O documento apresenta um planeamento estratégico para o concelho de Oeiras, com uma estrutura que inclui um enquadramento histórico, caracterização do território, diagnóstico, visão estratégica, atores e modelo de governação. Inclui também informações sobre a localização, demografia, economia, património natural e construído de Oeiras.
2. Objectivo: desenvolver uma visão estratégica
Área de Estudo: Concelho de Oeiras
Estrutura do Trabalho
- Enquadramento histórico
- Caracterização do território
- Diagnóstico (Matriz SWOT e de Análise Estrutural)
- Visão Estratégica (Linhas, Medidas e Acções)
- Actores e Modelo Governance
- Conclusão
Planeamento Estratégico – Janeiro 2012
3. - Local de ocupação desde a pré-história
- Povoamento efectivo no século XII (1147)
- Elevada a vila e concelho pelo rei D. José I, em 1759
- Desenvolvimento económico e social com o Primeiro-
Ministro do Rei – Marquês de Pombal, nomeado Conde de
Oeiras
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Até ao fim do Séc. XIX foi local
de fuga privilegiada pela
aristocracia – casas apalaçadas,
chalés e pequenas moradias –
pequena Riviera às portas de
Lisboa
4. - No início Séc. XX – desenvolvimento dos meios de
transporte (eléctrico e ferroviário)
- Unidades fabris: Fundição de Oeiras e Fábrica Lusalite
- Década 40/70 – local de fuga desqualificada assumindo
a função de dormitório
- Década de 80/90 pólo económico autónomo da AML, de
forte componente tecnológica
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5. O Concelho de Oeiras encontra-se:
- integrado na AML
- dividido em 10 freguesias:
Algés, Carnaxide, Caxias, Cruz-
Quebrada/Dafundo, Linda-a-Velha,
Oeiras e São Julião da Barra, Paço de
Arcos, Porto Salvo e Queijas
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6. O Concelho de Oeiras possui (dados de 2011):
- 45,8 Km2 (1,6% da superfície da AML)
- 172 063 habitantes (7,7% da população da AML)
- densidade populacional de 3 756,83 hab/Km2
Planeamento Estratégico – Janeiro 2012Densidade populacional das freguesias do concelho de Oeiras em 2007 (CMO, 2009)
7. – 7 334 habitantes de nacionalidade estrageira – 4,5% (Censos de 2001)
- População residente apresenta situação privilegiada em relação ao nível de
escolaridade (Censos 2001)
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Nível de Escolaridade Oeiras AML Portugal
Sem nível de ensino 3,8 5,7 9
Escolaridade
obrigatória
64 49,5 11,3
Ensino superior 22,7 - 8,9
-índice de envelhecimento – 106,5 (elevado em relação à média
nacional – 102,23 (Censos de 2001)
Nível de Escolaridade comparativo do Concelho de Oeiras, AML, e Portugal (Censos de 2001)
9. - Bons equipamentos de apoio social
(lares para crianças e jovens, lares para
idosos, estabelecimentos de apoio a pessoas
adultas com deficiência,…)
- Bons equipamentos desporto (ex:
Complexo Desportivo do Jamor; campos de
futebol, râguebi, pista de atletismo, piscinas,
polidesportivos, num total de 2 939 775,7 m2
– 20 m2/habitante)
Distribuição dos equipamentos de apoio social (CMO, 2009)
Distribuição dos equipamentos de desporto (CMO, 2009)
10. - Turismo, Cultura e Lazer
(museus (do Automóvel e Aquário Vasco da
Gama), núcleos históricos, salas de teatro,
auditórios, bibliotecas, cinema, eventos como
o Estoril Open, Corrida do Tejo, Mexa-se na
Marginal, Marginal à Noite, …)
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- Equipamentos de Saúde (13 unidades
públicas, unidades privadas, 2 hospitais Sta
Cruz, São Francisco Xavier)
Distribuição dos equipamentos de saúde (CMO, 2009)
Distribuição dos equipamentos de turismo, cultura e lazer (CMO, 2009)
11. - Empresas multinacionais (General Electric, LG, Microsoft, Nestlé,
Nokia, Philips, Toshiba, …)
- Parques ou núcleos empresariais de ciência e tecnologia
(TagusPark) e de tecnologias da informática e do conhecimento
(LagoasPark, Quinta da Fonte, Parque Suécia, Parque Holanda, …)
- Institutos de Investigação Cientifica (Instituto Gulbenkian Ciência,
Instituto de Tecnologia e Química, Instituto de Biologia Experimental e
Tecnológica, Instituto da Investigação das Pescas e do Mar e Instituto
Nacional de Investigação Agrária)
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- 90 000 empregos
- 70% sector terciário
12. taxa de desemprego
Oeiras 7% (2005)
Portugal 9.8% (2005)
- índice de poder de compra elevado 180,97 (2005)
(2.º mais elevado da AML)
Planeamento Estratégico – Janeiro 2012
0
100
200
300
Lisboa Oeiras Cascais Amadora Loures Odivelas SintraVila Franca de XiraMafra
277.93
180.97
162.29
129.09 116.65 109.09 104.51 96.29 92.02
Índice de Poder de compra (INE, 2004 in Rede Social de Oeiras)
13. Oeiras e Santo Amaro
de Oeiras
Caxias
Carnaxide
Linda-a-Velha
Algés
Queijas
Porto Salvo
Barcarena
Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
Paço de Arcos
14. - 341 ha de Reserva Agrícola Nacional.
- 279,9 ha de Reserva Ecológica Nacional
(Parque Desportivo do Jamor e Serra de Carnaxide).
Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
- Espaços de Naturais e de Equilíbrio
Ambiental (como a Estação Agronómica de Oeiras
(antiga Quinta do Marquês de Pombal) com 5,5 ha
de vinha, que dá origem ao Vinho de Carcavelos.
RAN (Portaria 183/92, de 16 de Março)
15. Estruturas Verdes Urbanas
- Parque Dos Poetas
- Jardim Da Quinta dos Sete Castelos
- Serra de Carnaxide
- Fábrica da Pólvora de Barcarena
Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
16. - 10 Km de linha de Costa;
- Praia de Torre;
- Zonas de recreio e de lazer em Caxias, Paço de
Arcos e de Santo Amaro de Oeiras;
- Passeio Marítimo de Oeiras (3850m)
e Algés;
- Porto de Recreio (desde 2005, com 1575 m2).
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17. Usado como local de fuga privilegiada da
família real e da aristocracia, no concelho
cresceu um enorme património histórico
construído:
- Palácio do Marquês de Pombal;
- Palácio do Egipto;
- Palácio dos Arcos
- Quinta Real de Caxias;
- …
Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
18. - 3 Monumentos Nacionais (Palácio dos
Marqueses de Pombal, Quinta Real de Caxias,
Aqueduto dos Franceses);
- 8 Imóveis de Interesse Público (Fortes de
São Bruno, São Julião da Barra, Pelourinho de
Oeiras, Torre do Bugio…);
- 1 Imóvel de Valor Concelhio (ponte sobre o
rio Jamor).
Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
19. Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Ambiente natural privilegiado e excelentes espaços verdes
Desenvolvimento da frente ribeirinha
Fixação de população jovem e da classe média/alta ou média/baixa
Elevada qualificação académica
Poder de compra acima da média nacional
Enorme representatividade de espaços de investigação e tecnologia
Desenvolvimento de parcerias público-privadas
Localização de empresas do ramo das novas tecnologias
Localização de empresas do ramo da ciência
Desenvolvimento empresarial
Modernidade empresarial
Grande oferta de espaços empresariais
Espaços e equipamentos de lazer e desportivos de qualidade
Bons equipamentos de saúde
Rede rodoviária de qualidade
Existência de Porto de Recreio
Existência de Praias
Desenvolvimento do Sistema Automático de Transportes Urbanos (SATU)
Vasto Património Construído
Qualificação de recursos humanos
Existência de alguns bairros sociais problemáticos
Tendência crescente de envelhecimento da população
Fraca diversidade do sector económico
Sector turístico pouco desenvolvido
Fraca sustentabilidade das empresas municipais
Débil envolvimento empresarial nos contextos de cooperação social e
territorial
Escassez de terrenos municipais disponíveis
Sistemas de transporte deficitários/forte dependência de transporte
privado
Membro(s) da edilidade local com problemas com a justiça (Caso
Isaltino)
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Localização privilegiada na AML
Beleza paisagística e património construído como factor de atracção
turística
Localização geográfica atractiva
Atractividade de investimento externo
Boas acessibilidades a Lisboa
Território de atravessamento (Lisboa – Cascais)
Pressão urbanística dos concelhos limítrofes
Risco de perder imagem própria dada a proximidade à capital
Conjuntura económica
24. Planeamento Estratégico - Novembro 2011 - Susana Daniel
Título da Medida Valorização do Património Histórico Construído
Palavras-Chave Património histórico construído, turismo, exploração, património pombalino, quintas e jardins
Descrição/Caracterizaçã
o
Promover a divulgação do património histórico construído, nomeadamente através de:
Inventário e criação e base de dados de todo o património histórico construído do concelho;
Investigação e desenvolvimento do património histórico do concelho;
Aproveitamento de edifícios pombalinos e respectivos espaços circundantes para colóquios,
congressos e outros eventos.
Divulgação e exploração turística do património histórico construído.
Objectivos
Desenvolver actividades turísticas de valor e diferenciação para a região (património
pombalino).
Promover o auto-financiamento, através do uso dos edifícios e espaços circundantes para
eventos e visitas guiadas.
Eixo Desenvolvido D - Desenvolvimento do Turismo
Articulação com outros
Eixos Estratégicos
B - Competitividade, Modernidade Empresarial e Potencial Tecnológico e Científico
C - Sustentabilidade Ambiental e Estilos de Vida Saudáveis
E- Oeiras na AML
Entidades Responsáveis Câmara Municipal de Oeiras, Turismo de Portugal – Direcção Regional de Turismo de Lisboa,
Empresas Privadas, Direcção de Faróis, IGESPAR, Ministério da Defesa, …
Principais Agentes
Territoriais Envolvidos
Associações Empresariais, Empresas, Câmara Municipal de Oeiras, Turismo de Portugal –
Direcção Regional de Lisboa.
Horizonte de execução 2025
Fontes de Financiamento Câmara Municipal de Oeiras, Empresas Privadas, Parcerias Público-Privadas
Situação Actual A implementar
Inconvenientes da não
realização
Insuficiente exploração de uma das características mais susceptíveis de contribuir para o
posicionamento do concelho ao nível dos concelhos limítrofes no que se refere ao
desenvolvimento turístico.
Nível de Prioridade Baixa Média Alta
26. Actualmente, o concelho de Oeiras apresenta padrões e modelos
territoriais marcados pelo:
- desenvolvimento empresarial, com grandes espaços destinados à
localização de empresas,
- baixo investimento e incentivo turístico.
A sua localização na AML atrai:
- população jovem e de classe média e média/alta;
- empresas com actividades bastante diversificadas;
- espaços de investigação;
- espaços de ciência e tecnologia.
No Futuro…
27. No Futuro…espera-se que ….
- Continue a atrair cada vez mais multinacionais, cimentando a
sua posição no contexto Ibérico e Europeu. Para isso irá
contribuir a partilha de sinergias entre universidades e empresas o que
irá permitir aumentar know-how da região.
- A ciência e a tecnologia funcionarão como potenciadores deste
novo ciclo de desenvolvimento que pretende a criação de grupos
tecnológicos fortes que possam competir no mercado
globalizado.
- O ambiente natural privilegiado, localização geográfica
atractiva, o património construído, bem como o capital humano a
qualificar abram novas oportunidades de desenvolvimento e
turismo.
28. • Câmara Municipal de Oeiras - Gabinete do Desenvolvimento Municipal. 2009. Oeiras, Factos e Números.
Oeiras.
• Câmara Municipal de Oeiras. Oeiras XXI. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável – Estratégica
e Programa de Acção para o Desenvolvimento Sustentável. Oeiras.
• Caldas, José Maria Castro; Perestrelo, Margarida. (1998). Instrumentos de Análise Estrutural para o Método
dos Cenários – Análise Estrutural. Centro de Estudos sobre a Mudança Socio-Económica. Lisboa
• Conselho Local de Acção Social de Oeiras. (2004). Diagnóstico Social – Relatório de 2004. Oeiras.
• Godet, Michel. (1993). Manual de Prospectiva Estratégica: da Antecipação à Acção. Publicações D. Quixote.
Lisboa.
• Instituto nacional de Estatística. 2007. Portugal: Um Retracto Territorial 2005 – Estatísticas do Ganho Médio
Mensal. Lisboa.
• Mateus, Augusto e Associados. (2009) Estudo Estratégico para o Desenvolvimento Económico e a
Competitividade Territorial do Concelho de Oeiras – Relatório Final. Sociedade de Consultores, Lda.
• Oliveira, Elizabete. (coord.) (2010). Perfil de Saúde do Concelho de Oeiras. Câmara Municipal de Oeiras.
Oeiras.
• www.iefp.pt
• www.cm-oeiras.pt
• www.ine.pt