2. Relevo, Clima e Agricultura no Sudeste Asiático
O relevo e o clima têm grande influência sobre o desenvolvimento das
atividades agrícolas no Sudeste da Ásia. Nessa região, o relevo
montanhoso, tanto na área continental como na área insular, é recortado
por extensas planícies aluviais, onde fluem rios caudalosos, como o
Mekong (destacado na imagem abaixo), o Irrawaddy, e o Chao Phraya,
com seus respectivos afluentes. É nessas planícies que se concentra
grande parte da população.
3. Assim como nas áreas de planícies, as partes mais baixas das encostas
das montanhas também são utilizadas para as lavouras. Nessas áreas
íngremes são construídos terraços, isto é, plataformas planas, em
degraus, que retêm a água das chuvas e evita a erosão das encostas,
aumentando, assim, a área destinada ao cultivo.
Cada hectare de terra é intensamente aproveitado, tanto no cultivo do
arroz quanto no de outros produtos, como milho, trigo, soja e hortaliças.
As épocas de pousio e aragem dos solos e de plantio e colheita das
lavouras, nessa parte da Ásia, são reguladas por um fenômeno climático
regional denominado monções.
A rizicultura e as outras
atividades agrícolas são
desenvolvidas nessas
áreas de planícies
beneficiando--se do regime
de cheias e vazantes dos
rios.
4. Nos países do Sudeste Asiático, a produção agrícola voltada para o mercado
externo vem avançando sobre áreas tradicionalmente destinadas rizicultura,
cultivadas por meio da agricultura intensiva tradicional. A concentração fundiária
é o principal fator da diminuição das áreas destinadas à rizicultura, que passa a
ser substituída, na maioria das vezes, por culturas tropicais expandindo assim
os latifúndios monocultores que produzem basicamente para o mercado
externo.
Esse fato pode estar gerando um quadro de carência alimentar, e até mesmo
de fome, em determinados países do Sudeste da Ásia, visto que o arroz é a
principal fonte de nutrientes da população regional.
Rizicultura (agricultura tradicional intensiva)
5. Durante o verão, que vai de junho a
agosto, o calor aquece rapidamente
terra do continente que absorve calor
bem mais rápido do que o oceano (a
terra pode chegar a 45ºC). Com o
aquecimento da terra, as massas de
ar sobre o continente também ficam
mais quentes e sobem dando lugar a
uma rajada de ventos vindos do
oceano Índico, que, como toda massa
de ar que se forma sobre os oceanos,
vem carregada de umidade. Essa
umidade é despejada (praticamente
toda a taxa de precipitação anual)
sobre o continente em chuvas
torrenciais que podem durar dias.
Esse é o período das monções
marítimas que todo ano causam
enchentes nessas regiões.
6. Após essa fase úmida, no
inverno, ocorre o inverso, as
massas de ar do continente
esfriam mais que as massas
oceânicas e é a vez dos ventos
vindos das cordilheiras do
Himalaia, descerem rapidamente
em direção ao Índico,
empurrando as massas úmidas
do oceano para longe e
ocasionando um longo período
de estiagem que chega a ceifar
centenas de vidas. Essas são as
monções continentais que
acabam influenciando também o
clima da Oceania.
7.
8. A atividade madeireira e as florestas asiáticas
A exploração madeireira é uma fonte de divisas para os países do Sudeste
da Ásia. Entretanto, o desmatamento desordenado de florestas equatoriais
tem trazido algumas consequências trágicas ao meio tais como:
•Erosão e empobrecimento do solo;
•Desastres naturais
•Inundações e deslizamento de terras.
Este problema se agrava no Sudeste asiático devido à estação
chuvosa, que é o verão (monção úmida) e ao relevo acidentado
(formado em parte por montanhas), onde a erosão é mais
intensa quando se retira a cobertura vegetal.
9. Indonésia - Localiza-se na zona equatorial, entre a Austrália e a Ásia. Possui ilhas
montanhosas com presença vulcânica, cercada por planícies costeiras recortadas
por rios. Algumas dessas ilhas são vulcões emersos, pois esta região localiza-se
no Círculo do Fogo do Pacífico.
Indonésia e o Círculo do Fogo do
Pacífico.
A Indonésia está sujeita a
abalos sísmicos por causa
de sua proximidade com o
"Círculo de Fogo" - uma
área em volta do Pacífico
onde as placas tectônicas
se .
10.
11. O desenvolvimento dos Tigres Asiáticos
O rápido crescimento econômico apresentado pelos Tigres
Asiáticos deveu-se a maciços investimentos financeiros
realizados nesses países pelos Estados Unidos e pelo Japão,
a partir da década de 1970.
Além dos investimentos financeiros, outros fatores contribuíram
para atrair uma grande quantidade de multinacionais para os
Tigres Asiáticos:
a existência de mão-de-obra abundante, qualificada, barata e com um nível
razoável de escolaridade;
a intervenção dos Estados, concedendo incentivos fiscais (como isenção de
impostos) e facilidades para que as multinacionais remetam seus lucros para
os países de origem;
baixas taxas alfandegárias para a exportação de produtos industrializados.
12. Os dois caminhos da Coreia
A Coreia, dominada pelo Japão durante a Segunda
Guerra Mundial, foi dividida, em 1945, após a
derrota do Japão, entre norte-americanos e
soviéticos.
O desfecho desta Guerra foi o Cessar-fogo e
estabelecimento de uma zona desmilitarizada no
Paralelo 38° N, que separa as duas Coreias.
Assim, os limites estabelecidos transformaram-se
em divisão real, surgindo dois Estados coreanos,
sob a controle de cada uma das duas potências: a
República Popular Democrática da Coreia do
Norte, sob a ocupação soviética, e a República da
Coreia, ao sul, sob o controle norte-americano.
O regime adotado pela Coreia do Norte manteve-se sob o controle do Partido
Comunista.
A Coreia do Sul, por sua vez, recebeu investimentos e tecnologia estrangeira,
ascendendo à posição de “tigre asiático”. Conquistou essa posição, embora, de
início fosse um país essencialmente agrário.
13. Taiwan
Por que então a China considera Taiwan apenas uma província rebelde?
Com a Revolução Comunista, os vitoriosos comunistas, liderados por Mao
Tse-tung, proclamaram a República Popular da China, na porção
continental.
Os membros do Partido Nacionalista, que eram contrários ao novo regime
implantado, refugiaram-se na ilha de Formosa ou Taiwan, onde
estabeleceram a República da China Nacionalista, que adotava o modo de
produção capitalista. Desde então, o governo chinês considera Taiwan uma
"província rebelde", o que causa constantes atritos entre as duas nações.
14. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2015/03/05/interna_mundo,474061/em-
cingapura-alemaes-sao-condenados-a-chibatadas-por-vandalismo.shtml
postado em 05/03/2015
Cingapura - Um tribunal de Cingapura condenou nesta quinta-feira (5/3) dois jovens alemães a nove
meses de prisão e a três chibatadas por pichações no metrô da cidade-Estado em novembro do ano
passado. Andreas Von Knorre, de 22 anos, e Elton Hinz, 21, foram condenados depois que foram
considerados culpados de vandalismo e violação de propriedade. Os dois pediram clemência do tribunal e
afirmaram que seus atos representaram um "erro estúpido".
"A pena de prisão é de nove meses no total e três chibatadas", anunciou o juiz Liew Thiam Leng. Os dois
jovens foram condenados a quatro meses por terem entrado de maneira ilegal em um terminal do metrô
de Cingapura e a cinco meses de detenção e três chibatadas por atos de vandalismo em um trem. Os
alemães fugiram de Cingapura depois das pichações, mas foram detidas na Malásia, onde pretendiam
embarcar em um voo para a Austrália, antes da extradição.
Cingapura, uma importante praça financeira asiática, tem uma legislação muito severa para delinquência
e crimes. O caso de um adolescente americano, Michael Fay, que recebeu várias chibatadas em 1994 por
ter danificado veículos e bens públicos teve uma grande repercussão internacional.
A punição com violência é uma prática herdada da época em que Cingapura era uma colônia da coroa
britânica.
16. Colonialismo e as grandes civilizações emergentes
Durante o processo de colonização da
Ásia os europeus enfrentaram
resistência por parte de algumas
nações, dentre elas a indiana e a
chinesa.
Ambas possuíam uma estrutura social
bastante organizada, além de um
numeroso exército.
A fidelidade aos princípios religiosos e a
conduta moral das civilizações
citadas fortaleceu ainda mais a
resistência à inserção de outra cultura.
17. Independência da Índia: Não-violência e
desobediência civil de Ghandi
Gandhi pregava a resistência à
dominação e a luta contra os
britânicos por meio da não-
violência e da desobediência
civil.
A ação de Gandhi consistia em desobedecer as leis inglesas
sem se importar em sofrer as consequências do ato, em
boicotar os produtos ingleses, em fazer greves de fome para
que hindus e muçulmanos deixassem de lado as
divergências religiosas e se unissem em favor da causa
comum: a independência.
18. BRICS
O BRICS é um agrupamento econômico atualmente composto por
cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
19. 1949: A revolução socialista de Mao Tsé-tung
O povo chinês, que havia sido saqueado, dividido e humilhado pelas
chamadas potências imperialistas durante o século XIX e XX, lutou contra
a sangrenta invasão japonesa, que chegou a ocupar mais da metade do
território chinês nos anos 30 e 40 do século XX.
Por isso, os comunistas liderados por Mao Tsé-tung acabaram por receber
grande apoio da população, que via o esforço dos militantes comunistas
como uma luta anti-imperialista que devolveria à China o seu lugar de
grandiosidade, ocupado no passado.
Entre as medidas (reformas) estabelecidas pela
revolução, estão:
•a instalação de um partido único no país, o Partido
Comunista (PC);
•a planificação da economia, centralizada pelo Estado;
•a estatização dos meios de produção;
•a reforma agrária;
•a coletivização das terras.
20. Medidas expansionistas de Mao Tsé Tung
A Revolução Chinesa de 1949 inaugurou os conflitos
atuais envolvendo a região do Tibete. A instalação do
movimento liderado por Mao Tsé-Tung buscou
reorganizar os costumes e tradições tibetanas em favor
dos princípios ideológicos do comunismo maoísta.
Em 1951, as tropas de Mao Tse-tung empreenderam a
ocupação efetiva da região tibetana. Sem poder oferecer
grandes resistências, o Tibet teve suas tradições
culturais, políticas e religiosas denegridas pelo
massificante projeto dos comunistas chineses. Diversos
mosteiros foram destruídos, uma reforma agrária foi
imposta à população local e a autoridade dos monges
tibetanos foi significativamente restringida.
No ano de 1959, a população do Tibet organizou um dos
maiores levantes contra a ocupação chinesa. A violência
dos conflitos instalou uma situação gravemente
ameaçadora à integridade física e política do Dalai
Lama. Desde então, o Dalai Lama vive foragido na Índia
e viaja pelos países de todo o mundo buscando apoio
político em relação à libertação do Tibet.
21. Socialismo de mercado
O modelo implantado na China
Socialismo de mercado é um sistema político-econômico que mescla características
socialistas na área política com princípios da economia de mercado. A China é,
atualmente, o único país a seguir o socialismo de mercado.
O socialismo de mercado teve início na China no final da década de 1970, quando
Deng Xiaoping implantou reformas econômicas no país. Uma das principais medidas
foi a abertura da economia chinesa ao mercado econômico exterior. Porém, o Partido
Comunista Chinês continuou controlando a política chinesa.
Características principais do socialismo de mercado
- Controle político através de partido único;
- Controle social realizado pelo governo, através da censura e repressão aos
opositores;
- Controle de preços, salários e sindicatos;
- Estímulos voltados para a instalação de multinacionais no país. Os incentivos
fiscais e manutenção de mão-de-obra barata são exemplos destes estímulos.
- Ausência de democracia;
- Estímulos públicos voltados para o desenvolvimento econômico;
- Política cambial voltada para a desvalorização da moeda nacional, objetivando o
aumento das exportações.
22. Via do desenvolvimento econômico chinês
Após a morte de Mao Tsé-Tung (1976), assume o poder Deng Xiaoping,
que adota várias medidas de liberalização da economia já na década de
1980, tais como:
•Maior liberdade para entrada de capitais e tecnologias modernas
estrangeiras;
•Maior autonomia às empresas estatais;
•Ampliação do comércio externo;
•Incentivo ao turismo.
A abertura econômica iniciada a partir de 1978 com Deng Xiaoping
promoveu um intenso desenvolvimento da China que a coloca, hoje,
entre as maiores economias do planeta.
23. Com população de mais de 1,3 bilhão de habitantes, a China é o país mais
populoso do mundo.
O crescimento demográfico foi uma das maiores preocupações do governo
chinês nas últimas décadas. O plano do filho único imposto pelo governo
comunista em 1980, para frear o aumento da população, teria se estabilizado
em torno de 1,07 ao ano, (-0,4% em comparação à década de 80); enquanto a
taxa de fecundidade por mulher em idade fértil caiu para 1,8 filho contra os 4
filhos dos anos 70.
O “peso” demográfico na China
Para controlar o
crescimento populacional
chinês, o governo apela,
muitas vezes, para medidas
drásticas como a
esterilização forçada de
alguns casais
26. É um projeto grandioso, que envolve a construção de três canais sul-norte (leste, central e ocidental)
interligando quatro dos maiores rios do país.
Especialistas estimam que pelo menos 300 mil pessoas devam ser reassentadas e chamam a atenção para
o fato de que o projeto não atende a totalidade do déficit de água da região. É um alerta importante para
projetos semelhantes que tendem a ser desenvolvidos em outras partes do mundo. Qualquer similaridade
com o projeto de transposição do São Francisco não é mera coincidência.
Como se sabe, a China é o mais populoso e
possui o terceiro maior território dentre os países
do mundo. Parte considerável do território chinês é
composta por regiões montanhosas e áridas e, por
conta disso, a escassez atual e futura de água
representa uma grande preocupação para um
país.
A dependência de água renovável vinda de fora da
China é de apenas 1%, o que se explica pelo fato
de os principais rios chineses como o Yang Tse
Kiang (também conhecido como rio Azul) e o
Huang Ho (Amarelo) terem a totalidade de suas
bacias hidrográficas contidas no interior do país.
A crescente escassez de água nessa região é
uma ameaça à estabilidade social, já que atingiria
milhões de pessoas, prejudicando o setor agrícola,
o abastecimento das cidades, a produção
industrial, causando um impacto profundo no
crescimento econômico do país.
O governo chinês então resolveu implementar um
megaprojeto de transferência de águas, o maior
do mundo, visando captar o precioso líquido,
recurso abundante no sul e transferi-lo para o
norte.
27.
28. O consumismo na China
O aumento do poder aquisitivo da sociedade chinesa e a
relativa abertura econômica da potência comunista têm
causado uma verdadeira revolução cultural. A acessibilidade
a produtos ocidentais, até então praticamente desconhecidos,
desencadeou uma verdadeira febre consumista no país. Em
2011, a emergente população chinesa foi inclusive a que mais
adquiriu carros das marcas Lamborghini e Rolls-Royce.
29. Problemas ambientais da China
O rápido crescimento chinês tem sido
conquistado às custas do ambiente, com uma
exploração excessiva de recursos naturais e a
expansão de indústrias altamente poluentes,
além de um enorme crescimento
populacional. Tudo isso tem deixado cicatrizes
profundas na paisagem do país.
30. Índia
• Terceiro maior país da Ásia em extensão territorial
• Segundo mais populoso do mundo
• Hinduísmo – Religião predominante – Sistemas Social – divide a
sociedade em castas.
31. Demografia na Índia
• Desde a década de 1960, há um rígido controle
do crescimento populacional na Índia, por meio
do qual se tenta reduzir a pobreza, a fome e a
gravidade do quadro social existente no país.
• Para efetuar esse controle foram tomadas
várias medidas, entre as quais podemos citar: a
esterilização em massa da população de baixa
renda, a limitação do número de filhos para as
famílias mais carentes e a divulgação de
métodos contraceptivos.
• A questão do crescimento populacional na
Índia está relacionada, também, a aspectos
culturais. Um exemplo é o fato de muitos
indianos acreditarem que, tendo um maior
número de filhos, terão maiores chances de
viver confortavelmente quando forem idosos.
32. Novos Rumos da Economia
Indiana
• A Índia vem apresentando um crescimento anual de cerca de 8%
,em média , nos últimos anos.
• Um dos principais motivos que contribui é a implantação de
grandes multinacionais no país, que estão sendo atraídas para a
Índia devido, principalmente, a existência de mão-de-obra
abundante e barata e ao gigantesco mercado consumidor do país,
formado por centenas de milhões de pessoas.
• Em decorrência dessa nova política econômica, muitas empresas
privadas de capital indiano e mesmo empresas estatais não tem
conseguido concorrer com as multinacionais, abrindo falência ou
sendo incorporadas por empresas estrangeiras. Além disso, o nível
de dependência econômica da Índia em relação aos países
desenvolvidos cresce a cada ano. Essa dependência fica evidente
no vultoso endividamento do país com o FMI, que atualmente já
corresponde a cerca de 17% do seu PIB.
33. A questão da Caxemira
• A região de Caxemira, localizada
em meio às altas montanhas do
Himalaia, tem sido objeto de
disputa entre a Índia e o Paquistão
A maioria da população é de
origem paquistanesa e religião
muçulmana. O governo é da Índia,
onde a religião predominante é
hinduísta.
• Tanto a Índia quanto o Paquistão
dispõem de armas nucleares.
Com isso, constantes ameaças
nucleares pairam pelo mundo, que
vive sobre a tensão de um
possível ataque nuclear na região
da Caxemira.