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Adelina Silva
Porto, 4 de Julho de 2008
Typaldos, C. (2000), RealCommunities.com
   Relações interpessoais sustentadas;
   Promoção de envolvimento colectivo
    partilhado (comum);
   Fluxos de informação e propagação de
    inovação rápidos;
   Ausência de preâmbulos introdutórios – as
    interacções são uma mera continuação de
    um processo contínuo de comunicação;
   Forte sentimento de pertença;
   Conhecimento do que os outros sabem, o
    que sabem fazer e como contribuem;
   Capacidade de percepcionar a adequação
    de acções e de produtos;
   Utilização de ferramentas específicas,
    representações e outros artefactos;
   Histórias partilhadas, de vocabulário
    específico;
   Certos estilos são reconhecidos como
    característicos dos membros;
   Discurso partilhado que reflecte uma
    determinada perspectiva sobre o mundo.
12 princípios
                                  das
   Envolvimento mútuo      Comunidades:
                               •Objectivo
                              •Identidade
                              •Reputação
                                •Grupos
                            •Comunicação
   Empreendimento comum       •Ambiente
                               •Confiança
                                •Limites
                                •História
                                •Gestão
   Repertório partilhado     •Expressão
                             •Intercâmbio
Premissas sobre a aprendizagem e o conhecimento:
1.   Somos seres sociais - aspecto central da Aprendizagem.
2.   O Conhecimento é uma questão de competência respeitante
     a um empreendimento valorizado.
3.   O Conhecimento constrói-se participando na procura de
     empreendimentos, ou seja, na experiência activa do mundo.
4.   O Significado – a nossa capacidade de experienciar o
     mundo e o nosso empreendimento como significativo – é o
     que a Aprendizagem produz.



      Teoria Social de Aprendizagem ou Teoria de Aprendizagem Situada
1.    Domínio do Conhecimento
2.    Identificação dos principais objectivos
3.    Partilha de saberes
4.    Ambiente de confiança
5.    Reciprocidade em que todos têm voz
6.    Moderação actuante
7.    Participação de “especialistas” no domínio do
      conhecimento da comunidade
8.    Sentimento de Pertença
9.    Conhecimento dos membros da Comunidade – quem são
10.   Existência de regras de comportamento
π
                                                   π
                                     Troca de
                                     Valores




Troca de                                 π                               Troca de


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 Ideias
                                                                      Competências

               π



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 Informação                                                               Artefactos
                                           ππ



                                 Troca de Papeis
                                     Sociais           Pierre Levy, CRC, Université
                                                       d’Ottawa
1.   A aprendizagem colaborativa insere-se no conceito
     de CdP na medida em que assenta nos
     pressupostos de confiança, de possibilidade de
     colaboração, de participação num ambiente de
     comunicação adequado a uma compreensão
     recíproca e num horizonte de longevidade credível.
2.   A aprendizagem colaborativa manifesta-se no
     conceito de CdP desde logo no exercício da
     liderança, na definição ou clarificação de
     objectivos, na identificação de regras e de políticas
     de interacção e de exploração de recursos, assim
     como na concepção dos espaços, no suporte dos
     contactos e na gestão da vida da comunidade.

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  • 1. Adelina Silva Porto, 4 de Julho de 2008
  • 2. Typaldos, C. (2000), RealCommunities.com
  • 3. Relações interpessoais sustentadas;  Promoção de envolvimento colectivo partilhado (comum);  Fluxos de informação e propagação de inovação rápidos;  Ausência de preâmbulos introdutórios – as interacções são uma mera continuação de um processo contínuo de comunicação;  Forte sentimento de pertença;  Conhecimento do que os outros sabem, o que sabem fazer e como contribuem;
  • 4. Capacidade de percepcionar a adequação de acções e de produtos;  Utilização de ferramentas específicas, representações e outros artefactos;  Histórias partilhadas, de vocabulário específico;  Certos estilos são reconhecidos como característicos dos membros;  Discurso partilhado que reflecte uma determinada perspectiva sobre o mundo.
  • 5. 12 princípios das  Envolvimento mútuo Comunidades: •Objectivo •Identidade •Reputação •Grupos •Comunicação  Empreendimento comum •Ambiente •Confiança •Limites •História •Gestão  Repertório partilhado •Expressão •Intercâmbio
  • 6. Premissas sobre a aprendizagem e o conhecimento: 1. Somos seres sociais - aspecto central da Aprendizagem. 2. O Conhecimento é uma questão de competência respeitante a um empreendimento valorizado. 3. O Conhecimento constrói-se participando na procura de empreendimentos, ou seja, na experiência activa do mundo. 4. O Significado – a nossa capacidade de experienciar o mundo e o nosso empreendimento como significativo – é o que a Aprendizagem produz. Teoria Social de Aprendizagem ou Teoria de Aprendizagem Situada
  • 7. 1. Domínio do Conhecimento 2. Identificação dos principais objectivos 3. Partilha de saberes 4. Ambiente de confiança 5. Reciprocidade em que todos têm voz 6. Moderação actuante 7. Participação de “especialistas” no domínio do conhecimento da comunidade 8. Sentimento de Pertença 9. Conhecimento dos membros da Comunidade – quem são 10. Existência de regras de comportamento
  • 8. π π Troca de Valores Troca de π Troca de ππ Ideias Competências π π π ππ ππ π ππ π ππ π π π π π Troca de Troca de Informação Artefactos ππ Troca de Papeis Sociais Pierre Levy, CRC, Université d’Ottawa
  • 9.
  • 10. 1. A aprendizagem colaborativa insere-se no conceito de CdP na medida em que assenta nos pressupostos de confiança, de possibilidade de colaboração, de participação num ambiente de comunicação adequado a uma compreensão recíproca e num horizonte de longevidade credível. 2. A aprendizagem colaborativa manifesta-se no conceito de CdP desde logo no exercício da liderança, na definição ou clarificação de objectivos, na identificação de regras e de políticas de interacção e de exploração de recursos, assim como na concepção dos espaços, no suporte dos contactos e na gestão da vida da comunidade.