3. 1. A criança no ambiente natural e cultural
“Já se tomou consciência da
solidariedade existente entre a ambiência
e o indivíduo, este não podendo existir
sem aquela, sendo entretanto o individuo
capaz de também modificar o meio... O
porvir da educação se encontra na
disposição desses meios. Nada mais
eficaz que a ação exercida sobre a
criança e igualmente sobre o homem
através do ambiente”
(H. Wallon)
4. Desde muito pequena a criança participa das práticas sociais e
culturais de sua família, gradativamente ela vai descobrindo mundo
físico, psicológico, social estético e cultural que lhe é apresentado
pelos adultos. A sua formação como sujeito em processo de
humanização vai se estruturando a partir das experiências
assimiladas em interação com outras pessoas. Cada objeto, cada
elemento de seu cotidiano é uma nova experiência que o mundo
oferece e frente ao qual é atua. A criança percebe que os seres e
coisas com os quais convivem se apresentam com semelhanças o
diferenciações, com afetividade ou não, acolhendo-a ou rejeitando-
a, dando-lhe prazer o desprazer
5. Ela também é habituada aos
modos de gostar dos adultos com
os quais convive, suas escolhas,
seus costumes, suas roupas a
música que ouvem, os brinquedos
que lhe são apresentados , além
dos objetos caseiros com os quais
convive.
A própria natureza lhe oferece
uma infinidade de experiências
visuais e sonoras, quantas vezes
repetimos nossos gestos, olhares
indicando a beleza de uma
paisagem de uma pequena flor
que desabrocha?
6. Além das visualizações e sons, existem outras
experiências que também afetam as emoções e
pensamentos infantis incluindo campo estético e
artístico.
A criança vai convivendo com o mundo das máquinas da
industrialização das tecnologias dos eletrônicos, das mídias muitas
vezes com o simples apertar de um botão ou o deslizar de uma tela.
Dentro de sua casa o mundo exterior se faz presente dos mais variados
modos.
7.
8. Pode-se dizer que é na
cotidianidade que os conceitos
sociais e culturais são construídas
pela criança, como aos de gostar,
desgostar, de beleza, feiura. Essa
A criança participa de diversas maneiras das
manifestações socioculturais, artísticas,
estéticas e comunicacionais participando, ela
é capaz de reelabora-las de reconstruí-las em
seu imaginário, formando ideias e
sentimentos sobre as mesmas, e expressá-las
em ações.
10. 2. O professor e as crianças no espaço da arte
Entre cultura e criança situa-se o professor cujo trabalho é
o de intermediar os conhecimentos
existentes e oferecer condições para novos estudos.
11. Compete ao professor de Arte saber
lidar com os fatos em sala de aula,
constituindo a sua metodologia de
trabalho. O que é observado e
percebido nos passeios, nos
caminhos de ida e volta escola, nas
brincadeiras, nos programas de rádio
e televisão, e principalmente dos
conteúdos disponibilizados em canais
do YOUTUBE e outras ferramentas
de STREAMING, está modificando, e
enriquecendo assim as experiências
e vivências infantis. A principal tarefa
do professor de arte e auxiliar o
desenvolvimento desta observações
e percepções das crianças.
12. Todos os elementos que
compõem o meio ambiente onde
a criança vive são elementos
possíveis de serem trabalhados
nas aulas de arte, sendo eles; os
naturais(textura, cores, formato),
flores, folhas, gravetos, pedras –
ou materiais produzidos pelo
homem como; tecidos, pedaços
de papel, rótulos embalagens,
fotografias, ilustrações, canções e
outros são reunidos na classe
como material para se produzir,
estimulando assim a capacidade
criadora de cada aluno.
13. O professor deve tratar os materiais de acordo
com o encaminhamento de sua aula. Em qualquer
idade a criança tem capacidade para vislumbrar
as variantes formais estruturais e cromáticas
existentes no mundo do qual participa. Por
exemplo, normalmente uma criança vai dar a cor
verde para uma folha ou dará uma cor quente
vermelha ou amarela para uma flor, pois este
conceito de cor faz parte do que se apresenta aos
seus olhos. Isso ajuda na compreensão de
formas, imagens, símbolos e ideias.
Outro ponto importante é o contato da criança
com as obras de arte . Quando isto ocorre com
crianças que tem oportunidade de praticar
atividades artísticas, percebe-se que elas
adquirem novos repertórios e são capazes de
fazer relações com suas próprias experiências.
E, ainda também são encorajadas a observar,
tocar, conversar, refletir.
14. Para o educador Georges
Snyders(1992:13-15) esse
confronto deve ser priorizado
no âmbito da escola, criando
se condições efetivas de
presença das obras de arte
junto ao jovens. segundo este
autor, o convívio direto com a
as “obras primas” atende a
uma das principais funções
da escola, que é a de abrir,
criar a “possibilidade de um
ensino da alegria cultural
presente (e em particular da
alegria estética)”. E isto será
mais consistente com as
obras de arte
15.
16.
17. O programa de curso de arte bem estruturado, deve levar em
consideração as experiências dos alunos com a natureza e cultura
cotidianas e garantir a ampliação destes conhecimentos.
Nada mais mais desmotivante do que repetir as mesmas aulas em todas
as sérias escolares, sem um progressivo desafio de aprofundamento dos
conhecimentos em arte.
Daí a necessidade de termos professores capazes de proporcionar este
prosseguimento em estudos desta disciplina.