Diagramas de fases mostram as regiões de estabilidade das fases em um sistema, através de gráficos de temperatura, pressão e composição química. Eles são usados para investigar reações químicas, entender a microestrutura de materiais e prever suas propriedades. Os diagramas indicam quais fases estão presentes em determinadas composições e temperaturas e como elas se transformam com mudanças nessas variáveis.
1. Diagrama de fases
São diagramas que mostram
regiões de estabilidade das
fases, através de gráficos
que representam as
relações entre temperatura,
pressão e composição
química.
2. Para que serve:
Investigar reações Químicas;
Entender a microestrutura dos
materiais;
Prever as suas propriedades;
Etc.
3. Sistema
Série de possíveis ligas com mesmos
componentes, mas composições e
microestruturas distintas
Ex: Sistema Cobre-Oxigênio
A variação da composição de
oxigênio leva a diferentes estruturas
microscópicas, bem como a formação
de diferentes fases
4. Solução sólida
Fase homogênea que contem 2 ou
mais componentes (solutos)
dissolvidos em um solvente.
Ex: Latão
Liga com até 30% de Zinco em Cobre
5. Fase
Uma porção de um sistema
que possui propriedades
e composição
homogêneas e que é
fisicamente distinta das
outras partes do sistema.
Cr+ 3% Nb – Região de contorno de grão
6. Equilíbrio termodinâmico
Um sistema está em equilíbrio se
a sua energia livre (G) se
encontra em um valor mínimo
para alguma combinação
específica de temperatura,
pressão e composição
8. Energia Livre de Gibbs
A Energia Livre de Gibbs é uma
medida de estabilidade de um
sistema de fases.
Quando a variação dessa energia
é nula, diz-se que o sistema
está em equilíbrio ou está
estável.
9. Energia Livre de Gibbs ( G )
∆G = ∆H – T∆S
Onde:
H = entalpia do sistema;
T = temperatura;
S = entropia do sistema.
10. Entalpia (H)
Entalpia é o conteúdo de calor de um
sistema, à pressão constante de fórmula:
H = E + PV
Onde:
E =energia interna do sistema;
P =pressão;
V =volume.
11. Entropia (S)
É a medida de desordem de um
sistema. Quanto maior a
desorganização do sistema,
maior a entropia.
T
dQ
dS =
Onde:
Q=Quantidade de calor;
T= temperatura.
16. Limite de solubilidade
A uma dada temperatura
existe uma concentração
máxima de soluto que pode
se dissolver no solvente.
Esse limite chama-se limite
de solubilidade
20. Microestrutura
A microestrutura pode ser
observada por microscópio
ótico ou eletrônico. Podem ser
identificadas as fases e a
quantidade delas no material.
Cada fase possui propriedades
diferentes.
Nimonic (Ni+Co) – 400X
Al+4% Cu
Ti 6Al-4V – 400X
Cu+Sn – Estrutura DentríticaAço Comum Baixo Carbono Cu+Zn - Latão
Superliga de Niquel
21. Microestrutura de um aço
O Aço possui diversas microestruturas
devido ao seu diagrama de fases e aos
diferentes metodos de processamento
22. Perlita (∝ + Fe3C)
+
Fase próeutetóide
(Ferrita ou cementita)
Bainita
(∝ + Fe3C)
Martensita
(fase tetragonal)
Martensita Revenida
(∝ + Fe3C)
Austenita
Resfriamento
lento
Resfriamento
moderado
Resfriamento
rápido (têmpera)
Reaqueciment
o
23. Identificação das Fases
Existem fronteiras onde há uma
mudança abrupta de
propriedades. Esses conjuntos
de propriedades pertencem as
fases presentes
Micrografia de Compósito de Matriz metálica
(Alumínio) com partículas cerâmicas
30. ( )
( )
( )L
L
CC
CC
SR
S
W
−
−
=
+
=
α
α 0
( )
( )
( )L
L
CC
CC
SR
R
W
−
−
=
+
=
α
α
0
Fração em peso de Líquido (WL)
Fração em peso de sólido (Wα)
33. Reação Eutética
Líquido → Sólido α + Sólido β
Microestrutura Eutética da
Liga Nb (81.8%) – Si
(18.2%): Nióbio é a fase
clara, dispersa na matriz de
Nb3Si
34. Reação Eutetóide
Exemplos de microestrutura Euteróide em Aços
Crescimento de microestrutura Eutetóide em aço:
http://www-g.eng.cam.ac.uk/mmg/teaching/typd/addenda/eutectoidmicrostructure1.html
Sólido Sólido γ + Sólido ε→
37. No Equilíbrio
•Reações ocorrem
com composições
do líquido e do
sólido
homogêneas
•Há tempo o
suficiente para a
difusão em ambas
as fases
38. Fora do equilíbrio
•O primeiro
metal formado é
mais rico em
soluto;
•Não há tempo
para que a
difusão leve a
composição
química das fases
à posição de
equilíbrio;
•A variação da
concentração de
soluto real
desloca a linha
Sólidus.
40. Segundo a regra da alavanca, haverão proporções específicas
de fase α e β na composição acima, mas a morfologia
depende do histórico de resfriamento
42. •Concetração de
Soluto acima da
linha solvus, mas
abaixo da
concentração
mínima para
Eutético (CEα)
•Nucleação de
fase β no interiror
de grão já
formados de α
43. )%8,97()%3,18()%9,61( SnSnSnL ppp βα +⇔
•Concentração
de Soluto igual a
Composição
Eutética da Liga
•Formação de
microestrutura
eutética a partir
do líquido
44. •Concentração de Soluto entre a Composição Eutética (CE) e CEα;
•Formação de grãos de α a partir do líquido, mas havendo líquido
remanescente ao chegar a Temperatura Eutética;
•Formação de microestrutura eutética a partir do líquido, entre os
grãos de α Pré-Eutetóides;
•Com composição entre CE e CEβ, a microestrutura é análoga.
46. Compostos Intermediários
Diagrama Ouro-Estanho
Diagrama Estanho-cobre
•Algumas ligas possuem compostos Inter-
Metálicos: Composições específicas aonde os
dois metais formam uma fase de estequiometria
e cristalografia definida (substituição de átomos
na rede em posições específicas). Ex: Cu3Sn,
AuSn, FeAl2, Fe2Al5, etc...
Diagrama
Ferro-Alumínio
59. Lei das Fases de Gibbs
P + F = C + N
Onde:
P= número de fases
F= números de graus de liberdade
C= componentes do sistema
N= quantidade de variáveis não relacionadas
com a composição (temperatura, pressão...)
60. Pressão constante (1 atm)
N = 1 (temperatura é a
única variável)
C= 2 ( Cu e Ag)
Faz-se necessário especificar a
temperatura e a composição para
determinar o número de fases.
Por exemplo:
Para a temperatura T1 e
composições entre Cα e CL ,
existem 2 fases ( α e líquida)
P= 2
P + F = C + N
2 + F = 2 + 1
F= 1 ( grau de