1. O documento descreve a anatomia e função dos órgãos linfoides da garganta, incluindo as tonsilas e adenoides. 2. Detalha as principais patologias como rinofaringite, adenoidite e tonsilite, descrevendo os sintomas e tratamentos. 3. Discutem procedimentos cirúrgicos como adenoidectomia e tonsilectomia para remover o tecido quando inflamado.
2. Os órgãos linfoides se distribuem em forma de anel, na parte superior, média e
inferior da faringe.
3. Anel Linfático de Waldeyer
Tonsilas faríngeas
Tonsilas peritubárias
Tonsilas palatinas
Tonsilas linguais
Constitui a primeira
linha de defesa do
organismo, sendo
bastante
desenvolvido na
infância e regredindo
na vida adulta.
4.
5.
6. Tonsilas faríngeas (adenoides)
As adenoides se situam atrás das cavidades nasais e acima do palato mole, na parede póstero-
superior da nasofaringe.
7. Tonsilas palatinas (amígdalas)
As tonsilas palatinas são duas pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoas, localizadas na
parte de trás da boca, nas paredes laterais da orofaringe, entre os pilares tonsilares anterior e posterior.
10. Tonsilas faríngeas (adenoides)
Apresenta epitélio pseudo-estratificado ciliado embora áreas de epitélio estratificado pavimentoso possam
ocorrer. Não tem criptas, mas pregas rasas ou fendas, que são resultado de invaginações do epitélio
superficial.
1
2 2
1. Epitélio estratificado
pavimentoso
2. Epitélio pseudo-
estratificado ciliado
11. Tonsilas palatinas (amígdalas)
Apresenta epitélio estratificado escamoso que invagina-se, resultando de 10 a 30 criptas.
1. Epitélio estratificado escamoso
2. Folículo linfático
3. Cripta
12. Tonsilas linguais
Apresenta epitélio estratificado escamoso que forma uma cripta em cada tonsila.
1
1
2
2
3
3
1. Epitélio estratificado escamoso
2. Folículo linfático
3. Cripta
13. O epitélio críptico recebeu o nome de reticulado por apresentar aspecto de rede, onde foi denominado por
alguns autores de simbiose linfoepitelial por perceberem a intensa infiltração do epitélio por linfócitos.
Epitélio críptico
Corte de uma língua
14. Epitélio reticular da cripta
M
M
M
M
M
M
Entrada de bactérias
Fagocitose de bactérias
Células MM Bactérias Macrófagos
15. As células linfoides das tonsilas e adenoides têm sido divididas em quatro grandes compartimentos:
epitélio reticular, área extrafolicular, zona do manto e centro germinativo.
Divisão das células linfoides
Epitélio reticular
Área extrafolicular
16. Nódulo ou folículo linfoide Centros germinativos imaturos
Centros germinativos
imaturos
Centros germinativos maduros
Centros germinativos
maduros
A maior parte dos linfócitos T se
encontra no espaço exrafolicular,
porém algumas células T são
encontradas entre as células B
dos folículos linfoides
17.
18. Imunoglobulinas
Existem 5 classes de imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM, IgE e IgD), sendo consideradas órgãos
potencialmente ativos nas reações imunes.
IgA
IgG
IgM
IgE
IgD
Epitélio reticular
19. Imunoglobulinas
As tonsilas produzem imunoglobulinas A secretora (IgAS) que tem atividade anti-infecciosa sendo a
primeira linha de defesa.
IgA
IgA
Cadeia J
Após atravessar o epitélio, têm o
acoplamento da peça A secretora
IgAS
20. Produção de imunoglobulinas para a imunidade
adquirida
O antígeno Ag é
captado por células
apresentadoras de
antígeno
O antígeno é
apresentado aos
linfócitos T
(auxiliares)
O linfócito T
interage com o
linfócito B na área
extrafolicular
No centro germinativo, as células foliculares
dentríticas presentes captam o antígeno e o
apresentam as células B que, por sua vez, o
apresentam às células T
As células M
transportam o
antígeno Ag de fora
para dentro
21. O antígeno Ag é
captado por
células
apresentadoras
de antígeno
O antígeno é
apresentado aos
linfócitos T
(auxiliares)
O linfócito T
interage com o
linfócito B na
área
extrafolicular
No centro germinativo, as células
foliculares dentríticas presentes
captam o antígeno e o apresentam as
células B que, por sua vez, o
apresentam às células T
As células M
transportam o
antígeno Ag de
fora para dentro
Produção de imunoglobulinas para a imunidade
adquirida
Cripta
M Células M Antígeno Ag Célula apresentadora de antígeno
22. O antígeno Ag é
captado por
células
apresentadoras
de antígeno
O antígeno é
apresentado aos
linfócitos T
(auxiliares)
O linfócito T
interage com o
linfócito B na
área
extrafolicular
No centro germinativo, as células
foliculares dentríticas presentes
captam o antígeno e o apresentam as
células B que, por sua vez, o
apresentam às células T
As células M
transportam o
antígeno Ag de
fora para dentro
Produção de imunoglobulinas para a imunidade
adquirida
Linfócitos T (auxiliares) Linfócitos B
Produção de
imunoglobulina
IgA, IgM e IgG,
também produzem
os monômeros de
IgA e a cadeia J
23. Adenoides
Essas imunoglobulinas realizam a imunoexclusão dos organismos estranhos, tanto inibindo a captação de
antígenos solúveis, como bloqueando a colonização epitelial dos microorganismos.
IgAS
IgM
Peça secretora
PS
PS
PS
24. Tonsilas
Quando tem o escoamento das imunoglobulinas para a luz da faringe em grande quantidade significa que
há infecção no local.
Células B
Produção de anticorpos local Glândula salivar maior (parótida)
25. Função das tonsilas e adenoides
Atuam como tecido imunocompetente
local, secretando imunoglobulinas nas
criptas e impedindo a replicação
bacteriana e viral no trato respiratório
superior, sendo a primeira linha de
defesa contra doenças infecciosas
São importante fonte de cadeia J das
células B produtoras de IgA, que
migram para as glândulas salivares,
como a parótida, a glândula mamária, a
glândula lacrimal e também para a
mucosa da orelha durante a otite média
26.
27. O que acontece com as tonsilas e adenoides
infectadas?
O epitélio reticulado da cripta é substituído por
epitélio estratificado escamoso (metaplasia
escamosa), por perda de células M e por mau
funcionamento das células M que apresentam
microtúbulos alterados, diminuindo a função de
captar antígenos
As tonsilas perdem a capacidade de
produzir cadeia J e de IgA tanto no
folículo como nas regiões
interfoliculares e, portanto, não
produzem a IgA para o trato inferior
O compartimento linfoide nodular (zona
B) é substituído por tecido linfoide
não-nodular (zona T), diminuindo a
produção de linfócitos B, como
resultado, diminuindo a produção de
imunoglobulinas
28. Patologias
Duas respostas anormais são responsáveis pela grande maioria das doenças encontradas nessa área:
inflamações agudas/recorrentes, inflamações crônicas e hiperplasia obstrutiva.
29. Rinofaringite
A rinofaringite é uma doença aguda, muito comum nas crianças, mas podem igualmente afetar os adultos.
Trata-se da inflamação das mucosas da faringe superior, chamada rinofaringe ou nasofaringe.
30. Manifestações
Os sinais e sintomas da rinofaringite são
os seguintes:
Obstrução nasal;
Escoamento nasal;
Tosse;
Dor de garganta;
Espirros;
Febre está às vezes presente.
Rinofaringite
Diagnóstico
O diagnóstico da rinofaringite é facilmente
estabelecido por um exame clínico para eliminar outra
origem infecciosa como angina ou sinusite por exemplo
ou procurar os sinais de complicações da rinofaringite.
Tratamento
A rinofaringite se trata pela utilização de paracetamol
que tem uma ação sobre os sintomas dolorosos e a
febre. A lavagem das fossas nasais com um soro
fisiológico é indispensável, até 6 ou até 10 vezes por
dia.
31. Adenoidite
Quando as adenoides estão inflamadas há uma adenoidite. Essas inflamações geralmente são causadas
por infecções bacterianas ou virais.
32. Adenoidite
Manifestações
Os sinais e sintomas da adenoidite são
os seguintes:
Obstrução nasal;
Ronco;
Voz anasalada;
Dor de ouvido;
Acúmulo de secreções no interior
do nariz;
Pequenos períodos de parada respiratória
durante o sono (apneia do sono).
Adenoidite
33. Adenoidite
Diagnóstico
Exames como a endoscopia nasal e raios-X podem
ajudar a esclarecer o diagnóstico à medida que
permitem avaliar a gravidade da obstrução que a
hipertrofia das adenoides impõe à passagem de ar pelo
rinofaringe.
Tratamento
A adenoidite se trata pela utilização de antibiótico.
Embora a tendência seja o volume das adenoides diminuir
com o crescimento, a cirurgia é indicada nos casos de otite
de repetição, perda auditiva, apneia do sono e quando a
obstrução nasal é tão grave que a criança só consegue
respirar pela boca.
35. Adenoidectomia
Objetivos
Remover o máximo possível de
tecido linfoide sem danificar os
toros tubários laterais e os
orifícios da tuba auditiva (TA);
Remover totalmente o tecido
adenoideano na coana posterior;
Evitar lesão aos tecidos moles da
região tais como palato mole e a
musculatura subjacente.
36. Tonsilite (amigdalite)
Quando as tonsilas estão inflamadas há uma tonsilite. Popularmente chamada de “dor de garganta”, é
uma inflamação geralmente aguda, mas que pode também ser crônica, causada por bactérias ou vírus.
37. Tonsilite (amigdalite)
Manifestações
Os sinais e sintomas da tonsilite são
os seguintes:
Aumento do tamanho das amígdalas;
Dor de garganta;
Dores pelo corpo;
Dores ao deglutir que se irradiam para o ouvido;
Febre;
Ronco;
Halitose;
Pequenos períodos de parada respiratória
durante o sono (apneia do sono).
38. Tonsilite (amigdalite)
Diagnóstico
A tonsilite (amigdalite) pode ser
diagnosticada
pela inspeção direta da garganta,
que mostrará
as amígdalas inchadas, muito
vermelhas e com manchas
brancas. Externamente, os
nódulos linfáticos na mandíbula e
no pescoço podem estar
aumentados de tamanho e mais
sensíveis à palpação.
Tratamento
O tratamento depende do tamanho
que tenham adquirido e da
intensidade dos sintomas que causem.
Em alguns casos,
a inflamação das amígdalas pode ser
tratada com medicamentos anti-
inflamatórios e nos casos
de infecções bacterianas, com
antibióticos. A terapia
medicamentosa costuma ser
suficiente para o alívio
dos sintomas e da hipertrofia.
39. Aumento das tonsilas (amígdalas)
Classe 1: Tonsilas, úvula e palato
mole totalmente visíveis;
Classe 2: Visibilidade do palato
duro, do palato mole, da parte
superior das tonsilas e úvula;
Classe 3: Palato duro, palato mole e
base da úvula visíveis;
Classe 4: Apenas o palato duro é
visível.
40. Tonsilectomia
Objetivos
Remover totalmente o tecido tonsilar;
Criar um plano adequado de dissecção
na cirurgia, prestar bastante atenção
à homeostasia e evitar o uso de
manobras/instrumentos que aumentem
o trauma tecidual e o edema;
Evitar lesão aos tecidos moles da
região e a musculatura subjacente.
41.
42. Hiperplasia obstrutiva
A obstrução das vias aéreas é causada por uma interação complexa entre tecidos moles, estruturas ósseas
e linfoides.
O problema mais comum é o distúrbio
respiratório durante o sono, variando
desde ronco e sono agitado até a síndrome
da apneia obstrutiva do sono.
Adenoidites
Tonsilites
43. Síndrome da apneia obstrutiva do sono
Ocorre quando os músculos da garganta relaxam durante o sono e as vias respiratórias se fecham, o que
interfere e impede a respiração adequada e faz com que a pessoa pare de respirar, por alguns segundos,
diversas vezes durante a noite.