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Diagrama de fases
São diagramas que mostram
regiões de estabilidade das
fases, através de gráficos
que representam as
relações entre temperatura,
pressão e composição
química.
Para que serve:
 Investigar reações Químicas;
 Entender a microestrutura dos
materiais;
 Prever as suas propriedades;
 Etc.
Sistema
Série de possíveis ligas com mesmos
componentes, mas composições e
microestruturas distintas
Ex: Sistema Cobre-Oxigênio
A variação da composição de
oxigênio leva a diferentes estruturas
microscópicas, bem como a formação
de diferentes fases
Solução sólida
Fase homogênea que contem 2 ou
mais componentes (solutos)
dissolvidos em um solvente.
Ex: Latão
Liga com até 30% de Zinco em Cobre
Fase
Uma porção de um sistema
que possui propriedades
e composição
homogêneas e que é
fisicamente distinta das
outras partes do sistema.
Cr+ 3% Nb – Região de contorno de grão
Equilíbrio termodinâmico
Um sistema está em equilíbrio se
a sua energia livre (G) se
encontra em um valor mínimo
para alguma combinação
específica de temperatura,
pressão e composição
Energia Livre de Gibbs
Energia Livre de Gibbs
A Energia Livre de Gibbs é uma
medida de estabilidade de um
sistema de fases.
Quando a variação dessa energia
é nula, diz-se que o sistema
está em equilíbrio ou está
estável.
Energia Livre de Gibbs ( G )
∆G = ∆H – T∆S
Onde:
H = entalpia do sistema;
T = temperatura;
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Entalpia (H)
Entalpia é o conteúdo de calor de um
sistema, à pressão constante de fórmula:
H = E + PV
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E =energia interna do sistema;
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Entropia (S)
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ótico ou eletrônico. Podem ser
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soluto menor que
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•Algumas ligas possuem compostos Inter-
Metálicos: Composições específicas aonde os
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do resfriamento rápido de
uma liga composta de
fase γ (austenita) com
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(≈0,76% C)
Aço eutetóide com
microestrutura
perlítica
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composta de perlita e
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Liga Hipoeutetóide
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Aço ( 1,4% C) com
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de cementita proeutetóide
(branca) que envolve as
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Diagrama de fases dos
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Onde:
P= número de fases
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Faz-se necessário especificar a
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Para a temperatura T1 e
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Diagrama de fases

  • 1. Diagrama de fases São diagramas que mostram regiões de estabilidade das fases, através de gráficos que representam as relações entre temperatura, pressão e composição química.
  • 2. Para que serve:  Investigar reações Químicas;  Entender a microestrutura dos materiais;  Prever as suas propriedades;  Etc.
  • 3. Sistema Série de possíveis ligas com mesmos componentes, mas composições e microestruturas distintas Ex: Sistema Cobre-Oxigênio A variação da composição de oxigênio leva a diferentes estruturas microscópicas, bem como a formação de diferentes fases
  • 4. Solução sólida Fase homogênea que contem 2 ou mais componentes (solutos) dissolvidos em um solvente. Ex: Latão Liga com até 30% de Zinco em Cobre
  • 5. Fase Uma porção de um sistema que possui propriedades e composição homogêneas e que é fisicamente distinta das outras partes do sistema. Cr+ 3% Nb – Região de contorno de grão
  • 6. Equilíbrio termodinâmico Um sistema está em equilíbrio se a sua energia livre (G) se encontra em um valor mínimo para alguma combinação específica de temperatura, pressão e composição
  • 8. Energia Livre de Gibbs A Energia Livre de Gibbs é uma medida de estabilidade de um sistema de fases. Quando a variação dessa energia é nula, diz-se que o sistema está em equilíbrio ou está estável.
  • 9. Energia Livre de Gibbs ( G ) ∆G = ∆H – T∆S Onde: H = entalpia do sistema; T = temperatura; S = entropia do sistema.
  • 10. Entalpia (H) Entalpia é o conteúdo de calor de um sistema, à pressão constante de fórmula: H = E + PV Onde: E =energia interna do sistema; P =pressão; V =volume.
  • 11. Entropia (S) É a medida de desordem de um sistema. Quanto maior a desorganização do sistema, maior a entropia. T dQ dS = Onde: Q=Quantidade de calor; T= temperatura.
  • 12. Fonte: Porter e Easterling
  • 13. Fonte: Porter and Easterling
  • 14. Fonte: Porter and Easterling
  • 15. Fonte: Porter e Easterling
  • 16. Limite de solubilidade A uma dada temperatura existe uma concentração máxima de soluto que pode se dissolver no solvente. Esse limite chama-se limite de solubilidade
  • 20. Microestrutura A microestrutura pode ser observada por microscópio ótico ou eletrônico. Podem ser identificadas as fases e a quantidade delas no material. Cada fase possui propriedades diferentes. Nimonic (Ni+Co) – 400X Al+4% Cu Ti 6Al-4V – 400X Cu+Sn – Estrutura DentríticaAço Comum Baixo Carbono Cu+Zn - Latão Superliga de Niquel
  • 21. Microestrutura de um aço O Aço possui diversas microestruturas devido ao seu diagrama de fases e aos diferentes metodos de processamento
  • 22. Perlita (∝ + Fe3C) + Fase próeutetóide (Ferrita ou cementita) Bainita (∝ + Fe3C) Martensita (fase tetragonal) Martensita Revenida (∝ + Fe3C) Austenita Resfriamento lento Resfriamento moderado Resfriamento rápido (têmpera) Reaqueciment o
  • 23. Identificação das Fases Existem fronteiras onde há uma mudança abrupta de propriedades. Esses conjuntos de propriedades pertencem as fases presentes Micrografia de Compósito de Matriz metálica (Alumínio) com partículas cerâmicas
  • 24. Tipos de diagramas  Binários  Ternários  Quaternários
  • 27. Interpretação do diagrama  Quais fases estão presentes?  Qual é a composição das fases?  Qual é a fração relativa das fases?
  • 28. Regra da alavanca A regra da alavanca é um método de determinação da quantidade de cada fase presente no material
  • 30. ( ) ( ) ( )L L CC CC SR S W − − = + = α α 0 ( ) ( ) ( )L L CC CC SR R W − − = + = α α 0 Fração em peso de Líquido (WL) Fração em peso de sólido (Wα)
  • 31. Reações de Fases  Reação Eutética  Reação Eutetóide  Reacão Peritética
  • 32. )()()( EEE CCCL βα βα +⇔ Resfriamento aquecimento Composição (wt% Ag) Temperatura(°C) Composição (at% Ag) βα + L+α L+β β α Reação Eutética (TE) Temperatura Eutética
  • 33. Reação Eutética Líquido → Sólido α + Sólido β Microestrutura Eutética da Liga Nb (81.8%) – Si (18.2%): Nióbio é a fase clara, dispersa na matriz de Nb3Si
  • 34. Reação Eutetóide Exemplos de microestrutura Euteróide em Aços Crescimento de microestrutura Eutetóide em aço: http://www-g.eng.cam.ac.uk/mmg/teaching/typd/addenda/eutectoidmicrostructure1.html Sólido Sólido γ + Sólido ε→
  • 35. Reação Peritética Líquido + sólido A → sólido B
  • 37. No Equilíbrio •Reações ocorrem com composições do líquido e do sólido homogêneas •Há tempo o suficiente para a difusão em ambas as fases
  • 38. Fora do equilíbrio •O primeiro metal formado é mais rico em soluto; •Não há tempo para que a difusão leve a composição química das fases à posição de equilíbrio; •A variação da concentração de soluto real desloca a linha Sólidus.
  • 39. Microestruturas Resultantes Diagrama de fases Chumbo - Estanho
  • 40. Segundo a regra da alavanca, haverão proporções específicas de fase α e β na composição acima, mas a morfologia depende do histórico de resfriamento
  • 41. •Concentração de soluto menor que a da linha Solvus. •Formação de grão de α diretamente a partir do líquido.
  • 42. •Concetração de Soluto acima da linha solvus, mas abaixo da concentração mínima para Eutético (CEα) •Nucleação de fase β no interiror de grão já formados de α
  • 43. )%8,97()%3,18()%9,61( SnSnSnL ppp βα +⇔ •Concentração de Soluto igual a Composição Eutética da Liga •Formação de microestrutura eutética a partir do líquido
  • 44. •Concentração de Soluto entre a Composição Eutética (CE) e CEα; •Formação de grãos de α a partir do líquido, mas havendo líquido remanescente ao chegar a Temperatura Eutética; •Formação de microestrutura eutética a partir do líquido, entre os grãos de α Pré-Eutetóides; •Com composição entre CE e CEβ, a microestrutura é análoga.
  • 45. Diagramas com muitas transformações Diagrama Cobre - Zinco
  • 46. Compostos Intermediários Diagrama Ouro-Estanho Diagrama Estanho-cobre •Algumas ligas possuem compostos Inter- Metálicos: Composições específicas aonde os dois metais formam uma fase de estequiometria e cristalografia definida (substituição de átomos na rede em posições específicas). Ex: Cu3Sn, AuSn, FeAl2, Fe2Al5, etc... Diagrama Ferro-Alumínio
  • 47. Diagrama de Fases Parte III Transformações congruentes
  • 48. Reações Congruentes: Ocorrem quando um líquido da origem a um líquido de propriedades diferentes e mais uma fase sólida
  • 49.
  • 52. Perlita (α + Fe3C) Microestrutura resultante do resfriamento rápido de uma liga composta de fase γ (austenita) com composição eutetóide (≈0,76% C)
  • 54. Aço (0,38% C) com microestrutura composta de perlita e ferrita proeutetóide Liga Hipoeutetóide
  • 55. Liga Hipereutetóide Aço ( 1,4% C) com microsestrutura constituida de cementita proeutetóide (branca) que envolve as colônias de perlita
  • 56. Influência de outros elementos de liga
  • 57. Diagrama de fases dos materiais cerâmicos
  • 58.
  • 59. Lei das Fases de Gibbs P + F = C + N Onde: P= número de fases F= números de graus de liberdade C= componentes do sistema N= quantidade de variáveis não relacionadas com a composição (temperatura, pressão...)
  • 60. Pressão constante (1 atm) N = 1 (temperatura é a única variável) C= 2 ( Cu e Ag) Faz-se necessário especificar a temperatura e a composição para determinar o número de fases. Por exemplo: Para a temperatura T1 e composições entre Cα e CL , existem 2 fases ( α e líquida) P= 2 P + F = C + N 2 + F = 2 + 1 F= 1 ( grau de