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Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas 
Disciplina: Zoologia dos Invertebrados 
Professor: Banja Fernandes 
INVERTEBRADOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA PARA O HOMEM: 
TENÍASE - NEUROCISTICERCOSE 
Discentes: 
Jusciana dos Anjos Tomaz 
Maria José da Graça Soares 
Rosa Catarina Ferreira dos Santos Dall’Agnol 
Tabira-PE 
2014
PLATELMINTOS 
Os platelmintos são considerados vermes 
achatados e surgiram na Terra há provavelmente 
cerca de 600 milhões de anos. 
Pelo formato do corpo, tem-se o nome: platelmintos 
(do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
PLATELMINTOS 
Aproximadamente 15 mil espécies, vivem 
predominantemente em ambientes aquáticos, 
como oceanos, rios e lagos; são também 
encontrados em ambientes terrestres úmidos. 
A maioria dos platelmintos parasitam animais 
vertebrados e outros possuem vida livre.
PLATELMINTOS 
Medindo desde alguns milímetros até metros de 
comprimento, os platelmintos possuem tubo 
digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma 
abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e 
eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. 
Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados 
à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o 
alimento previamente digerido pelo organismo 
hospedeiro.
AS TENIAS E A TENÍASE
AS TENIAS E A TENÍASE 
A forma adulta das tênias causa uma doença 
chamada de teníase, Taenia solium, do porco 
e Taenia saginata, do boi). 
Recebem o termo "solitárias", porque, geralmente 
o indivíduo acometido tem apenas um parasita do 
tipo.
TAENIA 
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As tênias são hermafroditas logo, não necessitam 
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É muito grande a quantidade dos ovos liberados (30 
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 Os ovos se desprendem periodicamente e caem 
com as fezes.
O porco é considerado o hospedeiro intermediário. 
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perfurando a mucosa intestinal.
Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e 
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adulto, e é o seu hospedeiro definitivo. 
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Os cisticercos apresentam-se semelhantes a 
pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, 
normalmente do tamanho de uma ervilha. Na 
linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" 
ou "canjiquinhas". 
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AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS 
Agente Etiológico: Na forma larvária, a Taenia 
solium e a Taenia saginata causam a teníase. Na 
forma de ovo, a T. saginata desenvolve a 
cisticercose no bovino, e a T. solium no suíno ou no 
homem.
AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS 
Reservatório e Fonte de infecção: o homem é o 
único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. 
solium e da T. saginata. O suíno ou o bovino são os 
hospedeiros intermediários (por apresentarem a 
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AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS 
Período de Incubação: Para a teníase, após a 
ingestão da larva, em aproximadamente três meses, 
já se tem o parasita adulto no intestino delgado 
humano. 
Período de Transmissibilidade: os ovos de Taenia 
solium e de Taenia saginata podem permanecer 
viáveis por vários meses no meio ambiente, 
principalmente em presença de umidade.
Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode 
ingerir cisticercos (lasvas de tênia). 
No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a 
tênia adulta. 
Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se 
entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes 
grávidas despremdem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados 
durante ou após as evacuações. 
No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede 
cerca de 30 mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é 
conhecido como oncosfera. Espalha-se pelo meio e podem ser 
ingeridos pelo hospedeiro intermediário. 
No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal 
e cae no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, 
diafragma, sistema nervoso e coração. 
Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, 
chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de 
canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo 
envolto por uma vesícula protetora. 
Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e 
desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, 
causando uma doenças - a cisticercose que pode ser fatal.
CISTICERCOSE 
Infecção causada pela forma cística da ten̂ia do 
porco, Taenia solium, e a neurocisticercose é 
quando ocorre o acometimento do sistema nervoso 
central (SNC).
O HOMEM PODE ADOECER DE DUAS 
FORMAS: 
1 - ao ingerir carne de porco contendo o cisticerco 
(Cysticercus cellulosae), que são “caroços” observados 
na carne, esta é a forma larvária da T. solium. Desta 
forma o homem adquire a teníase e a larva passa a viver 
no seu intestino. 
2- ao ingerir acidentalmente os ovos da larva que são 
liberados junto com as fezes do homem infectado, 
podendo levar a outra forma da doença que é 
a cisticercose. Desta forma, os “caroços” antes vistos 
na carne do porco, podem se alojar, agora, nos tecidos 
humanos, como os músculos e tecido nervoso.
Cistos ativos no cérebro 
http://www.amato.com.br/content/neurocisticercose-cisticercose-do-sistema-nervoso- 
central
SINTOMAS 
Os sintomas dependem da localizacão, ̧ do número e do 
estágio de desenvolvimento dos cistos. 
O período de incubacã̧o dura de quatro a cinco anos, ou seja, 
os sintomas podem aparecer anos depois da ingestão dos 
ovos da tênia. 
Os sintomas geralmente surgem quando os cistos começam a 
envelhecer e provocam uma resposta inflamatória do 
hospedeiro. 
Os pacientes podem apresentar convulsões, danos 
neurológicos (paralisias ou dormências em um segmento do 
corpo), sinais de aumento de pressão intracraniana (dor de 
cabeça, vômitos e torpor), alteracã̧o do comportamento, 
meningite (febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço), entre 
outros sintomas.
COMO É A EVOLUÇÃO DA DOENÇA? 
As cistos que se encontram dentro do cérebro 
apresentam melhor evolução, sejam eles de tamanho 
habitual necessitando de medicação parasiticida, sejam 
eles gigantes através do tratamento cirúrgico. 
As formas da doença que causam obstrução da 
circulação de liquor, especialmente se acompanhadas de 
inflamação importante e da necessidade de implantação 
de derivações, apresentam uma evolução mais 
complicada, com internações frequentes e deterioração 
neurológica. 
De uma forma geral, quanto menor a inflamação, melhor 
o prognóstico e portanto, quanto mais rápido for 
instituído o tratamento, melhor será seu resultado.
SINTOMATOLOGIA 
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, 
podem surgir transtornos dispépticos, tais como: 
alterações do apetite (fome intensa ou perda do 
apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações 
nervosas, irritação, fadiga e insônia.
PROFILAXIA 
A profilaxia consiste na educação sanitária, em 
cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e 
seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.) 
Carne contaminada com ovos 
http://diariodebiologia.com/2014/10/carne-de-porco-e-mais-saudavel-do-que-a-carne-de- 
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TRATAMENTO 
Em relação ao tratamento, este consiste na 
aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem 
ser usadas outras drogas alternativas, como 
diclorofeno, mebendazol, etc. 
O chá de sementes de abóbora é muito usado e 
indicado até hoje por muitos médicos, 
especialmente para crianças e gestantes.
INCIDÊNCIA 
Fonte: 
http://dc348.4shared.com/doc/uwnsbD-1/preview.html
Brasil Endêmico para teníase/cisticercose humana e 
suína 
Norte: 0,15% 
Nordeste: 4,5% BA; 5,7% PB 
Sudeste: 1,3% MG, 0,6% RJ 
Sul: 0,5% a 4,5% PR, 0,08% SC 
Fonte: http://dc348.4shared.com/doc/uwnsbD- 
1/preview.html
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/revist 
a/platelmintos/platelmintos.html 
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Tenias 
e.php 
http://teniase.blogspot.com.br/ 
http://migre.me/5Sr9f 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAezrsAD/aula-6- 
complexo-teniase-cisticercose-hymenolepis-dyphillobotrium? 
part=4 
http://www.qieducacao.com/2013/04/doencas-causadas-por- 
platelmintos_23.html 
http://neurocirurgia.me/Neurocirurgia/Neurocisticercose. 
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Teníase e Cisticercose

  • 1. Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina: Zoologia dos Invertebrados Professor: Banja Fernandes INVERTEBRADOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA PARA O HOMEM: TENÍASE - NEUROCISTICERCOSE Discentes: Jusciana dos Anjos Tomaz Maria José da Graça Soares Rosa Catarina Ferreira dos Santos Dall’Agnol Tabira-PE 2014
  • 2. PLATELMINTOS Os platelmintos são considerados vermes achatados e surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Pelo formato do corpo, tem-se o nome: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
  • 3. PLATELMINTOS Aproximadamente 15 mil espécies, vivem predominantemente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são também encontrados em ambientes terrestres úmidos. A maioria dos platelmintos parasitam animais vertebrados e outros possuem vida livre.
  • 4. PLATELMINTOS Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.
  • 5. AS TENIAS E A TENÍASE
  • 6. AS TENIAS E A TENÍASE A forma adulta das tênias causa uma doença chamada de teníase, Taenia solium, do porco e Taenia saginata, do boi). Recebem o termo "solitárias", porque, geralmente o indivíduo acometido tem apenas um parasita do tipo.
  • 8. TAENIA SOLIUM http://www.muyinteresante.es/naturaleza/fo tos/animales-que-se-alimentan-de-sangre/ animales-alimentan-sangre-tenia
  • 9. As tênias são hermafroditas logo, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
  • 10. É muito grande a quantidade dos ovos liberados (30 a 80 mil em cada proglote).  Os ovos se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
  • 11. O porco é considerado o hospedeiro intermediário. Tal animal se alimenta de fezes e assim, ingere os ovos que foram depositados no ambiente. Já no sistema digestivo do suíno, os embriões eclodem e se fixam por meio dos ganchos, perfurando a mucosa intestinal.
  • 12. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
  • 13. Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas.
  • 14. O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto, e é o seu hospedeiro definitivo. https://clubdatelevisao.wordpress.com/tag/t enia/
  • 15. Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" ou "canjiquinhas". http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/invertebrados1/ver mes-cisticercose-no-cerebro-jpg1/
  • 17. AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS Agente Etiológico: Na forma larvária, a Taenia solium e a Taenia saginata causam a teníase. Na forma de ovo, a T. saginata desenvolve a cisticercose no bovino, e a T. solium no suíno ou no homem.
  • 18. AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS Reservatório e Fonte de infecção: o homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. solium e da T. saginata. O suíno ou o bovino são os hospedeiros intermediários (por apresentarem a forma larvária nos seus tecidos).
  • 19. AGENTES EPIDEMIOLÓGICOS Período de Incubação: Para a teníase, após a ingestão da larva, em aproximadamente três meses, já se tem o parasita adulto no intestino delgado humano. Período de Transmissibilidade: os ovos de Taenia solium e de Taenia saginata podem permanecer viáveis por vários meses no meio ambiente, principalmente em presença de umidade.
  • 20. Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas de tênia). No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta. Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas despremdem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações. No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e cae no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora. Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doenças - a cisticercose que pode ser fatal.
  • 21.
  • 22. CISTICERCOSE Infecção causada pela forma cística da ten̂ia do porco, Taenia solium, e a neurocisticercose é quando ocorre o acometimento do sistema nervoso central (SNC).
  • 23. O HOMEM PODE ADOECER DE DUAS FORMAS: 1 - ao ingerir carne de porco contendo o cisticerco (Cysticercus cellulosae), que são “caroços” observados na carne, esta é a forma larvária da T. solium. Desta forma o homem adquire a teníase e a larva passa a viver no seu intestino. 2- ao ingerir acidentalmente os ovos da larva que são liberados junto com as fezes do homem infectado, podendo levar a outra forma da doença que é a cisticercose. Desta forma, os “caroços” antes vistos na carne do porco, podem se alojar, agora, nos tecidos humanos, como os músculos e tecido nervoso.
  • 24. Cistos ativos no cérebro http://www.amato.com.br/content/neurocisticercose-cisticercose-do-sistema-nervoso- central
  • 25. SINTOMAS Os sintomas dependem da localizacão, ̧ do número e do estágio de desenvolvimento dos cistos. O período de incubacã̧o dura de quatro a cinco anos, ou seja, os sintomas podem aparecer anos depois da ingestão dos ovos da tênia. Os sintomas geralmente surgem quando os cistos começam a envelhecer e provocam uma resposta inflamatória do hospedeiro. Os pacientes podem apresentar convulsões, danos neurológicos (paralisias ou dormências em um segmento do corpo), sinais de aumento de pressão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e torpor), alteracã̧o do comportamento, meningite (febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço), entre outros sintomas.
  • 26. COMO É A EVOLUÇÃO DA DOENÇA? As cistos que se encontram dentro do cérebro apresentam melhor evolução, sejam eles de tamanho habitual necessitando de medicação parasiticida, sejam eles gigantes através do tratamento cirúrgico. As formas da doença que causam obstrução da circulação de liquor, especialmente se acompanhadas de inflamação importante e da necessidade de implantação de derivações, apresentam uma evolução mais complicada, com internações frequentes e deterioração neurológica. De uma forma geral, quanto menor a inflamação, melhor o prognóstico e portanto, quanto mais rápido for instituído o tratamento, melhor será seu resultado.
  • 27. SINTOMATOLOGIA Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
  • 28. PROFILAXIA A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.) Carne contaminada com ovos http://diariodebiologia.com/2014/10/carne-de-porco-e-mais-saudavel-do-que-a-carne-de- frango/
  • 29. TRATAMENTO Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.
  • 31. Brasil Endêmico para teníase/cisticercose humana e suína Norte: 0,15% Nordeste: 4,5% BA; 5,7% PB Sudeste: 1,3% MG, 0,6% RJ Sul: 0,5% a 4,5% PR, 0,08% SC Fonte: http://dc348.4shared.com/doc/uwnsbD- 1/preview.html
  • 32. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/revist a/platelmintos/platelmintos.html http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Tenias e.php http://teniase.blogspot.com.br/ http://migre.me/5Sr9f http://www.ebah.com.br/content/ABAAAezrsAD/aula-6- complexo-teniase-cisticercose-hymenolepis-dyphillobotrium? part=4 http://www.qieducacao.com/2013/04/doencas-causadas-por- platelmintos_23.html http://neurocirurgia.me/Neurocirurgia/Neurocisticercose. html