O documento descreve a estrutura e o conteúdo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Apresenta uma visão geral da realidade socioeconômica e cultural da América Latina, com desafios como a globalização, violência e degradação ambiental, e defende uma Igreja mais inculturada e comprometida com os povos indígenas e afrodescendentes.
2. Estrutura do Texto
Três partes e 10 capítulos
Parte I – Capítulos 1 e 2 – VER – A vida de nossos
povos
Parte II – Capítulos 3 a 6 – JULGAR – A vida de
Jesus Cristo nos discípulos missionários
Parte III – Capítulos 7 a 10 – AGIR – A vida de Jesus
Cristo para nossos povos
3. Introdução
Razão de ser da V Conferência
Fizemos isso como pastores - estimular a ação evangelizadora da
Igreja
Em comunhão com todas as Igrejas locais
Maria – presença permanente – Santos Latino-americanos
Presença de Bento XVI
Oração do povo – peregrinos do Santuário
4. Visão geral
Evangelho - dramático e desigual encontro de povos e culturas
Igreja – luzes e sombras - por perseguições como pelas debilidades,
compromissos mundanos e incoerências, em outras palavras, pelo
pecado de seus filhos
Riquezas de nossos povos: a fé no Deus de amor e a tradição católica
na vida e na cultura. Manifesta-se:
na fé madura de muitos batizados e na piedade popular
na caridade
na consciência da dignidade da pessoa,
5. na paixão pela justiça,
na esperança contra toda esperança
na alegria de viver que move o coração de
nosso povo
na sabedoria diante da vida,
Tradição católica = cimento fundamental de
identidade, originalidade e unidade da América latina
e do Caribe
6. A V Conferência
Dá continuidade e recapitula o caminho de
fidelidade, renovação e evangelização da Igreja
latino-americana
tarefa de conservar e alimentar a fé do povo de
Deus
A Igreja é chamada a repensar e a relançar com
fidelidade e audácia sua missão nas novas
circunstâncias latino-americanas e mundiais
Isso não depende de grandes programas e
estruturas, mas de homens e mulheres novos
7. Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a
conhecimento, a um elenco de algumas normas e de proibições, a
práticas de devoção fragmentadas, a adesões seletivas e parciais das
verdades da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à
repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados
que não convertem a vida dos batizados
Desafio: revitalizar nosso modo de ser católico e nossas opções
pessoais pelo Senhor
Evangelização muito mais missionária
Não ter medo
V Conferência – continuidade às anteriores
Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e
transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos
confiou ao nos chamar e nos escolher.
8. I Parte – A vida de nossos povos
Ver-Julgar-Agir – retomado – pedido das bases
Capítulo 1 – Os Discípulos missionários
Mudanças – afligem, mas não confundem as
grandes mudanças que experimentamos;
Peregrinos (Santuário) = seguidores de Jesus
– Encontro pessoa com Jesus
9. 1.1. Ação de graças
Amor de Deus
Chamados a ser instrumentos de seu Reino
Dom da palavra – é amigo – dá-se a nós: eucaristia –
perdão – Maria
Sofrimento, a injustiça e a cruz = desafio = viver como
Igreja Samaritana
Pela fé transmitida pelas avós e avôs, as mães e pais,
os catequistas, os rezadores
O mundo criado é belo
10. 1.2. A alegria de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo
Ser cristão não é uma carga, mas um dom (28)
A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado
pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio (29)
1.3. A missão da Igreja é evangelizar
Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não
profetas de desventuras (30)
No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo
a Jesus pobre (31)
No rosto de Jesus Cristo, podemos ver o rosto humilhado de tantos
homens e mulheres de nossos povos e sua vocação à liberdade, à
plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre
todos (32)
12. 2.1. A realidade que nos desafia como discípulos e
missionários
Mudanças afetam a vida dos latino-americanos e
caribenhos – Daí o desafio: discernir os sinais dos tempos
(33)
Características das mudanças
* Alcance global
* Afetam o mundo inteiro
* Globalização
Contribuem para as mudanças - a ciência e a tecnologia...
13. Ciência e tecnologia com sua capacidade de manipular
geneticamente a própria vida dos seres vivos, e com sua
capacidade de criar uma rede de comunicações de alcance
mundial, tanto pública como privada (34)
Conseqüências
- Impactando a cultura, a economia, a política, as ciências,
a educação, o esporte, as artes e a religião
Objetivo dos bispos: saber como este fenômeno afeta a vida
dos povos e o sentido religioso e ético (35)
Realidade
14. Maior e mais complexa que as simplificações com que
costumávamos vê-la em um passado ainda não muito distante –
Sentimento de impotência (36)
Traz uma crise de sentido (37)
Sentido religioso – tradições culturais e religiosidade popular (37)
Também esses sentidos começam a diluir-se – causa: MCS (38)
Os meios de comunicação invadiram todos os espaços e todas as
conversas, introduzindo-se também na intimidade do lar (39)
15. Ideologia de gênero = cada um escolhe sua
orientação sexual – enfraquecimento da vida
familiar (40)
Diante disso: Cristo é a referência para o cristão
(41)
As pessoas não se assustam com a diversidade. O
que de fato as assusta é não conseguir reunir o
conjunto de todos estes significados da realidade
em uma compreensão unitária que lhes permita
exercer sua liberdade com discernimento e
responsabilidade (42)
16. 2.1.1. – Situação sócio-cultural
Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o
cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua
relação com o mundo e com Deus (44)
Sobrevalorização da subjetividade individual
Abandono ao bem comum, busca da realização imediata dos
desejos individuais (45)
Ciência e técnica colaboram (45)
Nova colonização cultural (46)
Afirmação dos direitos individuais e subjetivos (47)
Realidade das mulheres – múltiplas violências (48)
17. Cultura do consumo – maiores vítimas: novas gerações – perdem
sentido do passado e do futuro e a referência aos valores e instâncias
religiosas (51)
Diante disso: o testemunho é componente chave na vivência da fé (55)
Diversidade cultura da AL – riqueza: indígenas – afro-descendentes -
cultura camponesa – cultura mestiça
Estas culturas coexistem em condições desiguais com a chamada
cultura globalizada. Elas exigem reconhecimento e oferecem valores
que constituem uma resposta aos anti-valores da cultura e que se
impõem através dos meios de comunicação de massas: comunitarismo,
valorização da família, abertura à transcendência e solidariedade. Estas
culturas são dinâmicas e estão em interação permanente entre si e com
as diferentes propostas culturais
18. Cultura urbana:
híbrida, dinâmica e mutável
fruto das migrações
problemas de pertença e identidade (58)
Assumir a diversidade cultural, que é um imperativo do momento (59)
2.1.2 – Situação econômica
Fenômeno da globalização – conquista da família humana (60)
Fenômeno complexo com muitas dimensões – voltada para o mercado,
produz iniqüidades e injustiça (61), concentração de poder e riqueza
(62) – responsabilidade dos empresários: criar fontes de trabalho (62)
19. Necessidade: globalização diferente (63)
Contemplar o rosto dos excluídos a partir desta nova globalização
(64) - Uma globalização sem solidariedade afeta negativamente os
setores mais pobres
Instituições financeiras e transnacionais – subordinam as
economias locais (66)
Agrocombustíveis – cuidado com a sobrevivência das pessoas
(66)
Os Tratados de Livre Comércio – nem sempre combate a fome (67)
Dívidas interna e externa (68)
20. Sistema financeiro – concentração de riqueza e de renda (69)
Corrupção – setor público e privado
Desemprego
Latifúndios X Reforma Agrária
Mobilidade humana – migração e itinerância – dentro e fora do país
2.1.3. Dimensão sócio-política
Constatação: certo progresso democrático
Preocupação: regressão autoritária (74)
21. Enfraquecimento do Estado: não pode existir democracia
verdadeira e estável sem justiça social, sem divisão real de
poderes e sem a vigência do Estado de direito (76)
Corrupção – legislativos e executivos – judiciário
tendencioso (77)
Violência – Causas: a idolatria elo dinheiro, o avanço de
uma ideologia individualista e utilitarista, a falta de respeito
pela dignidade de cada pessoa, a deterioração do tecido
social, a corrupção inclusive nas forças de ordem e a falta
de políticas públicas de equidade social (78)
Violação de Direitos Humanos
22. Esperança: integração regional (82): À origem comum unem-se a
cultura, a língua e a religião que podem contribuir para que a integração
não seja só de mercados, mas de instituições civis e de pessoas.
Também é positiva a globalização da justiça, no campo dos direitos
humanos e dos crimes contra a humanidade
2.1.4. Biodiversidade, ecologia, Amazônia, Antártida
Maior biodiversidade está aqui
Apropriação intelectual ilícita dessa riqueza – patenteamento pelas
indústrias farmacêuticas e de biogenética (83)
População local excluída das decisões
23. Agressão ao meio-ambiente – pretexto para a internacionalização
da Amazônia - A sociedade panamazônica é pluriétnica,
pluricultural e plurireligiosa. As populações tradicionais da região
querem que seus territórios sejam reconhecidos e legalizados. (86)
Antártida – degelo Ártico – atinge fauna e flora - aquecimento
global
2.1.5. Presença dos povos indígenas e afro-americanos na Igreja
Indígenas e Afro-americanos – duas raízes da população – depois
os migrantes da Europa – Daí – mestiçagem = base social e cultura
dos povos latino-americanos e caribenho (88)
24. Indígenas e afro - exigem respeito e reconhecimento - emergem agora
na sociedade e na Igreja. Este é um novo tempo para aprofundar o
encontro da Igreja com estes setores humanos que reivindicam o
reconhecimento pleno de seus direitos individuais e coletivos, serem
levados em consideração na catolicidade com sua cosmovisão, seus
valores e suas identidades particulares, para viver um novo Pentecostes
eclesial (90)
Como Igreja que assume a causa dos pobres, estimulamos a
participação dos indígenas e afro-americanos na vida eclesial Vemos
com esperança o processo de inculturação discernido à luz do
magistério. É prioritário fazer traduções católicas da Bíblia e dos
textos litúrgicos nos idiomas desses povos. Necessita-se,
igualmente, promover mais as vocações e os ministérios ordenados
procedentes destas culturas (94)
É preciso descolonizar as mentes (96)
25. 2.2. Situação de nossa Igreja nesta hora histórica de desafios
Igreja – deficiências e ambigüidades – testemunha Cristo
– tem confiança e credibilidade (98)
Frutos da ação da Igreja
a) Conhecimento da Palavra
b) Renovação litúrgica – Mistério Pascal – religiosidade
popular – piedade eucarística – devoção Mariana –
inculturação da liturgia nos indígenas e afro
c) Estima pelos presbíteros – diaconato permanente –
ministérios leigos ...
26. a) Missionários ad gentes
b) Renovação pastoral nas paróquias – florescimento das
CEBs – movimentos e novas comunidades
c) Doutrina Social da Igreja – riqueza sem preço – pastoral
social – Caritas – Pascom
d) Pastoral orgânica – diálogo ecumênico
Sombras
a) crescimento percentual da Igreja não segue o mesmo ritmo que o
crescimento populacional. Na média, o aumento do clero, e sobretudo,
das religiosas, distancia-se cada vez mais do crescimento
populacional em nossa região
b) Eclesiologia e espiritualidade contrárias às do Vaticano II – opção
pelos pobres débil...
27. c) Escasso acompanhamento aos leigos que atuam em
estruturas de ordem temporal – ênfase no ritualismo –
espiritualidade individualista – mentalidade relativista
d) Linguagem pouco significativas – presença da Igreja nas
universidades e nos mcs;
e) Poucos padres e mal distribuídos – comunidades sem
eucaristia dominical – clero sem espírito missionário – falta
de recursos para manter as pastorais
f) Perda do sentido transcendental – católicos que abandonam
a Igreja
g) Pluralismo religioso – dificuldade no diálogo ecumênico
h) Católicos que se afastam do evangelho
28. II Parte – A vida de Jesus Cristo nos
discípulos missionários
Capítulo III – A alegria de ser
discípulos missionários para
anunciar o evangelho de Jesus
Cristo
29. Como saber o caminho?
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida
Palavra de Deus feita carne – verdadeiro Deus/Homem
Jesus – primeiro evangelizador = evangelho de Deus (103)
3.1. A boa nova da dignidade humana
Bendizemos a Deus:
Dignidade da pessoa humana
Dom da fé
Por ser filhos(as) de Deus
Louvor – pelos que trabalham na defesa da dignidade
humana
30. 3.2. A boa nova da vida
Louvamos:
Dom da vida
Pelo perdão
Bendizemos
Pelo dom de Jesus Cristo
Abertura da pessoa à verdade e ao bem comum
(108)
31. Proposta de Jesus diante:
Vida sem sentido – vida íntima de Deus (109)
Desespero/morte – ressurreição/vida eterna
Idolatria – vida em Deus
Subjetivismo – entrega da vida
Individualismo – caminhar juntos
Exclusão – direito dos fracos
Estruturas de morte – vida plena
Natureza ameaçada – cuidado da terra
32. 3.3. A boa nova da família
Proclamamos o valor da família = escola de fé, palestra de valores
humanos e cívicos (114)
Agradecemos – Cristo eleva família a Igreja Doméstica
Bendizemos – criação do homem e mulher - ainda que hoje se queira
confundir esta verdade (116)
Deus ama nossas famílias, apesar de tantas feridas e divisões
3.4. A boa nova da atividade humana
3.4.1. O trabalho
Louvamos – trabalho = participação na tarefa criadora e serviço aos
irmãos
33. Progresso terreno e a santificação da pessoa (121)
O desemprego, a injusta remuneração pelo trabalho e o viver sem querer
trabalhar são contrários ao desígnio de Deus
O Domingo – dia de descanso
Empresas - A atividade empresarial é boa e necessária quando respeita a
dignidade do trabalhador, o cuidado do meio-ambiente e se ordena o
bem comum. Perverte-se ao visar só o lucro, atenta contra os direitos dos
trabalhadores e a justiça (122)
3.4.2. A ciência e a tecnologia
São boas, prolongam a vida, mas não têm as respostas às grandes
interrogações da vida humana
34. 3.5. A boa nova do destino universal dos bens e da ecologia
Universo = espaço para a vida e a convivência
Discípulo e missionário – cuidar da criação (125)
Ecologia humana aberta à transcendência (126) – respeitar o
desenvolvimento sustentável
3.6. O Continente da esperança e do amor
Agradecemos – maioria é batizada - Reconhecemos o dom da
vitalidade da Igreja que peregrina na América Latina e no Caribe, sua
opção pelos pobres, suas paróquias, suas comunidades, suas
associações, seus movimentos eclesiais, novas comunidades e seus
múltiplos serviços sociais e educativos.
Protagonismo - mulheres, indígenas, afro-americanas, os homens do
campo e habitantes de áreas marginais das grandes cidades (128)
36. 4.1. Chamados ao seguimento de Jesus Cristo
Chamado de Jesus = grande novidade (131) – encontro com Ele que
é fonte de vida
Vínculo com Jesus (Videira-ramos) = irmãos
Resposta – dinâmica do Bom Samaritano = imperativo de nos fazer
próximos, especialmente com o que sofre, e gerar uma sociedade sem
excluídos (135)
4.2. Parecidos com o Mestre
Espírito Santo identifica: Jesus Caminho-Verdade-Vida
Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário
assumir a centralidade do Mandamento do amor (138)
37. Prática das bem-aventuranças
Testemunho dos mártires (140)
Presença de Maria (141)
Encontro com Jesus na leitura orante da Palavra, sacramento
do perdão e da eucaristia, na entrega aos irmãos.
4.3. Enviados a anunciar o Evangelho do Reino da vida
Missão de quem é chamado – anunciar o Reino
Cumprir esta missão não é uma tarefa opcional, mas parte
integrante da identidade cristã, porque é a difusão
testemunhal da própria vocação (144)
38. Discipulado e missão são como os dois lados de uma mesma
moeda
Esta é a tarefa essencial da evangelização, que inclui a opção
preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e a
autêntica libertação cristã. (146)
o discípulo missionário há de ser um homem ou uma
mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai,
especialmente aos pobres e pecadores (147)
a santidade não é uma fuga para o intimismo ou para o
individualismo religioso, muito menos um abandono da
realidade urgente dos grandes problemas econômicos, sociais
e políticos da América Latina e do mundo e, muito menos, uma
fuga da realidade para um mundo exclusivamente espiritual
(148)
39. 4.4. Animados pelo Espírito Santo
O Espírito na Igreja forja missionários
decididos e valentes como Pedro (cf. At
4,13) e Paulo (cf. At 13,9), indica os lugares
que devem ser evangelizados e escolhe
aqueles que devem faze-lo (cf. At 13,2).
Igreja – continua essa obra
41. 5.1. Chamados a viver em comunhão
Encontro com Jesus – indispensável para a vida comunitária e a atividade
missionária
Comunhão dos fiéis e Igrejas locais – comunhão na Trindade
Diante da tentação de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas
espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos
chegou através da comunidade eclesial.
A comunhão – Pão da Palavra e do Corpo de Cristo (158)
Igreja = casa e escola de comunhão
Igreja – cresce, não por proselitismo mas por atração (159)
Católicos – fé esporádica = piedade a Jesus, devoção a Maria e aos
santos = convidados a aprofundar a fé e participar plenamente da Igreja
Igreja = comunhão de amor = servidora da humanidade
42. 5.2. Lugares de comunhão
a) A diocese
Discipulado e missão supõem pertença a uma comunidade
Igreja – existe e se manifesta na Igreja Particular (165) que é
totalmente Igreja, mas não é toda a Igreja (166)
Igreja Particular – se renove em sua vida e ardor missionário
Cada Diocese necessita fortalecer sua consciência
missionária, saindo ao encontro dos que ainda não crêem em
cristo no espaço de seu próprio território e responder
adequadamente aos grandes problemas da sociedade na qual
está inserida (168)
43. É chamada a sair em busca de todos os batizados que não
participam na vida das comunidades cristãs
Necessidade de Pastoral Orgânica (169)
b) A paróquia, comunidade de comunidades
Paróquias = células vivas da Igreja – lugar privilegiada da
experiência de Cristo e da comunhão
Desejo da Conferência – valente ação renovadora as
paróquias (170)
Renovação = reformulação de suas estruturas
Número dos fiéis nas celebrações dominicais (173)
44. Renovação missonária exige imaginação e criatividade para atingir
multidões (173)
Mundo urbano – urgente criação de novas estruturas pastorais
Leigos missionários – formação – seu campo específico de ação (174)
Os sacramentos e as paróquias
Flagelo da fome - Cada paróquia deve chegar a concretizar em sinais
solidários seu compromisso social nos diversos meios em que ela se
move, com toda “a imaginação da caridade”. Não pode ser alheia aos
grandes sofrimentos que a maioria de nossa gente vive e que com muita
freqüência são pobrezas escondidas (176)
Eucaristia e confissão – relativismo – perda do sentido do pecado –
presbíteros = zelo pastoral e entranhas de misericórdia – tempo para as
confissões (177)
45. c) Comunidades Eclesiais de Base e pequenas comunidades
CEBs – escolas que forma cristãos comprometidos com a fé
Célula inicial de estruturação eclesial
Foco de fé e evangelização
Compromisso evangelizador e missionário entre os simples e
afastados
Expressão visível da opção preferencial pelos pobres
Fonte e semente de variados serviços e ministérios
Sinal de vitalidade na Igreja Particular
Em seu esforço de corresponder aos desafios dos tempos atuais, as
comunidades eclesiais de base terão cuidado para não alterar o tesouro
precioso da Tradição e do Magistério da Igreja
Outras formas válidas de pequenas comunidades – eucaristia como
centro
46. d) As Conferências Episcopais
Espaço de discernimento solidário sobre os grandes problemas da
sociedade e da Igreja
Estímulo para oferecer orientações pastorais
CELAM - organismo eclesial de fraterna ajuda episcopal, cuja
preocupação fundamental é colaborar para a evangelização do
Continente
5.3. Discípulos missionários com vocações específicas
Discipulado – brota de Jesus Cristo pela fé e batismo – cresce na Igreja
Desafios apresentados à Igreja:
47. Êxodo para seitas
Correntes culturais contrárias a Cristo e à Igreja
Desmotivação de presbíteros
Escassez de sacerdotes
Mudança de paradigmas culturais
Globalização e secularização
Violência, pobreza e injustiça
Cultura de morte
48. a) Bispos
Junto e sob autoridade do papa
Vocação de servir o povo – Referência = Cristo Bom Pastor
Promover caridade e santidade dos fiéis
Mestres da fé
Fazer da Igreja casa e escolha de comunhão
Missão de acolher, discernir e animar carismas, ministérios e serviços
na Igreja
Carinho com os bispos eméritos
49. b) Presbíteros
Identidade e missão
Maioria é modelo para os demais
Desafios:
Identidade teológica do ministério – Não é mero delegado ou apenas
representante da comunidade, mas dom para ela.
O ministério na cultura atual – adequada formação
Aspectos vitais e afetivos, celibato e vida espiritual – ministério tem
radical forma comunitária e só pode se desenvolver como tarefa
coletiva (195) – valorizar o celibato como dom de Deus (196)
Estruturais = paróquias muito grandes – paróquias muito pobres –
regiões de violência – má distribuição de presbíteros
50. Homem de misericórdia e compaixão
Presbíteros: discípulos – missionários – servidores
Pastoral Presbiteral
Formação Permanente
Fraternidade e colaboração dos que deixaram o ministério
c) Párocos
Atitudes novas para renovar as paróquias
Pároco = autêntico discípulo de Cristo
Leigos = co-responsáveis na formação dos discípulos e na missão
Superar a burocracia – Conselho de Pastorais Paroquiais – Conselho de
Assuntos Econômicos (203)
Cuidado especial com a família – chegar a todos e não só aos afastados
51. d) Diáconos Permanentes
Ordenados para o serviço da Palavra, da caridade e da liturgia
Adequada formação
Não é necessário criar nos candidatos ao diaconato expectativas
permanentes que superem a natureza própria que corresponde ao grau
do diaconato.
e) Os fiéis leigos e leigas
Define quem são – LG 31 (DA 209 s)
Sua missão se realiza no mundo
52. Dever = tornar crível a fé que professam – autenticidade e coerência em
sua conduta
Pastores - estarão dispostos a abrir para eles espaços de participação e
a confiar ministérios e responsabilidades em uma Igreja onde todos
vivam de maneira responsável seu compromisso cristão
Formação doutrinal, pastoral, espiritual
Colocar-se em estado de missão
Sinais de esperança: associações leigas – movimentos apostólicos –
comunidades eclesiais e novas comunidades – que devem ser apoiadas
pelos pastores (214)
CL = Reconhecemos o valor e a eficiência dos Conselhos paroquiais,
Conselhos diocesanos e nacionais de fiéis leigos, porque incentivam a
comunhão e a participação na Igreja e sua presença ativa no mundo
53. f) Os consagrados/as
Fazer de seus lugares de presença, de sua vida fraterna em comunhão e
de suas obras, lugares de anúncio explícito do Evangelho,
principalmente aos mais pobres
Sejam especialistas em comunhão (218)
Diante da secularização – dar testemunho da primazia de Deus (três
votos)
AL e Caribe – necessitam da vida contemplativa
Novas formas de vida consagrada – acolhidas - O Bispo precisa usar um
discernimento sério e ponderado sobre seu sentido, necessidade e
autenticidade (222)
Organização – Cisal (Confederação de Insititutos Seculares) e CLAR e
Conferências Nacionais
54. 5.4. Os que deixaram a Igreja para outros grupos religiosos
Razão = muitas vezes, a pessoa sincera que sai de nossa
Igreja não o faz pelo que os grupos “não católicos” crêem,
mas, fundamentalmente por causa de como eles vivem; não
por razões doutrinais, mas vivenciais; não por motivos
estritamente dogmáticos, mas pastorais; não por problemas
teológicos, mas metodológicos de nossa Igreja (225)
Reforçar 4 eixos: Experiência religiosa – vivência comunitária
– formação bíblico-doutrinal – compromisso missionário de
toda a comunidade (para reencantá-los com a Igreja e
voltarem)
55. 5.5. Diálgo ecumênico e interreligioso
a) Para que o mundo creia
Caminho irrenunciável para o discípulo e missionário
Ecumenismo – exigência evangélica mais que sociológica
Necessidade de reabilitar a apologética (229)
Unidade = dom do Espírito Santo
Necessitamos de mais agentes de diálogo e melhor
qualificados
Tornar mais conhecidas as declarações que a Igreja Católica
tem subscrito no campo do ecumenismo desde o Concílio
56. Estudar o Diretório Ecumênico
Mobilidade humana – ocasião para o diálogo ecumênico
Novos grupos religiosos – confundem ecumenismo com diálogo
interreligioso e causam obstáculos na conquista de frutos nesse diálogo
Diálogo – diminui proselitismo – cresce conhecimento recíproco –
testemunho comum (233)
b) Relação com o judaísmo e diálogo interreligioso
Judeus – são irmãos maiores
Dói em nós a história de desencontros que eles tem sofrido, também em
nossos países
57. A presença da Igreja entre as religiões não
cristãs é feita de empenho, discernimento e
testemunho, apoiados na fé, esperança e
caridade teologais
O diálogo interreligioso não significa que
deixar de anunciar a Boa Nova de Jesus
Cristo aos povos não cristãos, mas com
mansidão e respeito por suas convicções
religiosas.
59. 6.1. Uma espiritualidade Trinitária do encontro com Jesus
Trindade-amor – base do encontro com Cristo
a) O encontro com Jesus Cristo
“Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande
idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma
Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação
decisiva”
b) Lugares de encontro
Na fé recebida e vivida na Igreja (246)
60. Na Sagrada Escritura – Desconhecer a Escritura é
desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo – educar na
leitura e meditação da Palavra (247) – necessidade de Pastoral
Bíblica = animação bíblica da pastoral (248) – Lectio divina
(249)
Na Sagrada Liturgia – Eucaristia = lugar privilegiado de
encontro (251) – viver segundo o Domingo - Sem uma
participação ativa na celebração eucarística dominical e nas
festas de preceito não existirá um discípulo missionário maduro
– Pastoral do Domingo com prioridade nos programas pastorais
(252) – Comunidades sem eucaristia também podem viver
segundo o domingo com a celebração dominical da Palavra –
rezar pelas vocações (253)
61. No sacramento da reconciliação (254)
Na oração pessoal e comunitária (255)
Na comunidade viva na fé e no amor fraterno
(256)
Nos pobres, aflitos e enfermos - No
reconhecimento desta presença e proximidade e
na defesa dos direitos dos excluídos encontra-se
a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo (257)
62. c) Piedade Popular – lugar de encontro com Cristo
Nela aparece a alma dos povos latinos – precioso tesouro da
Igreja(Bento XVI)
Está presente em todos os setores sociais de diversas formas
– multidão que merece respeito (258)
Tipos – festas de padroeiros – novenas – rosários – via-sacra
– procissões – danças – cânticos de folclore religioso –
santos – promessas – orações em família – peregrinações - A
decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma
confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de
esperança e a chegada é um encontro de amor (259) –
Santuários = lugar de decisões pessoais (260)
63. Fé – pode ser aprofundada - isso só pode acontecer se valorizarmos
positivamente o que o Espírito Santo já semeou. A piedade popular é um
“imprescindível ponto de partida para conseguir que a fé do povo
amadureça e se faça mais fecunda” (262) – precisa de sensibilidade –
todos devem ter contato com a bíblia – participar dos sacramentos –
celebração de domingo
Legítima maneira de viver a fé (264)
Identificação com o Cristo sofredor e com Maria
d) Maria – discípula fiel
Com ela chega a cumprimento a esperança dos pobres e o desejo de
salvação – nela encontramo-nos com a Trindade (267)
Ela é artífice da comunhão (268)
Trouxe o evangelho à América (269)
64. Escola de fé (270)
Ensina-nos o primado da escuta da Palavra – é mãe da Palavra
encarnada (271)
Ensina: atitudes de atenção – serviço – entrega – gratuidade – Casa e
escola de comunhão
e) Os apóstolos e os santos
Suas vidas = lugares de encontro com Jesus
Paulo – João – José – mártires que com valentia, perseveraram na
promoção dos direitos das pessoas, foram perspicazes no discernimento
crítico da realidade à luz do ensino social da Igreja e críveis pelo
testemunho coerente de suas vidas (274)
65. 6.2. O processo de formação dos discípulos missionários
a) Aspectos do processo
Encontro com Jesus Cristo – testemunho pessoal – anúncio do
querigma – ação missionária
Conversão
Discipulado – catequese permanente e vida sacramental
Comunhão – não há vida cristã fora da comunidade
Missão – inseparável do discipulado
66. b) Critérios gerais
Formação integral, querigmática, permanente
Atenta a dimensões diversas
Dimensão humana e comunitária
Dimensão espiritual
Dimensão intelectual
Dimensão pastoral e missionária
Uma formação respeitosa dos processos
Vida nova em Cristo requer: intinerários diversificados, respeitosos dos
processos pessoais e dos ritmos comunitários, contínuos e graduais
Nas dioceses – projeto orgânico de formação – equipes de formação
67. Uma formação que contempla o acompanhamento dos discípulos
Bispo = princípio da unidade
Presbíteros = cooperam com o bispo
Diáconos – ajuda bispos e presbíteros
Consagrados/as – no seguimento radical do mestre
Leigos/as – colaboram na formação de comunidades
Uma formação na espiritualidade da ação missionária
Cada vocação tem modo concreto e diferente de viver a
espiritualidade (285)
68. 6.3. Iniciação à vida cristã e catequese permanente
a) Iniciação cristã
Desafio – imaginar e organizar novas formas de nos
aproximar dos afastados a fim de que valorizem os
sacramentos, participem da comunidade
Encarar esse desafio com decisão, coragem e
criatividade
Inciação cristã inclui querigma – catecumenato
batismal para os não batizados
69. Paróquia = lugar da iniciação cristã – tarefas irrenuniciáveis
iniciar na vida cristã os adultos e os não evangelizados
educar na fé as crinças
iniciar os não batizados que querem abraçar a fé
Ritual de Iniciação Cristã de Adultos
Proposta – o continente assuma esse processo como maneira
ordinária e indispensável de introdução na vida cristã e como
catequese básica e fundamental (294)
70. a) Catequese permanente
Tem havido progresso (295)
Limites – formação teológica e pedagógica dos catequistas – materiais e
subsídios muito variados e sem integração com a pastoral de conjunto –
falta colaboração das famílias – párocos não se empenham muito (296)
Catequese – não só ocasional – Daí: Dioceses – estabelecer processo
catequético orgânico e progressivo – Diretório de Catequese
Catequese não apenas formação doutrinal – escola de formação integral
– Subsídios a partir do Catecismo da Igreja Católica e do Compêndio da
Doutrina Social da Igreja.
Catequese – acompanhar a fé na religiosidade popular
71. 6.4. Lugares de formação para os discípulos missionários
a) A família
b) As paróquias
Lugar de formação comunitária – celebrações
Organizar várias instâncias formativas
c) Pequenas comunidades eclesiais
d) Os movimentos eclesiais e novas comunidades
São dom do Espírito Santo
Incentivar os que estão cansados
São valiosa contribuição na realização da diocese
Integrar na estrutura da diocese – unidade de fé e ação na diocese –
atenção especial aos reconhecidos pela Santa Sé (313)
72. e) Seminários e casas de formação religiosa
Ênfase à pastoral vocacional = responsabilidade de todos – começa na
família – continua na comunidade – fruto de sólida pastoral de conjunto
nas famílias, na paróquia, nas escolas católicas e demais instituições
eclesiais
Cuidar da promoção vocacional sacerdotal
Formação nos seminários – esmerada seleção dos candidatos – amor a
Maria – projeto de vida estável e definitivo – eduação da afetividade e
sexualdade – liberdade e responsabilidade social – formação intelectual
séria e profunda e inculturada para os pobres e indígenas – formação
permanente (318-326)
f) A educação católica
Insistir no autêntico fim da escola
Destacar dimensão ética e religiosa
73. f.1. Centros educativos católicos
educação cristã = projeto de ser humano em que habite Jesus Cristo
educação centrada na pessoa humana – Pastoral da Educação
meta – conduzir ao encontro com Jesus
Escoal católica – profunda renovação – resgatar a identidade católica
dos centros educativos
Educação na fé integral e transversal em todo o currículo
Liberdade de ensino – princípio irrenunciável – precisa ser garantido pelo
Estado
74. f.2. Universidades e centros superiores de educação católica
Vincular-se e harmonizar-se com a missão evangelizadora da Igreja
Fidelidade de sua especificidade cristã - responsabilidades
evangélicas: diálogo fé e razão; fé e cultura – formação de
professores e alunos através da doutrina social e moral da Igreja
Pastoral Universitária
75. III Parte
A vida de Jesus Cristo para nossos povos
Capítulo 7
A missão dos discípulos a serviço da vida plena
76. 7.1. Viver e comunicar a vida nova em Cristo a nossos
povos
Não às sombras da morte – sede de vida e de felicidade em
Cristo (350)
Pecado – recusa à vida nova em Cristo – perdão
a) Jesus a serviço da vida
Atitude de Jesus com os pobres
Eucaristia – sacia a fome de vida e felicidade – reconhecer e
servir o Cristo nos pobres
77. b) Várias dimensões da vida em Cristo
Vida nova de Jesus atinge o ser humano por inteiro
Consumismo hedonista e individualista – obscurece sentido da vida e a
degrada
c) A servido da vida plena para todos
Condições de vida dos pobres e excluídos – contradizem projeto do Pai –
desafiam os cristãos - Se pretendemos fechar os olhos diante destas
realidades, não somos defensores da vida do Reino e nos situamos no
caminho da morte (358)
d) Uma missão para comunicar vida
a doutrina, as normas, as orientações éticas e toda a atividade missionária
das Igrejas, deve deixar transparecer esta atrativa oferta de uma vida mais
digna, em Cristo, para cada homem e para cada mulher da América Latina
e do Caribe.
78. Compromisso: uma grande missão em todo o Continente - A Igreja
necessita de uma forte comoção que a impeça de se instalar na
comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do
sofrimento dos pobres do Continente - Esperamos um novo Pentecostes
que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente;
esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa
esperança (362)
7.2. Conversão pastoral e renovação missionária das comunidades
Decisão missionária – impregnar todas as estruturas eclesiais e planos
pastorais das diocese, paróquias, comunidades religiosas, movimentos
– abandonar estruturas ultrapassadas (365)
Conversão pessoal e pastoral
Não prescindir do contexto histórico
79. Conversão dos pastores – testemunho de
comunhão eclesial e de santidade: urgência
pastoral
Ir além da pastoral da conservação para uma
pastoral missionária (370)
Projeto pastoral diocesano – resposta às
exigências do mundo hoje – leigos: participar do
discernimento, da tomada de decisões, do
planejamento, da execução.
Setorizar em unidades territoriais as paróquias
com equipes de animação e coordenação
80. 7.3. Nosso compromisso com a missão ad gentes
Sinais de presença do Espírito Santo em terras de missão:
Valores do Reino nas culturas
Crenças religiosos – impulso para compromisso histórico
Nascimento de comunidade eclesial
Testemunho de pessoas e comunidades
Igrejas locais – criar centros missionários
Igreja pobre dando da própria pobreza.
82. 8.1. Reino de Deus, justiça social e caridade cristã
Sinais da presença de Deus: vivência das bem-
aventuranças – evangelização dos pobres – martírio
pela fé
Urge: criar estruturas que consolidem a ordem
social, política e econômica
Ordem justa – tarefa da política – Igreja não pode
colocar-se à margem da luta pela justiça (385)
Missão da Igreja = comunicar a vida – o amor está
mais nas obras que nas palavras
83. 8.2. A dignidade humana
Poder, riqueza, prazer = norma máxima e critério decisivo na
organização sócia – Mulher e homem estão acima disso
Existência humana – amor de Deus
Evangelho exige que se proclame a verdade sobre o ser humano (390)
8.3. A opção preferencial pelos pobres
OPP – peculiaridade da Igreja da AL
a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica
naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua
pobreza. Esta opção nasce de nossa fé em Jesus Cristo - não é
exclusiva, nem excludente (392)
84. Pobres – desafiam o trabalho da Igreja, da pastoral e de nossas atitudes
cristãs
Solidariedade - opções e gestos visíveis, principalmente na defesa da vida
e dos direitos dos mais vulneráveis e excluídos, e no permanente
acompanhamento em seus esforços por serem sujeitos de mudança e de
transformação de sua situação (394)
Igreja = advogada da justiça e defensora dos pobres (Bento XVI) – se não
há esperança para os pobres, não haverá para ninguém
Compromisso: Igreja = companheira dos mais pobres até o martírio - Hoje
queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita
nas Conferências anteriores. Que sendo preferencial implique que deva
atravessar todas nossas estruturas e prioridades pastorais
Risco da OPP ficar no plano teórico ou emotivo sem incidência no
comportamento e nas decisões – evitar o paternalismo – escutar os pobres
– a partir deles transformar sua situação – levar à amizade com eles
85. 8.4. Uma renovada pastoral social para a promoção humana integral
Evangelização = promoção humana e libertação – promoção humana =
não se reduz a aspectos particulares – deve ser integral
Compromisso = estimular o evangelho da vida e da solidariedade nos
planos pastorais – preparar leigos para intervir em assuntos sociais (400)
Fortalecer a Pastoral Social estruturada, orgânica e integral presente nas
novas realidades de exclusão e marginalização
Globalização = novos pobres (402)
Elaborar ações concretas co incidência nos Estados
Encorajar empresários e agentes econômicos – facilitar a democracia e
promover a sociedade justa e bem-estar
Maior pobreza = não reconhecer deus
86. 8.5. Globalização da solidariedade e justiça internacional
Propostas:
a) Apoiar a participação da sociedade civil para re-orientação e
reabilitação ética da política
b) Formar na ética cristã a criação de oportunidades para
todos, a luta contra a corrupção, a vigência dos direitos do
trabalho e sindicais
c) Trabalhar pelo bem comum global – desendividamento
externo
d) Examinar os Tratados inter-governamentais a respeito do
Livre Comércio
e) Colocar em prática o bem comum
87. 8.6. Rostos sofredores que doem em nós
a) Pessoas que vivem na rua nas grandes cidades
Governos – elaborar políticas inclusivas que atendam essa
população - Nunca se aceitará como solução a esta grave
problemática social a violência e inclusive o assassinato dos
meninos e jovens da rua, como tem sucedido lamentavelmente em
alguns países de nosso continente.
b) Migrantes
Fato novo e dramático
Criar estruturas nacionais e diocesanas que facilitem o encontro do
estrangeiro com a diocese de acolhida
Reforçar o diálogo e a cooperação de saída e acolhida entre as
Igrejas
Tarefa da Igreja – denúncia profética dos atropelos sofridos pelos
migrantes
88. c) Os enfermos
O combate à enfermidade tem como finalidade conseguir a harmonia física,
psíquica, social e espiritual para o cumprimento da missão recebida.
A Pastoral da Saúde = a resposta às grandes interrogações da vida – deve
ser estimuladas pelas dioceses – deve incluir diferentes campos de
atenção = HIV Aids
d) Dependentes de drogas
Droga = mancha de óleo que invade tudo –ataca países ricos e pobres,
todas as idades – Igreja = não pode ficar indiferente
Tarefa da Igreja – prevenção – acompanhamento – apoio a políticas
públicas – Promover luta frontal contra o consumo e o tráfico
Denuncia a comercialização da droga (424)
Estado – combater a comercialização (425) – Corrupção também nessa
esfera
89. e) Detidos em prisões
Cáceres – escola para aprender a delinguir
É necessário – agilidade nos procedimentos
judiciais – atenção personalizada –
formação ética
Fortalecer a Pastoral Penitenciária
91. 9.1. O matrimônio e a família
Instituição familiar ameaçada
Família – fundada no sacramento do matrimônio – homemXmulher
Família – eixo transversal de toda ação evangelizadora – Pastoral
Familiar
Legisladores, Governantes, Profissionais de Saúde – defender do
aborto e eutanásia - Devemos nos ater à “coerência eucarística”,
isto é, ser conscientes de que não podem receber a sagrada
comunhão e ao mesmo tempo agir com atos ou palavras contra os
mandamentos, em particular quando se propicia o aborto, a
eutanásia e outros graves delitos contra a vida e a família (436)
Ações da Pastoral Familiar
92. a) Comprometer outras pastorais
b) Projetos de famílias evangelizadas
c) Renovar a preparação para o matrimônio
d) Políticas e leis a favor da vida
e) Educação integral da família – amor e sexualidade
f) Atenção mães adolescentes e solteiras, viúvas,
viúvos etc
93. g) Paternidade e maternidade responsáveis
h) Ver causas das crises
i) Formação permanente dos agentes
j) Casais em situação irregular – acompanhar –
não podem comungar
k) Acesso aos Tribunais Eclesiásticos
l) Acolhida e adoção para os órfãos
m) Casas de acolhida adolescentes grávidas, lares
incompletos
n) Atenção especial com as viúvas
94. 9.2. As crianças
Orientações pastorais
a) Respeito e acolhida
b) Criar Departamento da Infância
c) Tutelar a dignidade e os direitos das
crianças
d) Apoiar as pastorais da primeira infância
e) Valorizar capacidade missionária das
crianças
f) Pesquisas sobre a infância
95. 9.3. Os adolescentes e jovens
Linhas de ação
a) Renovar a opção preferencial pelos jovens – novo impulso à PJ
b) Estimular Movimentos com pedagogia de evangelização dos
jovens
c) Opção Vocacional específica – oração pessoal – lectio divina –
eucaristia – confissão – direção espiritual
d) PJ – educação e amadurecimento na fé
e) PJ – formar para ação social e política e mudança de estruturas –
DSI
f) Capacitar jovens para o mundo do trabalho
g) Sintonia entre jovens e adultos
h) Participação dos jovens em peregrinaçoes, jornadas nacionais e
mudiais da Juventude
96. 9.4. O bem-estar dos idosos
Respeito na família
A família não deve olhar só as dificuldades que traz
conviver com eles ou o ter que atende-los. A sociedade
não pode considerá-los como um peso ou uma carga. É
lamentável que em alguns países não haja políticas
sociais que se ocupem suficientemente dos idosos já
aposentados, pensionistas, enfermos ou abandonados
Criação de políticas públicas (449)
Igreja – renovar estruturas pastorais (450)
97. 9.5. A dignidade e participação da mulher
Maria – recuperação da identidade da mulher e seu valor na Igreja
Lamentamos – mulheres não sejam valorizadas – sozinhas e
abandonadas
Superação da mentalidade machista
Escutar o clamor silenciado das mulhres excluídas e que sofrem
violência
São maioria nas comunidades
Valorizar a maternidade – missão excelente da mulher - A mulher é
insubstituível no lar, na educação dos filhos e na transmissão da fé.
Mas isto não exclui a necessidade de sua participação ativa na
construção da sociedade.
98. Ações Pastorais (458)
a) Descobrir o “gênio feminino” e promover o protagonismo da mulher
b) Garantir efetiva presença da mulher nos ministérios confiados aos
leigos, no planejamento e decisões pastorais
c) Acompanhar associações femininas
d) Leis e políticas que harmonizem trabalho da mulher com lar
9.6. A responsabilidade do pai de família
Homem – enviado pela Igreja – maioria renuncia e delega as mulheres
Maioria está à margem da Igreja – ficam vulneráveis – violência,
infidelidade, abuso de poder, dependência de drogas, alcoolismo,
machismo
99. Ações pastorais
a) Vocação do homem no conteúdo da PF
b) Papel específico de cada homem na família
c) Educação – papel do homem: no matrimônio – educação dos
filhos na fé
d) Universidades Católicas – pesquisa e reflexão sobre situação
do mundo dos homens
e) Denunciar mentalidade neoliberal – Domingo é dia do
Senhor
f) Favorecer participação dos homens na Igreja
100. 9.6. A responsabilidade do pai de família
Homem – enviado pela Igreja – maioria renuncia e delega as mulheres
Maioria está à margem da Igreja – ficam vulneráveis – violência,
infidelidade, abuso de poder, dependência de drogas, alcoolismo,
machismo
Ações pastorais
a) Vocação do homem no conteúdo da PF
b) Papel específico de cada homem na família
c) Educação – papel do homem: no matrimônio – educação dos
filhos na fé
d) Universidades Católicas – pesquisa e reflexão sobre situação
do mundo dos homens
e) Denunciar mentalidade neoliberal – Domigno é dia do Senhor
f) Favorecer participação dos homens na Igreja
101. 9.6. A cultura da vida: sua proclamação e defesa
Vida – presente gratuito de Deus
Diálogo entre ciência e fé – realizado pela ética e bioética
Condenação ao aborto e eutanásia (467)
Ações:
a) Cursos sobre família e questões éticas
b) Estudos universitários de moral familiar e bioética
c) Fóruns, painéis, seminários e congressos – temas sobre a vida
d) Conferências Episcopais – criar comitê de ética e bioética
e) Métodos naturais de regulação de natalidade
f) Acompanhar mulheres que decidem não abortar – acolher as que
abortaram
102. 9.7. O cuidado com o meio-ambiente
Natureza – herança gratuita – precisa ser preservada
Riqueza da AL – exploração irracional – culpa do modelo econômico –
industrialização selvagem – indústria extrativa
Propostas e orientações
a) Senhorio humano sobre a terra e seus recursos – vida sóbria e austera
b) Presença pastoral nas populações mais frágeis e ameaçadas
c) Modelo de desenvolvimento alternativo, integral e solidário – ecologia
natural e humana
d) Políticas públicas e participação cidadã para proteger a natureza
e) Medidas de monitoramento e controle social
Amazônia – importante para a humanidade
104. 10.1. A cultura e sua evangelização
Olhar positivo e com empatia as diferentes culturas -
O encontro da fé com as culturas purifica-as,
permite que desenvolvam suas virtualidades,
enriquece-as (477)
Inculturação da fé (479)
Denunciar os modelos antropológicos incompatíveis
com a natureza e dignidade do homem (480)
Anúncio do evangelho não pode prescindir da
cultura atual
105. 10.2. A educação do bem comum
Missão do Estado = educar
queremos nos empenhar na formação religiosa dos fiéis que assistem
às escolas públicas de gestão estatal, procurando acompanha-los
também através de outras instâncias formativas em nossas paróquias e
dioceses
10.3. Pastoral da Comunicação Social
Evangelização não pode prescindir dos mcs - A Igreja se sentiria
culpada diante de Deus se não empregasse esses poderosos meios,
que a inteligência humana aperfeiçoa cada vez mais (485)
106. Compromisso: acompanhar os comunicadores.
Como?
a) Conhecer e valorizar esta nova cultura
b) Formação dos agentes e cristãos
c) Formar comunicadores profissionais comprometidos
com valores humanos
d) MCS próprios
e) Estar presente os meios de massa
107. a) Formação crítica
b) Lei para proteger crianças, jovens e pessoas
vulneráveis
c) Políticas de comunicação
Internet – investir mais
Virtual não substitui o presencial (489)
Combater a exclusão digital (490) – explorar
“serviços” on line
108. 10.4. Novos areópagos e centros de decisão
Novos areópagos = mundo das comunicações – construção da paz –
desenvolvimento e libertação dos povos – promoção da mulher e das
crianças – ecologia e proteção da natureza – cultura – experimentação
científica – relações internacionais
Pastoral do Turismo – clubes – cinemas – esportes – centros
comerciais (493)
Nos planos de pastorais:
a) Formar leigos interlocutores entre Igreja e sociedade
b) Otimizar uso dos MCS
109. a) Atuar com artistas, esportistas,
jornalistas, apresentadores, profissionais
da moda
b) Presbíteros = formador de opinião
Aproveitar os Centros de Cultura e Fé
Arte na catequese e na liturgia
110. 10. 5. Discípulos e missionários na vida pública
A OPP exige – pastoral voltada para os construtores da sociedade
Combater o laicismo e o relativismo - Tanto um antigo laicismo
exacerbado, como um relativismo ético que se propõe como fundamento
da democracia, animam fortes poderes que pretendem refutar toda
presença e contribuição da Igreja na vida pública das nações e a
pressionam para que se retire para os templos e para seus serviços
“religiosos”. Consciente da distinção entre a comunidade política e
comunidade religiosa, base de sadia laicidade, a Igreja não deixará de
se preocupar pelo bem comum dos povos e, em especial, pela defesa
de princípios éticos não negociáveis porque estão arraigados na
natureza humana.
111. 10.6. A Pastoral Urbana
Grandes cidades = laboratório da cultura contemporânea complexa e
plural
Cidade – coexistência de binômios que desafiam a Igreja
Novas experiências = renovação de paróquias – setorizaçaõ – novos
ministérios
Nova Pastoral Urbana:
a) Responda a crescente urbanização
b) Atenda todas as camadas sociais e econômicas
c) Desenvolva a espiritualidade de gratidão
d) Aberta a novas experiências
112. e) Transforme paróquias em comunidade de comunidades
f) Aposte em comunidades ambientais
g) Fomente Pastoral da Acolhida – ir ao encontro – mcs
h) Atenda o mundo do sofrimento urbano
i) Presença da Igreja – novas paróquias e capelas, comunidades,
centros de pastoral
Os agentes de pastoral desenvolvam:
a)Pastoral adequada à realidade – linguagem e estruturas práticas
– ex. horários
b)Plano de pastoral orgânico e articulado
c) Setorização da paróquias
d)Processo de iniciação cristã – retroalimentação da fé
e)Atenção pessoal – confissão
113. f) Atenção especializada – profissionais
g) Realização de grandes eventos destinados a
multidões
h) Estratégias para chegar a lugares fechados
i) Presença profética
j) Presença nos centros de decisão da cidade
k) Formação dos leigos
l) Descentralização dos serviços eclesiais
m) Formação pastoral dos futuros presbíteros e agentes
114. 10.7. A serviço da unidade e fraternidade de nossos povos
AL e Caribe – unida – reconciliada – integrada (520)
Desafios – enfrentados de forma conjunta
O Continente da esperança deve conseguir sua integração sobre os
fundamentos da vida, do amor e da paz
Vocação da AL e Caribe para a unidade = una e plural = casa comum =
pátria de irmãos
Não há, certamente, outra região que conte com tantos fatores de
unidade como a América latina – dos quais a vigência da tradição
católica é o cimento fundamental de sua construção – mas trata-se de
uma unidade comprometida, porque é atravessada por profundas
dominações e contradições, e é incapaz de incorporar em si “todos os
sangues” e de superar a brecha de estridentes desigualdades e
marginalizações.
115. 10.8. A integração dos indígenas e afro-americanos
Compromisso: criar consciência na sociedade a respeito da
realidade indígena e seus valores, através dos meios de
comunicação social e outros espaços de opinião – prosseguir
na evangelização dos indígenas
Denunciar prática de discriminação e racismo
Defender territórios dos afro-americanos
Apoiar diálogo entre cultura negra e fé cristã e lutas pela
justiça social
Incentivar participação dos afro-americanos nas pastorais
116. 10.9. Caminhos de reconciliação e solidariedade
Necessidade – cicatrizar feridas – evitar maniqueísmos e
polarizações
Educar para a reconciliação (535)
AL e Caribe – continente da esperança e do amor (537)
Novas estruturas só com homens e mulheres novos (538)
Tarefa da Igreja – ajudar na consolidação das democracias
e educar para a paz
Radicalidade da violência X radicalidade do amor
Criação de fundo de solidariedade entre as Igrejas da AL e
Caribe
117. Conclusão
Desejo da Conferência – despertar o continente para o impulso
missionário – novo Pentecostes – ir ao encontro das pessoas
- Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos,
mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a
morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, (548)
Cuidar do tesouro da religiosidade popular – fortalecer a fé
(549)
Presença da Igreja nas periferias e junto aos pobres (550)
Missão Continental = CELAM
Auxílio de Maria
Um pedido: “Fica conosco, Senhor” (554)