2. CORAIS
Por sua biodiversidade, a importância dos corais é fundamental para a
vida marinha. Eles são como as florestas tropicais para a fauna e flora
mundiais. Não há nada que se compare aos corais no mar. Cerca de 1/4
de todas as espécies de peixes dependem deles para sobreviver.
3. O QUE SÃO CORAIS?
Corais são animais cnidários, formam colônias exclusivamente
marinhas. O corpo é chamado de pólipo, uma estrutura cilíndrica em
forma de saco, com uma cavidade interna que se abre apenas em uma
extremidade: a boca. Cada indivíduo em uma colônia de coral é
chamado de pólipo. Um recife de corais é coberto por milhares de
pólipos. Quando morrem, novos pólipos crescem por cima dos
esqueletos e assim por diante.
4. A FORMAÇÃO DOS CORAIS
Eles existem há cerca de 250 milhões de anos. Para que haja a formação
de corais, acontece uma simbiose ou seja, uma associação entre
espécies de corais e microalgas. Um depende do outro. As algas vivem
no interior dos corais. Como plantas, elas passam pela fotossíntese que
libera compostos orgânicos para os corais. Estes, liberam produtos que
fazem com as algas sobrevivam e cresçam ao seu redor.
5. ONDE FICAM OS CORAIS
Eles ocorrem principalmente em regiões de águas quentes, claras e
rasas mas, nas últimas décadas, também foram registrados em águas
profundas em vários países do mundo.
Os corais são encontrados em mais de cem países e territórios. Os
recifes de coral distribuem-se formando um anel na região
equatorial/tropical do globo terrestre. Ocorrem principalmente do lado
ocidental dos oceanos Atlântico e Pacífico.
6. A DISTRIBUIÇÃO DE CORAIS PELO MUNDO
Os recifes de coral cobrem cerca de 284.300 km². A região do Indo-
Pacífico (Mar Vermelho, Oceano Índico, Sudeste Asiático e Oceano
Pacífico) contribui com a maior parte (91,9%). Os recifes do Oceano
Atlântico e do Mar do Caribe têm 7,6% do total.
7. QUAIS SÃO OS TIPOS DE CORAIS
São três: os de franja, de barreira e o dos atóis. Os dois primeiros, são
continentais; o terceiro, oceânico. Os continentais crescem nas
margens continentais. Os oceânicos, em pleno oceano e quase sempre
relacionados a montanhas submarinas.
8.
9. IMPORTÂNCIA DOS CORAIS: 65% DOS PEIXES
DEPENDEM DELES
Como habitat marinho, é o mais rico de todos. Uma, em cada quatro
espécies marinhas vive nos recifes. Incluindo 65% dos peixes. Mais de
5.000 espécies de peixes, 10.000 de moluscos e uma quantidade
incontável de algas e crustáceos vivem e se reproduzem em torno das
estruturas coralíneas.
10. PROTEÇÃO DA COSTA E FÁRMACOS
MARINHOS
Protegem a costa da ação, muitas vezes violenta, das ondas. São fontes
de matéria-prima para pesquisas farmacológicas. Alguns tipos foram
transformados em medicamentos para abaixar a pressão arterial,
antibióticos, antitumorais, entre outros. Estima-se que 500 milhões de
pessoas residentes em países em desenvolvimento tenham algum tipo
de dependência dos serviços oferecidos por este ecossistema
(Wilkinson, 2002).
11. OS MAIORES CORAIS DO MUNDO
A Grande Barreira de Coral, da Austrália (que sofre imensas ameaças), é
a maior formação recifal do planeta, com uma área contínua de 350.000
Km2. Ela tem 2.600 quilômetros de extensão, com a largura variando
entre 30, até 740 quilômetros! Pode ser vista do espaço. Esta formação
tem mais de 400 espécies diferentes.
12. BARREIRA DE CORAIS DE BELIZE
Em segundo vem a a barreira de corais de Belize. Em seguida, os recifes
de Coral do Mar Vermelho – localizados ao longo da costa do Egito,
com 1.900 Km de extensão. O recife da Nova Caledónia tem 1.500 km,
no Oceano Pacífico. Barreira de coral Mesoamericana, com 943 Km, no
Atlântico, próximo ao México, é outra das grandes formações. Uma
medida de sua importância, foi a tomada por este país, o México, que
fez seguro de seus corais. No mundo há mais de 2.000 espécies
conhecidas.
13. A IMPORTÂNCIA DOS CORAIS AMEAÇADA
PELA ACIDIFICAÇÃO DA ÁGUA DO MAR
Uma das maiores é acidificação das águas marinhas em razão do
aquecimento global. Os gases de CO2 são absorvidos pelas algas do
fitoplâncton, a forma mais abundante de vida vegetal do planeta. Durante
o processo de fotossíntese as algas ‘sequestram’ o dióxido de carbono, ao
mesmo tempo em que o depositam no fundo do mar. No processo,
produzem mais de 50% do oxigênio que respiramos. Mas, com o
excesso que está provocando o aquecimento, a água dos oceanos, antes
alcalina, está ficando mais ácida. E isso mata os corais. Esta é a grande
charada da nossa geração. Turismo desordenado, poluição marinha,
turbidez da água, pesca predatória , e até aterramento de corais (China) são
outras ameaças.
14. AQUECIMENTO PROVOCA DIMINUIÇÃO DAS ALGAS
DO FITOPLÂNCTON: OUTRA AMEAÇA AO CORAL
As algas são fundamentais para o coral. Lembre-se da ‘simbiose’ explicada acima.
A revista Nature publicou os resultados de uma pesquisa arrasadora. Ela aponta
evidências que o aquecimento está atacando a base da cadeia alimentar de vida
marinha diminuindo a quantidade de algas do fitoplâncton.
Conclusão da pesquisa da Nature:
“ nos últimos 60 anos houve queda de 40% das algas do fitoplâncton. De acordo
com os cientistas, a diminuição estaria ligada ao aquecimento do planeta, e ao
aumento da temperatura dos oceanos” .
15. IMPORTÂNCIA DOS CORAIS NA
COSTA BRASILEIRA
O Brasil tem pequena variedade de corais de águas rasas. Na costa brasileira há registros de 16
espécies de corais-pétreos ou verdadeiros, e corais-de-fogo (escleractínios recifais, ou seja,
formadores de recifes), distribuídas em 10 gêneros e oito famílias. Considerando todos os
tipos, metade das espécies registradas no Brasil só ocorrem em nossas águas: de 46 espécies,
21 (46%) são exclusivas do Brasil.
16. DA FOZ DO AMAZONAS ATÉ O SUL DA BAHIA
Eles se estendem desde a foz do Amazonas (recentemente
descobertos), até Nova Viçosa, no sul da Bahia, uma faixa de mais de
3.000 quilômetros, sem falar nas ilhas oceânicas. Esta enorme faixa de
corais da costa nordestina é tão importante para a biodiversidade
marinha que, em 1997, foi criada a APA, Área de Proteção Ambiental,
Costa dos Corais, a maior unidade de conservação federal do bioma
marinho, que abrange parte dos territórios de Alagoas e Pernambuco.
Já em Abrolhos, no sul da Bahia, fica o único banco de corais do
Atlântico Sul.
17. ÚNICO BANCO DE CORAIS DO
ATLÂNTICO SUL
Por ser o único, sua importância se torna ainda maior. Por isso, em 1983 foi criado o primeiro
parque nacional marinho brasileiro, o Parque Nacional dos Abrolhos, cuja principal missão é
proteger este tesouro da costa brasileira. Tanto a faixa de corais do Nordeste, como o banco de
Abrolhos, estão ameaçados pelo derramamento de óleo que desde setembro de 2019 vem se
acumulando no litoral desta região.
18. MAUS TRATOS AOS CORAIS BRASILEIROS
O aquecimento global está provocando o branqueamento dos corais.
Os corais de Abrolhos, o maior banco do Atlântico Sul, já apresentam
sintomas da praga. Os corais do Nordeste sofreram abusos
inacreditáveis. Até a década de 70 eram arrancados do mar com
tratores ou ferramentas pesadas, e levados para a praia. Picados e
colocados em fogueiras, com madeira das matas adjacentes. O
resultado do processo era a transformação do carbonato de cálcio dos
corais em cal.
19. MONOCULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR
Outra ameaça é a monocultura da cana-de-açúcar que ocupou o lugar
da Mata Atlântica no Nordeste e, hoje, está praticamente ‘grudada’ à
costa. Quando chove a água lava o chão da lavoura, a enxurrada vai pro
mar provocando turbidez da água. Corais precisam receber luz, ou seja,
precisam água limpa. Sem falar em agrotóxicos e outros produtos
químicos que prejudicam as formações coralíneas.
20. IMPORTÂNCIA DOS CORAIS E O MITO DA
FINITUDE
A falta de atenção com a saúde dos oceanos pode ser considerada uma
‘bobeira mundial’, alimentada pelo mito da infinitude. Hoje, o mundo
civilizado corre atrás do prejuízo enquanto países menos
comprometidos com a conservação, como o nosso, continuam
‘dormindo em berço esplêndido‘. Apesar de todas as novas reservas
marinhas criadas em 2015, 2016, e 2017, especialistas alertam que:
“ apenas pouco mais 2% da área total dos oceanos estão protegidos.
Isso representa muito pouco. Há um longo caminho até chegarmos nos
30%, que é a área necessária a ser protegida se quisermos garantir a
sustentabilidade dos organismos marinhos para as futuras gerações”.
22. ALI BARBOUR’S CAVE
RESTAURANT
Esse restaurante está situado a 10 metros abaixo do solo em uma caverna de coral antiga,
naturalmente esculpida, aberta para o céu. Eles servem comidas da cozinha internacional
especializada em frutos do mar com outras opções, também.
Jante sob um céu noturno repleto de estrelas em um ambiente único, com um nível
extraordinário de serviço e hospitalidade genuína. Ali Barbour's Cave fica em Deni, no Quênia,
na África.
23. ITHAA UNDERSEA
RESTAURANT
Você não vai acreditar, mas Ithaa Undersea é um restaurante submarino
localizado a 5 metros abaixo do nível do mar, na Ilha Conrad Maldives
Rangali, nas Ilhas Maldivas. Esse estabelecimento também é usado para
festas particulares e casamentos.
A entrada dele fica em uma escada em espiral final de um pier direto
para o mar, claro que, em formato de acrílico revistado para não se
molhar. Eles servem um menu de comidas europeias, no entanto, pode-
se esperar por preços altos.