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Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro
Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020 - Bloco D - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.550-013 | Ano IX - Nº 51 - Janeiro de 2015
2 4Pré-Vestibular Social: 2014, ano de muito
trabalho
Diretoria eleita do Sintuperj toma posse
Um coração que não bate
E
spaço refor-
mado, 12 lei-
tos em bom
estado de conserva-
ção e equipamen-
tos aparentemente
novos. Tudo pronto
para a reabertura
do Centro de Tra-
tamento Intensivo
(CTI) Cardíaco do
Hospital Universi-
tário Pedro Ernesto,
certo? Bom, ao que
parece não. E fun-
cionários do pró-
prio hospital se per-
guntam o porquê do
CTI cardíaco ainda
estar fechado. O lo-
cal é destinado ao
acompanhamento
dos pacientes pós-
-operatório.
Em entrevista
concedida à Im-
prensa do Sintu-
perj, o servidor X,
que preferiu não se identificar, abriu as
portas do CTI. Ele relatou que quando
o setor estava em funcionamento, eram
realizadas de quatro a cinco cirurgias
diárias, mas que após o fechamento do
setor esse número caiu para, no máximo,
duas cirurgias por semana. “Eram quatro
cirurgias por dia. Tinham duas cirurgias
infantis na sexta-feira, era só cirurgia in-
fantil. E de segunda a quinta eram cin-
co cirurgias, quatro cirurgias por dia. O
doutor Waldir saiu, ficou em resumo de
duas por dia. E agora estão sendo duas
por semana. E quando tem”, comparou.
O servidor X ressaltou que o CTI car-
díaco passou por uma reforma já conclu-
ída, mas que os prazos para a reabertura
do setor não foram cumpridos. “Falaram
que ia funcionar em novembro, não fun-
cionou. Falaram que ia funcionar em
dezembro, não funcionou”, revelou. De
acordo com ele, os poucos pacientes que
conseguem ser operados são encaminha-
dos para a UTI Coronariana – utilizada
provisoriamente durante as obras no CTI
cardíaco – para receberem os cuidados
pós–operatórios. No entanto, ainda se-
gundo o servidor, este setor é destinado
a pacientes vítimas de infartos, angina,
dores toráxicas, dentre outros.
Onde estão os funcionários do CTI
cardíaco?
“Tem vários pacientes na fila. Eu não
estou falando de dezenas, não. Estou fa-
lando de centenas de pacientes na fila. Eu
acho isso um descaso com a população
que precisa de uma unidade intensiva.
Precisando de uma cirurgia cardíaca, que
é uma cirurgia de alta complexidade. Já
pensou você estar com um pai, uma mãe,
um parente querido, querer operar e um
CTI de porte, com enfermeiros e técni-
cos de enfermagem qualificados para
trabalhar tanto na cirurgia cárdica quan-
to em transplante
cardíaco. A unida-
de pronta. ‘Ah, mas
precisa de médicos’.
Os médicos tinham.
cadê os médicos?”,
questionou.
Por se tratar de
um hospital-escola,
os prejuízos com a
inoperância do CTI
Cardíaco do Hupe
aumentam, trazen-
do também barrei-
ras à formação de
novos médicos e
demais profissionais
da área da saúde,
que atuarão não so-
mente na institui-
ção, mas em todo o
país. Ou seja, a falta
de uma boa gestão
setorial leva a defici-
ências que podem se
refletir muito além
dos muros da uni-
versidade.
O servidor torce para que os órgãos
responsáveis pela Saúde pública se mobi-
lizem para a reabertura do CTI cardíaco.
“É uma desumanidade. Espero que a Or-
ganização Mundial de Saúde, a Justiça de
saúde, sei lá, alguém se prontifique e bote
o pé firme para funcionar isso aí. É uma
indignação de pessoas, de profissionais”,
concluiu.
Procurada duas vezes pela Imprensa
do Sintuperj para falar sobre fechamento
do CTI cardíaco, a direção do Hospital
Universitário Pedro Ernesto não retor-
nou às ligações. Vamos ver até quando
vai o silêncio...
Espaço reformado, equipamentos novos, sala de cirurgia em perfeitas condições. Mas o CTI Cardíaco do Hupe segue fechado.
anos
A
nova diretoria do Sintuperj deu
início ao mandato para o qua-
driênio 2015-2018 nesta segun-
da-feira, dia 12 de janeiro. Os coorde-
nadores tomaram posse em solenidade
realizada na Capela Ecumênica da Uerj,
e que foi acompanhada por servidores,
sindicalistas, militantes de movimentos
sociais, além de representantes de parla-
mentares.
A presidente da Comissão Eleitoral,
Dilza Melo, fez um agradecimento espe-
cial aos funcionários do Sintuperj pelo
suporte dado à comissão durante os tra-
balhos realizados em torno das eleições
do sindicato. Em especial a Leandro de
Oliveira, que foi destacado temporaria-
mente para prestar auxílio a Comissão.
Dividindo mesa com os também mem-
bros da comissão, César Castro e José
Carlos, Dilza deu por encerrado os tra-
balhos da Comissão e convidou os coor-
denadores eleitos para assinarem o ter-
mo de posse.
Na sequência, os coordenadores ge-
rais Jorge Luis Mattos (Gaúcho), Antônio
Virgínio e Regina de Souza, assumiram
a mesa e fizeram seus primeiros pronun-
ciamentos como nova Diretoria Execu-
tiva do Sintuperj. Gaúcho agradeceu ao
trabalho dos companheiros que acredita-
ram na atuação do sindicato, e conside-
rou o ano de 2014 como vitorioso para
os técnico-administrativos da Uerj. “Não
se tem notícia no país de um sindicato de
uma universidade que tenha arrancado
de uma vez só de um governo estadual o
que nós conseguimos aqui na Uerj”. Ele
acrescentou que, apesar da conquista,
ainda há avanços a serem conquistados,
como um plano único para as quatro
universidades estaduais. “A luta é dura,
mas não é impossível. E nós já provamos
isso aqui na Uerj. Em 2005, a Uerj ainda
não tinha Lei, tinha plano interno mas
não era por Lei. Quando todo mundo
dizia que era impossível, nós consegui-
mos fazer em 2005 um plano de cargos.
E quando todo mundo dizia ‘ah, esse pla-
no não presta, esse plano é assim, assado,
tem que fazer outro’, nós conseguimos re-
formular um plano de cargos dentro do
Estado do Rio de Janeiro”, relembrou.
Por sua vez, Antônio Virgínio afir-
mou que “o que nós temos para frente
é muito trabalho, mas muito trabalho
mesmo. Também em questões internas,
como a da insalubridade. Fazer o fecha-
mento desse plano que ainda tem coisas
para serem contornadas”. Ele reiterou a
importância da participação cada vez
maior dos servidores na lutas. “O sin-
dicato somos todos nós. Não é o Virgí-
nio. Não é o Gaúcho. Não é a Regina que
vão saber de tudo. Nós precisamos desse
retorno que vem da base com informa-
ções. Às vezes até como cobranças, mas
com cobranças fundamentadas que nós
temos que absorver e lutar para buscar
o resultado”, destacou. O coordenador
prevê muita luta tanto no âmbito das ad-
ministrações das universidades como no
plano do governo estadual, prometendo
“dedicação, esforço, trabalho, respeito e
carinho para todos”.
Regina de Souza reiterou os agrade-
cimentos aos funcionários do Sintuperj
a quem considerou “companheiros de
luta”. Ela ressaltou o trabalho desenvol-
vido pelo professor do Pré-vestibular co-
munitário do sindicato, Lívio Vieira, que
assumiu interinamente a coordenação do
preparatório em janeiro de 2014. A co-
ordenadora ressaltou a importância da
escolha da Capela Ecumênica como local
para a realização da posse por ser “um
símbolo da democracia” em tempos de
intolerância religiosa e de etnia. “Todo
cidadão pode entrar aqui. Todas as religi-
ões podem ser representadas aqui. Então,
este espaço é perfeito para que possamos
estar tomando posse”, afirmou. “Nós so-
mos os representantes sindicais, mas se
cada um se doar um pouquinho nós con-
seguiremos alcançar os objetivos”, con-
cluiu.
Novos representantes estarão à frente do sindicato no quadriênio 2015-2018
Sintuperj: Nova diretoria é empossada
Diretoria Executiva do Sintuperj, que estará à frente do sindicato pelos próximos quatro anos. A cerimônia de posse contou com a participação de servidores e autoridades.
Página
Janeiro/2015
anos
Mensagens de apoio
Durante a cerimônia, foram lidas al-
gumas saudações recebidas pela Direto-
ria Executiva do Sintuperj. Entre elas, a
de Nival Almeida, reitor da Uerj entre os
anos de 2004 e 2008. Nival saudou a nova
diretoria e desejou que importantes con-
quistas sejam alcançadas pela entidade.
A deputada federal, Jandira Feghali
(PCdoB), também felicitou a nova dire-
ção e desejou um mandato de vitórias. Já
a deputada estadual, Enfermeira Rejane
(PCdoB), se colocou à disposição da En-
tidade para estar ao lado dos companhei-
ros nas lutas.
O secretário de Estado de Saúde do
Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, infor-
mou por e-mail sua impossibilidade em
comparecer à solenidade, agradecendo
o convite e “desejando sucesso na nova
empreitada”.
O cenário político
Os presentes fizeram uma análise
conjuntural da política para os próximos
anos. Para eles, os novos tempos exigirão
muita luta. “A bancada de parlamentares
que foi eleita na última eleição não nos
traz nenhuma possibilidade de nós des-
cansarmos nenhum minuto porque já
apontam para a retirada de direitos e as
dificuldades que nós já temos acumula-
da nos últimos anos podem se acentuar
ainda mais”, afirmou Paulo Sérgio Farias,
da Central de Trabalhadores do Brasil
(CTB).
Representando o Sindsprev, Maria
Celina de Oliveira, atacou a tentativa re-
cente do governo estadual de assumir a
gestão de cinco hospitais federais flumi-
nenses. “Sabemos que a administração
do governo do estado é péssima, e é pri-
vatizada. Ou é OS [Organização Social]
ou é Fundação”.
Luiz Eduardo Ferreira, do Sindpfae-
tec, ressaltou que o Sintuperj segue uma
linha de atuação semelhante a do sindi-
cato representante dos profissionais da
Faetec, “que é a linha da negociação, mas
quando a negociação não pode ser feita
há o enfrentamento”.
Pela Associação dos Servidores do
IBGE (Assibge), Paulo Lindesay, “os anos
que temos pela frente serão os piores pos-
síveis”, com o avanço no Congresso do
Projeto de Lei que regulamenta a tercei-
rização. Para ele, a dívida pública é uma
questão central, um mal ainda maior ao
país do que a própria corrupção, pois im-
pede avanços em setores como Educação
e Saúde. E garantiu: “a luta do trabalha-
dor será contra o sistema”.
Representando a União Brasileira de
Mulheres do Rio e Janeiro, Célia Regina
de Almeida destacou o trabalho desen-
volvido pela entidade que além de parti-
cipar dos movimentos sindicais, dedica-
-se também às lutas sociais das mulheres,
como uma maior participação delas no
Parlamento.
Durante a cerimônia de posse do Sintuperj, representantes sindicais e de movimentos sociais fizeram análises do atual cenário político do Brasil e do Rio de Janeiro.
Após a Comissão Eleitoral realizar os trâmites de posse da Diretoria Executiva, os coordenadores gerais do Sintuperj assumiram a mesa e conduziram a solenidade.
Paulo Sèrgio Farias, da
Central dos Trabalhadores
do Brasil (CTB).
Maria Celina
de Oliveira,
do Sindsprev.
Paulo Lindesay, da
Associação dos Servidores
do IBGE (ASSIBGE).
Luiz Eduardo Ferreira, do
SINDPEFAETEC.
Célia Regina de Almeida,
da União de Mulheres do
Brasil (UBM).
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anos
EXPEDIENTE
Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020-D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013 • Tel/Fax: 2334-0058 / 2234-0945 / 2234-1342 • Internet: www.
sintuperj.org.br / sintuperjsindicato@gmail.com • Delegacia HUPE: 2868-8486 • Coordenação de Comunicação: Carlos Alberto Silveira, Loana Saldanha e Paulo
César Paes Fernandes • Conselho Editorial: Antônio Virgínio Fernandes, Carlos Alberto Silveira, Jorge Luis Lemos, Loana Saldanha e Regina de Fátima Souza •
Jornalistas: Atilas Campos e Diedro Barros • Colunista: Wilson Macedo • Fotos: Atilas Campos, Diedro Barros e Samuel Tosta • Programação Visual: Daniel Costa
e Diedro Barros • Diagramação: Diedro Barros • Tiragem: 3.500 exemplares
J
á são 11 anos lecionando no Pré-
-vestibular do Sintuperj. Mas foi em
2014 que o professor Lívio Vieira fi-
cou diante do maior desafio dentro do
projeto capitaneado pelo Sintuperj. Ele
recebeu da Coordenação Executiva do
sindicato o pedido para que assumisse
interinamente a coordenação do prepa-
ratório.
A primeira dificuldade do novo coor-
denador do Pré foi organizar a tradicio-
nal Aula Inaugural, que abre o ano letivo.
Já neste primeiro momento, demonstrou
a conduta que nortearia seus trabalhos: a
participação coletiva nas decisões. Lívio
reuniu a secretaria do Sintuperj e os pro-
fessores do curso para definir como seria
a Aula Inaugural.
Mas os trabalhos apenas se iniciavam.
Na visão do novo coordenador do Pré-
-vestibular, “havia alguns espaços que da-
vam para ser melhorados em termos de
gestão”. Uma das grandes preocupações
era a evasão de alunos, assim como a fu-
são de turmas que, segundo Lívio, era fei-
ta “independente do conteúdo” de cada
uma. Ele também recorda que as turmas
abertas posteriormente recebiam o mes-
mo material da turma original. “Tive que
conversar com os professores que preci-
sávamos de um material próprio, e não
usar o mesmo material (...) preferimos
manter as turmas ‘Uerj’ até junho e arris-
car um projeto que fosse voltado só para
o Enem”, explicou.
Projeto Enem
As aulas da turma voltada para o
Enem foram ministradas de agosto a se-
tembro. Segundo Lívio, a ideia partiu da
visão de que os candidatos que presta-
vam o Vestibular da Uerj também reali-
zavam o Enem. Apesar de bem sucedido,
ele admite que o ‘projeto Enem’ deve ser
repensado. “Essa ideia tem que ser pen-
sada porque três meses foram pouco. O
público que nos buscou estava vindo cru.
Tivemos alguns momentos de saída de
alunos porque os alunos olhavam ‘são
muito exercícios, mas precisa teoria’. Mas
como se consegue dar uma teoria de três
anos em três meses?”, questionou.
Auxílio a professores e monitores
Outras duas importantes medidas fo-
ram a concessão de bolsas aos monitores
e o aumento da ajuda de custo concedida
aos professores. Lívio apontou o traba-
lho de conscientização junto aos alunos
como a principal razão para a bem suce-
dida gestão financeira do curso. “O curso
não tem o caráter de lucro. Todo o valor
que é arrecadado é aplicado no material,
que são as apostilas, os materiais dos si-
mulados, os passeios, os projetores, as
carteiras, o ar-condicionado, as canetas
(...) Resolvi ir à sala de aula, explicava
para eles [alunos] no que era revertido o
pagamento”. A partir daí, segundo o co-
ordenador, houve um aumento na adim-
plência e na arrecadação. Com isso man-
temos esse monitor por mais tempo. O
monitor está aqui participando, sabendo
que tem oportunidade de estar dentro do
quadro principal com os professores ten-
do a primeira oportunidade, argumen-
tou. Mas Lívio faz uma ressalva. “Esses
ganhos que às vezes temos nos meses an-
teriores é para pagar o custo no final, que
geralmente estão as pessoas que vão fazer
a discursiva (...) temos que ter os pés no
chão. Se o ano que vem [2015] for um
ano de menor número de alunos ou de
arrecadação, temos condições de manter.
O professor acrescentou que ainda há
muito o que se investir. “São os ar-condi-
cionados novos que estão chegando, um
quadro novo, são cadeiras novas para o
Auditório...
O professor orgulha-se ao falar da
grande quantidade de alunos que fre-
qüentaram as salas de aula nos últimos
meses do ano, às vésperas das provas
discursivas da Uerj. “Esse ano tivemos
um número enorme de gente que fez a
discursiva. “Tivemos sala de História, de
Português lotadas. Anos atrás, às vezes,
com poucos alunos”, comparou. “No que
os professores produziram o material de
boa qualidade, na freqüência deles em
sala de aula, na troca entre os alunos e os
professores das dificuldades que cada um
tinha (...) conseguimos que o professor
entrasse em sala de aula com vontade de
produzir e o aluno com vontade de per-
manecer”, concluiu.
Apoio ao aluno
Lívio também ressalta a implantação
de profissionais que ele considera como
fundamentais para o bom desempenho
dos estudantes e para sua permanência.
“Conseguimos trazer dois profissionais
que sentíamos muita falta, que era o pe-
dagogo e um psicólogo. “A pedagoga [Vi-
viane Santos] veio me auxiliar na dificul-
dade de se formar os grupos de estudos.
Na dificuldade do aluno de acreditar que
ele tinha capacidade de prosseguir, muita
das vezes ele se encontra num momen-
to difícil da vida e quer abandonar. E no
caso do psicólogo, o Renato [Linhares]
veio cobrir outra necessidade. Os alunos
chegam não sabendo qual carreira que
eles gostariam”, além dos “medos de en-
frentar uma prova”. O que também man-
teve os alunos foi esse apoio no momen-
to em que eles tivessem uma dificuldade.
Tínhamos um aporte aqui para ouvir es-
ses alunos”, concluiu.
Formado em Licenciatura em Quí-
mica, Lívio deixa a coordenação do Pré-
-vestibular, mas continuará lecionando.
Servidor do Cepuerj, ele retomará em
2015 a faculdade de Física, trancada no
segundo semestre de 2014 devido ao in-
tenso trabalho a frente do Pré.
Lívio Vieira, coordenador interino em 2014, faz balanço do trabalho realizado
UmanodemudançasnoPré-vestibular
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  • 1. Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020 - Bloco D - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.550-013 | Ano IX - Nº 51 - Janeiro de 2015 2 4Pré-Vestibular Social: 2014, ano de muito trabalho Diretoria eleita do Sintuperj toma posse Um coração que não bate E spaço refor- mado, 12 lei- tos em bom estado de conserva- ção e equipamen- tos aparentemente novos. Tudo pronto para a reabertura do Centro de Tra- tamento Intensivo (CTI) Cardíaco do Hospital Universi- tário Pedro Ernesto, certo? Bom, ao que parece não. E fun- cionários do pró- prio hospital se per- guntam o porquê do CTI cardíaco ainda estar fechado. O lo- cal é destinado ao acompanhamento dos pacientes pós- -operatório. Em entrevista concedida à Im- prensa do Sintu- perj, o servidor X, que preferiu não se identificar, abriu as portas do CTI. Ele relatou que quando o setor estava em funcionamento, eram realizadas de quatro a cinco cirurgias diárias, mas que após o fechamento do setor esse número caiu para, no máximo, duas cirurgias por semana. “Eram quatro cirurgias por dia. Tinham duas cirurgias infantis na sexta-feira, era só cirurgia in- fantil. E de segunda a quinta eram cin- co cirurgias, quatro cirurgias por dia. O doutor Waldir saiu, ficou em resumo de duas por dia. E agora estão sendo duas por semana. E quando tem”, comparou. O servidor X ressaltou que o CTI car- díaco passou por uma reforma já conclu- ída, mas que os prazos para a reabertura do setor não foram cumpridos. “Falaram que ia funcionar em novembro, não fun- cionou. Falaram que ia funcionar em dezembro, não funcionou”, revelou. De acordo com ele, os poucos pacientes que conseguem ser operados são encaminha- dos para a UTI Coronariana – utilizada provisoriamente durante as obras no CTI cardíaco – para receberem os cuidados pós–operatórios. No entanto, ainda se- gundo o servidor, este setor é destinado a pacientes vítimas de infartos, angina, dores toráxicas, dentre outros. Onde estão os funcionários do CTI cardíaco? “Tem vários pacientes na fila. Eu não estou falando de dezenas, não. Estou fa- lando de centenas de pacientes na fila. Eu acho isso um descaso com a população que precisa de uma unidade intensiva. Precisando de uma cirurgia cardíaca, que é uma cirurgia de alta complexidade. Já pensou você estar com um pai, uma mãe, um parente querido, querer operar e um CTI de porte, com enfermeiros e técni- cos de enfermagem qualificados para trabalhar tanto na cirurgia cárdica quan- to em transplante cardíaco. A unida- de pronta. ‘Ah, mas precisa de médicos’. Os médicos tinham. cadê os médicos?”, questionou. Por se tratar de um hospital-escola, os prejuízos com a inoperância do CTI Cardíaco do Hupe aumentam, trazen- do também barrei- ras à formação de novos médicos e demais profissionais da área da saúde, que atuarão não so- mente na institui- ção, mas em todo o país. Ou seja, a falta de uma boa gestão setorial leva a defici- ências que podem se refletir muito além dos muros da uni- versidade. O servidor torce para que os órgãos responsáveis pela Saúde pública se mobi- lizem para a reabertura do CTI cardíaco. “É uma desumanidade. Espero que a Or- ganização Mundial de Saúde, a Justiça de saúde, sei lá, alguém se prontifique e bote o pé firme para funcionar isso aí. É uma indignação de pessoas, de profissionais”, concluiu. Procurada duas vezes pela Imprensa do Sintuperj para falar sobre fechamento do CTI cardíaco, a direção do Hospital Universitário Pedro Ernesto não retor- nou às ligações. Vamos ver até quando vai o silêncio... Espaço reformado, equipamentos novos, sala de cirurgia em perfeitas condições. Mas o CTI Cardíaco do Hupe segue fechado. anos
  • 2. A nova diretoria do Sintuperj deu início ao mandato para o qua- driênio 2015-2018 nesta segun- da-feira, dia 12 de janeiro. Os coorde- nadores tomaram posse em solenidade realizada na Capela Ecumênica da Uerj, e que foi acompanhada por servidores, sindicalistas, militantes de movimentos sociais, além de representantes de parla- mentares. A presidente da Comissão Eleitoral, Dilza Melo, fez um agradecimento espe- cial aos funcionários do Sintuperj pelo suporte dado à comissão durante os tra- balhos realizados em torno das eleições do sindicato. Em especial a Leandro de Oliveira, que foi destacado temporaria- mente para prestar auxílio a Comissão. Dividindo mesa com os também mem- bros da comissão, César Castro e José Carlos, Dilza deu por encerrado os tra- balhos da Comissão e convidou os coor- denadores eleitos para assinarem o ter- mo de posse. Na sequência, os coordenadores ge- rais Jorge Luis Mattos (Gaúcho), Antônio Virgínio e Regina de Souza, assumiram a mesa e fizeram seus primeiros pronun- ciamentos como nova Diretoria Execu- tiva do Sintuperj. Gaúcho agradeceu ao trabalho dos companheiros que acredita- ram na atuação do sindicato, e conside- rou o ano de 2014 como vitorioso para os técnico-administrativos da Uerj. “Não se tem notícia no país de um sindicato de uma universidade que tenha arrancado de uma vez só de um governo estadual o que nós conseguimos aqui na Uerj”. Ele acrescentou que, apesar da conquista, ainda há avanços a serem conquistados, como um plano único para as quatro universidades estaduais. “A luta é dura, mas não é impossível. E nós já provamos isso aqui na Uerj. Em 2005, a Uerj ainda não tinha Lei, tinha plano interno mas não era por Lei. Quando todo mundo dizia que era impossível, nós consegui- mos fazer em 2005 um plano de cargos. E quando todo mundo dizia ‘ah, esse pla- no não presta, esse plano é assim, assado, tem que fazer outro’, nós conseguimos re- formular um plano de cargos dentro do Estado do Rio de Janeiro”, relembrou. Por sua vez, Antônio Virgínio afir- mou que “o que nós temos para frente é muito trabalho, mas muito trabalho mesmo. Também em questões internas, como a da insalubridade. Fazer o fecha- mento desse plano que ainda tem coisas para serem contornadas”. Ele reiterou a importância da participação cada vez maior dos servidores na lutas. “O sin- dicato somos todos nós. Não é o Virgí- nio. Não é o Gaúcho. Não é a Regina que vão saber de tudo. Nós precisamos desse retorno que vem da base com informa- ções. Às vezes até como cobranças, mas com cobranças fundamentadas que nós temos que absorver e lutar para buscar o resultado”, destacou. O coordenador prevê muita luta tanto no âmbito das ad- ministrações das universidades como no plano do governo estadual, prometendo “dedicação, esforço, trabalho, respeito e carinho para todos”. Regina de Souza reiterou os agrade- cimentos aos funcionários do Sintuperj a quem considerou “companheiros de luta”. Ela ressaltou o trabalho desenvol- vido pelo professor do Pré-vestibular co- munitário do sindicato, Lívio Vieira, que assumiu interinamente a coordenação do preparatório em janeiro de 2014. A co- ordenadora ressaltou a importância da escolha da Capela Ecumênica como local para a realização da posse por ser “um símbolo da democracia” em tempos de intolerância religiosa e de etnia. “Todo cidadão pode entrar aqui. Todas as religi- ões podem ser representadas aqui. Então, este espaço é perfeito para que possamos estar tomando posse”, afirmou. “Nós so- mos os representantes sindicais, mas se cada um se doar um pouquinho nós con- seguiremos alcançar os objetivos”, con- cluiu. Novos representantes estarão à frente do sindicato no quadriênio 2015-2018 Sintuperj: Nova diretoria é empossada Diretoria Executiva do Sintuperj, que estará à frente do sindicato pelos próximos quatro anos. A cerimônia de posse contou com a participação de servidores e autoridades. Página Janeiro/2015 anos
  • 3. Mensagens de apoio Durante a cerimônia, foram lidas al- gumas saudações recebidas pela Direto- ria Executiva do Sintuperj. Entre elas, a de Nival Almeida, reitor da Uerj entre os anos de 2004 e 2008. Nival saudou a nova diretoria e desejou que importantes con- quistas sejam alcançadas pela entidade. A deputada federal, Jandira Feghali (PCdoB), também felicitou a nova dire- ção e desejou um mandato de vitórias. Já a deputada estadual, Enfermeira Rejane (PCdoB), se colocou à disposição da En- tidade para estar ao lado dos companhei- ros nas lutas. O secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Felipe Peixoto, infor- mou por e-mail sua impossibilidade em comparecer à solenidade, agradecendo o convite e “desejando sucesso na nova empreitada”. O cenário político Os presentes fizeram uma análise conjuntural da política para os próximos anos. Para eles, os novos tempos exigirão muita luta. “A bancada de parlamentares que foi eleita na última eleição não nos traz nenhuma possibilidade de nós des- cansarmos nenhum minuto porque já apontam para a retirada de direitos e as dificuldades que nós já temos acumula- da nos últimos anos podem se acentuar ainda mais”, afirmou Paulo Sérgio Farias, da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB). Representando o Sindsprev, Maria Celina de Oliveira, atacou a tentativa re- cente do governo estadual de assumir a gestão de cinco hospitais federais flumi- nenses. “Sabemos que a administração do governo do estado é péssima, e é pri- vatizada. Ou é OS [Organização Social] ou é Fundação”. Luiz Eduardo Ferreira, do Sindpfae- tec, ressaltou que o Sintuperj segue uma linha de atuação semelhante a do sindi- cato representante dos profissionais da Faetec, “que é a linha da negociação, mas quando a negociação não pode ser feita há o enfrentamento”. Pela Associação dos Servidores do IBGE (Assibge), Paulo Lindesay, “os anos que temos pela frente serão os piores pos- síveis”, com o avanço no Congresso do Projeto de Lei que regulamenta a tercei- rização. Para ele, a dívida pública é uma questão central, um mal ainda maior ao país do que a própria corrupção, pois im- pede avanços em setores como Educação e Saúde. E garantiu: “a luta do trabalha- dor será contra o sistema”. Representando a União Brasileira de Mulheres do Rio e Janeiro, Célia Regina de Almeida destacou o trabalho desen- volvido pela entidade que além de parti- cipar dos movimentos sindicais, dedica- -se também às lutas sociais das mulheres, como uma maior participação delas no Parlamento. Durante a cerimônia de posse do Sintuperj, representantes sindicais e de movimentos sociais fizeram análises do atual cenário político do Brasil e do Rio de Janeiro. Após a Comissão Eleitoral realizar os trâmites de posse da Diretoria Executiva, os coordenadores gerais do Sintuperj assumiram a mesa e conduziram a solenidade. Paulo Sèrgio Farias, da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB). Maria Celina de Oliveira, do Sindsprev. Paulo Lindesay, da Associação dos Servidores do IBGE (ASSIBGE). Luiz Eduardo Ferreira, do SINDPEFAETEC. Célia Regina de Almeida, da União de Mulheres do Brasil (UBM). Página Janeiro/2015 anos
  • 4. EXPEDIENTE Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020-D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013 • Tel/Fax: 2334-0058 / 2234-0945 / 2234-1342 • Internet: www. sintuperj.org.br / sintuperjsindicato@gmail.com • Delegacia HUPE: 2868-8486 • Coordenação de Comunicação: Carlos Alberto Silveira, Loana Saldanha e Paulo César Paes Fernandes • Conselho Editorial: Antônio Virgínio Fernandes, Carlos Alberto Silveira, Jorge Luis Lemos, Loana Saldanha e Regina de Fátima Souza • Jornalistas: Atilas Campos e Diedro Barros • Colunista: Wilson Macedo • Fotos: Atilas Campos, Diedro Barros e Samuel Tosta • Programação Visual: Daniel Costa e Diedro Barros • Diagramação: Diedro Barros • Tiragem: 3.500 exemplares J á são 11 anos lecionando no Pré- -vestibular do Sintuperj. Mas foi em 2014 que o professor Lívio Vieira fi- cou diante do maior desafio dentro do projeto capitaneado pelo Sintuperj. Ele recebeu da Coordenação Executiva do sindicato o pedido para que assumisse interinamente a coordenação do prepa- ratório. A primeira dificuldade do novo coor- denador do Pré foi organizar a tradicio- nal Aula Inaugural, que abre o ano letivo. Já neste primeiro momento, demonstrou a conduta que nortearia seus trabalhos: a participação coletiva nas decisões. Lívio reuniu a secretaria do Sintuperj e os pro- fessores do curso para definir como seria a Aula Inaugural. Mas os trabalhos apenas se iniciavam. Na visão do novo coordenador do Pré- -vestibular, “havia alguns espaços que da- vam para ser melhorados em termos de gestão”. Uma das grandes preocupações era a evasão de alunos, assim como a fu- são de turmas que, segundo Lívio, era fei- ta “independente do conteúdo” de cada uma. Ele também recorda que as turmas abertas posteriormente recebiam o mes- mo material da turma original. “Tive que conversar com os professores que preci- sávamos de um material próprio, e não usar o mesmo material (...) preferimos manter as turmas ‘Uerj’ até junho e arris- car um projeto que fosse voltado só para o Enem”, explicou. Projeto Enem As aulas da turma voltada para o Enem foram ministradas de agosto a se- tembro. Segundo Lívio, a ideia partiu da visão de que os candidatos que presta- vam o Vestibular da Uerj também reali- zavam o Enem. Apesar de bem sucedido, ele admite que o ‘projeto Enem’ deve ser repensado. “Essa ideia tem que ser pen- sada porque três meses foram pouco. O público que nos buscou estava vindo cru. Tivemos alguns momentos de saída de alunos porque os alunos olhavam ‘são muito exercícios, mas precisa teoria’. Mas como se consegue dar uma teoria de três anos em três meses?”, questionou. Auxílio a professores e monitores Outras duas importantes medidas fo- ram a concessão de bolsas aos monitores e o aumento da ajuda de custo concedida aos professores. Lívio apontou o traba- lho de conscientização junto aos alunos como a principal razão para a bem suce- dida gestão financeira do curso. “O curso não tem o caráter de lucro. Todo o valor que é arrecadado é aplicado no material, que são as apostilas, os materiais dos si- mulados, os passeios, os projetores, as carteiras, o ar-condicionado, as canetas (...) Resolvi ir à sala de aula, explicava para eles [alunos] no que era revertido o pagamento”. A partir daí, segundo o co- ordenador, houve um aumento na adim- plência e na arrecadação. Com isso man- temos esse monitor por mais tempo. O monitor está aqui participando, sabendo que tem oportunidade de estar dentro do quadro principal com os professores ten- do a primeira oportunidade, argumen- tou. Mas Lívio faz uma ressalva. “Esses ganhos que às vezes temos nos meses an- teriores é para pagar o custo no final, que geralmente estão as pessoas que vão fazer a discursiva (...) temos que ter os pés no chão. Se o ano que vem [2015] for um ano de menor número de alunos ou de arrecadação, temos condições de manter. O professor acrescentou que ainda há muito o que se investir. “São os ar-condi- cionados novos que estão chegando, um quadro novo, são cadeiras novas para o Auditório... O professor orgulha-se ao falar da grande quantidade de alunos que fre- qüentaram as salas de aula nos últimos meses do ano, às vésperas das provas discursivas da Uerj. “Esse ano tivemos um número enorme de gente que fez a discursiva. “Tivemos sala de História, de Português lotadas. Anos atrás, às vezes, com poucos alunos”, comparou. “No que os professores produziram o material de boa qualidade, na freqüência deles em sala de aula, na troca entre os alunos e os professores das dificuldades que cada um tinha (...) conseguimos que o professor entrasse em sala de aula com vontade de produzir e o aluno com vontade de per- manecer”, concluiu. Apoio ao aluno Lívio também ressalta a implantação de profissionais que ele considera como fundamentais para o bom desempenho dos estudantes e para sua permanência. “Conseguimos trazer dois profissionais que sentíamos muita falta, que era o pe- dagogo e um psicólogo. “A pedagoga [Vi- viane Santos] veio me auxiliar na dificul- dade de se formar os grupos de estudos. Na dificuldade do aluno de acreditar que ele tinha capacidade de prosseguir, muita das vezes ele se encontra num momen- to difícil da vida e quer abandonar. E no caso do psicólogo, o Renato [Linhares] veio cobrir outra necessidade. Os alunos chegam não sabendo qual carreira que eles gostariam”, além dos “medos de en- frentar uma prova”. O que também man- teve os alunos foi esse apoio no momen- to em que eles tivessem uma dificuldade. Tínhamos um aporte aqui para ouvir es- ses alunos”, concluiu. Formado em Licenciatura em Quí- mica, Lívio deixa a coordenação do Pré- -vestibular, mas continuará lecionando. Servidor do Cepuerj, ele retomará em 2015 a faculdade de Física, trancada no segundo semestre de 2014 devido ao in- tenso trabalho a frente do Pré. Lívio Vieira, coordenador interino em 2014, faz balanço do trabalho realizado UmanodemudançasnoPré-vestibular Lívio Vieira, coordenador do Pré-Vestibular Social em 2014, durante aula inaugural Página Janeiro/2015 anos