE
APRENDIZAGEM (OA) A PARTIR DA TEORIA DA
CARGA COGNITIVA (TCC)
Tereza Cristina Lima Portela
Mário Cézar Amorim de Oliveira
1177 JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS COMO
FACILITADORA DE APRENDIZAGENS
Ivone Moreira de Jesus Miranda Silveira
1185 LAZER E ATIVIDADE FÍSICA NO
DESENVOLVIMENTO DE VIRTUDES E VALORES
Leandro Fábio dos Santos Ferreira
1195 LEITURA DE IMAGENS: A ESTRATÉGIA DE
ROBERT OTT
Cintia Elidia Firmino
1210 LEITURA E PALAVRA: A CRIANÇA COMO SUJEITO
DE COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Josiane Henrique de Luna
1220 LUDOPEDAGOGIA: UMA MANEIRA NOVA DE
ENSINAR
Daniela Marques Vichessi
1227 LUDOPEDAGOGIA: UTILIZAÇÃO DO LÚDICO
COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A
ALFABETIZAÇÃO
Danielli Falcão Forchito Rolim
1236 METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA:
DIFICULDADES NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM NO SEXTO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Natália Gonçalves Duarte
1253 MODELAGEM MATEMÁTICA:
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Alex Sandro Pires de Lima
1271 MÚSICA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO
Daniela Rebelo Silva
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
9
1279 NEUROCIÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM PROCESSO
ENSINO E APRENDIZAGEM
Renata Lopes Neto
1288 O ANALFABETISMO FUNCIONAL EM ALUNOS
UNIVERSITÁRIOS
Etelvina Alves Moreira
1299 O BRINCAR EDUCATIVO NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Luzia Alves Coutinho
1306 O CONTATO COM A NATUREZA E SUA
INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA
Simone Maria da Silva
1312 O DESENHO E SUA IMPORTÂNCIA ENQUANTO
OBJETO DE INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICO:
SÍNTESE DE EVIDÊNCIAS
Gabriella Bomfim Fortino
1321 O ENSINO DA ARTE PARA CRIANÇAS COM
SÍNDROME DE DOWN
Elaine Cristina da Silva Beserra
1333 O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA E INDÍGENA - LEI NO 11.645/08:
DETERMINAÇÃO LEGAL E PRÁTICA NAS ESCOLAS
PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA - RJ
Ciro Alves dos Santos
1350 O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NOS ANOS
INICIAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA VISÃO
PELO BILINGUISMO
Edson José Barbosa
1359 O ENSINO DE FILOSOFIA NO NÍVEL MÉDIO
ESCOLAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA
FILOSÓFICA
José Saraiva da Silva
1382 O ENSINO DE GEOGRAFIA E A TRANSIÇÃO DE
CICLOS
Solange Puga da Silva
1389 O MARAVILHOSO LOUREIRO E AS SUAS
UTILIDADES
Roger Luiz Franco
1410 O PAPEL DO SUPERVISOR NAS ESCOLAS E OS
DESAFIOS PARA A CONTRIBUIÇÃO DE UMA
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
Déborah Guaraná de Lima Amaral
1422 O PAPEL FUNDAMENTAL DO REGISTRO NA
EDUCAÇAO INFANTIL
Andressa da Silva Carvalho
1427 O PROFESSOR DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO E O ENSINO DA LIBRAS: DESAFIO
PARA A EDUCAÇÃO DO SURDO NO ENSINO
COMUM NO MUNICÍPIO DE CAXIAS -MA
Francisca das Chagas Pereira da Silva Santos
1442 O PROJETO PEDAGÓGICO: CONSTRUÇÃO
COLETIVA
Adriana Sampaio Ramiro Sabadini
1453 O REENCANTAR NA EDUCAÇÃO
Eva Meire de Oliveira
1464 O ROLE-PLAYING GAME (RPG) COMO
ESTRATÉGIA DIDÁTICO-METODOLÓGICA PARA O
ENSINO DE CIÊNCIAS
Henrique José Polato Gomes
Lupe Furtado Alle
Ricardo Lehtonen Rodrigues Souza
1481 O TEATRO NA SALA DE AULA:
CONTRIBUIÇÕES PARA APRENDIZAGEM
Andréia Fagundes Fraga
1488 O USO DAS TECNOLOGIAS NA EJA DO SÉCULO
XXI: NARRATIVA DE IMPLANTAÇÃO DE PROJETO
EM UM CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO
Milene Otavia Oliveira Diniz Bertolli
1499 O USO DIDÁTICO DAS ARTES NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Luciane Aparecida Juventino da Silva
1515 OS CAMINHOS DE UMA EDUCAÇÃO
SUSTENTÁVEL
Audrey Rose Amadeu Santana Silva
1522 OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIAS
Marli Guimarães da Silva
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
10
1529 OS JOGOS E BRINCADEIRAS NAS PRÁTICAS DE
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Raquel de Castro Bademian Zapalá
1549 PEDAGOGIA HOSPITALAR: O PAPEL DO
PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR
Patrícia de Araújo Lima Freire
1561 POLÊMICAS SOBRE A HISTÓRIA: AFINAL HITLER E
O NAZISMO FOI UM MOVIMENTO COM
VALORES COMUNISTAS DE ESQUERDA?
Rodrigo Fernando Assis dos Santos
1566 POSSIBILIDADES E DESAFIOS DOCENTE NO
ATENDIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA
FÍSICA
Solange Aparecida da Cunha Sakamoto
1577 POTENCIALIDADES DOS ALUNOS COM ALTAS
HABILIDADES: SUPERDOTAÇÃO
Rose Soraya Duarte Siqueira
1585 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E SUAS
CONTRIBUIÇÕES NA VIDA DA CRIANÇA
Rosania Silva Bittante
1593 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Cibele Cristina de Lima Leão
1600 PROFESSOR E ALUNO: UMA PARCERIA NA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E NA
REDESCOBERTA DOS SABERES
Juliana Koga Vieira
1608 PROFESSOR ESPECIALISTA E SUAS IMPLICAÇÕES
NA EDUCAÇÃO DE SURDOS
Eliane Ribeiro Camaroti da Silva
1616 PSICOPEDAGOGIA FUNCIONAL: O CAMINHAR E
O CAMINHO
Andrea Palieraqui Rodovalho
1635 REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA NO ENSINO
SUPERIOR
Marlene Cecílio De Jesus
1648 REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E
CULTURA AFRICANA A PARTIR DA LEI 101.639/03
Raquel Helem Lopes
1662 RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO AMBIENTE
VIRTUAL: RELAÇÃO TUTOR X ALUNO
Vera Lucia de Faveri Fernandes e Silva
1669 RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO
ESCOLAR
José Armando Soares dos Santos
1691 SABERES E PRÁTICAS DO AGENTE DE
INCLUSÃO/CUIDADOR NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DO ALUNO AUTISTA
Maria Helena Rodrigues Bezerra
Domingas Silva dos Santos
Maria de Fatima Sousa
1702 SARAU LITERÁRIO
Marinete Ferreira Araujo
1708 SUSTENTABILIDADE: O USO DO PAPEL
RECICLADO
Adriana de Sá Marques
1727 SUSTENTABILIDADE: USO CONSCIENTE DA ÁGUA
Marilda da Silva Ribeiro
1745 TECNOLOGIA E SOFTWARES EDUCATIVOS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Gisleine Mendonça de Aguiar
1760 TRANSTORNO BIPOLAR NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA: DESAFIOS DA ESCOLA
Elaine Romero
1767 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH): DESAFIOS
DA INCLUSÃO
Patricia Fujii de Matos
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1333
O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-
BRASILEIRA E INDÍGENA - LEI NO 11.645/08:
DETERMINAÇÃO LEGAL E PRÁTICA NAS
ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARRA
MANSA - RJ
Ciro Alves dos Santos 1
RESUMO: Analisar a aplicabilidade do ensino da disciplina História e Cultura Afro-brasileira nas
escolas de ensino público no município de Barra Mansa – RJ foi o principal objetivo deste artigo.
Para sua realização, traçou-se um referencial teórico acerca das proposições de autores para seu
enriquecimento, autores como: Candau (2009); Freire (2000); Fonseca (2007), além da legislação
pertinente.
Palavras-Chave: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; Determinação legal; Lei no
11.645/08; Município de Barra Mansa – RJ.
1 Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia pelo Centro Universitário de Barra Mansa – RJ; Licenciatura em
História; Especialização em Docência do Ensino Superior; Especialização Docência do Ensino Religioso;
Especialização Letramento; Especialização em Gestão Escolar Integradora.
E-mail: ciropedagogo@gmail.com
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1334
INTRODUÇÃO
O presente artigo objetiva analisar a
aplicabilidade do ensino da disciplina História e
Cultura Afro-brasileira nas escolas de ensino
público no município de Barra Mansa – RJ.
Para sua realização, traçou-se um referencial
teórico acerca das proposições de autores para
seu enriquecimento, autores como: Candau
(2009); Freire (2000); Fonseca (2007), além da
legislação pertinente, contou-se também com a
pesquisa de campo realizada na Secretaria
Municipal de Educação - SME do município de
Barra Mansa – RJ, por meio da aplicação de
questionário com 15 (quinze) perguntas
direcionadas à 3 (três) profissionais
representantes da SME, sendo eles: uma
professora e apoio pedagógico da SME; um
gerente de Promoção da Igualdade Racial e
uma Assistente Administrativa da gerência de
Promoção da Igualdade Racial.
Os resultados e considerações apontaram
que o negro e o indígena fazem parte da
história cultural do Brasil, estando presentes no
passado e no presente da história deste país, e,
portanto, deve ter suas contribuições e
importância preservadas e reconhecidas.
A escola é a base da formação do sujeito, é
o espaço pelo qual se ensina e se aprende com
a diversidade, mas, essa deve ser apresentada
e ensinada de forma com que todos respeitem
uns aos outros, o negro deve fazer parte das
histórias contadas na sala de aula, as crianças
devem ter reconhecimento de personagens
que contém a sua história.
No estudo apresentado constatou-se que a
aplicabilidade da Lei no 11.645/08 nas escolas
do município de Barra Mansa – RJ., ainda
caminha à passos lentos, certo que esforços
têm sido disponibilizado para sua efetivação,
mas, encontram resistência e alguns entraves
por conta do próprio sistema, ou seja, do poder
público.
Certo de que a luta contra o racismo e o
preconceito é um desafio para qualquer
sociedade, certo de que é preciso um trabalho
em conjunto, a reunião de esforço para que
nossas crianças aprendem a viver e conviver na
diversidade que o próprio país apresenta,
aprendendo a respeitar e a valorizar a História
e Cultura Afro-brasileira e Indígena, de um povo
que tanto fez e faz por esse país, mas, que ainda
não tem seus espaços preservados e
respeitados.
A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI NO.
11.645/2008 NO MUNICÍPIO DE
BARRA MANSA – RJ
 A Respeito do Município de Barra Mansa –
RJ
O município de Barra Mansa está situado no
sul do Estado do Rio de Janeiro, localizado na
microrregião do Vale do Paraíba, dentro da
mesorregião do Sul Fluminense, representando
a segunda maior população da mesorregião.
Sua população estimada em 179,451
habitantes em 2017, possuindo uma área de
548,9 km² (MOTTA, 2017).
A composição da população se dá por
descendentes de imigrantes europeus
(principalmente portugueses, italianos e
espanhóis), mas também de franceses e
alemães, além de uma dinâmica colônia sírio-
libanesa, assim como também de ameríndios e
de descendentes africanos (PLANEJAMENTO
ONLINE, 2017).
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1335
Sua localização é privilegiada, está entre Rio
de Janeiro e São Paulo, seu Índice de
Desenvolvimento Humano - IDH é considerado
elevado pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento - PNUD, de 0,806 (ano
2000). É sexta no ranking de melhor Índice de
Desenvolvimento Humano - IDH-M entre os
municípios fluminenses (PLANEJAMENTO
ONLINE, 2017).
A respeito da Educação, em 2015, os alunos
dos anos inicias da rede pública tiveram nota
média de 5.4 no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica - IDEB e 4,2 para os alunos dos
anos finais (PLANEJAMENTO ONLINE, 2017).
 Sujeitos da pesquisa
A entrevista foi direcionada a 03 (três)
profissionais locados na Prefeitura Municipal
de Barra Mansa, nomeados de participantes A,
B e C, aos quais tem suas devidas formações e
atuações no município.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Foram realizadas entrevistas diretamente
com o setor de Relações Étnicos Raciais, da
Secretaria Municipal de Educação, afim de
extrair dados sobre como é trabalhado o Ensino
da História da África e indígena no município.
 Sobre o projeto de implementação da Lei
no 10.639/2003 e no 11.645/08
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1336
Segundo os entrevistados, há na Secretaria
Municipal de Educação de Barra Mansa um
projeto de implementação das leis no
10.639/2003 e no 11.645/08 em especial a
inserção da História da África e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena na grade curricular. Trata-
se de um projeto articulado com a cultura para
que a questão étnica racial e indígena venha ser
abordada durante todo ano e não somente em
datas específicas.
Conforme o participante (ENTREVISTADO B,
2017), “as relações étnicas raciais são
desenvolvidas por meio da Promoção da
Igualdade Étnicos Raciais e Educação e prevê
formulação da história da África por meio da Lei
no. 10.639 e no. 11.645/08”.
O Parecer n. 003/2004, dispõe:
ações educativas de combate ao racismo e a
discriminações encaminha para a participação
de grupos do Movimento Negro, e de grupos
culturais negros, bem como da comunidade em
que se insere a escola, sob a coordenação dos
professores, na elaboração de projetos político-
pedagógicos que contemplem a diversidade
étnica racial (CNE, 2004, p. 141).
Nesse sentido, à indagação sobre se houve
participação dos movimentos negros locais na
elaboração dos projetos desenvolvidos pela no
sistema de ensino municipal, colocou o
participante B que:
Os movimentos locais, como em todo Brasil,
a gente vem passando por uma modificação, no
qual o movimento negro está evoluindo de uma
forma futurística. Hoje temos a participação da
população, do movimento negro para traçar as
diretrizes e implementação que serão feitas
dentro de sala de aula, pois não adianta trazer
ao aluno uma realidade que está
completamente diferente do que ele vive
dentro de sua comunidade, podemos então
dizer que há sim, uma participação da
comunidade e do movimento negro a cada
passo desta construção (ENTREVISTADO B,
2017).
Detalha assessora da gerência de Promoção
da Igualdade Racial no município sobre como se
deu a participação.
Temos visto que esta participação tem
acontecido muito, no que diz respeito às
escolas, na qual a comunidade em que a escola
está inserida tem participado ativamente na
implementação dessas políticas, tanto por meio
do Projeto Político-Pedagógico - PPP e das
contribuições de pais e parceiros, como igrejas
etc.. tem abraçado o desenvolvimento dessas
políticas (ENTREVISTADA C, 2017).
Frente ao que consta no Parecer 003/2004
sobre a autonomia da escola e a participação da
comunidade na elaboração dos diversos
projetos elaborados pela escola conforme
disposto a seguir,
A autonomia dos estabelecimentos de
ensino para compor os projetos pedagógicos,
no cumprimento do exigido pelo Art. 26A da Lei
9.394/1996, permite que se valham da
colaboração das comunidades a que a escola
serve, do apoio direto ou indireto de estudiosos
e do Movimento Negro, com os quais
estabelecerão canais de comunicação,
encontrarão formas próprias de incluir nas
vivências promovidas pela escola, inclusive em
conteúdos de disciplinas, as temáticas em
questão. Caberá, aos sistemas de ensino, às
mantenedoras, à coordenação pedagógica dos
estabelecimentos de ensino e aos professores,
com base neste parecer, estabelecer conteúdos
de ensino, unidades de estudos, projetos e
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1337
programas, abrangendo os diferentes
componentes curriculares (CNE, 2004, p. 140).
O processo de implementação da leis
10.649/04 e 11.645/08 tem encontrado
resistências e dificuldades, conforme avaliação
da entrevistada C, que refere-se à herança
cultural hegemônica no Brasil que é
eurocêntrica, ao problema do mito da
democracia racial e do encaminhamento de
uma intervenção pedagógica focada na
desconstrução e desmitificação de estereótipos
e preconceitos enraizado.
Encontramos empecilhos e resistências, pois
em todo o tempo nós vivemos baseado numa
cultura eurocêntrica, e quando falamos em
pluralismo de ideias e questões raciais. Nós
estamos trabalhando em cima da
desmistificação de muitos estereótipos e
preconceitos enraizados no imaginário social,
então, temos sim encontrado resistências e
dificuldades, até porque falar do que é
tradicional, rotineiro é mais fácil do que falar de
questões que não são comumente abordadas,
como exemplo, o personagem negro dentro das
histórias. Vejo o negro hoje em posição de
destaque, falar sobre ele com as mais diversas
pessoas de outras etnias é também um grande
empecilho. Principalmente quando pensamos
no mito da democracia. (ENTREVISTADA C,
2017)
Sobre como se organiza o projeto
desenvolvido na Secretaria Municipal de
Educação articulado com a Secretaria de
Cultura, sua composição e como ele está sendo
trabalhado, descreve o entrevistado A sobre o
específico Projeto Afro Saberes:
O projeto que temos desenvolvido na SME-
BM, juntamente com a Secretaria de Cultura
que é o Projeto Afro Saberes, tem várias
abordagens durante todo ano, como, voltadas
para mulheres, jovens, crianças negras, é um
projeto em constante construção, porque
sabemos que a lei de inclusão da cultura
africana no currículo é uma lei muito recente
(lei no. 10.639/03), então a mudança no
currículo, implantação de novos debates e
discussões é um processo bem demorado, mas
estamos no caminho da transformação desta
sociedade (ENTREVISTADO A, 2017).
Buscando dar conta do princípio, explicitado
no Parecer 003/2004, da necessidade de haver
consciência política e histórica da diversidade,
o participante B relata que o grupo gerente do
projeto detecta a realidade dos profissionais da
educação, conforme também análise do
conteúdo do Parecer citado (CNE, 2004, p.141),
que não são,
familiarizados com a análise das relações
étnico-raciais e sociais com o estudo de história
e cultura afro-brasileira e africana, de
informações e subsídios que lhes permitam
formular concepções não baseadas em
preconceitos e construir ações respeitosas.
Explicita o participante B os
encaminhamentos, conforme orienta o
Parecer, voltados à formação dos profissionais
da educação elaborados e implementados
pelos grupo:
Entendemos que não existe uma árvore sem
raiz, nós começamos a pensar em como os
professores do município estavam trabalhando
dentro de sala de aula e aplicando essas leis,
com isso, detectamos uma grande carência
considerável a esses profissionais. Buscamos
por meio de um seminário que chamamos de
Relações Étnicos Raciais nas escolas, trazendo
profissionais, como, Eloi Ferreira de Araujo é
ex-ministro da Secretaria Especial de Políticas
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1338
de Promoção da Igualdade Racial – Seppir e
exemplos da fala da ativista e personal trainer
da igualdade racial Luana Génot entre outros,
que vieram demonstrar como reagir e trabalhar
com o aluno dentro de sala de aula referente a
episódio racista ou não. Embasando assim, os
professores inicialmente para o
desenvolvimento dessas questões dentro do
ambiente escolar (ENTREVISTADO B, 2017).
Realista, analisa e prevê o entrevistado B:
Nós sabemos que isso não é tudo, e, sim que
existem outras ações, que teremos a
oportunidade de trabalhar em 2018, como
seminários, falando dos movimentos negros
desde 1970, jovens e mulheres negras, tudo
isso entrará em destaque, certificando
profissionais da educação participantes deste
trabalho (ENTREVISTADO B, 2017).
Sobre a construção de uma escola inclusiva
no sentido da diversidade e a inserção de
orientação pedagógica estratégica das leis nos
PPP das escolas, relata o entrevistado A que é
um trabalho que pode-se observar em
amostras pedagógicas, no que se refere à
escola, a existência dessa prática e também na
implementação do Projeto Afro Saberes:
Sim, existe e as escolas já têm trabalhado e
demostrado nas amostras pedagógicas,
trabalhando as questões indígenas, valorizando
a lei no. 11.645/08, e muitas questões
africanas, o que podemos observar nas visitas
realizadas. Retomando as questões do Projeto
Afro Saberes, que tem atingido várias escolas,
as quais participaram no parque centenário
quinzenalmente das contações de história,
cursos para formação das questões étnicos
raciais ministrados durante o ano corrente.
(ENTREVISTADO A, 2017)
Estabelece, quanto aos materiais didáticos
específicos para implementação pedagógica
dos conteúdos referentes, o Parecer 003/2004
que:
Caberá, aos administradores dos sistemas de
ensino e das mantenedoras prover as escolas,
seus professores e alunos de material
bibliográfico e de
outros materiais didáticos, além de
acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim
de evitar que questões tão complexas, muito
pouco tratadas, tanto na formação inicial como
continuada de professores, sejam abordadas de
maneira resumida, incompleta, com erros (CNE,
2004, p. 140).
Quanto à utilização de materiais didáticos
específicos, relata o entrevistado A:
Sim, há materiais, nós recebemos este ano
dois livros que abordam as questões éticos
raciais e indígenas, livros de literatura infantil e
infanto juvenil do Ministério da Educação para
serem trabalhados a partir das bibliotecas e
salas de leituras (ENTREVISTADO A , 2017).
Participante B: nós da gerência de Igualdade
Racial em parceria com o Conselho Municipal
de Igualdade Racial trabalhamos o Plano
Municipal de Promoção da Igualdade Racial que
tem uma vertente que vai trabalhar
especificamente a educação. Junto a 10 (dez)
cidades da região estudamos a possibilidade de
criar o Plano Regional de Igualdade Racial,
porque não adianta combater o racismo dentro
da cidade de Barra Mansa sendo que existem
outras cidades vizinhas.
Quanto à colocação e distribuição dos
conteúdos dentro do currículo, relata o
entrevistado A:
Na verdade, eles são colocados de forma
transversal, trabalhando em todas as disciplinas
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1339
as questões da africanidade para que o aluno se
enxergue como negro e afrodescendente, para
que, respeitem a etnia do outro. Apesar da lei
indicar o que devemos trabalhar nas disciplinas
como, História, Literatura e de Artes, nós
tentamos fazer de forma interdisciplinar
(ENTREVISTADO A, 2017).
Se posiciona a respeito da distribuição dos
conteúdos dentro do currículo da escola.
A inclusão e obrigatoriedade do ensino da
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos
currículos da Educação Básica é uma decisão
política, com repercussões pedagógicas, no que
diz respeito da garantia de vagas para negros na
escola e a valorização de sua história e cultura
(CNE, 2004, p.138).
Fala o entrevistado sobre a importância da
questão linguística e experiência da África do
Sul:
Falando da questão da linguística, nos faz
refletir que a África do Sul depois do
“Apartheid”, passou a cantar o Hino oficial da
África em 5 (cinco) idiomas, por isso,
acreditamos que é possível trabalhar as
questões da africanidade em várias disciplinas,
inclusive das questões linguísticas valorizando o
Continente Africano, que ainda hoje é muito
desprezado, pois, poucos sabem por exemplo,
que na África fala-se 11 (onze) línguas oficiais e
são ricos nas questões linguísticas
(ENTREVISTADO A, 2017).
Destaca o entrevistado a necessidade de
ampliar o conceito de africanidade no sentido
da diversidade:
Trabalhar a questão de africanidade não é
somente falar da questão de racismo e sim da
diversidade étnica, cultural, cores, fauna e
flora, e, tudo isso, pode se trabalhar para que
nosso aluno assim como tem anseio em
conhecer a Europa, posse a ter anseio de o
Continente Africano que é muito rico em
diversidade (ENTREVISTADO A, 2017).
A implementação, tal como colocado no
Parecer 003/2004, do princípio Consciência
Política e Histórica da Diversidade deverá
conduzir,
à compreensão de que a sociedade é
formada por pessoas que pertencem a grupos
étnico-raciais distintos, que possuem cultura e
história próprias, igualmente valiosas e que em
conjunto constroem, na nação brasileira, sua
história;
ao conhecimento e à valorização da história
dos povos africanos e da cultura afro-brasileira
na construção histórica e cultural brasileira
(CNE, 2004, p. 140).
Ainda, referindo-se à distribuição no
currículo do conteúdo no sentido da
transversalidade, analisa o participante B:
A interpretação desta transversalidade do
ponto de entrarmos dentro dos seminários,
mostrar que o inglês não é somente falado nos
Estados Unidos, mas também na África do Sul,
o seno, cosseno e tangente são vindos do
continente africano e do Egito, então são várias
matérias que o aluno tem, que possui essa
transversalidade e que não lhe é passada, por
isso, estamos trabalhando a proposta de
trabalhar este contexto em várias disciplinas.
Sobre se há um trabalho permanente e
sistemático com o tema e ao seu ainda
tratamento como efemeridade dos dias de
abolição da escravatura ou dia da consciência
negra, relata o entrevistado B como pensam
encaminhar tal problema:
O fato de estarmos trabalhando com a
juventude, temos visto de perto a necessidade
de ter um calendário afro barramansense no
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1340
qual teremos de ponta a ponta um trabalho
para desenvolver a igualdade racial. O bom de
tudo isso é que colocamos uma proposta e,
ainda, contamos com a autonomia do diretor
para trabalhar dentro de sua escola e o
professor dentro da sala de aula, com
exposições e trabalhos pertinente a igualdade
racial (ENTREVISTADO B, 2017).
“Certificando-se que bem mais que a
inclusão desse ensino é preciso que as relações
étnico-raciais, sociais e pedagógicas sejam
repensadas, de acordo com o Art.26A acrescido
à Lei no 9.394/1996” (CNE, 2004).
Coloca o entrevistado C, sobre a apropriação
no cotidiano da escola o que determinam as
leis e o Parecer, os desafios ainda a serem
vencidos e como.
Um dos maiores desafios que nós temos
enfrentado é que esse tema seja trabalhado de
fato nas escolas durante todo ano e não apenas
em datas comemorativas. Para isso, nós da
gerência de Relações Étnicos Raciais e da
Secretaria de Educação temos frisado a
primazia da questão da formação dos
professores para que eles possam ter essa
bagagem e trabalhar a temática racial dentro
de sala de aula e para que isso seja de fato
enraizado na educação das nossas crianças,
para que elas cresçam com esta consciência,
que compreenda o respeito e abracem a busca
pela igualdade racial dentro e fora das escolas
(ENTREVISTADO C, 2017).
Com destaque para uma das ações
educativas de combate ao racismo e a
discriminações, tem “o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se
distorções, envolverá articulação entre
passado, presente e futuro no âmbito de
experiências, construções e pensamentos
produzidos em diferentes circunstâncias e
realidades do povo negro” (CNE, 2004, p.141).
Quanto às ações pedagógicas de formação
dos professores e a utilização de material
didático nos mesmos, no município de Barra
Mansa,
Temos desenvolvido algumas oficinas em
seminários dentro da rede de ensino, no
Somando Experiências. Essas oficinas são
especialmente para falar das questões étnicos
raciais envolvendo a literatura africana e afro-
brasileira, os professores escolhem suas
oficinas, no qual temos ministrado para
professores dos anos iniciais e educação
infantil. Nesses encontros apresentamos os
materiais que o Ministério da Educação
disponibiliza para as unidades, esses materiais
são interessantes, inclusive 3 (três) livros que
são “Valentina” de Márcio Vassalos;
“Casamento da princesa” de Celso Frisco e
“Estefani, uma princesa nada boba” de Luiz
Antônio, essas três princesas vêm desconstruir
este estereótipo de beleza, que nós herdamos
deste imaginário social e das princesas como
Cinderela, Branca de Neve e Rapunzel. O negro
é colocado como personagem, figura principal
nos textos, afim de formar esses professores
para aprenderem a lidar com esses alunos de
uma forma lúdica, pois afinal, a maioria de
nossos alunos são negros, afro-brasileiros.
Nosso objetivo é que ele se reconheça, se
percebendo como personagem que fazem
histórias (ENTREVISTADO A, 2017).
Ainda, sobre a formação dos profissionais da
educação e quadros profissionais
especializados que possam desenvolver esse
trabalho de como encaminharam o problema,
relata o entrevistado B:
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1341
No início do governo, identificamos uma
carência considerável de professores e
profissionais especializados na rede para tratar
as relações étnicos raciais nas escolas. Nenhum
professor hoje, está com embasamento
suficiente para intervir dentro de um ato racista
em sala de aula ou até mesmo nos intervalos.
Nós temos a consciência que não é só em Barra
Mansa, isso é Brasil, por isso, estamos levando
aos professores, por meio de visitas,
questionários, afim de extrair informações
quanto aos perfis de cada escola do nosso
município, por que cada colégio tem sua
particularidade e dentro dessas, temos que
saber como tratar e identificar o erro entre
outras coisas, além de pautar o professor para
que tenha bagagem para intervir de forma
imediata. O que não queremos é que o
professor seja apenas testemunha do ato
racista na escola, não sabendo lidar com as
questões envolta do racismo. É preciso que ele
esteja capacitado e preparado para lidar com a
situações e, assim, intervir da forma correta
(ENTREVISTADO B, 2017).
Acrescenta o entrevistado C:
Nós não estamos trabalhando somente a
formação dos professores, mas a questão da
desconstrução de valores e conceitos que
foram socialmente construídos, que hoje, nós
profissionais, que um dia também fomos
crianças e aprendemos valores que não
necessariamente eram os corretos, hoje temos
a necessidade de desconstruir os velhos
paradigmas e preconceitos, a fim de nos tornar
adultos melhores e capazes de proporcionar às
nossas crianças uma infância livre de
preconceitos. Sabemos que essa
responsabilidade é nossa enquanto
profissionais da educação e, por isso, devemos
construir novos valores a luz da igualdade
humana (ENTREVISTADO C, 2017).
Para a questão acima citada, deverão os
sistemas de ensino e os estabelecimentos de
Educação Básica em todos os níveis,
providenciar entre outras:
Introdução, nos cursos de formação de
professores e de outros profissionais da
educação: de análises das relações sociais e
raciais no Brasil; de conceitos e de suas bases
teóricas, tais como racismo, discriminações,
intolerância, preconceito, estereótipo, raça,
etnia, cultura, classe social, diversidade,
diferença, multiculturalismo; de práticas
pedagógicas, de materiais e de textos didáticos,
na perspectiva da reeducação das relações
étnico-raciais e do ensino e aprendizagem da
História e cultura dos Afro-brasileiros e dos
Africanos (CNE, 2004, p.144-145).
Quando questionados sobre a
implementação da formação continuada dos
professores, respondeu o entrevistado A sobre
as ações, como os Projetos Formando
Experiência e Multiplicando Sucesso, que
desenvolvem:
Sim, juntamente com a Gerência de
Igualdade Racial e a SME, oferecemos além de
cursos para professores da educação infantil e
séries iniciais do ensino fundamental e para
comunidade em geral, com ajuda da Secretaria
de Cultura, nos eventos de formação
continuada e, em serviço, chamados de
Formando Experiência e Multiplicando Sucesso
(ENTREVISTADO A, 2017).
A respeito da educação continuada de
professores, o CNE (2004, p.144):
Instalação, nos diferentes sistemas de
ensino, de grupo de trabalho para discutir e
coordenar Planejamento e execução da
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1342
formação de professores para atender ao
disposto neste parecer quanto à Educação das
Relações Étnico-Raciais e ao determinado nos
Art. 26 e 26A da Lei 9394/1996, com o apoio do
Sistema Nacional de Formação Continuada e
Certificação de Professores do Ministério da
Educação.
Sobre o próximo ano e o projeto a ser
implementado, relata o entrevistado B:
Nós estamos celebrando junto com o
Governo Federal, no próximo ano, será
oferecido uma série de seminários do
movimento negro a partir da década de 70,
jovem e mulher negra e empreendedorismo.
Tudo isso, para trazer aos nossos professores
um universo de informação e capacitação no
qual eles poderão disseminar dentro do
ambiente escolar. Também como proposta
para o próximo ano, fazer levantamento
específico dentro da carência que o profissional
de educação tem referente ao trabalho técnico,
a respeito das Relações Étnicos Raciais
(ENTREVISTADO B, 2017).
Sobre a relação das secretarias e
universidades e implementação de convênios
para a apropriação dos novos conteúdos e
práticas pedagógicas para a formação de
professores, relata o entrevistado B:
Não há um convênio e sim, parcerias, como
por exemplo com o Centro Universitário de
Barra Mansa - UBM, na realização de
seminários, mesa redonda ou quando
queremos trabalhar alguma coisa no âmbito
das Relações Étnicos Raciais, o UBM é sempre
nosso parceiro. Temos como parceiro também,
a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/BM,
que por meio de sua Comissão de Igualdade
Racial nos possibilita trabalhar em equipe, além
do Grêmio Barramansense de Letras – GREBAL.
Assim, acreditamos que tudo começa com as
parcerias para futuros convênios.
(ENTREVISTADO B, 2017).
De acordo com o Parecer 003/2004 (2004,
p.145):
Realização, pelos sistemas de ensino federal,
estadual e municipal, de atividades periódicas,
com a participação das redes das escolas
públicas e privadas, de exposição, avaliação e
divulgação dos êxitos e dificuldades do ensino e
aprendizagem de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e da Educação das
Relações Étnico Raciais (...).
A respeito da conquista da implementação
das leis e os maiores desafios que ainda
deverão ser vencidos, relata o entrevistado A:
Penso que nós estamos num processo, num
caminho, mas já conseguimos desenvolver um
trabalho durante o ano de 2017, abordando a
temática da africanidade sobre vários ângulos e
aspectos, a questão do negro (mulher, criança,
jovem), empreendedorismo, a literatura,
então, conseguimos apresentar a temática na
formação inicial dos professores da educação
fundamental e educação infantil, assim,
entendemos que estamos caminhando e
dialogando e sei que há muitos entraves, mas,
acreditamos que demos um grande passo, pois
já saímos do ambiente escolar, dialogamos com
a cultura e já estamos fazendo movimento fora
do espaço escolar (ENTREVISTADO A, 2017).
Da importância das Leis das leis no.
10.639/03 e no. 11.645/08 para o ensino
escolar no Brasil, os representantes da
Secretaria Municipal de Educação, do setor
Relações Étnicos Raciais, assim contribuíram:
Essas duas leis são ótimas e eu costumo falar
que tudo que tinha que ser escrito já foi escrito,
pois nós temos as leis, estatutos da igualdade
REVISTA MAIS EDUCAÇÃO
1343
racial, só que depende do amadurecimento
político na questão de execução, pois, sabemos
o que fazer, mas precisamos executar. Existe
uma crítica muito forte, acerca das conquistas
do negro, tais como, cotas para negros nas
universidades. Nossos trabalhos, bem
sabemos, é árduo, é sacrifícios e sabemos que
o que estamos fazendo, podem levar até 150
anos para chegar a essa tão sonhada igualdade
e se a gente não começar agora, este período
certamente dobra. Eu vejo as leis, no.
10.639/03 e no. 11.645/08 como fundamentos
importantes e diretrizes que precisam ser
cumpridas. Elas são importantes porque o
trabalho docente pode e deve dar visibilidade
aos grupos que contribuíram para história do
Brasil, é uma forma de valorização das etnias,
simples assim, valorizar as culturas, é um
resgate dos anos em que se prezou por uma
única história. Então é agora! Por que existe um
perigo de se contar uma única história, dessa
forma, as leis vieram trazer um resgate,
valorização e oportunidade aos outros grupos
contar suas próprias histórias de acordo com
seus próprios olhares, não com um olhar
eurocêntricos (ENTREVISTADO A, 2017).
O entrevistado B, também dá sua
contribuição afirmando:
Sendo nós, enquanto poder público,
profissionais de educação e cidadãos, devemos
nos colocar à disposição dessa luta. Acredito
que esta luta não pode ser só do negro, do
indígena, do quilombola, ciganos etc., essa luta
deve ser da sociedade brasileira, do povo
brasileiro, para que nosso país seja de fato um
país igual. Acredito que precisa ser um diálogo
de todas as etnias, para que de fato, juntos,
possamos mudar a realidade do Brasil
(ENTREVISTADO B, 2017).
A assessora da gerência de Promoção da
Igualdade Racial no município, cita uma frase
muito falada pela vice-prefeita do município em
estudo para responder essa pergunta.
- “Existe uma história do povo negro sem o
Brasil, mas não existe uma história do Brasil
sem o povo negro”.
- Acredito que trabalhar as questões étnicos
raciais dentro das escolas é de fato valorizar
essa história que é uma luta tão sofrida que os
afrodescendentes e indígenas passaram ao
longo dos séculos no país e ainda passam. Nós
acreditamos que por meio da educação, isso
poderá ao longo de muitos anos, ser
erradicado, acredito na erradicação do
preconceito e do racismo no nosso país
(ENTREVISTADO C, 2017).
Para incorporar na escola a prática
pedagógica a História da África e Cultura Afro-
brasileira e Indígena, os representantes das
setor Relações Étnicos Raciais acreditam que
devam ter melhorias em:
Eu gostaria que as nossas crianças
aprendessem na construção do imaginário
social, assim, como elas sabem do Chapeuzinho
Vermelho, da Rapunzel, da Branca de Neve, que
elas aprendessem as histórias da Valentina, da
Odara e Abena, isso já seria um grande passo
para construção de um mundo melhor, mais
plural (ENTREVISTADO A, 2017).
A entrevistada B dá sua contribuição com
uma fala de Luana Génot“hoje a gente precisa
de pessoas, professores e diretores negros,
mestrandos negros, doutores negros, negros
que tenham concepção e aplicação de
negritude, não por causa da taxa de melanina
no corpo”. E, acrescenta:
Na verdade, temos vivido numa sociedade
com o racismo implícito, por que na época da
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1344
escravidão o racismo era demonstrado por
chibatadas, hoje uma pessoa mostra o racismo
de forma indireta, então, diretamente a
melhoria que eu desejo é que chegue ao ponto
de alguém dizer, olha, tem três doutorandos
negros, três mestrandos negros ali. Para mim,
temos que chegar ao ponto de ser comum. A
maior parte dos meus professores especialistas
aqui são negros e, para mim, essa é a melhoria
e o objetivo final de todo um trabalho a ser
feito dentro de sala de aula (ENTREVISTADO B,
2017).
E, o entrevistado C:
Nós, enquanto poder público, temos feito
tudo que está ao nosso alcance e o que não
está. Sendo as melhorias que sonho, de fato, a
implementação e efetivação das leis nas escolas
e o mínimo de empatia por conta dos
professores nas questões étnicos raciais. Muito
do que se vê é a negação de que o preconceito
e o racismo existem em nosso país, mas basta
olhar para nossa história que se enxerga a
realidade. Acredito que se houver respeito e
empatia por parte dos que se encontram lá na
ponta (professores e demais atores da escola)
com as nossas crianças, a lei será aplicada de
forma prática e efetiva no contexto das escolas
do país, e, consequentemente, na sociedade
em geral (ENTREVISTADO C, 2017).
Finalizando com a preconização do Parecer:
Precisa, o Brasil, país multi-étnico e
pluricultural, de organizações escolares em que
todos se vejam incluídos, em que lhes seja
garantido o direito de aprender e de ampliar
conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si
mesmos, ao grupo étnico/racial a que
pertencem e a adotar costumes, ideias e
comportamentos que lhes são adversos. E
estes, certamente, serão indicadores da
qualidade da educação que estará sendo
oferecida pelos estabelecimentos de ensino de
diferentes níveis (CNE, 2004, p.140).
Com o estudo, percebe-se que precisa ainda
de um trabalho intenso, em conjunto, em volta
da apresentação da história do negro e do
indígena no contexto da formação do Brasil,
que todos tenham, principalmente as crianças
que trazem de casa um histórico de formação
de valores que precisam ser desenvolvidos na
escola, a qual deve saber, juntamente com seus
atores lidar com a questão da diversidade e
entender que cada aluno tem suas
particularidades, especificidades e formação
familiar.
O que torna o trabalho ainda mais
desafiante, mostrar para os pequenos que falar
de negro e do indígena é olhar no espelho e
enxergar sua verdadeira face. Fato é que o
Brasil é um país negro! E, que ainda, apresenta
uma história de segregação e também de luta
pela igualdade ao longo dos séculos, mas, que
hoje numa sociedade plural como a nossa não
cabe mais o racismo e preconceito e que
crianças aprendem o que lhe são ensinadas,
então, cabe ensinar o respeito a diversidade e a
pluralidade brasileira.
O poder público, representado pelos
participantes desse estudo, sonha em ter uma
escola em que os professores sejam
capacitados e estejam assim, preparados para
lidar com atos que venham configurar o
racismo dentro de sala de aula. Importante
destacar que deve-se ter atenção e cuidado
tanto para a criança e pratica o racismo, quanto
para àquela que sofre dele, a primeira por ter
sido em algum momento de sua história
“ensinado” a ser racista, a segunda pela dor de
ser apontado como diferente, quando na
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1345
verdade diferente é somente sua cor. O
professor e a escola que se espera são assim,
mediadores de conflitos, que juntos são
verdadeiros responsáveis pela formação moral
de valores há muitos perdidos em nossa
sociedade, então só se forma um cidadão
consciente do respeito ao próximo se o
trabalho for de base, se começar na escola.
Lei é, pois, responsabilidade de todos e não
apenas do professor em sala de aula. Exige-se,
assim, um comprometimento solidário dos
vários elos do sistema de ensino brasileiro,
tendo-se como ponto de partida o presente
parecer, que junto com outras diretrizes e
pareceres e resoluções, têm o papel articulador
e coordenador da organização da educação
nacional (CNE, 2004, p.146).
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1346
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto ao estudo do tema escolhido que teve como objetivo inicial analisar a
aplicabilidade do ensino da disciplina História e Cultura Afro-brasileira nas escolas de ensino
público no município de Barra Mansa - RJ, como orientada por legislação específica, bem como
promover uma reflexão sobre as resistências e desafios à aplicação das atividades pedagógicas
referentes ao tema no sentido de que a citada disciplina seja de fato efetivada nas escolas, pode-
se considerar que:
A hipótese levantada de que a aplicabilidade da lei só poderá ser efetivada quando houver
uma mudança no campo cultural, pois, a tradição cultural pode ser uma das razões que poderia
acarretar certa resistência e dificuldade na aplicabilidade da lei, pode ser constatada conforme
relatos dos entrevistados no estudo de caso.
Embora, conforme relato dos entrevistados sobre os projetos e ações venham
acontecendo, como orienta o Parecer 003/2004, e mesmo que o município já apresente a história
do negro e do indígena usando a interdisciplinaridade, muito deve ser feito ainda para uma
implantação efetiva do ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira, o que só ocorrerá
quando tal temática for prioridade no currículo do município de forma a se tornar efetivo. Então,
é preciso mais no que diz respeito à capacitação e à formação continuada dos professores, a
parcerias com universidades que produzem pesquisas sobre a temática pois ainda falta sequência
e sistematização para esta que faça parte do cotidiano da prática pedagógica da escola.
Pode-se afirmar que a história do negro no Brasil é tão carente de respeito e
reconhecimento que até mesmo a data em que este sentou num banco de escola pela primeira
vez não consta na literatura, ou seja, a data é desconhecida. Sendo a escola um espaço social,
contrariamente, esta que deveria acolher, por muito tempo segregou. É um fato que se políticas
não forem devidamente efetivadas isso continuará acontecendo.
Depois da família, a escola como mais importante detentora do saber e do conhecimento
sistematizado deve ser aquela que forma para a cidadania, para o reconhecimento de valores
iguais, sem distinção, racismo e preconceito. Para isso, é preciso que mantenha viva a história do
negro e do indígena no cotidiano da escola, por meio de atividades, de eventos, do livro didático,
das rodas de brincadeiras e da contação de história.
Assim, os resultados desse estudo, ainda não se mostraram completamente otimista em
relação à implementação e efetivação da lei, mas constata ações ainda que de forma embrionária
no sentido da aplicação das leis 10.639/04 e no 11.645/08 trazendo para a escola e sociedade a
consciência da valoração da diversidade.
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1347
REFERÊNCIAS
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Rio de Janeiro: Casa da palavra, 2003.
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Indígena nos Currículos da Educação Básica. R. Mest. Hist., Vassouras, v. 12, n. 1, p. 71-84,
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BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação |Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília: DF, 1996.
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nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.126p.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial
da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras
providências. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília:
DF, 2003.
BRASIL. Parecer CNE/CP 003/2004, 10 de março de 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Conselho Nacional de Educação. Brasília: DF,
2004.
BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Presidência da República Casa Civil.
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universidade para a formação continuada de professores de escolas públicas no Rio de
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A importância do professor como mediador na formação humana

  • 2. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 2 www.revistamaiseducacao.com E-mail: artigo@revistamaiseducacao.com Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 302 – Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111 Tel.: (11) 95075-4417 R454 Revista mais educação [recurso eletrônico] / [Editora chefe] Fabíola Larissa Tavares – Vol. 2, n. 9 (nov. 2019) -. São Caetano do Sul: Editora Centro Educacional Sem Fronteiras, 2019 1784 p.: il. color Mensal Modo de acesso: <https://www.revistamaiseducacao.com/sumario- V2-N9-2019> ISSN:2595-9611 (on-line) 1.Educação. 2. Pedagogia. I Tavares, Fabíola Larissa, ed. II. Título CDU: 37 CDD: 370 Gustavo Moura – Bibliotecário CRB-8/9587
  • 3. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 3 EDITORIAL O PROFESSOR COMO MEDIADOR NA FORMAÇÃO HUMANA “[...] Tudo o que não temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é-nos dado pela educação [...]. Essa educação nos vem da natureza, ou dos homens ou das coisas” (Jean-Jacques Rousseau). O ser humano não nasce pronto para trilhar o seu caminho de vida. Necessita dos seus pares para o seu desenvolvimento e formação. A gênese da construção sócio-política do homem acontece por intermédio da educação, uma mediação que vai ser desenvolvida para a sua autonomia e para a sua integração social. Rousseau, em 1762, em seu romance “Emílio ou da Educação”, do qual a epígrafe acima foi retirada, já desvelava como deveríamos educar o cidadão ideal. Porém, estamos imersos em um mundo pós-moderno de rápidas mudanças em diversos contextos, resultando numa sociedade complexa e diversificada. Tais mudanças, advindas da grande rede de informação que se formou em consequência do acesso cada vez mais amplo à internet e derivadas da revolução das tecnologias de informação, tornam o conhecimento cada vez mais acessível e veloz. O ser humano plural, oriundo e dentro desse meio incerto e globalizante, procura crescer e buscar sua melhor formação, como meio de instrumentalizar sua transformação social. Paramos e perguntamos: O que seria a educação na pós-modernidade? Qual o papel da escola? Quem seria esse professor? Podemos conceituar a educação como o processo de aperfeiçoamento do homem no sentido de promover a sua realização plena como cidadão, com a transmissão e assimilação de conhecimentos e valores culturais de sua sociedade. Assim, essa educação, formal ou não, abarca compartilhar experiências que teriam a intencionalidade com o ensinar, ora desenvolvida fora ou dentro do ambiente das escolas, estruturada nas relações entre pessoas. A escola, como unidade básica e espaço de realização de objetivos e metas do sistema educativo, está no centro da atenção da sociedade, se constitui de importante valor estratégico no seu desenvolvimento, na promoção da qualidade de vida e no atendimento das demandas socais das comunidades no seu entorno. O professor que busca ‘fazer a diferença’, apresenta algumas características relacionadas ao exercício profissional e ao relacionamento humano: primeiro, mostra entusiasmo no exercício profissional, promove um clima de paz e harmonia no ambiente escolar, incentiva, auxilia, motiva seus alunos no processo ensino- aprendizagem; segundo, demonstra afetividade e sensibilidade na relação professor-aluno, principalmente e em especial no caso dos limites bem próximos do ambiente escolar. Devemos nos lembrar de que o sucesso do nosso aluno, em certa medida, pode ser também o nosso sucesso como professores, pois certamente conseguimos atingir o nosso objetivo principal que é o do pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania ampla e sua qualificação para a vida adulta com autonomia. Professor Doutor Hercules Guimarães Honorato Chefe da Divisão de Assuntos Psicossociais da Escola Superior de Guerra (ESG), Rio de Janeiro, Brasil; Doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de Guerra Naval; Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia pela Escola Superior de Guerra; Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá, Especialista em Gestão Internacional e MBA Logística pelo Instituto COPPEAD de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Docência do Ensino Superior; Bacharel em Ciências Navais com Habilitação em Administração pela Escola Naval. Autor do livro: Relato de uma Experiência Acadêmica: O “Eu” professor- pesquisador. CONSELHO EDITORIAL Alex Rodolfo Carneiro Fabíola Larissa Tavares Fatima Ramalho Lefone Hercules Guimarães Honorato Lindalva José de Freitas Mariana Siqueira Silva Rodrigo da Silva Gomes Patrícia Regina de Moraes Barillari EDITORA-CHEFE Fabíola Larissa Tavares REVISÃO E NORMALIZAÇÃO DE TEXTOS Fatima Ramalho Lefone Rodrigo da Silva Gomes PROGRAMAÇÃO VISUAL E DIAGRAMAÇÃO Cíntia Aparecida da Silva Gomes PROJETO GRÁFICO Mônica Magalnik COPYRIGTH REVISTA MAIS EDUCAÇÃO Editora Centro Educacional Sem Fronteiras (novembro, 2019) - SP Publicação Mensal e multidisciplinar vinculada a Editora Centro Educacional Sem Fronteiras. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não expressam, necessariamente, a opinião do Conselho Editorial É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos desta revista, desde que citada a fonte. Rua Manoel Coelho, nº 600, 3º andar sala 302 - Centro São Caetano do Sul – SP CEP: 09510-111
  • 4. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 4 SUMÁRIO 11 “JOGAR FORA? ” NARRATIVAS DE UM PROJETO Silvia Maria Venancio da Silva 19 A AFETIVIDADE DA FAMÍLIA E ESCOLA NA APRENDIZAGEM Thaís Pagan Simões Pugliesi 27 A ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Élida de Sousa Machado 40 A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS Fabíola Kallai Navikas Poças 56 A ARTE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO SER HUMANO Elaine Regina Braga Brun 67 A BRINCADEIRA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Samanta Evelyn de Melo Amarellinho 80 A BRINQUEDOTECA NA EDUCAÇAO INFANTIL: LUGAR DE BRINCAR, APRENDER E CRIAR Sandra Cirilo Rainato 91 A CANOA VIROU: UM OLHAR DA ARTE SOBRE O MAR Fernanda Rodrigues dos Santos 102 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO DOCENTE Sandra Miranda de Oliveira Silva 112 A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO Rose Bonincontro Cruz 121 A CRIANÇA E A MÚSICA: UM OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO MUSICAL NA INFÂNCIA Elíria Carvalho da Silva Oliveira 129 A CRIANÇA E O FAZ DE CONTA Carmelita Oliveira Itacaramby 146 A DEMOCRACIA E AS INTERVENÇÕES DA HISTÓRIA Mônica Aparecida Chiacho 158 A ENTRADA DA CRIANÇA NA ESCOLA E SUA ADAPTAÇÃO Daniela Felix Novaes 171 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A NECESSIDADE DE MODIFICAR OS OLHARES DIANTE DAS PROPOSTAS DE ENSINO APRENDIZAGEM OFERECIDO PELAS INSTITUIÇÕES Helena Furtado 183 A GESTÃO PARTICIPATIVA E A ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES: UMA ABORDAGEM CRÍTICA Mara Regina Alcasas 198 A GRAFOLOGIA NA ESCOLA Beatriz Mendes Scolamier 205 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE EXPRESSADA EM SALA DE AULA PELOS PROFESSORES E ALUNOS Maria Elizangela Cavalcante Alves 212 A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL Ioneide Rodrigues da Silva Cenatti 222 A IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA NO TRABALHO COM A EDUCAÇÃO INFANTIL Juçara Aparecida Apolinário da Luz 230 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE Josilene Aparecida de Souza 236 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES PARA O IMPRESCINDÍVEL PAPEL DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Rozana Grossi Teixeira Leite 250 A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Juliana de Jesus Pedro Pacheco
  • 5. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 5 261 A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA FRENTE À GESTÃO ESCOLAR Layanna Prado de Oliveira 271 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Adriana Mara Gallo 278 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES CÊNICAS E DA DIDÁTICA, COMO FERRAMENTAS AUXILIADORAS DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO Andréia Carvalho dos Santos 286 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS SUAS POSSIBILIDADES Juliana Maria de Castro Ribeiro 303 A IMPORTÂNCIA DO DIZER: ESTUDO DE CASO NO ENSINO DE NARRATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL II Maria Helena dos Santos Gonçalves 320 A IMPORTÂNCIA DO GESTOR ESCOLAR NA MOTIVAÇÃO DOS PROFESSORES Jakeline de Sousa Carvalho Talita Alves Silva 327 A IMPORTÂNICA DOS JOGOS NA APRENDIZAGEM LÚDICA Luana Major Floresta 336 A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO BRASIL Nerli Ferreira da Silva 347 A INDIVIDUALIDADE DAS CRIANÇAS E SUAS RELAÇÕES EDUCACIONAIS Ana Paula Masson 355 A INFLUÊNCIA DA RESPIRAÇÃO ORAL NAS DIFICULDADES ESCOLARES Tatiana Paula de Souza Pereira 369 A INFLUÊNCIA DOS PAIS NA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DO CARÁTER DOS FILHOS Eliane Lemos Reis 382 A INSERÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES Luciana Oliveira Silva de Araújo 391 A LUDICIDADE NO ENSINO MATEMÁTICO Sonia Noriko Kakizaki Miyata 399 A MULTIMODALIDADE NO GÊNERO TEXTUAL FACEBOOK: REFLEXÕES SOBRE UM TRABALHO EM SALA DE AULA Valdemir Melo de Souza 408 A MÚSICA COMO INSTRUMENTO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Simone Cristiane Seiva dos Santos 424 A MÚSICA E SUA RELAÇÃO COM A NEUROPSICOPEDAGOGIA Hildeci de Souza Dantas Lucival Nascimento de Souza 434 A MUSICALIZAÇÃO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Rosimeri Maria Ricarte Paes 445 A PEDAGOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DA LUDICIDADE PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Regiane Aparecida Silva 459 A PEDAGOGIA NA EXPRESSÃO CORPORAL Juliana Nicoa Negreiros Lopes 472 A PREPARAÇÃO DO EDUCADOR E DO AMBIENTE PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA Elisieux Neci da Silva Alencar 484 A PROPOSTA DE TRABALHO COM A LINGUAGEM ORAL E ESCRITA NORTEADOS PELA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Christian Maria Castro de Sousa 494 A RELAÇÃO ENTRE A CRIATIVIDADE E A ARTE O PROCESSO CRIATIVO DO INDIVÍDUO Maria Aparecida Rodrigues dos Santos 503 A RELEVÂNCIA DO LETRAMENTO NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO Luciene Suzarte Santos
  • 6. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 6 512 A TRIGONOMETRIA NO CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA- IFPB- CONTRIBUIÇÕES DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Antonio Gutemberg Resende Lins 526 ABORDAGENS DIDÁTICO METODOLÓGICAS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL Daniela Cristiane dos Anjos 536 ACESSIBILIDADE: UM OLHAR PARA O FUTURO Solange Nunes Mantovani 547 ARTES: MEDIAÇÃO E APRENDIZAGEM Claudia Aparecida Teixeira de Abreu 555 AS ARTES E SUAS TENDÊNCIAS Simone Coelho dos Santos 564 AS INTERAÇÕES SOCIAIS NA SALA DE AULA POR MEIO DOS ESTUDOS DE VYGOTSKY Claudia Rosana de Toledo 570 AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS E OS PROJETOS DE TRABALHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Priscila Bueno Carvalho de Souza 584 AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: UMA RESPOSTA AO SEU CONTEXTO Patrícia Viqueti de Araújo 593 AS VÁRIAS FASES DO LETRAMENTO: NARRATIVA METODOLÓGICA Sandra Dias Paza Spadaro 601 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: TEORIA E PRÁTICA Roselaine de Fátima Moreira Borges 618 ATIVIDADES LÚDICAS COMO RECURSO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Silmara Filomeno Gonçalves 623 AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: PERCEPÇÕES DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE Gislaine Cristina do Espirito Santo 633 AVALIAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO Joyce Maria de Araujo 642 BRINCADEIRA E AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL Vivian Gomes Fiuza 651 BRINCAR E APRENDER NA EDUCAÇÃO INFANTIL Talita de Jesus Nascimento 663 CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO Maria Izabel Cordeiro 671 CÓDIGOS DOS PRIVADOS DE LIBERDADE EM REGIME SEMIABERTO: A GÍRIA QUE SAIU DA MARGINALIDADE PARA DOMINAR AS RUAS Antônio Xisto Vilela 680 CONCEPÇÕES SOBRE A CULTURA DA LEITURA E DA ESCRITA: IMPRESSÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE SÃO PAULO Ana Paula Prado Godoi 691 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: TEORIA E PRÁTICA Marta Maria da Silva 704 CONTEXTO E ÁNALISE: MEMÓRIAS DE CIBELE Renato Ilton da Silva Aragão 710 CONTEXTUALIZANDO A ALFABETIZAÇÃO Elielda Fernanda de Sousa Aguiar 720 CONTEXTUALIZANDO A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Eliane de Jesus Pereira 738 CONTEXTUALIZANDO A PSICOPEDAGOGIA Simone Porfirio Mascarenhas 747 CONTRIBUIÇÕES DA ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Edna Guimarães Vieira 759 CONTRIBUIÇÕES DOS CONTOS DE FADAS NA ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Maria Madalena Silva da Costa 771 DÉFICIT COGNITIVO E PARTICULARIDADES DA CRIANÇA Kelly Naxara
  • 7. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 7 781 DIFICULDADES DE CONCENTRAÇÃO Eurides Pereira Glória Eva Lopes Sampaio 794 DIREITO À EDUCAÇÃO: BREVE ANÁLISE SOBRE A VIOLÊNCIA NO COTIDIANO ESCOLAR Raimundo Nonato Marinho de Sousa 802 DISLEXIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA FORMAÇÃO DO ALUNO José Maria Lemes Souza 811 DISLEXIA: A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NO ENSINO INFANTIL Maria Violêta Lima Macêdo 824 DO MITO AO CONTO DE FADAS: UM PERCURSO DE “EROS E PSIQUE” Patrícia Silva Lima 837 EAD NO ENSINO SUPERIOR: FLEXIBILIZAÇÃO, PRECARIZAÇÃO E PERDA DE AUTONOMIA DO TRABALHO DOCENTE Daniele Cruz 844 EDUCAÇÃO: INFÂNCIA E JOGOS Carlene Aguiar Pereira 856 EDUCAÇÃO E AS REFORMAS EDUCACIONAIS Kelly Ribeiro Reis 869 EDUCAÇAO E DIVERSIDADE Suzana Rosa dos Santos Silva 878 EDUCAÇÃO ESPECIAL: MEDIAÇÃO COMOS INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM Camila Nunes Santos 889 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E INCLUSÃO: EXCLUDENTE OU INCLUSIVA? Mariana de Souza 900 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CONTEXTO ATUAL Liliana Ferreira Delgado 906 EDUCAÇÃO INCLUSIVA! UM DIRETO! UM DEVER! Daniela Rita de Cassia Walasinski Di Nardi Vieira 914 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: IMPLICAÇÕES DA DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Railda Lopes da Rocha 919 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM OLHAR DIFERENCIADO Carina Luciene dos Santos Lopes 931 EDUCAÇÃO INFANTIL: BRINCAR E APRENDER Maria Jussara Menezes 946 EDUCAÇÃO INFANTIL: BRINCAR E APRENDER Daniela Dantas Esteves Berte 956 EDUCAÇÃO INFANTIL: MÚSICA E APRENDIZAGEM Rosemeire Gomes Clemente 964 EDUCAR CUIDANDO OU CUIDAR EDUCANDO? Kelly Cristina Conti Fernandes 979 ENSINAR A LER E ESCREVER NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) Simone Aparecida Brugugnoli 985 ENSINO DE CIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO- FORMAIS DE ENSINO: UMA PROPOSTA PARA RESÍDUOS SÓLIDOS Fabrício Masaharu Oiwa da Costa 1000 ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: TRAJETÓRIA, ABORDAGENS, EFICÁCIA NA VISÃO DOS EDUCADORES Cristiane dos Santos Barbosa 1018 ESCOLA E FAMÍLIA: ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA Luiz Carlos Eduardo Amaral Nascimento 1030 ESCOLA, INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Carla de Souza Bueno 1038 ESTUDOS EM MEIO AMBIENTE E GEOGRAFIA NA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL Gleice Roberta Brasolin
  • 8. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 8 1045 EVOLUÇÃO DA APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO DE UMA ALUNA DO 7º ANO COM DEFICIÊNCIA MENTAL GRAVE EM UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL II EM JABOATÃO DOS GUARARAPES – PE Loiva Liana Santos Borba Renata Viviane da Silva Keila de Oliveira Santos Erivânia Barbosa Ferreira Saulo Rafael Torres de Alencar 1053 EXPLORAÇÃO DA LINGUAGEM MATEMÁTICA POR INTERMÉDIO DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Teresa Marcia Rispoli Marigo Guanaes Fragata 1065 FAMÍLIA E SOCIEDADE: ANÁLISE CONTEXTUAL E IMPACTOS NA ESCOLA Marcos Francisco Ribeiro Froes 1075 FORMAÇÃO DOCENTE E O ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – TDAH Rafael Silvério de Moraes Fernanda Camila de Moraes Silvério 1086 FORMAÇÃO DOCENTE: TEORIA VERSUS PRÁTICA Denise Emmett da Silva Leite 1097 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA: DESAFIO, UTOPIA OU REALIDADE? Claudineide Batista dos Santos 1107 GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA: DESAFIOS PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE Manoel Cícero da Silva Filho 1116 GESTÃO ESCOLAR GESTÃO DEMOCRÁTICA Kátia Shirlene Cursino Moreira 1127 GRAVIDEZ PRECOCE EM ADOLESCENTES Edilamar Caonetto 1138 INCENTIVANDO A CRIANÇA A EXPLORAR A ARTE Iranilde Rodrigues Silva Lavado 1147 INCLUSÃO E EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Maria Izabel da Silva 1156 INCLUSÃO: PROCESSO PARA UMA EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA Alessandra Fabiana Coimbra Carvalho Latorraca 1161 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OA) A PARTIR DA TEORIA DA CARGA COGNITIVA (TCC) Tereza Cristina Lima Portela Mário Cézar Amorim de Oliveira 1177 JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS COMO FACILITADORA DE APRENDIZAGENS Ivone Moreira de Jesus Miranda Silveira 1185 LAZER E ATIVIDADE FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DE VIRTUDES E VALORES Leandro Fábio dos Santos Ferreira 1195 LEITURA DE IMAGENS: A ESTRATÉGIA DE ROBERT OTT Cintia Elidia Firmino 1210 LEITURA E PALAVRA: A CRIANÇA COMO SUJEITO DE COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Josiane Henrique de Luna 1220 LUDOPEDAGOGIA: UMA MANEIRA NOVA DE ENSINAR Daniela Marques Vichessi 1227 LUDOPEDAGOGIA: UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA A ALFABETIZAÇÃO Danielli Falcão Forchito Rolim 1236 METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA: DIFICULDADES NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM NO SEXTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Natália Gonçalves Duarte 1253 MODELAGEM MATEMÁTICA: ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Alex Sandro Pires de Lima 1271 MÚSICA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO PAULO Daniela Rebelo Silva
  • 9. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 9 1279 NEUROCIÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM Renata Lopes Neto 1288 O ANALFABETISMO FUNCIONAL EM ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Etelvina Alves Moreira 1299 O BRINCAR EDUCATIVO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL Luzia Alves Coutinho 1306 O CONTATO COM A NATUREZA E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA Simone Maria da Silva 1312 O DESENHO E SUA IMPORTÂNCIA ENQUANTO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO PSICOPEDAGÓGICO: SÍNTESE DE EVIDÊNCIAS Gabriella Bomfim Fortino 1321 O ENSINO DA ARTE PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN Elaine Cristina da Silva Beserra 1333 O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E INDÍGENA - LEI NO 11.645/08: DETERMINAÇÃO LEGAL E PRÁTICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA - RJ Ciro Alves dos Santos 1350 O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NOS ANOS INICIAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA VISÃO PELO BILINGUISMO Edson José Barbosa 1359 O ENSINO DE FILOSOFIA NO NÍVEL MÉDIO ESCOLAR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA FILOSÓFICA José Saraiva da Silva 1382 O ENSINO DE GEOGRAFIA E A TRANSIÇÃO DE CICLOS Solange Puga da Silva 1389 O MARAVILHOSO LOUREIRO E AS SUAS UTILIDADES Roger Luiz Franco 1410 O PAPEL DO SUPERVISOR NAS ESCOLAS E OS DESAFIOS PARA A CONTRIBUIÇÃO DE UMA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA Déborah Guaraná de Lima Amaral 1422 O PAPEL FUNDAMENTAL DO REGISTRO NA EDUCAÇAO INFANTIL Andressa da Silva Carvalho 1427 O PROFESSOR DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E O ENSINO DA LIBRAS: DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO DO SURDO NO ENSINO COMUM NO MUNICÍPIO DE CAXIAS -MA Francisca das Chagas Pereira da Silva Santos 1442 O PROJETO PEDAGÓGICO: CONSTRUÇÃO COLETIVA Adriana Sampaio Ramiro Sabadini 1453 O REENCANTAR NA EDUCAÇÃO Eva Meire de Oliveira 1464 O ROLE-PLAYING GAME (RPG) COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICO-METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS Henrique José Polato Gomes Lupe Furtado Alle Ricardo Lehtonen Rodrigues Souza 1481 O TEATRO NA SALA DE AULA: CONTRIBUIÇÕES PARA APRENDIZAGEM Andréia Fagundes Fraga 1488 O USO DAS TECNOLOGIAS NA EJA DO SÉCULO XXI: NARRATIVA DE IMPLANTAÇÃO DE PROJETO EM UM CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO Milene Otavia Oliveira Diniz Bertolli 1499 O USO DIDÁTICO DAS ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL Luciane Aparecida Juventino da Silva 1515 OS CAMINHOS DE UMA EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL Audrey Rose Amadeu Santana Silva 1522 OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIAS Marli Guimarães da Silva
  • 10. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 10 1529 OS JOGOS E BRINCADEIRAS NAS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Raquel de Castro Bademian Zapalá 1549 PEDAGOGIA HOSPITALAR: O PAPEL DO PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR Patrícia de Araújo Lima Freire 1561 POLÊMICAS SOBRE A HISTÓRIA: AFINAL HITLER E O NAZISMO FOI UM MOVIMENTO COM VALORES COMUNISTAS DE ESQUERDA? Rodrigo Fernando Assis dos Santos 1566 POSSIBILIDADES E DESAFIOS DOCENTE NO ATENDIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA Solange Aparecida da Cunha Sakamoto 1577 POTENCIALIDADES DOS ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES: SUPERDOTAÇÃO Rose Soraya Duarte Siqueira 1585 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA VIDA DA CRIANÇA Rosania Silva Bittante 1593 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Cibele Cristina de Lima Leão 1600 PROFESSOR E ALUNO: UMA PARCERIA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E NA REDESCOBERTA DOS SABERES Juliana Koga Vieira 1608 PROFESSOR ESPECIALISTA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO DE SURDOS Eliane Ribeiro Camaroti da Silva 1616 PSICOPEDAGOGIA FUNCIONAL: O CAMINHAR E O CAMINHO Andrea Palieraqui Rodovalho 1635 REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR Marlene Cecílio De Jesus 1648 REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA A PARTIR DA LEI 101.639/03 Raquel Helem Lopes 1662 RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO AMBIENTE VIRTUAL: RELAÇÃO TUTOR X ALUNO Vera Lucia de Faveri Fernandes e Silva 1669 RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR José Armando Soares dos Santos 1691 SABERES E PRÁTICAS DO AGENTE DE INCLUSÃO/CUIDADOR NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO ALUNO AUTISTA Maria Helena Rodrigues Bezerra Domingas Silva dos Santos Maria de Fatima Sousa 1702 SARAU LITERÁRIO Marinete Ferreira Araujo 1708 SUSTENTABILIDADE: O USO DO PAPEL RECICLADO Adriana de Sá Marques 1727 SUSTENTABILIDADE: USO CONSCIENTE DA ÁGUA Marilda da Silva Ribeiro 1745 TECNOLOGIA E SOFTWARES EDUCATIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Gisleine Mendonça de Aguiar 1760 TRANSTORNO BIPOLAR NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: DESAFIOS DA ESCOLA Elaine Romero 1767 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH): DESAFIOS DA INCLUSÃO Patricia Fujii de Matos
  • 11. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1333 O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E INDÍGENA - LEI NO 11.645/08: DETERMINAÇÃO LEGAL E PRÁTICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA - RJ Ciro Alves dos Santos 1 RESUMO: Analisar a aplicabilidade do ensino da disciplina História e Cultura Afro-brasileira nas escolas de ensino público no município de Barra Mansa – RJ foi o principal objetivo deste artigo. Para sua realização, traçou-se um referencial teórico acerca das proposições de autores para seu enriquecimento, autores como: Candau (2009); Freire (2000); Fonseca (2007), além da legislação pertinente. Palavras-Chave: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; Determinação legal; Lei no 11.645/08; Município de Barra Mansa – RJ. 1 Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia pelo Centro Universitário de Barra Mansa – RJ; Licenciatura em História; Especialização em Docência do Ensino Superior; Especialização Docência do Ensino Religioso; Especialização Letramento; Especialização em Gestão Escolar Integradora. E-mail: ciropedagogo@gmail.com
  • 12. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1334 INTRODUÇÃO O presente artigo objetiva analisar a aplicabilidade do ensino da disciplina História e Cultura Afro-brasileira nas escolas de ensino público no município de Barra Mansa – RJ. Para sua realização, traçou-se um referencial teórico acerca das proposições de autores para seu enriquecimento, autores como: Candau (2009); Freire (2000); Fonseca (2007), além da legislação pertinente, contou-se também com a pesquisa de campo realizada na Secretaria Municipal de Educação - SME do município de Barra Mansa – RJ, por meio da aplicação de questionário com 15 (quinze) perguntas direcionadas à 3 (três) profissionais representantes da SME, sendo eles: uma professora e apoio pedagógico da SME; um gerente de Promoção da Igualdade Racial e uma Assistente Administrativa da gerência de Promoção da Igualdade Racial. Os resultados e considerações apontaram que o negro e o indígena fazem parte da história cultural do Brasil, estando presentes no passado e no presente da história deste país, e, portanto, deve ter suas contribuições e importância preservadas e reconhecidas. A escola é a base da formação do sujeito, é o espaço pelo qual se ensina e se aprende com a diversidade, mas, essa deve ser apresentada e ensinada de forma com que todos respeitem uns aos outros, o negro deve fazer parte das histórias contadas na sala de aula, as crianças devem ter reconhecimento de personagens que contém a sua história. No estudo apresentado constatou-se que a aplicabilidade da Lei no 11.645/08 nas escolas do município de Barra Mansa – RJ., ainda caminha à passos lentos, certo que esforços têm sido disponibilizado para sua efetivação, mas, encontram resistência e alguns entraves por conta do próprio sistema, ou seja, do poder público. Certo de que a luta contra o racismo e o preconceito é um desafio para qualquer sociedade, certo de que é preciso um trabalho em conjunto, a reunião de esforço para que nossas crianças aprendem a viver e conviver na diversidade que o próprio país apresenta, aprendendo a respeitar e a valorizar a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, de um povo que tanto fez e faz por esse país, mas, que ainda não tem seus espaços preservados e respeitados. A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI NO. 11.645/2008 NO MUNICÍPIO DE BARRA MANSA – RJ  A Respeito do Município de Barra Mansa – RJ O município de Barra Mansa está situado no sul do Estado do Rio de Janeiro, localizado na microrregião do Vale do Paraíba, dentro da mesorregião do Sul Fluminense, representando a segunda maior população da mesorregião. Sua população estimada em 179,451 habitantes em 2017, possuindo uma área de 548,9 km² (MOTTA, 2017). A composição da população se dá por descendentes de imigrantes europeus (principalmente portugueses, italianos e espanhóis), mas também de franceses e alemães, além de uma dinâmica colônia sírio- libanesa, assim como também de ameríndios e de descendentes africanos (PLANEJAMENTO ONLINE, 2017).
  • 13. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1335 Sua localização é privilegiada, está entre Rio de Janeiro e São Paulo, seu Índice de Desenvolvimento Humano - IDH é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, de 0,806 (ano 2000). É sexta no ranking de melhor Índice de Desenvolvimento Humano - IDH-M entre os municípios fluminenses (PLANEJAMENTO ONLINE, 2017). A respeito da Educação, em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública tiveram nota média de 5.4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB e 4,2 para os alunos dos anos finais (PLANEJAMENTO ONLINE, 2017).  Sujeitos da pesquisa A entrevista foi direcionada a 03 (três) profissionais locados na Prefeitura Municipal de Barra Mansa, nomeados de participantes A, B e C, aos quais tem suas devidas formações e atuações no município. ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram realizadas entrevistas diretamente com o setor de Relações Étnicos Raciais, da Secretaria Municipal de Educação, afim de extrair dados sobre como é trabalhado o Ensino da História da África e indígena no município.  Sobre o projeto de implementação da Lei no 10.639/2003 e no 11.645/08
  • 14. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1336 Segundo os entrevistados, há na Secretaria Municipal de Educação de Barra Mansa um projeto de implementação das leis no 10.639/2003 e no 11.645/08 em especial a inserção da História da África e Cultura Afro- Brasileira e Indígena na grade curricular. Trata- se de um projeto articulado com a cultura para que a questão étnica racial e indígena venha ser abordada durante todo ano e não somente em datas específicas. Conforme o participante (ENTREVISTADO B, 2017), “as relações étnicas raciais são desenvolvidas por meio da Promoção da Igualdade Étnicos Raciais e Educação e prevê formulação da história da África por meio da Lei no. 10.639 e no. 11.645/08”. O Parecer n. 003/2004, dispõe: ações educativas de combate ao racismo e a discriminações encaminha para a participação de grupos do Movimento Negro, e de grupos culturais negros, bem como da comunidade em que se insere a escola, sob a coordenação dos professores, na elaboração de projetos político- pedagógicos que contemplem a diversidade étnica racial (CNE, 2004, p. 141). Nesse sentido, à indagação sobre se houve participação dos movimentos negros locais na elaboração dos projetos desenvolvidos pela no sistema de ensino municipal, colocou o participante B que: Os movimentos locais, como em todo Brasil, a gente vem passando por uma modificação, no qual o movimento negro está evoluindo de uma forma futurística. Hoje temos a participação da população, do movimento negro para traçar as diretrizes e implementação que serão feitas dentro de sala de aula, pois não adianta trazer ao aluno uma realidade que está completamente diferente do que ele vive dentro de sua comunidade, podemos então dizer que há sim, uma participação da comunidade e do movimento negro a cada passo desta construção (ENTREVISTADO B, 2017). Detalha assessora da gerência de Promoção da Igualdade Racial no município sobre como se deu a participação. Temos visto que esta participação tem acontecido muito, no que diz respeito às escolas, na qual a comunidade em que a escola está inserida tem participado ativamente na implementação dessas políticas, tanto por meio do Projeto Político-Pedagógico - PPP e das contribuições de pais e parceiros, como igrejas etc.. tem abraçado o desenvolvimento dessas políticas (ENTREVISTADA C, 2017). Frente ao que consta no Parecer 003/2004 sobre a autonomia da escola e a participação da comunidade na elaboração dos diversos projetos elaborados pela escola conforme disposto a seguir, A autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos, no cumprimento do exigido pelo Art. 26A da Lei 9.394/1996, permite que se valham da colaboração das comunidades a que a escola serve, do apoio direto ou indireto de estudiosos e do Movimento Negro, com os quais estabelecerão canais de comunicação, encontrarão formas próprias de incluir nas vivências promovidas pela escola, inclusive em conteúdos de disciplinas, as temáticas em questão. Caberá, aos sistemas de ensino, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos estabelecimentos de ensino e aos professores, com base neste parecer, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e
  • 15. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1337 programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares (CNE, 2004, p. 140). O processo de implementação da leis 10.649/04 e 11.645/08 tem encontrado resistências e dificuldades, conforme avaliação da entrevistada C, que refere-se à herança cultural hegemônica no Brasil que é eurocêntrica, ao problema do mito da democracia racial e do encaminhamento de uma intervenção pedagógica focada na desconstrução e desmitificação de estereótipos e preconceitos enraizado. Encontramos empecilhos e resistências, pois em todo o tempo nós vivemos baseado numa cultura eurocêntrica, e quando falamos em pluralismo de ideias e questões raciais. Nós estamos trabalhando em cima da desmistificação de muitos estereótipos e preconceitos enraizados no imaginário social, então, temos sim encontrado resistências e dificuldades, até porque falar do que é tradicional, rotineiro é mais fácil do que falar de questões que não são comumente abordadas, como exemplo, o personagem negro dentro das histórias. Vejo o negro hoje em posição de destaque, falar sobre ele com as mais diversas pessoas de outras etnias é também um grande empecilho. Principalmente quando pensamos no mito da democracia. (ENTREVISTADA C, 2017) Sobre como se organiza o projeto desenvolvido na Secretaria Municipal de Educação articulado com a Secretaria de Cultura, sua composição e como ele está sendo trabalhado, descreve o entrevistado A sobre o específico Projeto Afro Saberes: O projeto que temos desenvolvido na SME- BM, juntamente com a Secretaria de Cultura que é o Projeto Afro Saberes, tem várias abordagens durante todo ano, como, voltadas para mulheres, jovens, crianças negras, é um projeto em constante construção, porque sabemos que a lei de inclusão da cultura africana no currículo é uma lei muito recente (lei no. 10.639/03), então a mudança no currículo, implantação de novos debates e discussões é um processo bem demorado, mas estamos no caminho da transformação desta sociedade (ENTREVISTADO A, 2017). Buscando dar conta do princípio, explicitado no Parecer 003/2004, da necessidade de haver consciência política e histórica da diversidade, o participante B relata que o grupo gerente do projeto detecta a realidade dos profissionais da educação, conforme também análise do conteúdo do Parecer citado (CNE, 2004, p.141), que não são, familiarizados com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e cultura afro-brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes permitam formular concepções não baseadas em preconceitos e construir ações respeitosas. Explicita o participante B os encaminhamentos, conforme orienta o Parecer, voltados à formação dos profissionais da educação elaborados e implementados pelos grupo: Entendemos que não existe uma árvore sem raiz, nós começamos a pensar em como os professores do município estavam trabalhando dentro de sala de aula e aplicando essas leis, com isso, detectamos uma grande carência considerável a esses profissionais. Buscamos por meio de um seminário que chamamos de Relações Étnicos Raciais nas escolas, trazendo profissionais, como, Eloi Ferreira de Araujo é ex-ministro da Secretaria Especial de Políticas
  • 16. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1338 de Promoção da Igualdade Racial – Seppir e exemplos da fala da ativista e personal trainer da igualdade racial Luana Génot entre outros, que vieram demonstrar como reagir e trabalhar com o aluno dentro de sala de aula referente a episódio racista ou não. Embasando assim, os professores inicialmente para o desenvolvimento dessas questões dentro do ambiente escolar (ENTREVISTADO B, 2017). Realista, analisa e prevê o entrevistado B: Nós sabemos que isso não é tudo, e, sim que existem outras ações, que teremos a oportunidade de trabalhar em 2018, como seminários, falando dos movimentos negros desde 1970, jovens e mulheres negras, tudo isso entrará em destaque, certificando profissionais da educação participantes deste trabalho (ENTREVISTADO B, 2017). Sobre a construção de uma escola inclusiva no sentido da diversidade e a inserção de orientação pedagógica estratégica das leis nos PPP das escolas, relata o entrevistado A que é um trabalho que pode-se observar em amostras pedagógicas, no que se refere à escola, a existência dessa prática e também na implementação do Projeto Afro Saberes: Sim, existe e as escolas já têm trabalhado e demostrado nas amostras pedagógicas, trabalhando as questões indígenas, valorizando a lei no. 11.645/08, e muitas questões africanas, o que podemos observar nas visitas realizadas. Retomando as questões do Projeto Afro Saberes, que tem atingido várias escolas, as quais participaram no parque centenário quinzenalmente das contações de história, cursos para formação das questões étnicos raciais ministrados durante o ano corrente. (ENTREVISTADO A, 2017) Estabelece, quanto aos materiais didáticos específicos para implementação pedagógica dos conteúdos referentes, o Parecer 003/2004 que: Caberá, aos administradores dos sistemas de ensino e das mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim de evitar que questões tão complexas, muito pouco tratadas, tanto na formação inicial como continuada de professores, sejam abordadas de maneira resumida, incompleta, com erros (CNE, 2004, p. 140). Quanto à utilização de materiais didáticos específicos, relata o entrevistado A: Sim, há materiais, nós recebemos este ano dois livros que abordam as questões éticos raciais e indígenas, livros de literatura infantil e infanto juvenil do Ministério da Educação para serem trabalhados a partir das bibliotecas e salas de leituras (ENTREVISTADO A , 2017). Participante B: nós da gerência de Igualdade Racial em parceria com o Conselho Municipal de Igualdade Racial trabalhamos o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial que tem uma vertente que vai trabalhar especificamente a educação. Junto a 10 (dez) cidades da região estudamos a possibilidade de criar o Plano Regional de Igualdade Racial, porque não adianta combater o racismo dentro da cidade de Barra Mansa sendo que existem outras cidades vizinhas. Quanto à colocação e distribuição dos conteúdos dentro do currículo, relata o entrevistado A: Na verdade, eles são colocados de forma transversal, trabalhando em todas as disciplinas
  • 17. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1339 as questões da africanidade para que o aluno se enxergue como negro e afrodescendente, para que, respeitem a etnia do outro. Apesar da lei indicar o que devemos trabalhar nas disciplinas como, História, Literatura e de Artes, nós tentamos fazer de forma interdisciplinar (ENTREVISTADO A, 2017). Se posiciona a respeito da distribuição dos conteúdos dentro do currículo da escola. A inclusão e obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica é uma decisão política, com repercussões pedagógicas, no que diz respeito da garantia de vagas para negros na escola e a valorização de sua história e cultura (CNE, 2004, p.138). Fala o entrevistado sobre a importância da questão linguística e experiência da África do Sul: Falando da questão da linguística, nos faz refletir que a África do Sul depois do “Apartheid”, passou a cantar o Hino oficial da África em 5 (cinco) idiomas, por isso, acreditamos que é possível trabalhar as questões da africanidade em várias disciplinas, inclusive das questões linguísticas valorizando o Continente Africano, que ainda hoje é muito desprezado, pois, poucos sabem por exemplo, que na África fala-se 11 (onze) línguas oficiais e são ricos nas questões linguísticas (ENTREVISTADO A, 2017). Destaca o entrevistado a necessidade de ampliar o conceito de africanidade no sentido da diversidade: Trabalhar a questão de africanidade não é somente falar da questão de racismo e sim da diversidade étnica, cultural, cores, fauna e flora, e, tudo isso, pode se trabalhar para que nosso aluno assim como tem anseio em conhecer a Europa, posse a ter anseio de o Continente Africano que é muito rico em diversidade (ENTREVISTADO A, 2017). A implementação, tal como colocado no Parecer 003/2004, do princípio Consciência Política e Histórica da Diversidade deverá conduzir, à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e história próprias, igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história; ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira (CNE, 2004, p. 140). Ainda, referindo-se à distribuição no currículo do conteúdo no sentido da transversalidade, analisa o participante B: A interpretação desta transversalidade do ponto de entrarmos dentro dos seminários, mostrar que o inglês não é somente falado nos Estados Unidos, mas também na África do Sul, o seno, cosseno e tangente são vindos do continente africano e do Egito, então são várias matérias que o aluno tem, que possui essa transversalidade e que não lhe é passada, por isso, estamos trabalhando a proposta de trabalhar este contexto em várias disciplinas. Sobre se há um trabalho permanente e sistemático com o tema e ao seu ainda tratamento como efemeridade dos dias de abolição da escravatura ou dia da consciência negra, relata o entrevistado B como pensam encaminhar tal problema: O fato de estarmos trabalhando com a juventude, temos visto de perto a necessidade de ter um calendário afro barramansense no
  • 18. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1340 qual teremos de ponta a ponta um trabalho para desenvolver a igualdade racial. O bom de tudo isso é que colocamos uma proposta e, ainda, contamos com a autonomia do diretor para trabalhar dentro de sua escola e o professor dentro da sala de aula, com exposições e trabalhos pertinente a igualdade racial (ENTREVISTADO B, 2017). “Certificando-se que bem mais que a inclusão desse ensino é preciso que as relações étnico-raciais, sociais e pedagógicas sejam repensadas, de acordo com o Art.26A acrescido à Lei no 9.394/1996” (CNE, 2004). Coloca o entrevistado C, sobre a apropriação no cotidiano da escola o que determinam as leis e o Parecer, os desafios ainda a serem vencidos e como. Um dos maiores desafios que nós temos enfrentado é que esse tema seja trabalhado de fato nas escolas durante todo ano e não apenas em datas comemorativas. Para isso, nós da gerência de Relações Étnicos Raciais e da Secretaria de Educação temos frisado a primazia da questão da formação dos professores para que eles possam ter essa bagagem e trabalhar a temática racial dentro de sala de aula e para que isso seja de fato enraizado na educação das nossas crianças, para que elas cresçam com esta consciência, que compreenda o respeito e abracem a busca pela igualdade racial dentro e fora das escolas (ENTREVISTADO C, 2017). Com destaque para uma das ações educativas de combate ao racismo e a discriminações, tem “o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se distorções, envolverá articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e realidades do povo negro” (CNE, 2004, p.141). Quanto às ações pedagógicas de formação dos professores e a utilização de material didático nos mesmos, no município de Barra Mansa, Temos desenvolvido algumas oficinas em seminários dentro da rede de ensino, no Somando Experiências. Essas oficinas são especialmente para falar das questões étnicos raciais envolvendo a literatura africana e afro- brasileira, os professores escolhem suas oficinas, no qual temos ministrado para professores dos anos iniciais e educação infantil. Nesses encontros apresentamos os materiais que o Ministério da Educação disponibiliza para as unidades, esses materiais são interessantes, inclusive 3 (três) livros que são “Valentina” de Márcio Vassalos; “Casamento da princesa” de Celso Frisco e “Estefani, uma princesa nada boba” de Luiz Antônio, essas três princesas vêm desconstruir este estereótipo de beleza, que nós herdamos deste imaginário social e das princesas como Cinderela, Branca de Neve e Rapunzel. O negro é colocado como personagem, figura principal nos textos, afim de formar esses professores para aprenderem a lidar com esses alunos de uma forma lúdica, pois afinal, a maioria de nossos alunos são negros, afro-brasileiros. Nosso objetivo é que ele se reconheça, se percebendo como personagem que fazem histórias (ENTREVISTADO A, 2017). Ainda, sobre a formação dos profissionais da educação e quadros profissionais especializados que possam desenvolver esse trabalho de como encaminharam o problema, relata o entrevistado B:
  • 19. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1341 No início do governo, identificamos uma carência considerável de professores e profissionais especializados na rede para tratar as relações étnicos raciais nas escolas. Nenhum professor hoje, está com embasamento suficiente para intervir dentro de um ato racista em sala de aula ou até mesmo nos intervalos. Nós temos a consciência que não é só em Barra Mansa, isso é Brasil, por isso, estamos levando aos professores, por meio de visitas, questionários, afim de extrair informações quanto aos perfis de cada escola do nosso município, por que cada colégio tem sua particularidade e dentro dessas, temos que saber como tratar e identificar o erro entre outras coisas, além de pautar o professor para que tenha bagagem para intervir de forma imediata. O que não queremos é que o professor seja apenas testemunha do ato racista na escola, não sabendo lidar com as questões envolta do racismo. É preciso que ele esteja capacitado e preparado para lidar com a situações e, assim, intervir da forma correta (ENTREVISTADO B, 2017). Acrescenta o entrevistado C: Nós não estamos trabalhando somente a formação dos professores, mas a questão da desconstrução de valores e conceitos que foram socialmente construídos, que hoje, nós profissionais, que um dia também fomos crianças e aprendemos valores que não necessariamente eram os corretos, hoje temos a necessidade de desconstruir os velhos paradigmas e preconceitos, a fim de nos tornar adultos melhores e capazes de proporcionar às nossas crianças uma infância livre de preconceitos. Sabemos que essa responsabilidade é nossa enquanto profissionais da educação e, por isso, devemos construir novos valores a luz da igualdade humana (ENTREVISTADO C, 2017). Para a questão acima citada, deverão os sistemas de ensino e os estabelecimentos de Educação Básica em todos os níveis, providenciar entre outras: Introdução, nos cursos de formação de professores e de outros profissionais da educação: de análises das relações sociais e raciais no Brasil; de conceitos e de suas bases teóricas, tais como racismo, discriminações, intolerância, preconceito, estereótipo, raça, etnia, cultura, classe social, diversidade, diferença, multiculturalismo; de práticas pedagógicas, de materiais e de textos didáticos, na perspectiva da reeducação das relações étnico-raciais e do ensino e aprendizagem da História e cultura dos Afro-brasileiros e dos Africanos (CNE, 2004, p.144-145). Quando questionados sobre a implementação da formação continuada dos professores, respondeu o entrevistado A sobre as ações, como os Projetos Formando Experiência e Multiplicando Sucesso, que desenvolvem: Sim, juntamente com a Gerência de Igualdade Racial e a SME, oferecemos além de cursos para professores da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental e para comunidade em geral, com ajuda da Secretaria de Cultura, nos eventos de formação continuada e, em serviço, chamados de Formando Experiência e Multiplicando Sucesso (ENTREVISTADO A, 2017). A respeito da educação continuada de professores, o CNE (2004, p.144): Instalação, nos diferentes sistemas de ensino, de grupo de trabalho para discutir e coordenar Planejamento e execução da
  • 20. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1342 formação de professores para atender ao disposto neste parecer quanto à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao determinado nos Art. 26 e 26A da Lei 9394/1996, com o apoio do Sistema Nacional de Formação Continuada e Certificação de Professores do Ministério da Educação. Sobre o próximo ano e o projeto a ser implementado, relata o entrevistado B: Nós estamos celebrando junto com o Governo Federal, no próximo ano, será oferecido uma série de seminários do movimento negro a partir da década de 70, jovem e mulher negra e empreendedorismo. Tudo isso, para trazer aos nossos professores um universo de informação e capacitação no qual eles poderão disseminar dentro do ambiente escolar. Também como proposta para o próximo ano, fazer levantamento específico dentro da carência que o profissional de educação tem referente ao trabalho técnico, a respeito das Relações Étnicos Raciais (ENTREVISTADO B, 2017). Sobre a relação das secretarias e universidades e implementação de convênios para a apropriação dos novos conteúdos e práticas pedagógicas para a formação de professores, relata o entrevistado B: Não há um convênio e sim, parcerias, como por exemplo com o Centro Universitário de Barra Mansa - UBM, na realização de seminários, mesa redonda ou quando queremos trabalhar alguma coisa no âmbito das Relações Étnicos Raciais, o UBM é sempre nosso parceiro. Temos como parceiro também, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/BM, que por meio de sua Comissão de Igualdade Racial nos possibilita trabalhar em equipe, além do Grêmio Barramansense de Letras – GREBAL. Assim, acreditamos que tudo começa com as parcerias para futuros convênios. (ENTREVISTADO B, 2017). De acordo com o Parecer 003/2004 (2004, p.145): Realização, pelos sistemas de ensino federal, estadual e municipal, de atividades periódicas, com a participação das redes das escolas públicas e privadas, de exposição, avaliação e divulgação dos êxitos e dificuldades do ensino e aprendizagem de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana e da Educação das Relações Étnico Raciais (...). A respeito da conquista da implementação das leis e os maiores desafios que ainda deverão ser vencidos, relata o entrevistado A: Penso que nós estamos num processo, num caminho, mas já conseguimos desenvolver um trabalho durante o ano de 2017, abordando a temática da africanidade sobre vários ângulos e aspectos, a questão do negro (mulher, criança, jovem), empreendedorismo, a literatura, então, conseguimos apresentar a temática na formação inicial dos professores da educação fundamental e educação infantil, assim, entendemos que estamos caminhando e dialogando e sei que há muitos entraves, mas, acreditamos que demos um grande passo, pois já saímos do ambiente escolar, dialogamos com a cultura e já estamos fazendo movimento fora do espaço escolar (ENTREVISTADO A, 2017). Da importância das Leis das leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08 para o ensino escolar no Brasil, os representantes da Secretaria Municipal de Educação, do setor Relações Étnicos Raciais, assim contribuíram: Essas duas leis são ótimas e eu costumo falar que tudo que tinha que ser escrito já foi escrito, pois nós temos as leis, estatutos da igualdade
  • 21. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1343 racial, só que depende do amadurecimento político na questão de execução, pois, sabemos o que fazer, mas precisamos executar. Existe uma crítica muito forte, acerca das conquistas do negro, tais como, cotas para negros nas universidades. Nossos trabalhos, bem sabemos, é árduo, é sacrifícios e sabemos que o que estamos fazendo, podem levar até 150 anos para chegar a essa tão sonhada igualdade e se a gente não começar agora, este período certamente dobra. Eu vejo as leis, no. 10.639/03 e no. 11.645/08 como fundamentos importantes e diretrizes que precisam ser cumpridas. Elas são importantes porque o trabalho docente pode e deve dar visibilidade aos grupos que contribuíram para história do Brasil, é uma forma de valorização das etnias, simples assim, valorizar as culturas, é um resgate dos anos em que se prezou por uma única história. Então é agora! Por que existe um perigo de se contar uma única história, dessa forma, as leis vieram trazer um resgate, valorização e oportunidade aos outros grupos contar suas próprias histórias de acordo com seus próprios olhares, não com um olhar eurocêntricos (ENTREVISTADO A, 2017). O entrevistado B, também dá sua contribuição afirmando: Sendo nós, enquanto poder público, profissionais de educação e cidadãos, devemos nos colocar à disposição dessa luta. Acredito que esta luta não pode ser só do negro, do indígena, do quilombola, ciganos etc., essa luta deve ser da sociedade brasileira, do povo brasileiro, para que nosso país seja de fato um país igual. Acredito que precisa ser um diálogo de todas as etnias, para que de fato, juntos, possamos mudar a realidade do Brasil (ENTREVISTADO B, 2017). A assessora da gerência de Promoção da Igualdade Racial no município, cita uma frase muito falada pela vice-prefeita do município em estudo para responder essa pergunta. - “Existe uma história do povo negro sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro”. - Acredito que trabalhar as questões étnicos raciais dentro das escolas é de fato valorizar essa história que é uma luta tão sofrida que os afrodescendentes e indígenas passaram ao longo dos séculos no país e ainda passam. Nós acreditamos que por meio da educação, isso poderá ao longo de muitos anos, ser erradicado, acredito na erradicação do preconceito e do racismo no nosso país (ENTREVISTADO C, 2017). Para incorporar na escola a prática pedagógica a História da África e Cultura Afro- brasileira e Indígena, os representantes das setor Relações Étnicos Raciais acreditam que devam ter melhorias em: Eu gostaria que as nossas crianças aprendessem na construção do imaginário social, assim, como elas sabem do Chapeuzinho Vermelho, da Rapunzel, da Branca de Neve, que elas aprendessem as histórias da Valentina, da Odara e Abena, isso já seria um grande passo para construção de um mundo melhor, mais plural (ENTREVISTADO A, 2017). A entrevistada B dá sua contribuição com uma fala de Luana Génot“hoje a gente precisa de pessoas, professores e diretores negros, mestrandos negros, doutores negros, negros que tenham concepção e aplicação de negritude, não por causa da taxa de melanina no corpo”. E, acrescenta: Na verdade, temos vivido numa sociedade com o racismo implícito, por que na época da
  • 22. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1344 escravidão o racismo era demonstrado por chibatadas, hoje uma pessoa mostra o racismo de forma indireta, então, diretamente a melhoria que eu desejo é que chegue ao ponto de alguém dizer, olha, tem três doutorandos negros, três mestrandos negros ali. Para mim, temos que chegar ao ponto de ser comum. A maior parte dos meus professores especialistas aqui são negros e, para mim, essa é a melhoria e o objetivo final de todo um trabalho a ser feito dentro de sala de aula (ENTREVISTADO B, 2017). E, o entrevistado C: Nós, enquanto poder público, temos feito tudo que está ao nosso alcance e o que não está. Sendo as melhorias que sonho, de fato, a implementação e efetivação das leis nas escolas e o mínimo de empatia por conta dos professores nas questões étnicos raciais. Muito do que se vê é a negação de que o preconceito e o racismo existem em nosso país, mas basta olhar para nossa história que se enxerga a realidade. Acredito que se houver respeito e empatia por parte dos que se encontram lá na ponta (professores e demais atores da escola) com as nossas crianças, a lei será aplicada de forma prática e efetiva no contexto das escolas do país, e, consequentemente, na sociedade em geral (ENTREVISTADO C, 2017). Finalizando com a preconização do Parecer: Precisa, o Brasil, país multi-étnico e pluricultural, de organizações escolares em que todos se vejam incluídos, em que lhes seja garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao grupo étnico/racial a que pertencem e a adotar costumes, ideias e comportamentos que lhes são adversos. E estes, certamente, serão indicadores da qualidade da educação que estará sendo oferecida pelos estabelecimentos de ensino de diferentes níveis (CNE, 2004, p.140). Com o estudo, percebe-se que precisa ainda de um trabalho intenso, em conjunto, em volta da apresentação da história do negro e do indígena no contexto da formação do Brasil, que todos tenham, principalmente as crianças que trazem de casa um histórico de formação de valores que precisam ser desenvolvidos na escola, a qual deve saber, juntamente com seus atores lidar com a questão da diversidade e entender que cada aluno tem suas particularidades, especificidades e formação familiar. O que torna o trabalho ainda mais desafiante, mostrar para os pequenos que falar de negro e do indígena é olhar no espelho e enxergar sua verdadeira face. Fato é que o Brasil é um país negro! E, que ainda, apresenta uma história de segregação e também de luta pela igualdade ao longo dos séculos, mas, que hoje numa sociedade plural como a nossa não cabe mais o racismo e preconceito e que crianças aprendem o que lhe são ensinadas, então, cabe ensinar o respeito a diversidade e a pluralidade brasileira. O poder público, representado pelos participantes desse estudo, sonha em ter uma escola em que os professores sejam capacitados e estejam assim, preparados para lidar com atos que venham configurar o racismo dentro de sala de aula. Importante destacar que deve-se ter atenção e cuidado tanto para a criança e pratica o racismo, quanto para àquela que sofre dele, a primeira por ter sido em algum momento de sua história “ensinado” a ser racista, a segunda pela dor de ser apontado como diferente, quando na
  • 23. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1345 verdade diferente é somente sua cor. O professor e a escola que se espera são assim, mediadores de conflitos, que juntos são verdadeiros responsáveis pela formação moral de valores há muitos perdidos em nossa sociedade, então só se forma um cidadão consciente do respeito ao próximo se o trabalho for de base, se começar na escola. Lei é, pois, responsabilidade de todos e não apenas do professor em sala de aula. Exige-se, assim, um comprometimento solidário dos vários elos do sistema de ensino brasileiro, tendo-se como ponto de partida o presente parecer, que junto com outras diretrizes e pareceres e resoluções, têm o papel articulador e coordenador da organização da educação nacional (CNE, 2004, p.146).
  • 24. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1346 CONSIDERAÇÕES FINAIS Quanto ao estudo do tema escolhido que teve como objetivo inicial analisar a aplicabilidade do ensino da disciplina História e Cultura Afro-brasileira nas escolas de ensino público no município de Barra Mansa - RJ, como orientada por legislação específica, bem como promover uma reflexão sobre as resistências e desafios à aplicação das atividades pedagógicas referentes ao tema no sentido de que a citada disciplina seja de fato efetivada nas escolas, pode- se considerar que: A hipótese levantada de que a aplicabilidade da lei só poderá ser efetivada quando houver uma mudança no campo cultural, pois, a tradição cultural pode ser uma das razões que poderia acarretar certa resistência e dificuldade na aplicabilidade da lei, pode ser constatada conforme relatos dos entrevistados no estudo de caso. Embora, conforme relato dos entrevistados sobre os projetos e ações venham acontecendo, como orienta o Parecer 003/2004, e mesmo que o município já apresente a história do negro e do indígena usando a interdisciplinaridade, muito deve ser feito ainda para uma implantação efetiva do ensino da História da África e Cultura Afro-Brasileira, o que só ocorrerá quando tal temática for prioridade no currículo do município de forma a se tornar efetivo. Então, é preciso mais no que diz respeito à capacitação e à formação continuada dos professores, a parcerias com universidades que produzem pesquisas sobre a temática pois ainda falta sequência e sistematização para esta que faça parte do cotidiano da prática pedagógica da escola. Pode-se afirmar que a história do negro no Brasil é tão carente de respeito e reconhecimento que até mesmo a data em que este sentou num banco de escola pela primeira vez não consta na literatura, ou seja, a data é desconhecida. Sendo a escola um espaço social, contrariamente, esta que deveria acolher, por muito tempo segregou. É um fato que se políticas não forem devidamente efetivadas isso continuará acontecendo. Depois da família, a escola como mais importante detentora do saber e do conhecimento sistematizado deve ser aquela que forma para a cidadania, para o reconhecimento de valores iguais, sem distinção, racismo e preconceito. Para isso, é preciso que mantenha viva a história do negro e do indígena no cotidiano da escola, por meio de atividades, de eventos, do livro didático, das rodas de brincadeiras e da contação de história. Assim, os resultados desse estudo, ainda não se mostraram completamente otimista em relação à implementação e efetivação da lei, mas constata ações ainda que de forma embrionária no sentido da aplicação das leis 10.639/04 e no 11.645/08 trazendo para a escola e sociedade a consciência da valoração da diversidade.
  • 25. REVISTA MAIS EDUCAÇÃO 1347 REFERÊNCIAS ABREU, Martha; SOIHET, Rachel (orgs). Ensino de história: conceito, temática metodologia. Rio de Janeiro: Casa da palavra, 2003. AMORIM, Antonio. Escola: uma organização social complexa e plural. São Paulo: Viena, 2007. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2006. BORGES, Elisabeth Maria de Fátima. A Inclusão da História e da Cultura Afro-brasileira e Indígena nos Currículos da Educação Básica. R. Mest. Hist., Vassouras, v. 12, n. 1, p. 71-84, jan./jun., 2010. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2001. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: DF, 1988. BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação |Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília: DF, 1996. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.126p. BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília: DF, 2003. BRASIL. Parecer CNE/CP 003/2004, 10 de março de 2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Conselho Nacional de Educação. Brasília: DF, 2004. BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Presidência da República Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília: DF, 2008. CANDAU, V. M. F. Educação Escolar e Cultura(s): multiculturalismo, universalismo e currículo; In: CANDAU. V. M. (org) Didática: questões contemporâneas. Rio de Janeiro: Ed. Forma & Ação, 2009. CAVALLEIRO, Eliane. Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001. CRUZ, Caroline Silva. Lei 11.645/08: a escola, as relações étnicas e culturais e o ensino de história - algumas reflexões sobre essa temática no PIBID. XXVII Simpósio Nacional de História. Conhecimento histórico e diálogo social. Natal – RN, de 22 a 26 de julho de 2013.
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