Slides da palestra "Drogas na escola: o que professoras e professores de Matemática têm a ver com isso?" do prof. Ernani Nagy de Moraes. Realização: CAEM-IME-USP.
Drogas na escola: como professores de matemática abordam o tema
1. CAEM – IME-USP
DROGAS NA ESCOLA: o que
professores e professoras de
Matemática têm a ver com isso?
Prof. Ernani Nagy de Moraes
Escola de Aplicação da FEUSP
2. EAPREVE – 7º ano EF
Atividade:
“Álcool e seus efeitos”
3. EAPREVE – 7º ano EF
Atividade:
“Álcool e seus efeitos”
1. Explicar que a atividade está voltada para reflexões sobre o álcool e seus efeitos
no organismo, bem como às consequências de tal uso.
2. Exibir o 1º vídeo: animação sobre o consumo de drogas.
https://www.youtube.com/watch?v=k8TWJTlEG_s
Perguntas:
1) É natural sentirmos curiosidade?
2) Quando vamos fazer uma escolha, significa que temos opções?
3) Depois que fazemos uma escolha, podemos “voltar atrás” e buscar outras
escolhas?
4) Por que o pássaro consome o “alimento amarelo”? (Explorar questões como
curiosidade, prazer que drogas causam, prazer que não se encontra depois de
certo tempo, “cair na rotina”, busca por outras drogas, consequências da busca
pelo prazer pelas drogas)
5) O pássaro vai ficando cansado, se deteriorando. Toda droga causa isso?
(Lembrar que depende do organismo de cada um, de quantidades consumidas e
de outros aspectos)
(Continua...)
4. BNCC
Base Nacional Comum Curricular
Não cita a palavra “droga” ou “drogas”.
Cita a palavra “prevenção” ao tratar de
“prevenção a acidentes domésticos”.
5. PCN – Temas Transversais
Ética
Saúde
Meio
Ambiente
Orientação
Sexual
Pluralidade
Cultural
Trabalho e
Consumo
6. PCN – Objetivos dos
Temas Transversais
Ao lado do conhecimento de fatos e situações
marcantes da realidade brasileira (...), os
objetivos do ensino fundamental apontam a
necessidade de que os alunos se tornem
capazes de eleger critérios de ação
pautados na justiça, detectando e rejeitando
a injustiça quando ela se fizer presente, assim
como criar formas não violentas de atuação
nas diferentes situações da vida.
7. PCN – Objetivos dos
Temas Transversais
Tomando essa ideia central como meta, cada
um dos temas traz objetivos específicos que
os norteiam.
A inclusão dos Temas Transversais exige,
portanto, uma tomada de posição diante
de problemas fundamentais e urgentes da
vida social, o que requer uma reflexão
sobre o ensino e a aprendizagem de seus
conteúdos: valores, procedimentos e
concepções a eles relacionados.
9. PCN – Tema: Saúde
Drogas
O uso de drogas não é algo novo para a
humanidade (...). O consumo de diferentes
substâncias psicoativas
no trabalho, no lazer (...), com papel
agregador de comunidades, é comum a todas
as culturas, e o uso (...) de drogas prazerosas,
capazes de modificar o humor, as percepções
e sensações, tem sido uma constante ao
longo da história.
10. Questão
Quais são as drogas mais
consumidas pelos jovens
brasileiros atualmente?
11. PCN – Tema: Saúde
Drogas
(...) no Brasil, as drogas legais representam
mais de 90% dos abusos frequentes
praticados pela população em geral . Os
estudos disponíveis mostram que, entre os
escolares, destaca-se também o uso de
drogas lícitas: em primeiro lugar aparece o
álcool, seguido pelo tabaco, por inalantes e
tranquilizantes. Todos esses produtos podem
ser obtidos com extrema facilidade.
12. PCN – Tema: Saúde
Drogas
Na abordagem dos diversos componentes
dos blocos de conteúdo, o enfoque
principal deve estar na saúde e não na
doença. Os detalhes relativos a processos
fisiológicos ou patológicos ganharão
sentido no processo de aprendizagem na
medida em que contribuírem para a
compreensão dos cuidados em saúde a
eles associados.
13. PCN – Tema: Saúde
Drogas
Não é pressuposto da educação
para a Saúde a existência do professor
“especialista” ou a formação de alunos
capazes de discorrer sobre conceitos
complexos, nem o aprendizado exaustivo
dos aspectos funcionais e orgânicos do
corpo humano.
14. PCN – Tema: Saúde
Drogas
O que se pretende é um trabalho
pedagógico no qual as condições que se
fazem necessárias para a saúde, sua
valorização e a realização de
procedimentos que a favorecem sejam o
foco principal.
15. Tipos de Prevenção
Prevenção primária – Evitar que o uso de drogas se
instale ou retardar o seu início.
Prevenção secundária – Para as pessoas que já
experimentaram drogas ou usam-nas moderadamente.
Tem como objetivo evitar a evolução para usos mais
frequentes e prejudiciais.
Prevenção terciária – Abordagens necessárias no
processo de recuperação e reinserção dos indivíduos
que já têm problemas com o uso ou que apresentam
dependência.
Os níveis de prevenção são um continuum, sem limites
claros.
16. Drogas
Sobre Prevenção
Na infância, as intervenções preventivas
abordam a promoção de saúde em uma
perspectiva ampla e podem ser feitas com
orientação adequada a pais e professores,
usando a criatividade e diversas atividades
para propiciar a aquisição de habilidades e
experiências que tenham efeito protetor.
17. Drogas
Sobre Prevenção
A prevenção voltada para os adolescentes
ocorre principalmente nas escolas, por ser
esse o local que, idealmente, todos os jovens
deveriam frequentar. É mais fácil iniciar um
trabalho de prevenção nas escolas, que têm
uma estrutura organizada (...), para passar
informações e dar orientações aos alunos e
que mantêm contato com os pais.
18. Drogas
Sobre Prevenção
Entretanto, não é na escola que a prevenção
atingirá os jovens de maior risco. Os jovens
com problema de conduta, geralmente,
abandonam a escola e não se envolvem com
regularidade em atividades preventivas (...).
Nesse caso, ações desenvolvidas na
comunidade seriam mais indicadas.
19. Escola de Aplicação da Faculdade
de Educação da Universidade de São
Paulo: breve caracterização
- Escola pública (mantenedora: FEUSP).
- Fica na própria USP, em São Paulo, no
campus Butantã.
- Tem em torno de 720 alunos(as), desde o 1º
ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do
Ensino Médio. Cada série tem 2 turmas com
aproximadamente 30 alunos(as) cada. (Exceto
1º ano EF: 3 turmas com 20)
20. Escola de Aplicação da Faculdade
de Educação da Universidade de São
Paulo: breve caracterização
- Ingresso na escola é por sorteio:
um terço das vagas para filhos(as) de docentes
e funcionários(as) FEUSP;
um terço das vagas para filhos(as) de docentes
e funcionários(as) das demais unidades da USP;
um terço das vagas para demais membros da
comunidade.
21. EAPREVE – EA-FEUSP
Programa de Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas da
Escola de Aplicação da
Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo
22. Composição do grupo em 2020
Ernani Nagy de Moraes (Prof. Matemática – EM)
José Carlos Carreiro (Prof. Geografia – EF2 e EM)
Jussara Vaz Rosa (Profa. Geografia – EF2)
Luciano Ducatti Colpas (Prof. Ed. Física – EF2 e EM)
Sheila Luciana Hurtado (Profa. Língua Portuguesa – EM)
Marina Hideko Anabuki (Enfermeira)
23. Atividades realizadas
GREA-HC (2000 a 2003):
Grupo de estudos.
Produção e divulgação de materiais visuais: painéis,
instalações, Árvore dos Desejos...
Confecção de cartilhas.
Peça teatral.
Debates, mesas redondas e bate-papos.
Cursos e oficinas para a comunidade escolar.
Cine GREA.
Concursos para elaboração de mascote.
24. No primeiro semestre de 2002, sentimos
a necessidade de personalizar o projeto
na Escola. Para isso, organizamos um
concurso para eleger o mascote do
GREA-EA.
25. Concurso para a
escolha do mascote do
GREA-EA
Abril/2002
43 trabalhos foram
entregues e o
escolhido foi ...
26. No 2º semestre de 2002, preparamos uma
peça teatral intitulada “Uma Família Quase
Normal”, apresentada aos pais e alunos
durante as Reuniões de Classe. Foi um
grande sucesso!
Repetimos a apresentação para todas as
turmas da Escola e realizamos discussões
em pequenos grupos.
27. Após a apresentação do
teatro para os alunos,
houve um bate-papo, em
pequenos grupos, sobre
os vários os temas que
apareceram na peça.
A atividade repercutiu
muito bem em toda
comunidade escolar
28.
29.
30. Nossa peça teatral “Uma Família
Quase Normal“ transformou-se em um
vídeo educativo, para momentos de
formação de policiais militares em todo
o país.
31.
32. No mês de Setembro,
comemorando a chegada da
primavera, promovemos a
atividade denominada “Árvore
dos Desejos”, baseada na
lenda japonesa Tanabata
Matsuri.
40. Em 2003, com o término do
Projeto GREA-HC na Escola
de Aplicação, foi estruturado o
Programa EAPREVE,
tornando as atividades parte
integrante do Projeto Escolar.
42. Atualmente, como Programa de
Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, promovemos diversas
atividades, entre elas, aquelas
planejadas no Projeto GREA-
HC.
43. Procuramos garantir 1 encontro
trimestral com cada uma das turmas,
do 6º ano EF ao 3º ano EM, no horário
regular das aulas, em horários pré-
estabelecidos desde o início do ano.
Assim, mantemos proximidade e canal
aberto com todos os alunos.
44. Consequência direta da existência
e manutenção do Programa
EAPREVE: redução do número de
usuários de drogas “lícitas” e ilícitas,
desde o início do Projeto GREA-EA,
e no decorrer dos anos.
Destaque: diálogo franco e
contínuo com alunos e familiares.
47. Atividade relacionando Matemática
com drogas: exibição do vídeo “Que
Porre!” (ECOS), que motivou a
elaboração de frases de prevenção
ao uso do álcool e um trabalho em
paralelo com o tangram (quebra
cabeças), em Geometria.
67. Reflexões
1. Como garantir a formação do
professor, referente ao tema saúde (e
drogas)?
2. A importância de se levar em conta o
público com quem trabalhamos.
3. Qual é o papel do professor de
Matemática frente à questão das
drogas?
68. comendações para a formação de
professores:
https://www.prevenirsempre.com.br/copia-inscreva-se
75. Fontes:
Drogas: prevenção e tratamento. O que você queria saber e não
tinha a quem perguntar. Daniela Pinotti Maluf e outros. CL-A Editora,
São Paulo, 2002.
Cuidando da pessoa com problemas relacionados com álcool e
outras drogas. Marine Meyer e outros autores. Editora Atheneu, São
Paulo, 2004.
Os desafios na adolescência. Vera Wrobel e Clélia E. de Oliveira.
Editora Moderna, São Paulo, 2005.
Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas:
www.obid.senad.gov.br
Albert Einstein – drogas sem distorção:
www.einstein.br/alcooledrogas
Psicóloga Daniela P. Maluf: www.psicoacao.com
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasil, MEC, 1998.
76. Prof. Ernani Nagy de Moraes
oprofessor@hotmail.com
Obrigado pela presença e atenção!