O documento discute o desenho técnico, incluindo sua importância como forma de comunicação, as normas e regras que devem ser seguidas e exemplos de construções geométricas usadas.
2. Desenho Técnico
O desenho é uma forma importante de comunicação.
A representação gráfica trouxe grandes contribuições para a
compreensão da História, e para a transmissão dos
conhecimentos.
As atuais técnicas de representação foram criadas com o
passar do tempo, à medida que o homem foi
desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura.
3. Desenho Técnico
O desenho técnico é um tipo de representação gráfica
utilizado por profissionais de uma mesma área, como, por
exemplo, na mecânica, na marcenaria, na eletricidade.
O desenho técnico, deve transmitir com exatidão todas as
características do objeto que representa.
4. Desenho Técnico
Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras
estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas.
Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem
a normas técnicas, ou seja, são normalizados.
Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico,
de acordo com normas específicas.
6. Desenho Técnico
Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio
de traços, símbolos, números e indicações escritas, de
acordo com normas técnicas.
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
7. Desenho Técnico
NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO
Entidades normalizadoras:
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American
Society of Mechanical Engeering)
ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American
Society for Testing and Materials)
BS – Normas Britânicas (British Standards)
8. Desenho Técnico
NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO
Entidades normalizadoras:
DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für
Normung)
ISO – Organização Internacional para Normalização (International
Organization for Standardization)
JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards)
SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of
Automotive Engeering)
9. Desenho Técnico
NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO
Exemplo de norma Técnica:
Norma ABNT 10068:1987- Tamanhos de folhas padronizados.
Norma ISO 10068: 2012
O primeiro tamanho é o formato A0
com dimensões de 841 X 1189 mm,
equivalente a 1 m2 de área.
Os demais formatos originam-se da
bipartição sucessiva deste, conforme
figura ao lado.
11. Desenho Técnico
Caligrafia técnica:
Os desenhos técnicos possuem escrita padronizada.
A caligrafia técnica ou letra bastão deve ser legível e uniforme.
A norma NBR 8402:1994 apresenta algumas convenções para escrita
em desenho técnico.
Utilizaremos as seguintes convenções para escrita:
14. Desenho Técnico
Linhas de representação
No quadro abaixo são apresentadas as convenções para as linhas
de representação mais utilizadas no desenho técnico (NBR
8403:1984).
15. Desenho Técnico
Figuras geométricas elementares.
Ponto.
O ponto é a figura geométrica mais simples.
Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem
largura, nem altura.
16. Desenho Técnico
No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de
duas linhas.
Para identificá-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto
latino, como mostram os exemplos:
17. Desenho Técnico
Linha:
A linha tem uma única dimensão: o comprimento.
Podemos imaginar a linha como um conjunto infinito
de pontos dispostos sucessivamente.
O deslocamento de um ponto também gera uma linha.
18. Desenho Técnico
Linha:
Linha reta ou reta:
Para se ter a ideia de linha reta, observe um fio bem esticado.
A reta é ilimitada, isto é, não tem início nem fim.
As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto
latino.
Veja a representação da uma reta r:
19. Desenho Técnico
Semi-reta
Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a
reta em duas partes, chamadas semi-retas.
A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não
tem fim.
20. Desenho Técnico
Segmento de reta.
Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um
pedaço limitado de reta, que chamamos de “segmento de reta”.
Os pontos que limitam o segmento de reta são chamados de
extremidades.
21. Desenho Técnico
No exemplo a seguir temos o segmento de reta CD, que
é representado pelas letras CD com um traço em cima.
25. Desenho Técnico
Circunferência
É uma linha curva, plana e fechada. Qualquer ponto da circunferência
possui a mesma distância do centro.
Elementos de uma circunferência:
• Centro – O
• Raio – r
• Diâmetro – d
• Corda – c
• Flecha – f
OBS.: Arco é uma parte da circunferência
limitada por dois pontos.
26. Desenho Técnico
Convenções gráficas
Na resolução dos exemplos, utilizaremos um traço fino contínuo nas linhas
de construção e um traço espesso contínuo nas respostas.
Todos os pontos deverão ser nomeados de acordo com a sequência de
execução.
Construções fundamentais
A seguir são apresentadas as construções fundamentais em desenho
geométrico.
27. Desenho Técnico
1 - Criar reta perpendicular a outra em um ponto P qualquer:
• Marcar ponto P sobre a reta.
• Abrir compasso – centro no ponto P – traçar arcos cruzando a reta
dos 2 lados de P pontos A e B).
• Abrir compasso em abertura maior.
• Traçar arcos (na direção superior) com centros em A e B,
determinando ponto C.
• Traçar reta perpendicular entre P e C.
2 - Traçar mediatriz de um segmento de reta
28. Desenho Técnico
2 – Mediatriz de um segmento de reta AB
a) Com o centro em A (ponta seca do
compasso) e raio maior que a metade
do segmento AB, trace um arco.
b) Com o mesmo raio e centro em B,
trace outro arco e encontre os pontos
C e D.
c) Trace uma reta que passe pelos
pontos C e D com um traço mais
espesso.
CD é a mediatriz de AB, pois divide o
segmento AB em duas partes iguais.
29. Desenho Técnico
3- Perpendicular na extremidade do segmento de reta AB.
a) Com o centro em B e raio qualquer,
trace um arco.
b) De um ponto qualquer (C) do arco
traçado, trace outro arco que passe
pelo extremo B e corte o segmento AB,
determinando o ponto D.
30. Desenho Técnico
3- Perpendicular na extremidade do segmento de reta AB.
c) Una D a C e prolongue até atingir o arco,
determinando o ponto E.
Uma B a E com traço mais espesso e obtenha a
perpendicular desejada.
31. Desenho Técnico
4- Traçado de uma reta paralela a AB, a partir de um dado ponto P.
a) Com o centro em P e um raio qualquer,
trace um arco que corte a reta AB e
determine o ponto C.
b) Com o centro em C e mesmo raio,
trace outro arco que corte a reta AB e
determine o ponto D. Transporte com
o compasso a distância DP para o
arco que parte de C e determine o
ponto E.
33. Desenho Técnico
Traçar a bissetriz de um ângulo AÔB:
Dado um ângulo com o vértice no ponto O.
• Traçar um arco com centro (ponta seca) em O, gerando os pontos C e D.
• Traçar arcos com centro em C e D, que se cruzam no ponto E.
• Traçar bissetriz passando pelos pontos O e E.
34. Desenho Técnico
Divisão de um ângulo reto em três partes iguais
• Com o centro em O e raio qualquer, trace um arco determinando os
pontos C e D.
• Com o centro em C e mesmo raio, trace um arco a partir de O até cruzar
com o primitivo CD, obtendo o ponto E.
• Com o centro em D e mesmo raio anterior, trace um arco a partir de O
e determine o ponto F. Una o ponto O com os pontos F e E, obtendo a
divisão do ângulo reto em 3 partes iguais.
35. Desenho Técnico
Traçado dos ângulos 15°, 30° e 60° em um ângulo reto
• Com o centro em O e raio qualquer, trace um arco determinando os
pontos C e D.
• Com o centro em D e mesmo raio, trace um arco a partir de O até cruzar
com o primitivo CD, obtendo o ponto E. Unindo os pontos O e E por uma
reta, estaremos determinando os ângulos de 30° e 60°.
• Traçando a bissetriz do ângulo AÔE, estaremos determinando os ângulos
de 15°.
36. Desenho Técnico
Construção de um ângulo igual ao ângulo dado (AÔB) –
transporte de um ângulo
• Com o centro em O e raio qualquer, trace um arco no ângulo dado
determinando os pontos C e D.
• Trace uma reta suporte MN. Sobre essa reta marque o ponto O que será
o vértice do ângulo.
A partir de O e mesmo raio anterior, trace um arco determinando o ponto E.
• A partir de E, marque a distância CD do ângulo dado e determine o ponto
F. Una o ponto O ao ponto F, obtendo o ângulo transportado.