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1
CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA – UNICARIOCA
BRUNO LOURENÇO FICO
TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL
Rio de Janeiro
2011
2
BRUNO LOURENÇO FICO
TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Carioca, como requisito parcial à
obtenção do grau de Tecnólogo em
Gestão Ambiental.
Orientadora: Profa.
Lilian Calazans Costa
Rio de Janeiro
2011
3
BRUNO LOURENÇO FICO
TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Carioca, como requisito parcial à
obtenção do grau de Tecnólogo em
Gestão Ambiental.
Aprovado em 2011
Banca Examinadora
___________________________________________________________________
Profa
. Lilian Calazans Costa – Orientadora
Centro Universitário Carioca
___________________________________________________________________
Profa
. Sara Camacho – Coordenadora
Centro Universitário Carioca
4
Aos familiares, professores, cientistas e amigos
que me auxiliaram a vencer esta jornada.
5
AGRADECIMENTOS
A Professora Sara Camacho por todo incentivo, ao Professor Bruno pelo carisma,
Professora Lilian Calazans pela orientação, Professor Mineiro e Djalme pelo
diferencial, Professora Isabela pelo conceito. Agradeço ao Pedro Ururahy pela
competência, Rosa Lídice pela ética, Professor Mauro Miranda e Professor Leonardo
pela visão política, Professor Luiz Alfredo pela filosofia, Professor Antonio José pela
dinâmica e a todos os professores que me educaram e ensinaram durante minha vida
docente. Também quero agradecer aos cientistas John Christy e Carl Wunsch por me
atenderem com muita atenção e contribuíram com dados e informações de suma
importância para conclusão deste trabalho, ao Professor Geraldo Lino e Luiz Carlos
Molion que são referência em meteorologia no Brasil e me ajudaram com alguns
artigos. Quero agradecer também aos meus colegas acadêmicos por todos os
momentos de estudo, ação e descontração que vivemos juntos e minha família pelo
incentivo.
6
Contradições do Aquecimento Global
Resumo
Este trabalho é uma análise científica e aprofundada da matéria Efeito Estufa e
suas relações com o aquecimento global, que vem sendo tratada pela mídia jornalística de
forma sensacionalista, catastrófica e abordada nos centros de ensino de forma unilateral
não explanando as incertezas científicas no que diz respeito ao aumento de emissões de
gases de efeito estufa e suas consequências ao meio ambiente. Para isto foram analisadas,
teorias, experiências e resultados de cientistas contemporâneos, brasileiros e estrangeiros
que contradizem e mostram tamanha distorção do fato de que os gases de efeito estufa
produzidos pelo homem são os agentes causadores do aquecimento global. Também foram
analisados os interesses políticos das reduções de emissões de gases de efeito estufa
(GEE) e o movimento do Metamercado de carbono.
Palavras chave: Aquecimento Global, Efeito Estufa, Créditos de Carbono,
Protocolo de Quioto.
Abstract
This work is a thorough scientific analysis of the matter Greenhouse gases and its
relationship to Global Warming, which has been treated by the news media in a
sensationalist, catastrophic and addressed in education establishments unilaterally, not
explaining the scientific uncertainties regarding to increase emissions of greenhouse gases
and its consequences to the environment. For this were reviewed theories, experiences and
results of contemporary scientists, Brazilians and foreigners who contradict and show such
distortion of the facts that the anthropogenic greenhouses gases are the causative agents of
Global Warming. It was also analyze the political interests of greenhouse gases GHG
emission reductions and the movement of the Carbon Met market.
Keywords: Global Warming, Greenhouse Effect, Carbon Credits, Kyoto Protocol.
7
Lista de Siglas e Abreviaturas
CFC Clorofluorcarbonetos
COP Conference On Parts (Conferencia entre as Partes)
CQNUMC Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, sigla traduzida da
UNFCCC
ENOS El Niño Oscilação Sul
EU ETS Europe Union Emission Trade Scheme (esquema de comércio de emissões da união
europeia).
GEE Gases de efeito estufa
GISS Goddard Institute for Space Studies
ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
IPCC Intergovernmental Panel On Climate Change
IV Infravermelho
MBRE Mercado Brasileiro de Redução de emissões
MCT Ministério da Ciência e tecnologia
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
NASA National Aeronautics and Space Administration
NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration
ODP Oscilação Decadal do Pacífico
OMM Organização Meteorológica Mundial
ONU Organizações das Nações Unidas
PNMC Política Nacional sobre Mudança do Clima
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
RCE Redução Certificada de Emissão (créditos de carbono).
ROC Radiação de Ondas Curtas
ROL Radiação de Ondas Longas
TSM Temperatura da Superficie do Mar
UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change
UV Ultra Violeta
8
Sumário
Capítulo 1
Introdução........................................................................................................... 11
Capítulo 2
Metodologia Análise bibliográfica, histórica e científica.
Joseph Fourier................................................................................................... 13
John Tyndall ...................................................................................................... 13
Robert Wood………………………………………………………………………….. 13
Guy Callendar e David Keeling……………………………………………………. 14
James Lovelock ……………………………………………………………………... 14
John Christy …………………………………………………………………………. 14
Roy Spencer ...................................................................................................... 15
Carl Wunsch ………………………………………………………………………..... 15
James Hansen ................................................................................................... 15
Luiz Carlos Molion ............................................................................................. 16
IPCC ..................................................................................................................... 16
Capítulo 3
Resultados
Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa. .................................................. 17
John Tyndall, outro grande contribuidor. ....................................................... 18
Wood, o primeiro contestador da teoria. ......................................................... 18
Precursores da teoria do aquecimento global. ............................................... 18
Gaia a Terra viva. ................................................................................................ 19
9
Contestadores da teoria do aquecimento global.
Contestações de John Christy e Roy Spencer. ............................................ 19
Contestações de Luiz Molion. ......................................................................... 21
Entendendo o efeito estufa. .............................................................................. 24
Aquecimento Global na Mídia. .......................................................................... 25
Criação do IPCC. .............................................................................................. 25
COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto. ............................... 26
O Mercado de Carbono. .................................................................................. 28
Política Nacional sobre Mudança do Clima. ................................................. 29
Politização do assunto. ................................................................................... 30
Capítulo 4
Discutindo os resultados.
Resultados de Fourier. ................................................................................... 32
Tyndall e sua contribuição. ............................................................................ 32
Robert Wood fez a dúvida virar certeza. ....................................................... 33
A base do aquecimento global. ..................................................................... 33
O estado febril do planeta Terra. .................................................................. 34
As contradições da teoria. ............................................................................. 35
Controladores climáticos. .............................................................................. 37
O Sol. .............................................................................................................. 37
Oceanos. ........................................................................................................ 37
Albedo planetário. ......................................................................................... 38
Efeito estufa. .................................................................................................. 38
A Política do Aquecimento global. ................................................................. 40
Capítulo 5
Considerações finais.
Aspectos científicos. ....................................................................................... 42
10
Aspectos políticos. .......................................................................................... 44
A farsa do aquecimento global. ...................................................................... 47
Capítulo 6
Referências Bibliográficas................................................................................ 48
11
1. Introdução
Questões ambientais, tem sido de grande relevância nos últimos tempos, porém
tratada pela grande mídia de forma manipulativa e indutiva, como o derretimento das
geleiras, por exemplo, ou associações de grandes cataclismas, com atividades humanas. As
calotas polares já derreteram algumas vezes no decorrer dos milênios e grandes catástrofes
já ocorreram muito antes das intervenções humanas. O objetivo deste trabalho é divulgar a
análise crítica científica sobre o tema efeito estufa e aquecimento global e disseminar esta
informação para a maior quantidade possível de pessoas sejam leigos ou estudantes,
utilizando quaisquer recursos e meios necessários.
O Aquecimento Global é um dos temas ambientais mais abordados hoje em dia, e
com isso, o Efeito Estufa acaba se tornando o vilão desta história, devido à falta de crítica
científica, pois na verdade ele é um fenômeno natural da Terra. O efeito estufa foi
mencionado pela primeira vez na literatura pelo físico francês Joseph Fourier em 1824, e
depois pelo físico britânico John Tyndall em 1872 que relatou sobre o vapor d’água, CO2 e
seus potenciais de absorção e condução da radiação, porém questionado desde 1909 pelo
físico Robert W. Woods que foi um colaborador da física da radiação, óptica e astrofísica.
No Brasil, o profissional de referência é o professor Luiz Carlos Molion com mais de
quarenta anos de experiência em meteorologia e afirma que possivelmente já estamos
caminhando para uma era glacial.
O professor John Christy, americano, recebeu prêmios da NASA em 1991 e da
sociedade americana de meteorologia em 1996, autor principal do relatório de 2001 do IPCC
(Intergovernment Panel on Climate Change). Christy rejeita a ideia de que GEE produzidos
pelo homem são a causa do aquecimento global. A população recebe e aceita com grande
facilidade, informações muitas vezes equivocadas, da mídia, que tem forte poder de
manipular a formação de opinião, causando distorções conceituais que prejudicam o
crescimento intelectual de todo o país.
Serão analisados dados históricos, científicos e bibliográficos do assunto, para que
se possa entender como James Hansen da NASA afirmou em 1988 (o ano que foi criado o
IPCC) que o aquecimento global era devido ao aumento da concentração de GEEs
12
liberados pelo homem por queima de combustíveis fósseis, dando início então a histeria
global.
O dióxido de carbono virou uma mercadoria na bolsa de valores, desde 2005
quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, apesar de ter sido aberto para assinaturas
em Março de 1998, após a terceira Conferência entre as Partes (COP 3), em Quioto, Japão.
Desde então, o mercado de carbono passou a movimentar bilhões de dólares alcançando a
margem de US$ 143 Bilhões em valores negociados durante 2009 segundo o relatório do
Banco Mundial "State and Trends of the Carbon Market 2010". O investimento direto em
projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) (projetos para a redução de
emissão de gases de efeito estufa) atingiu US$ 2,7 bilhões no ano de 2009 em meio a toda
crise financeira mundial, alcançando as proporções de um Metamercado. O Protocolo de
Quioto também definiu limite de emissões, que porém, não estão sendo cumpridos.
Será analisada a evolução histórica do assunto, estudos dos cientistas mais
considerados do mundo que apontam de maneira muito coerente, sérias contradições sobre
as causas e consequências do aquecimento global. A Terra já apresentou concentração de
gás carbônico superior a de hoje e nem por isso era mais quente, e já aconteceram diversas
catástrofes ambientais que mataram milhares de pessoas pelo mundo muito antes da época
da industrialização. Em conclusão será observado o motivo da massificação da informação
sendo transmitida de forma unilateral, que pode ser por interesses políticos, e a possível real
causa das alterações climáticas e quais os fatores que controlam o clima.
13
2. Metodologia
Análise bibliográfica, histórica e científica.
2.1 Joseph Fourier
Como o assunto efeito estufa é muito pouco explicado nos livros de ciência, será
feita uma revisão bibliográfica desde os primeiros homens a descreverem ou proporem que
a atmosfera terrestre funciona de forma a reter o calor proveniente da inserção periódica de
raios solares.
Jean Baptiste Joseph Fourier (1768 -1830), matemático e físico francês que ao
desenvolver a Teoria Analítica do calor em 1822, acabou deixando contribuições muito
importantes para a matemática, observando funções descontínuas e resolvendo equações
que são ensinadas até hoje aos estudantes. Fourier também é considerado como o primeiro
a relatar sobre o efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures
Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura
do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824.
2.2 John Tyndall
John Tyndall (1820 - 1893), físico irlandês, realizou pesquisas significativas sobre a
radiação térmica e conseguiu produzir uma série de descobertas dos processos
atmosféricos. Tyndall foi um grande contribuidor para a teoria do efeito estufa, pois observou
o potencial de absorção de raios infravermelhos de moléculas de nitrogênio, oxigênio,
dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água. Sua obra mais importante neste
assunto, foi publicada em 1872, intitulada “Contributions to Molecular Physics in the domain
of Radiant Heat” (Contribuições para à Física Molecular sobre a Radiação Térmica).
2.3 Robert Wood
O físico e inventor americano Robert Williams Wood (1868 – 1955), foi o primeiro
contestador da teoria do efeito estufa, comprovadamente, com o artigo publicado no volume
17 da Philosophical Magazine em 1909 intitulado “Note on the Theory of the greenhouse”
(Nota sobre a teoria de estufa). Wood apresentou a experiência por ele realizada,
construindo dois tipos de estufa, uma de vidro e a outra de quartzo, que não absorve
radiação infravermelha. Analisando que a temperatura final das duas estufas eram iguais,
Wood concluiu que o papel desempenhado pelo vidro foi a prevenção da fuga do ar quente
14
aquecido pelo solo dentro do ambiente e não a reemissão de energia térmica pelas paredes
de vidro.
2.4 Guy Callendar e David Keeling
Em 1938 Guy Stewart Callendar (1898 – 1964), inventor britânico e engenheiro de
máquinas a vapor, escreveu um trabalho, relacionando o aumento de temperatura de 1925 a
1937 à emissão de CO2 das usinas termelétricas devido ao seu aumento de geração de
energia. O trabalho foi intitulado “The artificial production of Carbon Dioxide and its influence
on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas influencias no clima).
Charles David Keeling (1928 – 2005), cientista americano, também foi um dos
pioneiros a associar as emissões antrópicas de CO2 ao aceleramento do efeito estufa e
possível aquecimento global. Realizou coletas de amostra de dióxido de carbono desde
1958 até 2005 e alertou o mundo para a possibilidade da contribuição antrópica para o efeito
estufa.
2.5 James Lovelock
James Ephrain Lovelock, é um dos cientistas britânicos mais considerados e muito
respeitado no estudo de mudanças climáticas. Foi o inventor do detector de captura de
elétrons, que no final dos anos 1960, detectou a presença de CFCs na atmosfera e ficou
conhecido pela formulação da Teoria de Gaia em 1974. A Teoria de Gaia postula que a
biosfera age de forma inconsciente com um efeito do meio ambiente para uma sustentação
das formas de vida existentes. Então, Lovelock chama o Planeta Terra, metaforicamente, de
Gaia, comparando o planeta com um organismo vivo que ajusta seu ambiente interno para
manter uma condição saudável, controlados por mecanismos de regulação inter-
relacionados.
2.6 John Christy
O professor John Christy, é um dos meteorologistas mais competentes do mundo,
que dedica sua vida para a medição da temperatura da atmosfera da Terra e
desenvolvimento de pesquisas. Em 1991 ele recebeu medalha de honra ao mérito da NASA
por seus feitos científicos e em 1996, ganhou um prêmio da Sociedade Meteorológica
Americana pelos avanços obtidos na capacidade de monitorar o clima. Foi um dos autores
principais do relatório de 2001 e contribuidor em 1994, 1995 e 2007 do relatório anual do
IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).
15
2.7 Roy Spencer
O professor Roy W. Spencer, climatologista que realizou em parceria com John
Christy, as leituras de satélites sobre a temperatura global, onde publicaram pela
Universidade de Alabama em Huntsville, o Relatório de Temperatura Global (Global
Temperature Report 1978-2003). Spencer é um dos céticos do aquecimento global por
causas antropogênicas, por isso, muito criticado pela sociedade climatologista.
2.8 Carl Wunsch
O professor e oceanógrafo Carl Wunsch, é PhD em Geofísica formado no Instituto
de Tecnologia de Massachussetts (MIT) desde 1966, onde leciona oceanografia física desde
1967. Wunsch realiza trabalhos de interpretações climáticas através dos oceanos a partir de
1971. No seu artigo para a revista Nature em 2000, afirma que o oceano é um regulador
essencial do clima pela sua capacidade de transportar calor, água e nutrientes. Wunsch
escreveu diversas pesquisas sobre correntes marítimas e suas relações com alterações
climáticas, uma média de cinco pesquisas por ano desde 2001.
Professor Wunsch, entrou na polêmica do aquecimento global de forma
constrangedora, pois prestou entrevista para um documentário e alegou que sua discussão
foi distorcida pelo contexto. Carl acredita que o aquecimento global se deve a influencias
humanas e o documentário “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Farsa do
Aquecimento Global) gravado pelo Channel Four de Londres, apresentou uma edição sem
mostrar sua opinião, o que fez com que ele publicasse um artigo imediatamente após a
transmissão do programa. Wunsch defendeu fundamentalmente que acredita em ações
antropogênicas como provável causa do aquecimento global, e que alterações recentes em
atividades solares, não tem nenhuma relação com mudanças climáticas.
2.9 James Hansen
O senhor James E. Hansen diretor do GISS (Goddard Institute for Space Studies),
Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA (National Aeronautics and Space
Administration), é Astrônomo, PhD em Física, publicou vários trabalhos sobre a atmosfera
do planeta Vênus, no final dos anos 60 e início dos anos 70. Em 1981, Hansen publicou sua
primeira análise da temperatura pelo GISS e escreveu um artigo para a revista Science com
o título “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide” (Impacto climático do
crescimento de dióxido de carbono atmosférico). Neste artigo, Hansen faz um relato de sua
análise meteorológica de superfície, enfocando os anos 1880 e 1980 mostrando as
16
concentrações médias de CO2 atmosférico em 1880, de 280 a 300 ppm e em 1980 foi de
335 a 340 ppm. Analisando o aumento de 0,2°C na temperatura global entre meados da
década de 60 até a década de 80, o que gerou um aquecimento global de 0,4°C no século
passado, Hansen chegou a conclusão de que o dióxido de carbono emitido principalmente
por combustíveis fósseis, é a principal causa deste aquecimento.
2.10 Luiz Carlos Molion
O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luiz Carlos Baldicero
Molion, meteorologista brasileiro, representa os países da América do Sul na Comissão de
Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Com quarenta anos de
experiência em meteorologia, Molion apresenta outros controladores do clima global
(radiação solar, erupções vulcânicas, albedo planetário, oceano etc.). Através de uma
comparação minuciosa dos gráficos de anomalias da temperatura média global e dos
Estados Unidos (Figura 1), percebeu que a década de 30 nos Estados Unidos fora mais
quente do que a década de 90.
Figura1: Desvios de temperatura média global (esq.) e dos Estados Unidos (dir.) de 1880 a
2000. (GISS / NASA, 2007)
2.11 IPCC
Intergovernmental Panel on Climate Change, (Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas), órgão criado pela Organização das Nações Unidas ONU em 1988,
composto por mais de 2.000 cientistas, com o objetivo de estabelecer diretrizes e soluções
para o aquecimento global causado por interferências antrópicas. O IPCC em sua terceira
Conferência entre as Partes (COP3), criou o Protocolo de Quioto, documento que dita
regras para redução de emissões de GEE.
17
3. Resultados
3.1 Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa.
Não há relatos históricos documentais que apontem algum outro pioneiro em
descrever como a atmosfera da Terra é aquecida pela ROC em contato com corpos
terrestres. Na sua dedicação em estudar as fontes de calor da Terra, descobriu que a
atmosfera exerce um efeito de manutenção de calor. O físico francês Fourier descreve em
ordem cronológica, as etapas do efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les
Températures Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a
temperatura do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824.
Nesta obra, Joseph Fourier relata sobre as três fontes de calor da Terra que são os
raios solares, as radiações das inúmeras estrelas ao redor do sistema solar e o calor
primitivo (época de formação dos planetas) do interior da Terra. Analisando isoladamente a
segunda opção, Fourier concluiu que a temperatura da terra seria menor do que a dos pólos
se não existissem as outras duas fontes. A respeito do calor primitivo da terra, que é o calor
proveniente desde a época da formação dos planetas, Fourier fala bastante sobre uma
teoria que a temperatura da superficial aumenta cerca de um grau celsius para cada 32
metros no sentido vertical em direção para baixo, supondo uma temperatura muito elevada
no interior. Porém este tipo de calor não tem influência dos raios solares.
Nos estudos dos raios de calor proveniente do Sol, Jean Fourier descreveu pela
primeira vez na história o efeito estufa. Em sua obra, Fourier relata que:
o calor do sol, vindo em forma de luz, possui a propriedade de penetrar sólidos
ou líquidos transparentes, e perde esta propriedade totalmente, quando pelo contato
com os corpos terrestres, e é transformada em calor irradiando sem luz. Esta distinção
de calor luminoso e não-luminoso, explica a elevação da temperatura causada por
corpos transparentes. A massa de água que cobre uma grande parte do globo, e que o
gelo das regiões polares, se opõe a um menor obstáculo para a admissão de calor
luminoso, do que o calor sem luz, que retorna em uma direção contrária a espaço aberto
(Fourier, 1824 p. 140-141) Tradução Bruno Fico.
Fourier descreve perfeitamente a etapa que a radiação ultra violeta (UV) de ondas
curtas, definida como calor luminoso, penetra pela atmosfera até entrar em contato com
corpos terrestres e retornar em forma de calor sem luz, ou infra vermelho (IV). Logo em
seguida relata sobre um efeito produzido pela pressão atmosférica que por falta de
observações não é definido. Apesar de não definir completamente, fica bem claro a qual
efeito Fourier estava se referindo. No objetivo de aperfeiçoar este estudo foi feito o
experimento de aferir a temperatura no interior de vasos de vidros transparentes chegando
18
ao resultado que a cada camada para dentro do vaso a temperatura aumenta. Este estudo
foi usado para comparar os efeitos solares dentro de uma estufa aos efeitos solares na
atmosfera sendo inegavelmente o pioneiro no estudo.
3.2 John Tyndall, outro grande contribuidor.
Outro contribuidor fundamental para a evolução da teoria do efeito estufa foi o
Irlandês John Tyndall (1820 - 1893). Tyndall foi um físico muito considerado no século XIX,
pelas suas pesquisas sobre diamagnetismo e por seus dezessete livros publicados,
inclusive descobriu o fenômeno do regelo em 1871. Realizou trabalhos nas geleiras dos
Alpes Weisshorn (1861), e Matterhorn (1868). Também fez muitas descobertas sobre os
processos atmosféricos estudando a radiação térmica e escreveu sua obra mais
considerada neste assunto, que foi publicada em 1872, Contributions to Molecular Physics in
the domain of Radiant Heat (Contribuições para a Física Molecular sobre a Radiação
Térmica). Nesta obra Tyndall explica o poder de absorção de raios infravermelhos dos
gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água, sendo este o
mais forte absorvedor de calor radiante na atmosfera.
3.3 Wood, o primeiro contestador da teoria.
O questionamento da teoria surgiu no começo do século XX, quando o físico e
inventor americano Robert Williams Wood, publicou um breve artigo na Philosophical
Magazine volume 17, em 1909 chamado “Note on the Theory of the greenhouse” ( Nota
sobre a teoria de estufa). Wood construiu dois tipos de estufa, uma de vidro e outra de
quartzo, e obteve o resultado igual de temperatura das duas. Como o quartzo não absorve
radiação IV, fica claro que a estufa se mantinha aquecida por causa do ar aquecido e menos
denso, impedido de dar lugar ao ar mais frio (convecção) devido ao confinamento na estufa.
Robert Williams Wood representa então o marco de referência dos contestadores da teoria
do efeito estufa.
3.4 Precursores da teoria do aquecimento global.
O inventor e engenheiro inglês, Guy Stewart Callendar, foi um dos pioneiros para a
formulação da teoria do aquecimento global. Publicou 35 artigos científicos entre 1938 e
1964, sobre radiação infravermelha, dióxido de carbono antropogênico e deixou como
contribuição principal, a relação do aumento da concentração do CO2 atmosférico com a
temperatura global. Em 1938, Guy escreveu a obra “The artificial production of Carbon
Dioxide and its influence on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas
19
influencias no clima), que associou o aumento da temperatura global entre 1925 e 1937 à
emissão de CO2 antropogênico, proveniente das termelétricas.
O cientista americano Charles David Keeling também foi um dos primeiros em
alertar ao mundo para a possibilidade da contribuição antropogênica para o acentuamento
do efeito estufa e aquecimento global. Keeling realizou coletas de amostra de dióxido de
carbono desde 1958 até 2005 e concluiu que a concentração atmosférica de dióxido de
carbono aumentou de 315 ppm em 1958 para 380 ppm em 2005. Esta subida constante nos
níveis de CO2 atmosférico, ficou conhecida como “Keeling curve” (curva de Keeling).
3.5 Gaia a Terra viva.
A teoria de Gaia proposta por James Lovelock, surgiu a partir de estudos realizados
para a NASA, com o objetivo principal de detectar vida em outros planetas do sistema Solar.
Com a análise da composição química da atmosfera de Vênus e Marte, que mantém um
equilíbrio estável, Lovelock concluiu que um planeta que apresenta vida, indica em sua
atmosfera um constante desequilíbrio químico, assim como a Terra. A teoria tem como
objetivo a afirmação da existência de um sistema complexo interrelacionando os seres vivos
e as reações físico-químicas do meio ambiente, que resultaria em uma auto-regulação do
sistema planetário para que seja propícia a vida.
Lovelock, faz uma analogia as era glaciais, como se fosse um fenômeno provocado
pela Terra para se manter conservada, e o período interglacial atual, como um estado febril
do planeta, que é irreversível devido as ações humanas de degradação e pode durar por
mais cem mil anos.
3.6 Contestadores da teoria do aquecimento global.
3.6.1 Contestações de John Christy e Roy Spencer.
A teoria do aquecimento global foi construída pela hipótese do aumento de
emissões de GEE devido as atividades humanas principalmente por meio da queima de
combustíveis fósseis, estar aumentando a temperatura global. Esta hipótese nunca foi
comprovada, segundo alguns cientistas do próprio IPCC, que inclusive, desmentem usando
evidências concretas.
Um destes contestadores é o professor John Christy (diretor do Earth System
Science Center da Universidade de Alabama). Chisty prova por meio de balões
meteorológicos e medições de satélites, que a temperatura da atmosfera superior encontra-
20
se sempre menor do que na superfície, quando por ação do efeito estufa, deveria aquecer-
se rapidamente quando a superfície se aquece. Outra argumentação de Christy é a má
interpretação das leituras de temperatura da superfície através de estações meteorológicas.
Certamente estas estações mostram uma tendência de aquecimento, devido as suas
localizações, pois com a urbanização do local da estação, o efeito de ilhas de calor podem
ser, facilmente mal interpretado como aquecimento global.
Christy realizou pesquisas e escreveu, junto com Roy Spencer da NASA, um
relatório mensal da temperatura global de 1978 até 2003 e concluiu que a temperatura
sofreu um aumento, porém, analisou inúmeros aspectos causadores do aquecimento e
descartou a possibilidade que GEE emitidos pelo homem através de queima de
combustíveis fósseis fossem a causa para este aquecimento.
Existem duas maneiras de medir a temperatura na atmosfera que são por meio de
balões meteorológicos ou através de satélites. Para obter precisão em suas pesquisas,
Christy focalizou o satélite na direção em que o balão meteorológico foi liberado, para
observar a mesma coluna de ar e achou convergência nos dados.
Por meio deste estudo, o professor Christy observou que em grande parte do
planeta, a maior parte da atmosfera, não está tão aquecida quanto na superfície da mesma
região. O aumento da temperatura atmosférica é muito mais leve que a temperatura
registrada na superfície. Achou então um desacordo, pois a teoria diz que se a superfície se
aquece, a troposfera superior deve aquecer-se rapidamente. Christy escreveu na página 6
do seu Relatório de Temperatura Global (1978-2003):
Uma das mais quentes controvérsias na ciência climática é o aparente
desacordo entre os dados de temperatura coletados por termômetros na superfície e a
do conjunto de dados por satélite. Redes de termômetro de superfície “Global”, mostram
um tendência de aquecimento cerca de 1,7 graus Celsius por século – cerca de 3º
Fahrenheit. Os dados de satélite mostram uma tendência de aquecimento que é menos
da metade, apenas 0,76º C ou cerca de 1,38º F por século.
(Christy 2003) Tradução Bruno Fico.
Outra argumentação muito coerente do senhor John, é que as leituras de
temperatura na superfície, em que foi construída a teoria do aquecimento global são
distorcidas pela urbanização. Em entrevista à revista Fortune em 2009, ele diz que devido
ao calor solar captado por tijolos e asfalto, e devido a mudanças nos padrões do vento
causado por grandes edifícios, uma estação meteorológica colocada em uma vila rural em
1900 mostrará inevitavelmente valores mais elevados de temperatura se esta vila ao longo
do tempo, foi transformada em cidade pequena ou em zona comercial suburbana. Christy
21
exibiu um gráfico mostrando tendências de temperatura centrais da Califórnia nos distritos
desenvolvidos e na Serra praticamente inexplorada de San Joaquin Valley:
As temperaturas diurnas de ambas as regiões apresentaram praticamente
nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto as temperaturas noturnas
indicam que o Vale desenvolvido aqueceu significativamente enquanto a Serra rural não.
(Christy, 2009). Tradução Bruno Fico.
Em um artigo publicado no “The Wall Street Jornal” em 2007, Christy se indigna
com o sensacionalismo dado ao encolhimento do gelo marítimo. “A CNN não mostra que o
gelo marítimo do inverno na Antártida no mês passado bateu um recorde máximo desde que
as medições começaram” (Christy, maio - 2007). Também critica a confiança exagerada da
projeção de padrões climáticos para os próximos 100 anos, considerando como é difícil
prever com precisão o clima nos próximos cinco dias. Críticos de Christy acusam que seus
trabalhos e pesquisas são financiados pela indústria do petróleo, mas ele provou em Justiça
Federal que sua pesquisa é financiada pelo NOAA (National Oceanic & Atmospheric
Administration).
Professor Roy Já publicou mais de cem artigos científicos, alguns livros sobre
mudanças climáticas e um dos mais recentes livros de 2008 (Climate Confusion) “Confusão
Climática”. Este livro é um Best Seller, considerado pela sociedade literária, a melhor
abordagem dada ao aquecimento global. Dentre todos os assuntos, ele fala da tendência
humana de crer, que se acontece qualquer tipo de tormenta (seca, terremotos, maremotos)
em qualquer lugar, o mundo inteiro vai ser afetado por esta tormenta. Isto se deve a
qualquer evento climático local, ser dado uma importância global.
3.6.2 Contestações de Luiz Molion.
No Brasil o cientista de referência é o professor Luiz Carlos Molion, que apresenta
outros controladores climáticos muito mais prováveis do que o CO2. Nas suas observações,
Molion analisou a influência de El Niños e La Niñas sobre a temperatura global. Aponta
indícios da quantidade de erupções vulcânicas entre 1815 e 1912, terem contribuído para
manter temperaturas globais baixas devido a grandes quantidades de aerossóis lançados na
atmosfera.
Através dos testemunhos de gelo coletados em Vostok, na Antártida, por
perfuração da capa de gelo que chegou a cerca de 3.600 m. de profundidade, foram feitos
os gráficos da concentração de CO2 e dos desvios de temperatura dos últimos 420 mil anos.
O professor Molion em um artigo publicado na revista brasileira de climatologia explica que
22
pela análise dos gráficos, não se pode concluir que o aumento da concentração de CO2 é a
causa do aumento de temperatura (Figura 2). Molion nota que:
A curva superior é a concentração de CO2, que variou entre 180 e 300 ppmv
(escala à esquerda), e a inferior é a dos desvios de temperatura do ar, entre 8 e +6º C
(escala à direita). Uma análise cuidadosa dessa Figura mostra, claramente, que a curva
de temperatura apresentou 4 picos, superiores à linha de zero (tracejada), que
representam os interglaciais passados – períodos mais quentes, com duração de 10 mil
a 12 mil anos que separam as eras glaciais que, por sua vez, duram cerca de 100 mil
anos cada uma – a cerca de 130 mil, 240 mil, 320 mil e 410 mil anos antes do presente.
Portanto, as temperaturas dos interglaciais passados parecem ter sido superiores às do
presente interglacial, enquanto as concentrações de CO2 correspondentes foram
inferiores a 300 ppmv. (Molion 2008).
Analisando os resultados dos cilindros de gelo de Vostok, observa-se claramente
picos de temperatura que antecedem as eras glaciais, por isso são chamados de períodos
interglaciais. O fato é que períodos interglaciais no passado, não podem ser atribuídos à
atividade humana, que não tinha o mínimo potencial de intervenção do clima (Figura 2).
Figura 2: Desvios de temperatura e variação da concentração de carbono dos últimos
400.000 anos. (Petit et al, 1999).
Tratando ainda dos testemunhos de gelo, Molion cita que segundo o glaciologista
polonês Zbigniew Jaworowski, os resultados produzidos pelos cilindros de gelo tendem a
reproduzir concentrações de 30% a 50% inferior das reais. A hipótese de que a composição
química original do ar aprisionado no gelo permanece inalterada, é falsa, pois o
aprisionamento da bolha de ar no gelo é um processo demorado. A neve deve ter
23
acumulado no mínimo 80 metros de altura, para sofrer a pressão necessária que aprisiona a
bolha de ar no gelo definitivamente. Molion conclui:
Dessa análise, conclui-se que, ou existiram outras causas físicas, que não a
intensificação do efeito-estufa pelo CO2, que tenha sido responsáveis pelo aumento de
temperatura verificado nesses interglaciais passados, ou as concentrações de CO2 das
bolhas no gelo tendem, sistematicamente, a serem subestimadas e, de fato, não
representam a realidade da época em que foram aprisionadas. Molion (2008).
Molion em um artigo para Climanálise em 2005, mostra uma frequência maior de El
Niños entre 1977-1998, o que pode ter contribuído para o aquecimento atual, pois El Niños
aquecem a baixa troposfera. “O evento El Niño de 1997/98, considerado o evento mais
intenso do século passado, produziu anomalia de temperatura do ar global de cerca de
0,8°C (acima de 1,0°C no Hemisfério Norte)” Molion (2005). Fenômeno inverso também
percebido quando na ocorrência do La Niña de 1984/85, que houve um resfriamento de -
0,5ºC. Essas variabilidades oceânicas são de curto prazo e conhecida como ENOS (El Niño-
Oscilação Sul). Mas também existem variabilidades nas circulações oceânicas de longo
prazo, com suas influencias sobre o clima, da ordem de décadas, chamada de ODP
(Oscilação Decadal do Pacífico). Analisando as fases da ODP e a TSM (Temperatura de
Superfície do Mar), Molion reparou a relação do resfriamento global entre 1947-1976. “O
resfriamento do clima global durante o período de 1947-1976 (Figura 1), não explicado pelo
IPCC, coincide com a fase fria da ODP, fase em que o Pacífico Tropical apresentou
anomalias negativas de TSM”. Molion (2005).
Outro controlador climático indireto, são as erupções vulcânicas, que lançam
imensas quantidades de aerossóis na estratosfera e consequentemente aumentam o albedo
planetário. O albedo planetário representa toda radiação de ondas curtas refletida de volta
para o espaço, portanto, quanto maior o albedo, menor será o fluxo de ROC a entrar na
atmosfera. Com menor fluxo de ROC entrante, a tendência é que haja um resfriamento.
Logo as erupções vulcânicas podem causar um resfriamento significativo por décadas.
“Como entre 1815 e 1912, de maneira geral, a freqüência de erupções vulcânicas foi
grande, a concentração de aerossóis e o albedo planetário estiveram altos, e isso pode ter
contribuído para manter as temperaturas globais baixas”. Molion (2005).
no período 1915 a 1956 ... a atividade vulcânica foi a menor dos últimos 400
anos e o albedo planetário reduziu-se (aumentou a transparência atmosférica),
permitindo maior entrada de ROC no sistema durante 40 anos consecutivos e
aumentando o armazenamento de calor nos oceanos e as temperaturas superficiais dos
oceanos e do ar. É muito provável, portanto, que o aquecimento observado entre 1925 e
1946, que corresponde à cerca de 60% do aquecimento verificado nos últimos 150 anos,
tenha resultado do aumento da atividade solar, que atingiu seu máximo em 1957/58, e
da redução da atividade vulcânica, ou seja, reduções de albedo planetário e aumento da
24
transparência atmosférica, e não do efeito-estufa intensificado pelas atividades humanas
que, na época, eram responsáveis por menos de 10% das emissões atuais de carbono!
(Molion, 2005).
Outra contestação do Senhor Luiz Carlos, é a própria teoria do efeito estufa, que foi
colocada em questionamento, desde 1909 pelo cientista Robert Wood, quando provou por
experiência, que uma estufa é aquecida pelo confinamento do ar dentro dela e não pela
reflexão de IV pelos vidros. Molion explica que:
Uma molécula de GEE, ao rodar ou vibrar, devido à absorção da radiação IV
seletiva, dissipa a energia absorvida na forma de calor ao interagir com outras moléculas
vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas de ar adjacentes e
não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada em
energia mecânica e, por atrito, em calor! (Molion, 2010).
3.7 Entendendo o efeito estufa.
A fonte de energia primária do planeta Terra é o Sol, que emite radiação
eletromagnética nas ondas entre 0,1 µm e 4 µm (micrômetro) de comprimento que são
chamadas de radiação de ondas curtas (ROC) e conhecido como raio ultravioleta (UV). O
albedo planetário constitui o percentual de radiação refletida da Terra de volta para o espaço
que é cerca de 30%, influenciado por fatores tais como variação do tipo e cobertura de
nuvens, concentração de partículas em suspensão no ar, cobertura de gelo, neve, lagos,
oceanos e florestas. Todos esses fatores tem o potencial de aumentar o albedo planetário,
refletindo mais radiação solar que entra na atmosfera. Portanto, o albedo planetário é um
agente controlador do clima global, pois quanto mais radiação atravessa a atmosfera, mais
se aquece a superfície.
A radiação de ondas curtas que passa através da atmosfera, é absorvida pela
superfície terrestre que se aquece, e parte desta radiação captada pela superfície, é emitida
em direção à atmosfera em forma de radiação de ondas longas (ROL), ou infra vermelho
(IV). O comprimento das ondas longas, por sua vez, varia entre 4 µm e 100 µm. O fluxo de
ROL emanado pela superfície é absorvido por gases, com pequenas concentrações
atmosféricas, como o vapor d’água, dióxido de carbono, metano, ozônio, óxido nitroso e
clorofluorcarbonetos. Esses gases são denominados gases de efeito estufa (GEE), pois são
comparados com a função de uma estufa de vegetação, que mantém o ar aquecido dentro
do recinto.
25
3.8 Aquecimento Global na Mídia.
Nos anos setenta, as matérias de revistas e documentários científicos, mostravam
desastres do tempo como secas no oeste americano e tornados devastadores e apontavam
como causa, o resfriamento global que estava acontecendo na época. Devido a esta fase
fria que a Terra estava passando, as teorias de Guy Callendar e Charles Keeling foram
esquecidas com o tempo. As previsões de especialistas advertiam sobre consequências
catastróficas de um possível resfriamento, como período de secas, devastação de
plantações, e temiam que as cidades do norte fossem cobertas de gelo.
Em meio a este clima frio, um cientista sueco chamado Bertin Bolin, sugeriu que o
CO2 produzido pelo homem, devido ao ritmo acelerado da queima de combustíveis fósseis,
poderia aquecer o mundo no futuro. O colunista da New Scientist e apresentador da BBC de
Londres, Nigel Calder, que é contra a teoria oficial do aquecimento global, foi o responsável
por colocar Bert Bolin na televisão internacional falando sobre os perigos do CO2, e lembra
ter sido severamente criticado por especialistas por apoiar Bert na sua fantasia absurda para
a época.
Com a segunda crise do petróleo em 1973 e a greve dos mineiros ingleses,
Margareth Thatcher preocupou-se em promover a energia nuclear, por segurança
energética. A partir de 1977, o globo começou a aquecer-se novamente, então, o assunto
começou a ser politizado por Margareth Thatcher que disponibilizou recursos financeiros à
Royal Society para pesquisas que comprovassem a relação do CO2 com a temperatura.
Anos depois, a Oficina Meteorológica do Reino Unido estabeleceu então, uma unidade de
modelos climáticos dando base para a origem de um novo comitê internacional, o IPCC
(Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas).
3.9 Criação do IPCC
O IPCC foi criado em 1988 reunindo cientistas de todo o mundo com o objetivo de
pesquisar e encontrar soluções para as mudanças climáticas globais. Em 88 os EUA
estavam liderando as negociações climáticas e o astrônomo James Hansen da NASA, em
depoimento ao Congresso Americano, afirmou que o aquecimento global era devido ao
aumento de CO2 antropogênico, por meio da queima de combustíveis fósseis. Foi um dos
anos mais quentes nos EUA afetando o meio ambiente e principalmente a agricultura.
No início dos anos 90, as pressões de ambientalistas eram fortes e foi mais um
agravante para a implantação de um tratado mundial. Então a Organização Meteorológica
26
Mundial (OMM) junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
criaram o CQNUMC (Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)
durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,
conhecida popularmente como ECO-92 ou Rio 92 aqui no Rio de Janeiro.
A CQNUMC foi criada com objetivo principal de estabilizar as concentrações de
gases de efeito estufa na atmosfera para impedir as perigosas interferências antrópicas,
segundo o parágrafo único do artigo 2 do relatório CQNUMC (UNFCCC em inglês) de 1992.
Apesar de ser adotada em 1992, a convenção entrou em vigor em 21 de março de 1994.
Com a finalidade de criar meios de desenvolvimento sustentável a CQNUMC estabeleceu a
COP (Conferência Entre as Partes). A COP é conferência constituída pelas nações que
ratificaram a UNFCCC e organizações internacionais convidadas e tem o papel de fiscalizar
as obrigações das Partes, adotar relatórios regulares, revisar relatórios de órgãos
subsidiários e dar-lhes orientação, definir e adotar regras de procedimento e regras
financeiras para si e para órgãos subsidiários entre outras tarefas. Os países que ratificaram
a UNFCCC são divididos em Países do Anexo I (desenvolvidos) e Países não incluídos no
Anexo I (em desenvolvimento).
3.10 COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto.
A partir de 1995 começaram a serem realizadas reuniões anuais com finalidade de
organizar e definir modalidades, regras, diretrizes e atividades a serem implantadas pelos
países signatários para reduções de emissões de GEE. A primeira COP foi na cidade de
Berlim na Alemanha (1995), a segunda foi em Genebra (1996), Suíça, e a terceira em
Quioto no Japão (1997).
Na terceira Conferencia Entre as Partes, foi elaborado o Protocolo de Quioto, que
surgiu com a proposta de estabelecer limites de emissões de GEE para a mitigação das
mudanças climáticas.
ARTIGO 3
1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que
suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos
gases de efeito estufa listados no Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas,
calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e
redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste
Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por
cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. (Protocolo
de Quioto, 1997). Tradução MCT(Ministério da Ciência e Tecnologia).
Outra proposta do Protocolo de Quioto foi de oferecer mecanismos de flexibilização
para ajudar os países do Anexo I a alcançarem seus compromissos de redução de emissão
27
de GEE conforme os limites propostos no Artigo 3 do Protocolo. São três os mecanismos de
flexibilização:
Implementação Conjunta. Conforme o Artigo 4 do Protocolo, qualquer Parte do
Anexo I pode firmar acordo para cumprir seus compromissos do Artigo 3 em conjunto com
outras Partes. Neste caso:
ARTIGO 4
1. Qualquer Parte incluída no Anexo I que tenha acordado em cumprir conjuntamente
seus compromissos assumidos sob o Artigo 3 será considerada como tendo cumprido
esses compromissos se o total combinado de suas emissões antrópicas agregadas,
expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no
Anexo A não exceder suas quantidades atribuídas, calculadas de acordo com seus
compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, descritos no Anexo B,
e em conformidade com as disposições do Artigo 3. O respectivo nível de emissão
determinado para cada uma das Partes do acordo deve ser nele especificado. (Protocolo
de Quioto). Tradução MCT.
Comércio de Emissões. Conforme o Artigo 6 e 17 do Protocolo, qualquer Parte
incluída no Anexo I pode transferir para ou adquirir de qualquer outra Parte, unidades de
redução de emissões resultantes de projetos visando a redução de fontes de emissões
antrópicas ou o aumento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa
em qualquer setor da economia.
MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) (Clean Development Mechanism).
Definido no Artigo 12 do Protocolo com o objetivo de assistir as Partes não incluídas no
Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final
da Convenção, e assistir as Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus
compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3.
Este mecanismo permite que as Partes não incluídas no Anexo I realizem projetos de
redução de emissão de fontes de GEE antrópicas, e comercializem suas RCE (reduções
certificadas de emissão) para qualquer Parte do Anexo I.
Apesar de ter sido redigido em 1997 e aberto para assinaturas em 1998, o
Protocolo de Quioto só entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005 depois de a Rússia o
ratificar. Até a então o protocolo estava em desconformidade com o primeiro parágrafo do
Artigo 25.
Este Protocolo entra em vigor no nonagésimo dia após a data em que pelo
menos 55 Partes da Convenção, englobando as Partes incluídas no Anexo I que
contabilizaram no total pelo menos 55 por cento das emissões totais de dióxido de
carbono em 1990 das Partes incluídas no Anexo I, tenham depositado seus instrumentos
de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT.
28
3.11 O Mercado de Carbono
Desde 2005 quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, os mecanismos de
flexibilização previstos no próprio Protocolo criaram um novo mercado financeiro de valores
denominado Mercado de Carbono. Através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, para
cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitido à atmosfera por redução de fontes de
emissões antrópicas, ou remoções de CO2 por sumidouros pode ser obtido um crédito de
carbono. Este crédito de carbono denominado de CER (Certified Emission Reduction), ou
RCE (Redução Certificada de Emissão) assim como todas as ações e commodities, sofre
variações de valores, porém, não são muito comercializadas pelas Bolsas de Valores.
Estas variações são estudadas e divulgadas pelo World Bank através do relatório
intitulado “State and Trends of the Carbon Market” (Estado e Tendências do Mercado de
Carbono). Os fatores que contribuem como variantes, são muitos, de acordo com o país que
está sendo comercializado, o tipo de atividade MDL que foi feita para obtenção dos CER, e
a forma de negociação, já que os CER são negociados voluntariamente no mercado. Por
exemplo em 2005, no começo das negociações, a RCE foi negociada entre U$ 3,00 e U$
7,15/tCO2 gerando uma média ponderada de U$ 5.63/tCO2 no período de Janeiro de 2004 a
Abril de 2005. Segundo o relatório de 2008, transações feitas no Brasil comercializaram a
RCE por € 16,40/tCO2.
No último relatório (Junho de 2011), o World Bank divulgou uma visão geral do
Mercado de Carbono, um movimento na casa dos Bilhões de dólares.
Carbon Market Evolution, values ($ billion), 2004-10
EU ETS Other Primary Secondary Other Total
Allowances Allowances CDM CDM Offsets
2005 7.9 0.1 2.6 0.2 0.3 11.0
2006 24.4 0.3 5.8 0.4 0.3 31.2
2007 49.1 0.3 7.4 5.5 0.8 63.0
2008 100.5 1.0 6.5 26.3 0.8 135.1
2009 118.5 4.3 2.7 17.5 0.7 143.7
2010 119.8 1.1 1.5 18.3 1.2 141.9
Tabela1: Visão financeira do mercado de carbono (em Bilhões de dólares). Fonte: State and
trends of the carbon market 2011, World Bank.
No mesmo relatório de 2011, o World Bank relata que em meados de 2010, o
Conselho Executivo de MDL suspendeu temporariamente a emissão de RCE para projetos
29
de mitigação de hidrofluorcarbonos da qualidade HFC-23. Aproximadamente no período
referido, em 31 de Agosto de 2010 o jornal O Estado de S. Paulo, publicou uma matéria
sobre uma fraude de 40 Bilhões de Euros que abalou o mercado de carbono. “empresas
chinesas e, estima-se indianas, teriam produzido deliberadamente HFC-23 para, então,
destruí-lo obtendo créditos de carbono, vendidos no mercado a empresas interessadas em
compensar seu grau de poluição” (O Estado de S. Paulo 2010).
O Mercado de Carbono surgiu com a justificativa de reduzir as emissões antrópicas
de GEE através do estímulo financeiro às empresas. Projetos MDL e o comércio de
emissões auxiliam países desenvolvidos, Partes do Anexo I, a cumprirem seus
compromissos de redução de emissões. O Protocolo de Quioto dispõe esta flexibilização
para as Partes que não estiverem alcançando suas metas de redução, possam comprar
créditos de carbono, a fim de cumprir os seus compromissos.
3.12 Política Nacional sobre Mudança do Clima.
No Brasil, com a promulgação da lei 12.187 de 2009, que instituiu a Política
Nacional sobre Mudança do Clima, prevê a criação de um Mercado Brasileiro de Redução
de Emissões (MBRE) junto com a bolsa de mercadorias e futuros, bolsa de valores e
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, onde se dará negociações de títulos de
RCE. O MBRE foi regulamentado em meados deste ano, pela BM&F, BOVESPA / BVRJ em
convênio com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com o
objetivo de estimular o desenvolvimento de projetos MDL e viabilizar negociações do
mercado ambiental.
A Lei 12.187/09 incentivou em seu artigo 9º
, a criação do Mercado Brasileiro de
Redução de Emissões com o objetivo de realizar transações junto a bolsa de valores com os
créditos de carbono obtidos através de projetos de MDL brasileiros:
Art. 9
o
O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será
operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de
balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, onde se
dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito
estufa evitadas certificadas.
Esta lei surgiu com o objetivo de promover a sustentabilidade visando a redução de
emissões antrópicas de gases de efeito estufa e a mitigação de impactos causados pela
mudança climática. Outro objetivo importante desta lei é a preservação de biomas e
30
ecossistemas brasileiros. Para alcançar os objetivos de redução de emissões, a PNMC
estabelece uma meta de mitigar as emissões de gases de efeito estufa, entre 36% e 39% as
emissões projetadas até 2020.
No artigo 12, estabelece um compromisso nacional voluntário de redução de
emissões de GEE:
Art. 12. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como
compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito
estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% (trinta e seis inteiros e um décimo por cento) e
38,9% (trinta e oito inteiros e nove décimos por cento) suas emissões projetadas até
2020.
Esta lei está em vigor desde 29 de Dezembro de 2009.
3.13 Politização do assunto.
O aquecimento global foi visto desde que entrou em pauta na mídia, como um
efeito adverso, maléfico, causado pelas ações humanas e que ameaça a existência da
própria espécie, sendo a única que pode fazer alguma coisa para reverter este fenômeno.
Com esta preocupação foram criados órgãos governamentais específicos para tratar das
mudanças climáticas como o IPCC e comitês como a CQNUMC e as COPs.
Em meio a tantas reuniões com a finalidade de solucionar problemas causados
pelas mudanças climáticas, foi criado o Protocolo de Quioto, visando limitar as emissões
antrópicas de GEE. Estes limites são diferenciados entre as Partes do Anexo I que
assinaram e ratificaram o Protocolo. Surgiu com a proposta concreta para estabilização de
emissões de GEE, porém, criou mecanismos de flexibilização, que permitem o comércio de
emissões entre as Partes, criando artifícios e recursos para a implantação de um novo
mercado, o Mercado de Carbono.
Com a validação do Protocolo de Quioto em 2005, o Mercado de carbono começa,
com características de um metamercado movimentando nada menos do que 11 bilhões de
dólares em seu primeiro ano, conforme Tabela 1. Já em 2008, o Mercado de carbono
alcançou a movimentação de U$ 135 Bilhões de dólares, e atingiu seu recorde em 2009
com o movimento de U$ 143 Bilhões, segundo dados do banco mundial no relatório “State
and trends of the carbon Market” deste ano (Tabela 1).
O tema aquecimento global entrou na mídia logo após de ganhar espaço na
política. E aonde há política, há corrupção. Os escândalos no mercado de carbono
começaram no final de 2009, quando foram descobertas, atividades fraudulentas de alguns
31
negociadores do esquema de comércio de emissões da União Europeia (EU ETS) gerando
prejuízos da ordem de € 5 Bilhões, segundo declaração da Europol (Polícia Europeia). A
ação era similar a fraude carrossel, quando o fraudador importa bens livres de taxa de valor
agregado (VAT) (versão europeia do ICMS) e vende, cobrando esta taxa que não é
repassada ao governo.
Em 2010 as fraudes chegaram no oriente. “Dezenove indústrias chinesas
dedicadas à destruição de HFC-23, um gás de alto efeito estufa, estão sob investigação da
Organização das Nações Unidas (ONU) por suspeita de terem fraudado o mercado de
carbono” (O Estado de São Paulo, 31/08/2010). A fraude acarretou um prejuízo na faixa de
€ 40 Bilhões (Euros) no mercado. Pelo menos seis empresas tiveram seus créditos de
carbono (RCE) proibidos de serem vendidos durante a investigação. Indústrias chinesas
teriam realizado uma superprodução do hidrofluorcarbono HFC-23, para com a redução de
sua produção, obter créditos de carbono. O HFC-23 tem o potencial de estufa 11 mil vezes
maior que o CO2. Foi o maior escândalo na história do MDL até o momento.
32
4. Discutindo os resultados.
4.1 Resultados de Fourier.
As primeiras observações sobre o efeito estufa foram apontadas por Fourier em
1824 na sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures Du Globe Terrestre Et Des
Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura do globo terrestre e os
espaços planetários).
Nesta obra, Fourier constata que o calor proveniente dos raios solares é o mais
importante para manter a temperatura da Terra e explica ordenadamente o processo. A
primeira fase onde a ROC definido pelo autor como calor luminoso atravessa as camadas
da atmosfera, penetrando sólidos ou líquidos transparentes até entrar em contato com
corpos terrestres (solo, gelo, florestas). A segunda parte também é bem descrita quando em
contato com os corpos terrestres o calor luminoso é transformado em calor irradiante sem
luz (infra vermelho). Então Fourier fala sobre o calor luminoso (ROC), (UV) que pelo contato
com corpos terrestres é transformado em calor sem luz (ROL), (IV) (transformação de
ondas).
Após explicar o fenômeno na sequencia certa, relata que o calor sem luz (IV), que
retorna à direção contrária a da superfície, sofre um efeito da mesma espécie produzido
pela pressão da atmosfera, porém, não pôde definir exatamente por falta de observações na
época (1824). Esta etapa do fenômeno não é explicada por Fourier, logicamente porque não
foi ele que descobriu os GEE, porém, já tinha certeza que o fenômeno acontecia. Alguns
gases tinham sido recentemente descobertos, como o CO2 em 1754 por Joseph Black e o
oxigênio em 1774 por Joseph Priestley, embora haja reivindicações de Carl Wilhelm Scheele
e Antoine Lavoisier.
4.2 Tyndall e sua contribuição.
John Tyndall foi um físico notável do século XIX. Sua fama científica surgiu na
década de 1850 com seu estudo de diamagnetismo. Em 1871 descobriu o fenômeno do
regelo. Foi um grande estudioso da radiação térmica, e produziu uma série de descobertas
sobre processos na atmosfera. Tyndall também é um pioneiro, pois resolveu a incógnita
surgida nas pesquisas de Fourier, a capacidade de vários gases atmosféricos para absorver
o calor radiante, a radiação infravermelha. Ele foi o primeiro a medir corretamente os
33
poderes de absorção de infravermelho dos gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono,
ozônio, metano, vapor d’água etc..
Tyndall foi um grande pesquisador das geleiras em várias expedições para o Monte
Blanc, Monte Rose nos Alpes Weisshorn, e Matterhorn, entre outros na cordilheira da
Europa, mas o seu maior foco foi estudar a irradiação de calor solar. Desenvolveu seus
estudos baseados em descobertas de vários físicos que estudaram sobre a transmissão de
calor solar, entre eles, Saussure e o próprio Fourier.
4.3 Robert Wood fez a dúvida virar certeza.
O americano Robert Williams Wood, considerado o pai da fotografia infravermelha e
ultravioleta, foi o pioneiro em contestar a teoria do efeito estufa. Wood demonstrou uma
grande dúvida perante a crença generalizada que vidros de uma estufa reemitem a radiação
resultante de uma transformação de comprimento de onda. Intrigado com sua dúvida, Wood
realizou uma experiência construindo duas estufas, uma de vidro e a outra de quartzo e ao
aferir a temperatura interna, constatou que estavam iguais em ambas as estufas. O quartzo
não absorve radiação infravermelha. Deixou provado então que a ação do vidro é a de
impedir a convecção natural, mantendo a ar aquecido dentro da estufa.
Wood publicou esta experiência no volume 17 da sexta série da revista inglesa
Philosophical Magazine em 1909, deixando a prova na literatura, que foi o pioneiro na
contestação.
4.4 A base do aquecimento global.
Guy Callendar e David Keeling foram os cientistas que serviram como os pilares
para a construção da teoria do aquecimento global. Foram eles que realizaram a maioria
dos estudos que relacionavam a crescente demanda de emissões de GEE antropogênicos
com o aumento de temperatura global. Na época seus estudos foram rejeitados pelos
climatologistas renomados, devido ao clima frio entre 1947-1976.
O meteorologista sueco Bert Rickard Johannes Bolin (1925-2007), foi o primeiro
homem a aparecer na mídia alertando para a possibilidade de um aquecimento global
devido à emissão de GEE antropogênicos. Participou do programa “The Weather Machine”
do canal de televisão BBC de Londres em 1974, sugerindo que o CO2 produzido pelo
34
homem poderia ajudar a aquecer o mundo, ainda que não demonstrasse certeza. Bert Bolin
foi o primeiro presidente do IPCC, atuando no cargo até 1997.
James Hansen, astrônomo da NASA, escreveu em 1981, um artigo para a revista
Science “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide”, dedicado diretamente
em mostrar que o CO2 produzido pelo homem, era o principal causador do aquecimento
global. Em 1988 fez um discurso, com o mesmo enredo, para as comissões do Congresso
sobre mudanças climáticas. Com a origem do IPCC no mesmo ano, Hansen foi um dos
redatores de relatórios sobre análises nas estações meteorológicas de superfície enfocando
os anos 1880-1980. Hansen projetou em 1988, uma previsão de aumento na temperatura
global de 4,2 C° até 2100, caso houvesse uma duplicação dos níveis de CO2 na atmosfera.
Em 2003 escreveu um artigo onde ele argumenta que as causas humanas na mudança do
clima são mais fortes do que as causas naturais.
4.5 O estado febril do planeta Terra.
James Lovelock propôs no seu trabalho mais recente “A Vingança de Gaia” (2006),
que o aquecimento global atual é grave, pois o compara com um estado febril. Logo no
primeiro capítulo, fala sobre o estado da Terra “a resposta da terra viva ao que fazemos, não
depende só da quantidade de solo que exploramos e da contaminação que geramos, mas
também do seu estado atual de saúde” (Lovelock 2006). Lovelock afirma que esta
recuperação de saúde do planeta pode estar comprometido devido a sua idade atingir uma
fase avançada (cerca de 4,5 bilhões de anos). James não julga apenas os GEE emitidos
pelo homem, mas todas as ações de degradação humana ao meio ambiente, causadores do
atual aquecimento global.
Em contrapartida, Lovelock julga que o desenvolvimento sustentável é uma forma
totalmente ineficaz de reverter a presente situação, devido ao atual estado de saúde da
Terra, comparando como se fosse capaz uma pessoa com câncer de pulmão ser curada
apenas por parar de fumar. Então Lovelock, serviu de base para muitos cientistas e
ambientalistas com o intuito de elaborar teorias e soluções para a adaptação para uma séria
mudança climática, propondo que o poder auto regulador da Terra, poderia agir para repelir
a raça humana que está atuando como uma forma de vida indesejada, prejudicando o bom
funcionamento do planeta.
35
4.6 As contradições da teoria.
Em entrevista para revista Fortune em 2009, o professor John Christy, acusa James
Hansen de ter errado gravemente nas previsões feitas em 1988. Hansen contactado pela
mesma revista, admitiu que suas projeções foram baseadas em um modelo que
intensificaria “ligeiramente” o aquecimento global. No seu novo modelo, Hansen pressupôs
um aumento de 3 Cº na temperatura global até 2100, contra 4,2 Cº na antiga.
Outra discordância do senhor Christy é a discrepância entre as medições de
temperatura por meio de balões meteorológicos e as medições de estações meteorológicas
de superfície. A teoria diz que se a superfície se aquece, a atmosfera superior deve
aquecer-se rapidamente, e não foi isto observado pelo senhor Christy. John alega que o
aumento de temperatura nessa parte da atmosfera, não é muito alarmente e não encaixa
com a teoria que os modelos climáticos expressam neste ponto.
Christy também argumenta sobre a má interpretação das leituras de temperatura da
superfície através de estações meteorológicas. Christy analisou tendências de temperatura
nos bairros desenvolvidos e nas serras inexploradas da cidade de San Joaquin Valley
(Califórnia) e chegou ao resultado que as temperaturas diurnas em ambas as regiões não
apresentaram nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto nos distritos
desenvolvidos, as temperaturas noturnas aqueceram significativamente. Este efeito que é
conhecido como ilha de calor, se deve pela característica do cimento e asfalto absorver o
calor recebido durante o dia e liberar este calor à noite. Este efeito mal interpretado, ou,
maldosamente interpretado, pode ser confundido facilmente com o aquecimento global.
Chirsty também realizou, junto com Roy Spencer, pesquisas sobre o poder de
controle climático de El Niños e La Niñas. O El Niño de 1997, considerado o mais intenso do
século, produziu um aumento de temperatura global na faixa de 0,9 Cº e a La Niña de 1984
resultou em um resfriamento de -0,5 Cº.
O professor Luiz Carlos Molion da UFAL, representante da América do Sul na
comissão de climatologia da OMM é um contestador declarado da teoria oficial do
aquecimento global. Molion realizou estudos, que foram publicados em 2005 sobre a
frequência de El Niños intensos entre 1997-1998, que contribuíram para o aquecimento,
sabendo-se que El Niños aquecem a baixa troposfera. O sistema terra-atmosfera-oceano,
que consiste na variação de circulação atmosférica associada às variações de TSM, são
fatores físicos internos de muita importância no controle do clima.
36
Uma das observações mais plausíveis do professor Molion, foi a análise do período
de resfriamento global entre 1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, pois esta redução
de temperatura ocorreu justamente na época em que a revolução industrial começou a
ganhar força demasiada, ou seja, as emissões de GEE começaram a ser emitidas em larga
escala. Molion percebeu que este período de queda de temperatura global, aconteceu
durante a fase fria da ODP.
Na análise do gráfico publicado por Jean Robert Petit em 1999, referente a
concentração de CO2 e variação de temperatura global, Molion chegou a conclusões bem
diferentes do ex vice presidente dos Estado Unidos, Al Gore, que protagonizou o
documentário “Uma Verdade Inconveniente” em 2006. O filme que teve características mais
emotivas do que científicas, foi a apresentação popular da teoria do aquecimento global
causado pelo homem. Molion reparou que em períodos interglaciares passados, tiveram
temperaturas superiores a do interglacial presente, e concentrações de CO2 no passado,
atingiram níveis inferiores a 300ppm (Figura2). Sobre esta análise, conclui-se que existiram
outras causas físicas, e não a intensificação do efeito estufa para o aumento de temperatura
nos períodos interglaciais passados.
O paleoclimatologista canadense Ian Clark, tem descoberto de fato, a relação entre
o CO2 e a temperatura, mostrando uma relação inversa da apresentada no documentário,
por Al Gore. Ao contrário da teoria catastrofista, os períodos de aquecimento global
antecedem em média oito séculos aos aumentos da concentração de CO2, chegando a
conclusão que o CO2 é uma resposta para o aquecimento e não a causa. Até o oceanógrafo
Carl Wunsch, admite que os oceanos quando se aquecem, tem a característica de liberar
CO2 e quando se resfriam, tem a tendência é de absorver CO2.
Outra contradição da teoria apocalíptica é apontada por uma das maiores
autoridades mundial em epidemiologia, o professor do instituto Pasteur em Paris, Paul
Reiter. Paul renunciou sua participação no IPCC e ainda teve que acionar judicialmente a
retirada de seu nome dos créditos de colaboradores do IPCC, devido sua discordância com
a teoria. Reconhecido como um dos maiores especialistas em malária e outras
enfermidades transmitidas por insetos, Reiter relata que os mosquitos não são
especificamente tropicais, pois são extremamente abundantes no Ártico, e que a maior
epidemia de malária ocorreu na União Soviética nos anos 20 que resultou em 600.000
mortes aproximadamente. Esta epidemia se alastrou até o Ártico alcançando ao redor de
10.000 mortes, o que prova que a malária não é uma doença tropical.
37
O IPCC alega que as espécies transmissoras da malária, não sobrevivem em
temperaturas abaixo de 16 Cº, e alerta que com o aquecimento global, a doença pode
migrar para o norte. Paul Reiter acusa esta informação de ser falsa, criticando a falta de
menção da literatura científica feita por especialistas nesses campos.
Analisando o contexto científico em suas diferentes matérias e especialidades,
encontram-se sérias discordâncias em afirmar com precisão, que a causa do aquecimento
global é devido ao aumento de emissões de GEE antropogênicos.
4.7 Controladores climáticos.
Em ordem de importância os controladores climáticos são, o Sol, os oceanos, o
albedo planetário e o efeito estufa. Porém o clima é um tema muito complexo, envolvendo
fatores internos como quantidade de precipitação, tempestades, geadas, nevoeiros,
velocidade e direção do vento, tipo de nuvens, pressão atmosférica.
4.7.1 O Sol.
O Sol é a fonte primária de energia do planeta Terra, ele que determina as estações
do ano, por isso deve ser dada a principal importância como controlador climático. No final
dos anos 80, o astrofísico britânico Piers Corbyn decidiu tentar uma nova maneira de
prognosticar o tempo. A técnica de Corbyn produziu resultados consistentemente mais
precisos do que os da Oficina Meteorológica Oficial e foi consagrado na imprensa
internacional como o “Super-Homem do tempo”. O segredo de seu êxito foi o Sol. Corbyn,
diretor do Weather Action, uma empresa que vende suas previsões, declarou que a origem
de sua técnica solar para prever o tempo a longo prazo, provinha do estudo das manchas
solares e seu desejo de predizê-las. Molion também é um dos defensores que as atividades
solares devem ser o primeiro aspecto a ser observado quando se fala em controlador
climático.
4.7.2 Oceanos.
Cerca de 71% da superfície do Planeta Terra é constituída de água, sendo 97%
água dos oceanos. Por este grande percentual, deve ser dada a maior importância como
fator interno, a capacidade dos oceanos de transportar calor através das correntes
marítimas. O professor Molion ressalta que dessa camada oceânica, 35% é ocupada pelo
Oceano Pacífico. “Como a atmosfera é aquecida por debaixo, os oceanos constituem a
condição de contorno inferior mais importante para a atmosfera e para o clima global.”
38
(Molion 2008). Convém ressaltar a percepção de Molion durante o resfriamento global entre
1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, e coincide com a fase fria da ODP. O professor
Luiz Carlos também reparou que no período entre 1977-1998 onde houve um aquecimento
global, foi justamente na fase fria da ODP.
4.7.3 Albedo planetário.
O albedo planetário, que é a parte da radiação refletida pela superfície e atmosfera
para o espaço, é um considerável controlador climático, pois ele controla a quantidade de
radiação que entra na Terra. Cerca de 30% da radiação solar que atravessa a atmosfera, é
refletida de volta para o espaço por nuvens, moléculas do ar, pela superfície terrestre e
marítima e aerossóis emitidos a atmosfera. A cobertura de nuvens é a principal moduladora
do albedo planetário, visto que elas cobrem diariamente de 50% a 55% da superfície da
Terra. Portanto é evidente que as nuvens mais baixas do tipo cumulonimbo, são importantes
controladores climáticos. Já as nuvens na alta troposfera, tipo cirro, não possuem a mesma
característica, pois permitem a passagem de ROC, porém, absorvem a ROL que escaparia
para o espaço, intensificando o efeito estufa. Outro controlador indireto do clima global, são
as erupções vulcânicas. A imensa quantidade de aerossóis liberados na estratosfera por
uma erupção vulcânica, tem a capacidade de aumentar o albedo planetário de forma que
impacte num resfriamento global.
Então, a relação do albedo planetário com a temperatura, é que quanto maior o
albedo, menos radiação vai penetrar na atmosfera para aquecer a superfície, logo a
temperatura tende a cair devido a reflexão da fonte de calor primária.
4.7.4 Efeito estufa.
O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, sendo primordial para a
manutenção de temperatura na Terra, mantendo a temperatura média do ar na superfície,
cerca de 15 Cº. É o efeito essencial para manter a vida na Terra. Porém, infelizmente é
tratado pela maioria de artigos jornalísticos, revistas e textos paradidáticos, como um efeito
maléfico.
No trabalho realizado por Maria Emília Rehder e Américo Kerr, do instituto de física
da USP, publicado no Caderno Brasileiro de Ensino de Física em 2004, foi feito uma análise
do efeito estufa em textos paradidáticos e periódicos jornalísticos analisando os seguintes
critérios:
39
a) se a apresentação do Efeito Estufa foi feita como algo maléfico,misturando o
que é o efeito principal com as suas possíveis alterações;
b) se houve ou não diferenciação entre o que é a contribuição do vapor de água,
dióxido de carbono e outros gases para o efeito principal e em suas alterações;
c) se o tratamento de hipóteses foi como algo definitivo, apresentando-as de
forma taxativa;
d) se houve ou não discussão quanto às incertezas nas mudanças do Efeito
Estufa e nas correspondentes projeções de conseqüências.
(Xavier, M. E. R. e Ker, A. S. 2004).
Nesta análise, percebe-se a falta de conhecimento científico, em classificar o efeito
estufa como algo catastrófico. Em 26 artigos periódicos observados, em 21 deles, o CO2 é
citado como o principal GEE, sendo o vapor d’água o principal, devido a sua concentração
atmosférica e potencial de estufa, conforme Tabela 2. Os artigos mais coerentes são
redigidos ou acompanhados por cientistas. Os livros paradidáticos tendem a ser mais
coerentes ao tratarem do tema devido a estes serem dedicados ao ensino.
Gás Concentração (ppm) Aquecimento Estufa (W.m
-2
)
Vapor d’água (H2O) ~3000 ~100
Dióxido de carbono (CO2) 345 ~50
Metano (CH4) 1.7 1.7
Óxido nitroso (N2O) 0.30 1.3
Ozônio troposférico (O3) 10 – 100 X 10-3
1.3
CFC 11 0.22 X 10-3
0.06
CFC12 0.38 X 10-3
0.12
Tabela 2: Concentração e potencial dos GEE. Fonte: Mitchell, 1989.
Já o professor Luiz Carlos Molion, declara que a forma como o efeito estufa é
abordado nos livros de meteorologia, é questionável, pois desafia as leis da termodinâmica.
Ao medir a emissão de IV pela Terra para o espaço exterior com sensores a
bordo de plataformas espaciais, encontra-se uma temperatura equivalente de corpo
negro igual a 255K (18°C negativos) pela Lei de Stefan-Boltzmann. A temperatura média
do ar à superfície é cerca de 288K (15°C). Aí, é dito que “o efeito-estufa aumenta de
33°C (diferença entre 288 e 255) a temperatura na Terra e, se ele não existisse, a
temperatura de superfície seria 18°C negativos”! Essa afirmação é falsa. Se não
existisse atmosfera, não existiriam nuvens, que são responsáveis pela metade do albedo
planetário. Portanto, a ausência de nuvens permitiria maior entrada de radiação solar e a
temperatura da superfície seria 5ºC negativos (e não 18°C negativos), temperatura
normalmente alcançada em muitas partes do planeta quando da ocorrência de uma era
glacial. (Molion, 2010).
40
A equação usada para calcular a temperatura que a Terra teria se não houvesse
efeito estufa, não leva em consideração, que se não existisse atmosfera, não existiriam
nuvens, gerando um resultado distorcido do cálculo em 13 Cº.
Outra contra argumentação de Molion é a re emissão da radiação IV pelos GEE:
O processo de absorção e emissão de IV pelos GEE, que é o fundamento do
efeito-estufa, também é questionável. A Lei de Kirchhoff afirma que a absorvidade de um
corpo é igual à sua emissividade num dado comprimento de onda, mas só é válida para
corpos em equilíbrio térmico (radiação de cavidade), condição não satisfeita pelos gases
atmosféricos que estão sempre se aquecendo ou se resfriando. Ou seja, o fato de o CO2
ser bom absorvedor não garante que ele seja bom emissor num dado comprimento de
onda. (Molion, 2010).
Certamente essa explicação que os gases reemitem radiação IV na mesma
intensidade que a absorvem, fere as leis da Termodinâmica, por que o calor não flui do
corpo frio (CO2 no ar), para um corpo quente (superfície). “É mais aceitável, portanto, que as
temperaturas próximas da superfície sejam elevadas devido ao contato do ar com a
superfície quente” (Molion, 2010). Portanto o efeito atmosférico mais considerável para o
aquecimento do ar próximo à superfície é o de condução e convecção. Por estes fatos, nota-
se a colocação do efeito estufa em último lugar no grau de importância, referente aos
controladores climáticos.
4.8 A Política do Aquecimento global.
Depois dos trabalhos científicos de Callendar e Keeling, sobre a relação do CO2 e a
temperatura atmosférica publicados na literatura em 1938 e 1958 respectivamente, apenas
em 1974 foi posto na mídia, por Bert Bolin, sem a menor credibilidade, devido ao clima frio
que estava na época. Porém, com o aquecimento a partir de 1977 (Figura 1), a politização
do assunto, teria começado no final dos anos 70 por Margareth Thatcher, quando
disponibilizou recursos à Royal Society para a criação de modelos climáticos, que
associassem o CO2 com a temperatura global, e isto foi feito. O assunto só ganhou ênfase
no discurso de James Hansen ao Congresso de Mudanças Climáticas em 1988.
Com a criação do IPCC em 1988, que é um órgão governamental, no começo dos
anos 90, o aquecimento global deixou de ser uma passagem periódica pelo período
interglacial, e se transformou em uma campanha política fundada pela teoria que o homem é
o principal culpado pelas mudanças climáticas em nível global. Desde então passou a atrair
a atenção da mídia, que repassava estas consequências caóticas, sem mostrar que foram
em sua maioria, questionadas por cientistas considerados no assunto.
41
Cientistas relatam que antes da época de Bush (pai), os fundos para pesquisas
relacionadas com o clima era cera de 170 milhões de dólares por ano. A partir da gestão de
Bush, este recurso saltou para U$ 2 bilhões por ano e foi aumentando com o tempo. A
crítica é que estes recursos eram disponibilizados exclusivamente para pesquisas que
tratassem do aquecimento global.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, a ECO 92, foi criada a CQNUMC, que estabeleceu conferências
periódicas entre as autoridades mundiais para a discussão de ações, que resultem numa
solução para as consequências do aquecimento global causado pelo homem. Estas
conferências foram denominadas COP, e tiveram início em 1995 na cidade de Berlim,
capital da Alemanha.
Na COP 3, realizada em Quioto, Japão, foi criado o Protocolo de Quioto,
documento este, que estabeleceu um limite de emissões de GEE para os países
industrializados, que o assinassem e ratificassem. Hoje o Protocolo conta com 193 Partes
no total. O percentual total de emissões das Partes do Anexo I é de 63,7%.
O Protocolo de Quioto deu base para a criação do Mercado de Carbono, que
movimentou já no seu primeiro ano de atuação (2005), U$ 11 Bilhões, atingindo seu pico
máximo de U$ 143,7 Bilhões em 2009 (Tabela 1). Cientistas não são especialistas em criar
Metamercados, pois empenham seu trabalho em descobrir e criar tecnologias que venham a
ser usadas para o bem da humanidade. É bem provável então, que este mercado tenha sido
criado pela parte política do comitê, e políticos, visam lucro. Os dados da Tabela 1 deixa
evidente o quão lucrativo é este mercado.
O vídeo protagonizado por Al Gore em 2006 “Uma verdade inconveniente”, além de
levar o Oscar de melhor documentário, contribuiu para que ele ganhasse metade do prêmio
Nobel da Paz em 2007, que foi dividido entre ele e o IPCC, presidido pelo indiano Rajendra
Pachauri. O comitê Nobel, usou como parâmetro, os esforços de ambos para a divulgação e
construção de um maior conhecimento popular sobre a mudança climática causada pelo
homem e por divulgar as soluções necessárias para esta crise.
42
5. Considerações finais.
5.1 Aspectos científicos.
Diante de todos os fatos e evidências, é complicado afirmar com a intensidade que
se é afirmada, que os GEE antropogênicos são a causa do aquecimento global. É mais
conveniente dizer que o homem não tem a mínima parcela de culpa pelo aquecimento
global. Isto não quer dizer que o homem não tem o potencial de destruir a natureza, ao
contrário, a raça humana tem grande poder de degradação de ecossistemas, pela
urbanização, industrialização e uso inadequado dos recursos naturais, mas no que se refere
ao aquecimento global, sua parcela é mínima ou nula. Este potencial antrópico de
destruição da natureza, não é negado por nenhum cientista.
Desde 1909 ficou provado, que a função do vidro em uma estufa, é de aprisionar o
ar dentro dela mantendo-o quente, e não de refletir a radiação resultada da transformação
do comprimento de onda.
O fenômeno de condução e convecção de calor, é uma explicação mais aceitável
do que o efeito estufa para o aquecimento do ar próximo a superfície, pois se fosse pelo
efeito estufa, a temperatura deveria subir até o limite da alta troposfera, e isto não acontece
conforme observado nas medições de satélite.
Influências de alguns fenômenos sobre a variação de temperatura global já são
comprovados cientificamente como o El Niño que causa um aumento de temperatura na
baixa troposfera e a La Niña que causa um resfriamento de temperatura. Oceanos são a
maior reserva do CO2 atmosférico, pois quando resfriam sua superfície, absorvem CO2, do
mesmo modo quando se esquenta a superfície do oceano, ele tende a liberar CO2.
A presença de alguns tipos de nuvens tendem a controlar a radiação entrante na
Terra amenizando o clima. Estas nuvens do tipo kumulus, constituem boa parte do albedo
planetário, que é um controlador climático comprovado cientificamente.
Erupções vulcânicas também já foram estudadas e descobertas as suas
características de reduzir a temperatura global devido a emissão da grande quantidade de
partículas de aerossóis na estratosfera.
O efeito estufa também é um fator que influencia a temperatura global, porém não
existem fundamentos científicos comprovados, que os GEE são os causadores do
aquecimento global.
43
A ameaça dos países baixos serem submersos pelos mares, está relacionado a
expansão térmica dos oceanos e nada tem a ver com o derretimento das geleiras. A
expansão térmica dos oceanos é um fenômeno da ordem de séculos e até milênios. As
calotas polares mostram uma expansão e contração natural do gelo marítimo desde 1990
quando as medições por satélite começaram. Noticiários mostram com frequência o gelo
caindo da borda do Ártico, mas não dizem que é um aquecimento normal naquela região
que ocorre todo início de primavera.
As mudanças climáticas sempre aconteceram desde a formação do planeta. Ao
longo da história da Terra, existiram períodos muito mais quentes e muito mais frios do que
o período atual (Figura 2), essas mudanças aconteceram sem nenhuma ajuda ou
intervenção humana. No século 14, há registros de que a Europa ocidental entrou em uma
Pequena Era do Gelo. Quadros, gravuras e ilustrações antigas, mostram o rio Tâmisa
(Londres), congelado durante o inverno. Retrocedendo 8.000 anos, encontram-se períodos
mais quentes do que os atuais, conhecido pelos geólogos como “O Máximo do Holoceno”,
quando as temperaturas foram em torno de 2 Cº mais altas do que são hoje. Este período
durou por mais de três milênios e não foi capaz de extinguir os ursos polares.
A maior parte do aumento da temperatura do século passado ocorreu antes de
1940, período em que a produção industrial era insignificante, e as emissões antrópicas de
GEE não correspondiam a 10% as de hoje. Depois da segunda guerra mundial, aconteceu
uma expansão global da atividade industrial conhecida pelos historiadores como “Boom
Econômico Pós Guerra”. Pela teoria do aquecimento global, a temperatura nesta época
deveria ter continuado a subir, atribuído ao aumento em larga escala das atividades
industriais, porém, o que aconteceu de fato, foi uma queda na temperatura mundial por
quatro décadas, que voltou a subir, paradoxalmente, na época da recessão econômica
mundial dos anos 70. Essa queda de temperatura não foi explicada pelo IPCC.
Uma das consequências do aquecimento global citada pelo IPCC, é a intensificação
de fenômenos como tempestades tropicais, ciclones, secas, causando consequências
drásticas como inundações urbanas e proliferação de doenças. Este argumento contradiz os
livros de meteorologia que definem como a principal causa dos fenômenos meteorológicos,
a diferenciação de temperatura entre os trópicos e o pólo. Num mundo mais quente, esta
diferença seria menor, logo, haveria menos tormentas. Outra séria consequência apontada
pelo IPCC, é o aumento de casos de doenças transmissíveis por insetos e a migração da
malária para o hemisfério norte, sendo que a maior epidemia da malária aconteceu na União
Soviética no século 20.
44
O critério usado pelo IPCC para dar maior importância ao dióxido de carbônico para
o aquecimento global, é devido o CO2 ser o principal responsável pela intensificação do
efeito estufa. Este critério é muito abstrato, pois não existem meios de provar que o aumento
da concentração de CO2 atmosférico é devido a emissão antrópica de GEE. O CO2 é um
gás natural da atmosfera, liberado por todos os seres vivos, vulcões e oceanos, constituindo
um percentual mínimo, as emissões antrópicas. Utilizando um critério mais concreto, o vapor
d’água é o gás mais importante para o efeito estufa, pois sua concentração atmosférica é
cem vezes maior do que o dióxido de carbono e seu potencial de estufa é duas vezes maior
(Tabela 2).
As mudanças climáticas são atribuídas por vários fatores como incidência da
radiação solar principalmente, o albedo planetário, erupções vulcânicas, o transporte de
calor pelos oceanos e o efeito estufa. Então são muitos fatores que podem agir em conjunto
ou isoladamente e em diferentes espaços de tempo para causar uma alteração climática,
por isso, é imprudência atribuir a um único fator, a culpa para o aquecimento global.
5.2 Aspectos políticos.
A politização do assunto começou no final dos anos 70, quando Margareth Thatcher
com o objetivo de desenvolver energia nuclear, financiou pesquisas para associar a emissão
de CO2 proveniente de combustíveis fósseis com o aquecimento global. As pesquisas já
partiram com um pressuposto de que emissões antrópicas de GEE causassem o
aquecimento global, e parecem terem ignorado muitas teorias físicas e meteorológicas para
chegar a uma conclusão positiva. Foram financiadas para isto, acusar o CO2 antrópico de
causar o aquecimento global, e consequentemente culpar as indústrias consumidoras de
combustíveis fósseis.
Já em 1981 a teoria do aquecimento global, foi apresentada na literatura por James
Hansen e colaboradores, e recursos começaram a ser destinados para pesquisas
específicas no assunto. Em 1988 com a criação de um órgão intergovernamental, o IPCC, o
assunto ganhou repercussão mundial atraindo a atenção da mídia, que desde então, passou
a divulgar notícias cada vez mais distorcidas da visão científica. Notícias cada vez mais
catastróficas em evidencia, e cientistas respeitáveis, abafados pela mídia e oprimidos pelos
órgãos do governo.
Uma nova geração de jornalismo foi criada, o jornalista ambiental, porém, no amplo
contexto do meio ambiente, o sensacionalismo caiu sobre o assunto das mudanças
climáticas, com previsões exageradas, incertas e apocalípticas. Cientistas que se opõem a
45
estas teorias, não aparecem, e quando isto ocorre, ganham muito pouco destaque e
credibilidade. Parece que a mídia generalizou uma formação de opinião, desrespeitando a
efemeridade do conhecimento científico, e estabeleceu uma parceria com o governo que
tem seus interesses políticos.
Os órgãos governamentais mundiais, desde os anos 90, analisam qualquer petição
de fundos para pesquisas científicas cuidadosamente, e liberam os recursos, se a pesquisa
obedecer ao critério de ser destinada a qualquer assunto relacionado ao aquecimento
global. Esta atitude dos governos está esmagando o espaço dos cientistas que tem as
provas nas mãos, de que o aquecimento global é dado por causas naturais, e o homem não
tem culpa sobre ele. O próprio senhor Molion já declarou ter sido prejudicado por este
sistema em entrevista para revista ISTO É em 2007. “Eu tinha US$ 50 mil que o Programa
das Nações Unidas havia repassado para fazer uma pesquisa na Amazônia e esse dinheiro
foi cancelado”. (ISTO É, 2007).
Para o PNUMA tomar essa atitude opressora com o professor Molion, é evidente
que estava defendendo interesses políticos. O PNUMA e o IPCC pertencem à ONU, que é
um órgão político e são representados por pessoas escolhidas para defender os interesses
dos seus governos. Muitos outros cientistas, de vários países, que são contra esta “teoria
política do aquecimento global”, relatam sofrerem a mesma opressão quando solicitam
verbas para pesquisas de relevância científica. Esta tática do sistema fere totalmente a ética
científica, que trabalha sempre visando o bem para a humanidade. Isto é um ditadura
tecnológica.
A partir de 1995 acontecem as Conferências entre as Partes, que em seu terceiro
ano 1997, elaborou o Protocolo de Quioto, que deu base para o início do Mercado de
Carbono. O Mercado de Carbono, é uma metamercado bilionário, e não foi criado por acaso,
surgiu a partir de uma necessidade criada pelos órgãos competentes, tendo em vista que as
emissões de GEE não influenciam no aquecimento global. Necessidade esta, criada de
forma semelhante como fazem os profissionais de marketing, que criam tendências de
mercado visando lucro.
O objetivo declarado do Protocolo de Quioto foi de estabelecer limites de emissão
de GEE, que são diferenciados entre as Partes levando em conta o grau de poluição
emitida. Deveria então cada Parte cumprir a sua meta, sem estes mecanismos de
flexibilização, pois o país que polui o meio ambiente, vai sofrer os danos ambientais locais,
independente de ter alcançado sua meta de redução comprando RCE.
46
Essas políticas de prevenção do aquecimento global, causam um efeito desastroso
às pessoas mais pobres do mundo. Campanhas ambientalistas falam dos riscos de usar
combustíveis fósseis, mas nunca falam dos seus benefícios. O princípio da prevenção,
neste caso, tira totalmente o foco da solidariedade de estabelecer maneiras de fazer chegar
energia elétrica para um terço da população mundial que é desprovida deste recurso, que é
o princípio básico para uma vida digna e saudável.
Sabendo que 80% da matriz energética mundial é derivada dos combustíveis
fósseis, e tendo em vista que o petróleo é um produto escasso e limitado, os países
industrializados preocupam-se com sua estabilidade energética, e impuseram através de um
protocolo, a redução de emissões. Representantes dos países pobres africanos, declaram
que este protocolo está afetando o seu desenvolvimento, junto com movimentos
ambientalistas fazendo a campanha de uso de energia eólica e elétrica, que não produz
energia suficiente para atender a demanda africana, continente com maior índice de
pobreza do mundo.
Analisando no ponto de vista que as reservas atuais de petróleo são suficientes
para os próximos 40 anos, o que há claramente não é uma crise climática, e sim uma crise
energética.
Escândalos criminosos no Mercado de Carbono, começaram a emergir desde 2009
quando empresas tentaram sonegar impostos na venda de RCE para o EU ETS acarretando
em um prejuízo de € 5 bilhões, e não pararam por aí. Em 2010 outra fraude aconteceu no
Mercado, quando empresas chinesas praticaram o que no Brasil é qualificado como
estelionato de primeiro grau. Produziram deliberadamente o HFC-23, com potencial de
estufa 11 mil vezes maior do que o CO2, para depois destruí-lo, obtendo assim, créditos de
carbono de forma corrupta. Esta fraude contabilizou um prejuízo de € 40 bilhões ao Mercado
de Carbono, e resultou na proibição da liberação de RCE para mitigação de HFC-23.
A Política Nacional sobre Mudança do Clima, que foi regulamentada em 2009,
surgiu acompanhando a visão unilateral que as mudanças climáticas são causadas por
interação humana com o meio ambiente. Esta lei (12.187/99) fala sobre a mitigação da
mudança do clima, que do ponto de vista científico é impossível as mãos do homem, e
estimula a criação do MBRE que já está legalizado.
47
5.3 A farsa do aquecimento global.
O clima da Terra é controlado por inúmeros fatores, internos, solares até extra
galácticos, e afirmar que o dióxido de carbono controla o clima terrestre, é a maior farsa no
contexto do aquecimento global, e esta notícia ainda é divulgada disparadamente pela
grande mídia. Os proprietários dos meios de comunicação conseguiram enraizar firmemente
a teoria do aquecimento global causado pelo homem, de forma que as vozes da oposição
são severamente silenciadas, não importando o quão forte seja a prova contrária.
Com toda a atenção voltada para o CO2, perde-se o foco dos reais problemas que
estas mesmas indústrias causam, as automotivas por exemplo, liberam o monóxido de
carbono que é um gás muito mais venenoso do que o dióxido de carbono podendo levar a
morte de um indivíduo que tenha mais de 50% de CO no sistema sanguíneo.
Os óxidos de enxofre que são os causadores da chuva ácida, são esquecidos com
essa histeria de aquecimento global, mesmo tendo grande participação em mudanças
climáticas que são realmente causadas pelo homem, pois é difícil a ocorrência de chuva
ácida natural.
Recursos para o desenvolvimento de pesquisas e estratégias de reduzir a emissão
de monóxido de carbono, dióxidos de enxofre e materiais particulados lançados por
indústrias de carvão mineral, que causam sérias doenças respiratórias, são
diplomaticamente desviados para as pesquisas que tratam do aquecimento global.
Previsões meteorológicas de longo prazo são totalmente ineficazes, não existindo
equipamentos nem tecnologia atuais que preveja o tempo com precisão por mais de cinco
dias, então estas previsões caóticas, são pura propaganda jornalística sem fundamentos
científicos.
As instituições de ensino devem rever o conceito de efeito estufa e a atenção dada
ao aquecimento global, pois muitas estão seguindo os passos da ilusão cinematográfica, e
repassando tais informações apocalípticas a respeito das mudanças climáticas, distorcendo
a formação intelectual dos alunos.
Que este trabalho sirva de alerta, pois é sério e apresenta evidências de grande
relevância científica.
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A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

  • 1. 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA – UNICARIOCA BRUNO LOURENÇO FICO TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL Rio de Janeiro 2011
  • 2. 2 BRUNO LOURENÇO FICO TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em Gestão Ambiental. Orientadora: Profa. Lilian Calazans Costa Rio de Janeiro 2011
  • 3. 3 BRUNO LOURENÇO FICO TEORIAS CONTRADITÓRIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em Gestão Ambiental. Aprovado em 2011 Banca Examinadora ___________________________________________________________________ Profa . Lilian Calazans Costa – Orientadora Centro Universitário Carioca ___________________________________________________________________ Profa . Sara Camacho – Coordenadora Centro Universitário Carioca
  • 4. 4 Aos familiares, professores, cientistas e amigos que me auxiliaram a vencer esta jornada.
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS A Professora Sara Camacho por todo incentivo, ao Professor Bruno pelo carisma, Professora Lilian Calazans pela orientação, Professor Mineiro e Djalme pelo diferencial, Professora Isabela pelo conceito. Agradeço ao Pedro Ururahy pela competência, Rosa Lídice pela ética, Professor Mauro Miranda e Professor Leonardo pela visão política, Professor Luiz Alfredo pela filosofia, Professor Antonio José pela dinâmica e a todos os professores que me educaram e ensinaram durante minha vida docente. Também quero agradecer aos cientistas John Christy e Carl Wunsch por me atenderem com muita atenção e contribuíram com dados e informações de suma importância para conclusão deste trabalho, ao Professor Geraldo Lino e Luiz Carlos Molion que são referência em meteorologia no Brasil e me ajudaram com alguns artigos. Quero agradecer também aos meus colegas acadêmicos por todos os momentos de estudo, ação e descontração que vivemos juntos e minha família pelo incentivo.
  • 6. 6 Contradições do Aquecimento Global Resumo Este trabalho é uma análise científica e aprofundada da matéria Efeito Estufa e suas relações com o aquecimento global, que vem sendo tratada pela mídia jornalística de forma sensacionalista, catastrófica e abordada nos centros de ensino de forma unilateral não explanando as incertezas científicas no que diz respeito ao aumento de emissões de gases de efeito estufa e suas consequências ao meio ambiente. Para isto foram analisadas, teorias, experiências e resultados de cientistas contemporâneos, brasileiros e estrangeiros que contradizem e mostram tamanha distorção do fato de que os gases de efeito estufa produzidos pelo homem são os agentes causadores do aquecimento global. Também foram analisados os interesses políticos das reduções de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e o movimento do Metamercado de carbono. Palavras chave: Aquecimento Global, Efeito Estufa, Créditos de Carbono, Protocolo de Quioto. Abstract This work is a thorough scientific analysis of the matter Greenhouse gases and its relationship to Global Warming, which has been treated by the news media in a sensationalist, catastrophic and addressed in education establishments unilaterally, not explaining the scientific uncertainties regarding to increase emissions of greenhouse gases and its consequences to the environment. For this were reviewed theories, experiences and results of contemporary scientists, Brazilians and foreigners who contradict and show such distortion of the facts that the anthropogenic greenhouses gases are the causative agents of Global Warming. It was also analyze the political interests of greenhouse gases GHG emission reductions and the movement of the Carbon Met market. Keywords: Global Warming, Greenhouse Effect, Carbon Credits, Kyoto Protocol.
  • 7. 7 Lista de Siglas e Abreviaturas CFC Clorofluorcarbonetos COP Conference On Parts (Conferencia entre as Partes) CQNUMC Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, sigla traduzida da UNFCCC ENOS El Niño Oscilação Sul EU ETS Europe Union Emission Trade Scheme (esquema de comércio de emissões da união europeia). GEE Gases de efeito estufa GISS Goddard Institute for Space Studies ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. IPCC Intergovernmental Panel On Climate Change IV Infravermelho MBRE Mercado Brasileiro de Redução de emissões MCT Ministério da Ciência e tecnologia MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo NASA National Aeronautics and Space Administration NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration ODP Oscilação Decadal do Pacífico OMM Organização Meteorológica Mundial ONU Organizações das Nações Unidas PNMC Política Nacional sobre Mudança do Clima PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente RCE Redução Certificada de Emissão (créditos de carbono). ROC Radiação de Ondas Curtas ROL Radiação de Ondas Longas TSM Temperatura da Superficie do Mar UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change UV Ultra Violeta
  • 8. 8 Sumário Capítulo 1 Introdução........................................................................................................... 11 Capítulo 2 Metodologia Análise bibliográfica, histórica e científica. Joseph Fourier................................................................................................... 13 John Tyndall ...................................................................................................... 13 Robert Wood………………………………………………………………………….. 13 Guy Callendar e David Keeling……………………………………………………. 14 James Lovelock ……………………………………………………………………... 14 John Christy …………………………………………………………………………. 14 Roy Spencer ...................................................................................................... 15 Carl Wunsch ………………………………………………………………………..... 15 James Hansen ................................................................................................... 15 Luiz Carlos Molion ............................................................................................. 16 IPCC ..................................................................................................................... 16 Capítulo 3 Resultados Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa. .................................................. 17 John Tyndall, outro grande contribuidor. ....................................................... 18 Wood, o primeiro contestador da teoria. ......................................................... 18 Precursores da teoria do aquecimento global. ............................................... 18 Gaia a Terra viva. ................................................................................................ 19
  • 9. 9 Contestadores da teoria do aquecimento global. Contestações de John Christy e Roy Spencer. ............................................ 19 Contestações de Luiz Molion. ......................................................................... 21 Entendendo o efeito estufa. .............................................................................. 24 Aquecimento Global na Mídia. .......................................................................... 25 Criação do IPCC. .............................................................................................. 25 COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto. ............................... 26 O Mercado de Carbono. .................................................................................. 28 Política Nacional sobre Mudança do Clima. ................................................. 29 Politização do assunto. ................................................................................... 30 Capítulo 4 Discutindo os resultados. Resultados de Fourier. ................................................................................... 32 Tyndall e sua contribuição. ............................................................................ 32 Robert Wood fez a dúvida virar certeza. ....................................................... 33 A base do aquecimento global. ..................................................................... 33 O estado febril do planeta Terra. .................................................................. 34 As contradições da teoria. ............................................................................. 35 Controladores climáticos. .............................................................................. 37 O Sol. .............................................................................................................. 37 Oceanos. ........................................................................................................ 37 Albedo planetário. ......................................................................................... 38 Efeito estufa. .................................................................................................. 38 A Política do Aquecimento global. ................................................................. 40 Capítulo 5 Considerações finais. Aspectos científicos. ....................................................................................... 42
  • 10. 10 Aspectos políticos. .......................................................................................... 44 A farsa do aquecimento global. ...................................................................... 47 Capítulo 6 Referências Bibliográficas................................................................................ 48
  • 11. 11 1. Introdução Questões ambientais, tem sido de grande relevância nos últimos tempos, porém tratada pela grande mídia de forma manipulativa e indutiva, como o derretimento das geleiras, por exemplo, ou associações de grandes cataclismas, com atividades humanas. As calotas polares já derreteram algumas vezes no decorrer dos milênios e grandes catástrofes já ocorreram muito antes das intervenções humanas. O objetivo deste trabalho é divulgar a análise crítica científica sobre o tema efeito estufa e aquecimento global e disseminar esta informação para a maior quantidade possível de pessoas sejam leigos ou estudantes, utilizando quaisquer recursos e meios necessários. O Aquecimento Global é um dos temas ambientais mais abordados hoje em dia, e com isso, o Efeito Estufa acaba se tornando o vilão desta história, devido à falta de crítica científica, pois na verdade ele é um fenômeno natural da Terra. O efeito estufa foi mencionado pela primeira vez na literatura pelo físico francês Joseph Fourier em 1824, e depois pelo físico britânico John Tyndall em 1872 que relatou sobre o vapor d’água, CO2 e seus potenciais de absorção e condução da radiação, porém questionado desde 1909 pelo físico Robert W. Woods que foi um colaborador da física da radiação, óptica e astrofísica. No Brasil, o profissional de referência é o professor Luiz Carlos Molion com mais de quarenta anos de experiência em meteorologia e afirma que possivelmente já estamos caminhando para uma era glacial. O professor John Christy, americano, recebeu prêmios da NASA em 1991 e da sociedade americana de meteorologia em 1996, autor principal do relatório de 2001 do IPCC (Intergovernment Panel on Climate Change). Christy rejeita a ideia de que GEE produzidos pelo homem são a causa do aquecimento global. A população recebe e aceita com grande facilidade, informações muitas vezes equivocadas, da mídia, que tem forte poder de manipular a formação de opinião, causando distorções conceituais que prejudicam o crescimento intelectual de todo o país. Serão analisados dados históricos, científicos e bibliográficos do assunto, para que se possa entender como James Hansen da NASA afirmou em 1988 (o ano que foi criado o IPCC) que o aquecimento global era devido ao aumento da concentração de GEEs
  • 12. 12 liberados pelo homem por queima de combustíveis fósseis, dando início então a histeria global. O dióxido de carbono virou uma mercadoria na bolsa de valores, desde 2005 quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, apesar de ter sido aberto para assinaturas em Março de 1998, após a terceira Conferência entre as Partes (COP 3), em Quioto, Japão. Desde então, o mercado de carbono passou a movimentar bilhões de dólares alcançando a margem de US$ 143 Bilhões em valores negociados durante 2009 segundo o relatório do Banco Mundial "State and Trends of the Carbon Market 2010". O investimento direto em projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) (projetos para a redução de emissão de gases de efeito estufa) atingiu US$ 2,7 bilhões no ano de 2009 em meio a toda crise financeira mundial, alcançando as proporções de um Metamercado. O Protocolo de Quioto também definiu limite de emissões, que porém, não estão sendo cumpridos. Será analisada a evolução histórica do assunto, estudos dos cientistas mais considerados do mundo que apontam de maneira muito coerente, sérias contradições sobre as causas e consequências do aquecimento global. A Terra já apresentou concentração de gás carbônico superior a de hoje e nem por isso era mais quente, e já aconteceram diversas catástrofes ambientais que mataram milhares de pessoas pelo mundo muito antes da época da industrialização. Em conclusão será observado o motivo da massificação da informação sendo transmitida de forma unilateral, que pode ser por interesses políticos, e a possível real causa das alterações climáticas e quais os fatores que controlam o clima.
  • 13. 13 2. Metodologia Análise bibliográfica, histórica e científica. 2.1 Joseph Fourier Como o assunto efeito estufa é muito pouco explicado nos livros de ciência, será feita uma revisão bibliográfica desde os primeiros homens a descreverem ou proporem que a atmosfera terrestre funciona de forma a reter o calor proveniente da inserção periódica de raios solares. Jean Baptiste Joseph Fourier (1768 -1830), matemático e físico francês que ao desenvolver a Teoria Analítica do calor em 1822, acabou deixando contribuições muito importantes para a matemática, observando funções descontínuas e resolvendo equações que são ensinadas até hoje aos estudantes. Fourier também é considerado como o primeiro a relatar sobre o efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824. 2.2 John Tyndall John Tyndall (1820 - 1893), físico irlandês, realizou pesquisas significativas sobre a radiação térmica e conseguiu produzir uma série de descobertas dos processos atmosféricos. Tyndall foi um grande contribuidor para a teoria do efeito estufa, pois observou o potencial de absorção de raios infravermelhos de moléculas de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água. Sua obra mais importante neste assunto, foi publicada em 1872, intitulada “Contributions to Molecular Physics in the domain of Radiant Heat” (Contribuições para à Física Molecular sobre a Radiação Térmica). 2.3 Robert Wood O físico e inventor americano Robert Williams Wood (1868 – 1955), foi o primeiro contestador da teoria do efeito estufa, comprovadamente, com o artigo publicado no volume 17 da Philosophical Magazine em 1909 intitulado “Note on the Theory of the greenhouse” (Nota sobre a teoria de estufa). Wood apresentou a experiência por ele realizada, construindo dois tipos de estufa, uma de vidro e a outra de quartzo, que não absorve radiação infravermelha. Analisando que a temperatura final das duas estufas eram iguais, Wood concluiu que o papel desempenhado pelo vidro foi a prevenção da fuga do ar quente
  • 14. 14 aquecido pelo solo dentro do ambiente e não a reemissão de energia térmica pelas paredes de vidro. 2.4 Guy Callendar e David Keeling Em 1938 Guy Stewart Callendar (1898 – 1964), inventor britânico e engenheiro de máquinas a vapor, escreveu um trabalho, relacionando o aumento de temperatura de 1925 a 1937 à emissão de CO2 das usinas termelétricas devido ao seu aumento de geração de energia. O trabalho foi intitulado “The artificial production of Carbon Dioxide and its influence on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas influencias no clima). Charles David Keeling (1928 – 2005), cientista americano, também foi um dos pioneiros a associar as emissões antrópicas de CO2 ao aceleramento do efeito estufa e possível aquecimento global. Realizou coletas de amostra de dióxido de carbono desde 1958 até 2005 e alertou o mundo para a possibilidade da contribuição antrópica para o efeito estufa. 2.5 James Lovelock James Ephrain Lovelock, é um dos cientistas britânicos mais considerados e muito respeitado no estudo de mudanças climáticas. Foi o inventor do detector de captura de elétrons, que no final dos anos 1960, detectou a presença de CFCs na atmosfera e ficou conhecido pela formulação da Teoria de Gaia em 1974. A Teoria de Gaia postula que a biosfera age de forma inconsciente com um efeito do meio ambiente para uma sustentação das formas de vida existentes. Então, Lovelock chama o Planeta Terra, metaforicamente, de Gaia, comparando o planeta com um organismo vivo que ajusta seu ambiente interno para manter uma condição saudável, controlados por mecanismos de regulação inter- relacionados. 2.6 John Christy O professor John Christy, é um dos meteorologistas mais competentes do mundo, que dedica sua vida para a medição da temperatura da atmosfera da Terra e desenvolvimento de pesquisas. Em 1991 ele recebeu medalha de honra ao mérito da NASA por seus feitos científicos e em 1996, ganhou um prêmio da Sociedade Meteorológica Americana pelos avanços obtidos na capacidade de monitorar o clima. Foi um dos autores principais do relatório de 2001 e contribuidor em 1994, 1995 e 2007 do relatório anual do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).
  • 15. 15 2.7 Roy Spencer O professor Roy W. Spencer, climatologista que realizou em parceria com John Christy, as leituras de satélites sobre a temperatura global, onde publicaram pela Universidade de Alabama em Huntsville, o Relatório de Temperatura Global (Global Temperature Report 1978-2003). Spencer é um dos céticos do aquecimento global por causas antropogênicas, por isso, muito criticado pela sociedade climatologista. 2.8 Carl Wunsch O professor e oceanógrafo Carl Wunsch, é PhD em Geofísica formado no Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) desde 1966, onde leciona oceanografia física desde 1967. Wunsch realiza trabalhos de interpretações climáticas através dos oceanos a partir de 1971. No seu artigo para a revista Nature em 2000, afirma que o oceano é um regulador essencial do clima pela sua capacidade de transportar calor, água e nutrientes. Wunsch escreveu diversas pesquisas sobre correntes marítimas e suas relações com alterações climáticas, uma média de cinco pesquisas por ano desde 2001. Professor Wunsch, entrou na polêmica do aquecimento global de forma constrangedora, pois prestou entrevista para um documentário e alegou que sua discussão foi distorcida pelo contexto. Carl acredita que o aquecimento global se deve a influencias humanas e o documentário “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Farsa do Aquecimento Global) gravado pelo Channel Four de Londres, apresentou uma edição sem mostrar sua opinião, o que fez com que ele publicasse um artigo imediatamente após a transmissão do programa. Wunsch defendeu fundamentalmente que acredita em ações antropogênicas como provável causa do aquecimento global, e que alterações recentes em atividades solares, não tem nenhuma relação com mudanças climáticas. 2.9 James Hansen O senhor James E. Hansen diretor do GISS (Goddard Institute for Space Studies), Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA (National Aeronautics and Space Administration), é Astrônomo, PhD em Física, publicou vários trabalhos sobre a atmosfera do planeta Vênus, no final dos anos 60 e início dos anos 70. Em 1981, Hansen publicou sua primeira análise da temperatura pelo GISS e escreveu um artigo para a revista Science com o título “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide” (Impacto climático do crescimento de dióxido de carbono atmosférico). Neste artigo, Hansen faz um relato de sua análise meteorológica de superfície, enfocando os anos 1880 e 1980 mostrando as
  • 16. 16 concentrações médias de CO2 atmosférico em 1880, de 280 a 300 ppm e em 1980 foi de 335 a 340 ppm. Analisando o aumento de 0,2°C na temperatura global entre meados da década de 60 até a década de 80, o que gerou um aquecimento global de 0,4°C no século passado, Hansen chegou a conclusão de que o dióxido de carbono emitido principalmente por combustíveis fósseis, é a principal causa deste aquecimento. 2.10 Luiz Carlos Molion O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luiz Carlos Baldicero Molion, meteorologista brasileiro, representa os países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Com quarenta anos de experiência em meteorologia, Molion apresenta outros controladores do clima global (radiação solar, erupções vulcânicas, albedo planetário, oceano etc.). Através de uma comparação minuciosa dos gráficos de anomalias da temperatura média global e dos Estados Unidos (Figura 1), percebeu que a década de 30 nos Estados Unidos fora mais quente do que a década de 90. Figura1: Desvios de temperatura média global (esq.) e dos Estados Unidos (dir.) de 1880 a 2000. (GISS / NASA, 2007) 2.11 IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change, (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão criado pela Organização das Nações Unidas ONU em 1988, composto por mais de 2.000 cientistas, com o objetivo de estabelecer diretrizes e soluções para o aquecimento global causado por interferências antrópicas. O IPCC em sua terceira Conferência entre as Partes (COP3), criou o Protocolo de Quioto, documento que dita regras para redução de emissões de GEE.
  • 17. 17 3. Resultados 3.1 Fourier, o pioneiro no assunto efeito estufa. Não há relatos históricos documentais que apontem algum outro pioneiro em descrever como a atmosfera da Terra é aquecida pela ROC em contato com corpos terrestres. Na sua dedicação em estudar as fontes de calor da Terra, descobriu que a atmosfera exerce um efeito de manutenção de calor. O físico francês Fourier descreve em ordem cronológica, as etapas do efeito estufa em sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura do globo terrestre e os espaços planetários) de 1824. Nesta obra, Joseph Fourier relata sobre as três fontes de calor da Terra que são os raios solares, as radiações das inúmeras estrelas ao redor do sistema solar e o calor primitivo (época de formação dos planetas) do interior da Terra. Analisando isoladamente a segunda opção, Fourier concluiu que a temperatura da terra seria menor do que a dos pólos se não existissem as outras duas fontes. A respeito do calor primitivo da terra, que é o calor proveniente desde a época da formação dos planetas, Fourier fala bastante sobre uma teoria que a temperatura da superficial aumenta cerca de um grau celsius para cada 32 metros no sentido vertical em direção para baixo, supondo uma temperatura muito elevada no interior. Porém este tipo de calor não tem influência dos raios solares. Nos estudos dos raios de calor proveniente do Sol, Jean Fourier descreveu pela primeira vez na história o efeito estufa. Em sua obra, Fourier relata que: o calor do sol, vindo em forma de luz, possui a propriedade de penetrar sólidos ou líquidos transparentes, e perde esta propriedade totalmente, quando pelo contato com os corpos terrestres, e é transformada em calor irradiando sem luz. Esta distinção de calor luminoso e não-luminoso, explica a elevação da temperatura causada por corpos transparentes. A massa de água que cobre uma grande parte do globo, e que o gelo das regiões polares, se opõe a um menor obstáculo para a admissão de calor luminoso, do que o calor sem luz, que retorna em uma direção contrária a espaço aberto (Fourier, 1824 p. 140-141) Tradução Bruno Fico. Fourier descreve perfeitamente a etapa que a radiação ultra violeta (UV) de ondas curtas, definida como calor luminoso, penetra pela atmosfera até entrar em contato com corpos terrestres e retornar em forma de calor sem luz, ou infra vermelho (IV). Logo em seguida relata sobre um efeito produzido pela pressão atmosférica que por falta de observações não é definido. Apesar de não definir completamente, fica bem claro a qual efeito Fourier estava se referindo. No objetivo de aperfeiçoar este estudo foi feito o experimento de aferir a temperatura no interior de vasos de vidros transparentes chegando
  • 18. 18 ao resultado que a cada camada para dentro do vaso a temperatura aumenta. Este estudo foi usado para comparar os efeitos solares dentro de uma estufa aos efeitos solares na atmosfera sendo inegavelmente o pioneiro no estudo. 3.2 John Tyndall, outro grande contribuidor. Outro contribuidor fundamental para a evolução da teoria do efeito estufa foi o Irlandês John Tyndall (1820 - 1893). Tyndall foi um físico muito considerado no século XIX, pelas suas pesquisas sobre diamagnetismo e por seus dezessete livros publicados, inclusive descobriu o fenômeno do regelo em 1871. Realizou trabalhos nas geleiras dos Alpes Weisshorn (1861), e Matterhorn (1868). Também fez muitas descobertas sobre os processos atmosféricos estudando a radiação térmica e escreveu sua obra mais considerada neste assunto, que foi publicada em 1872, Contributions to Molecular Physics in the domain of Radiant Heat (Contribuições para a Física Molecular sobre a Radiação Térmica). Nesta obra Tyndall explica o poder de absorção de raios infravermelhos dos gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio, metano e vapor d’água, sendo este o mais forte absorvedor de calor radiante na atmosfera. 3.3 Wood, o primeiro contestador da teoria. O questionamento da teoria surgiu no começo do século XX, quando o físico e inventor americano Robert Williams Wood, publicou um breve artigo na Philosophical Magazine volume 17, em 1909 chamado “Note on the Theory of the greenhouse” ( Nota sobre a teoria de estufa). Wood construiu dois tipos de estufa, uma de vidro e outra de quartzo, e obteve o resultado igual de temperatura das duas. Como o quartzo não absorve radiação IV, fica claro que a estufa se mantinha aquecida por causa do ar aquecido e menos denso, impedido de dar lugar ao ar mais frio (convecção) devido ao confinamento na estufa. Robert Williams Wood representa então o marco de referência dos contestadores da teoria do efeito estufa. 3.4 Precursores da teoria do aquecimento global. O inventor e engenheiro inglês, Guy Stewart Callendar, foi um dos pioneiros para a formulação da teoria do aquecimento global. Publicou 35 artigos científicos entre 1938 e 1964, sobre radiação infravermelha, dióxido de carbono antropogênico e deixou como contribuição principal, a relação do aumento da concentração do CO2 atmosférico com a temperatura global. Em 1938, Guy escreveu a obra “The artificial production of Carbon Dioxide and its influence on climate” (A produção artificial de Dióxido de Carbono e suas
  • 19. 19 influencias no clima), que associou o aumento da temperatura global entre 1925 e 1937 à emissão de CO2 antropogênico, proveniente das termelétricas. O cientista americano Charles David Keeling também foi um dos primeiros em alertar ao mundo para a possibilidade da contribuição antropogênica para o acentuamento do efeito estufa e aquecimento global. Keeling realizou coletas de amostra de dióxido de carbono desde 1958 até 2005 e concluiu que a concentração atmosférica de dióxido de carbono aumentou de 315 ppm em 1958 para 380 ppm em 2005. Esta subida constante nos níveis de CO2 atmosférico, ficou conhecida como “Keeling curve” (curva de Keeling). 3.5 Gaia a Terra viva. A teoria de Gaia proposta por James Lovelock, surgiu a partir de estudos realizados para a NASA, com o objetivo principal de detectar vida em outros planetas do sistema Solar. Com a análise da composição química da atmosfera de Vênus e Marte, que mantém um equilíbrio estável, Lovelock concluiu que um planeta que apresenta vida, indica em sua atmosfera um constante desequilíbrio químico, assim como a Terra. A teoria tem como objetivo a afirmação da existência de um sistema complexo interrelacionando os seres vivos e as reações físico-químicas do meio ambiente, que resultaria em uma auto-regulação do sistema planetário para que seja propícia a vida. Lovelock, faz uma analogia as era glaciais, como se fosse um fenômeno provocado pela Terra para se manter conservada, e o período interglacial atual, como um estado febril do planeta, que é irreversível devido as ações humanas de degradação e pode durar por mais cem mil anos. 3.6 Contestadores da teoria do aquecimento global. 3.6.1 Contestações de John Christy e Roy Spencer. A teoria do aquecimento global foi construída pela hipótese do aumento de emissões de GEE devido as atividades humanas principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis, estar aumentando a temperatura global. Esta hipótese nunca foi comprovada, segundo alguns cientistas do próprio IPCC, que inclusive, desmentem usando evidências concretas. Um destes contestadores é o professor John Christy (diretor do Earth System Science Center da Universidade de Alabama). Chisty prova por meio de balões meteorológicos e medições de satélites, que a temperatura da atmosfera superior encontra-
  • 20. 20 se sempre menor do que na superfície, quando por ação do efeito estufa, deveria aquecer- se rapidamente quando a superfície se aquece. Outra argumentação de Christy é a má interpretação das leituras de temperatura da superfície através de estações meteorológicas. Certamente estas estações mostram uma tendência de aquecimento, devido as suas localizações, pois com a urbanização do local da estação, o efeito de ilhas de calor podem ser, facilmente mal interpretado como aquecimento global. Christy realizou pesquisas e escreveu, junto com Roy Spencer da NASA, um relatório mensal da temperatura global de 1978 até 2003 e concluiu que a temperatura sofreu um aumento, porém, analisou inúmeros aspectos causadores do aquecimento e descartou a possibilidade que GEE emitidos pelo homem através de queima de combustíveis fósseis fossem a causa para este aquecimento. Existem duas maneiras de medir a temperatura na atmosfera que são por meio de balões meteorológicos ou através de satélites. Para obter precisão em suas pesquisas, Christy focalizou o satélite na direção em que o balão meteorológico foi liberado, para observar a mesma coluna de ar e achou convergência nos dados. Por meio deste estudo, o professor Christy observou que em grande parte do planeta, a maior parte da atmosfera, não está tão aquecida quanto na superfície da mesma região. O aumento da temperatura atmosférica é muito mais leve que a temperatura registrada na superfície. Achou então um desacordo, pois a teoria diz que se a superfície se aquece, a troposfera superior deve aquecer-se rapidamente. Christy escreveu na página 6 do seu Relatório de Temperatura Global (1978-2003): Uma das mais quentes controvérsias na ciência climática é o aparente desacordo entre os dados de temperatura coletados por termômetros na superfície e a do conjunto de dados por satélite. Redes de termômetro de superfície “Global”, mostram um tendência de aquecimento cerca de 1,7 graus Celsius por século – cerca de 3º Fahrenheit. Os dados de satélite mostram uma tendência de aquecimento que é menos da metade, apenas 0,76º C ou cerca de 1,38º F por século. (Christy 2003) Tradução Bruno Fico. Outra argumentação muito coerente do senhor John, é que as leituras de temperatura na superfície, em que foi construída a teoria do aquecimento global são distorcidas pela urbanização. Em entrevista à revista Fortune em 2009, ele diz que devido ao calor solar captado por tijolos e asfalto, e devido a mudanças nos padrões do vento causado por grandes edifícios, uma estação meteorológica colocada em uma vila rural em 1900 mostrará inevitavelmente valores mais elevados de temperatura se esta vila ao longo do tempo, foi transformada em cidade pequena ou em zona comercial suburbana. Christy
  • 21. 21 exibiu um gráfico mostrando tendências de temperatura centrais da Califórnia nos distritos desenvolvidos e na Serra praticamente inexplorada de San Joaquin Valley: As temperaturas diurnas de ambas as regiões apresentaram praticamente nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto as temperaturas noturnas indicam que o Vale desenvolvido aqueceu significativamente enquanto a Serra rural não. (Christy, 2009). Tradução Bruno Fico. Em um artigo publicado no “The Wall Street Jornal” em 2007, Christy se indigna com o sensacionalismo dado ao encolhimento do gelo marítimo. “A CNN não mostra que o gelo marítimo do inverno na Antártida no mês passado bateu um recorde máximo desde que as medições começaram” (Christy, maio - 2007). Também critica a confiança exagerada da projeção de padrões climáticos para os próximos 100 anos, considerando como é difícil prever com precisão o clima nos próximos cinco dias. Críticos de Christy acusam que seus trabalhos e pesquisas são financiados pela indústria do petróleo, mas ele provou em Justiça Federal que sua pesquisa é financiada pelo NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration). Professor Roy Já publicou mais de cem artigos científicos, alguns livros sobre mudanças climáticas e um dos mais recentes livros de 2008 (Climate Confusion) “Confusão Climática”. Este livro é um Best Seller, considerado pela sociedade literária, a melhor abordagem dada ao aquecimento global. Dentre todos os assuntos, ele fala da tendência humana de crer, que se acontece qualquer tipo de tormenta (seca, terremotos, maremotos) em qualquer lugar, o mundo inteiro vai ser afetado por esta tormenta. Isto se deve a qualquer evento climático local, ser dado uma importância global. 3.6.2 Contestações de Luiz Molion. No Brasil o cientista de referência é o professor Luiz Carlos Molion, que apresenta outros controladores climáticos muito mais prováveis do que o CO2. Nas suas observações, Molion analisou a influência de El Niños e La Niñas sobre a temperatura global. Aponta indícios da quantidade de erupções vulcânicas entre 1815 e 1912, terem contribuído para manter temperaturas globais baixas devido a grandes quantidades de aerossóis lançados na atmosfera. Através dos testemunhos de gelo coletados em Vostok, na Antártida, por perfuração da capa de gelo que chegou a cerca de 3.600 m. de profundidade, foram feitos os gráficos da concentração de CO2 e dos desvios de temperatura dos últimos 420 mil anos. O professor Molion em um artigo publicado na revista brasileira de climatologia explica que
  • 22. 22 pela análise dos gráficos, não se pode concluir que o aumento da concentração de CO2 é a causa do aumento de temperatura (Figura 2). Molion nota que: A curva superior é a concentração de CO2, que variou entre 180 e 300 ppmv (escala à esquerda), e a inferior é a dos desvios de temperatura do ar, entre 8 e +6º C (escala à direita). Uma análise cuidadosa dessa Figura mostra, claramente, que a curva de temperatura apresentou 4 picos, superiores à linha de zero (tracejada), que representam os interglaciais passados – períodos mais quentes, com duração de 10 mil a 12 mil anos que separam as eras glaciais que, por sua vez, duram cerca de 100 mil anos cada uma – a cerca de 130 mil, 240 mil, 320 mil e 410 mil anos antes do presente. Portanto, as temperaturas dos interglaciais passados parecem ter sido superiores às do presente interglacial, enquanto as concentrações de CO2 correspondentes foram inferiores a 300 ppmv. (Molion 2008). Analisando os resultados dos cilindros de gelo de Vostok, observa-se claramente picos de temperatura que antecedem as eras glaciais, por isso são chamados de períodos interglaciais. O fato é que períodos interglaciais no passado, não podem ser atribuídos à atividade humana, que não tinha o mínimo potencial de intervenção do clima (Figura 2). Figura 2: Desvios de temperatura e variação da concentração de carbono dos últimos 400.000 anos. (Petit et al, 1999). Tratando ainda dos testemunhos de gelo, Molion cita que segundo o glaciologista polonês Zbigniew Jaworowski, os resultados produzidos pelos cilindros de gelo tendem a reproduzir concentrações de 30% a 50% inferior das reais. A hipótese de que a composição química original do ar aprisionado no gelo permanece inalterada, é falsa, pois o aprisionamento da bolha de ar no gelo é um processo demorado. A neve deve ter
  • 23. 23 acumulado no mínimo 80 metros de altura, para sofrer a pressão necessária que aprisiona a bolha de ar no gelo definitivamente. Molion conclui: Dessa análise, conclui-se que, ou existiram outras causas físicas, que não a intensificação do efeito-estufa pelo CO2, que tenha sido responsáveis pelo aumento de temperatura verificado nesses interglaciais passados, ou as concentrações de CO2 das bolhas no gelo tendem, sistematicamente, a serem subestimadas e, de fato, não representam a realidade da época em que foram aprisionadas. Molion (2008). Molion em um artigo para Climanálise em 2005, mostra uma frequência maior de El Niños entre 1977-1998, o que pode ter contribuído para o aquecimento atual, pois El Niños aquecem a baixa troposfera. “O evento El Niño de 1997/98, considerado o evento mais intenso do século passado, produziu anomalia de temperatura do ar global de cerca de 0,8°C (acima de 1,0°C no Hemisfério Norte)” Molion (2005). Fenômeno inverso também percebido quando na ocorrência do La Niña de 1984/85, que houve um resfriamento de - 0,5ºC. Essas variabilidades oceânicas são de curto prazo e conhecida como ENOS (El Niño- Oscilação Sul). Mas também existem variabilidades nas circulações oceânicas de longo prazo, com suas influencias sobre o clima, da ordem de décadas, chamada de ODP (Oscilação Decadal do Pacífico). Analisando as fases da ODP e a TSM (Temperatura de Superfície do Mar), Molion reparou a relação do resfriamento global entre 1947-1976. “O resfriamento do clima global durante o período de 1947-1976 (Figura 1), não explicado pelo IPCC, coincide com a fase fria da ODP, fase em que o Pacífico Tropical apresentou anomalias negativas de TSM”. Molion (2005). Outro controlador climático indireto, são as erupções vulcânicas, que lançam imensas quantidades de aerossóis na estratosfera e consequentemente aumentam o albedo planetário. O albedo planetário representa toda radiação de ondas curtas refletida de volta para o espaço, portanto, quanto maior o albedo, menor será o fluxo de ROC a entrar na atmosfera. Com menor fluxo de ROC entrante, a tendência é que haja um resfriamento. Logo as erupções vulcânicas podem causar um resfriamento significativo por décadas. “Como entre 1815 e 1912, de maneira geral, a freqüência de erupções vulcânicas foi grande, a concentração de aerossóis e o albedo planetário estiveram altos, e isso pode ter contribuído para manter as temperaturas globais baixas”. Molion (2005). no período 1915 a 1956 ... a atividade vulcânica foi a menor dos últimos 400 anos e o albedo planetário reduziu-se (aumentou a transparência atmosférica), permitindo maior entrada de ROC no sistema durante 40 anos consecutivos e aumentando o armazenamento de calor nos oceanos e as temperaturas superficiais dos oceanos e do ar. É muito provável, portanto, que o aquecimento observado entre 1925 e 1946, que corresponde à cerca de 60% do aquecimento verificado nos últimos 150 anos, tenha resultado do aumento da atividade solar, que atingiu seu máximo em 1957/58, e da redução da atividade vulcânica, ou seja, reduções de albedo planetário e aumento da
  • 24. 24 transparência atmosférica, e não do efeito-estufa intensificado pelas atividades humanas que, na época, eram responsáveis por menos de 10% das emissões atuais de carbono! (Molion, 2005). Outra contestação do Senhor Luiz Carlos, é a própria teoria do efeito estufa, que foi colocada em questionamento, desde 1909 pelo cientista Robert Wood, quando provou por experiência, que uma estufa é aquecida pelo confinamento do ar dentro dela e não pela reflexão de IV pelos vidros. Molion explica que: Uma molécula de GEE, ao rodar ou vibrar, devido à absorção da radiação IV seletiva, dissipa a energia absorvida na forma de calor ao interagir com outras moléculas vizinhas (choque, atrito), aumentando a temperatura das moléculas de ar adjacentes e não “re-irradia” IV. Ou seja, a radiação IV absorvida pelos GEE é transformada em energia mecânica e, por atrito, em calor! (Molion, 2010). 3.7 Entendendo o efeito estufa. A fonte de energia primária do planeta Terra é o Sol, que emite radiação eletromagnética nas ondas entre 0,1 µm e 4 µm (micrômetro) de comprimento que são chamadas de radiação de ondas curtas (ROC) e conhecido como raio ultravioleta (UV). O albedo planetário constitui o percentual de radiação refletida da Terra de volta para o espaço que é cerca de 30%, influenciado por fatores tais como variação do tipo e cobertura de nuvens, concentração de partículas em suspensão no ar, cobertura de gelo, neve, lagos, oceanos e florestas. Todos esses fatores tem o potencial de aumentar o albedo planetário, refletindo mais radiação solar que entra na atmosfera. Portanto, o albedo planetário é um agente controlador do clima global, pois quanto mais radiação atravessa a atmosfera, mais se aquece a superfície. A radiação de ondas curtas que passa através da atmosfera, é absorvida pela superfície terrestre que se aquece, e parte desta radiação captada pela superfície, é emitida em direção à atmosfera em forma de radiação de ondas longas (ROL), ou infra vermelho (IV). O comprimento das ondas longas, por sua vez, varia entre 4 µm e 100 µm. O fluxo de ROL emanado pela superfície é absorvido por gases, com pequenas concentrações atmosféricas, como o vapor d’água, dióxido de carbono, metano, ozônio, óxido nitroso e clorofluorcarbonetos. Esses gases são denominados gases de efeito estufa (GEE), pois são comparados com a função de uma estufa de vegetação, que mantém o ar aquecido dentro do recinto.
  • 25. 25 3.8 Aquecimento Global na Mídia. Nos anos setenta, as matérias de revistas e documentários científicos, mostravam desastres do tempo como secas no oeste americano e tornados devastadores e apontavam como causa, o resfriamento global que estava acontecendo na época. Devido a esta fase fria que a Terra estava passando, as teorias de Guy Callendar e Charles Keeling foram esquecidas com o tempo. As previsões de especialistas advertiam sobre consequências catastróficas de um possível resfriamento, como período de secas, devastação de plantações, e temiam que as cidades do norte fossem cobertas de gelo. Em meio a este clima frio, um cientista sueco chamado Bertin Bolin, sugeriu que o CO2 produzido pelo homem, devido ao ritmo acelerado da queima de combustíveis fósseis, poderia aquecer o mundo no futuro. O colunista da New Scientist e apresentador da BBC de Londres, Nigel Calder, que é contra a teoria oficial do aquecimento global, foi o responsável por colocar Bert Bolin na televisão internacional falando sobre os perigos do CO2, e lembra ter sido severamente criticado por especialistas por apoiar Bert na sua fantasia absurda para a época. Com a segunda crise do petróleo em 1973 e a greve dos mineiros ingleses, Margareth Thatcher preocupou-se em promover a energia nuclear, por segurança energética. A partir de 1977, o globo começou a aquecer-se novamente, então, o assunto começou a ser politizado por Margareth Thatcher que disponibilizou recursos financeiros à Royal Society para pesquisas que comprovassem a relação do CO2 com a temperatura. Anos depois, a Oficina Meteorológica do Reino Unido estabeleceu então, uma unidade de modelos climáticos dando base para a origem de um novo comitê internacional, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas). 3.9 Criação do IPCC O IPCC foi criado em 1988 reunindo cientistas de todo o mundo com o objetivo de pesquisar e encontrar soluções para as mudanças climáticas globais. Em 88 os EUA estavam liderando as negociações climáticas e o astrônomo James Hansen da NASA, em depoimento ao Congresso Americano, afirmou que o aquecimento global era devido ao aumento de CO2 antropogênico, por meio da queima de combustíveis fósseis. Foi um dos anos mais quentes nos EUA afetando o meio ambiente e principalmente a agricultura. No início dos anos 90, as pressões de ambientalistas eram fortes e foi mais um agravante para a implantação de um tratado mundial. Então a Organização Meteorológica
  • 26. 26 Mundial (OMM) junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) criaram o CQNUMC (Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) durante a Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida popularmente como ECO-92 ou Rio 92 aqui no Rio de Janeiro. A CQNUMC foi criada com objetivo principal de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para impedir as perigosas interferências antrópicas, segundo o parágrafo único do artigo 2 do relatório CQNUMC (UNFCCC em inglês) de 1992. Apesar de ser adotada em 1992, a convenção entrou em vigor em 21 de março de 1994. Com a finalidade de criar meios de desenvolvimento sustentável a CQNUMC estabeleceu a COP (Conferência Entre as Partes). A COP é conferência constituída pelas nações que ratificaram a UNFCCC e organizações internacionais convidadas e tem o papel de fiscalizar as obrigações das Partes, adotar relatórios regulares, revisar relatórios de órgãos subsidiários e dar-lhes orientação, definir e adotar regras de procedimento e regras financeiras para si e para órgãos subsidiários entre outras tarefas. Os países que ratificaram a UNFCCC são divididos em Países do Anexo I (desenvolvidos) e Países não incluídos no Anexo I (em desenvolvimento). 3.10 COPs (Conference On Parts) e o Protocolo de Quioto. A partir de 1995 começaram a serem realizadas reuniões anuais com finalidade de organizar e definir modalidades, regras, diretrizes e atividades a serem implantadas pelos países signatários para reduções de emissões de GEE. A primeira COP foi na cidade de Berlim na Alemanha (1995), a segunda foi em Genebra (1996), Suíça, e a terceira em Quioto no Japão (1997). Na terceira Conferencia Entre as Partes, foi elaborado o Protocolo de Quioto, que surgiu com a proposta de estabelecer limites de emissões de GEE para a mitigação das mudanças climáticas. ARTIGO 3 1. As Partes incluídas no Anexo I devem, individual ou conjuntamente, assegurar que suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não excedam suas quantidades atribuídas, calculadas em conformidade com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões descritos no Anexo B e de acordo com as disposições deste Artigo, com vistas a reduzir suas emissões totais desses gases em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990 no período de compromisso de 2008 a 2012. (Protocolo de Quioto, 1997). Tradução MCT(Ministério da Ciência e Tecnologia). Outra proposta do Protocolo de Quioto foi de oferecer mecanismos de flexibilização para ajudar os países do Anexo I a alcançarem seus compromissos de redução de emissão
  • 27. 27 de GEE conforme os limites propostos no Artigo 3 do Protocolo. São três os mecanismos de flexibilização: Implementação Conjunta. Conforme o Artigo 4 do Protocolo, qualquer Parte do Anexo I pode firmar acordo para cumprir seus compromissos do Artigo 3 em conjunto com outras Partes. Neste caso: ARTIGO 4 1. Qualquer Parte incluída no Anexo I que tenha acordado em cumprir conjuntamente seus compromissos assumidos sob o Artigo 3 será considerada como tendo cumprido esses compromissos se o total combinado de suas emissões antrópicas agregadas, expressas em dióxido de carbono equivalente, dos gases de efeito estufa listados no Anexo A não exceder suas quantidades atribuídas, calculadas de acordo com seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, descritos no Anexo B, e em conformidade com as disposições do Artigo 3. O respectivo nível de emissão determinado para cada uma das Partes do acordo deve ser nele especificado. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT. Comércio de Emissões. Conforme o Artigo 6 e 17 do Protocolo, qualquer Parte incluída no Anexo I pode transferir para ou adquirir de qualquer outra Parte, unidades de redução de emissões resultantes de projetos visando a redução de fontes de emissões antrópicas ou o aumento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa em qualquer setor da economia. MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) (Clean Development Mechanism). Definido no Artigo 12 do Protocolo com o objetivo de assistir as Partes não incluídas no Anexo I para que atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção, e assistir as Partes incluídas no Anexo I para que cumpram seus compromissos quantificados de limitação e redução de emissões, assumidos no Artigo 3. Este mecanismo permite que as Partes não incluídas no Anexo I realizem projetos de redução de emissão de fontes de GEE antrópicas, e comercializem suas RCE (reduções certificadas de emissão) para qualquer Parte do Anexo I. Apesar de ter sido redigido em 1997 e aberto para assinaturas em 1998, o Protocolo de Quioto só entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005 depois de a Rússia o ratificar. Até a então o protocolo estava em desconformidade com o primeiro parágrafo do Artigo 25. Este Protocolo entra em vigor no nonagésimo dia após a data em que pelo menos 55 Partes da Convenção, englobando as Partes incluídas no Anexo I que contabilizaram no total pelo menos 55 por cento das emissões totais de dióxido de carbono em 1990 das Partes incluídas no Anexo I, tenham depositado seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão. (Protocolo de Quioto). Tradução MCT.
  • 28. 28 3.11 O Mercado de Carbono Desde 2005 quando o Protocolo de Quioto entrou em vigor, os mecanismos de flexibilização previstos no próprio Protocolo criaram um novo mercado financeiro de valores denominado Mercado de Carbono. Através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, para cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitido à atmosfera por redução de fontes de emissões antrópicas, ou remoções de CO2 por sumidouros pode ser obtido um crédito de carbono. Este crédito de carbono denominado de CER (Certified Emission Reduction), ou RCE (Redução Certificada de Emissão) assim como todas as ações e commodities, sofre variações de valores, porém, não são muito comercializadas pelas Bolsas de Valores. Estas variações são estudadas e divulgadas pelo World Bank através do relatório intitulado “State and Trends of the Carbon Market” (Estado e Tendências do Mercado de Carbono). Os fatores que contribuem como variantes, são muitos, de acordo com o país que está sendo comercializado, o tipo de atividade MDL que foi feita para obtenção dos CER, e a forma de negociação, já que os CER são negociados voluntariamente no mercado. Por exemplo em 2005, no começo das negociações, a RCE foi negociada entre U$ 3,00 e U$ 7,15/tCO2 gerando uma média ponderada de U$ 5.63/tCO2 no período de Janeiro de 2004 a Abril de 2005. Segundo o relatório de 2008, transações feitas no Brasil comercializaram a RCE por € 16,40/tCO2. No último relatório (Junho de 2011), o World Bank divulgou uma visão geral do Mercado de Carbono, um movimento na casa dos Bilhões de dólares. Carbon Market Evolution, values ($ billion), 2004-10 EU ETS Other Primary Secondary Other Total Allowances Allowances CDM CDM Offsets 2005 7.9 0.1 2.6 0.2 0.3 11.0 2006 24.4 0.3 5.8 0.4 0.3 31.2 2007 49.1 0.3 7.4 5.5 0.8 63.0 2008 100.5 1.0 6.5 26.3 0.8 135.1 2009 118.5 4.3 2.7 17.5 0.7 143.7 2010 119.8 1.1 1.5 18.3 1.2 141.9 Tabela1: Visão financeira do mercado de carbono (em Bilhões de dólares). Fonte: State and trends of the carbon market 2011, World Bank. No mesmo relatório de 2011, o World Bank relata que em meados de 2010, o Conselho Executivo de MDL suspendeu temporariamente a emissão de RCE para projetos
  • 29. 29 de mitigação de hidrofluorcarbonos da qualidade HFC-23. Aproximadamente no período referido, em 31 de Agosto de 2010 o jornal O Estado de S. Paulo, publicou uma matéria sobre uma fraude de 40 Bilhões de Euros que abalou o mercado de carbono. “empresas chinesas e, estima-se indianas, teriam produzido deliberadamente HFC-23 para, então, destruí-lo obtendo créditos de carbono, vendidos no mercado a empresas interessadas em compensar seu grau de poluição” (O Estado de S. Paulo 2010). O Mercado de Carbono surgiu com a justificativa de reduzir as emissões antrópicas de GEE através do estímulo financeiro às empresas. Projetos MDL e o comércio de emissões auxiliam países desenvolvidos, Partes do Anexo I, a cumprirem seus compromissos de redução de emissões. O Protocolo de Quioto dispõe esta flexibilização para as Partes que não estiverem alcançando suas metas de redução, possam comprar créditos de carbono, a fim de cumprir os seus compromissos. 3.12 Política Nacional sobre Mudança do Clima. No Brasil, com a promulgação da lei 12.187 de 2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima, prevê a criação de um Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) junto com a bolsa de mercadorias e futuros, bolsa de valores e autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, onde se dará negociações de títulos de RCE. O MBRE foi regulamentado em meados deste ano, pela BM&F, BOVESPA / BVRJ em convênio com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com o objetivo de estimular o desenvolvimento de projetos MDL e viabilizar negociações do mercado ambiental. A Lei 12.187/09 incentivou em seu artigo 9º , a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões com o objetivo de realizar transações junto a bolsa de valores com os créditos de carbono obtidos através de projetos de MDL brasileiros: Art. 9 o O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões - MBRE será operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão organizado, autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, onde se dará a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas. Esta lei surgiu com o objetivo de promover a sustentabilidade visando a redução de emissões antrópicas de gases de efeito estufa e a mitigação de impactos causados pela mudança climática. Outro objetivo importante desta lei é a preservação de biomas e
  • 30. 30 ecossistemas brasileiros. Para alcançar os objetivos de redução de emissões, a PNMC estabelece uma meta de mitigar as emissões de gases de efeito estufa, entre 36% e 39% as emissões projetadas até 2020. No artigo 12, estabelece um compromisso nacional voluntário de redução de emissões de GEE: Art. 12. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional voluntário, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% (trinta e seis inteiros e um décimo por cento) e 38,9% (trinta e oito inteiros e nove décimos por cento) suas emissões projetadas até 2020. Esta lei está em vigor desde 29 de Dezembro de 2009. 3.13 Politização do assunto. O aquecimento global foi visto desde que entrou em pauta na mídia, como um efeito adverso, maléfico, causado pelas ações humanas e que ameaça a existência da própria espécie, sendo a única que pode fazer alguma coisa para reverter este fenômeno. Com esta preocupação foram criados órgãos governamentais específicos para tratar das mudanças climáticas como o IPCC e comitês como a CQNUMC e as COPs. Em meio a tantas reuniões com a finalidade de solucionar problemas causados pelas mudanças climáticas, foi criado o Protocolo de Quioto, visando limitar as emissões antrópicas de GEE. Estes limites são diferenciados entre as Partes do Anexo I que assinaram e ratificaram o Protocolo. Surgiu com a proposta concreta para estabilização de emissões de GEE, porém, criou mecanismos de flexibilização, que permitem o comércio de emissões entre as Partes, criando artifícios e recursos para a implantação de um novo mercado, o Mercado de Carbono. Com a validação do Protocolo de Quioto em 2005, o Mercado de carbono começa, com características de um metamercado movimentando nada menos do que 11 bilhões de dólares em seu primeiro ano, conforme Tabela 1. Já em 2008, o Mercado de carbono alcançou a movimentação de U$ 135 Bilhões de dólares, e atingiu seu recorde em 2009 com o movimento de U$ 143 Bilhões, segundo dados do banco mundial no relatório “State and trends of the carbon Market” deste ano (Tabela 1). O tema aquecimento global entrou na mídia logo após de ganhar espaço na política. E aonde há política, há corrupção. Os escândalos no mercado de carbono começaram no final de 2009, quando foram descobertas, atividades fraudulentas de alguns
  • 31. 31 negociadores do esquema de comércio de emissões da União Europeia (EU ETS) gerando prejuízos da ordem de € 5 Bilhões, segundo declaração da Europol (Polícia Europeia). A ação era similar a fraude carrossel, quando o fraudador importa bens livres de taxa de valor agregado (VAT) (versão europeia do ICMS) e vende, cobrando esta taxa que não é repassada ao governo. Em 2010 as fraudes chegaram no oriente. “Dezenove indústrias chinesas dedicadas à destruição de HFC-23, um gás de alto efeito estufa, estão sob investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) por suspeita de terem fraudado o mercado de carbono” (O Estado de São Paulo, 31/08/2010). A fraude acarretou um prejuízo na faixa de € 40 Bilhões (Euros) no mercado. Pelo menos seis empresas tiveram seus créditos de carbono (RCE) proibidos de serem vendidos durante a investigação. Indústrias chinesas teriam realizado uma superprodução do hidrofluorcarbono HFC-23, para com a redução de sua produção, obter créditos de carbono. O HFC-23 tem o potencial de estufa 11 mil vezes maior que o CO2. Foi o maior escândalo na história do MDL até o momento.
  • 32. 32 4. Discutindo os resultados. 4.1 Resultados de Fourier. As primeiras observações sobre o efeito estufa foram apontadas por Fourier em 1824 na sua obra "Remarques Générales Sur Les Températures Du Globe Terrestre Et Des Espaces Planétaires" (Observações gerais sobre a temperatura do globo terrestre e os espaços planetários). Nesta obra, Fourier constata que o calor proveniente dos raios solares é o mais importante para manter a temperatura da Terra e explica ordenadamente o processo. A primeira fase onde a ROC definido pelo autor como calor luminoso atravessa as camadas da atmosfera, penetrando sólidos ou líquidos transparentes até entrar em contato com corpos terrestres (solo, gelo, florestas). A segunda parte também é bem descrita quando em contato com os corpos terrestres o calor luminoso é transformado em calor irradiante sem luz (infra vermelho). Então Fourier fala sobre o calor luminoso (ROC), (UV) que pelo contato com corpos terrestres é transformado em calor sem luz (ROL), (IV) (transformação de ondas). Após explicar o fenômeno na sequencia certa, relata que o calor sem luz (IV), que retorna à direção contrária a da superfície, sofre um efeito da mesma espécie produzido pela pressão da atmosfera, porém, não pôde definir exatamente por falta de observações na época (1824). Esta etapa do fenômeno não é explicada por Fourier, logicamente porque não foi ele que descobriu os GEE, porém, já tinha certeza que o fenômeno acontecia. Alguns gases tinham sido recentemente descobertos, como o CO2 em 1754 por Joseph Black e o oxigênio em 1774 por Joseph Priestley, embora haja reivindicações de Carl Wilhelm Scheele e Antoine Lavoisier. 4.2 Tyndall e sua contribuição. John Tyndall foi um físico notável do século XIX. Sua fama científica surgiu na década de 1850 com seu estudo de diamagnetismo. Em 1871 descobriu o fenômeno do regelo. Foi um grande estudioso da radiação térmica, e produziu uma série de descobertas sobre processos na atmosfera. Tyndall também é um pioneiro, pois resolveu a incógnita surgida nas pesquisas de Fourier, a capacidade de vários gases atmosféricos para absorver o calor radiante, a radiação infravermelha. Ele foi o primeiro a medir corretamente os
  • 33. 33 poderes de absorção de infravermelho dos gases nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio, metano, vapor d’água etc.. Tyndall foi um grande pesquisador das geleiras em várias expedições para o Monte Blanc, Monte Rose nos Alpes Weisshorn, e Matterhorn, entre outros na cordilheira da Europa, mas o seu maior foco foi estudar a irradiação de calor solar. Desenvolveu seus estudos baseados em descobertas de vários físicos que estudaram sobre a transmissão de calor solar, entre eles, Saussure e o próprio Fourier. 4.3 Robert Wood fez a dúvida virar certeza. O americano Robert Williams Wood, considerado o pai da fotografia infravermelha e ultravioleta, foi o pioneiro em contestar a teoria do efeito estufa. Wood demonstrou uma grande dúvida perante a crença generalizada que vidros de uma estufa reemitem a radiação resultante de uma transformação de comprimento de onda. Intrigado com sua dúvida, Wood realizou uma experiência construindo duas estufas, uma de vidro e a outra de quartzo e ao aferir a temperatura interna, constatou que estavam iguais em ambas as estufas. O quartzo não absorve radiação infravermelha. Deixou provado então que a ação do vidro é a de impedir a convecção natural, mantendo a ar aquecido dentro da estufa. Wood publicou esta experiência no volume 17 da sexta série da revista inglesa Philosophical Magazine em 1909, deixando a prova na literatura, que foi o pioneiro na contestação. 4.4 A base do aquecimento global. Guy Callendar e David Keeling foram os cientistas que serviram como os pilares para a construção da teoria do aquecimento global. Foram eles que realizaram a maioria dos estudos que relacionavam a crescente demanda de emissões de GEE antropogênicos com o aumento de temperatura global. Na época seus estudos foram rejeitados pelos climatologistas renomados, devido ao clima frio entre 1947-1976. O meteorologista sueco Bert Rickard Johannes Bolin (1925-2007), foi o primeiro homem a aparecer na mídia alertando para a possibilidade de um aquecimento global devido à emissão de GEE antropogênicos. Participou do programa “The Weather Machine” do canal de televisão BBC de Londres em 1974, sugerindo que o CO2 produzido pelo
  • 34. 34 homem poderia ajudar a aquecer o mundo, ainda que não demonstrasse certeza. Bert Bolin foi o primeiro presidente do IPCC, atuando no cargo até 1997. James Hansen, astrônomo da NASA, escreveu em 1981, um artigo para a revista Science “Climate Impact of Increasing Atmospheric Carbon DIoxide”, dedicado diretamente em mostrar que o CO2 produzido pelo homem, era o principal causador do aquecimento global. Em 1988 fez um discurso, com o mesmo enredo, para as comissões do Congresso sobre mudanças climáticas. Com a origem do IPCC no mesmo ano, Hansen foi um dos redatores de relatórios sobre análises nas estações meteorológicas de superfície enfocando os anos 1880-1980. Hansen projetou em 1988, uma previsão de aumento na temperatura global de 4,2 C° até 2100, caso houvesse uma duplicação dos níveis de CO2 na atmosfera. Em 2003 escreveu um artigo onde ele argumenta que as causas humanas na mudança do clima são mais fortes do que as causas naturais. 4.5 O estado febril do planeta Terra. James Lovelock propôs no seu trabalho mais recente “A Vingança de Gaia” (2006), que o aquecimento global atual é grave, pois o compara com um estado febril. Logo no primeiro capítulo, fala sobre o estado da Terra “a resposta da terra viva ao que fazemos, não depende só da quantidade de solo que exploramos e da contaminação que geramos, mas também do seu estado atual de saúde” (Lovelock 2006). Lovelock afirma que esta recuperação de saúde do planeta pode estar comprometido devido a sua idade atingir uma fase avançada (cerca de 4,5 bilhões de anos). James não julga apenas os GEE emitidos pelo homem, mas todas as ações de degradação humana ao meio ambiente, causadores do atual aquecimento global. Em contrapartida, Lovelock julga que o desenvolvimento sustentável é uma forma totalmente ineficaz de reverter a presente situação, devido ao atual estado de saúde da Terra, comparando como se fosse capaz uma pessoa com câncer de pulmão ser curada apenas por parar de fumar. Então Lovelock, serviu de base para muitos cientistas e ambientalistas com o intuito de elaborar teorias e soluções para a adaptação para uma séria mudança climática, propondo que o poder auto regulador da Terra, poderia agir para repelir a raça humana que está atuando como uma forma de vida indesejada, prejudicando o bom funcionamento do planeta.
  • 35. 35 4.6 As contradições da teoria. Em entrevista para revista Fortune em 2009, o professor John Christy, acusa James Hansen de ter errado gravemente nas previsões feitas em 1988. Hansen contactado pela mesma revista, admitiu que suas projeções foram baseadas em um modelo que intensificaria “ligeiramente” o aquecimento global. No seu novo modelo, Hansen pressupôs um aumento de 3 Cº na temperatura global até 2100, contra 4,2 Cº na antiga. Outra discordância do senhor Christy é a discrepância entre as medições de temperatura por meio de balões meteorológicos e as medições de estações meteorológicas de superfície. A teoria diz que se a superfície se aquece, a atmosfera superior deve aquecer-se rapidamente, e não foi isto observado pelo senhor Christy. John alega que o aumento de temperatura nessa parte da atmosfera, não é muito alarmente e não encaixa com a teoria que os modelos climáticos expressam neste ponto. Christy também argumenta sobre a má interpretação das leituras de temperatura da superfície através de estações meteorológicas. Christy analisou tendências de temperatura nos bairros desenvolvidos e nas serras inexploradas da cidade de San Joaquin Valley (Califórnia) e chegou ao resultado que as temperaturas diurnas em ambas as regiões não apresentaram nenhuma mudança ao longo dos últimos 100 anos, enquanto nos distritos desenvolvidos, as temperaturas noturnas aqueceram significativamente. Este efeito que é conhecido como ilha de calor, se deve pela característica do cimento e asfalto absorver o calor recebido durante o dia e liberar este calor à noite. Este efeito mal interpretado, ou, maldosamente interpretado, pode ser confundido facilmente com o aquecimento global. Chirsty também realizou, junto com Roy Spencer, pesquisas sobre o poder de controle climático de El Niños e La Niñas. O El Niño de 1997, considerado o mais intenso do século, produziu um aumento de temperatura global na faixa de 0,9 Cº e a La Niña de 1984 resultou em um resfriamento de -0,5 Cº. O professor Luiz Carlos Molion da UFAL, representante da América do Sul na comissão de climatologia da OMM é um contestador declarado da teoria oficial do aquecimento global. Molion realizou estudos, que foram publicados em 2005 sobre a frequência de El Niños intensos entre 1997-1998, que contribuíram para o aquecimento, sabendo-se que El Niños aquecem a baixa troposfera. O sistema terra-atmosfera-oceano, que consiste na variação de circulação atmosférica associada às variações de TSM, são fatores físicos internos de muita importância no controle do clima.
  • 36. 36 Uma das observações mais plausíveis do professor Molion, foi a análise do período de resfriamento global entre 1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, pois esta redução de temperatura ocorreu justamente na época em que a revolução industrial começou a ganhar força demasiada, ou seja, as emissões de GEE começaram a ser emitidas em larga escala. Molion percebeu que este período de queda de temperatura global, aconteceu durante a fase fria da ODP. Na análise do gráfico publicado por Jean Robert Petit em 1999, referente a concentração de CO2 e variação de temperatura global, Molion chegou a conclusões bem diferentes do ex vice presidente dos Estado Unidos, Al Gore, que protagonizou o documentário “Uma Verdade Inconveniente” em 2006. O filme que teve características mais emotivas do que científicas, foi a apresentação popular da teoria do aquecimento global causado pelo homem. Molion reparou que em períodos interglaciares passados, tiveram temperaturas superiores a do interglacial presente, e concentrações de CO2 no passado, atingiram níveis inferiores a 300ppm (Figura2). Sobre esta análise, conclui-se que existiram outras causas físicas, e não a intensificação do efeito estufa para o aumento de temperatura nos períodos interglaciais passados. O paleoclimatologista canadense Ian Clark, tem descoberto de fato, a relação entre o CO2 e a temperatura, mostrando uma relação inversa da apresentada no documentário, por Al Gore. Ao contrário da teoria catastrofista, os períodos de aquecimento global antecedem em média oito séculos aos aumentos da concentração de CO2, chegando a conclusão que o CO2 é uma resposta para o aquecimento e não a causa. Até o oceanógrafo Carl Wunsch, admite que os oceanos quando se aquecem, tem a característica de liberar CO2 e quando se resfriam, tem a tendência é de absorver CO2. Outra contradição da teoria apocalíptica é apontada por uma das maiores autoridades mundial em epidemiologia, o professor do instituto Pasteur em Paris, Paul Reiter. Paul renunciou sua participação no IPCC e ainda teve que acionar judicialmente a retirada de seu nome dos créditos de colaboradores do IPCC, devido sua discordância com a teoria. Reconhecido como um dos maiores especialistas em malária e outras enfermidades transmitidas por insetos, Reiter relata que os mosquitos não são especificamente tropicais, pois são extremamente abundantes no Ártico, e que a maior epidemia de malária ocorreu na União Soviética nos anos 20 que resultou em 600.000 mortes aproximadamente. Esta epidemia se alastrou até o Ártico alcançando ao redor de 10.000 mortes, o que prova que a malária não é uma doença tropical.
  • 37. 37 O IPCC alega que as espécies transmissoras da malária, não sobrevivem em temperaturas abaixo de 16 Cº, e alerta que com o aquecimento global, a doença pode migrar para o norte. Paul Reiter acusa esta informação de ser falsa, criticando a falta de menção da literatura científica feita por especialistas nesses campos. Analisando o contexto científico em suas diferentes matérias e especialidades, encontram-se sérias discordâncias em afirmar com precisão, que a causa do aquecimento global é devido ao aumento de emissões de GEE antropogênicos. 4.7 Controladores climáticos. Em ordem de importância os controladores climáticos são, o Sol, os oceanos, o albedo planetário e o efeito estufa. Porém o clima é um tema muito complexo, envolvendo fatores internos como quantidade de precipitação, tempestades, geadas, nevoeiros, velocidade e direção do vento, tipo de nuvens, pressão atmosférica. 4.7.1 O Sol. O Sol é a fonte primária de energia do planeta Terra, ele que determina as estações do ano, por isso deve ser dada a principal importância como controlador climático. No final dos anos 80, o astrofísico britânico Piers Corbyn decidiu tentar uma nova maneira de prognosticar o tempo. A técnica de Corbyn produziu resultados consistentemente mais precisos do que os da Oficina Meteorológica Oficial e foi consagrado na imprensa internacional como o “Super-Homem do tempo”. O segredo de seu êxito foi o Sol. Corbyn, diretor do Weather Action, uma empresa que vende suas previsões, declarou que a origem de sua técnica solar para prever o tempo a longo prazo, provinha do estudo das manchas solares e seu desejo de predizê-las. Molion também é um dos defensores que as atividades solares devem ser o primeiro aspecto a ser observado quando se fala em controlador climático. 4.7.2 Oceanos. Cerca de 71% da superfície do Planeta Terra é constituída de água, sendo 97% água dos oceanos. Por este grande percentual, deve ser dada a maior importância como fator interno, a capacidade dos oceanos de transportar calor através das correntes marítimas. O professor Molion ressalta que dessa camada oceânica, 35% é ocupada pelo Oceano Pacífico. “Como a atmosfera é aquecida por debaixo, os oceanos constituem a condição de contorno inferior mais importante para a atmosfera e para o clima global.”
  • 38. 38 (Molion 2008). Convém ressaltar a percepção de Molion durante o resfriamento global entre 1947-1976, que não foi explicado pelo IPCC, e coincide com a fase fria da ODP. O professor Luiz Carlos também reparou que no período entre 1977-1998 onde houve um aquecimento global, foi justamente na fase fria da ODP. 4.7.3 Albedo planetário. O albedo planetário, que é a parte da radiação refletida pela superfície e atmosfera para o espaço, é um considerável controlador climático, pois ele controla a quantidade de radiação que entra na Terra. Cerca de 30% da radiação solar que atravessa a atmosfera, é refletida de volta para o espaço por nuvens, moléculas do ar, pela superfície terrestre e marítima e aerossóis emitidos a atmosfera. A cobertura de nuvens é a principal moduladora do albedo planetário, visto que elas cobrem diariamente de 50% a 55% da superfície da Terra. Portanto é evidente que as nuvens mais baixas do tipo cumulonimbo, são importantes controladores climáticos. Já as nuvens na alta troposfera, tipo cirro, não possuem a mesma característica, pois permitem a passagem de ROC, porém, absorvem a ROL que escaparia para o espaço, intensificando o efeito estufa. Outro controlador indireto do clima global, são as erupções vulcânicas. A imensa quantidade de aerossóis liberados na estratosfera por uma erupção vulcânica, tem a capacidade de aumentar o albedo planetário de forma que impacte num resfriamento global. Então, a relação do albedo planetário com a temperatura, é que quanto maior o albedo, menos radiação vai penetrar na atmosfera para aquecer a superfície, logo a temperatura tende a cair devido a reflexão da fonte de calor primária. 4.7.4 Efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural do planeta, sendo primordial para a manutenção de temperatura na Terra, mantendo a temperatura média do ar na superfície, cerca de 15 Cº. É o efeito essencial para manter a vida na Terra. Porém, infelizmente é tratado pela maioria de artigos jornalísticos, revistas e textos paradidáticos, como um efeito maléfico. No trabalho realizado por Maria Emília Rehder e Américo Kerr, do instituto de física da USP, publicado no Caderno Brasileiro de Ensino de Física em 2004, foi feito uma análise do efeito estufa em textos paradidáticos e periódicos jornalísticos analisando os seguintes critérios:
  • 39. 39 a) se a apresentação do Efeito Estufa foi feita como algo maléfico,misturando o que é o efeito principal com as suas possíveis alterações; b) se houve ou não diferenciação entre o que é a contribuição do vapor de água, dióxido de carbono e outros gases para o efeito principal e em suas alterações; c) se o tratamento de hipóteses foi como algo definitivo, apresentando-as de forma taxativa; d) se houve ou não discussão quanto às incertezas nas mudanças do Efeito Estufa e nas correspondentes projeções de conseqüências. (Xavier, M. E. R. e Ker, A. S. 2004). Nesta análise, percebe-se a falta de conhecimento científico, em classificar o efeito estufa como algo catastrófico. Em 26 artigos periódicos observados, em 21 deles, o CO2 é citado como o principal GEE, sendo o vapor d’água o principal, devido a sua concentração atmosférica e potencial de estufa, conforme Tabela 2. Os artigos mais coerentes são redigidos ou acompanhados por cientistas. Os livros paradidáticos tendem a ser mais coerentes ao tratarem do tema devido a estes serem dedicados ao ensino. Gás Concentração (ppm) Aquecimento Estufa (W.m -2 ) Vapor d’água (H2O) ~3000 ~100 Dióxido de carbono (CO2) 345 ~50 Metano (CH4) 1.7 1.7 Óxido nitroso (N2O) 0.30 1.3 Ozônio troposférico (O3) 10 – 100 X 10-3 1.3 CFC 11 0.22 X 10-3 0.06 CFC12 0.38 X 10-3 0.12 Tabela 2: Concentração e potencial dos GEE. Fonte: Mitchell, 1989. Já o professor Luiz Carlos Molion, declara que a forma como o efeito estufa é abordado nos livros de meteorologia, é questionável, pois desafia as leis da termodinâmica. Ao medir a emissão de IV pela Terra para o espaço exterior com sensores a bordo de plataformas espaciais, encontra-se uma temperatura equivalente de corpo negro igual a 255K (18°C negativos) pela Lei de Stefan-Boltzmann. A temperatura média do ar à superfície é cerca de 288K (15°C). Aí, é dito que “o efeito-estufa aumenta de 33°C (diferença entre 288 e 255) a temperatura na Terra e, se ele não existisse, a temperatura de superfície seria 18°C negativos”! Essa afirmação é falsa. Se não existisse atmosfera, não existiriam nuvens, que são responsáveis pela metade do albedo planetário. Portanto, a ausência de nuvens permitiria maior entrada de radiação solar e a temperatura da superfície seria 5ºC negativos (e não 18°C negativos), temperatura normalmente alcançada em muitas partes do planeta quando da ocorrência de uma era glacial. (Molion, 2010).
  • 40. 40 A equação usada para calcular a temperatura que a Terra teria se não houvesse efeito estufa, não leva em consideração, que se não existisse atmosfera, não existiriam nuvens, gerando um resultado distorcido do cálculo em 13 Cº. Outra contra argumentação de Molion é a re emissão da radiação IV pelos GEE: O processo de absorção e emissão de IV pelos GEE, que é o fundamento do efeito-estufa, também é questionável. A Lei de Kirchhoff afirma que a absorvidade de um corpo é igual à sua emissividade num dado comprimento de onda, mas só é válida para corpos em equilíbrio térmico (radiação de cavidade), condição não satisfeita pelos gases atmosféricos que estão sempre se aquecendo ou se resfriando. Ou seja, o fato de o CO2 ser bom absorvedor não garante que ele seja bom emissor num dado comprimento de onda. (Molion, 2010). Certamente essa explicação que os gases reemitem radiação IV na mesma intensidade que a absorvem, fere as leis da Termodinâmica, por que o calor não flui do corpo frio (CO2 no ar), para um corpo quente (superfície). “É mais aceitável, portanto, que as temperaturas próximas da superfície sejam elevadas devido ao contato do ar com a superfície quente” (Molion, 2010). Portanto o efeito atmosférico mais considerável para o aquecimento do ar próximo à superfície é o de condução e convecção. Por estes fatos, nota- se a colocação do efeito estufa em último lugar no grau de importância, referente aos controladores climáticos. 4.8 A Política do Aquecimento global. Depois dos trabalhos científicos de Callendar e Keeling, sobre a relação do CO2 e a temperatura atmosférica publicados na literatura em 1938 e 1958 respectivamente, apenas em 1974 foi posto na mídia, por Bert Bolin, sem a menor credibilidade, devido ao clima frio que estava na época. Porém, com o aquecimento a partir de 1977 (Figura 1), a politização do assunto, teria começado no final dos anos 70 por Margareth Thatcher, quando disponibilizou recursos à Royal Society para a criação de modelos climáticos, que associassem o CO2 com a temperatura global, e isto foi feito. O assunto só ganhou ênfase no discurso de James Hansen ao Congresso de Mudanças Climáticas em 1988. Com a criação do IPCC em 1988, que é um órgão governamental, no começo dos anos 90, o aquecimento global deixou de ser uma passagem periódica pelo período interglacial, e se transformou em uma campanha política fundada pela teoria que o homem é o principal culpado pelas mudanças climáticas em nível global. Desde então passou a atrair a atenção da mídia, que repassava estas consequências caóticas, sem mostrar que foram em sua maioria, questionadas por cientistas considerados no assunto.
  • 41. 41 Cientistas relatam que antes da época de Bush (pai), os fundos para pesquisas relacionadas com o clima era cera de 170 milhões de dólares por ano. A partir da gestão de Bush, este recurso saltou para U$ 2 bilhões por ano e foi aumentando com o tempo. A crítica é que estes recursos eram disponibilizados exclusivamente para pesquisas que tratassem do aquecimento global. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a ECO 92, foi criada a CQNUMC, que estabeleceu conferências periódicas entre as autoridades mundiais para a discussão de ações, que resultem numa solução para as consequências do aquecimento global causado pelo homem. Estas conferências foram denominadas COP, e tiveram início em 1995 na cidade de Berlim, capital da Alemanha. Na COP 3, realizada em Quioto, Japão, foi criado o Protocolo de Quioto, documento este, que estabeleceu um limite de emissões de GEE para os países industrializados, que o assinassem e ratificassem. Hoje o Protocolo conta com 193 Partes no total. O percentual total de emissões das Partes do Anexo I é de 63,7%. O Protocolo de Quioto deu base para a criação do Mercado de Carbono, que movimentou já no seu primeiro ano de atuação (2005), U$ 11 Bilhões, atingindo seu pico máximo de U$ 143,7 Bilhões em 2009 (Tabela 1). Cientistas não são especialistas em criar Metamercados, pois empenham seu trabalho em descobrir e criar tecnologias que venham a ser usadas para o bem da humanidade. É bem provável então, que este mercado tenha sido criado pela parte política do comitê, e políticos, visam lucro. Os dados da Tabela 1 deixa evidente o quão lucrativo é este mercado. O vídeo protagonizado por Al Gore em 2006 “Uma verdade inconveniente”, além de levar o Oscar de melhor documentário, contribuiu para que ele ganhasse metade do prêmio Nobel da Paz em 2007, que foi dividido entre ele e o IPCC, presidido pelo indiano Rajendra Pachauri. O comitê Nobel, usou como parâmetro, os esforços de ambos para a divulgação e construção de um maior conhecimento popular sobre a mudança climática causada pelo homem e por divulgar as soluções necessárias para esta crise.
  • 42. 42 5. Considerações finais. 5.1 Aspectos científicos. Diante de todos os fatos e evidências, é complicado afirmar com a intensidade que se é afirmada, que os GEE antropogênicos são a causa do aquecimento global. É mais conveniente dizer que o homem não tem a mínima parcela de culpa pelo aquecimento global. Isto não quer dizer que o homem não tem o potencial de destruir a natureza, ao contrário, a raça humana tem grande poder de degradação de ecossistemas, pela urbanização, industrialização e uso inadequado dos recursos naturais, mas no que se refere ao aquecimento global, sua parcela é mínima ou nula. Este potencial antrópico de destruição da natureza, não é negado por nenhum cientista. Desde 1909 ficou provado, que a função do vidro em uma estufa, é de aprisionar o ar dentro dela mantendo-o quente, e não de refletir a radiação resultada da transformação do comprimento de onda. O fenômeno de condução e convecção de calor, é uma explicação mais aceitável do que o efeito estufa para o aquecimento do ar próximo a superfície, pois se fosse pelo efeito estufa, a temperatura deveria subir até o limite da alta troposfera, e isto não acontece conforme observado nas medições de satélite. Influências de alguns fenômenos sobre a variação de temperatura global já são comprovados cientificamente como o El Niño que causa um aumento de temperatura na baixa troposfera e a La Niña que causa um resfriamento de temperatura. Oceanos são a maior reserva do CO2 atmosférico, pois quando resfriam sua superfície, absorvem CO2, do mesmo modo quando se esquenta a superfície do oceano, ele tende a liberar CO2. A presença de alguns tipos de nuvens tendem a controlar a radiação entrante na Terra amenizando o clima. Estas nuvens do tipo kumulus, constituem boa parte do albedo planetário, que é um controlador climático comprovado cientificamente. Erupções vulcânicas também já foram estudadas e descobertas as suas características de reduzir a temperatura global devido a emissão da grande quantidade de partículas de aerossóis na estratosfera. O efeito estufa também é um fator que influencia a temperatura global, porém não existem fundamentos científicos comprovados, que os GEE são os causadores do aquecimento global.
  • 43. 43 A ameaça dos países baixos serem submersos pelos mares, está relacionado a expansão térmica dos oceanos e nada tem a ver com o derretimento das geleiras. A expansão térmica dos oceanos é um fenômeno da ordem de séculos e até milênios. As calotas polares mostram uma expansão e contração natural do gelo marítimo desde 1990 quando as medições por satélite começaram. Noticiários mostram com frequência o gelo caindo da borda do Ártico, mas não dizem que é um aquecimento normal naquela região que ocorre todo início de primavera. As mudanças climáticas sempre aconteceram desde a formação do planeta. Ao longo da história da Terra, existiram períodos muito mais quentes e muito mais frios do que o período atual (Figura 2), essas mudanças aconteceram sem nenhuma ajuda ou intervenção humana. No século 14, há registros de que a Europa ocidental entrou em uma Pequena Era do Gelo. Quadros, gravuras e ilustrações antigas, mostram o rio Tâmisa (Londres), congelado durante o inverno. Retrocedendo 8.000 anos, encontram-se períodos mais quentes do que os atuais, conhecido pelos geólogos como “O Máximo do Holoceno”, quando as temperaturas foram em torno de 2 Cº mais altas do que são hoje. Este período durou por mais de três milênios e não foi capaz de extinguir os ursos polares. A maior parte do aumento da temperatura do século passado ocorreu antes de 1940, período em que a produção industrial era insignificante, e as emissões antrópicas de GEE não correspondiam a 10% as de hoje. Depois da segunda guerra mundial, aconteceu uma expansão global da atividade industrial conhecida pelos historiadores como “Boom Econômico Pós Guerra”. Pela teoria do aquecimento global, a temperatura nesta época deveria ter continuado a subir, atribuído ao aumento em larga escala das atividades industriais, porém, o que aconteceu de fato, foi uma queda na temperatura mundial por quatro décadas, que voltou a subir, paradoxalmente, na época da recessão econômica mundial dos anos 70. Essa queda de temperatura não foi explicada pelo IPCC. Uma das consequências do aquecimento global citada pelo IPCC, é a intensificação de fenômenos como tempestades tropicais, ciclones, secas, causando consequências drásticas como inundações urbanas e proliferação de doenças. Este argumento contradiz os livros de meteorologia que definem como a principal causa dos fenômenos meteorológicos, a diferenciação de temperatura entre os trópicos e o pólo. Num mundo mais quente, esta diferença seria menor, logo, haveria menos tormentas. Outra séria consequência apontada pelo IPCC, é o aumento de casos de doenças transmissíveis por insetos e a migração da malária para o hemisfério norte, sendo que a maior epidemia da malária aconteceu na União Soviética no século 20.
  • 44. 44 O critério usado pelo IPCC para dar maior importância ao dióxido de carbônico para o aquecimento global, é devido o CO2 ser o principal responsável pela intensificação do efeito estufa. Este critério é muito abstrato, pois não existem meios de provar que o aumento da concentração de CO2 atmosférico é devido a emissão antrópica de GEE. O CO2 é um gás natural da atmosfera, liberado por todos os seres vivos, vulcões e oceanos, constituindo um percentual mínimo, as emissões antrópicas. Utilizando um critério mais concreto, o vapor d’água é o gás mais importante para o efeito estufa, pois sua concentração atmosférica é cem vezes maior do que o dióxido de carbono e seu potencial de estufa é duas vezes maior (Tabela 2). As mudanças climáticas são atribuídas por vários fatores como incidência da radiação solar principalmente, o albedo planetário, erupções vulcânicas, o transporte de calor pelos oceanos e o efeito estufa. Então são muitos fatores que podem agir em conjunto ou isoladamente e em diferentes espaços de tempo para causar uma alteração climática, por isso, é imprudência atribuir a um único fator, a culpa para o aquecimento global. 5.2 Aspectos políticos. A politização do assunto começou no final dos anos 70, quando Margareth Thatcher com o objetivo de desenvolver energia nuclear, financiou pesquisas para associar a emissão de CO2 proveniente de combustíveis fósseis com o aquecimento global. As pesquisas já partiram com um pressuposto de que emissões antrópicas de GEE causassem o aquecimento global, e parecem terem ignorado muitas teorias físicas e meteorológicas para chegar a uma conclusão positiva. Foram financiadas para isto, acusar o CO2 antrópico de causar o aquecimento global, e consequentemente culpar as indústrias consumidoras de combustíveis fósseis. Já em 1981 a teoria do aquecimento global, foi apresentada na literatura por James Hansen e colaboradores, e recursos começaram a ser destinados para pesquisas específicas no assunto. Em 1988 com a criação de um órgão intergovernamental, o IPCC, o assunto ganhou repercussão mundial atraindo a atenção da mídia, que desde então, passou a divulgar notícias cada vez mais distorcidas da visão científica. Notícias cada vez mais catastróficas em evidencia, e cientistas respeitáveis, abafados pela mídia e oprimidos pelos órgãos do governo. Uma nova geração de jornalismo foi criada, o jornalista ambiental, porém, no amplo contexto do meio ambiente, o sensacionalismo caiu sobre o assunto das mudanças climáticas, com previsões exageradas, incertas e apocalípticas. Cientistas que se opõem a
  • 45. 45 estas teorias, não aparecem, e quando isto ocorre, ganham muito pouco destaque e credibilidade. Parece que a mídia generalizou uma formação de opinião, desrespeitando a efemeridade do conhecimento científico, e estabeleceu uma parceria com o governo que tem seus interesses políticos. Os órgãos governamentais mundiais, desde os anos 90, analisam qualquer petição de fundos para pesquisas científicas cuidadosamente, e liberam os recursos, se a pesquisa obedecer ao critério de ser destinada a qualquer assunto relacionado ao aquecimento global. Esta atitude dos governos está esmagando o espaço dos cientistas que tem as provas nas mãos, de que o aquecimento global é dado por causas naturais, e o homem não tem culpa sobre ele. O próprio senhor Molion já declarou ter sido prejudicado por este sistema em entrevista para revista ISTO É em 2007. “Eu tinha US$ 50 mil que o Programa das Nações Unidas havia repassado para fazer uma pesquisa na Amazônia e esse dinheiro foi cancelado”. (ISTO É, 2007). Para o PNUMA tomar essa atitude opressora com o professor Molion, é evidente que estava defendendo interesses políticos. O PNUMA e o IPCC pertencem à ONU, que é um órgão político e são representados por pessoas escolhidas para defender os interesses dos seus governos. Muitos outros cientistas, de vários países, que são contra esta “teoria política do aquecimento global”, relatam sofrerem a mesma opressão quando solicitam verbas para pesquisas de relevância científica. Esta tática do sistema fere totalmente a ética científica, que trabalha sempre visando o bem para a humanidade. Isto é um ditadura tecnológica. A partir de 1995 acontecem as Conferências entre as Partes, que em seu terceiro ano 1997, elaborou o Protocolo de Quioto, que deu base para o início do Mercado de Carbono. O Mercado de Carbono, é uma metamercado bilionário, e não foi criado por acaso, surgiu a partir de uma necessidade criada pelos órgãos competentes, tendo em vista que as emissões de GEE não influenciam no aquecimento global. Necessidade esta, criada de forma semelhante como fazem os profissionais de marketing, que criam tendências de mercado visando lucro. O objetivo declarado do Protocolo de Quioto foi de estabelecer limites de emissão de GEE, que são diferenciados entre as Partes levando em conta o grau de poluição emitida. Deveria então cada Parte cumprir a sua meta, sem estes mecanismos de flexibilização, pois o país que polui o meio ambiente, vai sofrer os danos ambientais locais, independente de ter alcançado sua meta de redução comprando RCE.
  • 46. 46 Essas políticas de prevenção do aquecimento global, causam um efeito desastroso às pessoas mais pobres do mundo. Campanhas ambientalistas falam dos riscos de usar combustíveis fósseis, mas nunca falam dos seus benefícios. O princípio da prevenção, neste caso, tira totalmente o foco da solidariedade de estabelecer maneiras de fazer chegar energia elétrica para um terço da população mundial que é desprovida deste recurso, que é o princípio básico para uma vida digna e saudável. Sabendo que 80% da matriz energética mundial é derivada dos combustíveis fósseis, e tendo em vista que o petróleo é um produto escasso e limitado, os países industrializados preocupam-se com sua estabilidade energética, e impuseram através de um protocolo, a redução de emissões. Representantes dos países pobres africanos, declaram que este protocolo está afetando o seu desenvolvimento, junto com movimentos ambientalistas fazendo a campanha de uso de energia eólica e elétrica, que não produz energia suficiente para atender a demanda africana, continente com maior índice de pobreza do mundo. Analisando no ponto de vista que as reservas atuais de petróleo são suficientes para os próximos 40 anos, o que há claramente não é uma crise climática, e sim uma crise energética. Escândalos criminosos no Mercado de Carbono, começaram a emergir desde 2009 quando empresas tentaram sonegar impostos na venda de RCE para o EU ETS acarretando em um prejuízo de € 5 bilhões, e não pararam por aí. Em 2010 outra fraude aconteceu no Mercado, quando empresas chinesas praticaram o que no Brasil é qualificado como estelionato de primeiro grau. Produziram deliberadamente o HFC-23, com potencial de estufa 11 mil vezes maior do que o CO2, para depois destruí-lo, obtendo assim, créditos de carbono de forma corrupta. Esta fraude contabilizou um prejuízo de € 40 bilhões ao Mercado de Carbono, e resultou na proibição da liberação de RCE para mitigação de HFC-23. A Política Nacional sobre Mudança do Clima, que foi regulamentada em 2009, surgiu acompanhando a visão unilateral que as mudanças climáticas são causadas por interação humana com o meio ambiente. Esta lei (12.187/99) fala sobre a mitigação da mudança do clima, que do ponto de vista científico é impossível as mãos do homem, e estimula a criação do MBRE que já está legalizado.
  • 47. 47 5.3 A farsa do aquecimento global. O clima da Terra é controlado por inúmeros fatores, internos, solares até extra galácticos, e afirmar que o dióxido de carbono controla o clima terrestre, é a maior farsa no contexto do aquecimento global, e esta notícia ainda é divulgada disparadamente pela grande mídia. Os proprietários dos meios de comunicação conseguiram enraizar firmemente a teoria do aquecimento global causado pelo homem, de forma que as vozes da oposição são severamente silenciadas, não importando o quão forte seja a prova contrária. Com toda a atenção voltada para o CO2, perde-se o foco dos reais problemas que estas mesmas indústrias causam, as automotivas por exemplo, liberam o monóxido de carbono que é um gás muito mais venenoso do que o dióxido de carbono podendo levar a morte de um indivíduo que tenha mais de 50% de CO no sistema sanguíneo. Os óxidos de enxofre que são os causadores da chuva ácida, são esquecidos com essa histeria de aquecimento global, mesmo tendo grande participação em mudanças climáticas que são realmente causadas pelo homem, pois é difícil a ocorrência de chuva ácida natural. Recursos para o desenvolvimento de pesquisas e estratégias de reduzir a emissão de monóxido de carbono, dióxidos de enxofre e materiais particulados lançados por indústrias de carvão mineral, que causam sérias doenças respiratórias, são diplomaticamente desviados para as pesquisas que tratam do aquecimento global. Previsões meteorológicas de longo prazo são totalmente ineficazes, não existindo equipamentos nem tecnologia atuais que preveja o tempo com precisão por mais de cinco dias, então estas previsões caóticas, são pura propaganda jornalística sem fundamentos científicos. As instituições de ensino devem rever o conceito de efeito estufa e a atenção dada ao aquecimento global, pois muitas estão seguindo os passos da ilusão cinematográfica, e repassando tais informações apocalípticas a respeito das mudanças climáticas, distorcendo a formação intelectual dos alunos. Que este trabalho sirva de alerta, pois é sério e apresenta evidências de grande relevância científica.