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Ana Clarisse José
Relatório de Tema Transversal
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Ana Clarisse José
Relatório de Tema Transversal
(Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 2º Ano)
Trabalho de pesquisa, da cadeira de Tema
Transversal a ser apresentado no Departamento
de Ciências Empresariais, Curso de Licenciatura
em Contabilidade e Auditoria 2° Ano.
Docente: Dra. Florinda N'ssepe.
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................. 3
1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 3
1.2. Metodologia...................................................................................................................... 3
2. Tipos de transmissão ........................................................................................................... 4
2.1. Activista............................................................................................................................ 4
2.2. Metodologia de ensino de Aprendizagem das DTS-HIV SIDA ...................................... 5
2.3. O que coloca as populações-chave em risco de contrair HIV e ITS? .............................. 6
2.3.1. Nível Alto de Risco de infecção por HIV ..................................................................... 6
3.4. Importância da Prevenção do HIV SIDA......................................................................... 7
3.5. Impacto e Prevalência do HIV SIDA na região Austral da África e EM Moçambique... 7
4. Definição de DTS/HIV/SIDA ............................................................................................. 9
4.1. Doenças Sexualmente Transmissíveis.............................................................................. 9
4.2.Anatomia dos órgãos genitais, Masculinos e Femininos e suas Funções, Vias de ......... 10
4.2.1. A transmissão do HIV ................................................................................................. 10
4.2.2. Anatomia dos órgãos genitais...................................................................................... 11
5. CONCEITO E ORIGEM DO HIV/SIDA ......................................................................... 12
5.1. FORMAS DE TRANSMISSÃO.................................................................................... 12
5.2. MEIOS DE NÃO TRANSMISSÃO .............................................................................. 14
5.3. SINAIS E SINTOMAS .............................................................................................. 15
5.4. TIPOS DE TESTES ....................................................................................................... 15
5.5. FAZES EVOLUTIVAS DA INFECÇÃO PELO HIV................................................... 16
Conclusão.............................................................................................................................. 19
Referências Bibliográficas .................................................................................................... 20
3
1. Introdução
O presente relatório da cadeira de Tema Transversal, versará os seguintes temas: HIV/SIDA,
Definição de DTS/HIV/SIDA, Tipos e Modos de Transmissão de HIV.
O relatório, como o próprio nome diz, é o relato detalhado de um experimento científico, seja
este realizado em laboratório ou através de simulação computacional. Uma actividade prática de
uma disciplina experimental, culmina com a elaboração do relatório, conferindo a este, portanto,
o papel de ser parte do experimento.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar HIV/SIDA, Definição de DTS/HIV/SIDA, Tipos e Modos de Transmissão de
HIV.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Demonstrar as formas de transmissão de ITS e HIV.
 Dar a conhecer impacto e prevalência do HIV.
 Mostrar o papel e actividades dos activistas.
1.2. Metodologia
Este trabalho de pesquisa, tornou-se possível graças a metodologia usada, sendo a consulta
bibliográfica de algumas legislações, teses, dissertações, monografias e artigos científicos no
formato físico assim como no formato electrónico que debruçam o tema de uma forma
aprofundada. De igual modo foi também usado de observação directa como método e técnica de
recolha de dados feitas nos campus universitários da Universidade Rovuma Extensão de Niassa,
que consistiu na análise e observação.
4
2. Tipos de transmissão
O vírus HIV é transmitido através do contacto com sangue, sémen ou líquidos vaginais
contaminados. Entre as principais formas de transmissão estão:
 Sexo vaginal, oral e anal sem preservativo/camisinha;
 Compartilhamento de seringas e agulhas com sangue contaminado;
 Reutilização de objetos perfurocortantes, como alicates de unhas com sangue
contaminado;
 De mãe para filho durante a gestação, amamentação ou parto;
 Transfusão de sangue, caso o mesmo esteja contaminado;
 Transplantes de órgãos.
2.1. Activista
É um processo de Ensino e Aprendizagem entre pessoas que compartilham algo em comum (por
exemplo, pessoas que tem o mesmo sexo, profissão, idade, religião, identidade de género,
orientação sexual) para transmissão de informações e troca de experiências que visam a mudança
de comportamento.
No processo activista, eles são os responsáveis por fazer a transmissão de informações correctas
e facilitar a troca de conhecimentos e experiências com os junto a seus pares.
2.1.1. Perfil de Activista
 Ser aceite na comunidade
 Ser Responsável
 Saber ler e escrever
 Se identificar com a actividade que vai realizar
2.1.2. Responsabilidade do activista
 Transmitir informações correctas aos seus pares;
5
 Encorajar junto aos pares o uso correcto e consistente do Preservativo;
 Desencorajar o abuso ou consumo excessivo de álcool e consumo de drogas;
 Requisitar insumos de prevenção e material informativo;
 Fazer a disponibilização de preservativos;
 Fazer e receber referências para diversos serviços;
 Acompanhar os pares para os serviços referidos e fazer o seguimento;
2.2. Metodologia de ensino de Aprendizagem das DTS-HIV SIDA
As DST são transmitidas de um corpo ao outro pelo contacto sexual, pelos líquidos vaginais e
pelo esperma trocados durante as relações sexuais. Essa também é a principal via de transmissão
do vírus da aids, chamado de vírus da imunodeficiência humana e mais conhecido pela sigla
HIV. A aids também pode ser contraída pelo sangue (por meio de seringas e agulhas
contaminadas), do leite materno contaminado e da mãe para o bebê durante a gravidez. Assim,
trabalhar pela prevenção das DST/HIV/aids é trabalhar para que as pessoas possam se proteger
durante as relações sexuais, utilizando o preservativo. É trabalhar para que usem seringas
descartáveis e tenham os cuidados necessários na hora da gravidez, do parto e da amamentação.
2.2.1. Grupo alvo
População Chave:
 Mulheres trabalhadoras de sexo
 Usuários de Drogas Injectáveis
 Homens que fazem sexo com Homens
 População Reclusória
2.2.2. População Vulnerável:
 Clientes de Trabalhadoras de Sexo
 Adolescentes e jovens em risco de contrair o HIV e ITS através do sexo transacional
 Parceiros regulares das trabalhadoras de sexo
 Filhos das MTS
6
2.3. O que coloca as populações-chave em risco de contrair HIV e ITS?
Embora qualquer pessoa possa contrair HIV e ITS, os seguintes factores aumentam o risco de
infecção:
 Ter vários parceiros sexuais ou fazer o trabalho de sexo;
 Ter relações sexuais com parceiros sexuais casuais sem preservativo;
 Não usar preservativo;
 Uso incorrecto ou inconsistente do preservativo;
 Usar um lubrificante impróprio para preservativos (não à base de água);
 Violação sexual;
 Uso de drogas injetáveis;
 Consumo excessivo de Álcool e Drogas, incluindo fazer o trabalho de sexo sob efeito de
álcool e drogas;
 Partilhar objectos cortantes e perfurantes tais como siringas, laminas, agulhas, corta-
unhas, etc
 ITS não tratadas ou tratadas de forma incorrecta.
2.3.1. Nível Alto de Risco de infecção por HIV
As populações chaves que fazem as seguintes praticas são consideradas com nível de alto risco:
- Ter relações sexuais anal ou vaginal sem preservativo
- Ter relações sexuais sem preservativo enquanto tem uma ITS
- Ter sexo sem preservativo com uma pessoa que tem uma ITS
- Ter relações sexuais com vários parceiros sexuais sem preservativo
- Fazer o trabalho de sexo sob efeito de álcool e drogas
- Usar vaselina ou óleo para lubrificar um preservativo
- Partilhar de seringas e agulhas com alguém que usa drogas injectáveis
- Partilhar objectos cortantes e perfurantes (exemplo laminas, agulhas, etc)
7
3. Prevenção do HIV
3.1. Via sexual
Para prevenir a transmissão do HIV durante as relações sexuais é necessário utilizar preservativo,
em particular durante a penetração, desde o início até ao final da mesma. Existem preservativos
masculinos, femininos e barreiras de látex para o sexo oral. Além disso, recomenda-se a
utilização de lubrificantes de base aquosa para evitar danos no preservativo. Esses lubrificantes,
no caso de não utilização de preservativos, impedem a ocorrência de traumatismos nos tecidos
dessas zonas do corpo devido à fricção.
Para complementar a utilização de preservativo surgiu a profilaxia pré-exposição (PrEP), que
consiste na utilização de medicamentos antiretrovirais em pessoas sem infecção por HIV , de
modo a impedir a introdução da infecção por HIV nas células, após contacto.
3.2. Via vertical
Se estiver grávida (ou estiver a pensar em engravidar) e for HIV positiva, é importante saber que
os tratamentos para o HIV permitem melhorar a saúde materna e, em simultâneo, reduzir
eficazmente o risco de transmissão do vírus ao seu futuro filho ou filha durante a gravidez e o
parto. No caso do leite materno, a amamentação não é recomendada.
3.3. Via sanguínea
Evitar a partilha de objetos pessoais que possam ter estado em contacto com sangue com o HIV,
tais como escovas de dentes, objetos perfurantes, seringas, agulhas, etc. É importante esterilizar o
material utilizado para piercings e tatuagens.
3.4. Importância da Prevenção do HIV SIDA
E importante pois assim evitamos a contaminação massiva do vírus no mundo inteiro por isso e
importante que a população chave, população prioritária e publico em geral se previna para que
não posso ser infectado pelo vírus do HIV.
3.5. Impacto e Prevalência do HIV SIDA na região Austral da África e EM Moçambique
Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do
HIV, Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV. O quadro epidemiológico
nacional de acordo com o Ministro da Saúde, " não nos deve desencorajar.
8
O risco de infecção pelo HIV, alertou o Ministro da Saúde, "é alto entre as populações chave,
mulheres e raparigas adolescentes e mulheres jovens, sendo que em 2020 os adolescentes e
jovens foram responsáveis por 40% das novas infecções por HIV".
Aliás, em 2019, a região da África Subsaariana, com apenas 12% da população mundial,
concentrava cerca de 68% das pessoas de todas as idades vivendo com o HIV no mundo, e
Moçambique, pelas estatísticas, o segundo país na região que mais contribui em novas infecções
por HIV.
E é com o objectivo de alterar este quadro, que arrancou esta Quarta-feira, na capital
moçambicana, a VIII Reunião Nacional do Programa Nacional de Controlo às ITS HIV/SIDA,
cuja abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde.
Durante três dias, os participantes do encontro que decorre no formato virtual e presencial, vão
avaliar o grau de implementação das actividades preconizadas para o controlo da epidemia do
HIV/SIDA no país.
Para já, a "boa nova" é que não obstante a pandemia da COVID-19, o HIV e SIDA não foi
relegado para um plano secundário. "A resposta enérgica ao HIV e SIDA continua a ser uma
emergência nacional e um desafio importante de saúde, desenvolvimento, direitos
humanos, segurança e social", assegurou Armindo Tiago, realçando ainda que a
implementação das intervenções pelas diferentes áreas multidisciplinares e multissectoriais
continua a ser prioridade do Governo de Moçambique e as mesmas não devem ser desaceleradas,
sendo que sua monitoria e avaliação são um imperativo.
Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do HIV,
Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV.
O quadro epidemiológico nacional de acordo com o Ministro da Saúde, "não nos deve
desencorajar. Pelo contrário, deve continuar a inspirar-nos na identificação contínua de
prioridades e na testagem de intervenções que se revelem capazes de acelerar a redução de
novas infecções, a redução da mortalidade, a redução da taxa de transmissão do HIV da
mãe para o filho e o alcance de zero descriminação".
Actualmente, 74% das Pessoas Vivendo com HIV em Moçambique estão a receber
gratuitamente o Tratamento Antirretroviral (TARV) e 94% da rede sanitária pública oferece
9
Serviços TARV, sendo que nos últimos anos, o país tem observado uma tendência de redução de
novas infecções e de mortalidade por HIV.
Em Moçambique, as prioridades para o controlo do HIV, passam pela prevenção, o
aconselhamento e testagem, a ligação dos elegíveis aos Serviços TARV, a retenção e adesão ao
tratamento e o apoio psicossocial.
4. Definição de DTS/HIV/SIDA
4.1. Doenças Sexualmente Transmissíveis
Adler (2004) descreve as doenças sexualmente transmissíveis como sendo infecções cujo
principal meio de transmissão é o contacto sexual. Westheimer & Lopater (2004) especificam
que uma doença sexualmente transmissível é qualquer doença que pode ser transmitida de uma
pessoa para outra através do contacto sexual, como contacto oral-genital, contacto oral-anal,
relações sexuais anais, ou qualquer outro tipo de comportamento sexual.
Segundo a Associação para o Planeamento da Família (APF), as infecções sexualmente
transmissíveis (IST´s) são o agente que pode desencadear as doenças sexualmente transmissíveis
(DST´s). Muitas vezes estas designações são entendidas como sinónimos, mas, como destaca a
APF, o importante é saber que a principal via de transmissão são as relações sexuais. Neste
sentido, a designação “doenças sexualmente transmissíveis”.
(DST´s) reflecte maior expressividade e objectividade. Por outro lado, a designação “infecções
sexualmente transmissíveis” apesar de mais abrangente, revela-se imprecisa, pois muitos germes
podem ser transmitidos causando a infecção, podendo, no entanto não mostrar sinais ou
sintomas, ou seja, a doença (Rodrigo & Mayer-da-Silva, 2003). A antiga terminologia de
“doenças venéreas” é, hoje em dia, raramente utilizada (Westheimer & Lopater, 2004).
O facto de as doenças poderem ser transmitidas sexualmente é conhecido há mais de 3500 anos
(Westheimer & Lopater, 2004). Já os papiros do antigo Egipto descreviam sintomas daquilo a
10
que hoje em dia se sabem ser vaginites e infecções da vulva. Autores romanos e gregos
descreviam condições que estariam associadas à gonorreia, herpes genital, cancróide,
linfogranuloma venéreo, e vírus do papiloma humano. A sífilis, doença sexualmente
transmissível mais debatida e investigada da história, terá sido trazida das Caraíbas para a
Europa pelos marinheiros de Cristóvão Colombo, originando uma séria epidemia neste
continente. Na idade média a sífilis e a gonorreia eram tidas como a mesma doença, só com o
surgimento da bacteriologia foi possível distinguir as bactérias responsáveis por cada uma das
doenças. Albert Neisser, em 1879, foi o primeiro investigador a descrever a bactéria causadora
da gonorreia. (Waugh, 1991, citado por Westheimer & Lopater, 2004).
4.2.Anatomia dos órgãos genitais, Masculinos e Femininos e suas Funções, Vias de
Transmissão das DTS, Sinais e Sintomas.
4.2.1. A transmissão do HIV
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) que provoca a SIDA, transmite-se pelos líquidos
orgânicos – em particular o sangue, o esperma, as secreções vaginais e o leite materno. Sabe-se
actualmente que o vírus é transmitido de quatro formas: através de relações sexuais sem
protecção com um parceiro seropositivo (caso mais frequente); através do sangue e de produtos
sanguíneos, por exemplo através de uma transfusão de sangue contaminado ou de um implante
de órgão ou de tecidos, ou ainda através da utilização de agulhas ou outro instrumento perfurante
contaminado; da mãe para o filho durante a gravidez ou o parto; através do aleitamento.
O HIV não se transmite através de contactos físicos vulgares, nem através da tosse, dos espirros
ou do beijo; não se transmite durante a utilização das casas de banho e de instalações sanitárias
comuns, nem através da utilização de lixo ou do consumo de alimentos ou de bebidas que foram
tocadas por uma pessoa seropositiva; o vírus não se propaga através dos mosquitos nem por
outras picadas de insectos.
O HIV enfraquece o sistema imunitário humano, impedindo-o de lutar eficazmente contra a
infecção. Uma pessoa pode viver com o vírus durante dez anos ou mais sem que surja qualquer
11
sintoma e sem que se declare qualquer doença durante a maior parte deste período, podendo no
entanto contaminar outras pessoas.
Os primeiros sintomas de SIDA são nomeadamente os seguintes: cansaço crónico, diarreia,
febre, alteração das funções mentais tais como perda de memória, perda de peso, tosse
persistente, dermatites agudas e sucessivas, herpes e infecções orais, hipertrofia de gânglios
linfáticos.
As doenças oportunistas tais como o cancro, a meningite, a pneumonia e a tuberculose podem
também aproveitar-se do enfraquecimento do sistema imunitário.
Os períodos de doença podem ser alternados por períodos de remissão, mas a SIDA é uma
doença mortal. Estão em curso pesquisas para a criação de uma vacina, mas até hoje os ensaios
não foram conclusivos. Existem actualmente medicamentos anti-retrovirais que retardam a
progressão da doença e prolongam a vida. São muito dispendiosos e, consequentemente,
impossíveis de suportar para a maior parte dos doentes, mas a situação está a alterar-se
rapidamente. O HIV é um vírus frágil que apenas sobrevive num pequeno número de situações.
Só pode penetrar no organismo através dos locais naturalmente húmidos e não se pode infiltrar
através de uma pele saudável.
A prevenção consiste assim em colocar uma barreira para impedir a penetração do vírus,
utilizando por exemplo preservativos ou um equipamento de protecção como luvas ou máscaras
(conforme seja mais conveniente), e em certificar-se de que os instrumentos perfurantes não
estejam contaminados; a lixívia, os detergentes fortes e a água muito quente destroem o vírus.
4.2.2. Anatomia dos órgãos genitais
O sistema reprodutor é responsável pela reprodução, uma característica de todos os seres vivos.
Ela é fundamental para a perpetuação da espécie, uma vez que os seres vivos se originam de
outros iguais a eles por meio desse processo. Em nível molecular, a reprodução está relacionada
com a capacidade que o DNA tem de se duplicar.
Tanto o óvulo quanto o espermatozoide são formados por meiose de células denominadas
germinativas, que são diploides. Os gametas têm origem em órgãos especializados chamados
12
gônadas. Existem, portanto, gônadas femininas, os ovários, que produzem óvulos; e gônadas
masculinas, os testículos, que produzem espermatozóides.
5. CONCEITO E ORIGEM DO HIV/SIDA
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema
imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os
linfócitos T CD4+.
SIDA significa síndrome de imunodeficiência adquirida. É um conjunto de sinais e de sintomas
que aparecem pela deficiência do sistema imunitário, que vai ficando com menos capacidade de
resposta ao longo da evolução da doença. Pode surgir após a infeção por VIH.
A Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos
EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino,
homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de
Kaposi, pneumonia por Pneumocystiscarinii e comprometimento do sistema imune.
Todos estes factos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda
não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. Em 1983 o agente
etimológico foi identificado: tratava-se de um retrovírus humano, atualmente denominado vírus
da Imunodeficiência humana, HIV-1, que anteriormente foi denominado LAV e HTLV-III. Em
1986 foi identificado um segundo agente etimológico, também retrovírus, estreitamente
relacionado ao HIV-1, denominado HIV-2.
Seropositivoé um individuo portadordo HIV/SIDA, quando a pessoa é contaminada passa a ser
soropositivo, isto é, podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença e ter sinais e
sintomas de AIDS. No entanto, mesmo sem desenvolver a doença, quem tiver o vírus HIV pode
transmiti-lo para outras pessoas.
5.1. FORMAS DE TRANSMISSÃO
As principais formas de transmissão do HIV/SIDA são:
● Sexual;
13
● Sanguínea (em receptores de sangue ou hemoderivados e em usuários de drogas injetáveis, ou
UDI);
● Vertical (da mãe para o filho, durante a gestação, parto ou por aleitamento). Além dessas
formas, mais frequentes, também pode ocorrer a transmissão ocupacional, ocasionada por
acidente de trabalho, em profissionais da área da saúde que sofrem ferimentos com instrumentos
pérfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes infectados pelo HIV/SIDA.
principal forma de exposição em todo o mundo é a sexual, sendo que a transmissão
heterossexual, nas relações sem o uso de preservativo é considerada pela OMS como a mais
frequente. Na África sub-Sahariana, é a principal forma de transmissão. Nos países
desenvolvidos, a exposição ao HIV por relações homossexuais ainda é a responsável pelo maior
número de casos, embora as relações heterossexuais estejam aumentando proporcionalmente
como uma tendência na dinâmica da epidemia. Os fatores que aumentam o risco de transmissão
do HIV em uma relação heterossexual são: alta viremia, imunodeficiência avançada, relação anal
receptiva, relação sexual durante a menstruação e presença de outra DST, principalmente as
ulcerativas. Sabese hoje que as úlceras resultantes de infecções sexualmente transmissíveis como
cancro mole, sífilis e herpes genital, aumentam muito o risco de transmissão do HIV. Sangüínea
A transmissão sangüínea associada ao uso de drogas injetáveis é um meio muito eficaz de
transmissão do HIV, devido ao uso compartilhado de seringas e agulhas. Essa via de transmissão
adquire importância crescente em várias partes do mundo, como na Ásia, América Latina e no
Caribe. A transmissão mediante transfusão de sangue e derivados é cada vez menos relevante
nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle da qualidade do sangue
utilizado, como é o caso do Brasil. Vertical A transmissão vertical, decorrente da exposição da
criança durante a gestação, parto ou aleitamento materno, vem aumentando devido à maior
transmissão heterossexual. Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção
pelo HIV, da ordem de 30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América do
Norte e Europa, situam-se em torno de 15 a 29%. O principal motivo dessa diferença deve-se ao
fato de que, na África, a transmissão heterossexual é mais intensa, e que neste continente, o
aleitamento materno é muito mais freqüente do que nos países industrializados. A transmissão
intra-uterina é possível em qualquer fase da gravidez; porém é menos frequente no primeiro
trimestre. As infecções ocorridas nesse período não têm sido associadas a malformações fetais. O
14
risco de transmissão do HIV da mãe para o filho pode ser reduzido em até 67% com o uso de
AZT durante a gravidez e no momento do parto, associado à administração da mesma droga ao
recém-nascido por seis semanas. Um estudo realizado nos Estados Unidos (Aids Clinical Trial
Group 076 ou ACTG-076) demonstrou redução na transmissão vertical de 25,6% para 8,3% com
o uso de AZT durante a gravidez. A transmissão pelo leite materno é evitada com o uso de leite
artificial ou de leite humano processado em bancos de leite, que fazem aconselhamento e triagem
das doadoras. Ocupacional A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da
saúde sofrem ferimentos com instrumentos pérfuro-cortantes contaminados com sangue de
pacientes portadores do HIV. Estima-se que o risco médio de contrair o HIV após uma exposição
percutânea a sangue contaminado seja de aproximadamente 0,3%. No caso de exposição de
mucosas, esse risco é de aproximadamente 0,1%. Os factores de risco já identificados como
favorecedores deste tipo de contaminação são: a profundidade e extensão do ferimento a
presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento, o procedimento que
resultou na exposição e que envolveu a colocação da agulha diretamente na veia ou artéria de
paciente portador de HIV e, finalmente, o paciente fonte da infecção mostrar evidências de
imunodeficiência avançada, ser terminal ou apresentar carga viral elevada.
5.2. MEIOS DE NÃO TRANSMISSÃO
Os meios de não transmissão do HIV são:
 Contacto com a saliva
 As lagrimas
 O suor
 As fezes ou a urina
 Picada de insetos
 Abraços
O HIV também não é transmitido através da picada de insetos, tais como os mosquitos, ou
através de animais domésticos. O HIV não é transmitido através da utilização casas de banho
comuns e através de piscinas, saunas, ginásios. O HIV não é transmitido por abraçar ou dar a
mão a uma pessoa infetada.
15
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e
feminino em todas as relações sexuais.
5.3. SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas são:
 Dor de cabeça;
 Febre baixa;
 Cansaço excessivo;
 Ínguas (gânglios) inflamadas;
 Garganta inflamada;
 Dor nas articulações;
 Aftas ou feridas na boca;
 Suores noturnos;
 Pneumonia
 Tuberculose
 Toxoplasmose
 Hepatites virais
 Alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncerde colo
do útero.
5.4. TIPOS DE TESTES
Existem três tipos de testes para o HIV/SIDA que temos a seguir:
 Testes de anticorpos;
 Testes de antígeno/anticorpo;
16
 Testes de ácido nucléico (NATS).
5.5. FAZES EVOLUTIVAS DA INFECÇÃO PELO HIV
● Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os pacientes
com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e pode ou não vir acompanhada
de febre. Nessa situação deve ser considerada a possibilidade de infecção oportunista,
particularmente tuberculoses, lançando-se mão de investigação clínica e laboratorial específicas.
● Fadiga: também é freqüente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV e pode ser
referida como mais intensa no final de tarde e após atividade física excessiva. Fadiga progressiva
e debilitante deve alertar para a presença de infecção oportunista, devendo ser sempre
pesquisada.
● Emagrecimento: é um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados com infecção
pelo HIV, sendo referido em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente
encontra-se associado a outras condições como anorexia. A associação com diarréia aquosa o faz
mais intenso.
● Diarréia: consiste em manifestação freqüente da infecção pelo HIV desde sua fase inicial.
Determinar a causa da diarréia pode ser difícil e o exame das fezes para agentes específicos se
faz necessário. Na infecção precoce pelo HIV, patógenos entéricos mais comuns devem ser
suspeitados: Salmonellasp, Shigellasp, Campylobactersp, Giardia lamblia, Entamoebahistolytica,
adenovírus, rotavírus. Agentes como Cryptosporidiumparvum e Isosporabelli, geralmente
reconhecidos em fase mais avançada da doença causada pelo HIV, podem apresentar-se como
expressão clínica autolimitada, principlamente com a elevação da contagem de células T CD4+
obtida com o iníco do tratamento antiretroviral. Quando a identificação torna-se difícil ou falha,
provas terapêuticas empíricas podem ser lançadas, baseando-se nas características
epidemiológicas e clínicas do quadro.
● Sinusopatias: sinusites e outras sinusopatias ocorrem com relativa freqüência entre os
pacientes com infecção pelo HIV. A forma aguda é mais comum no estágio inicial da doença
pelo HIV, incluindo os mesmos agentes considerados em pacientes imunocompetentes:
17
Streptococuspneumoniae, Moraxellacatarrhalis e H. influenzae. Outros agentes como S. aureus e
P. aeruginosa e fungos têm sido achados em sinusite aguda, porém seu comprometimento em
sinusites crônicas é maior. Febre, cefaléia, sintomas locais, drenagem mucopurulenta nasal
fazem parte do quadro.
● Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente): a candidíase oral é a mais comum
infecção fúngica em pacientes portadores do HIV e apresenta-se com sintomas e aparência
macroscópica característicos. A forma pseudomembranosa consiste em placas esbranquiçadas
removíveis em língua e mucosas que podem ser pequenas ou amplas e disseminadas. Já a forma
eritematosa é vista como placas avermelhadas em mucosa, palato mole e duro ou superfície
dorsal da língua. A queilite angular, também freqüente, produz eritema e fissuras nos ângulos da
boca. Mulheres HIV+ podem apresentar formas extensas ou recorrentes de candidíase vulvo-
vaginal, com ou sem acometimento oral, como manifestação precoce de imunodeficiência pelo
HIV, bem como nas fases mais avançadas da doença. As espécies patogênicas incluem
Candidaalbicans, C. tropicalis, C. parapsilosis e outras menos comumente isoladas.
● Leucoplasia Pilosa Oral: é um espessamento epitelial benigno causado provavelmente pelo
vírus Epstein-Barr, que clinicamente apresenta-se como lesões brancas que variam em tamanho e
aparência, podendo ser planas ou em forma de pregas, vilosidades ou projeções. Ocorre mais
frequentemente em margens laterais da língua, mas podem ocupar localizações da mucosa oral:
mucosa bucal, palato mole e duro.
● Gengivite: a gengivite e outras doenças periodontais pode manifestar-se de forma leve ou
agressiva em pacientes com infecção pelo HIV, sendo a evolução rapidamente progressiva,
observada em estágios mais avançados da doença, levando a um processo necrotizante
acompanhado de dor, perda de tecidos moles periodontais, exposição e seqüestro ósseo.
● Úlceras Aftosas: em indivíduos infectados pelo HIV é comum a presença de úlceras
consideravelmente extensas, resultantes da coalescência de pequenas úlceras em cavidade oral e
faringe, de caráter recorrente e etiologia não definida. Resultam em grande incômodo produzindo
odinofagia, anorexia e debilitação do estado geral com sintomas constitucionais acompanhando o
quadro.
18
● Herpes Simples Recorrente: a maioria dos indivíduos infectados pelo HIV é coinfectada com
um ou ambos os tipos de vírus herpes simples (1 e 2), sendo mais comum a evidência de
recorrência do que infecção primária. Embora o HSV-1 seja responsável por lesões orolabiais e o
HSV-2 por lesões genitais, os dois tipos podem causar infecção em qualquer sítio. Geralmente a
apresentação clínica dos quadros de recorrência é atípica ao comparar-se aos quadros em
indivíduos imunocompetentes, no entanto, a sintomatologia clássica pode manifestar-se
independente do estágio da doença pelo HIV.
● Herpes Zoster: de modo similar ao que ocorre com o HSV em pacientes com doença pelo
HIV, a maioria dos adultos foi previamente infectada pelo vírus varicela zoster, desenvolvendo
episódios de herpes zosterfreqüentes. O quadro inicia com dor radicular, rash localizado ou
segmentar comprometendo um a três dermátomos, seguindo o surgimento de maculopapulas
dolorosas que evoluem para vesículas com conteúdo infectante. Pode também apresentar-se com
disseminação cutânea extensa.
19
Conclusão
O relatório que se acaba de apresentar, reúne um conjunto de conhecimentos que vão permitir a
compreensão das actividades, realizadas nos campus universitários de Nángala e da síntese dos
seminários que ocorreram ao longo do semestre na presente cadeira.
As investigações em sexualidade são fundamentais, ainda é necessário percorrer um longo
caminho na desmitificação de crenças e tabus que condicionam até a iniciativa de busca de
informação, o que resulta numa passividade e ignorância face aos comportamentos sexuais e às
práticas de risco. Em investigações futuras na área do conhecimento sobre DST´s e
comportamentos sexuais protegidos seria importante realizar entrevistas directas de forma a ser
possível esclarecer alguns aspectos que poderão suscitar mais dúvidas. Será também fundamental
garantir grupos mais homogéneos e incluir outras faixas etárias nestes estudos, como por
exemplo populações mais idosas.
20
Referências Bibliográficas
Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo
HIV em adultos. Brasília: Ministério da Saúde; 2018. Disponível
em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-
manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adultos
BRITO-JUNIOR, M. S.; COELHO, K.S.C.; MERHY, E.E. Carga viral indetectável do vírus da
imunodeficiência humana no sangue e a correlação com o sêmen: um estudo de revisão
sistemática proporcionando o conhecimento dos profissionais no Sistema Único de Saúde. Saúde
em Redes, 7(2), 2021.
FORESTO, J.S.; MELO, E.S.; COSTA, C.R.B.; ANTONINI, M.; GIR, A.; REIS, R.K. Adesão à
terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/aids em um municípiodo interior
paulista. Rev. Gaúcha Enferm., 38 (1), 2017.
MEDEIROS, F.B.; FARIA, E.R.; PICCININI, C.A. Maternidade e HIV: Continuidade do
Tratamento e Adesão em Mulheres após Parto. Psico-USF 26 (1), Jan-Mar, 2021.
OLIVEIRA, R.S.; RIBEIRO-PRIMEIRA, M.; SANTOS, W.M. PAULA, C.C.; PADOIN,
S.M.M. Associação entre suporte social com adesão ao tratamento antirretroviral em pessoas
vivendo com o HIV. Rev. Gaúcha Enferm., 41, 2020.
UNAIDS – JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME on HIV/AIDS
(CH). Anambitioustreatmenttargetto help endthe AIDS epidemic. Geneva: UNAIDS; 2014.

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Relatório sobre HIV/SIDA e DST na região de Lichinga

  • 1. Ana Clarisse José Relatório de Tema Transversal Universidade Rovuma Lichinga 2022
  • 2. Ana Clarisse José Relatório de Tema Transversal (Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 2º Ano) Trabalho de pesquisa, da cadeira de Tema Transversal a ser apresentado no Departamento de Ciências Empresariais, Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 2° Ano. Docente: Dra. Florinda N'ssepe. Universidade Rovuma Lichinga 2022
  • 3. Índice 1. Introdução............................................................................................................................ 3 1.1. Objectivos......................................................................................................................... 3 1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................. 3 1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 3 1.2. Metodologia...................................................................................................................... 3 2. Tipos de transmissão ........................................................................................................... 4 2.1. Activista............................................................................................................................ 4 2.2. Metodologia de ensino de Aprendizagem das DTS-HIV SIDA ...................................... 5 2.3. O que coloca as populações-chave em risco de contrair HIV e ITS? .............................. 6 2.3.1. Nível Alto de Risco de infecção por HIV ..................................................................... 6 3.4. Importância da Prevenção do HIV SIDA......................................................................... 7 3.5. Impacto e Prevalência do HIV SIDA na região Austral da África e EM Moçambique... 7 4. Definição de DTS/HIV/SIDA ............................................................................................. 9 4.1. Doenças Sexualmente Transmissíveis.............................................................................. 9 4.2.Anatomia dos órgãos genitais, Masculinos e Femininos e suas Funções, Vias de ......... 10 4.2.1. A transmissão do HIV ................................................................................................. 10 4.2.2. Anatomia dos órgãos genitais...................................................................................... 11 5. CONCEITO E ORIGEM DO HIV/SIDA ......................................................................... 12 5.1. FORMAS DE TRANSMISSÃO.................................................................................... 12 5.2. MEIOS DE NÃO TRANSMISSÃO .............................................................................. 14 5.3. SINAIS E SINTOMAS .............................................................................................. 15 5.4. TIPOS DE TESTES ....................................................................................................... 15 5.5. FAZES EVOLUTIVAS DA INFECÇÃO PELO HIV................................................... 16 Conclusão.............................................................................................................................. 19 Referências Bibliográficas .................................................................................................... 20
  • 4.
  • 5. 3 1. Introdução O presente relatório da cadeira de Tema Transversal, versará os seguintes temas: HIV/SIDA, Definição de DTS/HIV/SIDA, Tipos e Modos de Transmissão de HIV. O relatório, como o próprio nome diz, é o relato detalhado de um experimento científico, seja este realizado em laboratório ou através de simulação computacional. Uma actividade prática de uma disciplina experimental, culmina com a elaboração do relatório, conferindo a este, portanto, o papel de ser parte do experimento. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo Geral  Analisar HIV/SIDA, Definição de DTS/HIV/SIDA, Tipos e Modos de Transmissão de HIV. 1.1.2. Objectivos Específicos  Demonstrar as formas de transmissão de ITS e HIV.  Dar a conhecer impacto e prevalência do HIV.  Mostrar o papel e actividades dos activistas. 1.2. Metodologia Este trabalho de pesquisa, tornou-se possível graças a metodologia usada, sendo a consulta bibliográfica de algumas legislações, teses, dissertações, monografias e artigos científicos no formato físico assim como no formato electrónico que debruçam o tema de uma forma aprofundada. De igual modo foi também usado de observação directa como método e técnica de recolha de dados feitas nos campus universitários da Universidade Rovuma Extensão de Niassa, que consistiu na análise e observação.
  • 6. 4 2. Tipos de transmissão O vírus HIV é transmitido através do contacto com sangue, sémen ou líquidos vaginais contaminados. Entre as principais formas de transmissão estão:  Sexo vaginal, oral e anal sem preservativo/camisinha;  Compartilhamento de seringas e agulhas com sangue contaminado;  Reutilização de objetos perfurocortantes, como alicates de unhas com sangue contaminado;  De mãe para filho durante a gestação, amamentação ou parto;  Transfusão de sangue, caso o mesmo esteja contaminado;  Transplantes de órgãos. 2.1. Activista É um processo de Ensino e Aprendizagem entre pessoas que compartilham algo em comum (por exemplo, pessoas que tem o mesmo sexo, profissão, idade, religião, identidade de género, orientação sexual) para transmissão de informações e troca de experiências que visam a mudança de comportamento. No processo activista, eles são os responsáveis por fazer a transmissão de informações correctas e facilitar a troca de conhecimentos e experiências com os junto a seus pares. 2.1.1. Perfil de Activista  Ser aceite na comunidade  Ser Responsável  Saber ler e escrever  Se identificar com a actividade que vai realizar 2.1.2. Responsabilidade do activista  Transmitir informações correctas aos seus pares;
  • 7. 5  Encorajar junto aos pares o uso correcto e consistente do Preservativo;  Desencorajar o abuso ou consumo excessivo de álcool e consumo de drogas;  Requisitar insumos de prevenção e material informativo;  Fazer a disponibilização de preservativos;  Fazer e receber referências para diversos serviços;  Acompanhar os pares para os serviços referidos e fazer o seguimento; 2.2. Metodologia de ensino de Aprendizagem das DTS-HIV SIDA As DST são transmitidas de um corpo ao outro pelo contacto sexual, pelos líquidos vaginais e pelo esperma trocados durante as relações sexuais. Essa também é a principal via de transmissão do vírus da aids, chamado de vírus da imunodeficiência humana e mais conhecido pela sigla HIV. A aids também pode ser contraída pelo sangue (por meio de seringas e agulhas contaminadas), do leite materno contaminado e da mãe para o bebê durante a gravidez. Assim, trabalhar pela prevenção das DST/HIV/aids é trabalhar para que as pessoas possam se proteger durante as relações sexuais, utilizando o preservativo. É trabalhar para que usem seringas descartáveis e tenham os cuidados necessários na hora da gravidez, do parto e da amamentação. 2.2.1. Grupo alvo População Chave:  Mulheres trabalhadoras de sexo  Usuários de Drogas Injectáveis  Homens que fazem sexo com Homens  População Reclusória 2.2.2. População Vulnerável:  Clientes de Trabalhadoras de Sexo  Adolescentes e jovens em risco de contrair o HIV e ITS através do sexo transacional  Parceiros regulares das trabalhadoras de sexo  Filhos das MTS
  • 8. 6 2.3. O que coloca as populações-chave em risco de contrair HIV e ITS? Embora qualquer pessoa possa contrair HIV e ITS, os seguintes factores aumentam o risco de infecção:  Ter vários parceiros sexuais ou fazer o trabalho de sexo;  Ter relações sexuais com parceiros sexuais casuais sem preservativo;  Não usar preservativo;  Uso incorrecto ou inconsistente do preservativo;  Usar um lubrificante impróprio para preservativos (não à base de água);  Violação sexual;  Uso de drogas injetáveis;  Consumo excessivo de Álcool e Drogas, incluindo fazer o trabalho de sexo sob efeito de álcool e drogas;  Partilhar objectos cortantes e perfurantes tais como siringas, laminas, agulhas, corta- unhas, etc  ITS não tratadas ou tratadas de forma incorrecta. 2.3.1. Nível Alto de Risco de infecção por HIV As populações chaves que fazem as seguintes praticas são consideradas com nível de alto risco: - Ter relações sexuais anal ou vaginal sem preservativo - Ter relações sexuais sem preservativo enquanto tem uma ITS - Ter sexo sem preservativo com uma pessoa que tem uma ITS - Ter relações sexuais com vários parceiros sexuais sem preservativo - Fazer o trabalho de sexo sob efeito de álcool e drogas - Usar vaselina ou óleo para lubrificar um preservativo - Partilhar de seringas e agulhas com alguém que usa drogas injectáveis - Partilhar objectos cortantes e perfurantes (exemplo laminas, agulhas, etc)
  • 9. 7 3. Prevenção do HIV 3.1. Via sexual Para prevenir a transmissão do HIV durante as relações sexuais é necessário utilizar preservativo, em particular durante a penetração, desde o início até ao final da mesma. Existem preservativos masculinos, femininos e barreiras de látex para o sexo oral. Além disso, recomenda-se a utilização de lubrificantes de base aquosa para evitar danos no preservativo. Esses lubrificantes, no caso de não utilização de preservativos, impedem a ocorrência de traumatismos nos tecidos dessas zonas do corpo devido à fricção. Para complementar a utilização de preservativo surgiu a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste na utilização de medicamentos antiretrovirais em pessoas sem infecção por HIV , de modo a impedir a introdução da infecção por HIV nas células, após contacto. 3.2. Via vertical Se estiver grávida (ou estiver a pensar em engravidar) e for HIV positiva, é importante saber que os tratamentos para o HIV permitem melhorar a saúde materna e, em simultâneo, reduzir eficazmente o risco de transmissão do vírus ao seu futuro filho ou filha durante a gravidez e o parto. No caso do leite materno, a amamentação não é recomendada. 3.3. Via sanguínea Evitar a partilha de objetos pessoais que possam ter estado em contacto com sangue com o HIV, tais como escovas de dentes, objetos perfurantes, seringas, agulhas, etc. É importante esterilizar o material utilizado para piercings e tatuagens. 3.4. Importância da Prevenção do HIV SIDA E importante pois assim evitamos a contaminação massiva do vírus no mundo inteiro por isso e importante que a população chave, população prioritária e publico em geral se previna para que não posso ser infectado pelo vírus do HIV. 3.5. Impacto e Prevalência do HIV SIDA na região Austral da África e EM Moçambique Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do HIV, Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV. O quadro epidemiológico nacional de acordo com o Ministro da Saúde, " não nos deve desencorajar.
  • 10. 8 O risco de infecção pelo HIV, alertou o Ministro da Saúde, "é alto entre as populações chave, mulheres e raparigas adolescentes e mulheres jovens, sendo que em 2020 os adolescentes e jovens foram responsáveis por 40% das novas infecções por HIV". Aliás, em 2019, a região da África Subsaariana, com apenas 12% da população mundial, concentrava cerca de 68% das pessoas de todas as idades vivendo com o HIV no mundo, e Moçambique, pelas estatísticas, o segundo país na região que mais contribui em novas infecções por HIV. E é com o objectivo de alterar este quadro, que arrancou esta Quarta-feira, na capital moçambicana, a VIII Reunião Nacional do Programa Nacional de Controlo às ITS HIV/SIDA, cuja abertura foi presidida pelo Ministro da Saúde. Durante três dias, os participantes do encontro que decorre no formato virtual e presencial, vão avaliar o grau de implementação das actividades preconizadas para o controlo da epidemia do HIV/SIDA no país. Para já, a "boa nova" é que não obstante a pandemia da COVID-19, o HIV e SIDA não foi relegado para um plano secundário. "A resposta enérgica ao HIV e SIDA continua a ser uma emergência nacional e um desafio importante de saúde, desenvolvimento, direitos humanos, segurança e social", assegurou Armindo Tiago, realçando ainda que a implementação das intervenções pelas diferentes áreas multidisciplinares e multissectoriais continua a ser prioridade do Governo de Moçambique e as mesmas não devem ser desaceleradas, sendo que sua monitoria e avaliação são um imperativo. Inserido na região Austral de África, a mais fortemente afectada pela epidemia do HIV, Moçambique continua a ser desafiado no controlo do HIV. O quadro epidemiológico nacional de acordo com o Ministro da Saúde, "não nos deve desencorajar. Pelo contrário, deve continuar a inspirar-nos na identificação contínua de prioridades e na testagem de intervenções que se revelem capazes de acelerar a redução de novas infecções, a redução da mortalidade, a redução da taxa de transmissão do HIV da mãe para o filho e o alcance de zero descriminação". Actualmente, 74% das Pessoas Vivendo com HIV em Moçambique estão a receber gratuitamente o Tratamento Antirretroviral (TARV) e 94% da rede sanitária pública oferece
  • 11. 9 Serviços TARV, sendo que nos últimos anos, o país tem observado uma tendência de redução de novas infecções e de mortalidade por HIV. Em Moçambique, as prioridades para o controlo do HIV, passam pela prevenção, o aconselhamento e testagem, a ligação dos elegíveis aos Serviços TARV, a retenção e adesão ao tratamento e o apoio psicossocial. 4. Definição de DTS/HIV/SIDA 4.1. Doenças Sexualmente Transmissíveis Adler (2004) descreve as doenças sexualmente transmissíveis como sendo infecções cujo principal meio de transmissão é o contacto sexual. Westheimer & Lopater (2004) especificam que uma doença sexualmente transmissível é qualquer doença que pode ser transmitida de uma pessoa para outra através do contacto sexual, como contacto oral-genital, contacto oral-anal, relações sexuais anais, ou qualquer outro tipo de comportamento sexual. Segundo a Associação para o Planeamento da Família (APF), as infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) são o agente que pode desencadear as doenças sexualmente transmissíveis (DST´s). Muitas vezes estas designações são entendidas como sinónimos, mas, como destaca a APF, o importante é saber que a principal via de transmissão são as relações sexuais. Neste sentido, a designação “doenças sexualmente transmissíveis”. (DST´s) reflecte maior expressividade e objectividade. Por outro lado, a designação “infecções sexualmente transmissíveis” apesar de mais abrangente, revela-se imprecisa, pois muitos germes podem ser transmitidos causando a infecção, podendo, no entanto não mostrar sinais ou sintomas, ou seja, a doença (Rodrigo & Mayer-da-Silva, 2003). A antiga terminologia de “doenças venéreas” é, hoje em dia, raramente utilizada (Westheimer & Lopater, 2004). O facto de as doenças poderem ser transmitidas sexualmente é conhecido há mais de 3500 anos (Westheimer & Lopater, 2004). Já os papiros do antigo Egipto descreviam sintomas daquilo a
  • 12. 10 que hoje em dia se sabem ser vaginites e infecções da vulva. Autores romanos e gregos descreviam condições que estariam associadas à gonorreia, herpes genital, cancróide, linfogranuloma venéreo, e vírus do papiloma humano. A sífilis, doença sexualmente transmissível mais debatida e investigada da história, terá sido trazida das Caraíbas para a Europa pelos marinheiros de Cristóvão Colombo, originando uma séria epidemia neste continente. Na idade média a sífilis e a gonorreia eram tidas como a mesma doença, só com o surgimento da bacteriologia foi possível distinguir as bactérias responsáveis por cada uma das doenças. Albert Neisser, em 1879, foi o primeiro investigador a descrever a bactéria causadora da gonorreia. (Waugh, 1991, citado por Westheimer & Lopater, 2004). 4.2.Anatomia dos órgãos genitais, Masculinos e Femininos e suas Funções, Vias de Transmissão das DTS, Sinais e Sintomas. 4.2.1. A transmissão do HIV O vírus da imunodeficiência humana (HIV) que provoca a SIDA, transmite-se pelos líquidos orgânicos – em particular o sangue, o esperma, as secreções vaginais e o leite materno. Sabe-se actualmente que o vírus é transmitido de quatro formas: através de relações sexuais sem protecção com um parceiro seropositivo (caso mais frequente); através do sangue e de produtos sanguíneos, por exemplo através de uma transfusão de sangue contaminado ou de um implante de órgão ou de tecidos, ou ainda através da utilização de agulhas ou outro instrumento perfurante contaminado; da mãe para o filho durante a gravidez ou o parto; através do aleitamento. O HIV não se transmite através de contactos físicos vulgares, nem através da tosse, dos espirros ou do beijo; não se transmite durante a utilização das casas de banho e de instalações sanitárias comuns, nem através da utilização de lixo ou do consumo de alimentos ou de bebidas que foram tocadas por uma pessoa seropositiva; o vírus não se propaga através dos mosquitos nem por outras picadas de insectos. O HIV enfraquece o sistema imunitário humano, impedindo-o de lutar eficazmente contra a infecção. Uma pessoa pode viver com o vírus durante dez anos ou mais sem que surja qualquer
  • 13. 11 sintoma e sem que se declare qualquer doença durante a maior parte deste período, podendo no entanto contaminar outras pessoas. Os primeiros sintomas de SIDA são nomeadamente os seguintes: cansaço crónico, diarreia, febre, alteração das funções mentais tais como perda de memória, perda de peso, tosse persistente, dermatites agudas e sucessivas, herpes e infecções orais, hipertrofia de gânglios linfáticos. As doenças oportunistas tais como o cancro, a meningite, a pneumonia e a tuberculose podem também aproveitar-se do enfraquecimento do sistema imunitário. Os períodos de doença podem ser alternados por períodos de remissão, mas a SIDA é uma doença mortal. Estão em curso pesquisas para a criação de uma vacina, mas até hoje os ensaios não foram conclusivos. Existem actualmente medicamentos anti-retrovirais que retardam a progressão da doença e prolongam a vida. São muito dispendiosos e, consequentemente, impossíveis de suportar para a maior parte dos doentes, mas a situação está a alterar-se rapidamente. O HIV é um vírus frágil que apenas sobrevive num pequeno número de situações. Só pode penetrar no organismo através dos locais naturalmente húmidos e não se pode infiltrar através de uma pele saudável. A prevenção consiste assim em colocar uma barreira para impedir a penetração do vírus, utilizando por exemplo preservativos ou um equipamento de protecção como luvas ou máscaras (conforme seja mais conveniente), e em certificar-se de que os instrumentos perfurantes não estejam contaminados; a lixívia, os detergentes fortes e a água muito quente destroem o vírus. 4.2.2. Anatomia dos órgãos genitais O sistema reprodutor é responsável pela reprodução, uma característica de todos os seres vivos. Ela é fundamental para a perpetuação da espécie, uma vez que os seres vivos se originam de outros iguais a eles por meio desse processo. Em nível molecular, a reprodução está relacionada com a capacidade que o DNA tem de se duplicar. Tanto o óvulo quanto o espermatozoide são formados por meiose de células denominadas germinativas, que são diploides. Os gametas têm origem em órgãos especializados chamados
  • 14. 12 gônadas. Existem, portanto, gônadas femininas, os ovários, que produzem óvulos; e gônadas masculinas, os testículos, que produzem espermatozóides. 5. CONCEITO E ORIGEM DO HIV/SIDA HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. SIDA significa síndrome de imunodeficiência adquirida. É um conjunto de sinais e de sintomas que aparecem pela deficiência do sistema imunitário, que vai ficando com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença. Pode surgir após a infeção por VIH. A Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystiscarinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes factos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. Em 1983 o agente etimológico foi identificado: tratava-se de um retrovírus humano, atualmente denominado vírus da Imunodeficiência humana, HIV-1, que anteriormente foi denominado LAV e HTLV-III. Em 1986 foi identificado um segundo agente etimológico, também retrovírus, estreitamente relacionado ao HIV-1, denominado HIV-2. Seropositivoé um individuo portadordo HIV/SIDA, quando a pessoa é contaminada passa a ser soropositivo, isto é, podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença e ter sinais e sintomas de AIDS. No entanto, mesmo sem desenvolver a doença, quem tiver o vírus HIV pode transmiti-lo para outras pessoas. 5.1. FORMAS DE TRANSMISSÃO As principais formas de transmissão do HIV/SIDA são: ● Sexual;
  • 15. 13 ● Sanguínea (em receptores de sangue ou hemoderivados e em usuários de drogas injetáveis, ou UDI); ● Vertical (da mãe para o filho, durante a gestação, parto ou por aleitamento). Além dessas formas, mais frequentes, também pode ocorrer a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho, em profissionais da área da saúde que sofrem ferimentos com instrumentos pérfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes infectados pelo HIV/SIDA. principal forma de exposição em todo o mundo é a sexual, sendo que a transmissão heterossexual, nas relações sem o uso de preservativo é considerada pela OMS como a mais frequente. Na África sub-Sahariana, é a principal forma de transmissão. Nos países desenvolvidos, a exposição ao HIV por relações homossexuais ainda é a responsável pelo maior número de casos, embora as relações heterossexuais estejam aumentando proporcionalmente como uma tendência na dinâmica da epidemia. Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV em uma relação heterossexual são: alta viremia, imunodeficiência avançada, relação anal receptiva, relação sexual durante a menstruação e presença de outra DST, principalmente as ulcerativas. Sabese hoje que as úlceras resultantes de infecções sexualmente transmissíveis como cancro mole, sífilis e herpes genital, aumentam muito o risco de transmissão do HIV. Sangüínea A transmissão sangüínea associada ao uso de drogas injetáveis é um meio muito eficaz de transmissão do HIV, devido ao uso compartilhado de seringas e agulhas. Essa via de transmissão adquire importância crescente em várias partes do mundo, como na Ásia, América Latina e no Caribe. A transmissão mediante transfusão de sangue e derivados é cada vez menos relevante nos países industrializados e naqueles que adotaram medidas de controle da qualidade do sangue utilizado, como é o caso do Brasil. Vertical A transmissão vertical, decorrente da exposição da criança durante a gestação, parto ou aleitamento materno, vem aumentando devido à maior transmissão heterossexual. Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção pelo HIV, da ordem de 30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América do Norte e Europa, situam-se em torno de 15 a 29%. O principal motivo dessa diferença deve-se ao fato de que, na África, a transmissão heterossexual é mais intensa, e que neste continente, o aleitamento materno é muito mais freqüente do que nos países industrializados. A transmissão intra-uterina é possível em qualquer fase da gravidez; porém é menos frequente no primeiro trimestre. As infecções ocorridas nesse período não têm sido associadas a malformações fetais. O
  • 16. 14 risco de transmissão do HIV da mãe para o filho pode ser reduzido em até 67% com o uso de AZT durante a gravidez e no momento do parto, associado à administração da mesma droga ao recém-nascido por seis semanas. Um estudo realizado nos Estados Unidos (Aids Clinical Trial Group 076 ou ACTG-076) demonstrou redução na transmissão vertical de 25,6% para 8,3% com o uso de AZT durante a gravidez. A transmissão pelo leite materno é evitada com o uso de leite artificial ou de leite humano processado em bancos de leite, que fazem aconselhamento e triagem das doadoras. Ocupacional A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde sofrem ferimentos com instrumentos pérfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes portadores do HIV. Estima-se que o risco médio de contrair o HIV após uma exposição percutânea a sangue contaminado seja de aproximadamente 0,3%. No caso de exposição de mucosas, esse risco é de aproximadamente 0,1%. Os factores de risco já identificados como favorecedores deste tipo de contaminação são: a profundidade e extensão do ferimento a presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento, o procedimento que resultou na exposição e que envolveu a colocação da agulha diretamente na veia ou artéria de paciente portador de HIV e, finalmente, o paciente fonte da infecção mostrar evidências de imunodeficiência avançada, ser terminal ou apresentar carga viral elevada. 5.2. MEIOS DE NÃO TRANSMISSÃO Os meios de não transmissão do HIV são:  Contacto com a saliva  As lagrimas  O suor  As fezes ou a urina  Picada de insetos  Abraços O HIV também não é transmitido através da picada de insetos, tais como os mosquitos, ou através de animais domésticos. O HIV não é transmitido através da utilização casas de banho comuns e através de piscinas, saunas, ginásios. O HIV não é transmitido por abraçar ou dar a mão a uma pessoa infetada.
  • 17. 15 O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. 5.3. SINAIS E SINTOMAS Os sinais e sintomas são:  Dor de cabeça;  Febre baixa;  Cansaço excessivo;  Ínguas (gânglios) inflamadas;  Garganta inflamada;  Dor nas articulações;  Aftas ou feridas na boca;  Suores noturnos;  Pneumonia  Tuberculose  Toxoplasmose  Hepatites virais  Alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncerde colo do útero. 5.4. TIPOS DE TESTES Existem três tipos de testes para o HIV/SIDA que temos a seguir:  Testes de anticorpos;  Testes de antígeno/anticorpo;
  • 18. 16  Testes de ácido nucléico (NATS). 5.5. FAZES EVOLUTIVAS DA INFECÇÃO PELO HIV ● Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os pacientes com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e pode ou não vir acompanhada de febre. Nessa situação deve ser considerada a possibilidade de infecção oportunista, particularmente tuberculoses, lançando-se mão de investigação clínica e laboratorial específicas. ● Fadiga: também é freqüente manifestação da infecção sintomática inicial pelo HIV e pode ser referida como mais intensa no final de tarde e após atividade física excessiva. Fadiga progressiva e debilitante deve alertar para a presença de infecção oportunista, devendo ser sempre pesquisada. ● Emagrecimento: é um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados com infecção pelo HIV, sendo referido em 95-100% dos pacientes com doença em progressão. Geralmente encontra-se associado a outras condições como anorexia. A associação com diarréia aquosa o faz mais intenso. ● Diarréia: consiste em manifestação freqüente da infecção pelo HIV desde sua fase inicial. Determinar a causa da diarréia pode ser difícil e o exame das fezes para agentes específicos se faz necessário. Na infecção precoce pelo HIV, patógenos entéricos mais comuns devem ser suspeitados: Salmonellasp, Shigellasp, Campylobactersp, Giardia lamblia, Entamoebahistolytica, adenovírus, rotavírus. Agentes como Cryptosporidiumparvum e Isosporabelli, geralmente reconhecidos em fase mais avançada da doença causada pelo HIV, podem apresentar-se como expressão clínica autolimitada, principlamente com a elevação da contagem de células T CD4+ obtida com o iníco do tratamento antiretroviral. Quando a identificação torna-se difícil ou falha, provas terapêuticas empíricas podem ser lançadas, baseando-se nas características epidemiológicas e clínicas do quadro. ● Sinusopatias: sinusites e outras sinusopatias ocorrem com relativa freqüência entre os pacientes com infecção pelo HIV. A forma aguda é mais comum no estágio inicial da doença pelo HIV, incluindo os mesmos agentes considerados em pacientes imunocompetentes:
  • 19. 17 Streptococuspneumoniae, Moraxellacatarrhalis e H. influenzae. Outros agentes como S. aureus e P. aeruginosa e fungos têm sido achados em sinusite aguda, porém seu comprometimento em sinusites crônicas é maior. Febre, cefaléia, sintomas locais, drenagem mucopurulenta nasal fazem parte do quadro. ● Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente): a candidíase oral é a mais comum infecção fúngica em pacientes portadores do HIV e apresenta-se com sintomas e aparência macroscópica característicos. A forma pseudomembranosa consiste em placas esbranquiçadas removíveis em língua e mucosas que podem ser pequenas ou amplas e disseminadas. Já a forma eritematosa é vista como placas avermelhadas em mucosa, palato mole e duro ou superfície dorsal da língua. A queilite angular, também freqüente, produz eritema e fissuras nos ângulos da boca. Mulheres HIV+ podem apresentar formas extensas ou recorrentes de candidíase vulvo- vaginal, com ou sem acometimento oral, como manifestação precoce de imunodeficiência pelo HIV, bem como nas fases mais avançadas da doença. As espécies patogênicas incluem Candidaalbicans, C. tropicalis, C. parapsilosis e outras menos comumente isoladas. ● Leucoplasia Pilosa Oral: é um espessamento epitelial benigno causado provavelmente pelo vírus Epstein-Barr, que clinicamente apresenta-se como lesões brancas que variam em tamanho e aparência, podendo ser planas ou em forma de pregas, vilosidades ou projeções. Ocorre mais frequentemente em margens laterais da língua, mas podem ocupar localizações da mucosa oral: mucosa bucal, palato mole e duro. ● Gengivite: a gengivite e outras doenças periodontais pode manifestar-se de forma leve ou agressiva em pacientes com infecção pelo HIV, sendo a evolução rapidamente progressiva, observada em estágios mais avançados da doença, levando a um processo necrotizante acompanhado de dor, perda de tecidos moles periodontais, exposição e seqüestro ósseo. ● Úlceras Aftosas: em indivíduos infectados pelo HIV é comum a presença de úlceras consideravelmente extensas, resultantes da coalescência de pequenas úlceras em cavidade oral e faringe, de caráter recorrente e etiologia não definida. Resultam em grande incômodo produzindo odinofagia, anorexia e debilitação do estado geral com sintomas constitucionais acompanhando o quadro.
  • 20. 18 ● Herpes Simples Recorrente: a maioria dos indivíduos infectados pelo HIV é coinfectada com um ou ambos os tipos de vírus herpes simples (1 e 2), sendo mais comum a evidência de recorrência do que infecção primária. Embora o HSV-1 seja responsável por lesões orolabiais e o HSV-2 por lesões genitais, os dois tipos podem causar infecção em qualquer sítio. Geralmente a apresentação clínica dos quadros de recorrência é atípica ao comparar-se aos quadros em indivíduos imunocompetentes, no entanto, a sintomatologia clássica pode manifestar-se independente do estágio da doença pelo HIV. ● Herpes Zoster: de modo similar ao que ocorre com o HSV em pacientes com doença pelo HIV, a maioria dos adultos foi previamente infectada pelo vírus varicela zoster, desenvolvendo episódios de herpes zosterfreqüentes. O quadro inicia com dor radicular, rash localizado ou segmentar comprometendo um a três dermátomos, seguindo o surgimento de maculopapulas dolorosas que evoluem para vesículas com conteúdo infectante. Pode também apresentar-se com disseminação cutânea extensa.
  • 21. 19 Conclusão O relatório que se acaba de apresentar, reúne um conjunto de conhecimentos que vão permitir a compreensão das actividades, realizadas nos campus universitários de Nángala e da síntese dos seminários que ocorreram ao longo do semestre na presente cadeira. As investigações em sexualidade são fundamentais, ainda é necessário percorrer um longo caminho na desmitificação de crenças e tabus que condicionam até a iniciativa de busca de informação, o que resulta numa passividade e ignorância face aos comportamentos sexuais e às práticas de risco. Em investigações futuras na área do conhecimento sobre DST´s e comportamentos sexuais protegidos seria importante realizar entrevistas directas de forma a ser possível esclarecer alguns aspectos que poderão suscitar mais dúvidas. Será também fundamental garantir grupos mais homogéneos e incluir outras faixas etárias nestes estudos, como por exemplo populações mais idosas.
  • 22. 20 Referências Bibliográficas Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília: Ministério da Saúde; 2018. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para- manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adultos BRITO-JUNIOR, M. S.; COELHO, K.S.C.; MERHY, E.E. Carga viral indetectável do vírus da imunodeficiência humana no sangue e a correlação com o sêmen: um estudo de revisão sistemática proporcionando o conhecimento dos profissionais no Sistema Único de Saúde. Saúde em Redes, 7(2), 2021. FORESTO, J.S.; MELO, E.S.; COSTA, C.R.B.; ANTONINI, M.; GIR, A.; REIS, R.K. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/aids em um municípiodo interior paulista. Rev. Gaúcha Enferm., 38 (1), 2017. MEDEIROS, F.B.; FARIA, E.R.; PICCININI, C.A. Maternidade e HIV: Continuidade do Tratamento e Adesão em Mulheres após Parto. Psico-USF 26 (1), Jan-Mar, 2021. OLIVEIRA, R.S.; RIBEIRO-PRIMEIRA, M.; SANTOS, W.M. PAULA, C.C.; PADOIN, S.M.M. Associação entre suporte social com adesão ao tratamento antirretroviral em pessoas vivendo com o HIV. Rev. Gaúcha Enferm., 41, 2020. UNAIDS – JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME on HIV/AIDS (CH). Anambitioustreatmenttargetto help endthe AIDS epidemic. Geneva: UNAIDS; 2014.