SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro
Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020 - Bloco D - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.550-013 | Ano IX - Nº 53 - Maio de 2015
Os90anosdoDiadoTrabalhadornoBrasil
A
luta da classe trabalhadora sem-
pre foi a marca do Dia do Tra-
balhador desde sua origem.
Instituído pela Segunda Internacional
Socialista, realizada na França, no dia
20 de junho de 1889, a data, no entan-
to, faz referência à luta dos trabalhado-
res da cidade de Chicago, nos Estados
Unidos. Em 1886, eles realizaram uma
série de mobilizações reivindicando me-
lhorias nas condições de trabalho, além
de uma greve geral em todo o país. Entre
as bandeiras de luta, estava a redução da
jornada de trabalho máxima para 8 horas
diárias.
O Brasil adotou oficialmente o 1º de
Maio como o Dia do Trabalhador no ano
de 1925. Este dia foi utilizado para anun-
ciar diversas conquistas como a institui-
ção do salário mínimo (1940), a criação
da Justiça do Trabalho (1941) e a Con-
solidação das Leis do Trabalho (1943).
Mas em seu nonagésimo aniversário de
celebração, o Dia do Trabalhador foi
marcado pela defesa de direitos conso-
lidados, conquistados historicamente à
base de muito suor e sangue. Os traba-
lhadores participaram de um ato uni-
ficado, que reuniu sindicatos e centrais
sindicais, movimentos sociais e partidos
políticos de esquerda na Lapa. Entre as
principais bandeiras, estava a luta contra
o PL 4.330/2004, aprovado na Câmara
dos Deputados e que já está no Senado
desde o dia 28/04: PLC 30/2015. Além
de regulamentar a terceirização no Bra-
sil, o texto amplia essa prática para as
atividades-fim, atualmente restrita às
atividades-meio.
A luta também se estende à derruba-
da das medidas provisórias 664, que alte-
ra de um mês para seis meses ininterrup-
tos de trabalho o tempo mínimo para se
ter direito ao abono salarial (PIS) e reduz
o valor máximo do auxílio-doença que é
o teto do INSS para a média “dos últimos
doze salários de contribuição”; e 665, que
aumenta de seis meses para 18 meses a
carência mínima de tempo de trabalho
para o primeiro acesso ao seguro-desem-
prego. Sem se esquecer da resistência às
tentativas de privatização de hospitais
públicos e empresas estatais, e, na base
de todo esse processo, da luta pelo fim
do financiamento privado de campanhas
eleitorais.
É tão somente através da mobilização
dos diferentes segmentos da classe traba-
lhadora que o Brasil será um país gover-
nado para todos os brasileiros.
Ato do dia 1º de Maio na Lapa, Centro do Rio. No Dia do Trabalhador, categorias saíram às ruas em defesa de direitos conquistados e de melhorias das condições de trabalho
anos
2 3 4Enfermarias do Hupe
pedem socorro
Coluna do Aposentado:
Direito à integralidade
Informes e repasses
gerais
O
chefe da
Enfer ma-
gem da Ci-
rurgia Toráxica do
Hospital Universi-
tário Pedro Ernesto
(Hupe), Reginaldo
Costa, revelou as
precárias condições
enfrentadas por ser-
vidores e pacientes
do setor. A coor-
denadora geral do
Sintuperj, Regina de
Souza, e os delega-
dos do Hupe, Maria
Cristina de Jesus e
Carlos Fernandes
de Souza, viram de
perto uma copa im-
provisada na qual a
pia não tem enca-
namento. Para lavar
seus materiais de
uso, os profissionais
de enfermagem têm
que colocar um bal-
de sob a pia que não
tem sifão par escoa-
mento da água. Na hora do descarte, os
servidores são obrigados a carregar esse
balde até um ralo localizado em uma
área destinada à alimentação de pacien-
tes. Dalí, o líquido vai para uma laje na
qual, segundo os próprios trabalhadores,
se aglomeram pombos devido à água
suja e resíduos de alimentos. A servidora
que nos procurou disse que esse procedi-
mento improvisado de descarte é neces-
sário para que se evite a contaminação
dos pacientes, já que a única saída passa
pela porta de entrada da Enfermaria.
Outro problema é o local destinado
ao descanso dos trabalhadores, como
prevê a Lei 6.296/2012. Localizado ao
lado da referida copa, ele é estreito, sem
uma divisão entre os espaços e quente,
porque o ar condicionado frequente-
mente está com defeito. Mas o pior não
é isso, em meio à alimentação ou ao des-
canso, os profissionais são obrigados a
dividir espaço com um frigobar onde são
conservados materiais biológicos, como
fezes e urina, que ficam lado a lado com a
geladeira onde são guardados os alimen-
tos, trazendo assim risco à saúde dos tra-
balhadores.
Na área destinada à alimentação dos
pacientes, além de uma mesa extrema-
mente precária, ao lado encontra-se um
ralo utilizado para o descarte da mencio-
nada água suja. Os pacientes têm pouco
espaço e uma cadeira de descanso em
péssimas condições.
Reginaldo afirmou também que após
o incêndio que atingiu o Almoxarifado
do hospital, em julho de 2012, a Enfer-
maria de Cirurgia Toráxica foi fechada.
No entanto, não houve uma reforma es-
trutural para a reabertura do local. “Se
você raspar a tinta vai encontrar fuligem”,
afirmou. O chefe da Enfermagem tam-
bém reclamou da falta de computadores,
obrigando os funcionários a realizar e
armazenar todos os trabalhos adminis-
trativos por escrito, dificultando assim o
trabalho dos profissionais.
Apesar de obras concluídas, setores
permanecem fechados
A precarização das condições de tra-
balho no Hupe também atinge fortemen-
te a Enfermaria da Clínica Cirúrgica.
Nela, funcionam atualmente as Enferma-
rias da Clínica Cirúrgica, Clínica Médica
e Neurocirurgia. Ou seja, no mesmo am-
biente convivem pacientes que deveriam
estar em isolamento e os pacientes de pré
e pós-operatórios.
A área externa destinada à alimen-
tação de pacientes da Clínica Cirúrgica
mais parece um depósito. Nela é possível
encontrar toda a sorte de objetos, desde
grande quantidade de leitos inutilizados,
insumos hospitalares, mesas, produtos
de limpeza e latas de tinta. Um dos pa-
cientes chamou a atenção para a água
acumulada embaixo de alguns leitos.
Ressaltando preocupação em relação à
proliferação de mosquitos, ele afirmou
que ela era proveniente das forte chuva
ocorrida quatro dias antes, tornando o
ambiente propício para vetores.
Na Enfermaria da Clínica Médica,
um único e estreito ambiente é comparti-
lhado para o descanso dos trabalhadores,
estocagem de medicamentos e produção
de medicação, além da guarda das roupas
dos pacientes. Para o repouso, eles têm
que improvisar uma cama, colocando
um colchão sobre uma espreguiçadeira
que sequer abre totalmente, único local
de descanso para
quem dedica sua
vida para cuidar de
outras. No mesmo
local há uma lixeira
para resíduos infec-
tantes.
A situação da
Enfermaria da
Neurocirurgia não
é muito diferente.
Um armário anti-
go e que mal fecha,
além de produtos de
limpeza, armazena
roupas e medica-
mentos. Ao lado do
móvel, medicações
são produzidas de
forma precária.
Além disso, a copa
e a área de repouso
dividem um estreito
espaço.
E n f e r m e i r o s
contaram que a
Neurocirurgia fun-
ciona improvisada-
mente há quase dois
anos na Enfermaria da Clínica Médica.
O motivo da mudança foi uma reforma
na antiga Enfermaria da Neurocirur-
gia, concluída ainda em 2014, há mais
de seis meses. Segundo os servidores,
a direção do hospital alega a falta de ar
condicionado porque ao ser realizada a
obra não prepararam um local adequa-
do para a instalação do mesmo, sendo
então um grande empecilho para que a
Neurocirurgia volte a funcionar em seu
local de origem. Enquanto isso, diversos
leitos novos e uma bela estrutura monta-
da para atender pacientes e funcionários
permanecem ociosos. Até a nossa visita o
problema continuava sem solução.
CTI Cardíaco
Em janeiro de 2015, a edição de nº
51 do Jornal do Sintuperj revelou ima-
gens do Centro de Tratamento Intensi-
vo (CTI) Cardíaco reformado, com re-
abertura prometida para novembro de
2014. O setor, destinado a pacientes do
pós-operatório, até hoje não foi reaberto
e a direção do Hupe não se manifestou
sobre o assunto.
SucateamentodesetoresdoHupeatingetrabalhadoresepacientes,trazendoriscosàsaúde
O caos em Enfermarias do Hospital Pedro Ernesto
Alimentação e
descanso
dividem um
estreito espaço
Página
Maio/2015
anos
Profissionais de
enfermagem têm
de usar balde sob
a pia
Podem ser vistas
amontoadas latas
de tinta, produtos
de limpeza, etc
Lixo infectante,
medicação e área
de descanso
dividem espaço
Professor Wilson Macedo
Página
Maio/2015
anos
Consoante é internacionalmente reconhecido, longe de
constituir um prêmio, uma benesse, uma espontânea conces-
são ou mesmo um benefício do Estado, conforme é estrondo-
samente alardeado aos quatro ventos pelo sistema, a apo-
sentadoria é UM DIREITO conquistado pelo trabalhador às
duras custas do seu potencial produtivo e após longos e
cansativos anos de trabalho, via de regra encaminhados em
condições adversas, se considerarmos as dificuldades con-
tinuamente encontradas para a realização de suas tarefas e
atividades, ou seja, para a efetivação de seu compromisso
profissional; há que lembrar não sair do bolso do Estado
o dinheiro disponibilizado para a aposentadoria, uma vez
que ele não produz riquezas para tanto tratando-se, ISTO
SIM, de receita COMPULSORIAMENTE OBTIDA através do uso da
força e da violência de uma legislação que assim lhe per-
mite reagir.
Na qualidade de servidores públicos estatutários dispo-
mos do que se chama de aposentadoria integral, cujo valor
acompanha o valor dos vencimentos dos servidores ativos,
situação esta muito justa se não esquecermos de que TO-
DOS estão sujeitos às mesmas oscilações do mercado (custo
de vida), sempre em alta por menor que sejam os índices
apregoados pelo sistema. É nossa impressão, se estivermos
equivocados que nos provem o contrário, que ao desvincu-
lar da Uerj o seu servidor aposentado e simultaneamente
vinculá-lo ao Rioprevidência, o Governo do Estado tinha
o firme propósito de extinguir a sua aposentadoria inte-
gral, diminuindo paulatinamente o valor dos seus proven-
tos até a sua estagnação por tempo indeterminado, con-
firme ocorre (se estamos enganados que nos corrijam) com
os trabalhadores do setor privado, cuja aposentadoria é
responsabilidade do INSS.
Isto acontece por tratar-se de um Estado incompetente
para viabilizar uma política econômica e financeira ca-
paz de gerar receita, sendo mais fácil penalizar ainda
mais – PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DE TRIBUTAÇÃO – quem já é
sacrificado.
Cumpre, então, ao trabalhador de um modo geral e, ao
servidor do Estado do Rio de Janeiro em particular, con-
tinuarem atentos a qualquer manobra espúria do sistema no
sentido de lhe causar algum prejuízo, combatendo-a com o
vigor que lhe é peculiar. Caso contrário, estarão abdi-
cando de sua condição de cidadãos e passivamente concor-
dando com o seu lento e gradual extermínio, como é desejo
do sistema. Não se esqueçam de Fernando Henrique Cardoso
que, quando Presidente, chegou a incluir na proposta de
Orçamento para o ano de 2001, receita advinda da contri-
buição previdenciária.
Por oportuno, queremos deixar aqui registrada a contri-
buição do Professor Antônio Carlos Ferrão, um dos funda-
dores da ASDUERJ, para este assunto:
“O APOSENTADO NÃO É UM TRABALHADOR ERRADICADO
DA ESTRUTURA PRODUTIVA; É UM TRABALHADOR QUE
CONQUISTOU A LIBERDADE DE VIVÊ-LA DE UM MODO
DIFERENTE.”
Aposentadoria Integral
Coluna do Aposentado
Plantão Geral do Hupe amontoa pacientes
N
a edição de número 45 do Jor-
nal do Sintuperj, foi mostrado
o atendimento médico feito no
corredor em frente ao Plantão Geral do
Hupe. Ao que parece, a “solução” encon-
trada foi amontoar os pacientes dentro
do setor. Os delegados do Sintuperj no
Hupe Maria Cristina de Jesus e Carlos
Fernandes foram ao local e viram pa-
cientes sendo atendidos de forma pre-
cária em espreguiçadeiras. Além da falta
de conforto para os pacientes e acompa-
nhantes, os leitos improvisados também
comprometem o trabalho dos profissio-
nais de Enfermagem, pois dificultam a
passagem pelos corredores e aumentam
os riscos de acidentes.
Sobre este caso, alguma palavra da
Direção do Hospital ou o costumeiro si-
lêncio?
EXPEDIENTE
Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020-D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013 • Tel/Fax: 2334-0058 / 2234-0945 / 2234-1342 • Internet: www.
sintuperj.org.br / sintuperjsindicato@gmail.com • Delegacia HUPE: 2868-8486 • Coordenação de Comunicação: Carlos Alberto Silveira, Loana Saldanha e Paulo
César Paes Fernandes • Conselho Editorial: Antônio Virgínio Fernandes, Carlos Alberto Silveira, Jorge Luis Lemos, Loana Saldanha e Regina de Fátima Souza •
Jornalistas: Atilas Campos e Diedro Barros • Colunista: Wilson Macedo • Fotos: Atilas Campos, Diedro Barros e Samuel Tosta • Programação Visual: Daniel Costa
e Diedro Barros • Diagramação: Diedro Barros • Tiragem: 3.500 exemplares
C
onfira abaixo os informes atuali-
zados, pelo coordenador Antônio
Virgínio Fernandes, dos proces-
sos que compõem o chamado “Atrasa-
dão”:
Processo 1.857/88, da 39ª Vara do
Trabalho (referente ao Hupe): O depósi-
to foi feito em juízo no dia 06 de outubro
de 2014, mas até o momento o juiz da 39ª
Vara não liberou os alvarás que possibi-
litam o pagamento. O Sintuperj pediu a
interferência da presidência do Tribunal
Regional do Trabalho, que solicitou o en-
vio de documentação relativa ao proces-
so, inclusive dados pessoais e cálculos do
que tem a receber os trabalhadores. Essa
informação foi repassada para o Sindi-
cato autor que representava os trabalha-
dores na época, o SEESS – Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de
Saúde do Rio de Janeiro (“Sindicatão”).
Atrasadão: Sintuperj esclarece
andamento dos processos
Página
Maio/2015
anos
A
assessoria jurídica do Sintuperj
entrará com duas ações con-
tra o Governo do Estado. Uma
delas busca a recomposição das perdas
inflacionárias dos últimos cinco anos,
um direito garantido pela Constituição
e que não é cumprido pelo Governo. Há
uma discussão sobre o tema no Supremo
Tribunal Federal e, até o momento, o pa-
recer é favorável aos trabalhadores por
três votos a dois. Diante disso, o Sintu-
perj está no aguardo do cálculo que está
sendo feito pelo Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos So-
O
Sintuperj realizou um debate no
último dia 29 de abril sobre um
dos maiores ataques aos direitos
da classe trabalhadora: o Projeto de Lei
4330/2004, já aprovado na Câmara dos
Deputados e em tramitação no Sena-
do Federal (PLC 30/2015). O geógrafo
e historiador, professor de Geografia do
Pré-vestibular Social do Sintuperj, Ra-
fael Guedes, e o Prof. Dr. da Faculdade
Processo 1.153/88, da 8ª Vara do Tra-
balho (relativo à Administração Central
e Unidades de Ensino - SAAE/RJ): Foi
considerado quitado em 13 de abril de
2015, tendo em vista depósito efetuado
na conta do Banco do Brasil. Aguardan-
do que o depósito efetuado chegue à 8ª
Vara para liberação.
Processo 1.360/88, da 19ª Vara do
Trabalho (relativo ao Hupe): Assim
como o processo anterior, foi considera-
do quitado tendo em vista depósito re-
ferente ao mesmo efetuado na conta do
Banco do Brasil.
Processo 2.742/89, da 12ª Vara do
Trabalho (relativo ao Cepuerj - SAAE/
RJ): A informação repassada pela presi-
dência do SAAE é que a quitação deste
processo será posterior ao pagamento do
processo número 1.153/88, da 8ª Vara.
No aguardo de novas informações.
Sintuperj promove debate
sobre terceirização
de Direito da UERJ Ivan Garcia foram os
palestrantes.
Ao final, todos que acompanharam os
debates puderam participar de uma con-
fraternização em comemoração ao Dia
do Trabalhador. Foram distribuídas fa-
tias de bolo, no qual trazia os dizeres: “O
trabalhador não pode ficar com a menor
fatia”. Confira todos os detalhes no site
www.sintuperj.org.br
O
número de estudantes do Pré-
-vestibular Social do Sintuperj
aprovados no Vestibular 2015
não para de crescer. Até o fechamento
desta matéria (06/05) foram 76 aprova-
ções. Um recorde desde a criação do cur-
so, em 1998, superando os 63 aprovados
no Vestibular 2014. Confira o quantitati-
vo de aprovações por curso: Pedagogia,
12; Direito, 8; Engenharia, 6; Serviço
Social e Letras, com 5 aprovações cada;
Ciências Contábeis, Ciências da Com-
putação, Economia e História, com 3
aprovados cada; Medicina, Ciências So-
ciais, Física, Matemática, Odontologia e
Educação Física, com 2 aprovações cada;
Fisioterapia, Publicidade, Estatística,
Psicologia, Relações Públicas, Nutrição,
Administração, Administração Públi-
ca, Biologia, Enfermagem, Jornalismo,
Economia, Ciências Biológicas, Ciências
Econômicas, Química e Escola de Sar-
gentos das Armas (EsSA), com 1 aprova-
do cada.
Pré: cresce número de
aprovados
A
audiência pública realizada pela
Comissão de Educação da Alerj
(26/03) discutiu a situação atual
das universidades estaduais e possíveis
soluções. Sobre a Uerj, o coordenador
geral do Sintuperj, Antônio Virgínio, cri-
ticou os atrasos no pagamento de bolsas e
agradeceu a mediação dos parlamentares
para a liberação das verbas de custeio da
Uerj, que serviram para acertar os com-
promissos com as empresas terceirizadas
e as consignações das entidades ligadas
aos trabalhadores da Uerj.
Em relação a Uezo, o principal ques-
tionamento foi quanto à paralisação das
obras de construção de um campus para
a instituição, considerado prioridade. E
sobre a Uenf, os atrasos de repasses tam-
bém são a maior preocupação, atingindo
bolsistas e até a empresa fornecedora de
refeições para o Restaurante Estudantil
da instituição. Maiores detalhes sobre a
audiência pública no site www.sintuperj.
org.br
Crise das universidades
públicas em pauta
O
Sintuperj promoveu no último
dia 25/04 o Torneio de Futebol
de 7 “Sintuperj 15 anos de Luta”.
A competição reuniu trabalhadores da
Uerj e foi disputada na quadra sintética
da universidade, campus Maracanã. A
equipe vencedora foi a “100% Manuten-
ção”. A equipe do Sintuperj, “Ousadia e
Futebol e confraternização unem
trabalhadores da Uerj
Alegria”, conquistou o segundo lugar.
Em seguida, os trabalhadores realizaram
uma confraternizaram, onde foram dis-
tribuídas as premiações. Na disputa fe-
minina, um jogo único entre as equipes
“Sintuperj Acredita” e as “Gladiadoras do
Serviço Social” terminou com a vitória
das Gladiadoras.
Sintuperj moverá ações contra Governo
cioeconômicos) para ingressar com ação
solicitando estas correções; a outra ação
visa corrigir os valores da URV (Unidade
Real de Valor). São 11,98% relativos ao
período de dezembro de 1993 a dezem-
bro de 1994, que o Governo do Estado
já reconheceu como procedente, mas de-
clarou oficialmente que só analisará os
casos de servidores que ingressarem com
ação na justiça. De acordo com o advo-
gado do sindicato, Dr. Jorge Braga Junior,
no próximo mês de junho os sindicaliza-
dos já poderão procurar o Sintuperj para
dar início às ações.
Confira essas e outras notícias
no site do sindicato:
www.sintuperj.org.br

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Jornal Sintuperj discute precárias condições Hupe

Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013
Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013
Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013salesA
 
Projeto Senhora Saúde
Projeto Senhora SaúdeProjeto Senhora Saúde
Projeto Senhora Saúdemobilizacao
 
tendências e mercado de 04-05-2014
tendências e mercado de 04-05-2014tendências e mercado de 04-05-2014
tendências e mercado de 04-05-2014Donaldson Gomes
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017sindsprevrj
 
Boletim Sindibeb-BA 488
Boletim Sindibeb-BA 488Boletim Sindibeb-BA 488
Boletim Sindibeb-BA 488sindibeb
 
2º ano tema saude publica
2º ano tema saude publica2º ano tema saude publica
2º ano tema saude publicaFabio Cruz
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018sindsprevrj
 
Sindibeb ba 493
Sindibeb ba   493Sindibeb ba   493
Sindibeb ba 493sindibeb
 

Semelhante a Jornal Sintuperj discute precárias condições Hupe (20)

Jornal do sintuperj nº 11
Jornal do sintuperj nº 11Jornal do sintuperj nº 11
Jornal do sintuperj nº 11
 
Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013
Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013
Cesp+jovem+julho+e+agosto+2013
 
Projeto Senhora Saúde
Projeto Senhora SaúdeProjeto Senhora Saúde
Projeto Senhora Saúde
 
Jornal do Sintuperj nº 56
Jornal do Sintuperj nº 56Jornal do Sintuperj nº 56
Jornal do Sintuperj nº 56
 
Jornal do sintuperj nº 56
Jornal do sintuperj nº 56Jornal do sintuperj nº 56
Jornal do sintuperj nº 56
 
Jornal do sintuperj nº 38
Jornal do sintuperj nº 38Jornal do sintuperj nº 38
Jornal do sintuperj nº 38
 
tendências e mercado de 04-05-2014
tendências e mercado de 04-05-2014tendências e mercado de 04-05-2014
tendências e mercado de 04-05-2014
 
Jornal do sintuperj nº 28
Jornal do sintuperj nº 28Jornal do sintuperj nº 28
Jornal do sintuperj nº 28
 
Jornal do sintuperj nº 31
Jornal do sintuperj nº 31Jornal do sintuperj nº 31
Jornal do sintuperj nº 31
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
 
Boletim Sindibeb-BA 488
Boletim Sindibeb-BA 488Boletim Sindibeb-BA 488
Boletim Sindibeb-BA 488
 
Jornal dos Comerciários - Nº 194 - Novembro / Dezembro de 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 194 - Novembro / Dezembro de 2017Jornal dos Comerciários - Nº 194 - Novembro / Dezembro de 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 194 - Novembro / Dezembro de 2017
 
Boletim sintuperj 321 15.03.2017
Boletim sintuperj 321   15.03.2017Boletim sintuperj 321   15.03.2017
Boletim sintuperj 321 15.03.2017
 
EDIÇÃO 242
EDIÇÃO 242EDIÇÃO 242
EDIÇÃO 242
 
Garoto 10 01 14
Garoto 10 01 14Garoto 10 01 14
Garoto 10 01 14
 
2º ano tema saude publica
2º ano tema saude publica2º ano tema saude publica
2º ano tema saude publica
 
Panfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência Socialista
Panfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência SocialistaPanfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência Socialista
Panfleto - LUTA EDUCADORA- Bloco de Resistência Socialista
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
 
Sindibeb ba 493
Sindibeb ba   493Sindibeb ba   493
Sindibeb ba 493
 

Mais de Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ

Mais de Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais - RJ (20)

Jornal do Sintuperj nº 60.pdf
Jornal do Sintuperj nº 60.pdfJornal do Sintuperj nº 60.pdf
Jornal do Sintuperj nº 60.pdf
 
Dia do servidor público.pptx
Dia do servidor público.pptxDia do servidor público.pptx
Dia do servidor público.pptx
 
Jornal do Sintuperj nº 59
Jornal do Sintuperj nº 59Jornal do Sintuperj nº 59
Jornal do Sintuperj nº 59
 
Deliberações da assembleia de 28 de junho de 2021
Deliberações da assembleia de 28 de junho de 2021Deliberações da assembleia de 28 de junho de 2021
Deliberações da assembleia de 28 de junho de 2021
 
Aviso fgts
Aviso fgtsAviso fgts
Aviso fgts
 
Processo 12504 2010 correcao de progressao
Processo 12504 2010   correcao de progressaoProcesso 12504 2010   correcao de progressao
Processo 12504 2010 correcao de progressao
 
Oficios entregues a SRH da Uerj em 28.08.2019
Oficios entregues a SRH da Uerj em 28.08.2019Oficios entregues a SRH da Uerj em 28.08.2019
Oficios entregues a SRH da Uerj em 28.08.2019
 
Assembleia delibera adesão à Greve geral 11.06.2019
Assembleia delibera adesão à Greve geral 11.06.2019Assembleia delibera adesão à Greve geral 11.06.2019
Assembleia delibera adesão à Greve geral 11.06.2019
 
Deliberacoes da assembleia de 11.06.2019
Deliberacoes da assembleia de 11.06.2019Deliberacoes da assembleia de 11.06.2019
Deliberacoes da assembleia de 11.06.2019
 
Deliberacoes da assembleia de 06.06.2019
Deliberacoes da assembleia de 06.06.2019Deliberacoes da assembleia de 06.06.2019
Deliberacoes da assembleia de 06.06.2019
 
Deliberacoes da assembleia de 09.05.2019
Deliberacoes da assembleia de 09.05.2019Deliberacoes da assembleia de 09.05.2019
Deliberacoes da assembleia de 09.05.2019
 
Informe 01-2018 Comissão Eleitoral - Divulgação das chapas
Informe 01-2018 Comissão Eleitoral - Divulgação das chapasInforme 01-2018 Comissão Eleitoral - Divulgação das chapas
Informe 01-2018 Comissão Eleitoral - Divulgação das chapas
 
Informe 01-2018 comissão eleitoral - Divulgação das chapas
Informe 01-2018 comissão eleitoral - Divulgação das chapasInforme 01-2018 comissão eleitoral - Divulgação das chapas
Informe 01-2018 comissão eleitoral - Divulgação das chapas
 
Aposentados na reitoria
Aposentados na reitoriaAposentados na reitoria
Aposentados na reitoria
 
Uerj e vida
Uerj e vidaUerj e vida
Uerj e vida
 
Ofício 253 - Solicitação de reunião com a reitoria e a SRH
Ofício 253 - Solicitação de reunião com a reitoria e a SRHOfício 253 - Solicitação de reunião com a reitoria e a SRH
Ofício 253 - Solicitação de reunião com a reitoria e a SRH
 
Aula Preservação do Espaço Público e Incidente no Museu Nacional
Aula Preservação do Espaço Público e Incidente no Museu NacionalAula Preservação do Espaço Público e Incidente no Museu Nacional
Aula Preservação do Espaço Público e Incidente no Museu Nacional
 
Oficio reuniao com reitor processo
Oficio   reuniao com reitor processoOficio   reuniao com reitor processo
Oficio reuniao com reitor processo
 
Oficio sobre processo 1360 88
Oficio sobre processo 1360 88Oficio sobre processo 1360 88
Oficio sobre processo 1360 88
 
Oficio - reuniao com reitor sobre exoneracao de chefia da dinutri
Oficio - reuniao com reitor sobre exoneracao de chefia da dinutriOficio - reuniao com reitor sobre exoneracao de chefia da dinutri
Oficio - reuniao com reitor sobre exoneracao de chefia da dinutri
 

Jornal Sintuperj discute precárias condições Hupe

  • 1. Jornal do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020 - Bloco D - Maracanã - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.550-013 | Ano IX - Nº 53 - Maio de 2015 Os90anosdoDiadoTrabalhadornoBrasil A luta da classe trabalhadora sem- pre foi a marca do Dia do Tra- balhador desde sua origem. Instituído pela Segunda Internacional Socialista, realizada na França, no dia 20 de junho de 1889, a data, no entan- to, faz referência à luta dos trabalhado- res da cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Em 1886, eles realizaram uma série de mobilizações reivindicando me- lhorias nas condições de trabalho, além de uma greve geral em todo o país. Entre as bandeiras de luta, estava a redução da jornada de trabalho máxima para 8 horas diárias. O Brasil adotou oficialmente o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador no ano de 1925. Este dia foi utilizado para anun- ciar diversas conquistas como a institui- ção do salário mínimo (1940), a criação da Justiça do Trabalho (1941) e a Con- solidação das Leis do Trabalho (1943). Mas em seu nonagésimo aniversário de celebração, o Dia do Trabalhador foi marcado pela defesa de direitos conso- lidados, conquistados historicamente à base de muito suor e sangue. Os traba- lhadores participaram de um ato uni- ficado, que reuniu sindicatos e centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos de esquerda na Lapa. Entre as principais bandeiras, estava a luta contra o PL 4.330/2004, aprovado na Câmara dos Deputados e que já está no Senado desde o dia 28/04: PLC 30/2015. Além de regulamentar a terceirização no Bra- sil, o texto amplia essa prática para as atividades-fim, atualmente restrita às atividades-meio. A luta também se estende à derruba- da das medidas provisórias 664, que alte- ra de um mês para seis meses ininterrup- tos de trabalho o tempo mínimo para se ter direito ao abono salarial (PIS) e reduz o valor máximo do auxílio-doença que é o teto do INSS para a média “dos últimos doze salários de contribuição”; e 665, que aumenta de seis meses para 18 meses a carência mínima de tempo de trabalho para o primeiro acesso ao seguro-desem- prego. Sem se esquecer da resistência às tentativas de privatização de hospitais públicos e empresas estatais, e, na base de todo esse processo, da luta pelo fim do financiamento privado de campanhas eleitorais. É tão somente através da mobilização dos diferentes segmentos da classe traba- lhadora que o Brasil será um país gover- nado para todos os brasileiros. Ato do dia 1º de Maio na Lapa, Centro do Rio. No Dia do Trabalhador, categorias saíram às ruas em defesa de direitos conquistados e de melhorias das condições de trabalho anos 2 3 4Enfermarias do Hupe pedem socorro Coluna do Aposentado: Direito à integralidade Informes e repasses gerais
  • 2. O chefe da Enfer ma- gem da Ci- rurgia Toráxica do Hospital Universi- tário Pedro Ernesto (Hupe), Reginaldo Costa, revelou as precárias condições enfrentadas por ser- vidores e pacientes do setor. A coor- denadora geral do Sintuperj, Regina de Souza, e os delega- dos do Hupe, Maria Cristina de Jesus e Carlos Fernandes de Souza, viram de perto uma copa im- provisada na qual a pia não tem enca- namento. Para lavar seus materiais de uso, os profissionais de enfermagem têm que colocar um bal- de sob a pia que não tem sifão par escoa- mento da água. Na hora do descarte, os servidores são obrigados a carregar esse balde até um ralo localizado em uma área destinada à alimentação de pacien- tes. Dalí, o líquido vai para uma laje na qual, segundo os próprios trabalhadores, se aglomeram pombos devido à água suja e resíduos de alimentos. A servidora que nos procurou disse que esse procedi- mento improvisado de descarte é neces- sário para que se evite a contaminação dos pacientes, já que a única saída passa pela porta de entrada da Enfermaria. Outro problema é o local destinado ao descanso dos trabalhadores, como prevê a Lei 6.296/2012. Localizado ao lado da referida copa, ele é estreito, sem uma divisão entre os espaços e quente, porque o ar condicionado frequente- mente está com defeito. Mas o pior não é isso, em meio à alimentação ou ao des- canso, os profissionais são obrigados a dividir espaço com um frigobar onde são conservados materiais biológicos, como fezes e urina, que ficam lado a lado com a geladeira onde são guardados os alimen- tos, trazendo assim risco à saúde dos tra- balhadores. Na área destinada à alimentação dos pacientes, além de uma mesa extrema- mente precária, ao lado encontra-se um ralo utilizado para o descarte da mencio- nada água suja. Os pacientes têm pouco espaço e uma cadeira de descanso em péssimas condições. Reginaldo afirmou também que após o incêndio que atingiu o Almoxarifado do hospital, em julho de 2012, a Enfer- maria de Cirurgia Toráxica foi fechada. No entanto, não houve uma reforma es- trutural para a reabertura do local. “Se você raspar a tinta vai encontrar fuligem”, afirmou. O chefe da Enfermagem tam- bém reclamou da falta de computadores, obrigando os funcionários a realizar e armazenar todos os trabalhos adminis- trativos por escrito, dificultando assim o trabalho dos profissionais. Apesar de obras concluídas, setores permanecem fechados A precarização das condições de tra- balho no Hupe também atinge fortemen- te a Enfermaria da Clínica Cirúrgica. Nela, funcionam atualmente as Enferma- rias da Clínica Cirúrgica, Clínica Médica e Neurocirurgia. Ou seja, no mesmo am- biente convivem pacientes que deveriam estar em isolamento e os pacientes de pré e pós-operatórios. A área externa destinada à alimen- tação de pacientes da Clínica Cirúrgica mais parece um depósito. Nela é possível encontrar toda a sorte de objetos, desde grande quantidade de leitos inutilizados, insumos hospitalares, mesas, produtos de limpeza e latas de tinta. Um dos pa- cientes chamou a atenção para a água acumulada embaixo de alguns leitos. Ressaltando preocupação em relação à proliferação de mosquitos, ele afirmou que ela era proveniente das forte chuva ocorrida quatro dias antes, tornando o ambiente propício para vetores. Na Enfermaria da Clínica Médica, um único e estreito ambiente é comparti- lhado para o descanso dos trabalhadores, estocagem de medicamentos e produção de medicação, além da guarda das roupas dos pacientes. Para o repouso, eles têm que improvisar uma cama, colocando um colchão sobre uma espreguiçadeira que sequer abre totalmente, único local de descanso para quem dedica sua vida para cuidar de outras. No mesmo local há uma lixeira para resíduos infec- tantes. A situação da Enfermaria da Neurocirurgia não é muito diferente. Um armário anti- go e que mal fecha, além de produtos de limpeza, armazena roupas e medica- mentos. Ao lado do móvel, medicações são produzidas de forma precária. Além disso, a copa e a área de repouso dividem um estreito espaço. E n f e r m e i r o s contaram que a Neurocirurgia fun- ciona improvisada- mente há quase dois anos na Enfermaria da Clínica Médica. O motivo da mudança foi uma reforma na antiga Enfermaria da Neurocirur- gia, concluída ainda em 2014, há mais de seis meses. Segundo os servidores, a direção do hospital alega a falta de ar condicionado porque ao ser realizada a obra não prepararam um local adequa- do para a instalação do mesmo, sendo então um grande empecilho para que a Neurocirurgia volte a funcionar em seu local de origem. Enquanto isso, diversos leitos novos e uma bela estrutura monta- da para atender pacientes e funcionários permanecem ociosos. Até a nossa visita o problema continuava sem solução. CTI Cardíaco Em janeiro de 2015, a edição de nº 51 do Jornal do Sintuperj revelou ima- gens do Centro de Tratamento Intensi- vo (CTI) Cardíaco reformado, com re- abertura prometida para novembro de 2014. O setor, destinado a pacientes do pós-operatório, até hoje não foi reaberto e a direção do Hupe não se manifestou sobre o assunto. SucateamentodesetoresdoHupeatingetrabalhadoresepacientes,trazendoriscosàsaúde O caos em Enfermarias do Hospital Pedro Ernesto Alimentação e descanso dividem um estreito espaço Página Maio/2015 anos Profissionais de enfermagem têm de usar balde sob a pia Podem ser vistas amontoadas latas de tinta, produtos de limpeza, etc Lixo infectante, medicação e área de descanso dividem espaço
  • 3. Professor Wilson Macedo Página Maio/2015 anos Consoante é internacionalmente reconhecido, longe de constituir um prêmio, uma benesse, uma espontânea conces- são ou mesmo um benefício do Estado, conforme é estrondo- samente alardeado aos quatro ventos pelo sistema, a apo- sentadoria é UM DIREITO conquistado pelo trabalhador às duras custas do seu potencial produtivo e após longos e cansativos anos de trabalho, via de regra encaminhados em condições adversas, se considerarmos as dificuldades con- tinuamente encontradas para a realização de suas tarefas e atividades, ou seja, para a efetivação de seu compromisso profissional; há que lembrar não sair do bolso do Estado o dinheiro disponibilizado para a aposentadoria, uma vez que ele não produz riquezas para tanto tratando-se, ISTO SIM, de receita COMPULSORIAMENTE OBTIDA através do uso da força e da violência de uma legislação que assim lhe per- mite reagir. Na qualidade de servidores públicos estatutários dispo- mos do que se chama de aposentadoria integral, cujo valor acompanha o valor dos vencimentos dos servidores ativos, situação esta muito justa se não esquecermos de que TO- DOS estão sujeitos às mesmas oscilações do mercado (custo de vida), sempre em alta por menor que sejam os índices apregoados pelo sistema. É nossa impressão, se estivermos equivocados que nos provem o contrário, que ao desvincu- lar da Uerj o seu servidor aposentado e simultaneamente vinculá-lo ao Rioprevidência, o Governo do Estado tinha o firme propósito de extinguir a sua aposentadoria inte- gral, diminuindo paulatinamente o valor dos seus proven- tos até a sua estagnação por tempo indeterminado, con- firme ocorre (se estamos enganados que nos corrijam) com os trabalhadores do setor privado, cuja aposentadoria é responsabilidade do INSS. Isto acontece por tratar-se de um Estado incompetente para viabilizar uma política econômica e financeira ca- paz de gerar receita, sendo mais fácil penalizar ainda mais – PRINCIPALMENTE ATRAVÉS DE TRIBUTAÇÃO – quem já é sacrificado. Cumpre, então, ao trabalhador de um modo geral e, ao servidor do Estado do Rio de Janeiro em particular, con- tinuarem atentos a qualquer manobra espúria do sistema no sentido de lhe causar algum prejuízo, combatendo-a com o vigor que lhe é peculiar. Caso contrário, estarão abdi- cando de sua condição de cidadãos e passivamente concor- dando com o seu lento e gradual extermínio, como é desejo do sistema. Não se esqueçam de Fernando Henrique Cardoso que, quando Presidente, chegou a incluir na proposta de Orçamento para o ano de 2001, receita advinda da contri- buição previdenciária. Por oportuno, queremos deixar aqui registrada a contri- buição do Professor Antônio Carlos Ferrão, um dos funda- dores da ASDUERJ, para este assunto: “O APOSENTADO NÃO É UM TRABALHADOR ERRADICADO DA ESTRUTURA PRODUTIVA; É UM TRABALHADOR QUE CONQUISTOU A LIBERDADE DE VIVÊ-LA DE UM MODO DIFERENTE.” Aposentadoria Integral Coluna do Aposentado Plantão Geral do Hupe amontoa pacientes N a edição de número 45 do Jor- nal do Sintuperj, foi mostrado o atendimento médico feito no corredor em frente ao Plantão Geral do Hupe. Ao que parece, a “solução” encon- trada foi amontoar os pacientes dentro do setor. Os delegados do Sintuperj no Hupe Maria Cristina de Jesus e Carlos Fernandes foram ao local e viram pa- cientes sendo atendidos de forma pre- cária em espreguiçadeiras. Além da falta de conforto para os pacientes e acompa- nhantes, os leitos improvisados também comprometem o trabalho dos profissio- nais de Enfermagem, pois dificultam a passagem pelos corredores e aumentam os riscos de acidentes. Sobre este caso, alguma palavra da Direção do Hospital ou o costumeiro si- lêncio?
  • 4. EXPEDIENTE Rua São Francisco Xavier, 524 - Sala 1020-D - Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.550-013 • Tel/Fax: 2334-0058 / 2234-0945 / 2234-1342 • Internet: www. sintuperj.org.br / sintuperjsindicato@gmail.com • Delegacia HUPE: 2868-8486 • Coordenação de Comunicação: Carlos Alberto Silveira, Loana Saldanha e Paulo César Paes Fernandes • Conselho Editorial: Antônio Virgínio Fernandes, Carlos Alberto Silveira, Jorge Luis Lemos, Loana Saldanha e Regina de Fátima Souza • Jornalistas: Atilas Campos e Diedro Barros • Colunista: Wilson Macedo • Fotos: Atilas Campos, Diedro Barros e Samuel Tosta • Programação Visual: Daniel Costa e Diedro Barros • Diagramação: Diedro Barros • Tiragem: 3.500 exemplares C onfira abaixo os informes atuali- zados, pelo coordenador Antônio Virgínio Fernandes, dos proces- sos que compõem o chamado “Atrasa- dão”: Processo 1.857/88, da 39ª Vara do Trabalho (referente ao Hupe): O depósi- to foi feito em juízo no dia 06 de outubro de 2014, mas até o momento o juiz da 39ª Vara não liberou os alvarás que possibi- litam o pagamento. O Sintuperj pediu a interferência da presidência do Tribunal Regional do Trabalho, que solicitou o en- vio de documentação relativa ao proces- so, inclusive dados pessoais e cálculos do que tem a receber os trabalhadores. Essa informação foi repassada para o Sindi- cato autor que representava os trabalha- dores na época, o SEESS – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Rio de Janeiro (“Sindicatão”). Atrasadão: Sintuperj esclarece andamento dos processos Página Maio/2015 anos A assessoria jurídica do Sintuperj entrará com duas ações con- tra o Governo do Estado. Uma delas busca a recomposição das perdas inflacionárias dos últimos cinco anos, um direito garantido pela Constituição e que não é cumprido pelo Governo. Há uma discussão sobre o tema no Supremo Tribunal Federal e, até o momento, o pa- recer é favorável aos trabalhadores por três votos a dois. Diante disso, o Sintu- perj está no aguardo do cálculo que está sendo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So- O Sintuperj realizou um debate no último dia 29 de abril sobre um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora: o Projeto de Lei 4330/2004, já aprovado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Sena- do Federal (PLC 30/2015). O geógrafo e historiador, professor de Geografia do Pré-vestibular Social do Sintuperj, Ra- fael Guedes, e o Prof. Dr. da Faculdade Processo 1.153/88, da 8ª Vara do Tra- balho (relativo à Administração Central e Unidades de Ensino - SAAE/RJ): Foi considerado quitado em 13 de abril de 2015, tendo em vista depósito efetuado na conta do Banco do Brasil. Aguardan- do que o depósito efetuado chegue à 8ª Vara para liberação. Processo 1.360/88, da 19ª Vara do Trabalho (relativo ao Hupe): Assim como o processo anterior, foi considera- do quitado tendo em vista depósito re- ferente ao mesmo efetuado na conta do Banco do Brasil. Processo 2.742/89, da 12ª Vara do Trabalho (relativo ao Cepuerj - SAAE/ RJ): A informação repassada pela presi- dência do SAAE é que a quitação deste processo será posterior ao pagamento do processo número 1.153/88, da 8ª Vara. No aguardo de novas informações. Sintuperj promove debate sobre terceirização de Direito da UERJ Ivan Garcia foram os palestrantes. Ao final, todos que acompanharam os debates puderam participar de uma con- fraternização em comemoração ao Dia do Trabalhador. Foram distribuídas fa- tias de bolo, no qual trazia os dizeres: “O trabalhador não pode ficar com a menor fatia”. Confira todos os detalhes no site www.sintuperj.org.br O número de estudantes do Pré- -vestibular Social do Sintuperj aprovados no Vestibular 2015 não para de crescer. Até o fechamento desta matéria (06/05) foram 76 aprova- ções. Um recorde desde a criação do cur- so, em 1998, superando os 63 aprovados no Vestibular 2014. Confira o quantitati- vo de aprovações por curso: Pedagogia, 12; Direito, 8; Engenharia, 6; Serviço Social e Letras, com 5 aprovações cada; Ciências Contábeis, Ciências da Com- putação, Economia e História, com 3 aprovados cada; Medicina, Ciências So- ciais, Física, Matemática, Odontologia e Educação Física, com 2 aprovações cada; Fisioterapia, Publicidade, Estatística, Psicologia, Relações Públicas, Nutrição, Administração, Administração Públi- ca, Biologia, Enfermagem, Jornalismo, Economia, Ciências Biológicas, Ciências Econômicas, Química e Escola de Sar- gentos das Armas (EsSA), com 1 aprova- do cada. Pré: cresce número de aprovados A audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Alerj (26/03) discutiu a situação atual das universidades estaduais e possíveis soluções. Sobre a Uerj, o coordenador geral do Sintuperj, Antônio Virgínio, cri- ticou os atrasos no pagamento de bolsas e agradeceu a mediação dos parlamentares para a liberação das verbas de custeio da Uerj, que serviram para acertar os com- promissos com as empresas terceirizadas e as consignações das entidades ligadas aos trabalhadores da Uerj. Em relação a Uezo, o principal ques- tionamento foi quanto à paralisação das obras de construção de um campus para a instituição, considerado prioridade. E sobre a Uenf, os atrasos de repasses tam- bém são a maior preocupação, atingindo bolsistas e até a empresa fornecedora de refeições para o Restaurante Estudantil da instituição. Maiores detalhes sobre a audiência pública no site www.sintuperj. org.br Crise das universidades públicas em pauta O Sintuperj promoveu no último dia 25/04 o Torneio de Futebol de 7 “Sintuperj 15 anos de Luta”. A competição reuniu trabalhadores da Uerj e foi disputada na quadra sintética da universidade, campus Maracanã. A equipe vencedora foi a “100% Manuten- ção”. A equipe do Sintuperj, “Ousadia e Futebol e confraternização unem trabalhadores da Uerj Alegria”, conquistou o segundo lugar. Em seguida, os trabalhadores realizaram uma confraternizaram, onde foram dis- tribuídas as premiações. Na disputa fe- minina, um jogo único entre as equipes “Sintuperj Acredita” e as “Gladiadoras do Serviço Social” terminou com a vitória das Gladiadoras. Sintuperj moverá ações contra Governo cioeconômicos) para ingressar com ação solicitando estas correções; a outra ação visa corrigir os valores da URV (Unidade Real de Valor). São 11,98% relativos ao período de dezembro de 1993 a dezem- bro de 1994, que o Governo do Estado já reconheceu como procedente, mas de- clarou oficialmente que só analisará os casos de servidores que ingressarem com ação na justiça. De acordo com o advo- gado do sindicato, Dr. Jorge Braga Junior, no próximo mês de junho os sindicaliza- dos já poderão procurar o Sintuperj para dar início às ações. Confira essas e outras notícias no site do sindicato: www.sintuperj.org.br