Capital cultural, econômico e simbólico na teoria de Bourdieu
1. 23/11/2016 Revista Cult ABC de Bourdieu Revista Cult
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ABC de Bourdieu
TAGS: filosofia, Pierre Bourdieu, termos
Capital Cultural
Conjunto de qualificações intelectuais produzidas pelo sistema escolar ou transmitidas pela
família. Esse capital pode existir sob três formas: em estado incorporado, como disposição
duradoura do corpo (por exemplo, a facilidade de expressão em público, o domínio da
linguagem); em estado objetivo, como bem cultural (a posse de quadros, livros, dicionários,
instrumentos, máquinas); em estado institucionalizado, isto é, socialmente sancionado por
instituições (como títulos escolares). “O capital cultural é um ter convertido em ser, uma
propriedade que se tornou corpo, parte integrante da ‘pessoa’, um habitus.”
Não se adquire nem se herda sem esforços pessoais, sem um longo trabalho de aprendizagem e
de aculturação; tende a ser estreitamente correlacionado ao capital econômico do agente.
Capital Econômico
Conjunto de recursos patrimoniais (terras, bens imobiliários, papéis de crédito) e de rendas,
sejam ligados ao capital (aluguéis, juros, dividendos) ou a um exercício profissional
assalariado ou não assalariado (honorários de profissões liberais, benefícios industriais e
comerciais para empresários, operários e comerciantes).
Capital Social
Conjunto de contatos, relações, amizades, obrigações, relações socialmente úteis que podem ser
mobilizadas pelos indivíduos ou grupos ao longo de sua trajetória profissional e social.
Variável que confere ao agente maior ou menos “espessura” social, poder de ação e reação
mais ou menos significativo em função da qualidade e quantidade de suas conexões.
A rede de relações é o produto de “estratégias de investimento social” que o agente,
conscientemente ou não, desenvolve a fim de criar, manter, reforçar, reativar ligações das quais
pode esperar a qualquer momento retirar “lucros materiais ou simbólicos”.
Campo
Espaço social estruturado e conflitual no qual os agentes sociais ocupam uma posição definida
pelo volume e pela estrutura do capital eficiente no campo, agindo segundo suas posições
nesse campo.
Cada campo – um “campo de força” de agentes e instituições em luta – é dotado de regras de
funcionamento e de agentes investidos de hábitos específicos (campo universitário, campo
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