Eu sei o que quero dizer, mas não consigo passar para o papel
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Prof. Bruno Bastos.
Blog: brunoletrasbastos.blogspot.com
Face: Bruno Bastos
e-mail: brunoletrasbastos@hotmail.com
“Eu sei o que quero dizer, mas não consigo passar para o papel”: Reflexão
sobre a produção textual na vida escolar, acadêmica, profissional e social
Prof. Bruno Bastos
Quando se trata de Produção de Textos, é normal ouvir dos alunos a seguinte frase:
“Eu sei o que quero dizer, mas não consigo passar para o papel”. Essa dificuldade em
produzir um texto não fica no passado, junto com as fotografias da formatura do ensino
médio; pelo contrário, para aqueles que continuam seus estudos, cursam uma faculdade,
atuam em algum segmento que exija o mínimo de pesquisa e, também, no cotidiano, o
“fantasma” da Produção Textual continua a assombrá-los.
Infelizmente, boa parcela do alunado de escolas públicas e particulares, no Brasil,
apresentam dificuldades no momento da produção de textos, qualquer que seja o gênero. Nos
ensinos fundamental e médio, o temido texto dissertativo acentua o medo que os alunos têm
dessa disciplina. No caso do ensino superior, a resenha crítica está para os universitários
assim como a dissertação está para os alunos de ensino médio. Na faculdade, muitos se
desesperam com a primeira produção solicitada no ambiente acadêmico.
Quando - com muita dificuldade - o estudante universitário consegue produzir uma
resenha, nos semestres seguintes, as produções textuais apresentam-se de maneira mais
intensa. Nesse momento, aquele estudante que não possuía o hábito de produzir textos na
educação básica, agora, está diante de um curso prático de produção textual intensivo. Diante
dessa diversidade textual nunca antes explorada pelo ele. Esse indivíduo se vê em um
ambiente que lhe pode causar pânico, tristeza, frustração, estresse. Devido a isso, muitos
abandonam o curso.
Desse cenário descrito, uma parcela abandona o curso; outro montante aprende o
básico, mas de maneira muito trabalhosa e nada prazerosa, só para entregar as tarefas mesmo;
e uma minoria se dedica ao estudo dos gêneros textuais (e orais como seminário e debate, por
exemplo, que são exigidos no cotidiano acadêmico), entre o horário de trabalho e a atenção
para a família, a fim de se igualarem aos poucos “iluminados” que, desde o ensino médio,
eram exímios escritores.
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Prof. Bruno Bastos.
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Cada leitor sabe a qual grupo descrito acima pertenceu ou pertence: o que abandonou
o curso, o que aprendeu o básico para entregar as tarefas ou o que se dedicou? Uma coisa é
certa: independente do grupo com o qual haja uma identificação por parte do leitor, a
produção textual faz parte da sociedade, os gêneros textuais são infinitos, ilimitados. Há a
possibilidade de os gêneros textuais acadêmicos serem deixados para trás, mas, com certeza,
todo cidadão lança mão de textos como o e-mail, no seu setor de trabalho, errata, circular,
carta de solicitação, carta de reclamação, requerimento, ata, petição, relatório, comentários
feitos nas redes sociais, mensagem de texto por meio do aparelho celular, etc. Não adianta
fugir, pois os gêneros textuais estão aí para nossa comunicação social.