2. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
No Quatrocentos, a Itália encontrava-se dividida
numa série de ducados, repúblicas e reinos
soberanos representados por cidades-estado.
Estas cidades-estado eram rivais entre si,
encontrando-se em permanentes conflitos
armados.
3. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
Os fatores seguintes contribuíram para o surgimento de um
novo movimento artístico em Itália:
• conflitos políticos entre cidades divididas entre apoiantes
do Papa e apoiantes do Imperador (Sacro-Império)
destruíram as finanças e as famílias nobres;
• deste conflito saiu beneficiada a burguesia (mercadores,
banqueiros e comerciantes), homens cultos e interessados
pela arte e pela cultura;
• estes foram os principais promotores e protetores das
artes (os mecenas), as grandes famílias burguesas do
Renascimento.
4. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
• Em Itália renasce uma nova consciência do lugar do Homem no mundo,
num processo de mudanças que marca a transição da Idade Média para
a Idade Moderna.
• No contexto dos conflitos entre cidades-estado, Florença destaca-se a
partir de 1400 após obter uma importante vitória sobre Milão, fazendo
renascer na cidade o orgulho cívico e os ideais humanistas do
renascimento do Classicismo.
5. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
Fatores que favoreceram o surgimento do Renascimento em Florença:
• Florença beneficiou de uma situação económica e cultural muito favorável;
• nos séculos XV e XVI Florença contou com um conjunto de notáveis
artistas e mecenas;
• as cortes burguesas de Florença privilegiavam o culto das artes, das
letras, das ideias e da música;
• vários filósofos e intelectuais conciliaram a espiritualidade cristã com os
fundamentos do Humanismo e do Classicismo.
6. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
A primeira metade do século XVI assistiu à desagregação política da Europa
devido a uma generalizada instabilidade política e diversos conflitos:
• Roma foi saqueada (1527) pelas tropas de Carlos V, Imperador do Sacro-
Império;
• na Alemanha, Lutero fundou a Reforma – um movimento reformista da
Igreja Cristã que se separa da Igreja Católica romana;
• como resposta, em Roma, o Papa criou a Contrarreforma, com um programa
doutrinário aprovado no Concílio de Trento (1545-1563);
• a Europa dividiu-se entre católicos e protestantes, com perseguições,
autos de fé e guerras entre os diversos estados.
7. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
• O otimismo do Renascimento deu lugar a um período de desconfiança,
inquietação e crise de valores.
• O movimento da Reforma Protestante originado por Lutero na Alemanha
dividiu as nações europeias em conflitos fratricidas entre cristãos e
protestantes, mergulhando a Europa numa profunda crise política, económica
e financeira.
8. DE MEADOS DE QUATROCENTOS AO INÍCIO DA
GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618)
• Estes conflitos culminaram com a Guerra dos Trinta Anos
(1618-1638) – um longo conflito generalizado a toda a Europa
motivado por divergências religiosas, entre católicos e
protestantes.
9. O RENASCIMENTO: A GÉNESE DO MUNDO
MODERNO
• O Renascimento foi um movimento cultural, artístico e científico cujo
surgimento no século XV foi favorecido pelos fatores seguintes:
• os Descobrimentos marítimos e o contacto com a Ásia e a América
possibilitaram a descoberta de novos territórios e de novas culturas,
ampliaram as rotas comerciais e diversificaram os produtos de
consumo na Europa;
10. O RENASCIMENTO: A GÉNESE DO MUNDO
MODERNO
• o poder político e económico da burguesia que acumulou grandes riquezas
e passou a investir na produção artística e intelectual como forma de
prestígio e valorização social;
• em Itália, cidades como Génova, Veneza e Florença detêm grandes
riquezas resultantes do forte desenvolvimento comercial, tornando-se
fortes centros comerciais e financeiros.
11. O RENASCIMENTO: A GÉNESE DO MUNDO
MODERNO
O Renascimento apresenta um conjunto de novos
valores culturais e artísticos que considera o Homem
no centro do mundo.
Para os «renascentistas», o ser humano não
deixava de ser uma «criação de Deus», porém,
era possuidor de livre-arbítrio para decidir sobre o
seu destino.
12. OS HUMANISTAS: ENTRE A ANTIGUIDADE
CLÁSSICA E AS SAGRADAS ESCRITURAS
Dante Petrarca Bocaccio
O Humanismo foi um movimento
intelectual e cultural que emergiu
em Itália a partir do século XIV.
Primeira geração de humanistas:
• Dante (1265-1321) – poeta, filósofo, político, intelectual e homem de letras
• Petrarca (1304-1374) – poeta e intelectual
• Bocaccio (1313-1375) – poeta e intelectual
13. OS HUMANISTAS: ENTRE A ANTIGUIDADE
CLÁSSICA E AS SAGRADAS ESCRITURAS
Marsilio
Ficino
Pico della
Mirandola
Thomas More
Segunda geração de humanistas:
• Marsilio Ficino (1433-1499) – filósofo e intelectual
• Pico della Mirandola (1463-1494) – filósofo e intelectual
• Thomas More (1478-1535) – escritor, político e diplomata
• Erasmo de Roterdão (1469-1536) – teólogo e filósofo
Erasmo de
Roterdão
14. OS HUMANISTAS: ENTRE A ANTIGUIDADE
CLÁSSICA E AS SAGRADAS ESCRITURAS
• Os humanistas desenvolveram o fascínio pela Antiguidade Clássica:
procuraram conhecer os textos gregos e latinos no seu original, através
das fontes autênticas antigas.
• O Humanismo opôs-se à visão teocêntrica do Homem e do mundo
que prevaleceu durante a época medieval.
15. GUTENBERG E A INVENÇÃO DA IMPRENSA
• A invenção da escrita (c. 4000 a. C.) foi a
primeira grande Revolução da
Humanidade, dando início à História.
• Ao longo da História, os suportes da escrita (papiro, pergaminho,
códices medievais, etc.) constituíram importantes meios de
comunicação e instrumentos de transmissão e aquisição de
informação.
16. GUTENBERG E A INVENÇÃO DA IMPRENSA
• A invenção da imprensa por Johannes
Gutenberg (c. 1398-1468) constituiu uma
segunda revolução da cultura ocidental.
• A partir da impressão do primeiro livro
(uma Bíblia em latim, 1455),
desenvolveram-se as técnicas, os meios e
os materiais de tipografia, tornando o livro
acessível a públicos cada vez mais vastos.
17. GUTENBERG E A INVENÇÃO DA IMPRENSA
• Com a invenção da imprensa, o
livro converteu-se num objeto
fundamental para a difusão do
conhecimento e para o
desenvolvimento das sociedades
modernas ocidentais.
18. GUTENBERG E A INVENÇÃO DA IMPRENSA
Importância do livro na cultura ocidental:
•o livro tem um papel fundamental no registo da informação;
•é através do livro que as sociedades preservam a sua história e
tradição:
•o livro é uma fonte de conhecimento;
•o livro continua a ser um poderoso veículo de transmissão do saber de
geração em geração.
19. GUTENBERG E A INVENÇÃO DA IMPRENSA
Bíblia de Gutenberg, primeiro livro impresso, 1455.
A imprensa possibilitou a publicação e a
divulgação de textos em línguas
vernáculas (dialetos nacionais), em vez do
latim utilizado exclusivamente nos meios
académicos e pelo clero.
20. A REFORMA DE LUTERO
A primeira metade do século XVI assistiu à desagregação política da
Europa:
• a divisão da Igreja Católica após a implementação da Reforma
Protestante pelo alemão Martinho Lutero (1517);
• O Saque de Roma pelas tropas do Imperador Carlos V (1527).
21. A REFORMA DE LUTERO
Principais críticas do movimento reformista à Igreja Católica:
• o excessivo protagonismo político do Papa Leão X em detrimento do
seu desempenho espiritual;
• os privilégios, a ostentação e a acumulação de riqueza por parte da
Igreja;
• a venda indiscriminada de indulgências para financiar a construção da
Basílica de S. Pedro, em Roma.
22. A REFORMA DE LUTERO
Afixação das 95 Teses na porta da Igreja do
Castelo de Wittenberg por Lutero em 1517.
• O movimento de contestação ao
Catolicismo Romano foi iniciado em 1517
por Lutero com a publicação das «95
Teses» de «protesto» contra a doutrina da
Igreja.
23. A REFORMA DE LUTERO
Principais fundamentos da Reforma Protestante:
• negação de intermediários entre Deus e o crente, isto é, anulação do
papel do clero enquanto únicos intérpretes da Sagrada Escritura;
• instauração da Bíblia como única fonte de fé – único meio para
estabelecer a relação com Deus;
• estabelecimento do «livre-exame», isto é, a interpretação da Bíblia
segundo o livre pensamento de cada crente.
24. LOURENÇO DE MÉDICI (1449-1492): UM PRÍNCIPE,
UM MECENAS
• A família Médici foi uma das mais ricas da Europa: na segunda metade do
século XV governou Florença e elevou a cidade a centro do Humanismo e
do Renascimento.
• Os Médici eram descendentes de comerciantes e banqueiros e o seu poder
económico resultou das suas atividades no mundo do comércio, dos
negócios e das finanças em toda a Europa.
25. LOURENÇO DE MÉDICI (1449-1492): UM PRÍNCIPE,
UM MECENAS
Busto de Lourenço de
Médicis,
Verrochio, 1480.
Lourenço de Médici, dito «o Magnífico», pelo esplendor alcançado
durante o seu governo, deu uma nova dimensão ao património
deixado pelos seus antecessores, destacando-se as ações
seguintes:
• dirigiu a cidade de Florença com grande diplomacia e habilidade
política;
• levou o comércio e a indústria de Florença a um nível superior ao
de qualquer cidade europeia;
• patrocinou o desenvolvimento das artes, das letras e das ciências;
• tornou Florença a capital artística e intelectual da Europa.
26. LOURENÇO DE MÉDICI (1449-1492): UM PRÍNCIPE,
UM MECENAS
• Lourenço, o Magnífico, era um homem culto e dotado de uma grande
sensibilidade artística: ele próprio foi músico e poeta.
• Governou num clima de grande prosperidade económica e foi mecenas
e patrono de artistas e humanistas.
• Tornou o seu palácio o centro de uma cultura de redescoberta da
Antiguidade Clássica.
• Fundou bibliotecas, mandou construir vilas e palácios.
27. O DE REVOLUTIONIBUS ORBIUM COELESTIUM,
NICOLAU COPÉRNICO
Nicolau Copérnico (1473-1543) é considerado o fundador da astronomia
moderna.
Copérnico era um cónego polaco que se dedicou a diversas atividades e
estudos, mas distinguiu-se principalmente no campo da matemática e da
astronomia.
A Teoria do Heliocentrismo do Universo a que
dedicou grande parte da sua vida constituiu um dos
maiores contributos para a evolução da ciência.