Recifes de corais são ambientes marinhos com alta biodiversidade formados pela simbiose entre corais e algas. Os recifes só se formam em águas claras e quentes onde há boa penetração de luz, abrigando centenas de espécies. Podem ser classificados em franja, barreira ou atol dependendo de sua localização em relação a costas e ilhas.
1. Guião – Recifes de Corais
O termo recife de corais refere-se a um habitat marinho que está entre os
ambientes de maior biodiversidade do planeta. O recife é formado por algumas
espécies de corais (animais pertencentes ao grupo dos cnidários) que possuem
um exosqueleto calcário, juntamente com algas calcárias que produzem finas
lâminas de carbonato de cálcio, que se vão acumulando e cimentando a
estrutura do recife. Os corais formadores do recife vivem em simbiose com
pequenas algas unicelulares, que vivem no interior dos seus tecidos. Devido a
esta relação entre os corais e as algas, os recifes só se formam em águas claras,
geralmente acima de 50 metros de profundidade pois para que as algas
realizem a fotossíntese é necessário que haja uma boa penetração dos raios
luminosos na água do mar.
O ambiente proporcionado pelo recife serve como habitat para centenas
ou mesmo milhares de espécies de invertebrados e vertebrados marinhos, além
de algas de todos os tipos. Muitas espécies habitam a própria estrutura do
recife, fixando-se sobre os corais ou vivendo em inúmeras tocas e fendas.
Outras habitam as imediações do recife e vão até ele para se alimentar ou se
reproduzir. Alguns dos animais que podemos encontrar nesse meio são:
esponjas, moluscos, crustáceos, equinodermatas, peixes, tartarugas marinhas,
entre muitos outros.
Os recifes podem ser classificados como franja, barreira ou atol. Os
recifes em franja são formações simples e próximas aos continentes ou a ilhas.
Este é o tipo mais comum de recife. Diversas formações em franja ocorrem em
Caribe, próximo da Florida e das Bahamas. As barreiras são formações lineares
ou semicirculares, separadas do continente por canais. Um exemplo é a Grande
Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo, que se estende por mais de
mil quilômetros ao longo do litoral australiano. Os atóis são recifes em forma de
um grande anel, no centro do qual se forma uma lagoa de água salgada. Os atóis
emergem em águas mais distantes dos continentes e geralmente se formam
sobre antigos vulcões submersos. Um dos mais conhecidos é o Atol de Bikini,
situado no oceano Pacífico e palco de testes nucleares nas décadas de 40 e 50.
Os recifes formam-se em águas tropicais quentes, rasas e claras. As altas
temperaturas da água (acima de 20°C) são necessárias para que ocorra a
secreção de carbonato de cálcio pelos corais e algas calcárias, processo
essencial para a construção do recife.