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Por Trás da
Necropsia
ENTENDENDO SUAS
MÚLTIPLAS FACES
AULA 04
Biomédica | CRBM 39.169
Habilitada em Análises Clínicas UNIP 2010.
Especialista em Imagenologia UNINOVE 2012.
Especialista em Informática em Saúde UNIFESP 2016.
Especialista em Gestão Pública UNIFESP 2019.
Especialista em Biomedicina Estética IPESSP 2020.
Mestranda em Educação em Ciências da Saúde IUNIR 2021 a 2023
Doutoranda em Ciências Biomédicas IUNIR 2023
P R O F . ª F E R N A N D A M E I R A
REVISÃO
necropsia
“É a série de observações e intervenções
efetuadas no cadáver com o objetivo de
esclarecer a causa da morte (causa mortis),
quer sob o ponto de vista médico, quer
jurídico.”
Necropsia anátomo clínica ou
anatomopatológica ou não judicial versus
Necropsia forense ou médico legal ou judicial.
tipos de morte
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
As mortes podem ocorrer por diversas causas,
as quais podem ser classificadas em: morte
natural, morte suspeita, morte súbita, morte
reflexa (torturas), mortes violentas, mortes
agônicas (Aids, Câncer).
Nos casos de óbito por causas naturais, em que
o individuo não se encontrava em assistência
médica, o mesmo é encaminhado ao Serviço de
Verificação de Óbitos (SVO).
Se a morte for suspeita, é encaminhado ao
Instituto Médico Legal (IML).
DIVISãO E INDICAÇÕES DE NECROPSIA
TIPOS DE NECROPSIA
Necropsia Anátomo clínica ou
Anatomopatológica ou não Judicial.
versus
Necropsia Forense ou Médico Legal ou
Judicial.
Indicações de Necropsia
NECROPSIA ANÁTOMO CLINICA
Quem solicita é Médico
Quem faz Médico Anátomo Patologista
Ingresso certame público
Formação Residência Médica ( 3 anos)
Finalidade Cientifica / Causa Mortis
NECROPSIA FORENSE
Autoridade Judicial
Médico legista
Ingresso certame público
Formação ( 3 a 4 meses)
Judicial
Indicações de Necropsia
NECROPSIA ANÁTOMO CLINICA
Técnicas de Ghon , Virchow, Letulle ,
Rokistansky e suas variantes.
Pessoal de apoio Técnicos e Auxiliares
Material Cirúrgico ; pinças , bisturi , tesoura,
serra elétrica, afastares, agulha de bisturi,
faca, régua, balança.
Duração das Necropsias até 7 horas
Histológico, Citológico , RX
Registro Fotográfico
Fixação
Formaldeido 10 %
NECROPSIA FORENSE
Técnicas de Ghon , Virchow, Letulle ,
Rokistansky e suas variantes.
Pessoal de apoio Técnicos e Auxiliares
Material Cirúrgico ; pinças , bisturi , tesoura,
serra elétrica, afastares, agulha de bisturi,
faca, régua, balança.
Variam de minutos a dias.
Histológico, RX, DNA e Toxicológico
Registro Fotográfico
Fixação
Formaldeido 10 %
Timmerman University | Biology | 2023
Rotinas de serviço de verificação
de óbito e Instituto médico legal
Serviço de verificação de óbito é uma prática
que tem o propósito de esclarecer as causas da
morte quando ocorre de forma natural e sem
assistência médica, bem como nas situações
em que a morte ocorre em serviços de saúde e
sem causa definida.
O instituto médico legal é a instituição que
realiza laudos dos cadáveres, procedimentos
de necropsia, exames toxicológicos, exames de
lesão corporal e cautelar
Page
Necropsia anátomo clínica ou
anatomopatológica ou não judicial
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
Serviço criado pela legislação, de diversos
estados, com a finalidade precípua de se
verificar ou esclarecer, mediante exame
necroscópico, a causa real da morte, nos casos
em que esta tenha ocorrido de forma não
violenta sem assistência médica, ou com
assistência médica quando houver
necessidade e apurar a exatidão do
diagnóstico.
Serviço de Verificação de Óbito
Tem por objetivo esclarecer causas mortes,
quando essa morte ocorre de forma natural e
sem assistência médica, bem como nas
situações em que a morte ocorre em serviços
de saúde e não tem causa definida.
A implantação do SVO possibilita que
emergências epidemiológicas sejam
detectadas, o que pode auxiliar no controle de
doenças.
É um serviço subordinado à administração
municipal.
Os membros da equipe de svo são médicos
patologistas, técnicos de laboratórios,
secretários, técnicos de necropsia e ou
auxiliares de necropsia.
O serviço funciona de segunda a sexta com
horário 07:00 as 19:00, bem como plantões
noturnos 19:00 as 7:00. aos finais de semana
plantão de 24 horas.
Serviço de Verificação de Óbito
rotina do svo
A rotina do óbito segue o seguinte tramite pelo
médico: o óbito é constatado pelo médico e
caracterizar o mesmo em prontuário.
Enquanto isso a equipe de enfermagem emite
aviso de óbito e identifica o óbito com etiqueta,
nela deve conter para onde o óbito deve ser
encaminhado (SVO, IML) e encaminhar para
câmara fria (necrotério) .
Por sua vez o técnico de necropsia deverá fazer o
registro do cadáver no svo e levar o mesmo para
sala de necropsia.
Deve auxiliar o médico no procedimento de
necropsia e providenciar que o corpo seja
liberado.
rotina do svo
MÉDICO PATOLOGISTA
Responsável pela realização das necrópsias do
serviço.
Determinação diagnóstica da “causa mortis”.
Estudo conjunto das alterações estruturais e
funcionais dos tecidos e órgãos.
TÉCNICOS DE NECRÓPSIA
Preparação de elementos e trabalhos operacionais
complementares.
Auxiliam ainda no registro e identificação dos
cadáveres.
Conservação e limpeza dos instrumentos.
Função de traslado dos corpos para a mesa de
necrópsia.
rotina do svo
LABORATORISTA
Fixação de material
Análise morfológica
Faz a coloração e montagem das lâminas
Manutenção e regulagem dos microscópios
Controla o estoque de reagentes e outros insumos
utilizados no serviço
Pesquisar causas do óbito por morte natural
Pesquisar as causas do óbito por
consequência de patologia não identificada
pelo clínico;
Caso de óbito em que não houve
acompanhamento médico do paciente.
Serviço de Verificação de Óbito
rotina do svo
SECRETÁRIA
Organização e controle das atividades
administrativas.
Redação e digitação de documentos e
encaminhamento.
Encaminhar as solicitações de Avaliação de
Cadáveres e Fichas da Comissão de Revisão de
Óbitos.
Atender familiares fornecendo a Declaração de
Óbito e orientações acerca das providências
quanto ao registro de falecimento no Cartório de
Registro Civil.
rotina do svo
COORDENADOR DO SVO
Assessorar, assistir e apoiar a Superintendência no
planejamento, coordenação, execução, supervisão e
controle das atividades de interesse da Instituição
no Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
Zelar pelo cumprimento das normas legais e
regulamentares internas.
Planejar, coordenar e controlar as atividades
desenvolvidas no SVO.
Verificar e garantir que os impressos oficiais
(Declarações de Óbito, Fichas da Comissão de
Revisão de Prontuários, Pedidos de Necrópsia e
outras) sejam preenchidos em conformidade.
Visa obter informações sobre a natureza, a
extensão, as complicações da patologia e
suas consequências.
Maior fonte de ensino em Patologia.
Mortes sem uma devida explicação durante
a internação.
Enfermidades raras e Pacientes que se
submeteram a protocolos de pesquisa
clínica Mortes perinatais e infantis precoce
sem diagnóstico clínico confiável.
Serviço de Verificação de Óbito
Portaria nº 1405, de 29 de Junho de 2006 Art. 9º.
Os SVO, independentemente de seu Porte, deverão
obrigatoriamente:
I. funcionar de modo ininterrupto e diariamente,
para a recepção de corpos;
II. atender à legislação sanitária vigente;
III adotar as medidas de biossegurança pertinentes
para garantir a saúde dos trabalhadores e usuários
do serviço;
IV contar com serviço próprio de remoção de
cadáver ou com um serviço de remoção contratado
ou conveniado com outro ente público,
devidamente organizado, para viabilizar o fluxo e o
cumprimento das competências do serviço.
Serviço de Verificação de Óbito
MORTE
VIOLENTA
MORTE
DE CAUSA
SUSPEITA
MORTE
NATURAL
ANTECEDENTES
PATOLÓGICOS
MORTES
EVIDENCIADAS
NECROPSIA
necropsia forense: indicações
NECROPSIA FORENSE
Realizada por um Médico Legista.
Incluem-se as circunstâncias que precederam
e circundaram a morte, além da inspeção e
coleta de provas no local.
Componente primordial na investigação
criminal.
IML
O Instituto Médico Legal (IML) foi criado com a
finalidade de prover critérios em Medicina Legal para
possibilitar o julgamento de causas criminais.
Subordinado a Polícia Técnico Científica, as principais
funções do IML são a Necropsia e atendimento a
indivíduos vivos que sofreram infortúnios de diversas
naturezas( acidentes, agressões) .
O IML possui núcleos especializados em radiologia
Tanatologia Forense, Odontologia Forense, Clinica
Médica, Anatomia Patológica, Antropologia,
Toxicologia Forense.
Para a realização da Necropsia em IML, é necessário
que seja devido aos seguintes fatores (que são
previstos em lei):
IML
Morte Violenta.
Morte Suspeita.
Morte Natural de individuo sem
identificação.
IML
Se houve Morte?
Qual a causa da morte?
Qual o instrumento ou meio que produziu a
morte? Veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura,
ou por outro meio indicioso ou cruel.
Interna Inspeção
Vestes Externa
Conjunto Grandes Segmentos
Cavidade craniana
Cavidades torácica e Abdominal
Cavidade vertebral
Órgãos do pescoço
Cavidades acessórias da cabeça
Conjunto Peça por Peça
Bolso Manchas Solução de continuidade
Técnica médico-legal
A necropsia médico legal deve ser sempre
completa, isto é, compreende a abertura da caixa
craniana, caixa torácica, cavidade abdominal, por
vezes a abertura do ráquis e a exploração de
qualquer outro segmento corporal desde que isso
possa contribuir para o completo esclarecimento
dos objetivos da necropsia.
As incisões das partes moles e as aberturas das
estruturas ósseas destinam se a permitir a
observação “in loco” dos diferentes órgãos e
sistemas, registrar as suas alterações morfológicas,
patológicas ou traumáticas, permitir também a sua
retirada e posterior observação e corte de forma
individualizada com registro dos achados
relevantes.
Técnica médico-legal
Caso seja justificado, proceder se á à colheita de
fluídos corporais e/ou vísceras e seus conteúdos
para a realização de exames complementares.
Por fim, as vísceras serão introduzidas
novamente no interior das cavidades torácicas e
abdominal e encerradas todas as incisões que
foram necessárias realizar.
Procurar se á entregar à família o cadáver nas
melhores condições possíveis, devendo o
médico que realiza a necropsia não proceder a
qualquer exploração para além das previstas
pela técnica da necropsia que não seja
justificada e que de algum modo possa
desfigurar o cadáver.
MEIOS COMPLEMENTARES
DE DIAGNÓSTICO
No decorrer da necropsia, e dependendo do caso
em análise, o médico pode solicitar exames
complementares, como:
Exames toxicológicos (alcoolemia, drogas de
abuso, medicamentos, inseticidas, monóxido de
carbono, drogas minerais, etc.)
Exame histológico;
Exame bioquímico (humor vítreo);
Exame bacteriológico (sangue, urina, LCR, outro);
Exame virulógico
MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO
DNA;
Pesquisa de esperma (cavidade oral, vaginal, anal,
outra);
Pesquisa de diatomáceas;
Pesquisa de resíduos de disparo de arma de fogo;
Exame de projéteis;
Exame de armas e ou instrumentos;
Exame de peças de vestuário;
Estudos metabólicos (morte súbita infantil);
Raios X.
iml
Quando o corpo é encaminhado para Necropsia ,
são realizados diversos exames, com o fim de
esclarecer quais foram as conjunturas para o óbito.
Não há um período determinado para realização
deste procedimento, que deve ser extremamente
criterioso.
Para que o corpo seja liberado, deve haver
acompanhamento parentesco de 1 grau ou outro
responsável, mediante autorização prévia do
delegado local. A documentação para que o cadáver
seja liberado podem ser:
Rg
Carteira de trabalho
Certidão de nascimento
Certidão de casamento
Carteira de habilitação
iml
No caso de ausência de documentos, são obtidas
as impressões digitais do cadáver e
posteriormente enviadas para reconhecimento no
Instituto de Identificação.
As impressões de digitais são colhidas em
documentos (fichas) especificas.
A importância em conhecer SVO e IML está
implicada , para os profissionais relacionados a
saúde, em saber fazer e em quais instituições
recorrer ao se defrontar com um caso de óbito.
Em particular os profissionais que lidam
diretamente com este tipo de situação médico
patologista, técnico de necropsia e auxiliar de
necropsia.
DISPOSITIVOS LEGAIS DA
NECROPSIA MÉDICO-LEGAL
Artigo 162 do Código de Processo Penal
estabelece que, respeitado o tempo mínimo de
6 horas a partir do momento do óbito, o corpo a
ser necropsiado permanecerá á inteira
disposição do estudo médico legal, ressalvando
que poderá ser realizado antes daquele tempo a
critério dos peritos, em face dos sinais evidentes
de morte, o que deverão obrigatoriamente
declarar no laudo.
Relatório médico-legal
A necropsia médico-legal implica sempre a
elaboração do respectivo relatório que
deverá ser enviado no mais curto espaço de
tempo à autoridade judicial que solicitou a
sua realização,
QUESTÕES
1. Cite os tipos de morte e explique-os.
2. O que é S.V.O?
3. Quem são os membros do S.V.O?
4. O que é Instituto médico Legal?
5. Quais os critérios para liberação do corpo do
I.M.L?
6. Cite as principais funções do I.M.L?
TÉCNICAS DE NECROPSIA
instrumental
Grande parte do instrumental utilizado em
necropsia é de aplicação cirúrgica.
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
No Brasil, há pequenas variações com relação à
utilização de equipamentos e manobras
realizadas em necropsias policiais, porém, o
que se observa é que essa variação decorre
mais da preferência dos profissionais
envolvidos do que necessariamente de
alteração da técnica.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
instrumental
CUIDADOS NO
MANUSEIO DO CADÁVER
SEGURANÇA PROFISSIONAL
DURANTE A NECROPSIA
O termo "Segurança Profissional Durante
Procedimento de Necropsia" traduz para os
peritos e auxiliares que a prática deste ato
técnico deve estar revestida de toda garantia de
segurança.
Uma vez que, durante a necropsia, os
profissionais se expõem às áreas com solução de
continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver,
a fluidos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
SEGURANÇA PROFISSIONAL
DURANTE A NECROPSIA
Peritos médicos legistas e auxiliares técnicos que
realizam necropsias estão expostos a risco de
contaminação caso medidas adequadas de
proteção não sejam rigorosamente observadas.
Timmerman University | Biology | 2023
SEGURANÇA PROFISSIONAL
DURANTE A NECROPSIA
Higiene das mãos;
Uso de luvas;
Máscara;
Gorro;
Óculos de Proteção;
Capote (Avental);
Botas de látex;
Page
Instrumental
EM NECROPSIA
AGULHAS DE SUTURA
Agulha para sutura, triangular, reta,
com cerca de 10cm de
comprimento.
Agulha para sutura, triangular,
semi reta, com cerca de 10 cm de
comprimento.
B10
B06
B04
B02
Balança para pesar o corpo.
Balança para pesar órgãos grandes.
Balança para pesar órgãos pequenos.
Balança analítica para órgãos muito pequenos.
BALANÇAS
BISTURIS
Bisturi abotoado
Bisturi descartável
Bisturi Escalpelo pequeno/grande
Bisturi Esmarch
CEPO
O cepo é uma peça que pode ser de madeira,
aço ou fibra.
É utilizado para dar apoio à cabeça do cadáver
durante a necropsia.
CHAIRA
Instrumental utilizado para afiar a lâmina das
facas e obter um bom fio.
Também pode ser usada a pedra de amolar.
Instrumental utilizado para realizar incisões.
Possui lâmina com bom fio e deve ser
descartado após o uso.
BISTURI DESCARTÁVEL
FACA DE AMPUTAÇÃO DE COLLIN
Faca específica para manobras de amputação.
Deve estar sempre limpa e bem afiada.
TESOURA DE SMITH
É uma tesoura robusta utilizada para cortes
grosseiros que não requerem regularidade ou
precisão, como cortar vestes e bandagens
presentes no cadáver.
É uma faca específica para a necropsia.
Destinada a incisões na pele
Abre o tecido subcutâneo e adjascente.
FACA DE VIRCHOW
É composto de uma cunha que forma com o cabo
uma peça única em semi arco.
O cabo apresenta uma concavidade, que melhora
o apoio.
O raquítomo é utilizado como uma machadinha,
para cortar o corpo das vértebras e para se obter a
medula espinal completa.
RAQUÍTOMO
As ruginas são instrumentos utilizados para
desgastar o periósteo craniano por atrito ou por
pequenos golpes, deixando os ossos desnudos,
permitindo apurar detalhes, bem como facilitar a
ação da serra.
RUGINAS
CONCHA
A concha em aço inoxidável é semelhante a uma
concha doméstica, porém com cuba e cabo em
peça única, sendo o cabo com cerca de 20cm de
comprimento e a concha com 100mL de volume.
É utilizada para retirar conteúdo líquido das
cavidades e do estômago.
SERRAS
As serras podem ser manuais, elétricas circulares e
vibratórias.
É preciso cuidado durante a aplicação da serra para não
atingir estruturas internas como meninges e encéfalo.
O técnico procura criar uma fissura de fragilidade, que
permite a ação de uma ferramenta para dar apoio à
abertura do crânio.
SERRAS
Serra circular sendo utilizada em
crâniotomia durante o procedimento de
necropsia.
OSTEOTOMO
Osteótomo são instrumentos (dispositivos)
simples que foram projetados e são usados para
facilitar o corte ou de alguma forma marcar ou
dividir o osso.
ESCOPRO, CINZEL E MARTELOS
São instrumentos utilizados para romper a tábua
interna da caixa craniana e remover a calota após a
demarcação da linha de menor resistência pela
serra.
Para remover a calota craniana, introduz-se o
escopro ou o cinzel no sulco feito pela serra, bate-se
com o martelo e gira-se o instrumento sobre seu
próprio eixo.
Ouve-se um ruído característico do
rompimento da tábua interna do crânio.
Feito isso em três ou quatro pontos, coloca-se
o gancho do martelo na fenda e traciona-se
contra si, forçando assim a saída da calota
craniana.
ESCOPRO, CINZEL E MARTELOS
CUIDADOS COM O MATERIAL
Aumentar sua vida útil dos materiais.
Evitar contaminações, respeitando as normas e
especificações dos fabricantes.
Tomar cuidado com os cortes, articulações e serrilhas
dos instrumentos.
Realizar limpeza adequada após o uso.
conduta instrumentaria
em necropsia: INCISÕES
INCISÕES
Dentre as incisões realizadas em Necropsia, a
incisão bimastóidea e submentoxifopubiana são
as mais realizadas.
INCISÕES MAIS COMUNS
A submentoxifopubiana é realizada para
expor as cavidades torácica e abdominal do
cadáver.
INCISÕES
A bimastóidea é aquela qual é possível afastar
os retalhos do couro cabeludo para realizar a
exposição do crânio.
INCISÕES
conduta instrumentaria
em necropsia: CRÂNIOTOMIA
CRÂNIOTOMIA
É realizada logo após a incisão bimastóidea e
afastamento dos retalhos do couro cabeludo
do cadáver.
O procedimento varia com a idade do
indivíduo: para abrir o crânio de um cadáver
adulto, é utilizada a serra elétrica.
Em crianças com menos de 1 ano de idade,
comumente é utilizada a tesoura.
CRÂNIOTOMIA
O instrumental utilizado na craniotomia compõe-
se de:
Rugina Lambotte.
Ruginas de Farabeuf, reta e curva.
Rugina de Putti.
Rugina de Robert Jones.
Serra Mathieu (também conhecida como serra de
Farabeuf).
Serra vibratória.
Serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de
Saterrice ou serra de arco utilizada em construção
civil.
Cinzel e escopro.
Martelo de Hajek.
conduta instrumentaria
em necropsia: CAVIDADES DO TRONCO
INSPEÇÃO DAS CAVIDADES
DO TRONCO
Para a inspeção das cavidades torácica e
abdominal são utilizados os seguintes
instrumentos:
Bisturi descartável
Faca de amputação de Collin
Costótomo
Cisalha de Liston articulada
Concha em aço inoxidável
Enterótomo
Pinça de dissecção
conduta instrumentaria
em necropsia: RECONSTITUIÇÃO
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
Compreende uma técnica de fechamento que
visa deixar o cadáver no melhor estado de
apresentação possível.
O corpo deve ser reconstituído de modo que,
depois de vestido, não haja evidências da
necropsia.
RECONSTITUIÇÃO
Pinças anatômicas do tipo dente de rato.
Agulha para sutura, triangular, reta, de cerca de
10cm de comprimento.
Agulha para sutura, triangular, semi-reta, de
cerca de 10cm de comprimento.
Linha crua.
Tesoura de Mayo.
Bandagem ou tecido de algodão.
RECONSTITUIÇÃO
PINÇAS
Servem para fixar melhor os tecidos a serem
suturados.
A pinça do tipo dente de rato é de melhor
utilização para a pele.
Timmerman University | Biology | 2023
AGULHAS
As agulhas utilizadas na recomposição do
cadáver apresentam as seguintes características:
corpo robusto com aproximadamente 10cm,
fundo rombo, corpo reto ou semi-reto e ponta de
reverso cortante.
São muito comuns agulhas longas com pontas
cortantes, utilizadas para costurar tecidos ou
couro.
LINHAS
Preferencialmente, a linha utilizada na sutura de
cadáveres é de fibra de cânhamo devido às
vantagens apresentadas, tais como resistência,
durabilidade, aderência, disponibilidade no
mercado e preço.
SUTURAS
As suturas mais frequentes são uma variante da
sutura de Schmieden e da sutura de Cushing.
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 1: Qual é o principal objetivo da necropsia?
a) Identificar doenças pré-existentes no cadáver.
b) Determinar a causa da morte e avaliar doenças ou lesões presentes.
c) Realizar uma autópsia para fins religiosos.
d) Preservar o corpo após a morte.
e) Avaliar a temperatura corporal após o óbito.
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 2: Qual é a origem da palavra "necropsia"?
a) Latim
b) Grego
c) Árabe
d) Inglês
e) Espanhol
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 3: Quem é geralmente responsável por realizar uma
necropsia?
a) Médico legista
b) Enfermeiro
c) Dentista
d) Farmacêutico
e) Fisioterapeuta
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 4: Qual foi o primeiro registro histórico conhecido de
necropsia?
a) No antigo Egito
b) Na Grécia Antiga
c) No Império Romano
d) Na Idade Média
e) Na China Antiga
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 5: O que é o algor mortis?
a) O endurecimento dos músculos após a morte
b) A palidez da pele que ocorre logo após a morte
c) O esfriamento do cadáver após a morte
d) As manchas que surgem na pele após a morte
e) A decomposição dos órgãos internos
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 6: Qual é a importância da necropsia para a pesquisa
médica?
a) Identificar a temperatura do cadáver
b) Preservar o corpo para fins religiosos
c) Contribuir para a pesquisa de ensino e auxiliar na investigação de
crimes
d) Avaliar a rigidez dos músculos após a morte
e) Determinar a idade do cadáver
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 7: O que são "alterações cadavéricas" em uma necropsia
forense?
a) São mudanças no comportamento do cadáver
b) São modificações que surgem no corpo do cadáver após a morte
c) São alterações na temperatura ambiente
d) São alterações na dieta do cadáver
e) São alterações no estado de consciência do cadáver
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 8: Qual das seguintes afirmações sobre o cólon sigmoide
está correta?
a) É uma parte do intestino delgado
b) Desempenha um papel na absorção final de água e eletrólitos
c) É responsável por produzir hormônios sexuais femininos
d) Está localizado na cavidade craniana
e) É o principal órgão do sistema circulatório
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 9: O que é a cavidade hipogástrica?
a) É uma cavidade no crânio
b) É uma cavidade no tórax
c) É uma cavidade na região inferior das costelas
d) É uma cavidade na parte inferior do abdome
e) É uma cavidade na região lombar
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 10: Qual das seguintes estruturas não é encontrada na
cavidade torácica?
a) Coração
b) Pulmões
c) Fígado
d) Traqueia
e) Timo
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 11: O que é o rigor mortis?
a) Uma técnica de necropsia
b) Uma técnica de embalsamamento
c) Uma mudança bioquímica nos músculos que causa endurecimento
d) Uma condição médica pré-existente
e) Uma doença infecciosa
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 12: Quais são os fatores que podem acelerar o início e
o fim do rigor mortis?
a) Exercício antes da morte e temperaturas ambientais baixas
b) Temperaturas ambientais elevadas e pneumonia
c) Convulsões e hipotermia
d) Hemorragia e eletrocussão
e) Doenças do sistema nervoso e drogas que aumentam a
temperatura corporal
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 13: Onde está localizado o cólon sigmoide no corpo
humano?
a) Na cavidade craniana
b) Na cavidade torácica
c) Na cavidade abdominal
d) Na cavidade pélvica
e) Na cavidade lombar
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 14: O que é a cavidade epigástrica?
a) Uma cavidade no crânio
b) Uma cavidade na região do abdome
c) Uma cavidade no tórax
d) Uma cavidade na pelve
e) Uma cavidade nas costas
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 15: O que é o pallor mortis?
a) O esfriamento do cadáver
b) O endurecimento dos músculos após a morte
c) A palidez da pele que ocorre logo após a morte
d) As manchas que surgem na pele após a morte
e) A decomposição dos órgãos internos
QUESTÕES
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Questão 16: Qual é o órgão encontrado na cavidade
hipocôndrio direito?
a) Baço
b) Cólon sigmoide
c) Fígado
d) Coração
e) Estômago
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
O exame cadavérico necropsia é um
procedimento médico
Visa analisar a Anatomia
Motivo da morte
Alterações orgânicas no pos-mortem
TÉCNICAS DE NECROPSIA
IMPORTÂNCIA
A necropsia é de grande auxílio à Justiça para
esclarecimento quando o cadáver é o vestígio
material do crime, sendo o exame de
necropsia o próprio exame do corpo de delito.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
IMPORTÂNCIA
O estudo detalhado da vítima possibilita
determinar:
Identificação
Hora aproximada da morte
Causa e meio que produziu a morte
Etc.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
IMPORTÂNCIA
Timmerman University | Biology | 2023
A necropsia consiste:
No estudo das características externas do corpo
e das mudanças ocorridas em todos os órgãos
depois da morte,
No exame macroscópico, que fornece material
para o exame microscópico, no qual serão vistas
as alterações tissulares e celulares.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
PRINCIPAIS TÉCNICAS
Page
O médico deve estabelecer relação entre os
achados macroscópicos e microscópicos com as
informações da história do paciente, podendo
então diagnosticar a causa da morte.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
PRINCIPAIS TÉCNICAS
Existem quatro técnicas básicas de necrópsia:
Técnica de Rokitansky (1842)
Técnica de Ghon (1890)
Técnica de Virchow (1893)
Técnica de Letulle (1900)
TÉCNICAS DE NECROPSIA
PRINCIPAIS TÉCNICAS
Alguns autores modificaram ou aperfeiçoaram essas técnicas, com a
finalidade de adequar a tarefa com o tipo específico de necropsia.
Cada serviço de patologia e de necropsia forense tem sua própria
técnica, que na verdade é uma variante ou um misto de uma ou
mais das quatro técnicas básicas de necropsia.
IMPORTANTE
Técnica de
Rokitansky
TÉCNICA DE ROKITANSKY
A primeira técnica completa de autopsia a ser
descrita, ou seja, realizada de maneira
sistemática e ordenada, foi a técnica de
Rokitansky (1842).
Nela eram efetuados o exame ectoscópico, a
dissecção in situ das vísceras e, em seguida, a
remoção independente de cada órgão.
Rokitansky foi hábil em associar os sintomas das
doenças às lesões observadas nos cadáveres que
apresentavam a enfermidade, tendo como base a
anatomia e a fisiologia, duas ciências
complementares que se baseiam no princípio de que
a forma existe em razão da função fisiológica e vice
versa.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Apoiado nesse axioma, ele constatou que
alterações morfológicas levavam a mudanças
fisiológicas que, por sua vez, comprometiam todo
o sistema, sendo o oposto também verdadeiro.
Por tudo isso, Rokitansky é considerado um dos
fundadores da anatomia patológica.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Análise IN SITU DO MIOCÁRDIO
Na sua técnica de necropsia, Rokitansky buscava
desvendar se os elementos físicos
representavam o padrão de referência quanto ao
aspecto e à topografia usuais.
Após essa etapa, seguia-se o exame peculiar de
cada órgão, considerados como um único bloco,
um monobloco.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Dissecação com o órgão ainda no seu lugar original
Os órgãos eram incisados em sua posição
anatômica, analisados no próprio local e só depois
se realizava a exérese de cada órgão
individualmente, a despeito de sua associação
funcional com os demais.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Observação do pulmão in situ
O procedimento da retirada dos órgãos segue
tradicionalmente o sentido cefalocaudal.
Essa sequência de trabalho pode ser alterada
em função de diversas variantes, tais como o
estado de conservação do cadáver.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
TÉCNICA
DE GHON
Essa técnica de autopsia foi criada pelo
patologista austríaco Anton Ghon (1866-1936).
Trabalhou em vários países da Europa e nos
EUA.
Reconhecido mundialmente pela realização de
importantes descobertas científicas,
principalmente na área da patologia pulmonar.
TÉCNICA DE GHON
Ghon modificou a técnica original de Rokitanski,
introduzindo métodos de evisceração em
monoblocos vinculados anatomicamente e/ou
funcionalmente, razão pela qual seu nome foi
dado a essa técnica.
TÉCNICA DE GHON
Aspecto anatômico do pulmão
A técnica consiste na abertura do crânio e da
cavidade toracoabdominal.
1º monobloco: estruturas anatômicas que se
encontram no mediastino e se estendem aos
pulmões e órgãos da boca e pescoço.
2º monobloco: Sistema digestivo.
3º monobloco: Sistema urogenital masculino ou
feminino.
4º monobloco: Segmento terminal do duodeno,
jejuno, íleo e cólon.
TÉCNICA DE GHON
Realiza-se uma incisão descendente, em forma
de Y, que se inicia no ombro esquerdo, passando
internamente aos mamilos até atingir o terço
inferior da região esternal e, em seguida,
ascende ao ombro direito.
Aprofunda-se a incisão até encontrar o gradil
costal, começando a dissecção por baixo dos
planos musculares, em direção ao pescoço.
O retalho cutâneo deve ser tracionado para
cima e para trás.
TÉCNICA DE GHON
Os órgãos precisam ser examinados antes de
eviscerados para que sejam observadas
possíveis mudanças na sua posição e relação,
presença de aderências, fístulas, deiscência de
suturas, abscessos, peritonite etc.
Depois de retirados, não há mais como avaliar a
maioria dessas alterações, ou ter certeza de que
já existiam antes e não foram provocadas pela
própria evisceração (no caso de rupturas, por
exemplo).
TÉCNICA DE GHON
O primeiro monobloco é formado pelas
estruturas anatômicas que se encontram no
mediastino, estendendo-se até os pulmões e os
órgãos da boca e do pescoço.
Contém o coração e o pericárdio, os grandes
vasos relacionados com o coração, o esôfago, a
artéria aorta torácica, o timo, a traqueia, além
dos brônquios principais e outras estruturas dos
hilos pulmonares.
TÉCNICA DE GHON
1º monobloco
O segundo monobloco é constituído pelo sistema
digestivo, representado por segmento do esôfago (terço
inferior) e do duodeno, estômago, pâncreas, fígado,
sistema biliar e baço.
TÉCNICA DE GHON
2º monobloco
O terceiro monobloco compõe-se das glândulas
supra-renais, rins, ureteres, bexiga, reto, próstata
e vesículas seminais (sistema urogenital
masculino), útero, tubas uterinas e ovários
(sistema urogenital feminino).
A retirada desse monobloco não pode ser feita
com os intestinos ainda no local.
TÉCNICA DE GHON
3º monobloco
O quarto monobloco é formado pelo segmento terminal
do duodeno, jejuno, íleo e cólon.
Embora seja o último, esse monobloco deverá ser o
primeiro a ser examinado logo após a abertura das
cavidades abdominal e torácica, devido à rápida autólise
que ocorre no trato gastrointestinal.
TÉCNICA DE GHON
4º monobloco
TÉCNICA DE
VIRCHOW
A técnica de Virchow foi desenvolvida por
Rudolf Virchow em 1893 e ainda hoje é bastante
utilizada.
Consiste na retirada de órgão a órgão como
uma forma de estudo particularizada, sendo de
grande valia na patologia forense.
TÉCNICA DE VIRCHOW
A principal característica da técnica de Virchow
consiste no reconhecimento global das vísceras
no seu local anatômico e na análise posterior de
cada órgão separadamente.
Consiste em uma incisão única, medial, que se
inicia na margem inferior do mento, seguindo a
linha média, pela face anterior do pescoço, tórax
e abdome, contornando neste último o umbigo,
pelo lado esquerdo, até atingir o púbis.
TÉCNICA DE VIRCHOW
Estômago com sinais externos de
presença de corpos estranhos.
É então retirado, desinserindo-se o músculo
diafragma através de um corte rente às costelas,
seccionando-se os planos celulares do
mediastino anterior à medida que este é
levantado.
TÉCNICA DE VIRCHOW
Remoção do estômago com respectivo conteúdo
após ligadura da cárdia e do piloro
Posteriormente, efetua-se a retirada órgão a
órgão, a fim de analisar separadamente cada
estrutura, para determinar em qual deles
encontrava-se a patologia ou traumatismo que
levou à morte do indivíduo necropsiado.
TÉCNICA DE VIRCHOW
TÉCNICA DE
LETULLE
TÉCNICA DE LETULLE
Basicamente, certos caracteres devem ser
pesquisados e minuciosamente relatados:
O desenvolvimento do esqueleto, fazendo-se
referência a deformidades existentes.
O estado de nutrição, avaliado pela quantidade
de tecido adiposo subcutâneo e de massa
muscular.
TÉCNICA DE LETULLE
Os fenômenos cadavéricos tardios, que
constituem alterações passivas decorrentes de
mecanismos de ordem física: desidratação
tegumentar, resfriamento corporal e livores de
hipóstase; e de ordem química: autólise, rigidez
muscular e putrefação, são utilizados em
conjunto para a determinação da hora da morte.
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
TÉCNICA DE LETULLE
Além disso:
Observa-se o aspecto da pele, verificando-se a
presença de lesões cutâneas, cicatrizes, incisões,
tatuagens ou alterações de coloração (que podem
ser patológicas, traumáticas ou decorrentes dos
sinais tardios de morte).
Também são observadas secreções provenientes
do nariz, da boca, dos ouvidos, da uretra, da
vagina e do ânus.
O corte e o exame das vísceras devem ser
realizados, bem como a pesagem de todas elas.
Havendo necessidade de exames
complementares, coleta-se material para
toxicologia e/ou histopatologia.
A necropsia termina com a devolução das
vísceras ao corpo, restauração e limpeza do
cadáver.
TÉCNICA DE LETULLE
W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M
TÉCNICAS DE NECROPSIA
A necropsia consiste no estudo das
características externas do corpo e das mudanças
ocorridas em todos os órgãos depois da morte, a
partir do exame macroscópico, no qual serão
vistas as alterações tissulares e celulares.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
O médico deve estabelecer relação entre os
achados macroscópicos e microscópicos com as
informações da história do paciente, podendo
então diagnosticar a causa da morte, a doença de
base e outras patologias concomitantes.
Existem quatro técnicas básicas de necropsia
(The University of Texas, 2004):
Técnica de Rokitansky (1842): Os órgãos são
abertos e examinados no próprio sítio
anatômico, sendo posteriormente retirados de
maneira isolada.
Técnica de Ghon (1890): A evisceração se dá
através de monoblocos de órgãos relacionados
anatomicamente e/ou funcionalmente.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Timmerman University | Biology | 2023
Técnica de Virchow (1893): Os órgãos são
removidos um a um e, em seguida, examinados
fora do seu local anatômico.
Técnica de Letulle (1900): Faz-se uma grande
incisão nas cavidades torácica e abdominal, a fim
de se ter uma ampla visão do conjunto de suas
vísceras; o conteúdo das cavidades torácica e
abdominal é retirado em um só bloco.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
Page
Alguns autores modificaram ou aperfeiçoaram
essas técnicas, com a finalidade de adequar a
tarefa com o tipo específico de necropsia.
Cada serviço de patologia e de necropsia forense
tem sua própria técnica, que na verdade é uma
variante ou um misto de uma ou mais das quatro
técnicas básicas de necropsia.
TÉCNICAS DE NECROPSIA
A técnica de Rokitansky, introduzida em 1842, foi
a primeira abordagem completa e sistemática do
exame post-mortem.
Desenvolvida por Carl Rokitansky, esta técnica
envolveu um exame detalhado do corpo,
incluindo a dissecação in situ das vísceras e a
remoção individual de cada órgão.
O objetivo era identificar as alterações
sistêmicas que levaram à morte, examinando
todas as estruturas anatômicas,
independentemente de sua relação direta com a
doença.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Rokitansky, considerado um dos fundadores da
anatomia patológica, foi habilidoso em
correlacionar os sintomas das doenças às lesões
observadas nos cadáveres. Ele baseou suas
observações na anatomia e fisiologia,
compreendendo que alterações morfológicas
influenciavam as funções fisiológicas e vice-
versa.
Essa abordagem destacou a inter-relação entre
forma e função, sendo fundamental para a
compreensão das doenças e suas manifestações
no corpo humano.
Na técnica de necropsia de Rokitansky, os
elementos físicos eram investigados para
determinar se representavam o padrão usual de
aspecto e topografia. Em seguida, cada órgão era
examinado como um único bloco, incisado em
sua posição anatômica antes da remoção
individual. Essa abordagem, baseada na
anatomia organológica, difere das técnicas
convencionais que seguem a anatomia sistêmica.
A ordem de remoção dos órgãos
tradicionalmente segue do céfalo ao caudal, mas
pode ser ajustada conforme a condição do
cadáver, interesses clínicos ou decisão do legista.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Pode-se afirmar que a técnica de Rokitansky
apóia-se em três pilares:
Ectoscopia.
Avaliação in loco de todos os órgãos.
Inspeção do monobloco.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Técnica de incisão do couro cabeludo
Ghon trabalhou em vários países da Europa e
nos EUA, reconhecido mundialmente pela
realização de importantes descobertas
científicas, principalmente na área da patologia
pulmonar.
Ghon modificou a técnica original de Rokitanski,
introduzindo métodos de evisceração em
monoblocos vinculados anatomicamente e/ou
funcionalmente, razão pela qual seu nome foi
dado a essa técnica.
TÉCNICA DE GHON
Sequência da técnica demonstrando a abertura do crânio
Durante o exame interno de um cadáver, a
técnica de Ghon modificada é realizada na
seguinte ordem: Abertura do crânio e da cavidade
toracoabdominal.
1º monobloco.
2º monobloco.
3º monobloco.
4º monobloco.
TÉCNICA DE GHON
Técnica de incisão do couro cabeludo
obrigada!
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AULA 04 - POR TRÁS DA NECROPSIA - ENTENDENDO SUAS MÚLTIPLAS FACES.pdf

  • 1. Por Trás da Necropsia ENTENDENDO SUAS MÚLTIPLAS FACES AULA 04
  • 2. Biomédica | CRBM 39.169 Habilitada em Análises Clínicas UNIP 2010. Especialista em Imagenologia UNINOVE 2012. Especialista em Informática em Saúde UNIFESP 2016. Especialista em Gestão Pública UNIFESP 2019. Especialista em Biomedicina Estética IPESSP 2020. Mestranda em Educação em Ciências da Saúde IUNIR 2021 a 2023 Doutoranda em Ciências Biomédicas IUNIR 2023 P R O F . ª F E R N A N D A M E I R A
  • 4. necropsia “É a série de observações e intervenções efetuadas no cadáver com o objetivo de esclarecer a causa da morte (causa mortis), quer sob o ponto de vista médico, quer jurídico.” Necropsia anátomo clínica ou anatomopatológica ou não judicial versus Necropsia forense ou médico legal ou judicial.
  • 5. tipos de morte W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M As mortes podem ocorrer por diversas causas, as quais podem ser classificadas em: morte natural, morte suspeita, morte súbita, morte reflexa (torturas), mortes violentas, mortes agônicas (Aids, Câncer). Nos casos de óbito por causas naturais, em que o individuo não se encontrava em assistência médica, o mesmo é encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Se a morte for suspeita, é encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
  • 6. DIVISãO E INDICAÇÕES DE NECROPSIA TIPOS DE NECROPSIA Necropsia Anátomo clínica ou Anatomopatológica ou não Judicial. versus Necropsia Forense ou Médico Legal ou Judicial.
  • 7. Indicações de Necropsia NECROPSIA ANÁTOMO CLINICA Quem solicita é Médico Quem faz Médico Anátomo Patologista Ingresso certame público Formação Residência Médica ( 3 anos) Finalidade Cientifica / Causa Mortis NECROPSIA FORENSE Autoridade Judicial Médico legista Ingresso certame público Formação ( 3 a 4 meses) Judicial
  • 8. Indicações de Necropsia NECROPSIA ANÁTOMO CLINICA Técnicas de Ghon , Virchow, Letulle , Rokistansky e suas variantes. Pessoal de apoio Técnicos e Auxiliares Material Cirúrgico ; pinças , bisturi , tesoura, serra elétrica, afastares, agulha de bisturi, faca, régua, balança. Duração das Necropsias até 7 horas Histológico, Citológico , RX Registro Fotográfico Fixação Formaldeido 10 % NECROPSIA FORENSE Técnicas de Ghon , Virchow, Letulle , Rokistansky e suas variantes. Pessoal de apoio Técnicos e Auxiliares Material Cirúrgico ; pinças , bisturi , tesoura, serra elétrica, afastares, agulha de bisturi, faca, régua, balança. Variam de minutos a dias. Histológico, RX, DNA e Toxicológico Registro Fotográfico Fixação Formaldeido 10 %
  • 9. Timmerman University | Biology | 2023 Rotinas de serviço de verificação de óbito e Instituto médico legal Serviço de verificação de óbito é uma prática que tem o propósito de esclarecer as causas da morte quando ocorre de forma natural e sem assistência médica, bem como nas situações em que a morte ocorre em serviços de saúde e sem causa definida. O instituto médico legal é a instituição que realiza laudos dos cadáveres, procedimentos de necropsia, exames toxicológicos, exames de lesão corporal e cautelar
  • 10. Page Necropsia anátomo clínica ou anatomopatológica ou não judicial W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M Serviço criado pela legislação, de diversos estados, com a finalidade precípua de se verificar ou esclarecer, mediante exame necroscópico, a causa real da morte, nos casos em que esta tenha ocorrido de forma não violenta sem assistência médica, ou com assistência médica quando houver necessidade e apurar a exatidão do diagnóstico.
  • 11. Serviço de Verificação de Óbito Tem por objetivo esclarecer causas mortes, quando essa morte ocorre de forma natural e sem assistência médica, bem como nas situações em que a morte ocorre em serviços de saúde e não tem causa definida. A implantação do SVO possibilita que emergências epidemiológicas sejam detectadas, o que pode auxiliar no controle de doenças. É um serviço subordinado à administração municipal.
  • 12. Os membros da equipe de svo são médicos patologistas, técnicos de laboratórios, secretários, técnicos de necropsia e ou auxiliares de necropsia. O serviço funciona de segunda a sexta com horário 07:00 as 19:00, bem como plantões noturnos 19:00 as 7:00. aos finais de semana plantão de 24 horas. Serviço de Verificação de Óbito
  • 13. rotina do svo A rotina do óbito segue o seguinte tramite pelo médico: o óbito é constatado pelo médico e caracterizar o mesmo em prontuário. Enquanto isso a equipe de enfermagem emite aviso de óbito e identifica o óbito com etiqueta, nela deve conter para onde o óbito deve ser encaminhado (SVO, IML) e encaminhar para câmara fria (necrotério) . Por sua vez o técnico de necropsia deverá fazer o registro do cadáver no svo e levar o mesmo para sala de necropsia. Deve auxiliar o médico no procedimento de necropsia e providenciar que o corpo seja liberado.
  • 14. rotina do svo MÉDICO PATOLOGISTA Responsável pela realização das necrópsias do serviço. Determinação diagnóstica da “causa mortis”. Estudo conjunto das alterações estruturais e funcionais dos tecidos e órgãos. TÉCNICOS DE NECRÓPSIA Preparação de elementos e trabalhos operacionais complementares. Auxiliam ainda no registro e identificação dos cadáveres. Conservação e limpeza dos instrumentos. Função de traslado dos corpos para a mesa de necrópsia.
  • 15. rotina do svo LABORATORISTA Fixação de material Análise morfológica Faz a coloração e montagem das lâminas Manutenção e regulagem dos microscópios Controla o estoque de reagentes e outros insumos utilizados no serviço
  • 16. Pesquisar causas do óbito por morte natural Pesquisar as causas do óbito por consequência de patologia não identificada pelo clínico; Caso de óbito em que não houve acompanhamento médico do paciente. Serviço de Verificação de Óbito
  • 17. rotina do svo SECRETÁRIA Organização e controle das atividades administrativas. Redação e digitação de documentos e encaminhamento. Encaminhar as solicitações de Avaliação de Cadáveres e Fichas da Comissão de Revisão de Óbitos. Atender familiares fornecendo a Declaração de Óbito e orientações acerca das providências quanto ao registro de falecimento no Cartório de Registro Civil.
  • 18. rotina do svo COORDENADOR DO SVO Assessorar, assistir e apoiar a Superintendência no planejamento, coordenação, execução, supervisão e controle das atividades de interesse da Instituição no Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Zelar pelo cumprimento das normas legais e regulamentares internas. Planejar, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas no SVO. Verificar e garantir que os impressos oficiais (Declarações de Óbito, Fichas da Comissão de Revisão de Prontuários, Pedidos de Necrópsia e outras) sejam preenchidos em conformidade.
  • 19. Visa obter informações sobre a natureza, a extensão, as complicações da patologia e suas consequências. Maior fonte de ensino em Patologia. Mortes sem uma devida explicação durante a internação. Enfermidades raras e Pacientes que se submeteram a protocolos de pesquisa clínica Mortes perinatais e infantis precoce sem diagnóstico clínico confiável. Serviço de Verificação de Óbito
  • 20. Portaria nº 1405, de 29 de Junho de 2006 Art. 9º. Os SVO, independentemente de seu Porte, deverão obrigatoriamente: I. funcionar de modo ininterrupto e diariamente, para a recepção de corpos; II. atender à legislação sanitária vigente; III adotar as medidas de biossegurança pertinentes para garantir a saúde dos trabalhadores e usuários do serviço; IV contar com serviço próprio de remoção de cadáver ou com um serviço de remoção contratado ou conveniado com outro ente público, devidamente organizado, para viabilizar o fluxo e o cumprimento das competências do serviço. Serviço de Verificação de Óbito
  • 22. NECROPSIA FORENSE Realizada por um Médico Legista. Incluem-se as circunstâncias que precederam e circundaram a morte, além da inspeção e coleta de provas no local. Componente primordial na investigação criminal.
  • 23. IML O Instituto Médico Legal (IML) foi criado com a finalidade de prover critérios em Medicina Legal para possibilitar o julgamento de causas criminais. Subordinado a Polícia Técnico Científica, as principais funções do IML são a Necropsia e atendimento a indivíduos vivos que sofreram infortúnios de diversas naturezas( acidentes, agressões) . O IML possui núcleos especializados em radiologia Tanatologia Forense, Odontologia Forense, Clinica Médica, Anatomia Patológica, Antropologia, Toxicologia Forense. Para a realização da Necropsia em IML, é necessário que seja devido aos seguintes fatores (que são previstos em lei):
  • 24. IML Morte Violenta. Morte Suspeita. Morte Natural de individuo sem identificação.
  • 25. IML Se houve Morte? Qual a causa da morte? Qual o instrumento ou meio que produziu a morte? Veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por outro meio indicioso ou cruel. Interna Inspeção Vestes Externa Conjunto Grandes Segmentos Cavidade craniana Cavidades torácica e Abdominal Cavidade vertebral Órgãos do pescoço Cavidades acessórias da cabeça Conjunto Peça por Peça Bolso Manchas Solução de continuidade
  • 26. Técnica médico-legal A necropsia médico legal deve ser sempre completa, isto é, compreende a abertura da caixa craniana, caixa torácica, cavidade abdominal, por vezes a abertura do ráquis e a exploração de qualquer outro segmento corporal desde que isso possa contribuir para o completo esclarecimento dos objetivos da necropsia. As incisões das partes moles e as aberturas das estruturas ósseas destinam se a permitir a observação “in loco” dos diferentes órgãos e sistemas, registrar as suas alterações morfológicas, patológicas ou traumáticas, permitir também a sua retirada e posterior observação e corte de forma individualizada com registro dos achados relevantes.
  • 27. Técnica médico-legal Caso seja justificado, proceder se á à colheita de fluídos corporais e/ou vísceras e seus conteúdos para a realização de exames complementares. Por fim, as vísceras serão introduzidas novamente no interior das cavidades torácicas e abdominal e encerradas todas as incisões que foram necessárias realizar. Procurar se á entregar à família o cadáver nas melhores condições possíveis, devendo o médico que realiza a necropsia não proceder a qualquer exploração para além das previstas pela técnica da necropsia que não seja justificada e que de algum modo possa desfigurar o cadáver.
  • 28. MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO No decorrer da necropsia, e dependendo do caso em análise, o médico pode solicitar exames complementares, como: Exames toxicológicos (alcoolemia, drogas de abuso, medicamentos, inseticidas, monóxido de carbono, drogas minerais, etc.) Exame histológico; Exame bioquímico (humor vítreo); Exame bacteriológico (sangue, urina, LCR, outro); Exame virulógico
  • 29. MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO DNA; Pesquisa de esperma (cavidade oral, vaginal, anal, outra); Pesquisa de diatomáceas; Pesquisa de resíduos de disparo de arma de fogo; Exame de projéteis; Exame de armas e ou instrumentos; Exame de peças de vestuário; Estudos metabólicos (morte súbita infantil); Raios X.
  • 30. iml Quando o corpo é encaminhado para Necropsia , são realizados diversos exames, com o fim de esclarecer quais foram as conjunturas para o óbito. Não há um período determinado para realização deste procedimento, que deve ser extremamente criterioso. Para que o corpo seja liberado, deve haver acompanhamento parentesco de 1 grau ou outro responsável, mediante autorização prévia do delegado local. A documentação para que o cadáver seja liberado podem ser: Rg Carteira de trabalho Certidão de nascimento Certidão de casamento Carteira de habilitação
  • 31. iml No caso de ausência de documentos, são obtidas as impressões digitais do cadáver e posteriormente enviadas para reconhecimento no Instituto de Identificação. As impressões de digitais são colhidas em documentos (fichas) especificas. A importância em conhecer SVO e IML está implicada , para os profissionais relacionados a saúde, em saber fazer e em quais instituições recorrer ao se defrontar com um caso de óbito. Em particular os profissionais que lidam diretamente com este tipo de situação médico patologista, técnico de necropsia e auxiliar de necropsia.
  • 32. DISPOSITIVOS LEGAIS DA NECROPSIA MÉDICO-LEGAL Artigo 162 do Código de Processo Penal estabelece que, respeitado o tempo mínimo de 6 horas a partir do momento do óbito, o corpo a ser necropsiado permanecerá á inteira disposição do estudo médico legal, ressalvando que poderá ser realizado antes daquele tempo a critério dos peritos, em face dos sinais evidentes de morte, o que deverão obrigatoriamente declarar no laudo.
  • 33. Relatório médico-legal A necropsia médico-legal implica sempre a elaboração do respectivo relatório que deverá ser enviado no mais curto espaço de tempo à autoridade judicial que solicitou a sua realização,
  • 34. QUESTÕES 1. Cite os tipos de morte e explique-os. 2. O que é S.V.O? 3. Quem são os membros do S.V.O? 4. O que é Instituto médico Legal? 5. Quais os critérios para liberação do corpo do I.M.L? 6. Cite as principais funções do I.M.L?
  • 35. TÉCNICAS DE NECROPSIA instrumental Grande parte do instrumental utilizado em necropsia é de aplicação cirúrgica.
  • 36. W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M No Brasil, há pequenas variações com relação à utilização de equipamentos e manobras realizadas em necropsias policiais, porém, o que se observa é que essa variação decorre mais da preferência dos profissionais envolvidos do que necessariamente de alteração da técnica. TÉCNICAS DE NECROPSIA instrumental
  • 38. SEGURANÇA PROFISSIONAL DURANTE A NECROPSIA O termo "Segurança Profissional Durante Procedimento de Necropsia" traduz para os peritos e auxiliares que a prática deste ato técnico deve estar revestida de toda garantia de segurança. Uma vez que, durante a necropsia, os profissionais se expõem às áreas com solução de continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver, a fluidos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
  • 39. SEGURANÇA PROFISSIONAL DURANTE A NECROPSIA Peritos médicos legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas.
  • 40. Timmerman University | Biology | 2023 SEGURANÇA PROFISSIONAL DURANTE A NECROPSIA Higiene das mãos; Uso de luvas; Máscara; Gorro; Óculos de Proteção; Capote (Avental); Botas de látex;
  • 41. Page
  • 43. AGULHAS DE SUTURA Agulha para sutura, triangular, reta, com cerca de 10cm de comprimento. Agulha para sutura, triangular, semi reta, com cerca de 10 cm de comprimento. B10 B06 B04 B02
  • 44. Balança para pesar o corpo. Balança para pesar órgãos grandes. Balança para pesar órgãos pequenos. Balança analítica para órgãos muito pequenos. BALANÇAS
  • 45. BISTURIS Bisturi abotoado Bisturi descartável Bisturi Escalpelo pequeno/grande Bisturi Esmarch
  • 46. CEPO O cepo é uma peça que pode ser de madeira, aço ou fibra. É utilizado para dar apoio à cabeça do cadáver durante a necropsia.
  • 47. CHAIRA Instrumental utilizado para afiar a lâmina das facas e obter um bom fio. Também pode ser usada a pedra de amolar.
  • 48. Instrumental utilizado para realizar incisões. Possui lâmina com bom fio e deve ser descartado após o uso. BISTURI DESCARTÁVEL
  • 49. FACA DE AMPUTAÇÃO DE COLLIN Faca específica para manobras de amputação. Deve estar sempre limpa e bem afiada.
  • 50. TESOURA DE SMITH É uma tesoura robusta utilizada para cortes grosseiros que não requerem regularidade ou precisão, como cortar vestes e bandagens presentes no cadáver.
  • 51. É uma faca específica para a necropsia. Destinada a incisões na pele Abre o tecido subcutâneo e adjascente. FACA DE VIRCHOW
  • 52. É composto de uma cunha que forma com o cabo uma peça única em semi arco. O cabo apresenta uma concavidade, que melhora o apoio. O raquítomo é utilizado como uma machadinha, para cortar o corpo das vértebras e para se obter a medula espinal completa. RAQUÍTOMO
  • 53. As ruginas são instrumentos utilizados para desgastar o periósteo craniano por atrito ou por pequenos golpes, deixando os ossos desnudos, permitindo apurar detalhes, bem como facilitar a ação da serra. RUGINAS
  • 54. CONCHA A concha em aço inoxidável é semelhante a uma concha doméstica, porém com cuba e cabo em peça única, sendo o cabo com cerca de 20cm de comprimento e a concha com 100mL de volume. É utilizada para retirar conteúdo líquido das cavidades e do estômago.
  • 55. SERRAS As serras podem ser manuais, elétricas circulares e vibratórias. É preciso cuidado durante a aplicação da serra para não atingir estruturas internas como meninges e encéfalo. O técnico procura criar uma fissura de fragilidade, que permite a ação de uma ferramenta para dar apoio à abertura do crânio.
  • 56. SERRAS Serra circular sendo utilizada em crâniotomia durante o procedimento de necropsia.
  • 57. OSTEOTOMO Osteótomo são instrumentos (dispositivos) simples que foram projetados e são usados para facilitar o corte ou de alguma forma marcar ou dividir o osso.
  • 58. ESCOPRO, CINZEL E MARTELOS São instrumentos utilizados para romper a tábua interna da caixa craniana e remover a calota após a demarcação da linha de menor resistência pela serra. Para remover a calota craniana, introduz-se o escopro ou o cinzel no sulco feito pela serra, bate-se com o martelo e gira-se o instrumento sobre seu próprio eixo.
  • 59. Ouve-se um ruído característico do rompimento da tábua interna do crânio. Feito isso em três ou quatro pontos, coloca-se o gancho do martelo na fenda e traciona-se contra si, forçando assim a saída da calota craniana. ESCOPRO, CINZEL E MARTELOS
  • 60. CUIDADOS COM O MATERIAL Aumentar sua vida útil dos materiais. Evitar contaminações, respeitando as normas e especificações dos fabricantes. Tomar cuidado com os cortes, articulações e serrilhas dos instrumentos. Realizar limpeza adequada após o uso.
  • 62. INCISÕES Dentre as incisões realizadas em Necropsia, a incisão bimastóidea e submentoxifopubiana são as mais realizadas. INCISÕES MAIS COMUNS
  • 63. A submentoxifopubiana é realizada para expor as cavidades torácica e abdominal do cadáver. INCISÕES
  • 64. A bimastóidea é aquela qual é possível afastar os retalhos do couro cabeludo para realizar a exposição do crânio. INCISÕES
  • 66. CRÂNIOTOMIA É realizada logo após a incisão bimastóidea e afastamento dos retalhos do couro cabeludo do cadáver. O procedimento varia com a idade do indivíduo: para abrir o crânio de um cadáver adulto, é utilizada a serra elétrica. Em crianças com menos de 1 ano de idade, comumente é utilizada a tesoura.
  • 67. CRÂNIOTOMIA O instrumental utilizado na craniotomia compõe- se de: Rugina Lambotte. Ruginas de Farabeuf, reta e curva. Rugina de Putti. Rugina de Robert Jones. Serra Mathieu (também conhecida como serra de Farabeuf). Serra vibratória. Serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de Saterrice ou serra de arco utilizada em construção civil. Cinzel e escopro. Martelo de Hajek.
  • 69. INSPEÇÃO DAS CAVIDADES DO TRONCO Para a inspeção das cavidades torácica e abdominal são utilizados os seguintes instrumentos: Bisturi descartável Faca de amputação de Collin Costótomo Cisalha de Liston articulada Concha em aço inoxidável Enterótomo Pinça de dissecção
  • 71. W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M Compreende uma técnica de fechamento que visa deixar o cadáver no melhor estado de apresentação possível. O corpo deve ser reconstituído de modo que, depois de vestido, não haja evidências da necropsia. RECONSTITUIÇÃO
  • 72. Pinças anatômicas do tipo dente de rato. Agulha para sutura, triangular, reta, de cerca de 10cm de comprimento. Agulha para sutura, triangular, semi-reta, de cerca de 10cm de comprimento. Linha crua. Tesoura de Mayo. Bandagem ou tecido de algodão. RECONSTITUIÇÃO
  • 73. PINÇAS Servem para fixar melhor os tecidos a serem suturados. A pinça do tipo dente de rato é de melhor utilização para a pele.
  • 74. Timmerman University | Biology | 2023 AGULHAS As agulhas utilizadas na recomposição do cadáver apresentam as seguintes características: corpo robusto com aproximadamente 10cm, fundo rombo, corpo reto ou semi-reto e ponta de reverso cortante. São muito comuns agulhas longas com pontas cortantes, utilizadas para costurar tecidos ou couro.
  • 75. LINHAS Preferencialmente, a linha utilizada na sutura de cadáveres é de fibra de cânhamo devido às vantagens apresentadas, tais como resistência, durabilidade, aderência, disponibilidade no mercado e preço.
  • 76. SUTURAS As suturas mais frequentes são uma variante da sutura de Schmieden e da sutura de Cushing.
  • 77. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 1: Qual é o principal objetivo da necropsia? a) Identificar doenças pré-existentes no cadáver. b) Determinar a causa da morte e avaliar doenças ou lesões presentes. c) Realizar uma autópsia para fins religiosos. d) Preservar o corpo após a morte. e) Avaliar a temperatura corporal após o óbito.
  • 78. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 2: Qual é a origem da palavra "necropsia"? a) Latim b) Grego c) Árabe d) Inglês e) Espanhol
  • 79. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 3: Quem é geralmente responsável por realizar uma necropsia? a) Médico legista b) Enfermeiro c) Dentista d) Farmacêutico e) Fisioterapeuta
  • 80. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 4: Qual foi o primeiro registro histórico conhecido de necropsia? a) No antigo Egito b) Na Grécia Antiga c) No Império Romano d) Na Idade Média e) Na China Antiga
  • 81. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 5: O que é o algor mortis? a) O endurecimento dos músculos após a morte b) A palidez da pele que ocorre logo após a morte c) O esfriamento do cadáver após a morte d) As manchas que surgem na pele após a morte e) A decomposição dos órgãos internos
  • 82. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 6: Qual é a importância da necropsia para a pesquisa médica? a) Identificar a temperatura do cadáver b) Preservar o corpo para fins religiosos c) Contribuir para a pesquisa de ensino e auxiliar na investigação de crimes d) Avaliar a rigidez dos músculos após a morte e) Determinar a idade do cadáver
  • 83. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 7: O que são "alterações cadavéricas" em uma necropsia forense? a) São mudanças no comportamento do cadáver b) São modificações que surgem no corpo do cadáver após a morte c) São alterações na temperatura ambiente d) São alterações na dieta do cadáver e) São alterações no estado de consciência do cadáver
  • 84. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 8: Qual das seguintes afirmações sobre o cólon sigmoide está correta? a) É uma parte do intestino delgado b) Desempenha um papel na absorção final de água e eletrólitos c) É responsável por produzir hormônios sexuais femininos d) Está localizado na cavidade craniana e) É o principal órgão do sistema circulatório
  • 85. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 9: O que é a cavidade hipogástrica? a) É uma cavidade no crânio b) É uma cavidade no tórax c) É uma cavidade na região inferior das costelas d) É uma cavidade na parte inferior do abdome e) É uma cavidade na região lombar
  • 86. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 10: Qual das seguintes estruturas não é encontrada na cavidade torácica? a) Coração b) Pulmões c) Fígado d) Traqueia e) Timo
  • 87. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 11: O que é o rigor mortis? a) Uma técnica de necropsia b) Uma técnica de embalsamamento c) Uma mudança bioquímica nos músculos que causa endurecimento d) Uma condição médica pré-existente e) Uma doença infecciosa
  • 88. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 12: Quais são os fatores que podem acelerar o início e o fim do rigor mortis? a) Exercício antes da morte e temperaturas ambientais baixas b) Temperaturas ambientais elevadas e pneumonia c) Convulsões e hipotermia d) Hemorragia e eletrocussão e) Doenças do sistema nervoso e drogas que aumentam a temperatura corporal
  • 89. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 13: Onde está localizado o cólon sigmoide no corpo humano? a) Na cavidade craniana b) Na cavidade torácica c) Na cavidade abdominal d) Na cavidade pélvica e) Na cavidade lombar
  • 90. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 14: O que é a cavidade epigástrica? a) Uma cavidade no crânio b) Uma cavidade na região do abdome c) Uma cavidade no tórax d) Uma cavidade na pelve e) Uma cavidade nas costas
  • 91. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 15: O que é o pallor mortis? a) O esfriamento do cadáver b) O endurecimento dos músculos após a morte c) A palidez da pele que ocorre logo após a morte d) As manchas que surgem na pele após a morte e) A decomposição dos órgãos internos
  • 92. QUESTÕES TÉCNICAS DE NECROPSIA Questão 16: Qual é o órgão encontrado na cavidade hipocôndrio direito? a) Baço b) Cólon sigmoide c) Fígado d) Coração e) Estômago
  • 93. W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M O exame cadavérico necropsia é um procedimento médico Visa analisar a Anatomia Motivo da morte Alterações orgânicas no pos-mortem TÉCNICAS DE NECROPSIA IMPORTÂNCIA
  • 94. A necropsia é de grande auxílio à Justiça para esclarecimento quando o cadáver é o vestígio material do crime, sendo o exame de necropsia o próprio exame do corpo de delito. TÉCNICAS DE NECROPSIA IMPORTÂNCIA
  • 95. O estudo detalhado da vítima possibilita determinar: Identificação Hora aproximada da morte Causa e meio que produziu a morte Etc. TÉCNICAS DE NECROPSIA IMPORTÂNCIA
  • 96. Timmerman University | Biology | 2023 A necropsia consiste: No estudo das características externas do corpo e das mudanças ocorridas em todos os órgãos depois da morte, No exame macroscópico, que fornece material para o exame microscópico, no qual serão vistas as alterações tissulares e celulares. TÉCNICAS DE NECROPSIA PRINCIPAIS TÉCNICAS
  • 97. Page O médico deve estabelecer relação entre os achados macroscópicos e microscópicos com as informações da história do paciente, podendo então diagnosticar a causa da morte. TÉCNICAS DE NECROPSIA PRINCIPAIS TÉCNICAS
  • 98. Existem quatro técnicas básicas de necrópsia: Técnica de Rokitansky (1842) Técnica de Ghon (1890) Técnica de Virchow (1893) Técnica de Letulle (1900) TÉCNICAS DE NECROPSIA PRINCIPAIS TÉCNICAS
  • 99. Alguns autores modificaram ou aperfeiçoaram essas técnicas, com a finalidade de adequar a tarefa com o tipo específico de necropsia. Cada serviço de patologia e de necropsia forense tem sua própria técnica, que na verdade é uma variante ou um misto de uma ou mais das quatro técnicas básicas de necropsia. IMPORTANTE
  • 101. TÉCNICA DE ROKITANSKY A primeira técnica completa de autopsia a ser descrita, ou seja, realizada de maneira sistemática e ordenada, foi a técnica de Rokitansky (1842). Nela eram efetuados o exame ectoscópico, a dissecção in situ das vísceras e, em seguida, a remoção independente de cada órgão.
  • 102. Rokitansky foi hábil em associar os sintomas das doenças às lesões observadas nos cadáveres que apresentavam a enfermidade, tendo como base a anatomia e a fisiologia, duas ciências complementares que se baseiam no princípio de que a forma existe em razão da função fisiológica e vice versa. TÉCNICA DE ROKITANSKY
  • 103. Apoiado nesse axioma, ele constatou que alterações morfológicas levavam a mudanças fisiológicas que, por sua vez, comprometiam todo o sistema, sendo o oposto também verdadeiro. Por tudo isso, Rokitansky é considerado um dos fundadores da anatomia patológica. TÉCNICA DE ROKITANSKY Análise IN SITU DO MIOCÁRDIO
  • 104. Na sua técnica de necropsia, Rokitansky buscava desvendar se os elementos físicos representavam o padrão de referência quanto ao aspecto e à topografia usuais. Após essa etapa, seguia-se o exame peculiar de cada órgão, considerados como um único bloco, um monobloco. TÉCNICA DE ROKITANSKY Dissecação com o órgão ainda no seu lugar original
  • 105. Os órgãos eram incisados em sua posição anatômica, analisados no próprio local e só depois se realizava a exérese de cada órgão individualmente, a despeito de sua associação funcional com os demais. TÉCNICA DE ROKITANSKY Observação do pulmão in situ
  • 106. O procedimento da retirada dos órgãos segue tradicionalmente o sentido cefalocaudal. Essa sequência de trabalho pode ser alterada em função de diversas variantes, tais como o estado de conservação do cadáver. TÉCNICA DE ROKITANSKY
  • 108. Essa técnica de autopsia foi criada pelo patologista austríaco Anton Ghon (1866-1936). Trabalhou em vários países da Europa e nos EUA. Reconhecido mundialmente pela realização de importantes descobertas científicas, principalmente na área da patologia pulmonar. TÉCNICA DE GHON
  • 109. Ghon modificou a técnica original de Rokitanski, introduzindo métodos de evisceração em monoblocos vinculados anatomicamente e/ou funcionalmente, razão pela qual seu nome foi dado a essa técnica. TÉCNICA DE GHON Aspecto anatômico do pulmão
  • 110. A técnica consiste na abertura do crânio e da cavidade toracoabdominal. 1º monobloco: estruturas anatômicas que se encontram no mediastino e se estendem aos pulmões e órgãos da boca e pescoço. 2º monobloco: Sistema digestivo. 3º monobloco: Sistema urogenital masculino ou feminino. 4º monobloco: Segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. TÉCNICA DE GHON
  • 111. Realiza-se uma incisão descendente, em forma de Y, que se inicia no ombro esquerdo, passando internamente aos mamilos até atingir o terço inferior da região esternal e, em seguida, ascende ao ombro direito. Aprofunda-se a incisão até encontrar o gradil costal, começando a dissecção por baixo dos planos musculares, em direção ao pescoço. O retalho cutâneo deve ser tracionado para cima e para trás. TÉCNICA DE GHON
  • 112. Os órgãos precisam ser examinados antes de eviscerados para que sejam observadas possíveis mudanças na sua posição e relação, presença de aderências, fístulas, deiscência de suturas, abscessos, peritonite etc. Depois de retirados, não há mais como avaliar a maioria dessas alterações, ou ter certeza de que já existiam antes e não foram provocadas pela própria evisceração (no caso de rupturas, por exemplo). TÉCNICA DE GHON
  • 113. O primeiro monobloco é formado pelas estruturas anatômicas que se encontram no mediastino, estendendo-se até os pulmões e os órgãos da boca e do pescoço. Contém o coração e o pericárdio, os grandes vasos relacionados com o coração, o esôfago, a artéria aorta torácica, o timo, a traqueia, além dos brônquios principais e outras estruturas dos hilos pulmonares. TÉCNICA DE GHON 1º monobloco
  • 114. O segundo monobloco é constituído pelo sistema digestivo, representado por segmento do esôfago (terço inferior) e do duodeno, estômago, pâncreas, fígado, sistema biliar e baço. TÉCNICA DE GHON 2º monobloco
  • 115. O terceiro monobloco compõe-se das glândulas supra-renais, rins, ureteres, bexiga, reto, próstata e vesículas seminais (sistema urogenital masculino), útero, tubas uterinas e ovários (sistema urogenital feminino). A retirada desse monobloco não pode ser feita com os intestinos ainda no local. TÉCNICA DE GHON 3º monobloco
  • 116. O quarto monobloco é formado pelo segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. Embora seja o último, esse monobloco deverá ser o primeiro a ser examinado logo após a abertura das cavidades abdominal e torácica, devido à rápida autólise que ocorre no trato gastrointestinal. TÉCNICA DE GHON 4º monobloco
  • 118. A técnica de Virchow foi desenvolvida por Rudolf Virchow em 1893 e ainda hoje é bastante utilizada. Consiste na retirada de órgão a órgão como uma forma de estudo particularizada, sendo de grande valia na patologia forense. TÉCNICA DE VIRCHOW
  • 119. A principal característica da técnica de Virchow consiste no reconhecimento global das vísceras no seu local anatômico e na análise posterior de cada órgão separadamente. Consiste em uma incisão única, medial, que se inicia na margem inferior do mento, seguindo a linha média, pela face anterior do pescoço, tórax e abdome, contornando neste último o umbigo, pelo lado esquerdo, até atingir o púbis. TÉCNICA DE VIRCHOW Estômago com sinais externos de presença de corpos estranhos.
  • 120. É então retirado, desinserindo-se o músculo diafragma através de um corte rente às costelas, seccionando-se os planos celulares do mediastino anterior à medida que este é levantado. TÉCNICA DE VIRCHOW Remoção do estômago com respectivo conteúdo após ligadura da cárdia e do piloro
  • 121. Posteriormente, efetua-se a retirada órgão a órgão, a fim de analisar separadamente cada estrutura, para determinar em qual deles encontrava-se a patologia ou traumatismo que levou à morte do indivíduo necropsiado. TÉCNICA DE VIRCHOW
  • 123. TÉCNICA DE LETULLE Basicamente, certos caracteres devem ser pesquisados e minuciosamente relatados: O desenvolvimento do esqueleto, fazendo-se referência a deformidades existentes. O estado de nutrição, avaliado pela quantidade de tecido adiposo subcutâneo e de massa muscular.
  • 124. TÉCNICA DE LETULLE Os fenômenos cadavéricos tardios, que constituem alterações passivas decorrentes de mecanismos de ordem física: desidratação tegumentar, resfriamento corporal e livores de hipóstase; e de ordem química: autólise, rigidez muscular e putrefação, são utilizados em conjunto para a determinação da hora da morte.
  • 125. W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M TÉCNICA DE LETULLE Além disso: Observa-se o aspecto da pele, verificando-se a presença de lesões cutâneas, cicatrizes, incisões, tatuagens ou alterações de coloração (que podem ser patológicas, traumáticas ou decorrentes dos sinais tardios de morte). Também são observadas secreções provenientes do nariz, da boca, dos ouvidos, da uretra, da vagina e do ânus.
  • 126. O corte e o exame das vísceras devem ser realizados, bem como a pesagem de todas elas. Havendo necessidade de exames complementares, coleta-se material para toxicologia e/ou histopatologia. A necropsia termina com a devolução das vísceras ao corpo, restauração e limpeza do cadáver. TÉCNICA DE LETULLE
  • 127. W W W . R E A L L Y G R E A T S I T E . C O M TÉCNICAS DE NECROPSIA A necropsia consiste no estudo das características externas do corpo e das mudanças ocorridas em todos os órgãos depois da morte, a partir do exame macroscópico, no qual serão vistas as alterações tissulares e celulares.
  • 128. TÉCNICAS DE NECROPSIA O médico deve estabelecer relação entre os achados macroscópicos e microscópicos com as informações da história do paciente, podendo então diagnosticar a causa da morte, a doença de base e outras patologias concomitantes. Existem quatro técnicas básicas de necropsia (The University of Texas, 2004):
  • 129. Técnica de Rokitansky (1842): Os órgãos são abertos e examinados no próprio sítio anatômico, sendo posteriormente retirados de maneira isolada. Técnica de Ghon (1890): A evisceração se dá através de monoblocos de órgãos relacionados anatomicamente e/ou funcionalmente. TÉCNICAS DE NECROPSIA
  • 130. Timmerman University | Biology | 2023 Técnica de Virchow (1893): Os órgãos são removidos um a um e, em seguida, examinados fora do seu local anatômico. Técnica de Letulle (1900): Faz-se uma grande incisão nas cavidades torácica e abdominal, a fim de se ter uma ampla visão do conjunto de suas vísceras; o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só bloco. TÉCNICAS DE NECROPSIA
  • 131. Page Alguns autores modificaram ou aperfeiçoaram essas técnicas, com a finalidade de adequar a tarefa com o tipo específico de necropsia. Cada serviço de patologia e de necropsia forense tem sua própria técnica, que na verdade é uma variante ou um misto de uma ou mais das quatro técnicas básicas de necropsia. TÉCNICAS DE NECROPSIA
  • 132. A técnica de Rokitansky, introduzida em 1842, foi a primeira abordagem completa e sistemática do exame post-mortem. Desenvolvida por Carl Rokitansky, esta técnica envolveu um exame detalhado do corpo, incluindo a dissecação in situ das vísceras e a remoção individual de cada órgão. O objetivo era identificar as alterações sistêmicas que levaram à morte, examinando todas as estruturas anatômicas, independentemente de sua relação direta com a doença. TÉCNICA DE ROKITANSKY
  • 133. TÉCNICA DE ROKITANSKY Rokitansky, considerado um dos fundadores da anatomia patológica, foi habilidoso em correlacionar os sintomas das doenças às lesões observadas nos cadáveres. Ele baseou suas observações na anatomia e fisiologia, compreendendo que alterações morfológicas influenciavam as funções fisiológicas e vice- versa. Essa abordagem destacou a inter-relação entre forma e função, sendo fundamental para a compreensão das doenças e suas manifestações no corpo humano.
  • 134. Na técnica de necropsia de Rokitansky, os elementos físicos eram investigados para determinar se representavam o padrão usual de aspecto e topografia. Em seguida, cada órgão era examinado como um único bloco, incisado em sua posição anatômica antes da remoção individual. Essa abordagem, baseada na anatomia organológica, difere das técnicas convencionais que seguem a anatomia sistêmica. A ordem de remoção dos órgãos tradicionalmente segue do céfalo ao caudal, mas pode ser ajustada conforme a condição do cadáver, interesses clínicos ou decisão do legista. TÉCNICA DE ROKITANSKY
  • 135. Pode-se afirmar que a técnica de Rokitansky apóia-se em três pilares: Ectoscopia. Avaliação in loco de todos os órgãos. Inspeção do monobloco. TÉCNICA DE ROKITANSKY Técnica de incisão do couro cabeludo
  • 136. Ghon trabalhou em vários países da Europa e nos EUA, reconhecido mundialmente pela realização de importantes descobertas científicas, principalmente na área da patologia pulmonar. Ghon modificou a técnica original de Rokitanski, introduzindo métodos de evisceração em monoblocos vinculados anatomicamente e/ou funcionalmente, razão pela qual seu nome foi dado a essa técnica. TÉCNICA DE GHON Sequência da técnica demonstrando a abertura do crânio
  • 137. Durante o exame interno de um cadáver, a técnica de Ghon modificada é realizada na seguinte ordem: Abertura do crânio e da cavidade toracoabdominal. 1º monobloco. 2º monobloco. 3º monobloco. 4º monobloco. TÉCNICA DE GHON Técnica de incisão do couro cabeludo
  • 138. obrigada! N Ã O E S Q U E Ç A D E M A R C A R N A S R E D E S S O C I A I S :