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FGV – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
   MBA GESTÃO EMPRESARIAL




TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
         Next Logística Ltda


       Ênfase em FINANÇAS




                POR


     Elton Vinicius Artoni Tozzo




          ORIENTAÇÃO
      Prof. João Ferreira da Luz




      Americana, Setembro/2011
NEXT LOGÍSTICA LTDA




                                     Por


                         Elton Vinicius Artoni Tozzo




Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso MBA em Gestão Empresarial
               Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização
                         Programa FGV Management.




                                Setembro/2011
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


                NEXT LOGÍSTICA LTDA




                     PARTICIPANTE:




                Elton Vinicius Artoni Tozzo




           Projeto apresentado ao curso de MBA
Gestão Empresarial da Fundação Getúlio Vargas para obtenção
        do Certificado de pós-graduação Lato Sensu.




Data da aprovação: ____________________________________




    ____________________________________________
           Prof. João Ferreira da Luz - Orientador
TERMO DE COMPROMISSO


O aluno Elton Vinicius Artoni Tozzo, abaixo assinado, do Curso MBA em Gestão
Empresarial, do Programa FGV Management, realizado em Americana/São Paulo, declara
que o conteúdo do trabalho de conclusão de curso intitulado: Next Logística Ltda é autêntico,
original, e de sua autoria exclusiva.




                                 Americana, Setembro de 2011.




____________________________
Elton Vinicius Artoni Tozzo
LISTA DE FIGURAS


Figura 01: Logotipo Next Logística .................................................................................... 14
Figura 02: Logotipo Next Express....................................................................................... 14
Figura 03: Logotipo Next Food Service .............................................................................. 14
Figura 04: Logotipo Next Farma ......................................................................................... 15
Figura 05: Logotipo Next Solutions .................................................................................... 15
Figura 06: Logotipo Next Agro ........................................................................................... 15
Figura 07: Logotipo Next Transports .................................................................................. 15
Figura 08: Logotipo Next Textiles ...................................................................................... 16
Figura 09: Estrutura Organizacional da Next Logística ...................................................... 18
Figura 10: Faturamento em R$ bilhões das redes de fast-food no Brasil ............................ 20
Figura 11: Quantidade de lojas de fast-foods (Próprias + Franqueadas) no Brasil ............. 20
Figura 12: Distribuição % do consumo de alimentos no Brasil .......................................... 21
Figura 13: Crescimento % do consumo dos canais de distribuição .................................... 22
Figura 14: Evolução da participação da alimentação fora do lar nos gastos totais com
alimentos.............................................................................................................................. 22
Figura 15: Evolução do comércio negócio-a-consumidor (B2C) no Brasil ........................ 23
Figura 16: Densidade de Transporte no Brasil (km / 1000 km²) ......................................... 26
Figura 17: Densidade de Ferrovia (km / 1000 km²) Brasil x Estados Unidos ..................... 27
Figura 18: Número médio de saídas por semana – 2002, Brasil x Europa ......................... 27
Figura 19: Terminais intermodais aquaviários, Brasil x Estados Unidos ........................... 28
Figura 20: Participação % de cada unidade de negócio da Next Logística – 2010 ............. 36
Figura 21: Participação em R$ de cada unidade de negócio no faturamento global da Next
Logística – 2010 .................................................................................................................. 37
Figura 22: Evolução do faturamento global da Next Logística – 2004 – 2010 ................... 37
Figura 23: Picking to Light .................................................................................................. 43
Figura 24: Voice picking ...................................................................................................... 45
Figura 25: Organograma do Setor de Recursos Humanos .................................................. 58
Figura 26: Estrutura de Responsabilidade do Setor de Recursos Humanos ........................ 59
Figura 27: Estrutura de cargos relacionados à logística ...................................................... 60
Figura 28: Número de motoristas atuais .............................................................................. 60
Figura 29: Requisitos para funções na área de logística...................................................... 61
Figura 30: Local de instalação do Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes / PE
............................................................................................................................................. 69
LISTA DE TABELAS


Tabela 01: Brasil: Produção Física da Indústria – Taxa de Crescimento (%) ..................... 23
Tabela 02: Máquinas Agrícolas Automotrizes – Vendas Internas no Atacado – ................ 1994
/ 2009 – Nacionais e Importadas ........................................................................................ 24
Tabela 03: Capacidade dos comboios de navegação interior -Brasil x Estados Unidos ..... 28
Tabela 04: Análise SWOT da Next Logística ..................................................................... 38
Tabela 05: Necessidade de motoristas ................................................................................. 62
Tabela 06: Levantamento de critérios por cidade ................................................................ 66
Tabela 07: Decisão da cidade de instalação do Centro de Distribuição .............................. 66
Tabela 08: Dimensionamento da área do terreno do armazém ........................................... 68
Tabela 09: Cálculo do payback simples .............................................................................. 70
Tabela 10: Cálculo do payback descontado ........................................................................ 71
Tabela 11: Cálculo do Valor Presente Líquido ................................................................... 72
Tabela 12: Cálculo da Taxa Interna de Retorno .................................................................. 73
GLOSSÁRIO


AAR – Association of American Railroads
ABF – Associação Brasileira de Franchising
ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação
ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
B2B – Business to Business
B2C – Business to Consumer
CEL – Centro de Estudos em Logística
CNT – Confederação Nacional do Transporte
COPPEAD – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração de Empresas
CTRC – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga
DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
EAESP – Escola de Administração de Empresas de São Paulo
EPI – Equipamento de Proteção Individual
ERP – Enterprise Resource Planning
FGV – Fundação Getúlio Vargas
GPS – Global Positioning System
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ISO – International Organization for Standardization
KM – Quilômetro
MOPP – Movimentação Operacional de Produtos Perigosos
OHSAS – Occupational Health and Safety Assessment Services
PDV – Ponto de Venda
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares
SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade
SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e
Threats (Ameaças).
TMS – Transportation Management System
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
WMS – Warehouse Management System
SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12
2 A EMPRESA ......................................................................................................................... 13
2.1 Parâmetros estratégicos organizacionais ............................................................................ 16
2.2 Core Business e Mix de Produtos ....................................................................................... 16
2.2.1 Core Business .................................................................................................................. 16
2.2.2 Mix de Produtos .............................................................................................................. 16
2.3 Público Alvo ....................................................................................................................... 17
2.4 Organograma ...................................................................................................................... 18
2.4.1 Estrutura Organizacional ................................................................................................. 18
2.5 Análise Ambiental .............................................................................................................. 19
2.5.1 Macro ambiente ............................................................................................................... 19
2.5.2 Micro ambiente ................................................................................................................ 26
2.5.3 Concorrentes .................................................................................................................... 26
2.5.4 Fornecedores .................................................................................................................... 30
2.5.5 Clientes ............................................................................................................................ 30
2.5.6 Ambiente Interno ............................................................................................................. 35
3 ANÁLISE SWOT .................................................................................................................. 38
4 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO ................................................................................. 39
5 PLANO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO ........................................................................ 40
5.1 Tracking total da mercadoria .............................................................................................. 40
5.2 Integração de plataformas (ERP, GPS, Google Earth) ...................................................... 40
5.3 Relacionamento com o cliente via site ............................................................................... 41
5.3.1 Cotações online ............................................................................................................... 41
5.3.2 Solicitação de coleta online ............................................................................................. 41
5.3.3 Acompanhamento da carga online .................................................................................. 41
5.4 Baixa da carga online (Via código de barras)..................................................................... 41
5.5 ERP Integrando todos os departamentos da empresa ......................................................... 42
5.6 Visão de futuro ................................................................................................................... 42
5.6.1 Telemetria dos veículos ................................................................................................... 42
5.6.2 Armazéns “inteligentes” .................................................................................................. 43
5.6.3 Caminhões “inteligentes” ................................................................................................ 46
5.6.4 Business Intelligence (Mining) ........................................................................................ 46
6 PLANO DE MARKETING .................................................................................................... 48
6.1 Região Nordeste ................................................................................................................. 48
6.2 Estratégia de Marketing ...................................................................................................... 49
7 PLANO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................... 50
7.1 Objetivo .............................................................................................................................. 50
7.2 Campo de Aplicação ........................................................................................................... 50
7.3 Responsabilidades .............................................................................................................. 50
7.4 Definições ........................................................................................................................... 50
7.5 Descrição ............................................................................................................................ 51
7.5.1 Recrutamento e Seleção................................................................................................... 51
7.5.2 Recrutamento Interno ...................................................................................................... 51
7.5.3 Processo Seletivo ............................................................................................................. 51
7.5.4 Recrutamento Externo ..................................................................................................... 52
7.5.5 Processo Seletivo ............................................................................................................. 52
7.5.6 Aprovação e proposta de trabalho ................................................................................... 52
7.5.7 Integração do novo Colaborador ..................................................................................... 52
7.5.8 Férias ............................................................................................................................... 53
7.6 Treinamento, Curso e Desenvolvimento ............................................................................ 53
7.7 Benefícios Concedidos pela Empresa................................................................................. 53
7.8 Procedimento de Treinamento da Next Logística .............................................................. 54
7.8.1 Objetivo ........................................................................................................................... 54
7.8.2 Campo de Aplicação........................................................................................................ 54
7.8.3 Responsabilidade ............................................................................................................. 54
7.8.4 Desenvolvimento ............................................................................................................. 55
7.8.4.1 Levantamento e Programação dos Treinamentos ......................................................... 55
7.8.4.2 Execução do Treinamento ............................................................................................ 55
7.8.4.2.1 Treinamento “on the job”(local de trabalho) ............................................................ 55
7.8.4.2.2 Treinamento (in company)......................................................................................... 55
7.8.4.2.3 Treinamento (out company)....................................................................................... 56
7.8.5 Verificação de Eficácia .................................................................................................... 56
7.8.5.1 Integração ..................................................................................................................... 56
7.8.5.2 Avaliação dos Treinamentos ........................................................................................ 56
7.8.6 Resultados no nível da Empresa ...................................................................................... 57
7.8.7 Resultados no nível de tarefas e operações ..................................................................... 57
7.8.8 Estrutura de atuação do Setor de Recursos Humanos ..................................................... 58
7.8.8.1 Estrutura de responsabilidades do Setor de Recursos Humanos .................................. 59
7.8.8.2 Estrutura de cargos relacionado à logística .................................................................. 60
7.8.8.3 Números de motoristas atuais ....................................................................................... 60
7.8.8.4 Requisitos para funções na área de logística ................................................................ 61
7.9 Necessidade de desenvolvimento de motoristas................................................................. 61
7.9.1 Plano estratégico do setor de RH para atendimento da demanda de funcionários .......... 62
8 PLANO DE FINANÇAS ...................................................................................................... 64
8.1 Escolha do Plano de Finanças ............................................................................................ 64
8.2 Escolha do local de instalação ............................................................................................ 64
8.3 Dimensionamento do Centro de Distribuição .................................................................... 68
8.4 Análise da viabilidade financeira do Centro de Distribuição ............................................. 69
8.4.1 Cálculo do payback simples do Centro de Distribuição .................................................. 70
8.4.2 Cálculo do payback descontado do Centro de Distribuição ............................................ 70
8.4.3 Cálculo do Valor Presente Líquido – VPL ...................................................................... 71
8.4.4 Cálculo da Taxa Interna de Retorno - TIR ...................................................................... 72
9 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 74
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 76
1 INTRODUÇÃO


       Este Trabalho sobre transporte e logística tem como base a empresa Next Logística, e
aqui será explanado seu modo de operação, segmentação de mercado, analisando seus
processos de trabalho, estratégias organizacionais, serviços oferecidos, clientes e
concorrentes.
       Esse tema escolhido se deve ao fato da importância do transporte rodoviário no
desenvolvimento do país, onde se movimenta R$ 40 bilhões / ano e 2/3 da carga transportada
no Brasil, isso se deve ao fato também das baixas restrições de operação e dos longos anos de
priorização deste modal nos restritos investimentos do governo.
       Outro fato que motivou a escolha desse tema é o chamado “Custo Brasil”, que é o
custo da logística no Brasil, e o transporte responde por 60% dos custos logísticos e sua
redução é extremamente importante para as empresas, o que contribui para esse alto custo é o
estado de conservação das rodovias, geralmente precários, pedágios caros, preços dos
combustíveis, emissão de gases de efeito estufa e problemas com manutenção dos veículos.
       A escolha do nome Next vem do inglês que significa próximo, seguinte, imediato e é
isso que move a Next e seus colaboradores, o logotipo da empresa possui um “X” estilizado
formado por setas congruentes para o centro do desenho, isso significa a união de mercados,
da origem ao destino, para cada segmento de mercado da empresa esse “X” possui uma
coloração diferente, identificando o mercado atendido.




                                                                                           12
2 A EMPRESA


       A Next Logística teve seu início em 1970 em Americana / SP, como uma empresa
familiar e atendendo as pequenas tecelagens do município, transportando tecidos para
Campinas / SP, São Paulo / SP e Ribeirão Preto / SP. Em 1980, mostrando estar à frente do
mercado começou a realizar o Serviço Expresso entregando tecidos na manhã seguinte da
coleta em todo o Estado de São Paulo.
       Este serviço fez com que a Next se desenvolvesse rapidamente abrindo filiais pelas
principais cidades do Estado de São Paulo.
       Inovação sempre foi uma palavra constante na Next e em 1996 fez com que a empresa
desse seu grande salto, quando iniciou as operações por nichos de mercado, segmentado-os.
Foi criada então a Next Express, especializada em transporte de cargas sensíveis e expressas
rodoviárias em todo o território nacional.
       A partir de então, a empresa apresentou crescimento contínuo, com a abertura de
novas unidades de negócio, novas empresas foram surgindo, como a Next Food Service,
voltada para o mercado de fast-foods, a Next Farma, dedicada ao setor farmacêutico, a Next
Solutions, que opera a logística do varejo tradicional e eletrônico, a Next Agro, dedicada ao
segmento de defensivos agrícolas e produtos correlatos e Next Transports, dedicada às cargas
de grandes volumes.
       Esta estratégia ao mesmo tempo diversificada e dedicada mostrou-se acertada. Com
ela, a empresa pode atender a cada segmento com toda a tecnologia específica, ativos
adequados e profissionais especialistas nos setores, que conseguem dar as soluções sob
medida para os clientes.
       Enquanto cada área se dedica a seu mercado, a gestão corporativa unificada garante
benefícios que são distribuídos a todas as empresas do grupo, como a compra conjunta de
veículos e demais equipamentos e de serviços financeiros, entre outros ativos.
       Abaixo, o detalhamento de cada empresa da Next Logística:
           •   Next Logística: Holding controladora do grupo Next Logística Ltda;
           •   Next Express: Transporte de cargas sensíveis e expressas rodoviárias em todo
               o território nacional;
           •   Next Food Service: Soluções logísticas para o mercado de food service;
           •   Next Farma: Soluções logísticas para o mercado de saúde: farmacêuticos,
               médicos-hospitalares e cosméticos;

                                                                                          13
•    Next Solutions: Soluções logísticas para o mercado de cultura, lazer,
                 entretenimento e eletroeletrônicos;
            •    Next Agro: Soluções logísticas para o agronegócio;
            •    Next Transports: Soluções logísticas para o segmento de grandes volumes:
                 líquido, gases, combustível e a granel;
            •    Next Textiles: Soluções logísticas para a indústria têxtil.


        Abaixo o logotipo identificando cada unidade de negócio:


            •    Next Logística:




Figura 01: Logotipo Next Logística
Fonte: O próprio autor


            •    Next Express:




Figura 02: Logotipo Next Express
Fonte: O próprio autor


            •    Next Food Service:




Figura 03: Logotipo Next Food Service
Fonte: O próprio autor


                                                                                      14
•   Next Farma:




Figura 04: Logotipo Next Farma
Fonte: O próprio autor


            •   Next Solutions:




Figura 05: Logotipo Next Solutions
Fonte: O próprio autor


            •   Next Agro:




Figura 06: Logotipo Next Agro
Fonte: O próprio autor




            •   Next Transports:




Figura 07: Logotipo Next Transports
Fonte: O próprio autor




                                      15
•    Next Textiles:




Figura 08: Logotipo Next Textiles
Fonte: O próprio autor


2.1 Parâmetros estratégicos organizacionais


        Missão: Prover soluções logísticas que atendam as necessidades dos nossos clientes,
através de serviços inteligentes, ágeis e informações precisas.


        Visão: Ser reconhecida pela excelência dos serviços prestados nos segmentos onde
atuamos.


        Valores: Honestidade, Determinação, Cooperação e Responsabilidade


2.2 Core Business e Mix de Produtos


2.2.1 Core Business


        O core business na Next Logística é a prestação de serviços de transporte e logística
para diversos clientes nos mais variados segmentos de mercado.


2.2.2 Mix de Produtos


        - Next Express: serviços de transporte rodoviário de cargas fracionadas ou fechadas de
forma expressa, para o transporte de materiais perecíveis e sensíveis, contando com um
sistema de processamento de envio totalmente informatizado, garantindo agilidade e
segurança na distribuição dos produtos, através de uma ampla rede de distribuição e uma
moderna frota de veículos próprios, tecnologicamente adaptados, para atender aos requisitos
de segurança, temperatura e movimentação de cargas.



                                                                                           16
- Next Food Service: logística do varejo de alimentos e refeições fora do lar, voltada
para os segmentos de fast food, restaurantes, refeições para empresas e indústrias, lojas de
conveniência, supermercados (pré-processados) e lanchonetes.


       - Next Farma: serviço de distribuição de produtos farmacêuticos, médico-hospitalares,
e cosméticos, atendendo distribuidores e atacadistas, redes de farmácias, hospitais e clínicas,
entre outros.


       - Next Solutions: atendimento do varejo seja tradicional ou o e-commerce, que se
caracteriza por um grande número de itens em estoque, giro rápido de mercadorias e alta
customização, com tempos de operação muito reduzidos, atendimento principalmente os
grandes sites de compra pela internet.


       - Next Agro: soluções logísticas para o agronegócio, desde o transporte de defensivos
agrícolas até operações de corte, carregamento e transporte de cana para grandes grupos do
país, sempre prezando pelo meio ambiente e segurança nas suas operações.


       - Next Transports: serviço de cargas de grandes volumes sejam líquidos, gases,
combustíveis ou outros granéis, além de produtos paletizados. Hoje, a empresa está preparada
para atender a qualquer indústria dos ramos químico, petroquímico, de bebidas e outras de
grandes volumes, com expertise operacional e veículos inovadores e vocacionados para a
atividade.


       - Next Textiles: Soluções logísticas para a indústria têxtil, desde o fabricante até
grandes varejistas.


2.3 Público Alvo


       O público alvo da Next Logística são os grandes embarcadores nacionais:
             •   Fabricantes de combustíveis;
             •   Fabricantes de produtos químicos;
             •   Indústria farmacêutica;
             •   Indústria de cosméticos, higiene e limpeza;
             •   Fabricantes de defensivos agrícolas;
                                                                                            17
•   Grandes redes varejistas, tanto do varejo tradicional, bem como e-commerce;
            •   Fabricantes de bebidas;
            •   Redes de fast-food, restaurantes e lanchonetes;
            •   Fabricantes de roupas e insumos para a indústria têxtil.


2.4 Organograma


2.4.1 Estrutura Organizacional




Figura 09: Estrutura Organizacional da Next Logística
Fonte: O próprio autor


        Holding – Next Logística (Conselho): Holding mista responsável pela administração
central de todo o grupo, possuindo 100% das ações do Grupo Next Logística Ltda.


        Departamentos Corporativos, centrais a todas as unidades de negócio:


        - Recursos Humanos: Gerência de Recursos Humanos central para todas as unidades
de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela contratação, treinamento, capacitação e
demissão de colaboradores de todas as unidades.
        - Qualidade e Meio Ambiente: Gerência de Qualidade e Meio Ambiente central para
todas as unidades de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela coordenação do
Sistema de Gestão Integrada, criação e atualização de indicadores, instruções de trabalho, pela
                                                                                            18
realização de auditorias internas, contratação de auditorias externas, certificações e obtenção
de licenças para todas as unidades de negócio do grupo.
       - Segurança do Trabalho: Gerência de Segurança do Trabalho central para todas as
unidades de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela segurança do trabalho e saúde
ocupacional de todos os colaboradores, distribuição de EPI’s e uniformes para todo o grupo.
       - Controladoria: Gerência de Controladoria central para todas as unidades de negócio
da Next Logística Ltda, é composto pelos departamentos financeiros, fiscal, contábil e de
custos, todos os pagamentos e recebimentos, pagamentos de impostos, balanços financeiros e
análises de custos de todas as unidades de negócio estão centralizadas na controladoria.


       Departamentos por unidades de negócio, cada unidade possui os departamentos
relacionados abaixo:


       - Gerência Operacional: Responsável pela operacionalização de toda a logística da
unidade de negócio, programação de veículos, rastreamento, emissão de documentos de
transporte, chefia dos motoristas e do pessoal do armazém.
       - Gerência da Manutenção: Responsável pela manutenção de toda a frota da
empresa, bem como dos equipamentos de armazém, como empilhadeiras, paleteiras, etc.
       - Gerência de Projetos e Custos: Cada unidade de negócio possui esse departamento,
onde se concentra o comercial e desenvolvimento de projetos, dessa forma, pode-se trabalhar
cada cliente de forma customizada, assimilando suas necessidades, seus processos de trabalho
e melhorias que a Next Logística pode propor, os preços são baseados nos custos
determinados pela Controladoria da Holding, à partir dai, são baseados os estudos e projetos.
       - Gerência de Compras: cada unidade de negócio possui sua gerência de compras,
essa gerência é responsável pela aquisição de todos os insumos de cada unidade de negócio,
bem como equipamentos e veículos dimensionados para cada tipo de projeto.


2.5 Análise Ambiental


2.5.1 Macro ambiente


       Para Basta, Marchesini, Oliveira e Sá (2006, p. 26) “todas as organizações são também
afetadas por fatores externos, sobre os quais normalmente não se tem controle. Esses fatores


                                                                                            19
compõem o macro ambiente.” Iremos apresentar os quatro ambientes: social, econômico,
político e tecnológico.
        A Next Logística aposta em diversos mercados crescentes no Brasil, abaixo a análise
social e econômica.
        Inicialmente iremos falar do mercado de food service no Brasil, hoje esse mercado está
em alto crescimento, de acordo com a ABF as redes de fast-food registraram um aumento no
faturamento de 2009 para 2010 de 39,8%, podemos verificar no gráfico abaixo o faturamento
ano a ano de todas as redes de fast-food do Brasil:


                            Faturamento (em R$ bilhões)
            16000
            14000
            12000
            10000
             8000
             6000
             4000
             2000
                 0
                       2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010


Figura 10: Faturamento em R$ bilhões das redes de fast-food no Brasil
Fonte: ABF




                       L ojas (P róprias + F ranqueadas )
                 14000
                 12000
                 10000
                     8000
                     6000
                     4000
                     2000
                        0
                            2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010



Figura 11: Quantidade de lojas de fast-foods (Próprias + Franqueadas) no Brasil
Fonte: ABF

                                                                                           20
Como podemos verificar no gráfico acima, o número de lojas cresceu
vertiginosamente.
        As líderes do mercado segundo a ABF são respectivamente, Bob’s com 750
estabelecimentos, McDonald’s com 616 e Subway com 606.
        Em relação ao food service que segundo a ABIA “é o fornecimento de mercadorias,
produtos e serviços aos estabelecimentos públicos ou privados, que preparam e fornecem
alimentação aos consumidores (alimentação fora do lar)”.
        As indústrias fabricantes de alimentos, assim como os produtos de alimentos in natura
contam com quatro grandes canais de distribuição de seus produtos: atacado & distribuição,
varejo, a indústria e o food service, porém o consumidor final só tem contato direto com dois
desses canais, o varejo e o food service.
        Os sub-canais de distribuição do food service englobam postos de saúdes, hospitais,
presídios, merenda escolar, deliverys, hotéis, atacadistas, distribuidores, supermercados,
padarias, catering aéreo, etc.
        Na Europa e nos Estados Unidos, 40% e 50% respectivamente da venda de alimentos
é destinada ao canal de food service, enquanto que o Brasil este número ainda é de 22%. Isso
revela um segmento com grande expansão.
        Nos gráficos abaixo podemos verificar o crescimento do segmento de food service no
Brasil, baseado nisso, a Next Logística investe pesadamente nessa área.




Figura 12: Distribuição % do consumo de alimentos no Brasil
Fonte: IBGE/POF; ABIA



                                                                                          21
Figura 13: Crescimento % do consumo nos canais de distribuição
Fonte: ABIA




Figura 14: Evolução da participação da alimentação fora do lar nos gastos totais com alimentos
Fonte: IBGE/POF; ABIA



        No segmento de e-commerce a 13ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado
Brasileiro 2011 da FGV-EAESP aponta o aumento dos investimentos das empresas em
comércio eletrônico, e mostra como o comércio eletrônico no Brasil é dividido, os dois
principais que se destacam são o negócio-a-negócio (B2B) e o negócio-a-consumidor (B2C),
hoje o B2B responde por 65,25% do comércio eletrônico no país, enquanto que o B2C
corresponde por 33,02% dessa fatia, no gráfico abaixo podemos ver a evolução do comércio
                                                                                      22
eletrônico B2C no Brasil e a Next Logística analisa esses dados, apostando pesadamente que
esse segmento de mercado tende a crescer ainda mais nos próximos anos:




Figura 15: Evolução do comércio negócio-a-consumidor (B2C) no Brasil
Fonte: FGV - EAESP


        Outros segmentos de mercado que a Next Logística investe como farmacêutico,
químico, combustíveis, têxteis e agropecuário podemos verificar na tabela abaixo o
comportamento desses mercados desde 2008 e avaliarmos:
                 BRASIL: PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA - TAXA DE CRESCIMENTO (%)

                                   Discriminação                           2008         2009    2010    jan/11

              Industria geral                                                     3,1    -7,4    10,4      2,5
              Indústria extrativa                                                 3,8    -8,8    13,4      5,5
              Indústria de tranformação                                           3,1   -10,6    10,3      2,3
              Alimentos                                                           0,5    -1,7     4,4      -0,8
              Bebidas                                                             0,3     7,1    11,2      -4,5
              Fumo                                                            -7,0       -2,4    -8,0      5,7
              Têxtil                                                          -1,9       -6,4     4,4     -11,6
              Vestuário e acessórios                                              3,2    -7,9     7,2      4,1
              Calçados e artigos de couro                                     -6,8       -8,6     6,7     -11,1
              Madeira                                                        -10,2      -17,7    16,1      7,2
              Celulose, papel e produtos de papel                                 5,2    -1,4     4,4      1,8
              Edição, impressão e reprodução de gravações                         1,7    -2,7     3,7      4,8
              Refino de petróleo e álcool                                         0,4    -0,8     0,7      -2,3
              Farmacêutica                                                    12,7        7,9     2,4      7,4
              Perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza           -4,8        4,7     1,7      1,7
              Outros produtos químicos                                        -1,4       -4,3    10,2      -0,3
              Borracha e plástico                                                 2,2    -9,3    12,5      3,3
              Minerais não metálicos                                              8,3    -4,6     9,3      3,6
              Metalurgia básica                                                   3,3   -17,6    17,6      -0,4
              Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos               2,4   -14,6    23,4      -5,1
              Máquinas e equipamentos                                             6,0   -18,5    24,1      7,0
              Máquinas para escritório e equipamentos de informática          -8,9       -6,6    13,2     14,8
              Máquinas, aparelhos e materiais elétricos                           3,7   -19,9     8,8      2,3
              Material eletrônico, apars. e equipamentos de comunicações      -2,9      -25,5     3,0      4,4
              Equipts. de instrument.médico-hospitalar, ópticos e outros      16,0      -12,1    20,6     20,1
              Veículos automotores                                                8,1   -12,4    24,2      8,2
              Outros equipamentos de transporte                               42,2        2,3    -0,1     11,8
              Mobiliário                                                      -1,5       -2,9    10,9      3,0
              Diversos                                                        -0,2       -7,9    11,6     17,7



Tabela 01: Brasil: Produção Física da Indústria – Taxa de Crescimento (%)
Fonte: IBGE

                                                                                                                  23
Nessa tabela acima podemos verificar que a crise internacional de 2009 afetou
diversos mercados produtivos no Brasil, diversos deles tiveram retração ou um baixo
crescimento, no segmento têxtil, de vestuário e calçados após esse 2009 ruim, teve uma ótima
recuperação em 2010, totalizando um crescimento de 18,3%, o segmento farmacêutico, de
cosméticos e equipamentos hospitalares teve um crescimento total em 2010 de 24,7%, com
principal destaque para os produtos hospitalares, produtos químicos teve um crescimento de
10,2%.
          Já no segmento agropecuário podemos verificar o crescimento da indústria fabricante
de máquinas agrícolas de acordo com o Anuário da Indústria Automobilística Brasileira –
2009 da ANFAVEA:


                             Máquinas Agrícolas Automotrizes - Vendas Internas no Atacado - 1994/2009
                                                         Nacionais e importadas

Ano              Cultivadores motorizados Tratores de Rodas Tratores de Esteiras Colheitadeiras Retroescavadeiras Total Geral Variação %
1994                        1308                38518               1184              4049             1428         46487           -
1995                        1210                17594               1178              1423             1334         22739      -51,09%
1996                        714                 10312               505               900              1493         13924      -38,77%
1997                        707                 16049               842               1709             2158         21465       54,16%
1998                        587                 18677               795               2524             2270         24853       15,78%
1999                        629                 19205               646               2906             1310         24696       -0,63%
2000                        722                 24591               592               3780             1377         31062       25,78%
2001                        856                 28203               496               4098             1870         35523       14,36%
2002                        1050                33217               551               5648             2102         42568       19,83%
2003                        1585                29476               449               5440             1045         37995      -10,74%
2004                        1682                28803               526               5605             1174         37790       -0,54%
2005                        2141                17729               408               1534             1410         23222      -38,55%
2006                        1857                20435               300               1030             2050         25672       10,55%
2007                        1548                31300               437               2377             2675         38337       49,33%
2008                        1852                43414               720               4458             4028         54472       42,09%
2009                        1759                45437               618               3817             3681         55312        1,54%
Total por Tipo             20207                422960             10247             51298            31405         536117

Tabela 02: Máquinas Agrícolas Automotrizes – Vendas Internas no Atacado – 1994 / 2009 – Nacionais e
Importadas
Fonte: ANFAVEA

          A tabela acima da ANFAVEA aponta que a crise mundial de 2009 também afetou os
fabricantes de máquinas agrícolas, apurando somente um crescimento de 1,54% em relação ao
ano de 2008, mas o acumulado no período 2006 – 2009 aponta um crescimento de 103,51%,
ou seja, é também um segmento de mercado em grande expansão no Brasil, esse é um
indicador que aponta o grande crescimento na agroindústria brasileira, portanto as
mercadorias correlatas a esse mercado também possui um grande aumento no consumo, como
defensivos agrícolas, alimentação animal, medicamentos veterinários, entre outros.
          Portanto, com tantas empresas produzindo a pleno vapor e uma grande quantidade de
pessoas consumindo, um transporte eficiente, dinâmico, ágil e preciso é fator preponderante
                                                                                        24
para que essas empresas aumentem seu faturamento e invistam cada vez mais e que os
consumidores fiquem contentes por receberem seu produto no prazo, intactos, na quantidade
correta e no local correto e que consumam cada vez mais.
       No ambiente político do transporte há regulamentações que são importantes citar:
           •   Regulamentações e Licenciamento da ANVISA no transporte de alimentos,
               produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos de higiene e limpeza;
           •   Regulamentações do DNIT no transporte de produtos químicos, químicos
               perigosos, gases, combustíveis e defensivos agrícolas;
           •   Regulamentações e Licenciamento do IBAMA no transporte de produtos
               químicos perigosos;
           •   Regulamentações e Licenciamento dos órgãos ambientais competentes
               estaduais onde serão realizados os transportes de produtos químicos perigosos;
           •   Regulamentações e Licenciamento do Exército Brasileiro no transporte de
               produtos químicos perigosos;
           •   Regulamentações e Licenciamento da Polícia Civil Estadual onde serão
               realizados os transportes de produtos químicos perigosos;
           •   Regulamentações trabalhistas do Ministério do Trabalho do Brasil;
           •   Regulamentações tributárias municipais, estaduais e federais.


       No ambiente tecnológico, foi-se o tempo que o transporte era visto somente como um
motorista dirigindo um caminhão, não se via tecnologia ali, porque normalmente era um
caminhão velho, expelindo fumaça preta pelo escapamento, hoje o segmento de transporte
rodoviário e logística é altamente informatizado e recebe diversas melhorias tecnológicas para
aumentar sua competividade, eficiência e gestão.
       A Next Logística investe muito nessa área utilizando sistemas ERP de gestão
integrada, TMS de gestão de transporte e WMS de gestão de armazéns, rastreamento de
veículos em toda sua frota utilizando sistema GPS de localização global com sinal híbrido
celular e satelital para contingências, esse sistema permite a localização do veículo em todo o
território nacional, reduzindo o risco de roubo e prevendo o tempo de viagens.
       Veículos novos com motores eletrônicos mais eficientes também são utilizados na
frota, eles consomem menos, poluem menos e são mais ágeis; nos armazéns, endereçamento e
utilização de trans-paleteiras, sistemas de radiofrequência e voice-picking agilizam a
separação dos pedidos.

                                                                                            25
2.5.2 Micro ambiente


        Segundo Basta, Marchesini, Oliveira e Sá (2006, p. 23) “o micro ambiente do
marketing é formado por concorrentes, intermediários, fornecedores, entidades privadas e
públicas”, a seguir serão analisados essas variáveis na Next Logística.


2.5.3 Concorrentes


        Não há um produto substituto para o transporte rodoviário brasileiro no momento,
como citado na introdução desse trabalho os longos anos de priorização desse modal por parte
do governo brasileiro não deixou desenvolver alternativas a esse modal, segundo o estudo
Transporte de Cargas no Brasil de parceria entre a CNT e o CEL/Instituto COPPEAD da
UFRJ “a baixa disponibilidade e as limitações operacionais dos modais ferroviários, de
cabotagem e de navegação de interior dificultam a utilização destes como reais alternativas ao
modal rodoviário”.
        Segundo ainda esse estudo “a disponibilidade de infra-estrutura do modal rodoviário
no Brasil é significativamente maior do que a dos outros modais”, no caso do modal
ferroviário “a baixa oferta de infra-estrutura do transporte, o sistema ferroviário também
problemas relacionados com a viabilidade econômica de algumas ferrovias que permanecem
fortemente subutilizadas”. Com relação à navegação de interior, “deve-se citar que apenas
35% das vias navegáveis são efetivamente utilizadas para o transporte. Os outros 65% só
podem ser utilizadas economicamente a partir de intervenções nos rios e construção de infra-
estrutura em terra – terminais hidroviários”.
        Abaixo gráfico mostrando a disponibilidade dos modais rodoviário, ferroviário e
hidroviário no Brasil:




Figura 16: Densidade de Transporte no Brasil (km / 1000 km²)
Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; IBGE

                                                                                           26
Comparando a densidade de transporte ferroviário do Brasil com os Estados Unidos
podemos evidenciar a grande diferença e a subutilização das ferrovias no Brasil, enquanto no
Brasil essa densidade é de 3,4 km / 1000 km², nos Estados Unidos ela chega a 29,8 km / 1000
km², abaixo os mapas dos dois países demonstrando a distribuição da malha ferroviária pelos
dois países:




Figura 17: Densidade de Ferrovia (km / 1000 km²) Brasil x Estados Unidos
Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; IBGE; AAR; Ministério dos Transportes


        Já no modal de cabotagem, segundo esse estudo “a baixa disponibilidade de navios na
cabotagem de contêineres é considerada como um obstáculo para o crescimento do setor,
apesar do recente crescimento do número de navios porta-contêineres que realizam o
transporte na costa brasileira, o número ainda baixo de saídas semanais nas principais rotas é
apontado por alguns embarcadores como limitante ao maior uso deste modal”.
        No gráfico abaixo podemos comparar a quantidade de saídas semanais de alguns
portos europeus com portos brasileiros:




Figura 18: Número médio de saídas por semana – ano 2002, Brasil x Europa
Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ


                                                                                           27
Outro problema enfrentando pelo modal de cabotagem é o grande desbalanceamento
de contêineres, por ser a região Sul e Sudeste do Brasil mais desenvolvida que a região Norte
e Nordeste, há um grande fluxo de contêineres no sentido Sul – Norte, em contrapartida no
sentido Norte – Sul é muito menor, ou seja, o contêiner que sai do Sul sentido ao Norte não
retorna, deixando a região Sul desabastecida desse importante unitizador de cargas.
       Já a navegação de interior é o modal que historicamente recebe menos investimento
por parte das autoridades brasileiras e essa é a principal causa para o pequeno
desenvolvimento desse modal no Brasil, outro ponto que contribui para a baixa
representatividade desse modal é a demora na resolução de questões relacionadas com
impactos ambientais das hidrovias, na figura abaixo demonstramos a distribuição dos
terminais aquaviários no Brasil e nos Estados Unidos:




Figura 19: Terminais intermodais aquaviários, Brasil x Estados Unidos
Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; Ministério dos Transportes; Department os Transportation –
National Transportation Atlas


       Para efeitos comparativos, no Brasil existem 64 desses terminais enquanto que nos
Estados Unidos 1.137, outro fator que causa baixo desempenho da navegação de interior é a
baixa eficiência na utilização de ativos, como podemos verificar na tabela abaixo:
           Capacidade dos comboios de
              navegação de interior
        Comboio Tietê           2200 tons
        Comboio Paraná          4400 tons
        Comboio Madeira         18000 tons
        Comboio Mississipi      22500 tons
Tabela 03: Capacidade dos comboios de navegação de interior Brasil x Estados Unidos
Fonte: CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; Ministério dos Transportes – Departamento de Hidrovias Interiores;
Hermasa; U.S. Army Corps. Of Engineers




                                                                                                  28
Já como concorrentes diretos podemos destacar três empresas:


   •   AGV Logística - altamente segmentada, atua nos segmentos de alimentos
       refrigerados, bebidas, saúde humana, saúde animal, indústria química, serviços
       bancários   e   varejo,    possui     uma   vasta   rede   de   filiais   espalhadas
       estrategicamente    pelo    Brasil,    disponibiliza   serviços    de     transporte,
       armazenagem, movimentação e controles, começou a receber investimentos em
       2008 do fundo de investimentos americano Equity International, em 2010
       fundiu-se com a AGR Rodasul (especializada em centros de distribuição com
       forte penetração no sul do Brasil) e adquiriu a G-Tech e a G-Log (divisões do
       grupo Granero, especializadas no transporte de produtos sensíveis, químicos,
       de alta tecnologia e de bens de consumo) além da Revitech que fornece
       serviços de manutenção e revitalização em equipamentos de automação
       bancária, e mais recentemente em maio de 2011 adquiriu a Exata Logística e a
       Exata e-commerce do grupo Arex (atua na área de transporte e armazenagem
       com forte presença nas regiões Norte e Nordeste do Brasil);
   •   Braspress – empresa nacional que atende 100% do território nacional com 99%
       de capilaridade atendida com recursos próprios (baixíssimo índice de veículos
       de terceiros em sua operação, esse nível é muito difícil de se alcançar,
       principalmente pela extensão do território brasileiro), é especializada em
       cargas expressas e investe pesadamente em tecnologia em seus centros de
       distribuição com esteiras automatizadas agilizando o processo de recebimento,
       separação e expedição de mercadorias, inclusive, possuem o maior terminal de
       cargas automatizado da América Latina, no Rio de Janeiro;
   •   Tegma – empresa nacional líder no segmento de transporte de veículos 0 km
       no Brasil, possui uma carteira de clientes multinacionais que dá corpo para a
       empresa investir em outras áreas, é especializada também no transporte de
       combustíveis, celulose e papel e suco de laranja, para essas operações utiliza-se
       veículos longos como rodotrens, aumentando sua eficiência e reduzindo o
       custo para o cliente por unidade transportada, também realiza serviços de
       inbound, outbound, cross docking, milk run, just in time e abastecimento de
       linhas de montagem, além de gestão de estoques.



                                                                                         29
2.5.4 Fornecedores


       Cada unidade de negócio da Next Logística tem autonomia para tratar com seus
fornecedores, dessa forma, os insumos adquiridos são voltados para determinado tipo de
utilização característico de cada unidade de negócio, os fornecedores críticos são avaliados
por planilhas de avaliação de fornecedores de acordo com as certificações da empresa.
       Há alguns fornecedores chave que são iguais a todas as unidades de negócio da Next
Logística, que são os fornecedores de sistemas, combustível, veículos e concessionárias, no
caso de veículos e concessionárias a holding determina que fabricantes irão fornecer os
veículos e cada unidade de negócio os adquire conforme suas necessidades e projetos.


2.5.5 Clientes


       A segmentação da Next Logística por unidade de negócio existe para que cada tipo de
cliente tenha sua operação de transporte e logística analisada e desenhada por profissionais
que conheçam daquele tipo de operação, cada segmento de mercado possui suas
particularidades e dessa forma cada cliente pode ser atendido e ter sua solução logística a
contento, abaixo a relação de clientes da Next Logística separados por unidade de negócio:


       Next Express: cargas sensíveis e expressas, clientes:
          •      Videolar;
          •      Valeant;
          •      Siemens;
          •      Sankyo;
          •      Sandoz;
          •      Roche;
          •      Merck;
          •      Medley;
          •      AstraZeneca;
          •      Johnson & Johnson;
          •      GlaxoSmithKline;
          •      Fox;
          •      Medlab;

                                                                                             30
•   Drogaria São Paulo;
   •   Daudt;
   •   Claro;
   •   Biosintética;
   •   Braun;
   •   Bayer;
   •   Alcon;
   •   Antibióticos do Brasil;
   •   Abbott Laboratories.


Next Food Service: varejo de alimentos e refeições fora do lar, clientes:
   •   Subway;
   •   Spoleto;
   •   Salad Creations;
   •   Pizza Hut;
   •   Pastello;
   •   Casa do Pão de Queijo;
   •   Mundo Verde;
   •   Domino’s Pizza;
   •   Crêpe de Paris;
   •   Vanilla Café;
   •   Viena.


Next Farma: produtos farmacêuticos, hospitalares e correlatos, clientes:
   •   Dr. Suwelack;
   •   Nycomed;
   •   Libbs;
   •   Ipsen;
   •   Farmed;
   •   Abbott Diagnostics;
   •   Aché;
   •   Andrômaco;

                                                                            31
•   Bayer;
•   Instituto Butantan;
•   Ciba Vision;
•   Claris;
•   Coferly;
•   Daiichi-Sankyo;
•   Galderma;
•   GlaxoSmithKline;
•   Johnson & Johnson;
•   AstraZeneca;
•   Medlab;
•   Mepha;
•   Panarello;
•   Prevsaúde;
•   Ratiopharm;
•   Roche;
•   Sankyo;
•   Teva;
•   Torrent;
•   Valeant;
•   Sun Microsystems;
•   Alcon;
•   Altana;
•   Bio Rad;
•   CSL Behring;
•   Dade Behring;
•   Edwards;
•   Smiths Medical;
•   Genzyme;
•   LFB;
•   Phadia;
•   Qiagen;

                          32
•   Radim Diagnostics;
   •   Sebia;
   •   Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo;
   •   Siemens;
   •   Stryker;
   •   ThermoFisher;
   •   CNPH;
   •   St. Jude Medical;
   •   Oxoid.


Next Solutions: varejo tradicional e e-commerce, clientes:
   •   Elektra;
   •   Claro;
   •   Fnac;
   •   Fox;
   •   Livraria Saraiva;
   •   Pernambucanas;
   •   Carrefour;
   •   Huawei.


Next Agro: soluções para o agronegócio, clientes:
   •   Syngenta;
   •   Sipcam Isagro;
   •   Sinon;
   •   Monsanto;
   •   São Martinho;
   •   Milenia;
   •   Inpev;
   •   Luxembourg;
   •   Ihara;
   •   FMC;
   •   Dow AgroSciences;

                                                             33
•   Dupont;
   •   Crosslink;
   •   Chemtura;
   •   Cheminova;
   •   Bayer CropScience;
   •   Bequisa;
   •   Basf;
   •   Arysta LifeScience;
   •   Agripec;
   •   Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro.


Next Transports: transporte de grandes volumes, clientes:
   •   Shell;
   •   Sat;
   •   Quattor;
   •   Petrobrás;
   •   Aster;
   •   Ale;
   •   Ambev.


Next Textiles: transporte para indústria têxtil e do vestuário, clientes:
   •   Carrefour;
   •   C&A;
   •   Pernambucanas;
   •   Lojas Renner;
   •   Riachuelo;
   •   Zogbi;
   •   GEP;
   •   Wal Mart;
   •   Lojas Marisa;
   •   Leader;
   •   Lojas Americanas;

                                                                            34
•   Pão de Açúcar;
              •   Sonae;
              •   Coop.


2.5.6 Ambiente Interno


       A segmentação de mercado por unidades de negócio dedicadas a cada tipo de operação
representa hoje o grande diferencial da Next Logística, por permitir à empresa oferecer
serviços customizados a cada tipo de segmento, o grande conhecimento das operações, junto
com investimentos em tecnologia e a utilização de equipamentos e veículos adequados fazem
da Next Logística uma empresa diferenciada no mercado de transporte e logística brasileiro.
       Essa metodologia faz com que a Next Logística aumente seu leque de operações nos
vários segmentos de mercado, funcionando como um integrador da cadeia logística dos
clientes, oferecendo soluções simplificadas até serviços logísticos complexos e inovadores.
       Essa estrutura aliada a um controle financeiro adequado, possibilita o aumento de suas
operações em setores em que ainda não atua ou fortalece sua posição nos mercados já
existentes.
       Na parte operacional utilizamos os veículos abaixo para os mais variados tipos de
operação:
              •   Pick-ups para entregas expressas;
              •   Veículos leves equipados com baú furgão seco para entregas expressas e
                  defensivos agrícolas;
              •   Veículos leves equipados com baú furgão refrigerado para entregas de
                  alimentos em restaurantes e lanchonetes e para transporte de medicamentos
                  com temperatura controlada;
              •   Cavalos-mecânicos com tração 4x2;
              •   Cavalos-mecânicos com tração 6x2;
              •   Cavalos-mecânicos com tração 6x4;
              •   Carretas baú furgão seco para diversos tipos de transportes, entre eles, de
                  alimentos e medicamentos que não precisam de temperatura controlada,
                  produtos de higiene e limpeza, cosméticos, defensivos agrícolas, entre outros;
              •   Carretas baú furgão refrigerado para o transporte de alimentos e medicamentos
                  com temperatura controlada;

                                                                                               35
•   Carretas sider lonadas para o transporte de mercadorias paletizadas e bebidas;
            •   Carretas baú cabideiro para o transporte de roupas;
            •   Carretas abertas com grade alta para o transporte de grãos;
            •   Carretas abertas com grade baixa para o transporte de máquinas;
            •   Carretas tanque para o transporte de combustíveis e gases;
            •   Rodotrens tanque para o transporte de combustíveis em grande volume;
            •   Rodotrens baú seco para o transporte de diversos tipos de produtos como
                alimentos que não necessitam de temperatura controlada em grande
                quantidade;


        Na parte de armazéns possuímos a seguinte estrutura:
            •   Next Farma - Centro de Distribuição com 80.000 m² em Campinas / SP;
            •   Next Agro - Centro de Distribuição com 50.000 m² em Ribeirão Preto / SP;
            •   Next Solutions - Centro de Distribuição com 65.000 m² em Barueri / SP;
            •   Next Textiles - Centro de Distribuição de 35.000 m² em Americana / SP;
            •   Next Food Service – Centro de Distribuição de 45.000 m² em Osasco / SP.


        A seguir apresentamos a participação de cada unidade de negócio no faturamento
global da Next Logística:




Figura 20: Participação % de cada unidade de negócio da Next Logística - 2010
Fonte: O próprio autor


                                                                                             36
Figura 21: Participação em R$ de cada unidade de negócio no faturamento global da Next Logística - 2010
Fonte: O próprio autor




Figura 22: Evolução do faturamento global da Next Logística – 2004 - 2010
Fonte: O próprio autor




                                                                                                          37
3 ANÁLISE SWOT


                                  Análise SWOT - Next Logística Ltda

              O        Aumento da produção nacional no geral.
    F
              p        Aquecimento do setor agropecuário.
    a              d
              o
    t              a   Aumento do consumo de fast-food.
              r
    o              d
              t        Aumento de vendas através do e-commerce (B2C).
    r              e
              u
    e              s   Cumprimento de todos os requisitos e licenciamentos necessários
              n
    s
              i
    E                  Novas entrantes no mercado, grandes operadores logísticos internacionais.
    x          A
    t          m       Falta de motoristas no mercado.
    e          e       Produção automobilística nacional não acompanha a demanda do mercado,
    r          a
    n          ç       podendo ocasionar a falta de caminhões.
    o          a       Valorização imobiliária encarece o preço de terrenos e imóveis dificultando a
    s          s
                       abertura de novos Centros de Distribuição.
                       Comprometimento total da alta direção.
    F
              P    F   Treinamento e Capacitação.
    a
              o    o
    t                  Segmentação de mercado.
              n    r
    o
              t    t   Conhecimento de todas as operações oferecidas.
    r
              o    e
    e                  Certificações ISO9001, ISO14001, OHSAS 18001 e SASSMAQ
              s    s
    s

    I                  Pouca penetração no Norte e Nordeste do país.
    n
              P    F   Armazéns com média informatização e tecnologia.
    t
              o    r
    e                  Pouca quantidade de Centros de Distribuição.
              n    a
    r
              t    c   Não atua no segmento de serviços bancários.
    n
              o    o
    o                  Não atua no segmento de saúde animal e pet.
              s    s
    s
                       Não atua no segmento de cargas conteinerizadas.
Tabela 04: Análise SWOT da Next Logística
Fonte: o próprio autor




                                                                                                       38
4 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO


    Os fatores críticos de sucesso identificados da Next Logística são:
       •   Falta de motoristas no mercado;
       •   Pouca penetração no Norte e Nordeste do Brasil;
       •   Pouca quantidade de Centros de Distribuição e melhoria na Informatização dos
           Armazéns;
       •   Não atuação dos segmentos de serviços bancários, de saúde animal e de cargas
           conteinerizadas, que estão em grande crescimento.




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5 PLANO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO


       A Estratégia da Informação auxiliando a operação e fornecendo informações ágeis,
precisas e inteligentes para que o cliente se antecipe as solicitações do PDV e também para se
antever ao seu concorrente, a estratégia da informação também auxilia na redução do custo
total da cadeia e na satisfação do cliente.


5.1 Tracking total da mercadoria


       Tracking é a rastreabilidade da carga, as operações de tracking permitem o
acompanhamento e monitoração de viagens com base nos apontamentos das atividades
previstas pelos serviços vinculados às rotas. Assim, é possível ter uma visão precisa dos
pontos por onde a mercadoria do cliente passou e quais restam para completar o trecho de
viagem até o destino. A rastreabilidade pode ser visualizada através da nota fiscal do cliente
ou pelo conhecimento de frete gerado (CTRC - Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Carga). As ocorrências lançadas nos documentos ou viagens também podem ser visualizadas,
com o registro das ocorrências é possível controlar, documento a documento, todas as etapas
que a mercadoria irá percorrer, desde a entrada no armazém, seu endereçamento para
armazenagem, sua saída para o cliente e a entrega no destino final.
       Mas para se conseguir toda essa rastreabilidade da mercadoria é preciso que haja uma
integração de plataformas, relacionamento com o cliente via site e a baixa da mercadoria via
online, isso será apresentado abaixo.


5.2 Integração de plataformas (ERP, GPS, Google Earth)


       A integração de plataformas é necessário para acompanhar toda a parte do transporte
da mercadoria, integrando o ERP, que controla a emissão de documentos fiscais (CTRC
baseado na nota fiscal do cliente), com o GPS do rastreador do veículo, o GPS dá um
posicionamento de dois em dois segundos, e com o Google Earth, o cliente consegue
visualizar em tempo real qual o posicionamento de sua carga em qualquer lugar do Brasil,
pelo número da nota fiscal ou do CTRC ele consegue visualizar qual veículo está carregando,
o tipo do veículo, a placa do veículo, o nome do motorista, quantidade da mercadoria, peso,
valor e qual a localização exata desse veículo, com isso ele consegue saber qual a previsão de
chegada desse veículo até sua base ou no seu cliente final.

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5.3 Relacionamento com o cliente via site


       Disponibilizar via site várias ferramentas para o cliente.



5.3.1 Cotações online

       Pelo site o cliente consegue solicitar uma cotação online, já baseado em tabelas de
custos e preços, para todas as distâncias, pesos, valores de mercadoria e outras especificações,
com isso, o cliente ganha em agilidade para tomar a decisão mais rápida no momento da
contratação do serviço de transporte ou armazenagem.


5.3.2 Solicitação de coleta online

       Através do site também o cliente pode solicitar a coleta de sua mercadoria, com isso
ele e a transportadora ganham tempo para programar a disponibilização da mercadoria do
cliente para embarque e a programação da frota para a transportadora.


5.3.3 Acompanhamento da carga online

       Esse acompanhamento da carga online se dá pela rastreabilidade da mercadoria
baseado na integração de plataformas (ERP, GPS e Google Earth), o cliente sempre saberá
onde está sua carga em tempo real e poderá programar seu recebimento ou comunicar o seu
cliente ou PDV quando essa mercadoria estará sendo entregue, todas essas funções de
cotações online, solicitação de coleta e acompanhamento da carga se dá num ambiente seguro,
protegido por senha.


5.4 Baixa da carga online (Via código de barras)

       A baixa da carga, ou a entrega final da carga no cliente de modo online é possível
graças à utilização de código de barras em todas as mercadorias, a partir do momento da
entrada dessa mercadoria no armazém, ela recebe um código de barra e é endereçada no
armazém, quando o cliente a solicita, esse código também é lido e carregado dentro de um
veículo, quando essa mercadoria é entregue, o motorista ou ajudante de posse de um leitor de
código de barras lê esse código e com isso a baixa é realizada automaticamente, fechando



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todo o ciclo do pedido, desde a cotação, solicitação de coleta, armazenagem,
acompanhamento da carga e sua entrega final.


5.5 ERP Integrando todos os departamentos da empresa

       O ERP é necessário para integrar todos os departamentos da empresa, logística,
recursos humanos, controladoria, compras, operacional, entre outros, com isso a empresa
consegue administrar com mais clareza e facilidade seus bens e principalmente toda a
programação de veículos e armazéns, para isso é necessário um ERP que possua TMS
(Transport Management System) e WMS (Warehouse Management System) como módulos
integrados ao ERP global, o TMS controla a Gestão de Transportes e o WMS a Gestão de
Armazéns, baseados no TMS e no WMS pode-se verificar todo o faturamento e possíveis
necessidades da empresa.


5.6 Visão de futuro

       Como o segmento de transporte e logística é altamente competitivo, com inúmeras
empresas disputando palmo a palmo, reduzindo preços e gerando até uma “comoditização” do
setor, é preciso se diferenciar e buscar soluções operacionais e principalmente na área de
tecnologia da informação para com isso, reduzir seus custos, aumentar sua eficiência,
melhorar seus processos e a segurança de suas operações.


5.6.1 Telemetria dos veículos

      A Telemetria é uma grande aliada das transportadoras, pois as informações relativas a
condução do veículo são transmitidas à base de monitoramento. Com isso é possível
identificar e corrigir hábitos dos motoristas, identificar situações que podem expor o veículo,
a carga e o próprio motorista a riscos e otimizar o desempenho de cada veículo. As principais
informações oferecidas pela telemetria são: hodômetro (distância percorrida), velocidade em
pista seca ou molhada, tempo de acionamento da embreagem (pé na embreagem), freadas
bruscas, acelerações bruscas, tempo de uso do veículo parado, em marcha lenta e em
movimento, rotações do motor, combustível, temperatura do motor, falha na pressão de óleo e
uso do freio motor para veículos de carga. Através da Telemetria também é possível gerar
relatórios de uso do veículo com identificação do motorista, jornada de trabalho, tempo de
condução na faixa de rotação econômica, etc. Com esses dados em mãos pode-se reduzir o

                                                                                            42
custo das viagens através de treinamento aos motoristas de cursos de direção econômica,
melhorar a segurança desses veículos na estrada também é possível.

5.6.2 Armazéns “inteligentes”

        Os armazéns “inteligentes” também são uma boa fonte de redução de custos para uma
empresa de transporte e logística, para isso, o armazém deve ser todo mapeado e endereçado,
é preciso utilizar transpaleteiras automáticas e a organização das mercadorias devem seguir
uma curva ABC de popularidade.
        Quanto mais popular for essa mercadoria (Nível A da Curva), mais fácil acesso no
armazém ela terá, isso reduz a distância das docas e a quantidade de acessos do coletor até
essa mercadoria.
        O WMS é que faz a gestão desse armazém, no recebimento, na separação de
mercadoria, baseado no mapeamento do armazém seu endereçamento e na curva ABC de
popularidade, no endereçamento apontando em qual posição essa mercadoria deve ser
armazenada e na coleta dessa mercadoria quando solicitada pelo cliente.
        A coleta da mercadoria no armazém pode ser feita utilizando código de barras ou
equipamentos de picking to light (separação orientada pela luz), conforme abaixo:




Figura 23: Picking to Light
Fonte: http://www.grupolinx.com.br/logistica/picking.asp

        O Picking to Light é a solução ideal para separação de itens fracionados em pedidos
que contém CDs, DVDs, produtos multimídia, farmacêuticos, cosméticos, roupas e pequenos
artigos em geral.

                                                                                        43
O sistema consiste em redes de displays luminosos e teclas de validação, que
permitem visualizar mensagens numéricas instalados na parte dianteira das estruturas de
armazenagem (porta-pallets, estanterias, flow rack).
       O Picking to Light pode ser implementado em qualquer instalação já existente e é
facilmente adaptável a qualquer estrutura de armazenagem e layout. Os mostradores digitais
de cada posição de armazenagem indicam o local e o número de unidades que devem ser
coletadas, tornando desnecessário o picking list, o que acelera o processo de coleta. Também
pode ser instalado com qualquer grau de automação, isto é, apenas os displays ou equipado
com sistemas transportadores automáticos que permitem o direcionamento de todas as caixas
manuseadas.
       O bom desempenho deste sistema é obtido através da disposição dos produtos ao redor
dos funcionários, que coletam apenas os produtos de sua estação de trabalho, não precisando
se locomover nem movimentar as caixas dos pedidos minimizando assim o tempo de
deslocamento dos operadores e aumentando sua produtividade.
       Uma luz indicadora em cada display pode acender-se em três cores diferentes (verde,
amarelo ou vermelho) permitindo que até três operadores realizem simultaneamente o
trabalho em uma mesma estação.
       A alta complexidade de algumas operações de picking, ocasionada pelo grande
número de pedidos, da grande variedade de itens e de pequenas unidades de separação,
aliadas às necessidades de tempo e precisão na separação, fez com que os sistemas de
separação de pedidos mais sofisticados, como o Picking to Light, se tornassem vitais para
algumas empresas.
       Vantagens:
           •   Sistema livre de papéis evitando erros próprios do trabalho manual;
           •   Maior agilidade na separação de pedidos;
           •   Controla a produtividade individual de cada operador;
           •   Facilita a informação e organização;
           •   Garante um inventário atualizado e exato;
           •   Fácil e rápida instalação;
           •   Baixo custo de manutenção;
           •   Sistema modular adaptável as novas necessidades do cliente.




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Também pode ser utilizado equipamentos de voice picking (separação orientada pela
voz), onde o WMS indica ao coletor de mercadorias por uma voz sintetizada que mercadoria
deve coletar e em qual posição essa mercadoria está no armazém, o coletor faz a operação e
por voz confirma a seleção da mesma, o WMS entende isso e dá o próximo passo:




Figura 24: Voice picking
Fonte: http://www.cornerstoneautosys.com/voice-picking.htm


        Esses equipamentos são dimensionados conforme o tipo de cada armazém e suas
mercadorias neles contidas.
        Sistema de armazenagem horizontal automático para caixas, especialmente indicado
quando é necessária alta produtividade em operações de picking.
        É formado por módulos compactos unidos entre si e suspensos por uma estrutura com
guias, que percorre uma trajetória oval. Quando se recebe uma ordem, o conjunto de módulos
move-se até a posição requerida de forma automática.
        Os módulos de carga de alta capacidade oferecem múltiplas configurações, que se
adaptam as características dos diferentes produtos que se deseja armazenar.
        Vantagens:
            •   Baseado no princípio “produto ao homem”;
            •   Redução de tempos: o operário não precisa movimentar-se de um lugar para
                outro para preparar um pedido;
            •   Máxima produtividade;
            •   Gestão do estoque: controle permanente do inventário. O sistema está
                controlando a todo o momento através do software de gestão;
                                                                                       45
•   Redução de mais de 90% dos erros;
           •   A instalação de um sistema de voice picking produz um aumento de 15 a 30%
               em eficiência e precisão;
           •   Sistemas de voice picking são projetados para atender as necessidades do
               cliente de alta performance, modularidade, confiabilidade e flexibilidade.


5.6.3 Caminhões “inteligentes”


       Caminhões com tecnologia embarcada que aumentam sua economia, eficiência,
segurança e a redução de custos para o transportador.
       Câmbios automatizados que aprendem o jeito de dirigir do motorista e corrige
eventuais falhas, diminuindo o consumo e melhorando a eficiência do veículo.
       Sistema de controle de proximidade, que funciona num radar instalado no pára-choque
do veículo, monitorando o tráfego a sua frente e adequando a velocidade do veículo,
mantendo a distância programada pelo motorista do veículo da frente.
       Sistema de orientação de faixa de rolagem, baseado numa câmera montada no pára-
brisa do caminhão, ele detecta a posição do mesmo em relação às faixas de rolagem da
rodovia, à direita e à esquerda, se a mudança de faixa for involuntária, ou seja, sem o
acionamento da seta, o sistema entra em ação emitindo um sinal sonoro do lado que o
motorista está “comendo” a faixa, isso aumenta a segurança e serve para diminuir os riscos de
acidentes devido ao sono.
       Sistema de frenagem ativa, baseado no mesmo radar instalado no pára-choque,
constantemente avaliando o tráfego, ele emite um sinal sonoro e luminoso para o motorista
em caso de risco de colisão, reduz a velocidade do caminhão acionando o sistema de freios de
forma suave até uma eventual freada de emergência.


5.6.4 Business Intelligence (Mining)

       Utilizando o mining para cruzar informações de pedidos dos clientes, com isso ele
pode customizar a carga e seu pedido para cada tipo de seu cliente.
       Data mining é a descoberta automática de padrões e relações em um data warehouse,
ou seja, a aplicação de inteligência artificial para grandes quantidades de dados para descobrir
tendências, padrões e relacionamentos. Uma data warehouse é um sistema de gerenciamento



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de banco de dados relacional projetado especificamente para apoiar a gestão de tomada de
decisão.
       O mining pode ser utilizado para gestão de relacionamento com cliente,
posicionamento do produto estratégico, gestão de relações humanas e retenção de
funcionários e de gestão financeira, incluindo a redução de custos, classificação de crédito,
auditoria e cumprimento de direcionamento, além de detectar fraudes e melhorar os esforços
de marketing.




                                                                                          47
6 PLANO DE MARKETING


       O que motivou a Next Logística Ltda a iniciar suas operações no Nordeste e Norte do
Brasil é o crescente desenvolvimento dessas duas regiões, aumento do PIB, dos salários e
melhoria na condição de vida de sua população. Inicialmente a atenção maior será na região
Nordeste, onde iremos concentrar esforços e depois expandir para a região Norte.

6.1 Região Nordeste


       A Região Nordeste é, atualmente, a terceira economia do país entre as 5 regiões. Sua
participação no PIB brasileiro foi de 13,1% em 2008, após a Região Sul (16,6% de
participação no PIB) e à frente da Região Centro-Oeste (9,2% de participação no PIB). Ainda
assim, é a região com o mais baixo PIB per capita, R$ 7.487,55 em 2008, e maior nível de
pobreza. A distribuição de renda nessa região melhorou significativamente na década de
2000: segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2009, a renda
média no Nordeste sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e
2009, passando de R$ 570 para R$ 734. Entre 2008 e 2009, o incremento foi de 2,7%. Foi a
região que apresentou o maior incremento no salário médio do trabalhador nesse período.
       Em 2008 seu PIB nominal era de R$ 397,5 bilhões e seu PIB nominal per capita, de
R$ 7.487,55. As maiores economias da Região Nordeste são, respectivamente, Bahia,
Pernambuco e Ceará, estados que concentram, juntos, 8,3% do PIB nacional. Já os estados
nordestinos com maior PIB per capita são Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e
Pernambuco, seguidos por Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí. São Francisco do
Conde-BA é o município com maior PIB per capita do Brasil: R$ 288.370,81.
       A região é vista por muitos economistas como uma das mais promissoras do mundo
ocidental, pois tem cerca de 30% da população brasileira e grande parte de seus habitantes
ainda fora do mercado consumidor.
       A indústria é mais forte e diversificada em regiões metropolitanas como a do Recife, a
de Salvador e a de Fortaleza. Destaca-se a produção de aços especiais, produtos eletrônicos,
equipamentos para irrigação, barcos, navios, cascos para plataformas de petróleo, automóveis,
baterias, chips, softwares e produtos petroquímicos, além de produtos de marca com valor
agregado, calçados de couro e de lona e tecidos de todos os tipos.
       O Complexo Industrial Portuário de Suape poderá triplicar o PIB de Pernambuco até
2030. Abriga empresas como o Estaleiro Atlântico Sul (maior estaleiro do Hemisfério Sul) e

                                                                                          48
central de logística da General Motors. A Fiat lançou em Suape, no final de 2010, a pedra
fundamental de sua nova fábrica, a terceira da marca na América Latina.
       O Polo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia, é o maior complexo industrial
integrado do Hemisfério Sul. Abriga, entre outras empresas, uma fábrica da Ford, a primeira
montadora de automóveis da Região Nordeste.
       Outro complexo industrial baiano que merece destaque é o Centro Industrial de Aratu.
Em sua área encontra-se em operação o Porto de Aratu, além de empreendimentos dos
segmentos químico, metal-mecânico, calçadista, alimentício, metalúrgico, moveleiro, de
minerais não metálicos, plásticos, fertilizantes, eletroeletrônicos, bebidas, logística, têxtil,
serviços e comércio.
       No Ceará, o forte crescimento na produção de fios têxteis, tecidos e peças de vestuário
em 2010 tornou o estado o 4º maior pólo têxtil do Brasil. O Distrito Industrial de Maracanaú é
o maior centro industrial do Ceará. Outro importante centro industrial no estado é o
Complexo Industrial do Pecém, que se encontra em forte expansão.
       No Nordeste, o setor terciário é um dos que mais crescem nos últimos tempos, tendo
destaque principalmente Bahia e Pernambuco. O nicho que mais cresce são os artigos de alto
luxo. Diversos shopping centers estão sendo construídos na região, principalmente em zonas
nobres das capitais para atendimento à essa crescente demanda.

6.2 Estratégia de Marketing


       A estratégia de Marketing proposta para atendimento às Regiões Nordeste e Norte do
Brasil é a abertura de um Centro de Distribuição em uma cidade do Nordeste para
atendimento à essas duas regiões, dessa forma, ficaremos mais próximos dos consumidores
dessas regiões, ganhando agilidade e reduzindo os valores de nossos fretes e armazenagem,
esse Centro de Distribuição será aparelhado com a maior tecnologia, já aqui apresentado no
Plano de Gestão da Informação.
       A equipe comercial deverá ser fortalecida para identificar quais são os potenciais
clientes que impactarão positivamente na operação do Centro de Distribuição e que
poderemos atender.
       É fundamental o compartilhamento dos nossos valores corporativos para construção de
um ambiente de cooperação que torne natural a escolha da Next Logística não só como
prestadora de serviços de transporte de cargas como também, provedora de soluções
completas em logística.

                                                                                             49
7 PLANO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS


7.1 Objetivo


         O objetivo deste procedimento é servir como fonte de consulta para os colaboradores
da Next Logística no que se refere às políticas de recursos humanos. As informações
descrevem as responsabilidades e atividades da área de recursos humanos e indicam a forma
de agir e os procedimentos esperados dos colaboradores no desenvolvimento das atividades
de RH. Dúvidas, maiores esclarecimentos e pontos que, supostamente não fazem parte deste
procedimento, devem ser discutidos com o gestor da área ou responsável pelo departamento
de RH.


7.2 Campo de Aplicação

         Este procedimento visa, além de padronizar, registrar e dar ampla transparência às
políticas e aos procedimentos relacionados com as questões de Recursos Humanos, servir aos
gestores como um instrumento de administração de pessoas e aos empregados como balizador
dos seus direitos e obrigações.


7.3 Responsabilidades


         Exerce a responsabilidade pela gestão de pessoas de maneira compartilhada com
todos os ocupantes de funções de comando com a finalidade de coordenar, planejar e executar
as atividades de gestão administrativa e de desenvolvimento de recursos humanos.


7.4 Definições


         A Next Logística tem uma missão a cumprir, e dependem do desempenho,
comprometimento e profissionalismo de seus colaboradores para atingi-la. Cabe aos gestores
desempenhar seus papéis para estimular e facilitar a manifestação dessas virtudes. Assim, a
Next Logística firma compromisso com todos, no sentido de fazer cumprir as políticas e os
procedimentos aqui definidos, de forma a garantir a eficácia na administração de seus
Recursos Humanos.



                                                                                         50
7.5 Descrição

7.5.1 Recrutamento e Seleção


       O processo de recrutamento e seleção tem como objetivo principal assegurar que
todos os colaboradores contratados pela empresa atendam ao perfil desejado bem como
tenham fácil adaptabilidade aos valores da empresa; o processo deve iniciar com o envio da
requisição de pessoal devidamente aprovado pela chefia ao setor de Recursos Humanos; o
setor de Recursos Humanos deve analisar a posição desejada e traçar um plano de trabalho em
conjunto com o requisitante; após identificar os objetivos do requisitante o Setor de
Recrutamento deve analisar o perfil do candidato, definir se deve promover recrutamento
interno ou externo, deve definir quais as ferramentas de avaliação a ser aplicada ao perfil de
vaga e elaborar um cronograma para execução das atividades definidas.


7.5.2 Recrutamento Interno


       Sempre que possível será privilegiado o recrutamento interno e são elegíveis à
candidatura, colaboradores com no mínimo 06 meses de empresa, ou no mínimo 06 meses na
função atual (para casos de promoção ou movimentação recente); o departamento de Seleção
anunciará as oportunidades e/ou vagas que os colaboradores poderão se candidatar, através do
mural de comunicados internos e de e-mail; os interessados deve se candidatar através da
ficha de inscrição para movimentação interna referente às vagas anunciadas dentro do prazo
definido no anúncio; o candidato deve se certificar que esta atendendo a todos os requisitos
exigidos pela vaga, deve preencher a ficha de inscrição e encaminhar ao Setor de
Recrutamento e seleção com cópia do currículo atualizado; o candidato deverá aguardar o
contato do Setor de Recrutamento e seleção (por telefone ou e-mail) para feedback positivo ou
negativo; observação: o superior imediato não poderá proibir a inscrição dos colaboradores.


7.5.3 Processo Seletivo


       O processo seletivo deve obedecer as seguintes etapas:
           •    Análise do currículo pelo Setor de Recrutamento e Seleção e pela área
                requisitante;



                                                                                           51
•   Análise do histórico profissional através de consulta à chefia atual do
               colaborador inscrito;
           •   Participação do profissional inscrito nos testes, entrevistas e avaliação de
               idiomas (se for o caso);
           •   Entrevista com a área requisitante.


7.5.4 Recrutamento Externo


        Não sendo viável a abertura de oportunidade interna, ou, não havendo candidatos
internos à serem validados, será aberto o processo de recrutamento externo, utilizando-se de
meios próprios ou contratação de consultoria especializada.


7.5.5 Processo Seletivo


       De acordo com o planejamento de recrutamento e seleção os candidatos devem passar
pelos processos de avaliação previamente definidos, ou se houver necessidade poderá ser
agregado outras formas de avaliação. Após o processo de avaliação o setor de RH deve
encaminhar ao requisitante a avaliação dos candidatos para entrevista final.


7.5.6 Aprovação e proposta de trabalho


       Após aprovação do candidato pelo requisitante o Setor de Recrutamento e Seleção
deve elaborar uma proposta de trabalho e os trâmites de admissão.


7.5.7 Integração do novo Colaborador


       O colaborador deve receber treinamento dos procedimentos, Instruções de trabalho e
documentos aplicáveis ao setor que irá desenvolver a atividade. O Setor de Recursos
Humanos deve comunicar ao novo colaborador política de benefícios, normas e regulamentos
internos do setor. O setor de Qualidade e Meio Ambiente e também o de Segurança devem
apresentar ao novo colaborador a política da qualidade, procedimentos relativos ao Sistema de
Gestão da empresa, responsabilidade social, normas de segurança e meio ambiente. O gestor
deve prover todas as informações e treinamentos necessários para familiarizar o novo
colaborador as funções a serem desenvolvidas.

                                                                                          52
7.5.8 Férias


       Anualmente o setor de recursos humanos encaminha ao gestor de cada área o
formulário de solicitação de férias, para previsão das datas do período de gozo do
colaborador. É facultado ao empregado converter 1/3 do seu descanso em ‘’abono
pecuniário’’. No caso de ter direito a 30 dias de férias, o empregado descansará 20 dias e
trabalhará 10. O empregado receberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na
data de concessão (art. 142 da CLT), considerando o ‘’terço constitucional’’, ou seja, deve
computar o valor correspondente ao acréscimo de um terço sobre o valor das férias e do
abono pecuniário, conforme previsto na constituição federal. O empregado poderá solicitar o
pagamento antecipado da 1ª parcela do 13° salário, será depositado em conta-corrente
bancária, até dois dias antes do inicio do período de descanso.
       É proibido trabalhar durante o prazo do gozo de férias.


7.6 Treinamento, Curso e Desenvolvimento


        O desenvolvimento e aprimoramento dos profissionais é prioridade da empresa. Os
investimentos na formação dos profissionais, aprimoramento de idiomas e cursos de
especialização são também oferecidos ao colaborador desde que exista uma relação entre o
curso e a atividade desenvolvida pelo profissional, e que os custos estejam previstos no
orçamento anual para treinamento. A sistemática para treinamentos, cursos e desenvolvimento
encontra-se descrita no Procedimento para Treinamento, Cursos e Desenvolvimento.


7.7 Benefícios Concedidos pela Empresa


        A empresa torna necessário analisar e conhecer os motivos que levam os indivíduos a
cooperar com a organização. Os indivíduos, como membros da sociedade, contribuem com
suas atividades objetivando alcançar sua realização pessoal. Mas, para isso, a organização
deve oferecer motivação, que serve de incentivo para o aprimoramento do trabalho em equipe
e em bem-estar do grupo. É nesse sentido que a empresa, visando o bem estar de seus
colaboradores, concede benefícios tais como: Assistência Médica, Assistência Odontológica,
Vale alimentação, cesta básica, transporte, Previdência privada e incentivo a atividade física.




                                                                                              53
7.8 Procedimento de Treinamento da Next Logística

7.8.1 Objetivo


       Estabelecer procedimentos para determinar a competência na gestão de treinamentos e
avaliação da eficácia das ações realizadas


7.8.2 Campo de Aplicação


       Aplica-se a todos os colaboradores da Next Logística que participam de cursos ou
treinamentos técnicos e comportamentais, os que executam atividades que afetam a qualidade
dos serviços e produtos oferecidos pela empresa para aumentar a satisfação do cliente.


7.8.3 Responsabilidade

       Gerentes: Identificar junto aos lideres de cada equipe as necessidades dos cursos
quem tenham impacto direto no desempenho do colaborador e nos resultados as área;
Apresentar um Plano de Ação de Levantamento e Necessidade de Treinamento para o
departamento de recursos humanos no período de setembro à novembro, conforme
disponibilidade de investimento planejado no centro de custo do setor envolvido.
       Preencher o formulário de Solicitação de Treinamento definindo os critérios e os
resultados esperados de cada treinamento, quando aplicável; Avaliar a eficácia dos
treinamentos através Fo formulário de Avaliação de Eficácia – Gestores, no prazo Maximo de
90 (noventa) dias após a realização dos treinamentos.


       Setor de Treinamento: Elaborar o Plano Anual de Treinamento após receber o plano
de ação de levantamento e necessidades de treinamento, auxiliar na organização dos
treinamentos após a apresentação do formulário de solicitação de treinamento aprovado,
atualizar o plano anual de treinamento semestralmente (quando necessário), enviar a
Avaliação de Eficácia – Gestores para avaliação do treinamento ministrado ao colaborador do
setor envolvido, atualizar o formulário de Registro de Treinamento no prontuário do
colaborador; Arquivar os formulários devidamente preenchidos.


        Colaborador: Participar ativamente dos cursos e treinamentos oferecidos, preencher
e encaminhar ao Setor de Recursos Humanos o formulário de Avaliação do Treinamento ao
                                                                                         54
final do treinamento ou curso. Apresentar ao departamento de recursos humanos uma cópia
do certificado, se fornecido e multiplicar internamente os conhecimentos adquiridos (quando
aplicável).


7.8.4 Desenvolvimento

7.8.4.1 Levantamento e Programação dos Treinamentos

       Anualmente os gestores com suporte do departamento de treinamentos identificam as
necessidades de treinamento para os colaboradores e elaboram um plano de ação de
levantamento e necessidade de treinamentos.


7.8.4.2 Execução do Treinamento

7.8.4.2.1 Treinamento “on the job”(local de trabalho)


       Os treinamentos “on the job” são fornecidos pelos responsáveis pela operação ou
superior imediato para as pessoas que estão iniciando uma nova atividade e para os
colaboradores já existentes, novos colaboradores ou em casos de transferências. Nessa etapa
as pessoas são informadas a respeito das conseqüências para empresa e clientes caso ocorram
não-conformidades. Para os executantes (operacional) o gestor deve indicar um colaborador
capacitado para acompanhamento/monitoramento e, para as atividades de controle e
coordenação o treinamento deve ocorrer através de leitura dos documentos para execução de
suas atividades e apresentação dos resultados obtidos de acordo com as responsabilidades
constantes em sua descrição de cargo. O responsável/instrutor deve marcar data, definir e
convocar participantes e providenciar o envio da lista de presença ao departamento de
Recursos Humanos.


7.8.4.2.2 Treinamento (in company)


       Ministrado por instrutores internos, mas seu conteúdo extrapola informações sobre
tarefas operacionais. O departamento de recursos humanos auxilia a preparação da logística e
recursos para realização da programação interna.




                                                                                         55
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  • 1. FGV – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS MBA GESTÃO EMPRESARIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Next Logística Ltda Ênfase em FINANÇAS POR Elton Vinicius Artoni Tozzo ORIENTAÇÃO Prof. João Ferreira da Luz Americana, Setembro/2011
  • 2. NEXT LOGÍSTICA LTDA Por Elton Vinicius Artoni Tozzo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso MBA em Gestão Empresarial Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização Programa FGV Management. Setembro/2011
  • 3. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NEXT LOGÍSTICA LTDA PARTICIPANTE: Elton Vinicius Artoni Tozzo Projeto apresentado ao curso de MBA Gestão Empresarial da Fundação Getúlio Vargas para obtenção do Certificado de pós-graduação Lato Sensu. Data da aprovação: ____________________________________ ____________________________________________ Prof. João Ferreira da Luz - Orientador
  • 4. TERMO DE COMPROMISSO O aluno Elton Vinicius Artoni Tozzo, abaixo assinado, do Curso MBA em Gestão Empresarial, do Programa FGV Management, realizado em Americana/São Paulo, declara que o conteúdo do trabalho de conclusão de curso intitulado: Next Logística Ltda é autêntico, original, e de sua autoria exclusiva. Americana, Setembro de 2011. ____________________________ Elton Vinicius Artoni Tozzo
  • 5. LISTA DE FIGURAS Figura 01: Logotipo Next Logística .................................................................................... 14 Figura 02: Logotipo Next Express....................................................................................... 14 Figura 03: Logotipo Next Food Service .............................................................................. 14 Figura 04: Logotipo Next Farma ......................................................................................... 15 Figura 05: Logotipo Next Solutions .................................................................................... 15 Figura 06: Logotipo Next Agro ........................................................................................... 15 Figura 07: Logotipo Next Transports .................................................................................. 15 Figura 08: Logotipo Next Textiles ...................................................................................... 16 Figura 09: Estrutura Organizacional da Next Logística ...................................................... 18 Figura 10: Faturamento em R$ bilhões das redes de fast-food no Brasil ............................ 20 Figura 11: Quantidade de lojas de fast-foods (Próprias + Franqueadas) no Brasil ............. 20 Figura 12: Distribuição % do consumo de alimentos no Brasil .......................................... 21 Figura 13: Crescimento % do consumo dos canais de distribuição .................................... 22 Figura 14: Evolução da participação da alimentação fora do lar nos gastos totais com alimentos.............................................................................................................................. 22 Figura 15: Evolução do comércio negócio-a-consumidor (B2C) no Brasil ........................ 23 Figura 16: Densidade de Transporte no Brasil (km / 1000 km²) ......................................... 26 Figura 17: Densidade de Ferrovia (km / 1000 km²) Brasil x Estados Unidos ..................... 27 Figura 18: Número médio de saídas por semana – 2002, Brasil x Europa ......................... 27 Figura 19: Terminais intermodais aquaviários, Brasil x Estados Unidos ........................... 28 Figura 20: Participação % de cada unidade de negócio da Next Logística – 2010 ............. 36 Figura 21: Participação em R$ de cada unidade de negócio no faturamento global da Next Logística – 2010 .................................................................................................................. 37 Figura 22: Evolução do faturamento global da Next Logística – 2004 – 2010 ................... 37 Figura 23: Picking to Light .................................................................................................. 43 Figura 24: Voice picking ...................................................................................................... 45 Figura 25: Organograma do Setor de Recursos Humanos .................................................. 58 Figura 26: Estrutura de Responsabilidade do Setor de Recursos Humanos ........................ 59 Figura 27: Estrutura de cargos relacionados à logística ...................................................... 60 Figura 28: Número de motoristas atuais .............................................................................. 60 Figura 29: Requisitos para funções na área de logística...................................................... 61
  • 6. Figura 30: Local de instalação do Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes / PE ............................................................................................................................................. 69
  • 7. LISTA DE TABELAS Tabela 01: Brasil: Produção Física da Indústria – Taxa de Crescimento (%) ..................... 23 Tabela 02: Máquinas Agrícolas Automotrizes – Vendas Internas no Atacado – ................ 1994 / 2009 – Nacionais e Importadas ........................................................................................ 24 Tabela 03: Capacidade dos comboios de navegação interior -Brasil x Estados Unidos ..... 28 Tabela 04: Análise SWOT da Next Logística ..................................................................... 38 Tabela 05: Necessidade de motoristas ................................................................................. 62 Tabela 06: Levantamento de critérios por cidade ................................................................ 66 Tabela 07: Decisão da cidade de instalação do Centro de Distribuição .............................. 66 Tabela 08: Dimensionamento da área do terreno do armazém ........................................... 68 Tabela 09: Cálculo do payback simples .............................................................................. 70 Tabela 10: Cálculo do payback descontado ........................................................................ 71 Tabela 11: Cálculo do Valor Presente Líquido ................................................................... 72 Tabela 12: Cálculo da Taxa Interna de Retorno .................................................................. 73
  • 8. GLOSSÁRIO AAR – Association of American Railroads ABF – Associação Brasileira de Franchising ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária B2B – Business to Business B2C – Business to Consumer CEL – Centro de Estudos em Logística CNT – Confederação Nacional do Transporte COPPEAD – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração de Empresas CTRC – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes EAESP – Escola de Administração de Empresas de São Paulo EPI – Equipamento de Proteção Individual ERP – Enterprise Resource Planning FGV – Fundação Getúlio Vargas GPS – Global Positioning System IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ISO – International Organization for Standardization KM – Quilômetro MOPP – Movimentação Operacional de Produtos Perigosos OHSAS – Occupational Health and Safety Assessment Services PDV – Ponto de Venda PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). TMS – Transportation Management System
  • 9. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro WMS – Warehouse Management System
  • 10. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12 2 A EMPRESA ......................................................................................................................... 13 2.1 Parâmetros estratégicos organizacionais ............................................................................ 16 2.2 Core Business e Mix de Produtos ....................................................................................... 16 2.2.1 Core Business .................................................................................................................. 16 2.2.2 Mix de Produtos .............................................................................................................. 16 2.3 Público Alvo ....................................................................................................................... 17 2.4 Organograma ...................................................................................................................... 18 2.4.1 Estrutura Organizacional ................................................................................................. 18 2.5 Análise Ambiental .............................................................................................................. 19 2.5.1 Macro ambiente ............................................................................................................... 19 2.5.2 Micro ambiente ................................................................................................................ 26 2.5.3 Concorrentes .................................................................................................................... 26 2.5.4 Fornecedores .................................................................................................................... 30 2.5.5 Clientes ............................................................................................................................ 30 2.5.6 Ambiente Interno ............................................................................................................. 35 3 ANÁLISE SWOT .................................................................................................................. 38 4 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO ................................................................................. 39 5 PLANO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO ........................................................................ 40 5.1 Tracking total da mercadoria .............................................................................................. 40 5.2 Integração de plataformas (ERP, GPS, Google Earth) ...................................................... 40 5.3 Relacionamento com o cliente via site ............................................................................... 41 5.3.1 Cotações online ............................................................................................................... 41 5.3.2 Solicitação de coleta online ............................................................................................. 41 5.3.3 Acompanhamento da carga online .................................................................................. 41 5.4 Baixa da carga online (Via código de barras)..................................................................... 41 5.5 ERP Integrando todos os departamentos da empresa ......................................................... 42 5.6 Visão de futuro ................................................................................................................... 42 5.6.1 Telemetria dos veículos ................................................................................................... 42 5.6.2 Armazéns “inteligentes” .................................................................................................. 43 5.6.3 Caminhões “inteligentes” ................................................................................................ 46
  • 11. 5.6.4 Business Intelligence (Mining) ........................................................................................ 46 6 PLANO DE MARKETING .................................................................................................... 48 6.1 Região Nordeste ................................................................................................................. 48 6.2 Estratégia de Marketing ...................................................................................................... 49 7 PLANO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................... 50 7.1 Objetivo .............................................................................................................................. 50 7.2 Campo de Aplicação ........................................................................................................... 50 7.3 Responsabilidades .............................................................................................................. 50 7.4 Definições ........................................................................................................................... 50 7.5 Descrição ............................................................................................................................ 51 7.5.1 Recrutamento e Seleção................................................................................................... 51 7.5.2 Recrutamento Interno ...................................................................................................... 51 7.5.3 Processo Seletivo ............................................................................................................. 51 7.5.4 Recrutamento Externo ..................................................................................................... 52 7.5.5 Processo Seletivo ............................................................................................................. 52 7.5.6 Aprovação e proposta de trabalho ................................................................................... 52 7.5.7 Integração do novo Colaborador ..................................................................................... 52 7.5.8 Férias ............................................................................................................................... 53 7.6 Treinamento, Curso e Desenvolvimento ............................................................................ 53 7.7 Benefícios Concedidos pela Empresa................................................................................. 53 7.8 Procedimento de Treinamento da Next Logística .............................................................. 54 7.8.1 Objetivo ........................................................................................................................... 54 7.8.2 Campo de Aplicação........................................................................................................ 54 7.8.3 Responsabilidade ............................................................................................................. 54 7.8.4 Desenvolvimento ............................................................................................................. 55 7.8.4.1 Levantamento e Programação dos Treinamentos ......................................................... 55 7.8.4.2 Execução do Treinamento ............................................................................................ 55 7.8.4.2.1 Treinamento “on the job”(local de trabalho) ............................................................ 55 7.8.4.2.2 Treinamento (in company)......................................................................................... 55 7.8.4.2.3 Treinamento (out company)....................................................................................... 56 7.8.5 Verificação de Eficácia .................................................................................................... 56 7.8.5.1 Integração ..................................................................................................................... 56 7.8.5.2 Avaliação dos Treinamentos ........................................................................................ 56
  • 12. 7.8.6 Resultados no nível da Empresa ...................................................................................... 57 7.8.7 Resultados no nível de tarefas e operações ..................................................................... 57 7.8.8 Estrutura de atuação do Setor de Recursos Humanos ..................................................... 58 7.8.8.1 Estrutura de responsabilidades do Setor de Recursos Humanos .................................. 59 7.8.8.2 Estrutura de cargos relacionado à logística .................................................................. 60 7.8.8.3 Números de motoristas atuais ....................................................................................... 60 7.8.8.4 Requisitos para funções na área de logística ................................................................ 61 7.9 Necessidade de desenvolvimento de motoristas................................................................. 61 7.9.1 Plano estratégico do setor de RH para atendimento da demanda de funcionários .......... 62 8 PLANO DE FINANÇAS ...................................................................................................... 64 8.1 Escolha do Plano de Finanças ............................................................................................ 64 8.2 Escolha do local de instalação ............................................................................................ 64 8.3 Dimensionamento do Centro de Distribuição .................................................................... 68 8.4 Análise da viabilidade financeira do Centro de Distribuição ............................................. 69 8.4.1 Cálculo do payback simples do Centro de Distribuição .................................................. 70 8.4.2 Cálculo do payback descontado do Centro de Distribuição ............................................ 70 8.4.3 Cálculo do Valor Presente Líquido – VPL ...................................................................... 71 8.4.4 Cálculo da Taxa Interna de Retorno - TIR ...................................................................... 72 9 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 74 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 76
  • 13. 1 INTRODUÇÃO Este Trabalho sobre transporte e logística tem como base a empresa Next Logística, e aqui será explanado seu modo de operação, segmentação de mercado, analisando seus processos de trabalho, estratégias organizacionais, serviços oferecidos, clientes e concorrentes. Esse tema escolhido se deve ao fato da importância do transporte rodoviário no desenvolvimento do país, onde se movimenta R$ 40 bilhões / ano e 2/3 da carga transportada no Brasil, isso se deve ao fato também das baixas restrições de operação e dos longos anos de priorização deste modal nos restritos investimentos do governo. Outro fato que motivou a escolha desse tema é o chamado “Custo Brasil”, que é o custo da logística no Brasil, e o transporte responde por 60% dos custos logísticos e sua redução é extremamente importante para as empresas, o que contribui para esse alto custo é o estado de conservação das rodovias, geralmente precários, pedágios caros, preços dos combustíveis, emissão de gases de efeito estufa e problemas com manutenção dos veículos. A escolha do nome Next vem do inglês que significa próximo, seguinte, imediato e é isso que move a Next e seus colaboradores, o logotipo da empresa possui um “X” estilizado formado por setas congruentes para o centro do desenho, isso significa a união de mercados, da origem ao destino, para cada segmento de mercado da empresa esse “X” possui uma coloração diferente, identificando o mercado atendido. 12
  • 14. 2 A EMPRESA A Next Logística teve seu início em 1970 em Americana / SP, como uma empresa familiar e atendendo as pequenas tecelagens do município, transportando tecidos para Campinas / SP, São Paulo / SP e Ribeirão Preto / SP. Em 1980, mostrando estar à frente do mercado começou a realizar o Serviço Expresso entregando tecidos na manhã seguinte da coleta em todo o Estado de São Paulo. Este serviço fez com que a Next se desenvolvesse rapidamente abrindo filiais pelas principais cidades do Estado de São Paulo. Inovação sempre foi uma palavra constante na Next e em 1996 fez com que a empresa desse seu grande salto, quando iniciou as operações por nichos de mercado, segmentado-os. Foi criada então a Next Express, especializada em transporte de cargas sensíveis e expressas rodoviárias em todo o território nacional. A partir de então, a empresa apresentou crescimento contínuo, com a abertura de novas unidades de negócio, novas empresas foram surgindo, como a Next Food Service, voltada para o mercado de fast-foods, a Next Farma, dedicada ao setor farmacêutico, a Next Solutions, que opera a logística do varejo tradicional e eletrônico, a Next Agro, dedicada ao segmento de defensivos agrícolas e produtos correlatos e Next Transports, dedicada às cargas de grandes volumes. Esta estratégia ao mesmo tempo diversificada e dedicada mostrou-se acertada. Com ela, a empresa pode atender a cada segmento com toda a tecnologia específica, ativos adequados e profissionais especialistas nos setores, que conseguem dar as soluções sob medida para os clientes. Enquanto cada área se dedica a seu mercado, a gestão corporativa unificada garante benefícios que são distribuídos a todas as empresas do grupo, como a compra conjunta de veículos e demais equipamentos e de serviços financeiros, entre outros ativos. Abaixo, o detalhamento de cada empresa da Next Logística: • Next Logística: Holding controladora do grupo Next Logística Ltda; • Next Express: Transporte de cargas sensíveis e expressas rodoviárias em todo o território nacional; • Next Food Service: Soluções logísticas para o mercado de food service; • Next Farma: Soluções logísticas para o mercado de saúde: farmacêuticos, médicos-hospitalares e cosméticos; 13
  • 15. Next Solutions: Soluções logísticas para o mercado de cultura, lazer, entretenimento e eletroeletrônicos; • Next Agro: Soluções logísticas para o agronegócio; • Next Transports: Soluções logísticas para o segmento de grandes volumes: líquido, gases, combustível e a granel; • Next Textiles: Soluções logísticas para a indústria têxtil. Abaixo o logotipo identificando cada unidade de negócio: • Next Logística: Figura 01: Logotipo Next Logística Fonte: O próprio autor • Next Express: Figura 02: Logotipo Next Express Fonte: O próprio autor • Next Food Service: Figura 03: Logotipo Next Food Service Fonte: O próprio autor 14
  • 16. Next Farma: Figura 04: Logotipo Next Farma Fonte: O próprio autor • Next Solutions: Figura 05: Logotipo Next Solutions Fonte: O próprio autor • Next Agro: Figura 06: Logotipo Next Agro Fonte: O próprio autor • Next Transports: Figura 07: Logotipo Next Transports Fonte: O próprio autor 15
  • 17. Next Textiles: Figura 08: Logotipo Next Textiles Fonte: O próprio autor 2.1 Parâmetros estratégicos organizacionais Missão: Prover soluções logísticas que atendam as necessidades dos nossos clientes, através de serviços inteligentes, ágeis e informações precisas. Visão: Ser reconhecida pela excelência dos serviços prestados nos segmentos onde atuamos. Valores: Honestidade, Determinação, Cooperação e Responsabilidade 2.2 Core Business e Mix de Produtos 2.2.1 Core Business O core business na Next Logística é a prestação de serviços de transporte e logística para diversos clientes nos mais variados segmentos de mercado. 2.2.2 Mix de Produtos - Next Express: serviços de transporte rodoviário de cargas fracionadas ou fechadas de forma expressa, para o transporte de materiais perecíveis e sensíveis, contando com um sistema de processamento de envio totalmente informatizado, garantindo agilidade e segurança na distribuição dos produtos, através de uma ampla rede de distribuição e uma moderna frota de veículos próprios, tecnologicamente adaptados, para atender aos requisitos de segurança, temperatura e movimentação de cargas. 16
  • 18. - Next Food Service: logística do varejo de alimentos e refeições fora do lar, voltada para os segmentos de fast food, restaurantes, refeições para empresas e indústrias, lojas de conveniência, supermercados (pré-processados) e lanchonetes. - Next Farma: serviço de distribuição de produtos farmacêuticos, médico-hospitalares, e cosméticos, atendendo distribuidores e atacadistas, redes de farmácias, hospitais e clínicas, entre outros. - Next Solutions: atendimento do varejo seja tradicional ou o e-commerce, que se caracteriza por um grande número de itens em estoque, giro rápido de mercadorias e alta customização, com tempos de operação muito reduzidos, atendimento principalmente os grandes sites de compra pela internet. - Next Agro: soluções logísticas para o agronegócio, desde o transporte de defensivos agrícolas até operações de corte, carregamento e transporte de cana para grandes grupos do país, sempre prezando pelo meio ambiente e segurança nas suas operações. - Next Transports: serviço de cargas de grandes volumes sejam líquidos, gases, combustíveis ou outros granéis, além de produtos paletizados. Hoje, a empresa está preparada para atender a qualquer indústria dos ramos químico, petroquímico, de bebidas e outras de grandes volumes, com expertise operacional e veículos inovadores e vocacionados para a atividade. - Next Textiles: Soluções logísticas para a indústria têxtil, desde o fabricante até grandes varejistas. 2.3 Público Alvo O público alvo da Next Logística são os grandes embarcadores nacionais: • Fabricantes de combustíveis; • Fabricantes de produtos químicos; • Indústria farmacêutica; • Indústria de cosméticos, higiene e limpeza; • Fabricantes de defensivos agrícolas; 17
  • 19. Grandes redes varejistas, tanto do varejo tradicional, bem como e-commerce; • Fabricantes de bebidas; • Redes de fast-food, restaurantes e lanchonetes; • Fabricantes de roupas e insumos para a indústria têxtil. 2.4 Organograma 2.4.1 Estrutura Organizacional Figura 09: Estrutura Organizacional da Next Logística Fonte: O próprio autor Holding – Next Logística (Conselho): Holding mista responsável pela administração central de todo o grupo, possuindo 100% das ações do Grupo Next Logística Ltda. Departamentos Corporativos, centrais a todas as unidades de negócio: - Recursos Humanos: Gerência de Recursos Humanos central para todas as unidades de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela contratação, treinamento, capacitação e demissão de colaboradores de todas as unidades. - Qualidade e Meio Ambiente: Gerência de Qualidade e Meio Ambiente central para todas as unidades de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela coordenação do Sistema de Gestão Integrada, criação e atualização de indicadores, instruções de trabalho, pela 18
  • 20. realização de auditorias internas, contratação de auditorias externas, certificações e obtenção de licenças para todas as unidades de negócio do grupo. - Segurança do Trabalho: Gerência de Segurança do Trabalho central para todas as unidades de negócio da Next Logística Ltda, responsável pela segurança do trabalho e saúde ocupacional de todos os colaboradores, distribuição de EPI’s e uniformes para todo o grupo. - Controladoria: Gerência de Controladoria central para todas as unidades de negócio da Next Logística Ltda, é composto pelos departamentos financeiros, fiscal, contábil e de custos, todos os pagamentos e recebimentos, pagamentos de impostos, balanços financeiros e análises de custos de todas as unidades de negócio estão centralizadas na controladoria. Departamentos por unidades de negócio, cada unidade possui os departamentos relacionados abaixo: - Gerência Operacional: Responsável pela operacionalização de toda a logística da unidade de negócio, programação de veículos, rastreamento, emissão de documentos de transporte, chefia dos motoristas e do pessoal do armazém. - Gerência da Manutenção: Responsável pela manutenção de toda a frota da empresa, bem como dos equipamentos de armazém, como empilhadeiras, paleteiras, etc. - Gerência de Projetos e Custos: Cada unidade de negócio possui esse departamento, onde se concentra o comercial e desenvolvimento de projetos, dessa forma, pode-se trabalhar cada cliente de forma customizada, assimilando suas necessidades, seus processos de trabalho e melhorias que a Next Logística pode propor, os preços são baseados nos custos determinados pela Controladoria da Holding, à partir dai, são baseados os estudos e projetos. - Gerência de Compras: cada unidade de negócio possui sua gerência de compras, essa gerência é responsável pela aquisição de todos os insumos de cada unidade de negócio, bem como equipamentos e veículos dimensionados para cada tipo de projeto. 2.5 Análise Ambiental 2.5.1 Macro ambiente Para Basta, Marchesini, Oliveira e Sá (2006, p. 26) “todas as organizações são também afetadas por fatores externos, sobre os quais normalmente não se tem controle. Esses fatores 19
  • 21. compõem o macro ambiente.” Iremos apresentar os quatro ambientes: social, econômico, político e tecnológico. A Next Logística aposta em diversos mercados crescentes no Brasil, abaixo a análise social e econômica. Inicialmente iremos falar do mercado de food service no Brasil, hoje esse mercado está em alto crescimento, de acordo com a ABF as redes de fast-food registraram um aumento no faturamento de 2009 para 2010 de 39,8%, podemos verificar no gráfico abaixo o faturamento ano a ano de todas as redes de fast-food do Brasil: Faturamento (em R$ bilhões) 16000 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Figura 10: Faturamento em R$ bilhões das redes de fast-food no Brasil Fonte: ABF L ojas (P róprias + F ranqueadas ) 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Figura 11: Quantidade de lojas de fast-foods (Próprias + Franqueadas) no Brasil Fonte: ABF 20
  • 22. Como podemos verificar no gráfico acima, o número de lojas cresceu vertiginosamente. As líderes do mercado segundo a ABF são respectivamente, Bob’s com 750 estabelecimentos, McDonald’s com 616 e Subway com 606. Em relação ao food service que segundo a ABIA “é o fornecimento de mercadorias, produtos e serviços aos estabelecimentos públicos ou privados, que preparam e fornecem alimentação aos consumidores (alimentação fora do lar)”. As indústrias fabricantes de alimentos, assim como os produtos de alimentos in natura contam com quatro grandes canais de distribuição de seus produtos: atacado & distribuição, varejo, a indústria e o food service, porém o consumidor final só tem contato direto com dois desses canais, o varejo e o food service. Os sub-canais de distribuição do food service englobam postos de saúdes, hospitais, presídios, merenda escolar, deliverys, hotéis, atacadistas, distribuidores, supermercados, padarias, catering aéreo, etc. Na Europa e nos Estados Unidos, 40% e 50% respectivamente da venda de alimentos é destinada ao canal de food service, enquanto que o Brasil este número ainda é de 22%. Isso revela um segmento com grande expansão. Nos gráficos abaixo podemos verificar o crescimento do segmento de food service no Brasil, baseado nisso, a Next Logística investe pesadamente nessa área. Figura 12: Distribuição % do consumo de alimentos no Brasil Fonte: IBGE/POF; ABIA 21
  • 23. Figura 13: Crescimento % do consumo nos canais de distribuição Fonte: ABIA Figura 14: Evolução da participação da alimentação fora do lar nos gastos totais com alimentos Fonte: IBGE/POF; ABIA No segmento de e-commerce a 13ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro 2011 da FGV-EAESP aponta o aumento dos investimentos das empresas em comércio eletrônico, e mostra como o comércio eletrônico no Brasil é dividido, os dois principais que se destacam são o negócio-a-negócio (B2B) e o negócio-a-consumidor (B2C), hoje o B2B responde por 65,25% do comércio eletrônico no país, enquanto que o B2C corresponde por 33,02% dessa fatia, no gráfico abaixo podemos ver a evolução do comércio 22
  • 24. eletrônico B2C no Brasil e a Next Logística analisa esses dados, apostando pesadamente que esse segmento de mercado tende a crescer ainda mais nos próximos anos: Figura 15: Evolução do comércio negócio-a-consumidor (B2C) no Brasil Fonte: FGV - EAESP Outros segmentos de mercado que a Next Logística investe como farmacêutico, químico, combustíveis, têxteis e agropecuário podemos verificar na tabela abaixo o comportamento desses mercados desde 2008 e avaliarmos: BRASIL: PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA - TAXA DE CRESCIMENTO (%) Discriminação 2008 2009 2010 jan/11 Industria geral 3,1 -7,4 10,4 2,5 Indústria extrativa 3,8 -8,8 13,4 5,5 Indústria de tranformação 3,1 -10,6 10,3 2,3 Alimentos 0,5 -1,7 4,4 -0,8 Bebidas 0,3 7,1 11,2 -4,5 Fumo -7,0 -2,4 -8,0 5,7 Têxtil -1,9 -6,4 4,4 -11,6 Vestuário e acessórios 3,2 -7,9 7,2 4,1 Calçados e artigos de couro -6,8 -8,6 6,7 -11,1 Madeira -10,2 -17,7 16,1 7,2 Celulose, papel e produtos de papel 5,2 -1,4 4,4 1,8 Edição, impressão e reprodução de gravações 1,7 -2,7 3,7 4,8 Refino de petróleo e álcool 0,4 -0,8 0,7 -2,3 Farmacêutica 12,7 7,9 2,4 7,4 Perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza -4,8 4,7 1,7 1,7 Outros produtos químicos -1,4 -4,3 10,2 -0,3 Borracha e plástico 2,2 -9,3 12,5 3,3 Minerais não metálicos 8,3 -4,6 9,3 3,6 Metalurgia básica 3,3 -17,6 17,6 -0,4 Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos 2,4 -14,6 23,4 -5,1 Máquinas e equipamentos 6,0 -18,5 24,1 7,0 Máquinas para escritório e equipamentos de informática -8,9 -6,6 13,2 14,8 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3,7 -19,9 8,8 2,3 Material eletrônico, apars. e equipamentos de comunicações -2,9 -25,5 3,0 4,4 Equipts. de instrument.médico-hospitalar, ópticos e outros 16,0 -12,1 20,6 20,1 Veículos automotores 8,1 -12,4 24,2 8,2 Outros equipamentos de transporte 42,2 2,3 -0,1 11,8 Mobiliário -1,5 -2,9 10,9 3,0 Diversos -0,2 -7,9 11,6 17,7 Tabela 01: Brasil: Produção Física da Indústria – Taxa de Crescimento (%) Fonte: IBGE 23
  • 25. Nessa tabela acima podemos verificar que a crise internacional de 2009 afetou diversos mercados produtivos no Brasil, diversos deles tiveram retração ou um baixo crescimento, no segmento têxtil, de vestuário e calçados após esse 2009 ruim, teve uma ótima recuperação em 2010, totalizando um crescimento de 18,3%, o segmento farmacêutico, de cosméticos e equipamentos hospitalares teve um crescimento total em 2010 de 24,7%, com principal destaque para os produtos hospitalares, produtos químicos teve um crescimento de 10,2%. Já no segmento agropecuário podemos verificar o crescimento da indústria fabricante de máquinas agrícolas de acordo com o Anuário da Indústria Automobilística Brasileira – 2009 da ANFAVEA: Máquinas Agrícolas Automotrizes - Vendas Internas no Atacado - 1994/2009 Nacionais e importadas Ano Cultivadores motorizados Tratores de Rodas Tratores de Esteiras Colheitadeiras Retroescavadeiras Total Geral Variação % 1994 1308 38518 1184 4049 1428 46487 - 1995 1210 17594 1178 1423 1334 22739 -51,09% 1996 714 10312 505 900 1493 13924 -38,77% 1997 707 16049 842 1709 2158 21465 54,16% 1998 587 18677 795 2524 2270 24853 15,78% 1999 629 19205 646 2906 1310 24696 -0,63% 2000 722 24591 592 3780 1377 31062 25,78% 2001 856 28203 496 4098 1870 35523 14,36% 2002 1050 33217 551 5648 2102 42568 19,83% 2003 1585 29476 449 5440 1045 37995 -10,74% 2004 1682 28803 526 5605 1174 37790 -0,54% 2005 2141 17729 408 1534 1410 23222 -38,55% 2006 1857 20435 300 1030 2050 25672 10,55% 2007 1548 31300 437 2377 2675 38337 49,33% 2008 1852 43414 720 4458 4028 54472 42,09% 2009 1759 45437 618 3817 3681 55312 1,54% Total por Tipo 20207 422960 10247 51298 31405 536117 Tabela 02: Máquinas Agrícolas Automotrizes – Vendas Internas no Atacado – 1994 / 2009 – Nacionais e Importadas Fonte: ANFAVEA A tabela acima da ANFAVEA aponta que a crise mundial de 2009 também afetou os fabricantes de máquinas agrícolas, apurando somente um crescimento de 1,54% em relação ao ano de 2008, mas o acumulado no período 2006 – 2009 aponta um crescimento de 103,51%, ou seja, é também um segmento de mercado em grande expansão no Brasil, esse é um indicador que aponta o grande crescimento na agroindústria brasileira, portanto as mercadorias correlatas a esse mercado também possui um grande aumento no consumo, como defensivos agrícolas, alimentação animal, medicamentos veterinários, entre outros. Portanto, com tantas empresas produzindo a pleno vapor e uma grande quantidade de pessoas consumindo, um transporte eficiente, dinâmico, ágil e preciso é fator preponderante 24
  • 26. para que essas empresas aumentem seu faturamento e invistam cada vez mais e que os consumidores fiquem contentes por receberem seu produto no prazo, intactos, na quantidade correta e no local correto e que consumam cada vez mais. No ambiente político do transporte há regulamentações que são importantes citar: • Regulamentações e Licenciamento da ANVISA no transporte de alimentos, produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos de higiene e limpeza; • Regulamentações do DNIT no transporte de produtos químicos, químicos perigosos, gases, combustíveis e defensivos agrícolas; • Regulamentações e Licenciamento do IBAMA no transporte de produtos químicos perigosos; • Regulamentações e Licenciamento dos órgãos ambientais competentes estaduais onde serão realizados os transportes de produtos químicos perigosos; • Regulamentações e Licenciamento do Exército Brasileiro no transporte de produtos químicos perigosos; • Regulamentações e Licenciamento da Polícia Civil Estadual onde serão realizados os transportes de produtos químicos perigosos; • Regulamentações trabalhistas do Ministério do Trabalho do Brasil; • Regulamentações tributárias municipais, estaduais e federais. No ambiente tecnológico, foi-se o tempo que o transporte era visto somente como um motorista dirigindo um caminhão, não se via tecnologia ali, porque normalmente era um caminhão velho, expelindo fumaça preta pelo escapamento, hoje o segmento de transporte rodoviário e logística é altamente informatizado e recebe diversas melhorias tecnológicas para aumentar sua competividade, eficiência e gestão. A Next Logística investe muito nessa área utilizando sistemas ERP de gestão integrada, TMS de gestão de transporte e WMS de gestão de armazéns, rastreamento de veículos em toda sua frota utilizando sistema GPS de localização global com sinal híbrido celular e satelital para contingências, esse sistema permite a localização do veículo em todo o território nacional, reduzindo o risco de roubo e prevendo o tempo de viagens. Veículos novos com motores eletrônicos mais eficientes também são utilizados na frota, eles consomem menos, poluem menos e são mais ágeis; nos armazéns, endereçamento e utilização de trans-paleteiras, sistemas de radiofrequência e voice-picking agilizam a separação dos pedidos. 25
  • 27. 2.5.2 Micro ambiente Segundo Basta, Marchesini, Oliveira e Sá (2006, p. 23) “o micro ambiente do marketing é formado por concorrentes, intermediários, fornecedores, entidades privadas e públicas”, a seguir serão analisados essas variáveis na Next Logística. 2.5.3 Concorrentes Não há um produto substituto para o transporte rodoviário brasileiro no momento, como citado na introdução desse trabalho os longos anos de priorização desse modal por parte do governo brasileiro não deixou desenvolver alternativas a esse modal, segundo o estudo Transporte de Cargas no Brasil de parceria entre a CNT e o CEL/Instituto COPPEAD da UFRJ “a baixa disponibilidade e as limitações operacionais dos modais ferroviários, de cabotagem e de navegação de interior dificultam a utilização destes como reais alternativas ao modal rodoviário”. Segundo ainda esse estudo “a disponibilidade de infra-estrutura do modal rodoviário no Brasil é significativamente maior do que a dos outros modais”, no caso do modal ferroviário “a baixa oferta de infra-estrutura do transporte, o sistema ferroviário também problemas relacionados com a viabilidade econômica de algumas ferrovias que permanecem fortemente subutilizadas”. Com relação à navegação de interior, “deve-se citar que apenas 35% das vias navegáveis são efetivamente utilizadas para o transporte. Os outros 65% só podem ser utilizadas economicamente a partir de intervenções nos rios e construção de infra- estrutura em terra – terminais hidroviários”. Abaixo gráfico mostrando a disponibilidade dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário no Brasil: Figura 16: Densidade de Transporte no Brasil (km / 1000 km²) Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; IBGE 26
  • 28. Comparando a densidade de transporte ferroviário do Brasil com os Estados Unidos podemos evidenciar a grande diferença e a subutilização das ferrovias no Brasil, enquanto no Brasil essa densidade é de 3,4 km / 1000 km², nos Estados Unidos ela chega a 29,8 km / 1000 km², abaixo os mapas dos dois países demonstrando a distribuição da malha ferroviária pelos dois países: Figura 17: Densidade de Ferrovia (km / 1000 km²) Brasil x Estados Unidos Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; IBGE; AAR; Ministério dos Transportes Já no modal de cabotagem, segundo esse estudo “a baixa disponibilidade de navios na cabotagem de contêineres é considerada como um obstáculo para o crescimento do setor, apesar do recente crescimento do número de navios porta-contêineres que realizam o transporte na costa brasileira, o número ainda baixo de saídas semanais nas principais rotas é apontado por alguns embarcadores como limitante ao maior uso deste modal”. No gráfico abaixo podemos comparar a quantidade de saídas semanais de alguns portos europeus com portos brasileiros: Figura 18: Número médio de saídas por semana – ano 2002, Brasil x Europa Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ 27
  • 29. Outro problema enfrentando pelo modal de cabotagem é o grande desbalanceamento de contêineres, por ser a região Sul e Sudeste do Brasil mais desenvolvida que a região Norte e Nordeste, há um grande fluxo de contêineres no sentido Sul – Norte, em contrapartida no sentido Norte – Sul é muito menor, ou seja, o contêiner que sai do Sul sentido ao Norte não retorna, deixando a região Sul desabastecida desse importante unitizador de cargas. Já a navegação de interior é o modal que historicamente recebe menos investimento por parte das autoridades brasileiras e essa é a principal causa para o pequeno desenvolvimento desse modal no Brasil, outro ponto que contribui para a baixa representatividade desse modal é a demora na resolução de questões relacionadas com impactos ambientais das hidrovias, na figura abaixo demonstramos a distribuição dos terminais aquaviários no Brasil e nos Estados Unidos: Figura 19: Terminais intermodais aquaviários, Brasil x Estados Unidos Fonte: CNT; CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; Ministério dos Transportes; Department os Transportation – National Transportation Atlas Para efeitos comparativos, no Brasil existem 64 desses terminais enquanto que nos Estados Unidos 1.137, outro fator que causa baixo desempenho da navegação de interior é a baixa eficiência na utilização de ativos, como podemos verificar na tabela abaixo: Capacidade dos comboios de navegação de interior Comboio Tietê 2200 tons Comboio Paraná 4400 tons Comboio Madeira 18000 tons Comboio Mississipi 22500 tons Tabela 03: Capacidade dos comboios de navegação de interior Brasil x Estados Unidos Fonte: CEL/Instituto COPPEAD/UFRJ; Ministério dos Transportes – Departamento de Hidrovias Interiores; Hermasa; U.S. Army Corps. Of Engineers 28
  • 30. Já como concorrentes diretos podemos destacar três empresas: • AGV Logística - altamente segmentada, atua nos segmentos de alimentos refrigerados, bebidas, saúde humana, saúde animal, indústria química, serviços bancários e varejo, possui uma vasta rede de filiais espalhadas estrategicamente pelo Brasil, disponibiliza serviços de transporte, armazenagem, movimentação e controles, começou a receber investimentos em 2008 do fundo de investimentos americano Equity International, em 2010 fundiu-se com a AGR Rodasul (especializada em centros de distribuição com forte penetração no sul do Brasil) e adquiriu a G-Tech e a G-Log (divisões do grupo Granero, especializadas no transporte de produtos sensíveis, químicos, de alta tecnologia e de bens de consumo) além da Revitech que fornece serviços de manutenção e revitalização em equipamentos de automação bancária, e mais recentemente em maio de 2011 adquiriu a Exata Logística e a Exata e-commerce do grupo Arex (atua na área de transporte e armazenagem com forte presença nas regiões Norte e Nordeste do Brasil); • Braspress – empresa nacional que atende 100% do território nacional com 99% de capilaridade atendida com recursos próprios (baixíssimo índice de veículos de terceiros em sua operação, esse nível é muito difícil de se alcançar, principalmente pela extensão do território brasileiro), é especializada em cargas expressas e investe pesadamente em tecnologia em seus centros de distribuição com esteiras automatizadas agilizando o processo de recebimento, separação e expedição de mercadorias, inclusive, possuem o maior terminal de cargas automatizado da América Latina, no Rio de Janeiro; • Tegma – empresa nacional líder no segmento de transporte de veículos 0 km no Brasil, possui uma carteira de clientes multinacionais que dá corpo para a empresa investir em outras áreas, é especializada também no transporte de combustíveis, celulose e papel e suco de laranja, para essas operações utiliza-se veículos longos como rodotrens, aumentando sua eficiência e reduzindo o custo para o cliente por unidade transportada, também realiza serviços de inbound, outbound, cross docking, milk run, just in time e abastecimento de linhas de montagem, além de gestão de estoques. 29
  • 31. 2.5.4 Fornecedores Cada unidade de negócio da Next Logística tem autonomia para tratar com seus fornecedores, dessa forma, os insumos adquiridos são voltados para determinado tipo de utilização característico de cada unidade de negócio, os fornecedores críticos são avaliados por planilhas de avaliação de fornecedores de acordo com as certificações da empresa. Há alguns fornecedores chave que são iguais a todas as unidades de negócio da Next Logística, que são os fornecedores de sistemas, combustível, veículos e concessionárias, no caso de veículos e concessionárias a holding determina que fabricantes irão fornecer os veículos e cada unidade de negócio os adquire conforme suas necessidades e projetos. 2.5.5 Clientes A segmentação da Next Logística por unidade de negócio existe para que cada tipo de cliente tenha sua operação de transporte e logística analisada e desenhada por profissionais que conheçam daquele tipo de operação, cada segmento de mercado possui suas particularidades e dessa forma cada cliente pode ser atendido e ter sua solução logística a contento, abaixo a relação de clientes da Next Logística separados por unidade de negócio: Next Express: cargas sensíveis e expressas, clientes: • Videolar; • Valeant; • Siemens; • Sankyo; • Sandoz; • Roche; • Merck; • Medley; • AstraZeneca; • Johnson & Johnson; • GlaxoSmithKline; • Fox; • Medlab; 30
  • 32. Drogaria São Paulo; • Daudt; • Claro; • Biosintética; • Braun; • Bayer; • Alcon; • Antibióticos do Brasil; • Abbott Laboratories. Next Food Service: varejo de alimentos e refeições fora do lar, clientes: • Subway; • Spoleto; • Salad Creations; • Pizza Hut; • Pastello; • Casa do Pão de Queijo; • Mundo Verde; • Domino’s Pizza; • Crêpe de Paris; • Vanilla Café; • Viena. Next Farma: produtos farmacêuticos, hospitalares e correlatos, clientes: • Dr. Suwelack; • Nycomed; • Libbs; • Ipsen; • Farmed; • Abbott Diagnostics; • Aché; • Andrômaco; 31
  • 33. Bayer; • Instituto Butantan; • Ciba Vision; • Claris; • Coferly; • Daiichi-Sankyo; • Galderma; • GlaxoSmithKline; • Johnson & Johnson; • AstraZeneca; • Medlab; • Mepha; • Panarello; • Prevsaúde; • Ratiopharm; • Roche; • Sankyo; • Teva; • Torrent; • Valeant; • Sun Microsystems; • Alcon; • Altana; • Bio Rad; • CSL Behring; • Dade Behring; • Edwards; • Smiths Medical; • Genzyme; • LFB; • Phadia; • Qiagen; 32
  • 34. Radim Diagnostics; • Sebia; • Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; • Siemens; • Stryker; • ThermoFisher; • CNPH; • St. Jude Medical; • Oxoid. Next Solutions: varejo tradicional e e-commerce, clientes: • Elektra; • Claro; • Fnac; • Fox; • Livraria Saraiva; • Pernambucanas; • Carrefour; • Huawei. Next Agro: soluções para o agronegócio, clientes: • Syngenta; • Sipcam Isagro; • Sinon; • Monsanto; • São Martinho; • Milenia; • Inpev; • Luxembourg; • Ihara; • FMC; • Dow AgroSciences; 33
  • 35. Dupont; • Crosslink; • Chemtura; • Cheminova; • Bayer CropScience; • Bequisa; • Basf; • Arysta LifeScience; • Agripec; • Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro. Next Transports: transporte de grandes volumes, clientes: • Shell; • Sat; • Quattor; • Petrobrás; • Aster; • Ale; • Ambev. Next Textiles: transporte para indústria têxtil e do vestuário, clientes: • Carrefour; • C&A; • Pernambucanas; • Lojas Renner; • Riachuelo; • Zogbi; • GEP; • Wal Mart; • Lojas Marisa; • Leader; • Lojas Americanas; 34
  • 36. Pão de Açúcar; • Sonae; • Coop. 2.5.6 Ambiente Interno A segmentação de mercado por unidades de negócio dedicadas a cada tipo de operação representa hoje o grande diferencial da Next Logística, por permitir à empresa oferecer serviços customizados a cada tipo de segmento, o grande conhecimento das operações, junto com investimentos em tecnologia e a utilização de equipamentos e veículos adequados fazem da Next Logística uma empresa diferenciada no mercado de transporte e logística brasileiro. Essa metodologia faz com que a Next Logística aumente seu leque de operações nos vários segmentos de mercado, funcionando como um integrador da cadeia logística dos clientes, oferecendo soluções simplificadas até serviços logísticos complexos e inovadores. Essa estrutura aliada a um controle financeiro adequado, possibilita o aumento de suas operações em setores em que ainda não atua ou fortalece sua posição nos mercados já existentes. Na parte operacional utilizamos os veículos abaixo para os mais variados tipos de operação: • Pick-ups para entregas expressas; • Veículos leves equipados com baú furgão seco para entregas expressas e defensivos agrícolas; • Veículos leves equipados com baú furgão refrigerado para entregas de alimentos em restaurantes e lanchonetes e para transporte de medicamentos com temperatura controlada; • Cavalos-mecânicos com tração 4x2; • Cavalos-mecânicos com tração 6x2; • Cavalos-mecânicos com tração 6x4; • Carretas baú furgão seco para diversos tipos de transportes, entre eles, de alimentos e medicamentos que não precisam de temperatura controlada, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, defensivos agrícolas, entre outros; • Carretas baú furgão refrigerado para o transporte de alimentos e medicamentos com temperatura controlada; 35
  • 37. Carretas sider lonadas para o transporte de mercadorias paletizadas e bebidas; • Carretas baú cabideiro para o transporte de roupas; • Carretas abertas com grade alta para o transporte de grãos; • Carretas abertas com grade baixa para o transporte de máquinas; • Carretas tanque para o transporte de combustíveis e gases; • Rodotrens tanque para o transporte de combustíveis em grande volume; • Rodotrens baú seco para o transporte de diversos tipos de produtos como alimentos que não necessitam de temperatura controlada em grande quantidade; Na parte de armazéns possuímos a seguinte estrutura: • Next Farma - Centro de Distribuição com 80.000 m² em Campinas / SP; • Next Agro - Centro de Distribuição com 50.000 m² em Ribeirão Preto / SP; • Next Solutions - Centro de Distribuição com 65.000 m² em Barueri / SP; • Next Textiles - Centro de Distribuição de 35.000 m² em Americana / SP; • Next Food Service – Centro de Distribuição de 45.000 m² em Osasco / SP. A seguir apresentamos a participação de cada unidade de negócio no faturamento global da Next Logística: Figura 20: Participação % de cada unidade de negócio da Next Logística - 2010 Fonte: O próprio autor 36
  • 38. Figura 21: Participação em R$ de cada unidade de negócio no faturamento global da Next Logística - 2010 Fonte: O próprio autor Figura 22: Evolução do faturamento global da Next Logística – 2004 - 2010 Fonte: O próprio autor 37
  • 39. 3 ANÁLISE SWOT Análise SWOT - Next Logística Ltda O Aumento da produção nacional no geral. F p Aquecimento do setor agropecuário. a d o t a Aumento do consumo de fast-food. r o d t Aumento de vendas através do e-commerce (B2C). r e u e s Cumprimento de todos os requisitos e licenciamentos necessários n s i E Novas entrantes no mercado, grandes operadores logísticos internacionais. x A t m Falta de motoristas no mercado. e e Produção automobilística nacional não acompanha a demanda do mercado, r a n ç podendo ocasionar a falta de caminhões. o a Valorização imobiliária encarece o preço de terrenos e imóveis dificultando a s s abertura de novos Centros de Distribuição. Comprometimento total da alta direção. F P F Treinamento e Capacitação. a o o t Segmentação de mercado. n r o t t Conhecimento de todas as operações oferecidas. r o e e Certificações ISO9001, ISO14001, OHSAS 18001 e SASSMAQ s s s I Pouca penetração no Norte e Nordeste do país. n P F Armazéns com média informatização e tecnologia. t o r e Pouca quantidade de Centros de Distribuição. n a r t c Não atua no segmento de serviços bancários. n o o o Não atua no segmento de saúde animal e pet. s s s Não atua no segmento de cargas conteinerizadas. Tabela 04: Análise SWOT da Next Logística Fonte: o próprio autor 38
  • 40. 4 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO Os fatores críticos de sucesso identificados da Next Logística são: • Falta de motoristas no mercado; • Pouca penetração no Norte e Nordeste do Brasil; • Pouca quantidade de Centros de Distribuição e melhoria na Informatização dos Armazéns; • Não atuação dos segmentos de serviços bancários, de saúde animal e de cargas conteinerizadas, que estão em grande crescimento. 39
  • 41. 5 PLANO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO A Estratégia da Informação auxiliando a operação e fornecendo informações ágeis, precisas e inteligentes para que o cliente se antecipe as solicitações do PDV e também para se antever ao seu concorrente, a estratégia da informação também auxilia na redução do custo total da cadeia e na satisfação do cliente. 5.1 Tracking total da mercadoria Tracking é a rastreabilidade da carga, as operações de tracking permitem o acompanhamento e monitoração de viagens com base nos apontamentos das atividades previstas pelos serviços vinculados às rotas. Assim, é possível ter uma visão precisa dos pontos por onde a mercadoria do cliente passou e quais restam para completar o trecho de viagem até o destino. A rastreabilidade pode ser visualizada através da nota fiscal do cliente ou pelo conhecimento de frete gerado (CTRC - Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga). As ocorrências lançadas nos documentos ou viagens também podem ser visualizadas, com o registro das ocorrências é possível controlar, documento a documento, todas as etapas que a mercadoria irá percorrer, desde a entrada no armazém, seu endereçamento para armazenagem, sua saída para o cliente e a entrega no destino final. Mas para se conseguir toda essa rastreabilidade da mercadoria é preciso que haja uma integração de plataformas, relacionamento com o cliente via site e a baixa da mercadoria via online, isso será apresentado abaixo. 5.2 Integração de plataformas (ERP, GPS, Google Earth) A integração de plataformas é necessário para acompanhar toda a parte do transporte da mercadoria, integrando o ERP, que controla a emissão de documentos fiscais (CTRC baseado na nota fiscal do cliente), com o GPS do rastreador do veículo, o GPS dá um posicionamento de dois em dois segundos, e com o Google Earth, o cliente consegue visualizar em tempo real qual o posicionamento de sua carga em qualquer lugar do Brasil, pelo número da nota fiscal ou do CTRC ele consegue visualizar qual veículo está carregando, o tipo do veículo, a placa do veículo, o nome do motorista, quantidade da mercadoria, peso, valor e qual a localização exata desse veículo, com isso ele consegue saber qual a previsão de chegada desse veículo até sua base ou no seu cliente final. 40
  • 42. 5.3 Relacionamento com o cliente via site Disponibilizar via site várias ferramentas para o cliente. 5.3.1 Cotações online Pelo site o cliente consegue solicitar uma cotação online, já baseado em tabelas de custos e preços, para todas as distâncias, pesos, valores de mercadoria e outras especificações, com isso, o cliente ganha em agilidade para tomar a decisão mais rápida no momento da contratação do serviço de transporte ou armazenagem. 5.3.2 Solicitação de coleta online Através do site também o cliente pode solicitar a coleta de sua mercadoria, com isso ele e a transportadora ganham tempo para programar a disponibilização da mercadoria do cliente para embarque e a programação da frota para a transportadora. 5.3.3 Acompanhamento da carga online Esse acompanhamento da carga online se dá pela rastreabilidade da mercadoria baseado na integração de plataformas (ERP, GPS e Google Earth), o cliente sempre saberá onde está sua carga em tempo real e poderá programar seu recebimento ou comunicar o seu cliente ou PDV quando essa mercadoria estará sendo entregue, todas essas funções de cotações online, solicitação de coleta e acompanhamento da carga se dá num ambiente seguro, protegido por senha. 5.4 Baixa da carga online (Via código de barras) A baixa da carga, ou a entrega final da carga no cliente de modo online é possível graças à utilização de código de barras em todas as mercadorias, a partir do momento da entrada dessa mercadoria no armazém, ela recebe um código de barra e é endereçada no armazém, quando o cliente a solicita, esse código também é lido e carregado dentro de um veículo, quando essa mercadoria é entregue, o motorista ou ajudante de posse de um leitor de código de barras lê esse código e com isso a baixa é realizada automaticamente, fechando 41
  • 43. todo o ciclo do pedido, desde a cotação, solicitação de coleta, armazenagem, acompanhamento da carga e sua entrega final. 5.5 ERP Integrando todos os departamentos da empresa O ERP é necessário para integrar todos os departamentos da empresa, logística, recursos humanos, controladoria, compras, operacional, entre outros, com isso a empresa consegue administrar com mais clareza e facilidade seus bens e principalmente toda a programação de veículos e armazéns, para isso é necessário um ERP que possua TMS (Transport Management System) e WMS (Warehouse Management System) como módulos integrados ao ERP global, o TMS controla a Gestão de Transportes e o WMS a Gestão de Armazéns, baseados no TMS e no WMS pode-se verificar todo o faturamento e possíveis necessidades da empresa. 5.6 Visão de futuro Como o segmento de transporte e logística é altamente competitivo, com inúmeras empresas disputando palmo a palmo, reduzindo preços e gerando até uma “comoditização” do setor, é preciso se diferenciar e buscar soluções operacionais e principalmente na área de tecnologia da informação para com isso, reduzir seus custos, aumentar sua eficiência, melhorar seus processos e a segurança de suas operações. 5.6.1 Telemetria dos veículos A Telemetria é uma grande aliada das transportadoras, pois as informações relativas a condução do veículo são transmitidas à base de monitoramento. Com isso é possível identificar e corrigir hábitos dos motoristas, identificar situações que podem expor o veículo, a carga e o próprio motorista a riscos e otimizar o desempenho de cada veículo. As principais informações oferecidas pela telemetria são: hodômetro (distância percorrida), velocidade em pista seca ou molhada, tempo de acionamento da embreagem (pé na embreagem), freadas bruscas, acelerações bruscas, tempo de uso do veículo parado, em marcha lenta e em movimento, rotações do motor, combustível, temperatura do motor, falha na pressão de óleo e uso do freio motor para veículos de carga. Através da Telemetria também é possível gerar relatórios de uso do veículo com identificação do motorista, jornada de trabalho, tempo de condução na faixa de rotação econômica, etc. Com esses dados em mãos pode-se reduzir o 42
  • 44. custo das viagens através de treinamento aos motoristas de cursos de direção econômica, melhorar a segurança desses veículos na estrada também é possível. 5.6.2 Armazéns “inteligentes” Os armazéns “inteligentes” também são uma boa fonte de redução de custos para uma empresa de transporte e logística, para isso, o armazém deve ser todo mapeado e endereçado, é preciso utilizar transpaleteiras automáticas e a organização das mercadorias devem seguir uma curva ABC de popularidade. Quanto mais popular for essa mercadoria (Nível A da Curva), mais fácil acesso no armazém ela terá, isso reduz a distância das docas e a quantidade de acessos do coletor até essa mercadoria. O WMS é que faz a gestão desse armazém, no recebimento, na separação de mercadoria, baseado no mapeamento do armazém seu endereçamento e na curva ABC de popularidade, no endereçamento apontando em qual posição essa mercadoria deve ser armazenada e na coleta dessa mercadoria quando solicitada pelo cliente. A coleta da mercadoria no armazém pode ser feita utilizando código de barras ou equipamentos de picking to light (separação orientada pela luz), conforme abaixo: Figura 23: Picking to Light Fonte: http://www.grupolinx.com.br/logistica/picking.asp O Picking to Light é a solução ideal para separação de itens fracionados em pedidos que contém CDs, DVDs, produtos multimídia, farmacêuticos, cosméticos, roupas e pequenos artigos em geral. 43
  • 45. O sistema consiste em redes de displays luminosos e teclas de validação, que permitem visualizar mensagens numéricas instalados na parte dianteira das estruturas de armazenagem (porta-pallets, estanterias, flow rack). O Picking to Light pode ser implementado em qualquer instalação já existente e é facilmente adaptável a qualquer estrutura de armazenagem e layout. Os mostradores digitais de cada posição de armazenagem indicam o local e o número de unidades que devem ser coletadas, tornando desnecessário o picking list, o que acelera o processo de coleta. Também pode ser instalado com qualquer grau de automação, isto é, apenas os displays ou equipado com sistemas transportadores automáticos que permitem o direcionamento de todas as caixas manuseadas. O bom desempenho deste sistema é obtido através da disposição dos produtos ao redor dos funcionários, que coletam apenas os produtos de sua estação de trabalho, não precisando se locomover nem movimentar as caixas dos pedidos minimizando assim o tempo de deslocamento dos operadores e aumentando sua produtividade. Uma luz indicadora em cada display pode acender-se em três cores diferentes (verde, amarelo ou vermelho) permitindo que até três operadores realizem simultaneamente o trabalho em uma mesma estação. A alta complexidade de algumas operações de picking, ocasionada pelo grande número de pedidos, da grande variedade de itens e de pequenas unidades de separação, aliadas às necessidades de tempo e precisão na separação, fez com que os sistemas de separação de pedidos mais sofisticados, como o Picking to Light, se tornassem vitais para algumas empresas. Vantagens: • Sistema livre de papéis evitando erros próprios do trabalho manual; • Maior agilidade na separação de pedidos; • Controla a produtividade individual de cada operador; • Facilita a informação e organização; • Garante um inventário atualizado e exato; • Fácil e rápida instalação; • Baixo custo de manutenção; • Sistema modular adaptável as novas necessidades do cliente. 44
  • 46. Também pode ser utilizado equipamentos de voice picking (separação orientada pela voz), onde o WMS indica ao coletor de mercadorias por uma voz sintetizada que mercadoria deve coletar e em qual posição essa mercadoria está no armazém, o coletor faz a operação e por voz confirma a seleção da mesma, o WMS entende isso e dá o próximo passo: Figura 24: Voice picking Fonte: http://www.cornerstoneautosys.com/voice-picking.htm Esses equipamentos são dimensionados conforme o tipo de cada armazém e suas mercadorias neles contidas. Sistema de armazenagem horizontal automático para caixas, especialmente indicado quando é necessária alta produtividade em operações de picking. É formado por módulos compactos unidos entre si e suspensos por uma estrutura com guias, que percorre uma trajetória oval. Quando se recebe uma ordem, o conjunto de módulos move-se até a posição requerida de forma automática. Os módulos de carga de alta capacidade oferecem múltiplas configurações, que se adaptam as características dos diferentes produtos que se deseja armazenar. Vantagens: • Baseado no princípio “produto ao homem”; • Redução de tempos: o operário não precisa movimentar-se de um lugar para outro para preparar um pedido; • Máxima produtividade; • Gestão do estoque: controle permanente do inventário. O sistema está controlando a todo o momento através do software de gestão; 45
  • 47. Redução de mais de 90% dos erros; • A instalação de um sistema de voice picking produz um aumento de 15 a 30% em eficiência e precisão; • Sistemas de voice picking são projetados para atender as necessidades do cliente de alta performance, modularidade, confiabilidade e flexibilidade. 5.6.3 Caminhões “inteligentes” Caminhões com tecnologia embarcada que aumentam sua economia, eficiência, segurança e a redução de custos para o transportador. Câmbios automatizados que aprendem o jeito de dirigir do motorista e corrige eventuais falhas, diminuindo o consumo e melhorando a eficiência do veículo. Sistema de controle de proximidade, que funciona num radar instalado no pára-choque do veículo, monitorando o tráfego a sua frente e adequando a velocidade do veículo, mantendo a distância programada pelo motorista do veículo da frente. Sistema de orientação de faixa de rolagem, baseado numa câmera montada no pára- brisa do caminhão, ele detecta a posição do mesmo em relação às faixas de rolagem da rodovia, à direita e à esquerda, se a mudança de faixa for involuntária, ou seja, sem o acionamento da seta, o sistema entra em ação emitindo um sinal sonoro do lado que o motorista está “comendo” a faixa, isso aumenta a segurança e serve para diminuir os riscos de acidentes devido ao sono. Sistema de frenagem ativa, baseado no mesmo radar instalado no pára-choque, constantemente avaliando o tráfego, ele emite um sinal sonoro e luminoso para o motorista em caso de risco de colisão, reduz a velocidade do caminhão acionando o sistema de freios de forma suave até uma eventual freada de emergência. 5.6.4 Business Intelligence (Mining) Utilizando o mining para cruzar informações de pedidos dos clientes, com isso ele pode customizar a carga e seu pedido para cada tipo de seu cliente. Data mining é a descoberta automática de padrões e relações em um data warehouse, ou seja, a aplicação de inteligência artificial para grandes quantidades de dados para descobrir tendências, padrões e relacionamentos. Uma data warehouse é um sistema de gerenciamento 46
  • 48. de banco de dados relacional projetado especificamente para apoiar a gestão de tomada de decisão. O mining pode ser utilizado para gestão de relacionamento com cliente, posicionamento do produto estratégico, gestão de relações humanas e retenção de funcionários e de gestão financeira, incluindo a redução de custos, classificação de crédito, auditoria e cumprimento de direcionamento, além de detectar fraudes e melhorar os esforços de marketing. 47
  • 49. 6 PLANO DE MARKETING O que motivou a Next Logística Ltda a iniciar suas operações no Nordeste e Norte do Brasil é o crescente desenvolvimento dessas duas regiões, aumento do PIB, dos salários e melhoria na condição de vida de sua população. Inicialmente a atenção maior será na região Nordeste, onde iremos concentrar esforços e depois expandir para a região Norte. 6.1 Região Nordeste A Região Nordeste é, atualmente, a terceira economia do país entre as 5 regiões. Sua participação no PIB brasileiro foi de 13,1% em 2008, após a Região Sul (16,6% de participação no PIB) e à frente da Região Centro-Oeste (9,2% de participação no PIB). Ainda assim, é a região com o mais baixo PIB per capita, R$ 7.487,55 em 2008, e maior nível de pobreza. A distribuição de renda nessa região melhorou significativamente na década de 2000: segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2009, a renda média no Nordeste sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e 2009, passando de R$ 570 para R$ 734. Entre 2008 e 2009, o incremento foi de 2,7%. Foi a região que apresentou o maior incremento no salário médio do trabalhador nesse período. Em 2008 seu PIB nominal era de R$ 397,5 bilhões e seu PIB nominal per capita, de R$ 7.487,55. As maiores economias da Região Nordeste são, respectivamente, Bahia, Pernambuco e Ceará, estados que concentram, juntos, 8,3% do PIB nacional. Já os estados nordestinos com maior PIB per capita são Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco, seguidos por Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí. São Francisco do Conde-BA é o município com maior PIB per capita do Brasil: R$ 288.370,81. A região é vista por muitos economistas como uma das mais promissoras do mundo ocidental, pois tem cerca de 30% da população brasileira e grande parte de seus habitantes ainda fora do mercado consumidor. A indústria é mais forte e diversificada em regiões metropolitanas como a do Recife, a de Salvador e a de Fortaleza. Destaca-se a produção de aços especiais, produtos eletrônicos, equipamentos para irrigação, barcos, navios, cascos para plataformas de petróleo, automóveis, baterias, chips, softwares e produtos petroquímicos, além de produtos de marca com valor agregado, calçados de couro e de lona e tecidos de todos os tipos. O Complexo Industrial Portuário de Suape poderá triplicar o PIB de Pernambuco até 2030. Abriga empresas como o Estaleiro Atlântico Sul (maior estaleiro do Hemisfério Sul) e 48
  • 50. central de logística da General Motors. A Fiat lançou em Suape, no final de 2010, a pedra fundamental de sua nova fábrica, a terceira da marca na América Latina. O Polo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia, é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul. Abriga, entre outras empresas, uma fábrica da Ford, a primeira montadora de automóveis da Região Nordeste. Outro complexo industrial baiano que merece destaque é o Centro Industrial de Aratu. Em sua área encontra-se em operação o Porto de Aratu, além de empreendimentos dos segmentos químico, metal-mecânico, calçadista, alimentício, metalúrgico, moveleiro, de minerais não metálicos, plásticos, fertilizantes, eletroeletrônicos, bebidas, logística, têxtil, serviços e comércio. No Ceará, o forte crescimento na produção de fios têxteis, tecidos e peças de vestuário em 2010 tornou o estado o 4º maior pólo têxtil do Brasil. O Distrito Industrial de Maracanaú é o maior centro industrial do Ceará. Outro importante centro industrial no estado é o Complexo Industrial do Pecém, que se encontra em forte expansão. No Nordeste, o setor terciário é um dos que mais crescem nos últimos tempos, tendo destaque principalmente Bahia e Pernambuco. O nicho que mais cresce são os artigos de alto luxo. Diversos shopping centers estão sendo construídos na região, principalmente em zonas nobres das capitais para atendimento à essa crescente demanda. 6.2 Estratégia de Marketing A estratégia de Marketing proposta para atendimento às Regiões Nordeste e Norte do Brasil é a abertura de um Centro de Distribuição em uma cidade do Nordeste para atendimento à essas duas regiões, dessa forma, ficaremos mais próximos dos consumidores dessas regiões, ganhando agilidade e reduzindo os valores de nossos fretes e armazenagem, esse Centro de Distribuição será aparelhado com a maior tecnologia, já aqui apresentado no Plano de Gestão da Informação. A equipe comercial deverá ser fortalecida para identificar quais são os potenciais clientes que impactarão positivamente na operação do Centro de Distribuição e que poderemos atender. É fundamental o compartilhamento dos nossos valores corporativos para construção de um ambiente de cooperação que torne natural a escolha da Next Logística não só como prestadora de serviços de transporte de cargas como também, provedora de soluções completas em logística. 49
  • 51. 7 PLANO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 7.1 Objetivo O objetivo deste procedimento é servir como fonte de consulta para os colaboradores da Next Logística no que se refere às políticas de recursos humanos. As informações descrevem as responsabilidades e atividades da área de recursos humanos e indicam a forma de agir e os procedimentos esperados dos colaboradores no desenvolvimento das atividades de RH. Dúvidas, maiores esclarecimentos e pontos que, supostamente não fazem parte deste procedimento, devem ser discutidos com o gestor da área ou responsável pelo departamento de RH. 7.2 Campo de Aplicação Este procedimento visa, além de padronizar, registrar e dar ampla transparência às políticas e aos procedimentos relacionados com as questões de Recursos Humanos, servir aos gestores como um instrumento de administração de pessoas e aos empregados como balizador dos seus direitos e obrigações. 7.3 Responsabilidades Exerce a responsabilidade pela gestão de pessoas de maneira compartilhada com todos os ocupantes de funções de comando com a finalidade de coordenar, planejar e executar as atividades de gestão administrativa e de desenvolvimento de recursos humanos. 7.4 Definições A Next Logística tem uma missão a cumprir, e dependem do desempenho, comprometimento e profissionalismo de seus colaboradores para atingi-la. Cabe aos gestores desempenhar seus papéis para estimular e facilitar a manifestação dessas virtudes. Assim, a Next Logística firma compromisso com todos, no sentido de fazer cumprir as políticas e os procedimentos aqui definidos, de forma a garantir a eficácia na administração de seus Recursos Humanos. 50
  • 52. 7.5 Descrição 7.5.1 Recrutamento e Seleção O processo de recrutamento e seleção tem como objetivo principal assegurar que todos os colaboradores contratados pela empresa atendam ao perfil desejado bem como tenham fácil adaptabilidade aos valores da empresa; o processo deve iniciar com o envio da requisição de pessoal devidamente aprovado pela chefia ao setor de Recursos Humanos; o setor de Recursos Humanos deve analisar a posição desejada e traçar um plano de trabalho em conjunto com o requisitante; após identificar os objetivos do requisitante o Setor de Recrutamento deve analisar o perfil do candidato, definir se deve promover recrutamento interno ou externo, deve definir quais as ferramentas de avaliação a ser aplicada ao perfil de vaga e elaborar um cronograma para execução das atividades definidas. 7.5.2 Recrutamento Interno Sempre que possível será privilegiado o recrutamento interno e são elegíveis à candidatura, colaboradores com no mínimo 06 meses de empresa, ou no mínimo 06 meses na função atual (para casos de promoção ou movimentação recente); o departamento de Seleção anunciará as oportunidades e/ou vagas que os colaboradores poderão se candidatar, através do mural de comunicados internos e de e-mail; os interessados deve se candidatar através da ficha de inscrição para movimentação interna referente às vagas anunciadas dentro do prazo definido no anúncio; o candidato deve se certificar que esta atendendo a todos os requisitos exigidos pela vaga, deve preencher a ficha de inscrição e encaminhar ao Setor de Recrutamento e seleção com cópia do currículo atualizado; o candidato deverá aguardar o contato do Setor de Recrutamento e seleção (por telefone ou e-mail) para feedback positivo ou negativo; observação: o superior imediato não poderá proibir a inscrição dos colaboradores. 7.5.3 Processo Seletivo O processo seletivo deve obedecer as seguintes etapas: • Análise do currículo pelo Setor de Recrutamento e Seleção e pela área requisitante; 51
  • 53. Análise do histórico profissional através de consulta à chefia atual do colaborador inscrito; • Participação do profissional inscrito nos testes, entrevistas e avaliação de idiomas (se for o caso); • Entrevista com a área requisitante. 7.5.4 Recrutamento Externo Não sendo viável a abertura de oportunidade interna, ou, não havendo candidatos internos à serem validados, será aberto o processo de recrutamento externo, utilizando-se de meios próprios ou contratação de consultoria especializada. 7.5.5 Processo Seletivo De acordo com o planejamento de recrutamento e seleção os candidatos devem passar pelos processos de avaliação previamente definidos, ou se houver necessidade poderá ser agregado outras formas de avaliação. Após o processo de avaliação o setor de RH deve encaminhar ao requisitante a avaliação dos candidatos para entrevista final. 7.5.6 Aprovação e proposta de trabalho Após aprovação do candidato pelo requisitante o Setor de Recrutamento e Seleção deve elaborar uma proposta de trabalho e os trâmites de admissão. 7.5.7 Integração do novo Colaborador O colaborador deve receber treinamento dos procedimentos, Instruções de trabalho e documentos aplicáveis ao setor que irá desenvolver a atividade. O Setor de Recursos Humanos deve comunicar ao novo colaborador política de benefícios, normas e regulamentos internos do setor. O setor de Qualidade e Meio Ambiente e também o de Segurança devem apresentar ao novo colaborador a política da qualidade, procedimentos relativos ao Sistema de Gestão da empresa, responsabilidade social, normas de segurança e meio ambiente. O gestor deve prover todas as informações e treinamentos necessários para familiarizar o novo colaborador as funções a serem desenvolvidas. 52
  • 54. 7.5.8 Férias Anualmente o setor de recursos humanos encaminha ao gestor de cada área o formulário de solicitação de férias, para previsão das datas do período de gozo do colaborador. É facultado ao empregado converter 1/3 do seu descanso em ‘’abono pecuniário’’. No caso de ter direito a 30 dias de férias, o empregado descansará 20 dias e trabalhará 10. O empregado receberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data de concessão (art. 142 da CLT), considerando o ‘’terço constitucional’’, ou seja, deve computar o valor correspondente ao acréscimo de um terço sobre o valor das férias e do abono pecuniário, conforme previsto na constituição federal. O empregado poderá solicitar o pagamento antecipado da 1ª parcela do 13° salário, será depositado em conta-corrente bancária, até dois dias antes do inicio do período de descanso. É proibido trabalhar durante o prazo do gozo de férias. 7.6 Treinamento, Curso e Desenvolvimento O desenvolvimento e aprimoramento dos profissionais é prioridade da empresa. Os investimentos na formação dos profissionais, aprimoramento de idiomas e cursos de especialização são também oferecidos ao colaborador desde que exista uma relação entre o curso e a atividade desenvolvida pelo profissional, e que os custos estejam previstos no orçamento anual para treinamento. A sistemática para treinamentos, cursos e desenvolvimento encontra-se descrita no Procedimento para Treinamento, Cursos e Desenvolvimento. 7.7 Benefícios Concedidos pela Empresa A empresa torna necessário analisar e conhecer os motivos que levam os indivíduos a cooperar com a organização. Os indivíduos, como membros da sociedade, contribuem com suas atividades objetivando alcançar sua realização pessoal. Mas, para isso, a organização deve oferecer motivação, que serve de incentivo para o aprimoramento do trabalho em equipe e em bem-estar do grupo. É nesse sentido que a empresa, visando o bem estar de seus colaboradores, concede benefícios tais como: Assistência Médica, Assistência Odontológica, Vale alimentação, cesta básica, transporte, Previdência privada e incentivo a atividade física. 53
  • 55. 7.8 Procedimento de Treinamento da Next Logística 7.8.1 Objetivo Estabelecer procedimentos para determinar a competência na gestão de treinamentos e avaliação da eficácia das ações realizadas 7.8.2 Campo de Aplicação Aplica-se a todos os colaboradores da Next Logística que participam de cursos ou treinamentos técnicos e comportamentais, os que executam atividades que afetam a qualidade dos serviços e produtos oferecidos pela empresa para aumentar a satisfação do cliente. 7.8.3 Responsabilidade Gerentes: Identificar junto aos lideres de cada equipe as necessidades dos cursos quem tenham impacto direto no desempenho do colaborador e nos resultados as área; Apresentar um Plano de Ação de Levantamento e Necessidade de Treinamento para o departamento de recursos humanos no período de setembro à novembro, conforme disponibilidade de investimento planejado no centro de custo do setor envolvido. Preencher o formulário de Solicitação de Treinamento definindo os critérios e os resultados esperados de cada treinamento, quando aplicável; Avaliar a eficácia dos treinamentos através Fo formulário de Avaliação de Eficácia – Gestores, no prazo Maximo de 90 (noventa) dias após a realização dos treinamentos. Setor de Treinamento: Elaborar o Plano Anual de Treinamento após receber o plano de ação de levantamento e necessidades de treinamento, auxiliar na organização dos treinamentos após a apresentação do formulário de solicitação de treinamento aprovado, atualizar o plano anual de treinamento semestralmente (quando necessário), enviar a Avaliação de Eficácia – Gestores para avaliação do treinamento ministrado ao colaborador do setor envolvido, atualizar o formulário de Registro de Treinamento no prontuário do colaborador; Arquivar os formulários devidamente preenchidos. Colaborador: Participar ativamente dos cursos e treinamentos oferecidos, preencher e encaminhar ao Setor de Recursos Humanos o formulário de Avaliação do Treinamento ao 54
  • 56. final do treinamento ou curso. Apresentar ao departamento de recursos humanos uma cópia do certificado, se fornecido e multiplicar internamente os conhecimentos adquiridos (quando aplicável). 7.8.4 Desenvolvimento 7.8.4.1 Levantamento e Programação dos Treinamentos Anualmente os gestores com suporte do departamento de treinamentos identificam as necessidades de treinamento para os colaboradores e elaboram um plano de ação de levantamento e necessidade de treinamentos. 7.8.4.2 Execução do Treinamento 7.8.4.2.1 Treinamento “on the job”(local de trabalho) Os treinamentos “on the job” são fornecidos pelos responsáveis pela operação ou superior imediato para as pessoas que estão iniciando uma nova atividade e para os colaboradores já existentes, novos colaboradores ou em casos de transferências. Nessa etapa as pessoas são informadas a respeito das conseqüências para empresa e clientes caso ocorram não-conformidades. Para os executantes (operacional) o gestor deve indicar um colaborador capacitado para acompanhamento/monitoramento e, para as atividades de controle e coordenação o treinamento deve ocorrer através de leitura dos documentos para execução de suas atividades e apresentação dos resultados obtidos de acordo com as responsabilidades constantes em sua descrição de cargo. O responsável/instrutor deve marcar data, definir e convocar participantes e providenciar o envio da lista de presença ao departamento de Recursos Humanos. 7.8.4.2.2 Treinamento (in company) Ministrado por instrutores internos, mas seu conteúdo extrapola informações sobre tarefas operacionais. O departamento de recursos humanos auxilia a preparação da logística e recursos para realização da programação interna. 55