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Dr. Dráusio Varella
Nossos filhos se tornaram adultos e 
tiveram filhos. O nascimento de um 
neto é evidência de que não somos 
mais necessários para a perpetuação 
de nossos genes. Desse momento em 
diante a vida seguirá em frente, 
estejamos ou não por perto.
Em 70 anos, uma recém-nascida se 
tornou avó ou bisavó. Quando nos 
aposentamos, a vida corre mais 
devagar. Nossos movimentos também 
estão mais lentos. Os sinais externos 
da idade ficam mais evidentes. Nossos 
sentidos estão menos sensíveis.
Desde o nascimento, começamos 
a perder os cílios responsáveis 
pela captação dos sons, no 
interior do ouvido. Nessa idade já 
temos dificuldade para escutar os 
sons de alta frequência.
Devagar, com o tempo, perderemos 
até os que captam frequências 
baixas. Os ossículos que transmitem 
as ondas sonoras da membrana do 
tímpano para dentro do ouvido 
endurecem. Fica difícil ouvir o que 
os outros dizem.
A visão também piora. A vida inteira 
expostos aos raios de sol, o 
cristalino, a lente dos olhos, perde a 
elasticidade e escurece. Pode até 
mudar a cor dos olhos. O cérebro 
precisa fazer acrobacias para 
compensar essas alterações.
O esqueleto reflete bem o desgaste 
de muitos anos. Os ossos continuam 
fabricando células novas para 
substituir as velhas, mas os 
osteoblastos já não dão conta de 
repor as células perdidas.
A perda constante de massa óssea 
torna os ossos quebradiços. É a 
osteoporose, um perigo permanente. 
Sofrer uma fratura é muito mais fácil. 
Isso acontece com ambos os sexos, 
mas as alterações hormonais da 
menopausa aceleram o processo 
nas mulheres.
Por que a aparência de nosso 
corpo muda tanto entre os 40 e os 
70 anos? É bem mais do que uma 
questão de uso e desgaste. O 
envelhecimento é um processo que 
afeta cada uma das nossas células.
A cada dia, bilhões de nossas células 
se dividem em duas. Para isso, 
precisam duplicar o DNA, e destinar 
uma cópia para cada célula-filha. 
Enquanto as células mais velhas 
morrem, as recém criadas ocupam o 
lugar deixado por elas.
O problema é que o mecanismo de 
divisão celular é sujeito a pequenos 
erros. 
Quando o DNA é copiado, as 
imperfeições contidas nele também 
são duplicadas.
Cada um desses erros é transmitido 
às células-filhas, às células-netas e 
assim sucessivamente, para todas 
as descendentes. 
É como nas fotografias - cópias de 
cópias perdem a nitidez. Desde o 
nascimento trocamos todos os 
ossos do nosso rosto a cada dois 
anos.
Aos 70 anos, o nosso rosto é a trigésima 
quinta cópia do que tínhamos ao nascer. 
A cada cópia as imperfeições se 
tornaram mais aparentes. É por isso que 
parecemos tão diferentes quando 
estamos mais velhos.
Outra causa do envelhecimento 
está no ar que respiramos. Sem 
oxigênio não podemos sobreviver, 
mas ele nos corrói lentamente. 
Dentro de cada célula, as 
mitocôndrias são nossas centrais 
energéticas, nossas fábricas de 
energia.
Elas combinam o oxigênio com os 
nutrientes para produzir a energia 
necessária ao funcionamento do 
organismo. Nesse processo são 
liberados poluentes chamados de 
radicais livres, que agridem as 
próprias paredes das mitocôndrias 
e comprometem a produção de 
energia.
Como consequência, não 
conseguimos mais repor as células 
necessárias, nem corrigir os defeitos 
ocorridos no nosso DNA. 
O funcionamento dos órgãos fica 
comprometido e eles podem falhar.
A morte, como a vida, é um processo 
construído no interior de nossas 
células. Da mesma forma que o DNA 
controla nosso desenvolvimento, 
também limita a duração de nossas 
vidas.
Em cada cópia de si mesma, a célula 
perde um pequeno fragmento de DNA. 
Depois de bilhões de divisões, foi 
perdido tanto DNA que a capacidade 
de formar novas células fica 
comprometida.
A morte não é um acontecimento 
instantâneo. É um processo através 
do qual os órgãos pouco a pouco 
entram em falência. 
Ao dar as últimas batidas, o coração 
espalha pelo corpo um hormônio 
que alivia a dor - as endorfinas.
Sem oxigênio, os órgãos param de funcionar. 
Em dez segundos a atividade cerebral cai. 
Em quatro minutos o cérebro será lesado 
irreversivelmente. 
Perderemos a condição humana.
A audição é o último sentido a nos 
abandonar. Mas algumas células 
permanecem vivas até mesmo depois 
da morte. As da pele ainda se dividem 
por 24 horas. E são necessárias 37 
horas para que o último neurônio 
encerre a sua atividade.
Para alguns de nós, a vida pode durar 
muito tempo. Quem nasce hoje tem a 
expectativa de viver 80 anos ou mais. 
Mas todas as jornadas, um dia, 
devem terminar.
Depois da nossa morte, nossos filhos e 
netos carregarão nossos genes no interior 
das suas células e vão transmiti-los para 
seus descendentes. 
Nossa vida continuará dentro deles. 
As memórias que deixamos, também.
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O INCRÍVEL PROCESSO DA MORTE

  • 2. Nossos filhos se tornaram adultos e tiveram filhos. O nascimento de um neto é evidência de que não somos mais necessários para a perpetuação de nossos genes. Desse momento em diante a vida seguirá em frente, estejamos ou não por perto.
  • 3. Em 70 anos, uma recém-nascida se tornou avó ou bisavó. Quando nos aposentamos, a vida corre mais devagar. Nossos movimentos também estão mais lentos. Os sinais externos da idade ficam mais evidentes. Nossos sentidos estão menos sensíveis.
  • 4. Desde o nascimento, começamos a perder os cílios responsáveis pela captação dos sons, no interior do ouvido. Nessa idade já temos dificuldade para escutar os sons de alta frequência.
  • 5. Devagar, com o tempo, perderemos até os que captam frequências baixas. Os ossículos que transmitem as ondas sonoras da membrana do tímpano para dentro do ouvido endurecem. Fica difícil ouvir o que os outros dizem.
  • 6. A visão também piora. A vida inteira expostos aos raios de sol, o cristalino, a lente dos olhos, perde a elasticidade e escurece. Pode até mudar a cor dos olhos. O cérebro precisa fazer acrobacias para compensar essas alterações.
  • 7. O esqueleto reflete bem o desgaste de muitos anos. Os ossos continuam fabricando células novas para substituir as velhas, mas os osteoblastos já não dão conta de repor as células perdidas.
  • 8. A perda constante de massa óssea torna os ossos quebradiços. É a osteoporose, um perigo permanente. Sofrer uma fratura é muito mais fácil. Isso acontece com ambos os sexos, mas as alterações hormonais da menopausa aceleram o processo nas mulheres.
  • 9. Por que a aparência de nosso corpo muda tanto entre os 40 e os 70 anos? É bem mais do que uma questão de uso e desgaste. O envelhecimento é um processo que afeta cada uma das nossas células.
  • 10. A cada dia, bilhões de nossas células se dividem em duas. Para isso, precisam duplicar o DNA, e destinar uma cópia para cada célula-filha. Enquanto as células mais velhas morrem, as recém criadas ocupam o lugar deixado por elas.
  • 11. O problema é que o mecanismo de divisão celular é sujeito a pequenos erros. Quando o DNA é copiado, as imperfeições contidas nele também são duplicadas.
  • 12. Cada um desses erros é transmitido às células-filhas, às células-netas e assim sucessivamente, para todas as descendentes. É como nas fotografias - cópias de cópias perdem a nitidez. Desde o nascimento trocamos todos os ossos do nosso rosto a cada dois anos.
  • 13. Aos 70 anos, o nosso rosto é a trigésima quinta cópia do que tínhamos ao nascer. A cada cópia as imperfeições se tornaram mais aparentes. É por isso que parecemos tão diferentes quando estamos mais velhos.
  • 14. Outra causa do envelhecimento está no ar que respiramos. Sem oxigênio não podemos sobreviver, mas ele nos corrói lentamente. Dentro de cada célula, as mitocôndrias são nossas centrais energéticas, nossas fábricas de energia.
  • 15. Elas combinam o oxigênio com os nutrientes para produzir a energia necessária ao funcionamento do organismo. Nesse processo são liberados poluentes chamados de radicais livres, que agridem as próprias paredes das mitocôndrias e comprometem a produção de energia.
  • 16. Como consequência, não conseguimos mais repor as células necessárias, nem corrigir os defeitos ocorridos no nosso DNA. O funcionamento dos órgãos fica comprometido e eles podem falhar.
  • 17. A morte, como a vida, é um processo construído no interior de nossas células. Da mesma forma que o DNA controla nosso desenvolvimento, também limita a duração de nossas vidas.
  • 18. Em cada cópia de si mesma, a célula perde um pequeno fragmento de DNA. Depois de bilhões de divisões, foi perdido tanto DNA que a capacidade de formar novas células fica comprometida.
  • 19. A morte não é um acontecimento instantâneo. É um processo através do qual os órgãos pouco a pouco entram em falência. Ao dar as últimas batidas, o coração espalha pelo corpo um hormônio que alivia a dor - as endorfinas.
  • 20. Sem oxigênio, os órgãos param de funcionar. Em dez segundos a atividade cerebral cai. Em quatro minutos o cérebro será lesado irreversivelmente. Perderemos a condição humana.
  • 21. A audição é o último sentido a nos abandonar. Mas algumas células permanecem vivas até mesmo depois da morte. As da pele ainda se dividem por 24 horas. E são necessárias 37 horas para que o último neurônio encerre a sua atividade.
  • 22. Para alguns de nós, a vida pode durar muito tempo. Quem nasce hoje tem a expectativa de viver 80 anos ou mais. Mas todas as jornadas, um dia, devem terminar.
  • 23. Depois da nossa morte, nossos filhos e netos carregarão nossos genes no interior das suas células e vão transmiti-los para seus descendentes. Nossa vida continuará dentro deles. As memórias que deixamos, também.
  • 24. A nossa Viagem Fantástica chegou ao fim.