O documento apresenta uma entrevista com a jornalista Bárbara Gaspar, que ganhou o Prêmio Nobel por defender os direitos das mulheres. A entrevista revela detalhes sobre sua vida pessoal e profissional, incluindo sua paixão pelo jornalismo desde a infância, seu trabalho atual como correspondente internacional e seus sonhos futuros.
2. CONTEÚDO
3Perfil do mês
Entrevista com a jornalista Bárbara Gaspar,
reconhecida no mundo todo pela luta a favor da
igualdade de gênero. Ganhou o prêmio Nobel por
dar voz às mulheres e incentivá-las a perseguir
seus direitos. Feminista assumida, jornalista por
amor, leitora voraz, religiosa e apaixonada por
viagens. Conheça as diversas faces da jornalista
que abriu seus álbuns de fotos - e seu coração -
exclusivamente para a nossa revista.
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3. NÓS FOMOS!
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Perfil: Bárbara
Gaspar, jornal-
ista que gan-
hou o Prêmio
Nobel, abre
seus antigos
álbuns de fotos
e revela suas
experiências e
paixões
Tendência outono/inverno:
colete e a cor masala
4. ENCANTE-SE COM A NOVA SÉRIE PERFIL, CRIADA PARA ROMPER
OS ESTIGMAS E MOSTRAR A PERSONALIDADE DE MULHERES QUE
VÃO ALÉM DE SUA BELEZA EXTERIOR
Beleza. Sucesso. Dieta. Embora a vida das mulheres não gire em
torno desses assuntos, os meios de comunicação insistem em estampá-
las nas capas de revistas e outdoors como personagens planos de
um livro: possuem poucas características e sempre agirão de acordo
com elas, ou seja, de maneira previsível. As mulheres são ensinadas,
desde pequenas, a assumirem o lugar, o comportamento e a vida
que, hipoteticamente, são designados a elas. Obrigadas a lidar,
constantemente, com a insubordinação e a culpa. Porque se recusam
o modelo de “ser mulher”, são levadas a sentir culpa de serem
quem são. Mesmo com direitos iguais aos homens, ainda sofrem
com a desigualdade. Trabalham até mais que eles, mas recebem
menos. Voltam para casa com medo de serem agredidas verbal
e fisicamente. O único reconhecimento é quando as chamam de
“multi-tarefas”, pois cuidam da casa, trabalham, criam os filhos e
ainda arranjam tempo para lazer - como se essa fosse sua sina.
Dessa forma, surgiu a série Perfil. Uma seção
exclusiva da Revista destinada às mulheres reais. Um
espaço para contar uma história além daquela que todos
já conhecem: revelar sonhos, desejos, lutas, gostos,
medos e experiências. Nessa primeira edição, uma
mulher que defende todas essas causas: Bárbara Gaspar.
por
Bárbara
Valente
Perfil
As diversas faces de
Bárbara Gaspar
6. JORNALISMO: MAIS QUE UMA PROF
CONHEÇA A MULHER QUE CONQUISTOU O MUNDO
Bárbara Valente Gaspar
Idade: 28 anos
Profissão: Jornalista formada na
Faculdade Cásper Líbero
Origem: São Paulo, SP
Família: Valéria (mãe), Marcelo
(pai) e Giovanna (irmã)
Religião: Católica
Aos 28 anos, Bárbara já possui
um currículo invejável: trabalhou
em duas revistas renomadas, uma
emissora de TV e hoje mora em
Los Angeles, onde atua como cor-
respondente. Em 10 anos, mudou
de área na profissão, foi em busca
dos seus sonhos e, neste ano, ga-
nhou o Prêmio Nobel pela defesa
das mulheres. Em entrevista ex-
clusiva realizada na Fundação Cás-
per Líbero (ou “em casa”, como ela
mesmo diz), Bárbara conta seus
segredos e os desafios que enfren-
tou.
Revista: Por que você escolheu o
jornalismo?
Bárbara Gaspar: Sempre soube
que queria prestar o vestibular
para jornalismo. Quando eu era
pequena, imitava a Fátima Ber-
nardes e não perdia o jornal. Mas
foi só no Ensino Médio que tomei
essa decisão porque amo escre-
ver e ler; e meu maior sonho era
publicar uma matéria em revista.
Acredito muito no dever social jor-
nalista: mudar o mundo por meio
das palavras.
Revista: Então já pensava em tra-
balhar com questões mais sociais?
B.G.: Não, nunca imaginei que en-
traria nessa área. Apesar de amar
as aulas de Humanas, gosto muito
de Matemática. Durante a faculda-
de, meu sonho era seguir na área
econômica, o que consegui reali-
zar ao terminar o curso.
*Fotos do arquivo pessoal
Revista: Como começou a se en-
gajar na defesa das mulheres?
B.G.: Desde a minha adolescência
tinha interesse pela defesa dos
nossos direitos. Ouvia muitas his-
tórias de abusos e conheço mu-
lheres que sofrem com o machis-
mo até hoje. Quando era pequena,
eu questionava a minha mãe, pois
queria saber porque só os meni-
nos podiam jogar bola e gostar de
azul. Com estudo e maturidade,
aprendi o que é feminismo e en-
contrei explicações e alternativas
para tudo o que me fazia sentir
impotente. Acredito que todas as
mulheres deveriam se considerar
feministas, afinal, todas merecem
ser tratadas de maneira igual aos
homens.
Revista: Qual foi seu primeiro tra-
balho?
B.G.: Fiz meu primeiro estágio
no segundo ano de jornalismo,
quando trabalhei para uma revista
especializada em economia. En-
tretanto, considero meu primeiro
trabalho os projetos que realizei
na própria faculdade. Escrevi um
perfil para a aula de Jornalismo
Básico I e participei da pauta “Jor-
nalismo meteorológico”na Revista
Esquinas, ambos no primeiro ano
do curso. Um dos motivos pelos
quais escolhi a Cásper foi a opor-
tunidade de trabalhar em vários
meios de comunicação diferen-
tes. Os alunos participam de toda
a elaboração da reportagem e
podem ser redatores, repórteres,
âncoras, locutores de rádio e pro-
dutores. Foram experiências ma-
ravilhosas.
Revista: Como você se descreve-
ria?
B.G.: Diria que eu sou uma pessoa
quieta. Minha mente está sempre