Mais do que uma interpretação do texto de João 21.22, temos uma exposição importante sobre a forma pela qual importa seguir a Jesus. "Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu." (João 21:22)
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Siga me - livro
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S844
Stevens, William Bacon;1815-1887
Siga-me! / William Bacon Stevens
Tradução, adaptação e ediçãoporSilvio Dutra – Rio de
Janeiro, 2017.
23p.; 14,8 x 21cm
Título original: Follow me!
1. Teologia. 2. Vida Cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves,
Silvio Dutra I. Título
CDD 230
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"Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que
ele fique até que eu venha, que tens tu
com isso? Segue-me tu." (João 21:22)
Depois da ressurreição de nosso
Senhor, ele encontrou alguns de Seus
discípulos junto à margem do Mar da
Galiléia. Nessa entrevista, Ele fez a
pergunta a Pedro, três vezes: "Você me
ama?" E como Pedro antes, três vezes
havia negado seu Senhor, agora ele três
vezes declarou seu amor e fé, e três vezes
o Salvador ressuscitado o reabilitou, por
assim dizer, ao seu apostolado, pela
tríplice direção - "Alimente minhas
ovelhas."
Nosso bendito Senhor então prosseguiu
dizendo: "Em verdade, em verdade te digo
que, quando eras mais moço, te cingias a
ti mesmo, e andavas por onde querias;
mas, quando fores velho, estenderás as
mãos e outro te cingirá, e te levará para
onde tu não queres." Jesus disse isso para
indicar o tipo de morte pela qual Pedro
glorificaria a Deus. E disse-lhe: Siga-me!
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Parece que Jesus então avançou, e Pedro
com Ele. Eles tinham ido, senão um
pouco, quando Pedro, virando-se e vendo
João seguindo, perguntou a Jesus:
"Senhor, que farás a este homem?" Como
se ele tivesse dito: "Você me disse o que
me acontecerá na minha velhice. Agora,
e quanto a João; qual será o seu destino?"
A esta pergunta, nosso Senhor
respondeu: "Se eu quiser que ele fique até
que eu venha, que tens tu com isso?
Segue-me tu." Assim, sua indiscrição e
curiosidade foram repreendidas, e
virtualmente lhe foi dito que não lhe
cabia perguntar sobre coisas que não
pertenciam a seu próprio dever
específico. Seu dever era seguir a Cristo,
deixando com os outros as suas próprias
responsabilidades e deveres.
O único dever simples estabelecido para
cada um é seguir a Cristo. No entanto,
como no caso de Pedro, agora também;
muitos hesitam e param e se voltam e
procuram resolver outras questões antes
de obedecerem. Eles pedem para ter essa
dúvida resolvida, que a doutrina deixou
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clara, cujo mistério foi desvendado; e
assim adiam o trabalho real de salvação
pessoal, por causa de questões paralelas
e questionamentos ociosos de nenhuma
real consequência ou valor.
Ao lidar com os homens de Seu dia, nosso
Senhor sempre reprimiu este espírito,
esse desejo curioso de conhecer o
incognoscível e tentar desvendar os
segredos que é "a glória de Deus
esconder". Quando alguém lhe
perguntou: "Senhor há poucos que serão
salvos?" Ele respondeu: "Esforçai-vos
para entrar pela porta estreita; porque
muitos, digo-vos, procurarão entrar e
não poderão". Quando outro perguntou:
"Quem é o maior no reino dos céus?" Ele
tomou uma criança e colocou-a no meio
deles, e disse: "Se não se converterem e
se tornarem como crianças, não entrarão
no reino dos céus". Assim, Ele sempre
restringiu. . .
Esta perquirição da mente em
indagações infrutíferas;
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Este procurar ser sábio além do que está
escrito;
Este afastamento do dever pessoal por
uma curiosidade questionadora.
Aqui está alguém que ouve o
mandamento de Cristo: "Siga-me"; mas,
ao invés de fazê-lo prontamente, ele para
e pergunta: "Mas, Senhor, sobre esta
dificuldade teológica, não consigo
reconciliar a soberania de Deus com o
homem livre e eu não posso desvendar o
mistério da Trindade." Estas, e muitas
outras questões semelhantes, são
praticamente as respostas que muitos
fazem ao chamado de Jesus, "Siga-me."
Pode não assumir essa forma definitiva,
mas, mais ou menos, entra em uma
mente despertada ao dever pelo
chamado de Jesus, e ainda sufocando a
reivindicação do dever, por
questionamentos sobre verdades
relacionadas ou dificuldades não
resolvidas. Mas, se você não obedecer a
Jesus até que todas essas perguntas
sejam respondidas, e essas dificuldades
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sejam removidas; então você vai esperar
para sempre.
"As coisas secretas pertencem ao Senhor
nosso Deus, mas as coisas reveladas
pertencem a nós e aos nossos filhos para
sempre, para que possamos seguir todas
as palavras desta lei." (Deuteronômio
29:28).
"Porque os meus pensamentos não são os
vossos pensamentos; nem os vossos
caminhos são os meus caminhos",
declara o Senhor. Como os céus são mais
altos que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos
caminhos, e os meus pensamentos mais
do que os vossos pensamentos!" (Isaías
55: 8,9).
As dificuldades e os mistérios da
Escritura resultam necessariamente das
relações entre Deus e o homem:
Deus o infinito; o homem finito;
Deus o santo, o homem o pecador;
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Deus um Espírito; o homem uma criatura
de carne e sangue;
Deus no Céu; o homem na terra;
Deus habitando a eternidade; e o homem
a criatura do tempo;
Deus, o Soberano do universo em Seu
trono; e o homem rebelde e
pequeníssimo!
Marque esses contrastes; avalie sua
diversidade. A própria afirmação deles
mostra como é impossível para o homem
ser capaz de compreender plenamente
Deus ou o Seu trato.
A pergunta foi feita no passado, "Quem,
ao procurar, pode descobrir Deus, quem
pode descobrir o Todo-Poderoso?" E
Salomão, o mais sábio dos homens,
declarou: "É a glória de Deus esconder
um assunto". Pois se o homem soubesse
tanto quanto Deus; ele teria a mente de
Deus e a sabedoria de Deus! (Nota do
tradutor: Como pode o homem finito e
limitado entender o Deus que é infinito e
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eterno, em todos os seus atributos em
perfeições na Sua mais completa
profundidade? Por isso, não somente a
revelação escrita, a Bíblia, foi
progressiva, e o conhecimento desta
verdade revelada é em graus, à medida
que somos capacitados pela graça a
receber a aplicação gradual desta
verdade em nossas próprias vidas. A
conversão é o primeiro passo que nos
coloca no âmbito das coisas espirituais,
celestiais e divinas, pelo conhecimento
pessoal do Senhor Jesus Cristo, em
espírito, mas há todo um grande
caminho para ser trilhado, depois que
ultrapassamos a porta estreita.)
Por mil e oitocentos anos a mente do
homem, com suas linhas de medição;
tem procurado compreender
completamente Deus e Seus caminhos, e
calcular as medidas de Suas grandes
verdades; e ainda não está mais perto da
solução agora, do que quando foi
revelado pela primeira vez. Lá estão no
firmamento da teologia, as grandes
nebulosas irresolúveis da revelação; e
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nenhum poder de ampliação da óptica do
homem, e nenhum poder penetrante no
espaço da invenção do homem; pode
desdobrar esses mistérios, que
imediatamente desafiam e testam, a fé do
homem. (Nota do tradutor: Acrescente-
se a isto que o homem natural não pode
entender coisa alguma das realidades
que são espirituais, celestiais e divinas. E
mesmo nos que têm se tornado
espirituais por meio da fé em Jesus
Cristo, este conhecimento das coisas
espirituais é incompleto e imperfeito
enquanto estivermos aqui neste mundo,
conforme dizer do apóstolo que
conhecemos em parte, e isto, como já foi
dito antes, em razão da nossa finitude e
impossibilidade de termos a plenitude do
conhecimento tal como ela se encontra
em Deus, que tudo conhece em todos os
seus fundamentos, uma vez que Ele
próprio é o Criador de todos esses
fundamentos, tanto no mundo natural,
quanto no espiritual.)
Não pode haver revelação de Deus que
esteja livre de mistérios; porque a
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linguagem humana não pode incorporar
pensamentos celestiais e modos de
existência divina. E a mente humana não
poderia compreender termos e frases
que realmente refletissem a pessoa, a
glória e a obra do Todo-Poderoso.
Pensamentos divinos, antes que eles
possam ser levados a nossas mentes, têm
que ser diluídos em palavras humanas.
As coisas divinas têm que ser
simbolizadas para nós, por seres
humanos ou terrenos.
E os seres divinos têm que ser descritos
para nós, por termos retirados da
existência humana e de significação
puramente terrena.
Portanto, no processo de tradução,
diluição e ilustração; nenhum atributo de
Deus, nenhuma verdade de Deus; pode
ser plenamente revelado e plenamente
compreendido.
Só podemos ver o lado terreno e a
extremidade terrena; pois o lado celestial
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e o ponto de partida celeste, estão além
de nosso alcance; longe de vista! E
devemos contentar-nos em deixá-lo
estar em seu próprio lugar, sempre de pé
com nossos olhos virados para Jesus,
segurando em uma mão as grandes
doutrinas da verdade revelada, e na outra
as preciosas garantias:
"O que estou fazendo, você não entende
agora, mas você saberá depois." (João 13:
7).
"Porque agora vemos como por espelho,
em enigma, mas então veremos face a
face; agora conheço em parte, mas então
conhecerei plenamente, como também
sou plenamente conhecido." (1 Coríntios
13:12).
Embora a razão humana, em
consequência de sua capacidade finita e
fraqueza moral; não possa resolver essas
dificuldades; contudo existe um método
de solução ao mesmo tempo simples e
satisfatório. É a fórmula simples que
Jesus dá. "Se alguém escolhe fazer a
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vontade de Deus, ele descobrirá se meu
ensinamento vem de Deus ou se eu falo
por conta própria". Ou seja, no ato de
obediência à vontade de Deus;
aprendemos a verdade e a razão da
vontade que nós obedecemos. Como é
dito sábio: "Mistérios são revelados aos
mansos, e aquele que guarda a lei tem
entendimento". Isto prova-se que é
verdade pela experiência de cada
humilde filho de Deus, diante do
cuidadoso exercício da vontade de Deus,
todas as dúvidas e dificuldades
diminuem, e ele pode dizer com fé
sublime: "Eu sei em quem tenho crido."
Aqui está outro que, quando Cristo
chama "Siga-me", se vira e diz; "mas,
Senhor, o que dizer dessas diferenças
entre ciência e revelação? Eu devo
esperar até que eu veja essas
discrepâncias removidas e até que eu
veja os dois em acordo, para não me
comprometer com alguma falsa teologia
ou revelação não científica."
A esta classe deixe-me dizer, que a Bíblia
foi-lhe dada para o simples propósito de
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dizer-lhe sobre Deus e o caminho da
salvação. Seu único grande ensinamento
é que o homem é um pecador, e Cristo é
um Salvador, e o homem pode ser salvo
da culpa e do castigo do pecado, somente
pela fé neste Salvador. Esta verdade
ensina com a clareza da luz solar. É o que
você deve saber, ou perecer. É o único
livro que o ensina. Ele é o único Salvador
revelado do Céu. Se este livro e este
Salvador são renegados, você desiste do
único mapa pelo qual você pode navegar
com segurança o mar da vida e do único
Piloto que pode dirigir sua alma para o
refúgio de descanso.
Se das centenas de passageiros infelizes
no vapor Schiller, quando bateu nas
pedras, e o grito de alarme soou: Salve-se
pelo barco salva-vidas! Alguém dissesse:
"Pare! Devo primeiro descobrir como o
navio entrou neste recife; devo primeiro
me convencer de que este barco salva-
vidas está devidamente construído!" - o
que teria sido dito de tal homem? Esse
não era o momento de discutir questões
sobre as marés, os desvios e as variações
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da bússola e os princípios científicos dos
aparelhos de salvamento; o homem tinha
outra coisa a fazer. O navio estava
descendo; as ondas o quebraram; ele
deve escapar ou se afogar; o bote salva-
vidas estava à mão, apegue-se a ele; e ele
está salvo; rejeite-o; e ele está perdido.
E se a ciência, como entendida
atualmente, e a Bíblia, não
concordarem? Estaremos perturbados
com isso? Eu acho que não. Alegro-me ao
saber que o que é chamado ciência
moderna e a Bíblia não concordam. Eu
ficaria arrependido se eles
concordassem! A ciência moderna é
mutável; mas a Bíblia é imutável!
A ciência de hoje não é a ciência do ano
passado, e não será a ciência do próximo
ano.
A Bíblia de hoje, é a Bíblia de todos os
séculos cristãos; e será daqui a mil anos;
exatamente o que foi há quase mil e
novecentos anos, quando o cânon da
Escritura estava fechado!
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Assinale as mudanças ocorridas ao longo
de toda a linha das ciências desde o início
deste século XIX. Que catástrofe, então,
teria sido; se tivesse sido provado que a
Bíblia e a ciência, tal como eram
conhecidas no início deste século,
concordaram plenamente; que todas as
afirmações da Bíblia poderiam ser
equacionadas com os fatos da ciência
como então entendida! As grandes ondas
de maré da ciência que rolaram sobre o
mundo desde então, teriam deixado a
Bíblia encalhada e arruinada!
E só agora; se pudesse ser esclarecido
hoje que toda verdade na Bíblia está de
acordo com as teorias recebidas da
ciência; o que seria da Bíblia daqui a
cinquenta anos, quando a ciência terá
avançado com passos ainda mais rápidos
e deixado a Bíblia para trás?
Enquanto isso, a Bíblia permanece na
solitária grandeza de sua própria
perfeição. Espera, à medida que as idades
rolam, para confirmação e aceitação. Foi
dito por um dos antigos, "Deus é paciente,
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porque Ele é eterno"; e a Bíblia, como o
livro do Deus da verdade, tem esse
atributo de seu Autor divino. Sua força é
ficar quieto. Não sai apressadamente
para encontrar uma ciência
semiformada e abraçá-la como um
aliado; para que não se transforme em
um inimigo. Ele se apega calmamente na
consciência de sua própria verdade; à
medida que os avanços da ciência se
aproximam cada vez mais; e todo avanço
da ciência verdadeira o aproxima da
Bíblia. "Para sempre, ó SENHOR, a tua
palavra está estabelecida no Céu!"
(Salmos 119: 89). "A erva seca e as flores
desaparecem; mas a Palavra de nosso
Deus permanece para sempre!" (Isaías
40: 8).
A oposição a essa Bíblia vem apenas de
uma classe cujas expressões, Paulo tem
justamente caracterizado como "as
conversas vãs e profanas e as oposições
da falsamente chamada ciência."
A verdadeira ciência, como os sábios do
Oriente, traz ao santo Jesus os seus dons,
e adora aos Seus pés.
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A ciência "falsamente chamada", como
Herodes, pergunta hipocritamente aos
mesmos sábios: Onde está o recém-
nascido Jesus? Mas pede não para adorar;
mas para destruir; não para coroá-lo rei;
mas para massacrar com uma espada!
Afinal, o que essas questões entre
religião e ciência realmente têm a ver
com sua salvação? São questões que não
podem ser resolvidas, porque a ciência
não está resolvida; e a ciência não será
resolvida, enquanto houver um fato não
descoberto na natureza, ou uma mente
inquirindo no homem. A única coisa que
você deve fazer é seguir a Jesus. Todas as
outras perguntas se ajustarão; mas a
menos que você o siga, você deve estar
perdido para sempre.
Aqui está outro, que, quando Jesus diz:
"Siga-me", se vira e, como Pedro,
pergunta: "Mas, Senhor, e quanto a essas
pessoas que fazem uma profissão de
religião, mas que conheço sua vida
diária... não são verdadeiros cristãos?
Que fariam esses homens?" Parece que
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eu ouço Jesus responder, o que é isso
para você? Você vai se excluir do céu, por
causa da hipocrisia de outros homens?
Este mundo é o mundo da disciplina e da
liberdade condicional, onde o caráter é
formado e provado; o mundo eterno é o
mundo do juízo e da separação, onde os
resultados são contados e os prêmios são
pronunciados.
A religião de Jesus Cristo tem que
trabalhar sobre uma natureza totalmente
depravada, e no meio de um mundo
pecaminoso. Que esses dois fatores
importantes nunca sejam esquecidos ao
estimar qualquer obra de graça no
homem caído.
Deve haver, necessariamente, falhas e
defeitos; por causa da deficiência da
natureza em que ela opera e do mundo
profanado em que opera. Isto tem sido
assim desde o início do cristianismo.
Entre os doze discípulos, havia um Judas.
Entre os convertidos no Dia de
Pentecostes, havia um Ananias e Safira.
Das Sete Igrejas da Ásia Menor, nas quais
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o Filho de Deus andava entre os Sete
Castiçais, todas eram defeituosas; exceto
uma. As parábolas do joio e do trigo, e da
rede lançada no mar e cheia de peixes
bons e maus; destinam-se a ensinar-nos
a não procurar a perfeição no presente
ordenamento das coisas; mas, ao
contrário, que o engano, a hipocrisia e a
maldade vivem, no campo do Evangelho,
na rede do Evangelho e no candelabro de
sete hastes.
E se houver hipócritas na Igreja; você
acrescentará ao seu pecado, amarrando
os deles ao redor do seu pescoço?
Recusar-se-á a reconhecer o bem e o
verdadeiro e a cumprir o seu dever
conhecido; porque entre aqueles que
professam e se autodenominam cristãos,
há muitos que só têm um nome para
viver; mas estão espiritualmente
mortos? É por este princípio que você age
na vida diária? Você condena todos os
comerciantes, porque alguns são
fraudulentos? Você desacredita de todas
as instituições bancárias, porque
algumas são inúteis? Cada um de nós
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deve estar de acordo com o nosso caráter
individual, e cada um de nós será julgado
por nossos feitos pessoais; e nenhuma
hipocrisia de outros desculpará ou
mesmo será paliativa para nossa
desobediência ao mandamento do
Senhor: "Siga-me!"
Quem é que te manda segui-lo? É um
grande filósofo? Algum estadista sábio?
Algum herói de renome mundial? Sim.
Ele é tudo isso; e muito mais. Jesus Cristo
é o maior de todos os filósofos, de todos
os estadistas, de todos os heróis. Mas,
esta é uma visão baixa e terrestre de
Cristo. Para nos elevarmos a um plano
mais elevado de pensamento,
descobrimos que Aquele que nos ordena
segui-Lo, declarou-se "o caminho, a
verdade, a vida". O caminho para Deus é
somente encontrado seguindo Aquele
que disse: "Ninguém vem ao Pai senão
por mim". A verdade de Deus; a verdade
que está em Jesus; a verdade pela qual
somente nós somos santificados; a única
verdade que liberta os homens na
verdadeira liberdade dos filhos de Deus;
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e que só é encontrada quando seguimos a
Cristo, a Verdade Encarnada. A vida;
aquela vida eterna, aquela vida com Deus
em Seu reino celestial, aquela vida sobre
a qual a segunda morte não tem poder; só
podemos encontrar quando seguimos a
Jesus. Porque o apóstolo João declara:
"Deus nos deu a vida eterna; e esta vida
está em Seu Filho."
Jesus declara ainda: "Eu sou a luz do
mundo", sendo a natureza espiritual do
homem; o que o sol é para o ser físico do
homem; o sol nos céus morais é a grande
luz que governa o dia espiritual. E,
portanto, aquele que seria
verdadeiramente iluminado, pode
encontrar esta luz apenas ao seguir Jesus,
que declarou: "Quem me segue não
andará em trevas, mas terá a luz da vida".
Mas, esse chamado deve ser
prontamente obedecido. Não aguarda
nenhum atraso. Quando, em certa
ocasião, Jesus clamou a um homem:
"Segue-me", e ele respondeu: "Senhor,
permita-me primeiro ir enterrar meu
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pai"; Jesus respondeu: "Que os mortos
enterrem os seus mortos". Quando, em
outra ocasião, alguém disse a Jesus: "Eu o
seguirei, Senhor, mas primeiro me deixe
voltar e dizer adeus à minha família".
Jesus respondeu: "Nenhum homem,
tendo posto a mão no arado e olhando
para trás, é apto para o reino de Deus".
Nada pode ter precedência sobre este
chamado; "Siga-me." Nada pode justificar
seu adiamento. Nada é motivo para sua
negligência. É o primeiro, o maior, dever
de hoje; porque "agora é o tempo aceito,
eis que agora é o dia da salvação."