O relatório descreve uma visita técnica realizada em fevereiro de 2014 na rodovia BR-158/MT entre os km 0,0 e 93,99. Foram observados problemas como alagamentos na pista, trechos em aclive e diversas pontes de madeira que precisarão ser substituídas. Também foram realizadas sondagens no solo para avaliar a resistência à penetração. A visita auxiliou na continuidade do projeto para implantação da rodovia.
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
LAUDO PARA ASFALTO DENIT.docx
1. Rodovia BR-158/MT - Subtrecho: km0,0 (km201,16 da BR-158/MT) - km44,83
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
Período da Visita: 17.02.2014
21.02.2014
1. Apresentação
Obra
Implantação e Pavimentação
Rodovia/UF
BR 158/MT
Trecho km 201,16 da BR-158/MT = km 0,0 (Posto Luisinho) – km 195,43 = km
322,80 da BR-158/MT (Alô Brasil) (Contorno da Reserva Indígena
Maraiwatsede)
Subtrecho Km 00,00 (Km 201 da BR-158/MT) – km 93,99 (Final PU de Alto Boa Vista)
Segmento Km 00,00 – 93,99
Lote A (lotes 1 e 2)
Extensão 93,99 Km
Equipe Técnica
SKILL ENGENHARIA LTDA.
Albano Aranovich
Rodrigo Malysz
a) – Apresentação
Este relatório descreve os elementos observados durante a visita técnica à BR-158/MT no
segmento compreendido entre o km 0,00 e o km 93,99 da BR-158/MT. O objetivo principal foi confrontar
os parâmetros técnicos disponíveis com a realidade de campo, visualizando o traçado atual e as
perspectivas para o traçado futuro.
b) – Etapas da Visita Técnica
Este relatório apresenta os elementos de cada etapa da visita técnica realizada entre os
dias 17/02/2014 e 21/02/2014 com a presença dos engenheiros Albano Aranovich e Rodrigo Malysz da
Skill Engenharia e da fiscalização representada pelo Eng. José Marcos Silva. A visita técnica
compreendeu as etapas de: reconhecimento do trecho, identificação visual dos principais problemas,
registro dos elementos anômalos, inventário fotográfico e consolidação das informações obtidas.
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A visita iniciou com uma reunião na superintendência, da qual participaram, além dos
profissionais citados acima, o Eng. Vinícios Andreolli da Skill engenharia e o Eng. Orlando Fanaia
Machado do DNIT. Foram tratados os assuntos relacionados abaixo:
A Skill engenharia solicitou os arquivos abertos do lote 2 produzidos pela empresa
CONTECNICA. O DNIT informou que irá solicitar os arquivos e os enviará à Skill.
Foi informado que a área de expansão da reserva Maraiwatsede foi definida conjuntamente com
o setor de meio ambiente.
Ficou definido que os lotes 3 e 4 serão unidos em um único lote denominado Lote B, conforme
recomendação do DNIT Brasília.
Foi proposta a entrega do Lote A para meados de abril.
Os projetos das OAEs serão entregues com uma estimativa de custos a fim de definir se a
entrega final será em dois lotes ou também será entregue em lote único.
Ficou definido que, nos casos em que o eixo da rodovia passar a 5 km ou menos das zonas
urbanas, será previsto acesso pavimentado à cidade. No município de Serra Nova Dourada fica
prevista apenas uma interseção.
b.1) Reconhecimento do trecho
O reconhecimento do trecho será descrito neste item e nos próximos segundo o sentido do
estaqueamento de anteprojeto. O trecho encontra-se implantado ou, no mínimo com caminhos abertos
para a passagem de veículos. A Fotografia 01 apresenta uma visão geral do trecho passando por um
segmento com melhores condições e a Fotografia 02, um caminho mais precário. O trecho do lote A
inicia-se no término do asfalto da BR-158 e termina no município de Alto do Boa Vista.
Foram identificadas diversas pontes de madeira, sendo que algumas estavam em boas
condições, outras em más condições e poucas não passavam de um caminho sobre pranchas de
madeira para a passagem de veículos.
b.2) Principais problemas visivelmente identificáveis
Os principais problemas e possíveis dificuldades identificados são apresentados a seguir.
Em dois pontos do trecho foi observado que a água avança do curso d’água para o leito da
rodovia. O primeiro ponto está localizado nas proximidades da estaca 1075 do lote 1, conforme a
Fotografia 03 e o segundo nas proximidades da estaca 715 do lote 2, conforme a Fotografia 04, sendo
ambos os estaqueamentos ao eixo de projeto.
O trecho possui um grande aclive nas proximidades da estaca 1650 do lote 1 (Fotografia
05), configurando este trecho como caminhos de serviços para as propriedades nas proximidades.
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O projeto do lote A prevê a construção de 8 pontes as quais atualmente são feitas de
madeira, como por exemplo na ponte da estaca 1105 (Fotografia 06) e 1920 (Fotografia 07) do lote 1 e
na estaca 580 do lote 2 (Fotografia 08). Observa-se que os locais contam com pontes de madeira não
muito extensas, cuja vazão não pode ser escoada por bueiros celulares. A ponte mais longa observada
no trecho foi a localizada na estaca 1015 do Lote 2, conforme a Fotografia 13.
Alguns locais pertencentes ao lote A2 foram sondados com utilização do DCP ( Dynamic
Cone Penetrometer). Os ensaios foram realizados em três segmentos diferentes, sendo efetuado um
furo no eixo, outro no bordo esquerdo e no direito de cada estaca. Os segmentos são os seguintes:
Primeiro segmento: estaca 38+10,00 à 46+0,00;
Segundo segmento: estaca 573+0,00 à 578+0,00;
Terceiro segmento: estaca 702+10,00 à 708+0,00;
As Figuras 1, 2 e 3 apresentam os resultados dos ensaios realizados para os segmentos 1,
2 e 3, respectivamente. As ordenadas indicam a profundidade, enquanto as abcissas apresentam o
índice de penetração (mm/golpe). Quando a curva é constante representa uma uniformidade das
propriedades do material. Porém sua variação implica numa mudança de propriedade do mesmo ou uma
mudança de camada. Alguns furos – tais como 11, 24, 26, 29, 34 e 35 - indicam solos com alta
deformabilidade e menor resistência até 1m de profundidade, todavia, em geral, pode-se observar que
as sondagens iniciam com resistência à penetração baixa, e a mesma vai aumentando com a
profundidade.
Figura 1 – Perfil DCP no primeiro segmento
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Figura 2 – Perfil DCP no segundo segmento
Figura 3 – Perfil DCP no terceiro segmento
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Em contato com a população da região, foi identificado que a obtenção de agregado pétreo
para a produção de concreto asfáltico será uma dificuldade. As fontes de materiais são distantes do
trecho. Localmente, é possível encontrar agregado na forma de laterita, o que é muito atrativo para as
camadas granulares do pavimento, porém não permite a produção de CBUQ. A jazida de material pétreo
escolhida para o projeto foi a Pedreira Toniolo, Busnello S.A. - Túneis, Terraplenagens e Pavimentações.
A pedreira encontra-se atualmente desativada, porém possui volume capaz de atender a demanda dos
serviços sendo, portanto, indicada para o projeto. A mesma apresenta o seguinte número de registro
866334, no Departamento Nacional de Produção Mineral como pode ser observado no site Sigmine.
Além disso, sua localização geográfica é 445215.00 m E, 8828796.00 m S.
b.3) Registro de elementos anômalos identificados no empreendimento
Este item descreve os elementos anômalos identificados no empreendimento, além de
outros aspectos de interesse observados ao longo do trecho.
Foram observadas diversas pontes de madeira ao longo do trecho. Conforme já comentado,
as pontes localizadas nas estacas 1108, 1470, 1490 e 1916 do lote 1, 40, 575, 705 e 1015 do lote 2,
serão substituídas por pontes de concreto. As demais pontes de madeira serão substituídas por bueiros.
As passagens de madeira são apresentadas no item abaixo, entre as Fotografias 06 a 13.
b.4) Inventário fotográfico
Neste item é apresentado o inventário fotográfico da visita técnica, conforme segue:
Fotografia 01 – Caminho com melhores condições
Fotografia 02 – Caminho precáriopassando por dentro
de propriedades
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Fotografia 03 – Alagamento sobre a pista na estaca
1075 do lote 1
Fotografia 05 – Trecho em aclive próximo a estaca 1650
do lote 1
Fotografia 04 - Alagamento sobre a pista na estaca 715
do lote 2
Fotografia 06 – Ponte estaca 1108 lote 1
Fotografia 07 – Ponte estaca 1470 lote 1 Fotografia 08 – Ponte estaca 1490 lote 1
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b.5) Consolidação das informações obtidas
Neste relatório foram descritos os elementos observados na visita técnica de fevereiro de 2014. Foi feita
uma reunião na SRMT antes do início da visita técnica, na qual foram discutidos alguns aspectos para a
continuidade dos anteprojetos. No trecho, foi feito o reconhecimento do local, identificando a seção
existente no local, locais em que a água avança sobre o corpo estradal e os locais onde estão propostas
obras de arte especiais. Foram identificadas diversas pontes de madeira ao longo do trecho. Também,
aproveitando a disponibilidade do equipamento, foram apresentadas algumas sondagens com
equipamento DCP para verificação da resistência à penetração, especialmente em locais mais baixos.
c) – Conclusões
A visita técnica permitiu a observação dos aspectos visuais da via existente, orientando a continuidade
do anteprojeto para a implantação da rodovia. Ainda, foram feitas algumas observações adicionais
complementando os diagnósticos visuais.