O documento discute a comédia de costumes no século XIX no Brasil, especificamente a obra de Martins Pena "O Juiz de Paz da Roça" de 1833, considerada a primeira comédia de costumes brasileira. A peça fazia sátira à aplicação da justiça no interior e criticava a corrupção das autoridades, além de tratar de temas sociais da época. O resumo também menciona a obra "O Judas em sábado de Aleluia", que retratava as aspirações de casamento de duas irmãs
1. A ARTE DE RETRATAR O
COTIDIANO
Professora: Zeneide Cordeiro
2. COMÉDIA DE COSTUMES
A comédia foi um gênero muito apreciado pela
população do brasileira no século XIX tanto na
manifestação popular como no teatro formal.
Conhecida pela expressão da crítica social
através da utilização da troça e da ironia
4. A comédia de costumes era
feita para agradar, sendo este
um dos objetivos da comédia
em geral.
5. Os atores tinham que chamar a
atenção das plateias sobre os
desvios dos grupos sociais. Para
isto, era necessário possibilitar a
identificação com o público através
da semelhança.
8. Na Praça da Alegria com o humorista Manoel de Nóbrega
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18. O Juiz de Paz da Roça (1833), obra de Martins Pena,
é considerada a primeira comédia de costumes do
teatro brasileiro. Possui, além da crítica social e do
diálogo coloquial, características posteriormente
encontradas na chanchada, no teatro de revista e
outros gêneros populares, como a piada de duplo
sentido e a utilização de danças e canções. É tudo
de forma simples, natural, espontânea, ágil.
19. O enredo é simples: trata-se de uma sátira
à aplicação da justiça nas províncias
remotas do Segundo Império, denunciando
a corrupção e o abuso das autoridades.
Sem dúvida foi esse o motivo do
estrondoso sucesso da sua primeira
encenação, em 1848. Faz menção à Guerra
dos Farroupilhas, ao contrabando de
escravos e outras mazelas sociais.
20. O Judas em sábado de Aleluia, de Martins
Pena
JOSÉ PIMENTA, cabo-de-esquadra da Guarda Nacional
CHIQUINHA
MARICOTA e suas filhas
LULU (10 anos)
FAUSTINO, empregado público
AMBRÓSIO, capitão da Guarda Nacional
ANTÔNIO DOMINGOS, velho, negociante
Meninos e moleques
21. A história se desenrola na casa de Pimenta, cabo da guarda-nacional
e pai de Maricota e Chiquinha. Estas duas moças, principalmente,
Maricota sonham com o casamento. Sonho e desejo comum das
jovens solteiras do século XIX. Para isso, resolveu namorar a tantos
quanto pudesse. Isso permitiria a ela maiores oportunidades.
Conforme ela mesma disse à irmã:
22. Ora dize-me, quem compra muitos bilhetes de
loteria não tem mais probabilidade de tirar a
sorte grande do que aquele que só compra um?
Não pode do mesmo modo, nessa loteria do
casamento, quem tem muitas amantes ter mais
probabilidade de tirar um para marido?
23. Já a sua irmã Chiquinha possuía uma atitude mais sôfrega. Não era
dada a requestos tão intensos.
A história avoluma-se ou alcança um ponto inflexivo quando aparece
a figura de Faustino à porta da casa para ter com Maricota. Faustino
lamentoso, questiona o amor de Maricota por ele e afirma a
infelicidade que habita a sua alma inquieta.
24. Maricota diz que o ama. De repente chega o
capitão da Guarda Nacional, que é um dos
pretensos namorados de Maricota. Faustino
assume o disfarce de Judas, que alguns meninos
preparam para o Sábado de Aleluia. Portanto,
este escuta a fala de Maricota com o capitão.