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PARÁGRAFO TERESIANO





Avi s o s
12 Festa do Baptismo do Senhor.
13 S. Hilário (300 - 368).
15 17:45 | Encontro do Grupo de Oração.

ChAMA
DO CARMO
DE VIANA DO CASTELO

FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR
NS 211
JANEIRO 11 2014

Exposição As Moradas de Santa Teresa.

Quando se tiraram do público muitos livros
em língua vulgar, para que se não lessem,
senti-o muito, porque me recreava lendo
alguns e já não o podia fazer por só os
permitirem em latim. Disse-me o Senhor:
Não tenhas pena, que Eu te darei livro vivo.
Não podia entender a razão por que se me
havia dito isto, porque ainda não tinha visões.
Dali a bem poucos dias o compreendi muito
bem porque, tenho tido tanto em que pensar
e com que me recolher no que via presente,
e o Senhor tem tido comigo tanto amor em
me ensinar de muitas maneiras, que muito
pouca, ou quase nenhuma necessidade tenho
tido de livros. Sua Majestade tem sido o
verdadeiro livro onde tenho visto as verdades.
Bendito seja tal livro, que deixa impresso o
que se há-de ler e fazer, de maneira que se
não possa esquecer! Quem vê o Senhor
coberto de chagas e aflito com perseguições,
que não as abrace e ame e deseje? Quem vê
alguma coisa da glória que Ele dá aos que O
servem, que não reconheça que é nada tudo
quanto se possa fazer e padecer, pois tal
prémio esperamos? Quem vê os tormentos
que padecem os condenados no inferno que,
em sua comparação, não pareçam deleites os
tormentos de cá da terra, e não reconheça o
muito que deve ao Senhor por o ter libertado
tantas vezes daquele lugar?
SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA (26:5)

(Nos claustros do convento.)
16 Comemoração de Santa Teresa de Jesus.
Dia de oração pelas Missões.
17 Santo Antão (251 - 356).
18 10:00 - 17:30 | Encontro de Espiritualidade:
«Santa Teresa de Jesus, a alegria de descobrir-se a si mesmo!».
Orientador: P. Alpoim A. Portugal.
18 Início do Oitavário de oração pela unidade
19 Festividade do Menino Jesus de Praga.

chamadocarmo.blogspot.com
Telefone 258 822 264
viana@carmelitas.pt

A EXPOSIÇÃO «AS MORADAS»
Durante os próximos dias pode visitar nos
Claustros do Convento uma exposição
dedicada ao livro As Moradas, de S. Teresa.
Venha visitá-la. Nem precisa de pedir licença.
Oração

LITURGIA DAS HORAS
• Semana I do Saltério.

A Palavra
DOMINGO II DO TEMPO COMUM
• Isaías 49:3.5-6.
• Salmo 39.
• I Coríntios 1:1-3.
• João 1:29-34.

( 19 DE JANEIRO)

Que fizeste, ó cristão,
do teu baptismo?
Baptismo. O Natal fecha hoje portas até que o próximo Advento venha de novo abri-las. Este Domingo é fim das
celebrações do Natal e o primeiro do Tempo Comum. É neste Domingo que celebramos a Festa do Baptismo do
Senhor. E obviamente fazemos memória do nosso. Só pode ser assim. E é assim desde os primeiros cristãos, cuja
sensibilidade os fazia perseverantes ao ensino dos apóstolos, à comunhão fraterna e ao partir do pão. (É o que diz o
Livro dos Actos dos Apóstolos no capítulo segundo.) Desde o início que conhecemos a porta de entrada na Ecclesia,
desde o início que sabemos que tornar-se membro da Igreja nos incorpora em Cristo. Pelo baptismo somos um só
como um só são os pés e as mãos, a cabeça e o coração. Pelo baptismo eu, nós, sou, somos um só. Um só com os
que são cristãos. Um só com os que foram cristãos antes de nós. Um só com os que o serão um dia depois de nós.
Um só corpo em Cristo. Não importa o que éramos antes, se ricos se pobres, se nobres se plebeus. Pelo baptismo
somos baptizados no mesmo Espírito para sermos um só. Somos um, enfim!

Que fizeste, ó cristão, do teu baptismo?
Porque somos um só em Cristo podemos dizer
que não nos pertencemos. Um cristão não é de si,
não tem existência só. Nunca vive para si só, e só
nunca está. Nunca está, ainda que queira. Um
cristão só é tão absurdo como o é a subsistência
de um dedo separado do corpo. Nunca jamais um
dedo pode dizer: – Soltem-me, soltem-me, por
favor! Vou-me embora, vou partir. Quero correr o
mundo inteiro, quero ir. Quero ver e conhecer a
vida do marinheiro sem dormir!
Não, um dedo não o pode dizer e, isso que temos
vinte! Nem a boca nem algum outro membro ou
órgão pode soltar tal grito de ipiranga! No corpo
como na Igreja somos um e todos precisamos de
todos. Temos todos a função que nos cumpre e se
um se recusa ou sofre por cumpri-la sofre,
obviamente, todo o corpo. Doa o que doer dói a
todos, porque somos todos um só, mesmo que não
tenhamos consciência da amplitude do corpo que
somos.
Na missa de certa paróquia, um católico
abastado saudou um mendigo: – A paz contigo,
irmão! E abraçou-o. Ao meio dia o pobre tocou à
campainha do rico e anunciou-se: – Está aqui o
teu irmão, há já um dia que não como.
Tinha razão, mas de dentro fez-se silêncio e não
lhe abriram a porta.

O baptismo faz-nos irmãos, mas é um insulto se o
somos só entre as paredes do templo que nos
acolhe para comermos o Corpo de Cristo! Por
alguma razão dizem os italianos que Entre o
dizer e o fazer passa o mar pelo meio!
Não consta que haja um mar entre os dedos dos
nossos pés! Ora todos eles são dedos e nenhum
igual e todos o mesmo corpo! Não é, porém, nada
fácil viver a fratria proposta por Cristo, o que me
leva a perguntar: – Será que os pais sabem o que
impõem aos filhos quando pedem à Igreja o
baptismo para eles?
Quando a maioria de nós entra no templo para
assistir à missa não sabe o cabo dos trabalhos que
foi prepará-la: *o coro ensaiou, a senhora da
limpeza aspirou o chão e cuidou as madeiras dos
bancos, as zeladoras revestiram os altares e
floriram-nos, os leitores prepararam-se, os
acólitos revestiram-se, o sacerdote preparou a
homilia e as orações, de quando em vez fazem-se
pequenas reparações, o sacristão preparou o
cálice e a patena, contou as hóstias e pôs a
partícula, o sanguíneo e o corporal, o lavabo e o
manustérgio, as galhetas com o vinho e a água,
espreitou as velas, conferiu os cestos das esmolas
e não se esqueceu dos Leccionários nem do Missal
nem da chave do sacrário.

E no meio de tanta tarefa fica sempre a dúvida se
estará tudo no seu devido lugar...
Em dias de festa as cerimónias são mais
demoradas de preparar. Enfim, quem quer festa
sua-lhe a testa, e é óbvio que uma igreja e uma
missa dão trabalho como o dão tantas ocupações
e profissões por esse mundo fora. Claro que sim. E
é claro que apesar de termos ido à missa toda a
vida nem nos apercebemos destes pequenos
trabalhos, que, por vezes, são fonte de grandes
dores de cabeça. Ora o certo é que se tudo o que
atrás foi elencado fôr cumprido ainda assim não
pode haver missa!
(Faça-me um favor: páre aqui a leitura. Volte ao
asterisco (*) que está um pouco a mais de meio da
coluna do meio. Vá, vá lá, e leia ali o elenco das
tarefas. Veja se sabe a que falta, aquela, a
essencial, sem a qual não podemos reunir-nos
para a celebração da missa!) .......................................
............................................................................................
...........................................................................................
.................................................................. . Descobriu?
Se não descobriu, eu digo-lhe: faz sempre falta
que o sacristão abra a porta da igreja para que
entremos todos e nos reunamos em Nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo!
É preciso abrir-se a porta. E o baptismo é a porta
que se abre para que entremos e façamos corpo
com os demais que por ela entraram.
O baptismo é a porta por onde todos entrámos!
E agora que cá estamos, deixe que lhe pergunte: O
que fez (faz) do seu baptismo?
Certo rabino ensinava: Se queres tirar alguém do
barro, não podes contentar-te em lhe estender-lhe a mão. Deves descer também tu ao barro.
Na verdade cada membro da Igreja é responsável
pelo mundo. E a Igreja é responsável por cada um
de seus membros. Ser responsável significa
apenas tornar-se tudo para todos para salvar a
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  • 1. PARÁGRAFO TERESIANO    Avi s o s 12 Festa do Baptismo do Senhor. 13 S. Hilário (300 - 368). 15 17:45 | Encontro do Grupo de Oração. ChAMA DO CARMO DE VIANA DO CASTELO FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR NS 211 JANEIRO 11 2014 Exposição As Moradas de Santa Teresa. Quando se tiraram do público muitos livros em língua vulgar, para que se não lessem, senti-o muito, porque me recreava lendo alguns e já não o podia fazer por só os permitirem em latim. Disse-me o Senhor: Não tenhas pena, que Eu te darei livro vivo. Não podia entender a razão por que se me havia dito isto, porque ainda não tinha visões. Dali a bem poucos dias o compreendi muito bem porque, tenho tido tanto em que pensar e com que me recolher no que via presente, e o Senhor tem tido comigo tanto amor em me ensinar de muitas maneiras, que muito pouca, ou quase nenhuma necessidade tenho tido de livros. Sua Majestade tem sido o verdadeiro livro onde tenho visto as verdades. Bendito seja tal livro, que deixa impresso o que se há-de ler e fazer, de maneira que se não possa esquecer! Quem vê o Senhor coberto de chagas e aflito com perseguições, que não as abrace e ame e deseje? Quem vê alguma coisa da glória que Ele dá aos que O servem, que não reconheça que é nada tudo quanto se possa fazer e padecer, pois tal prémio esperamos? Quem vê os tormentos que padecem os condenados no inferno que, em sua comparação, não pareçam deleites os tormentos de cá da terra, e não reconheça o muito que deve ao Senhor por o ter libertado tantas vezes daquele lugar? SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582) LIVRO DA VIDA (26:5) (Nos claustros do convento.) 16 Comemoração de Santa Teresa de Jesus. Dia de oração pelas Missões. 17 Santo Antão (251 - 356). 18 10:00 - 17:30 | Encontro de Espiritualidade: «Santa Teresa de Jesus, a alegria de descobrir-se a si mesmo!». Orientador: P. Alpoim A. Portugal. 18 Início do Oitavário de oração pela unidade 19 Festividade do Menino Jesus de Praga. chamadocarmo.blogspot.com Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt A EXPOSIÇÃO «AS MORADAS» Durante os próximos dias pode visitar nos Claustros do Convento uma exposição dedicada ao livro As Moradas, de S. Teresa. Venha visitá-la. Nem precisa de pedir licença. Oração LITURGIA DAS HORAS • Semana I do Saltério. A Palavra DOMINGO II DO TEMPO COMUM • Isaías 49:3.5-6. • Salmo 39. • I Coríntios 1:1-3. • João 1:29-34. ( 19 DE JANEIRO) Que fizeste, ó cristão, do teu baptismo?
  • 2. Baptismo. O Natal fecha hoje portas até que o próximo Advento venha de novo abri-las. Este Domingo é fim das celebrações do Natal e o primeiro do Tempo Comum. É neste Domingo que celebramos a Festa do Baptismo do Senhor. E obviamente fazemos memória do nosso. Só pode ser assim. E é assim desde os primeiros cristãos, cuja sensibilidade os fazia perseverantes ao ensino dos apóstolos, à comunhão fraterna e ao partir do pão. (É o que diz o Livro dos Actos dos Apóstolos no capítulo segundo.) Desde o início que conhecemos a porta de entrada na Ecclesia, desde o início que sabemos que tornar-se membro da Igreja nos incorpora em Cristo. Pelo baptismo somos um só como um só são os pés e as mãos, a cabeça e o coração. Pelo baptismo eu, nós, sou, somos um só. Um só com os que são cristãos. Um só com os que foram cristãos antes de nós. Um só com os que o serão um dia depois de nós. Um só corpo em Cristo. Não importa o que éramos antes, se ricos se pobres, se nobres se plebeus. Pelo baptismo somos baptizados no mesmo Espírito para sermos um só. Somos um, enfim! Que fizeste, ó cristão, do teu baptismo? Porque somos um só em Cristo podemos dizer que não nos pertencemos. Um cristão não é de si, não tem existência só. Nunca vive para si só, e só nunca está. Nunca está, ainda que queira. Um cristão só é tão absurdo como o é a subsistência de um dedo separado do corpo. Nunca jamais um dedo pode dizer: – Soltem-me, soltem-me, por favor! Vou-me embora, vou partir. Quero correr o mundo inteiro, quero ir. Quero ver e conhecer a vida do marinheiro sem dormir! Não, um dedo não o pode dizer e, isso que temos vinte! Nem a boca nem algum outro membro ou órgão pode soltar tal grito de ipiranga! No corpo como na Igreja somos um e todos precisamos de todos. Temos todos a função que nos cumpre e se um se recusa ou sofre por cumpri-la sofre, obviamente, todo o corpo. Doa o que doer dói a todos, porque somos todos um só, mesmo que não tenhamos consciência da amplitude do corpo que somos. Na missa de certa paróquia, um católico abastado saudou um mendigo: – A paz contigo, irmão! E abraçou-o. Ao meio dia o pobre tocou à campainha do rico e anunciou-se: – Está aqui o teu irmão, há já um dia que não como. Tinha razão, mas de dentro fez-se silêncio e não lhe abriram a porta. O baptismo faz-nos irmãos, mas é um insulto se o somos só entre as paredes do templo que nos acolhe para comermos o Corpo de Cristo! Por alguma razão dizem os italianos que Entre o dizer e o fazer passa o mar pelo meio! Não consta que haja um mar entre os dedos dos nossos pés! Ora todos eles são dedos e nenhum igual e todos o mesmo corpo! Não é, porém, nada fácil viver a fratria proposta por Cristo, o que me leva a perguntar: – Será que os pais sabem o que impõem aos filhos quando pedem à Igreja o baptismo para eles? Quando a maioria de nós entra no templo para assistir à missa não sabe o cabo dos trabalhos que foi prepará-la: *o coro ensaiou, a senhora da limpeza aspirou o chão e cuidou as madeiras dos bancos, as zeladoras revestiram os altares e floriram-nos, os leitores prepararam-se, os acólitos revestiram-se, o sacerdote preparou a homilia e as orações, de quando em vez fazem-se pequenas reparações, o sacristão preparou o cálice e a patena, contou as hóstias e pôs a partícula, o sanguíneo e o corporal, o lavabo e o manustérgio, as galhetas com o vinho e a água, espreitou as velas, conferiu os cestos das esmolas e não se esqueceu dos Leccionários nem do Missal nem da chave do sacrário. E no meio de tanta tarefa fica sempre a dúvida se estará tudo no seu devido lugar... Em dias de festa as cerimónias são mais demoradas de preparar. Enfim, quem quer festa sua-lhe a testa, e é óbvio que uma igreja e uma missa dão trabalho como o dão tantas ocupações e profissões por esse mundo fora. Claro que sim. E é claro que apesar de termos ido à missa toda a vida nem nos apercebemos destes pequenos trabalhos, que, por vezes, são fonte de grandes dores de cabeça. Ora o certo é que se tudo o que atrás foi elencado fôr cumprido ainda assim não pode haver missa! (Faça-me um favor: páre aqui a leitura. Volte ao asterisco (*) que está um pouco a mais de meio da coluna do meio. Vá, vá lá, e leia ali o elenco das tarefas. Veja se sabe a que falta, aquela, a essencial, sem a qual não podemos reunir-nos para a celebração da missa!) ....................................... ............................................................................................ ........................................................................................... .................................................................. . Descobriu? Se não descobriu, eu digo-lhe: faz sempre falta que o sacristão abra a porta da igreja para que entremos todos e nos reunamos em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo! É preciso abrir-se a porta. E o baptismo é a porta que se abre para que entremos e façamos corpo com os demais que por ela entraram. O baptismo é a porta por onde todos entrámos! E agora que cá estamos, deixe que lhe pergunte: O que fez (faz) do seu baptismo? Certo rabino ensinava: Se queres tirar alguém do barro, não podes contentar-te em lhe estender-lhe a mão. Deves descer também tu ao barro. Na verdade cada membro da Igreja é responsável pelo mundo. E a Igreja é responsável por cada um de seus membros. Ser responsável significa apenas tornar-se tudo para todos para salvar a todos. Significa ousar sujar os pés no barro! O que fez você do banho do seu baptismo?