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Anotações
Qualiicação para Operador de Guindaste
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Unidade Operacional Jacareí-SP
Caderno do Aluno
OPERADOR DE GUINDASTE
Modalidade Presencial
04/2011
Fale com o SEST/SENAT
0800.7282891
www.sestsenat.org.br
Elaboração: Prof. Erik Cabrini Abrão
Curso para capacitação de Operadores de Guindastes de acordo com a
determinação da Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 e Norma Regulamentadora 11.
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Meios de elevação, como Guindastes, facilitam a movimentação de cargas. Através deles podemos
reduzir muito nosso trabalho braçal. Porém, deveremos usar mais a cabeça, para que não ocorram riscos.
Este passo é o nosso objetivo maior, a realização de um treinamento que venha orientar o operador
quanto ao manuseio de elevação e movimentação de cargas dentro dos conceitos de segurança
operacional.
Como resultado do presente treinamento, buscamos aperfeiçoar tecnicamente o profissional
responsável pela operação de Guindaste, oferecendo assim, uma qualidade sempre maior no serviço
apresentado.
Desta forma o SEST/SENAT criou este programa de treinamento que objetiva capacitar e reciclar
profissionais de acordo com o que determina a Portaria 3214 de 08/06/1978 e a NR-11.
GRADE DO CONTEÚDO
Unidades Carga Horária
Capacitação de Operadores de Guindaste 40 h/a
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
ÍNDICE
Unidade 1 – História dos Guindastes......................................................................... 7
Unidade 2 – Norma Regulamentadora 11 ................................................................. 13
Unidade 3 – AET – Autorização Especial de Trânsito.................................................. 17
Unidade 4 – Tipos de Guindastes .............................................................................. 21
Unidade 5 – Partes e Componentes de Guindastes.................................................... 31
Unidade 6 – Inspeção Pré-Operacional do Guindaste................................................. 55
Unidade 7 – Estabilização ou Patolamento................................................................ 61
Unidade 8 – Tabela de Carga..................................................................................... 65
Unidade 9 – Acessórios de Içamento e Movimentação.............................................. 81
Unidade 10 – Regras de Segurança na Movimentação............................................... 89
Unidade 11 – Unidades de Medida............................................................................ 97
Unidade 12 – Estudo de Rigging................................................................................. 101
Unidade 13 – Sinalização NBR 11436......................................................................... 107
Unidade 14 – Atendimento ao Cliente....................................................................... 111
Bibliografia............................................................................................................... 114
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
1
UNIDADE
HISTÓRIA DOS GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta primeira unidade apresentaremos alguns aspectos históricos
dos guindastes e algumas características construtivas que tornaram esses
equipamentos o que eles são atualmente, e essenciais para movimentação
de carga em portos, na construção civil, armazéns, dentre outros locais.
Com isso, serão identificadas algumas características específicas desse
equipamento, que apresenta importante participação na movimentação
de cargas dentro das cadeias logísticas.
OBJETIVOS
Os objetivos desta unidade são:
• Apresentar aspectos históricos dos guindastes;
• Mostrar alguns aspectos construtivos importantes dos guindastes;
• Conhecer alguns atributos básicos dos guindastes.
INTRODUÇÃO
Os guindastes são equipamentos antigos, que surgiram em função
da necessidade de deslocamento de grandes massas e em grandes alturas.
Tais equipamentos tornaram-se imprescindíveis nas atividades atuais de
movimentação de cargas, sejam em portos, armazéns, ou até mesmo na
construção civil. Conhecer parte da história evolutiva desse equipamento
permite identificar a importância que o mesmo teve e possui até hoje,
bem como, entender o que ele se tornou na atualidade.
DESENVOLVIMENTO
O guindaste é provavelmente invenção grega ou romana, da qual
não existem registros anteriores ao século I a.C. Os grandes monumentos
de pedra anteriores a essa época - as pirâmides do Egito, por exemplo -
foram edificados sem auxílio de nenhum mecanismo de suspensão.
A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos
escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de
Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos guindastes descritos
compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era
erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade
superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda
utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente
operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base.
Anotações
9
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a
carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à
direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito.
Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema
era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada
etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a
maioria desses problemas.
A força humana - utilizada para fazer funcionar o molinete -
permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor.
O funcionamento de um guindaste depende de uma relação
matemática entre a força utilizável no cabo de aço e o ângulo em que se
encontra o material a ser erguido.
A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina,
subordinam-se sempre a essa relação matemática.
Os primeiros registros de uso de guindastes remontam do século I ou II
conforme mostra um relevo em pedra encontrado em um túmulo em Roma,
datado deste período, onde se vê um guindaste sendo usado para construir
um monumento.
Durante a Idade Média os guindastes foram utilizados para construir as
grandes catedrais da Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das
paredes ou muralhas enquanto estas eram construídas. Para içar os materiais
era utilizada a força de homens que giravam duas grandes rodas uma de
cada lado do guindaste.
Os guindastes neste período também começaram a ser utilizados em
alguns portos medievais.
Com uma ampla gama de aplicações para este tipo de equipamento, os
guindastes acabaram adquirindo características especificas e sendo divididos
em grupos especializados
O tipo mais comum de guindaste consiste em uma torre treliçada de
aço ou em uma torre telescópica montada em uma plataforma móvel, que
pode ser constituída de trilhos, rodas, acoplados a caminhões ou ainda sobre
esteiras. A base da torre é articulada, e pode ser suspendida e abaixada por
cabos ou ainda por cilindros hidráulicos. Um gancho no topo da torre é
suspenso por cabos e polias.
10
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Os cabos são movimentados através de motores que operam com
uma variedade de tipos de transmissões. Os motores podem ser a vapor,
elétricos, ou ainda de combustão interna (IC). Enquanto que com relação à
transmissão esta costuma ser à base de embreagens principalmente em
equipamentos mais antigos. Recentemente este padrão começou a ser
modificado com o uso de motores de combustão interna que permitem
combinar a característica dos motores de vapor "torque máximo em
velocidade zero" pela adição de um elemento hidráulico, criando com isso
um bom controle de torque. As vantagens operacionais deste arranjo são
conseguidas através do controle eletrônico de movimentação hidráulica.
Alguns modelos de guindaste que utilizam esta tecnologia podem ser
convertidos em guindastes de demolição adicionando-se uma esfera de
demolição, ou em escavadeiras adicionando uma pá carregadeira, embora
alguns detalhes de projeto possam vir a limitar sua eficácia.
Anotações
11
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
2
UNIDADE
NORMA REGULAMENTADORA 11
NR-11
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nessa unidade do curso, serão apresentados os conceitos legais que
envolvem a atividade de movimentação de carga utilizando Guindastes.
OBJETIVOS
Os objetivos dessa unidade são:
- Apresentar a Norma Regulantadora NR-11.
- Identificar as responsabilidades e competências do
Profissional.
INTRODUÇÃO
Ao longo dessa unidade vamos entender melhor sobre a função do
Operador de Guindaste. Vale lembrar que essa função é fundamental para
uma movimentação de carga de forma segura e com qualidade.
DESENVOLVIMENTO
NR- 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais
11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,
transportadores industriais e máquinas transportadoras.
11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados,
solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias
nos pavimentos.
11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a
abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos
convenientes.
11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais
como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-
rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de
maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança
e conservados em perfeitas condições de trabalho.
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes,
roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente,
substituindo-se as suas partes defeituosas.
Anotações
15
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga
máxima de trabalho permitida.
11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal
serão exigidas condições especiais de segurança.
11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das
mãos.
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o
operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o
habilitará nessa função.
11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão
ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho
portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar
visível.
11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por
conta do empregador.
11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de
advertência sonora (buzina).
11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente
inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências,
deverão ser imediatamente substituídas.
11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos,
por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar
concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis.
11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de
máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo
se providas de dispositivos neutralizadores adequados.
CONCLUSÃO
Nessa unidade podemos ter uma visão ampla sobre as
responsabilidades do Operador, da Empresa e do pessoal envolvido com a
movimentação de carga com o uso de um Guindaste ou qualquer outro
equipamento destinado a esse fim.
16
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
3
UNIDADE
AET – AUTORIZAÇÃO
ESPECIAL DE TRÂNSITO
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nessa primeira unidade do curso, serão apresentados os conceitos
legais que envolvem o trânsito de Guindastes auto-propelidos em vias
públicas
OBJETIVOS
Os objetivos dessa unidade são:
- Apresentar a AET – Autorização Especial de Trânsito.
INTRODUÇÃO
Ao longo dessa unidade vamos entender melhor a AET e conferir os
requisitos para conduzir um Guindaste em vias públicas.
DESENVOLVIMENTO
Os guindastes auto-propelidos precisam portar uma AET para
trafegar em vias públicas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
no artigo 101, e de acordo com a resolução 12/98 do CONTRAN, que
dispões dos limites máximos de peso, altura, largura e comprimento dos
veÄculos.
Importante lembrar que cada estado brasileiro possui normatização
própria quando a circulação de guindastes em rodovias e vias urbanas.
• Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites
de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas
necessárias.
• § 1º A autorização será concedida mediante requerimento que
especificará as características do veículo ou combinação de
veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do
deslocamento inicial.
• § 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade
por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos
causar à via ou a terceiros.
• § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses,
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.
Anotações
19
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Validade da AET
6 meses - para guindastes com PBT < 45t
3 meses - para guindastes com 45 < PBT < 60
1 mês - para guindastes com PBT > 60t
Batedores
credenciados
para guindastes com PBT > 60t
Escolta policial para guindastes com PBT > 80t
Laudo Técnico de
Vistoria
para guindastes com PBT > 60t
Horário de Circulação Do amanhecer ao pôr do Sol
Velocidade Máxima de 60Km/h
• Para realização de trabalhos em vias públicas, é necessário
autorização do orgão com circunscrição sobre a via, sinalização de
segurança, orientação da polícia militar ou agentes de trânsito
municipal.
• Antes de atravessar sobre pontes, certifique-se de que ela suporta
carga superior ao peso do guindaste.
• Em passagens estreitas, certifique-se de que as dimensões externas
do guindaste são menores que os alertas de “Largura Máxima e
Altura Máxima”.
20
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
4
UNIDADE
TIPOS DE GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos
diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da
atividade de içamento e movimentação de carga.
OBJETIVOS
- Apresentar alguns dos diferentes tipos de equipamentos utilizados
como componentes auxiliares dos guindastes.
INTRODUÇÃO
O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao
processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade
de todo o processo. Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer
esses equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização
a fim de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades.
DESENVOLVIMENTO
1 – GUINDASTES SOBRE TRILHOS
Os Guindaste sobre trilhos são utilizados em ferrovias para
manutenção de locomotivas, remoção de equipamentos em caso de
acidentes, trabalhos em túneis ferroviários, etc.
Também são bastante utilizados em portos, instalados em pórticos
para transporte de cargas e conteiners.
Anotações
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OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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2 – GUINDASTES RT (ROUGH TERRAIN = TERRENO ACIDENTADO)
Os Guindastes RT são equipamentos projetados para trabalhar em
terrenos acidentados. Possuem pneus tipo trator que se adaptam a muitas
irregularidades dos terrenos.
O guindaste RT tem características próprias que o tornam bastante
versáteis, pois:
- Circulam em terrenos acidentados e sem pavimentação. Em termos
técnicos, serve para operações fora-de-estrada (off-road).
- Trabalham em áreas de acesso difícil, por que possui sistemas de
direção hidráulica nas rodas dianteiras e traseiras: Realiza manobras
em pequeno espaço.
- Movimentam-se com carga suspensa no gancho.
Não podem circular em rodovias.
24
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
3 – GUINDASTES AT (ALL TERRAIN = TODO TERRENO)
Guindaste AT permitem acesso a diversas condições de terreno
graças a sustentação dos eixos tandem pneumáticos. Em relação aos
Guingastes Truck Crane, a diferença é que não se pode remover o sistema
de içamento do veículo.
4 – GUINDASTES TC (TRUCK CRANE = GUINDASTE CAMINHÃO)
Guindaste TC são montados sobre caminhões previamente
preparados com reforços de chassi, suspensão e câmbio.
Utiliza-se a estrutura do chassi para montar a mesa do sistema de
içamento e o sistema de patolamento.
Anotações
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OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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5 – GUINDASTES UNIVERSAL DE TORRE (TIPO GRUA)
Guindastes tipo grua são empregados principalmente na construção
civil. São fixados sobre uma base normalmente de concreto armado para
sustentação. Apesar de grande, em geral, possuem pequena capacidade de
carga, mas grande rapidez e mobilidade na obra.
6 – GUINDASTES SOBRE LAGARTA (ESTEIRA)
Guindastes sobre esteiras são os únicos tipos de guindastes que podem
se locomover com a carga, mas mesmo com essa habilidade, na maioria das
atividades devem estar devidamente patolados.
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OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
7 – GUIDASTE DE PLATAFORMA
Guindaste montado sobre plataforma marítima, empregado na
construção naval e na indústria petrolífera para montagem de plataforma
de extração de petróleo.
8 – GUINDASTES MARÍTIMO ou GUINDASTES FLUTUANTES
Guindastes marítimos ou flutuantes são empregados principalmente
na indústria de construção civil para montagem de pontes. Mas também
são empregados no auxílio a embarcações encalhadas ou recuperação de
embarcações naufragadas.
Anotações
27
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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9 – GUINDASTES AIR-CRANE (AÉREO)
Guindastes air-crane são equipamentos guindastes projetados em
helicópteros. São muito utilizados na montagem de torres, principalmente
em locais de difícil acesso para guindastes TC ou AT. Alguns países utilizam
para auxiliar no combate a incêndios florestais.
28
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
10 – GUINDASTE SOBRE TRILHOS SUSPENSOS (PONTE ROLANTE)
Guindastes montados sobre trilhos suspensos, conhecidos também
como Pontes Rolantes, são equipamentos montados e fixados sobre as
vigas de uma construção e são utilizados somente em trabalhos pré-
programados. Muito utilizados na indústria siderúrgica, metalúrgica,
aeronáutica e outras que exijam a movimentação vertical e horizontal
dentro do prédio.
São encontradas com operação em cabine ou controles de solo do
tipo botoeiras, ligados por fio ou rádio-frequência.
MARCAS DE GUINDASTES:
- Americanas: American, Bantan, Clark, Gallion, Grove, Link-Belt,
Manitowoc, National Crane, Pettibone, P&H, Terex.
- Européias: Demag, Thyssen Krupp e Liebherr (alemãs), Luna (espanhola)
e Palfinger (austríaca).
- Brasileiras: Madal / Palfinger (Caxias do Sul-RS)
- Chinesas: XCMG, Zoomlion, Sany Crane.
Anotações
29
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
5
UNIDADE
PARTES E COMPONENTES
DOS GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos
diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da
atividade de içamento e movimentação de carga.
OBJETIVOS
O objetivo desta unidade é apresentar alguns dos diferentes tipos de
equipamentos utilizados como componentes auxiliares dos guindastes.
INTRODUÇÃO
O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao
processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade
de todo o processo.
Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer esses
equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização a fim
de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades.
DESENVOLVIMENTO
Quando nos referimos as partes de um guindaste, temos que separar
os componentes em: Componentes Universais e Componentes de
Características.
1 – COMPONENTES UNIVERSAIS
Os Componentes Universais são aqueles que todo guindaste possui,
pois são de vital importância para seu funcionamento.
• Cabos de aço;
• Moitão e Bola-peso;
• Polias ou Roldanas;
• Lança;
• Contra peso;
• Guincho;
• Outriggers ou Patolas
• Tomada de Força
• Engrenagem Rotex
Anotações
33
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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1.1 – CABOS DE AÇO
1.1.1 – HISTÓRIA DOS CABOS DE AÇO
Os cabos assim como outras invenções, já eram conhecidos em tempos
remotos, nas escavações feitas em Nínive, foram encontrados arames de
ouro que por suas formas presume-se se tratar de cordões.
Nas escavações de Pompéia, foi encontrado um cabo de Bronze de 4,5
metros de comprimento, composto de três cordões de 19 fios.
Na Índia e China, foram utilizados cabos primitivos de fibras vegetais, para
cruzar rios, menciona-se ainda que 1500 anos a.C. os chineses já utilizavam
cordões de arames. No ano de 1500, Leonardo da Vinci mencionou um
monta-cargas de cabos de arames de ferro. Os arames pela primeira vez
foram recozidos, com o objetivo de diminuir a dureza e trabalhar melhor a
frio. Já no ano de 1644, os cabos são utilizados para levantamento de cargas
nas construções de fortalezas.
Em 1818 na Alemanha, foram empregados cabos para levantar grandes
cargas em trabalhos de mineração, doze anos depois na Inglaterra, iniciava-
se a fabricação de cabos de arames para exploração de minérios. Nessa
época começa a evolução rápida dos cabos de arame. Na Alemanha foi
utilizado com êxito em um poço de mina, um cabo com 18 mm de diâmetro,
600 metros de comprimento, composto por 3 cordões de 4 arames, de 4,5
mm de diâmetro, e com resistência de 40 Kgf/mm2
. Já em 1840 aparecem os
cabos de 6 cordões (pernas) com alma têxtil e também com torções
definidas. Em 1854 o inglês James Horsfall, fabricou arames patenteados. O
processo consiste em passar os arames em um forno de alta temperatura
(1050 ºC aproximadamente) e esfriar rapidamente em banho de chumbo
fundido (480 ºC aproximadamente). Este processo deu origem a uma
estrutura cristalina especial, que permitiu trefilar bitolas finas, obtendo-se
excelentes características de resistência e flexibilidade.
A forma primitiva de fabricação dos cabos em instalações de cablear a
mão, impedia o seu rápido aperfeiçoamento, em 1860 na Alemanha aparecia
a primeira cableadora mecânica, mas só em 1880 essas máquinas apareciam
no mercado e a indústria de cabos iniciava sua fase de crescimento.
A partir daí, utiliza-se cada vez mais arames de aço com resistência de 80,
120, e 200 Kgf/mm2
, podendo-se hoje produzir arames com até 300 Kgf/mm2
que são utilizados nas indústrias aeronáuticas e de instrumentos musicais.
Com a melhoria da qualidade dos arames, aumentou-se também a segurança
dos cabos.
Uma das primeiras instalações de grande porte com cabos de aço para
transporte de pessoas é o conhecido BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR da
cidade do Rio de Janeiro, construído em 1913 e em funcionamento até hoje
(sem acidentes). Mediante a utilização de cabos de aço, consegue-se
instalações de pouco espaço com possibilidades de levantar grandes cargas
de forma econômica.
34
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Como em outros ramos, uma guerra causou seu rápido
desenvolvimento. Um dos maiores usos bélicos de cabos de aço ocorreu
em 1919 durante a Primeira Guerra Mundial. Num esforço para conter
ataques dos submarinos aos navios, foi decidida a colocação de 70.000
minas no Mar do Norte, entre a Inglaterra e a Noruega, bloqueando com
eficiência o acesso dos submarinos ao Oceano Atlântico. O campo minado
teria um comprimento médio de 370 km (230 milhas) e uma largura média
de 40 km (25 milhas). Termos como “impossível” e “idiota” foram
liberalmente associados ao esquema. Apesar disso, o projeto foi aprovado
e a indústria do cabo de aço foi convocada para entregar 24.300 km (80
milhões de pés) para o projeto do Mar do Norte e mais de 61.000 km (200
milhões de pés) para o esforço de guerra. Os novos cabos de alta
resistência exigiram mais pesquisa e aumento de produção a valores
recordes. Um novo processo chamado galvanização, foi aplicados nos
cabos para auxiliá-los a suportar a ação do sal e as condições submarinas
agressivas.
1.1.2 – DEFINIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO
Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos entre si e estirados
constituídos de três partes: arame, perna e alma. Os arames são esticados
a frio e enrolados entre si formando as pernas. As pernas são enroladas
em volta de um núcleo (alma) formando o cabo de aço. As pernas do cabo
de aço podem ser fabricadas em uma, duas ou mais composições.
Antigamente, as composições envolviam várias operações com arames de
mesmo diâmetro, tais como: 1 + 6/12 (2 operações) ou 1 + 6/12/18 (3
operações). Assim eram torcidos primeiramente 6 arames em volta de um
arame central. Posteriormente, em nova passagem, o núcleo 1+6 era
coberto com 12 arames. Essa nova camada tem por força um passo
(distância em que o arame dá uma volta completa) diferente do passo do
núcleo, ocasionando um cruzamento com arames internos, e o mesmo se
repete com a cobertura dos 18 arames para a fabricação de pernas de 37
arames.
Com o aperfeiçoamento das máquinas, foi possível fabricar cabos
com uma única operação, sendo todas as camadas no mesmo passo.
Assim surgiram as composições “Seale”, “Filler” e “Warrington”, formadas
de arames de diferentes diâmetros.
Composição SEALE: Possui pelo
menos duas camadas adjacentes
com o mesmo número de arames.
Todos os arames de uma mesma
camada possuem alta resistência
ao desgaste, mas possuem
diâmetros diferentes da camada
adjacente.
Anotações
35
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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1.1.3 – ALMAS
Exceto os cabos denominados “compactos”, que não possuem alma, os
cabos de aço possuem diferentes tipos de almas, que servem para apoiar as
pernas, evitando contato forçado entre elas quando o mesmo é tracionado
ou tensionado. As almas podem ser de fibras (naturais ou artificiais) ou de
aço. As almas de fibras em geral, dão maior flexibilidade ao cabo de aço,
oferecem apoio macio as pernas, são mais leves e mais baratos.
Outra vantagem das almas de fibra é que normalmente o cabo é
engraxado. Assim, quando o cabo trabalha, “aperta” a alma que solta parte
da graxa e lubrifica o cabo de dentro pra fora. Almas de aço são usadas
somente em locais de temperatura eleva, cabos estáticos ou se o projeto de
movimentação assim o exigir.
Composição FILLER: Possui arames
principais e arames finos que
servem de preenchimento para
melhor acomodação dos outros
arames. Os arames de enchimento
não estão sujeitos as
especificações que os arames
principais devem satisfazer. Tem
boa resistência ao desgaste e a
fadiga e alta resistência ao
amassamentos.
Composição WARRINGTON:
Possui pelo menos uma camada de
arames de dois diâmetros
diferentes e alternados. Possui boa
resistência ao desgaste e boa
resistência a fadiga.
Composição Warrington-Seale:
Possui as principais características
da composição Warrington e da
composição Seale, proporcio-
nando ao cabo alta resistência a
abrasão (desgaste por atrito)
conjugado com alta resistência à
fadiga de flexão.
36
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
- ALMAS DE FIBRAS NATURAIS (AF): Podem ser de sisal (cânhamo),
algodão, rami ou juta. A grande maioria dos cabos de aço é fabricada com
sisal, que é 100% brasileiro e mostrou-se mais firme, duradouro e
absorvente que as outras fibras.
- ALMAS DE FIBRAS ARTIFICIAIS (AFA): podem ser de polipropileno (PP),
polietileno (PE), nylon (PA) e raramente de poliéster. Por serem mais
caras, as almas de fibras artificiais são usadas somente em cabos finos.
- ALMA DE AÇO (AA): Almas AA são formadas por uma perna de cabo,
garantem maior resistência ao amassamento e aumenta a resistência à
tração em cerca de 7%.
- ALMA DE AÇO COM CABO INDEPENDENTE (AACI): são formadas por
outro cabo de aço independente, o que dá ao cabo de aço maior
flexibilidade e alta resistência.
1.1.4 – TORÇÃO
Os arames, para virarem cabo, têm que ser torcidos em máquinas
especiais chamadas torcedeiras ou cableadoras. Dependendo do lado que
se deixa as máquinas girarem, as pernas saem à esquerda ou à direita.
Os cabos de aço, por padrão, possuem torção sempre à Direita (Z).
Somente se usa torção à esquerda (S) em pares com cabos à direita em
guindaste que precisam de grandes lances de cabos ou em equipamentos
de perfuração de poços artesianos ou exploração de petróleo. As torções
podem ser Regular ou Lang.
- TORÇÃO REGULAR: os cabos de torção regular ou cruzada têm os arames
torcidos para um lado e as pernas para outro.
- TORÇÃO LANG: os cabos de torção Lang têm os arames e as pernas
torcidos para o mesmo lado.
Carga de Ruptura ou Ponto de Ruptura: tensão
máxima a que um cabo pode ser submetido até que
haja o rompimento do cabo.
Passo: distância que um arame ou perna percorre
até chegar ao mesmo lugar na circunferência. Os
cabos de passos largos têm maior ponto de ruptura.
Já os cabos de passos curtos têm menor ponto de
ruptura.
Anotações
37
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
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1.1.5 – ACABAMENTO
Os cabos podem ser polidos, galvanizados (zinco) ou inoxidável. Os
cabos polidos necessitam ser engraxados com certa frequência a fim de se
evitar a oxidação.
Vantagens do engraxamento:
- Minimizar o desgaste
- Reduzir o atrito
- Minimizar o acúmulo de poeira
- Impedir a oxidação
- Absorver o calor gerado pelo atrito
- Melhorar a transmissão de potência.
1.1.7 – FATOR DE SEGURANÇA
O uso de fatores de segurança (FS) permite que se tenha garantia de
dispor da capacidade adequada ao serviço a ser feito, durante toda a vida do
cabo. Os critérios para o estabelecimento dos fatores de segurança
envolvem o tipo de serviço, o projeto do equipamento e as consequências da
falha.
APLICAÇÕES
FATORES DE
SEGURANÇA
CABOS E CORDOALHAS ESTÁTICAS 3 A 4
CABO PARA TRAÇÃO NO SENTIDO
HORIZONTAL
4 A 5
GUINCHOS, GUINDASTES, ESCAVADEIRAS 5
PONTES ROLANTES 6 A 8
TALHAS ELÉTRICAS E OUTRAS 7
GUINDASTES ESTACIONÁRIOS 6 A 8
LAÇOS 5 A 6
ELEVADORES DE OBRA 8 A 10
ELEVADORES DE PASSAGEIROS 12
1.1.7 – DIÂMETRO
Para dimensionarmos qual deve ser o diâmetro do cabo de aço para
transportar uma determinada carga devemos sempre utilizar o fator de
segurança da tabela acima em função do seu tipo de serviço.
38
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Diâmetro Peso em Kg por Metro Linear
Cargas de Ruptura - Resistência
180/200 Kg/mm² (I.P.S) em KGF
6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 6x7 6x19 / 6x25 / 6x41
Polegada mm
AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI
1/16" 1,60 0,012 0,013 176 190
5/64" 2,00 0,014 0,015 240 259
3/32" 2,40 0,019 0,021 340 365
1/8" 3,20 0,034 0,037 0,039 0,043 600 646 620 660
5/32" 4,00 0,055 0,061 959 1040
3/16" 4,80 0,078 0,086 0,088 0,097 1347 1449 1398 1500
1/4" 6,40 0,140 0,154 0,156 0,172 2388 2571 2480 2663
5/16" 8,00 0,221 0,244 0,244 0,268 3837 4153 3867 4153
3/8" 9,50 0,310 0,341 0,351 0,390 5316 5714 5531 5949
7/16" 11,50 0,430 0,473 0,780 0,520 7194 7735 7510 8061
1/2" 13,00 0,570 0,627 0,630 0,680 9347 10051 9714 10408
9/16" 14,50 0,710 0,781 0,790 0,880 11837 12755 12245 13163
5/8" 16,00 0,880 0,968 0,980 1,071 14388 15510 15204 16224
3/4" 19,00 1,250 1,380 1,410 1,548 20612 22143 21633 23265
7/8" 22,00 1,919 2,113 29184 31428
1" 26,00 2,500 2,753 37959 40714
1.1/8" 29,00 3,170 3,480 47755 51326
1.1/4" 32,00 3,913 4,300 58673 62959
Exemplo: para se transportar uma carga de 1000Kg, utilizaremos as duas
tabelas para determinar o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado.
A fórmula é simples: Carga Real = Carga X Fator de Segurança. Então:
Carga Real = 1000Kg X 5, onde 1000kg é o peso da carga e 5 é o fator de
segurança para guindastes.
Carga Real = 5000Kg.
Na Tabela de Diâmetros acima, vemos que o cabo que atende
melhor as especificações para um guindaste é o cabo de 3/8”, pois possui
a carga de ruptura de 5531Kg, ou seja, acima da carga real que precisamos
transportar.
1.1.8 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
Material do fio
Resistência à
tração (N/mm2)
Resistência à
tração (Kgf/mm2)
Aço comum (iron) 600 61,2
Aço para tração (traction Steel) 1200 a 1400 122 a 142
Aço M.P.S. ( Mild Plow Steel = aço
arado leve)
1400 a 1600 142 a 163
Aço P.S. (Plow Steel = aço leve) 1600 a 1800 163 a 183
Aço I.P.S. (Improved Plow Steel =
aço leve melhorado)
1800 a 2000 183 a 203
Aço E.I.P.S. (Extra I.P.S.) 2000 a 2300 203 a 234
Anotações
39
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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__________________
__________________
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1.1.8 – CLASSIFICAÇÕES
Aplicação Cabo ideal
Pontes rolantes
6 x 41 Warrington Seale + AF (cargas frias) ou AACI
(cargas quentes), torção regular, performado, IPS, polido
Monta-carga
(guincho de obra)
6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido
Perfuração por
percussão
6 x 19 Seale + AFA (alma de fibra artificial), torção regular
à esquerda, IPS, polido
Cabo trator
teleférico
6 x 19 Seale + AF, torção lang, IPS, polido
Elevadores de
passageiros
8 x 19 Seale + AF, torção regular, traction steel, polido
Pesca
6 x 19 Seale + AFA e 6 x 7 + AFA, torção regular,
galvanizado, IPS
Guindastes e
gruas
6 x 25 Filler + AACI ou 19 x 7, torção regular, EIPS, polido
Laços para uso
geral
6 x 25 Filler + AF ou AACI, ou 6 x 41 Warrington Seale +
AF ou AACI, polido
Bate-estacas 6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido
1.1.8 – INSPEÇÃO
Os cabos de aço quando em serviço, devem ser inspecionados
periodicamente, a fim de que a sua substituição seja determinada sem que
seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma
inspeção correta, compreende algumas observações.
Número de arames rompidos: Deve - se notar o número de arames
rompidos em 1 passo ou em 5 passos do cabo. Observar se as rupturas estão
distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas
pernas apenas. Neste caso há o perigo dessas pernas se romperem antes do
cabo. É importante também observar a "localização das rupturas, se são
externas, internas ou no contato entre as pernas.
LIMITES DE FIOS PARTIDOS 1 PASSO 1 PERNA
CABOS DE USO GERAL 6 FIOS 2 FIOS
CABOS ESTÁTICOS 3 FIOS 2 FIOS
40
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Arames gastos por abrasão: Mesmo que os arames não cheguem a se
romper, podem atingir um ponto de desgaste tal, que diminua
consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando
seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão
não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem
arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios
externos e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar
periodicamente o coeficiente de segurança, para que este não atinja um
mínimo perigoso.
DIÂMETRO DO CABO
REDUÇÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL
EM RELAÇÃO AO DIÂMETRO DO
CABO
Até 8 mm (5/16”) 0,4 mm
Acima de 8 mm até 13 mm (1/2”) 0,8 mm
Acima de 13 mm até 19mm (3/4") 1,2 mm
Acima de 19 até 29 mm (1.1/8”) 1,6 mm
Acima de 29 mm até 38 mm
(1.1/2”)
2,4 mm
Corrosão: Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o
cabo de aço não está sofrendo corrosão. É conveniente também uma
verificação do diâmetro do cabo em toda sua extensão, para investigar
qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta redução pode ser devida à
decomposição da alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando
que não há mais lubrificação interna no cabo, e consequentemente
poderá existir também uma corrosão interna no mesmo. A corrosão
interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que se
manifeste exteriormente.
Anotações
41
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para
verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo
que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo,
principalmente às fixações.
1.2 – MOITÃO OU GATO e BOLA-PESO
Moitão é uma caixa de roldanas fixadas com o cabo de aço, ligadas por
um eixo onde o gancho é fixado. O Gancho pó girar 360º ou ser fixado
através de um pino antigiro. O pino antigiro só deve ser usado quando a
carga possuir um sistema que não a permita girar, caso contrário, se a carga
girar, girará também os cabos de aço. O Gancho também possui uma
lingueta que impede as alças das lingadas de se soltarem durante o içamento
e o transporte da carga. Quando maior a capacidade do moitão, maior será a
quantidade de roldanas. Bola-peso, também denominada de moitão
secundário, a bola peso possui uma esfera metálica que trabalha como peso
na linha auxiliar, criando uma tensão no cabo.
MOITÃO DUPLO MOITÃO TRIPLO BOLA-PESO
42
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
1.3 – POLIAS OU ROLDANAS
Polia ou roldana , consta de um disco que pode girar em torno de um
eixo que passa por seu centro. Além disso, na periferia desse disco existe
um sulco, denominado gola, dentro da qual trabalha um cabo de aço de
transmissão de movimento. As polias, quanto ao modo de operação,
classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas (ponta da lança) os mancais de
seus eixos permanecem em repouso em relação ao suporte onde foram
fixados. Nas móveis (moitão) tais mancais se movimentam juntamente
com a carga que está sendo deslocada pela máquina. Na polia fixa a
potência P é igual à resistência Q. Na polia móvel a potência P é a metade
da resistência Q. Numa associação de n roldanas móveis, a potência será
igual a (Q/2)xn . Um conjunto de roldanas ou polias associadas a uma
mesma peça e girando independentemente constitui um cadernal.
Imagine que você tenha um peso total de 45 kg suspenso por uma corda,
como mostrado abaixo:
Na figura ao lado, para suspender este peso é preciso
aplicar uma força dirigida para cima de 45 kg na corda.
Se esta corda tiver 30 metros (cerca de 100 pés) de
comprimento e o seu objetivo for levantar este peso
até uma altura de 30 metros, será preciso puxar a
corda até esta altura. Isso é bastante simples e óbvio.
Agora, imagine que você acrescente uma polia ao
conjunto:
Isso muda alguma coisa? Na verdade, não. A
única mudança é a direção da força necessária
para que o peso seja levantado. Ainda será
necessário aplicar 45 kg de força para manter
esse peso erguido e puxar os 30 metros da
corda para alcançar essa mesma altura.
A próxima figura mostra como ficaria a disposição após a adição de uma
segunda polia:
Anotações
43
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Essa nova disposição provoca mudanças significativas. Como você pode
ver, o peso agora está suspenso por 2 polias. Com isso, o peso total é
dividido entre elas, ou seja, cada uma delas suporta apenas metade do peso
total, ou 22,75 kg. Nesse caso, se você quiser manter este peso suspenso no
ar, precisará aplicar apenas os 22,75 kg de força (o suporte no teto aplicará a
metade restante da força na outra extremidade da corda). Se quiser erguer
esse peso por 30 metros, precisará puxar um comprimento de corda duas
vezes maior que o comprimento necessário no sistema anterior, ou seja, 60
metros nesse caso. Isso demonstra uma relação entre força e distância. A
força necessária diminuiu pela metade, enquanto o comprimento da corda
dobrou.
O diagrama seguinte adiciona uma terceira e uma quarta polia ao conjunto:
Nesse caso, a polia ligada ao peso é formada, na verdade, por 2 polias
diferentes montadas no mesmo eixo, como mostrado à direita. Esse arranjo
reduz novamente a força pela metade e dobra a distância necessária. Logo,
para manter o peso suspenso no ar, é necessário aplicar uma força de
apenas 11,375 kg. Para levantá-lo 30 metros, são necessários 120 metros de
corda. O sistema de roldanas pode conter tantas polias quanto desejado. No
entanto, com um número de polias muito grande o atrito no eixo dessas
polias começa a se tornar uma fonte de resistência significativa.
44
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
O sistema de polias e passadas de cabos de aço utilizadas em um
guindaste são idênticas ao exemplo mostrado. Quanto maior for o peso a
ser levantando, maior será a quantidade de roldanas da lança e do moitão
utilizadas. Entretanto, quanto maior for a quantidade de passadas, mais
lento será o levantamento, tendo em vista que a quantidade de metros do
cabo também será maior. Quanto menor for o peso da carga, menos
passadas serão necessárias, o que torna o içamento mais rápido também.
A vida útil de um cabo de aço também depende diretamente do bom
estado e perfeito funcionamento das polias. Com o uso constante, o cabo
tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o cabo provoca um
desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do cabo,
maior o desgaste irregular da polia, provocando assim um sulco de
diâmetro inferior ao recomendado. Quando um cabo novo é colocado na
polia danificada, este passa a não assentar perfeitamente no canal,
provocando amassamentos e desgaste por abrasão prematuros, que
diminuirão sua durabilidade. Por tudo isso, procure verificar as polias com
cuidado de tempos em tempos, e retifique aquelas que estiverem com
problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, a melhor
opção é substituí-lo por uma nova. O uso de um gabarito de polias facilita
identificação destes problemas.
1.4 – LANÇA
1.4.1 – LANÇA TRELIÇADA
Lanças Treliçadas são constituídas por
grandes longarinas de aço entrelaçadas.
Apresentam maior capacidade de carga,
uma vez que sua estrutura é mais leve.
Por serem de grandes comprimentos,
demandam maior tempo e custo
operacional de transporte, montagem,
desmontagem e mudança no
comprimento da lança, além de estar
exposta a maior probabilidade de danos.
Anotações
45
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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1.4.2 – LANÇA TELESCÓPICA
Lanças Telescópicas são constituídas por
mecanismos que permitem estender e
encolher a lança até o comprimento ou
altura desejados. Por serem mais pesadas,
têm sua capacidade de carga reduzida em
relação a lança treliçada. Entretanto,
possuem facilidade e rapidez na montagem,
desmontagem e transporte, além de sofrer
menos riscos de danos no transporte e
manuseio.
1.4.3 – JIB
É um acessório auxiliar montado na ponta
da lança ou extensão. Esse equipamento
permite formar ângulos em relação à lança
(é chamado Ângulo Off-Set). Os JIB’s
facilitam a colocação de cargas em locais
fechados ou em situações onde necessita
uma lança maior. Sua capacidade
geralmente está limitada pela sua
resistência estrutural. Eles podem conter
uma extensão, que é um acessório que
permite aumentar o seu comprimento.
1.4.4 – MASTRO
Os mastros são lanças secundárias
normalmente instaladas em guindastes
estacionários ou sobre esteiras e têm
como principal finalidade aumentar a
distância do centro de gravidade e a
capacidade do guindaste, com o uso de
um contra-peso adicional. Seu uso só é
permitido com autorização por escrito
do fabricante, mediante apresentação
de projeto detalhado, justificando seu
uso.
Mastros não deve ser confundidos com lanças, uma vez que sua estrutura
não permite levantar cargas.
46
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
1.4.5 – LUFING
O Lufing é uma estrutura montada na ponta
da lança para permitir a movimentação
horizontal da carga mantendo a mesma
altura. É muito utilizada, por exemplo, na
montagem de estruturas de viaduto ou
estruturas pré-moldadas de grande peso e
volume. Exigem que seja adicionado contra-
peso extra, da mesma forma que o mastro,
pois reduzem a capacidade do guindaste.
1.5 – CONTRA-PESO
O contra peso é uma carga adicional colocada no guindaste para
aumentar a capacidade da máquina quanto à estabilidade (tombamento).
Quanto maior for o contra peso e/ou a distância do mesmo ao centro de
giro do guindaste, maior será a resistência ao tombamento. Existem
basicamente três tipos de contrapeso, sendo eles:
• Contra peso stardard (padrão): é fixo ao chassi giratório, não afetando a
carga máxima permitida por eixo, para circulação de rodovias;
• Contra peso adicional no chassi superior: é aquele adicionado na obra,
conforme especificação do fabricante;
• Contra peso adicional fora do guindaste: pode ser metálico ou de
concreto. São montados sobre rodas que se distanciam do guindaste
conforme a necessidade e também giram juntamente com o guindaste.
São fixados no mastro.
Anotações
47
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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1.6 – GUINCHO
É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força
necessária para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através
do mecanismo de elevação composto de: motor, freio do motor, redutor,
eixo, freio de carga, tambor (dromo), cabos de aço, polias, suportes, caixa de
gancho, mancais e gancho.
O cabo de aço é fixado ao tambor (dromo) e a carga permanece
suspensa graças ao freio eletro-magnético, chamado de dynamic break que
funciona com ausência de energia, ou seja, mesmo que o guindaste esteja
desligado, a carga permanecerá suspensa.
1.7 – OUTRIGGERS (ESTABILIZADORES) OU PATOLAS
É importante que o
guindaste esteja
completamente estável e
nivelado durante a operação
de içamento. Os pneus não
oferecem a estabilidade
necessária, portanto, o
caminhão utiliza suportes
que agem para evitar que o
guindaste não incline para
um lado ou para o outro.
Os suportes usam dispositivos hidráulicos para levantar do chão todo o
caminhão, inclusive os pneus. Eles são compostos pelas vigas, que são as
pernas do suporte e as sapatas, que são os pés. Às vezes, são colocados
calços embaixo das sapatas para dissipar a força do guindaste e da carga
contra o concreto ou pavimento. Estes são geralmente tábuas de madeira,
alinhadas para criar uma base maior que a própria sapata. O calços mais
utilizados, por sua grande resistência são os dormentes ferroviários.
48
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
1.8 – TOMADA DE FORÇA
Localizada na caixa de câmbio, transfere a força de rotação do motor
para a bomba hidráulica, permitindo o funcionamento do sistema de
içamento.
IMPORTANTE: A tomada de força só deve ser acionada com o guindaste
estacionado e devidamente patolado.
1.9 – ENGRENAGEM ROTEX
Para manobrar a carga, a lança precisa ser capaz de se mover para a
direita e esquerda, bem como para cima e para baixo. Embaixo da cabine
de comando do operador encontra-se uma engrenagem Rotex sobre um
mancal de plataforma giratória, girando a 2 rotações por minuto (rpm). É
acionado por um motor hidráulico bidirecional, montado na cabine de
comando e envolvido por uma cobertura de metal para proteger contra
acidentes. A rotação é controla por um pedal hidráulico na cabine de
comando.
Anotações
49
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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2 – COMPONENTES DE CARACTERÍSTICAS
2.1 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas TC.
2.2 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Rodas TC.
50
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
2.3 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Esteiras.
2.4 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Jib sobre
Esteiras.
Anotações
51
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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2.5 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Contra-Peso
sobre Esteiras.
2.6 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Lufing Jib
sobre Esteiras.
52
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
2.7 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas Truck
Crane.
2.8 – Guindaste de Lança Telescópica com Jib sobre Rodas
Truck Crane.
Anotações
53
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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2.9 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro de Lança
sobre Rodas Truck Crane.
2.10 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro e Lufing Jib
sobre Rodas All Terrain.
54
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
6
UNIDADE
INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 CABOS DE AÇO
!
OPERADOR ALUNO:
GUINDASTE (MARCA/MODELO):
HORÍMETRO:
DATA: ______/______/____________
Unidade Jacareí-SP
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, veremos os itens que devem ser
verificados no guindaste, nas lingadas e na carga, antes de qualquer
movimentação.
OBJETIVOS
O objetivo desta unidade é mostrar ao operador as necessidades de
se efetuar uma inspeção pré-operação (check-list) a fim de se evitar
qualquer acidente durante a movimentação, bem como elaborar um Plano
de Movimentação de Carga eficiente.
INTRODUÇÃO
As inspeções pré-operação devem ser realizadas pelos operadores
como determina a NR-11 vista na Unidade 1 e também atendendo a
requisitos internacionais da OSHA (Occupation Safety & Health
Administration = Administração de Saúde e Segurança Ocupacional).
Além disso, a elaboração do Plano de Movimentação de Cargas deve
atender a todos os requisitos de segurança, tornando a movimentação
uma tarefa segura e confiável para o operador e para todos os outros
trabalhadores do local.
DESENVOLVIMENTO
1 – CHECK-LIST (INSPEÇÃO PRÉ-OPERAÇÃO)
A principal função do Check-List é assegurar que os principais itens
de segurança para a operação estão em ordem e assim diminuir os riscos
de acidentes por falhas nos equipamentos ou acessórios de
movimentação de cargas.
Começaremos pelos principais itens do guindaste.
A OSHA requer que os guindastes sejam inspecionados
regularmente. Uma inspeção freqüente (normalmente chamada de
inspeção pré-operacional) deve ser executada por pessoa competente
antes de cada utilização do guindaste. Esta inspeção normalmente é
responsabilidade do operador. Desde que o guindaste deve estar o tempo
todo numa condição segura de operação, esta inspeção essencialmente
continua o tempo todo no qual o guindaste está em uso.
OSHA também requer uma inspeção mensal dos itens críticos e uma
inspeção completa anual. Ambas as inspeções devem fornecer relatórios,
os quais devem ser mantidos na empresa.
Usando o critério da OSHA 29 CFR 1926.550 e ANSI / ASME B30.5m
como também usando as instruções do fabricante contidas no manual do
operador, o operador deve no mínimo inspecionar os itens do guindaste
conforme especificado a seguir.
Anotações
57
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
Alguns itens comumente listados pelos fabricantes para a realização do
check-list são:
Transmissão, eixo cardam e tomada de força;
Sistema hidráulico;
Sistema de Giro;
Sistema de elevação, extensão e retração da lança;
Sistema de içamento de carga;
Sistema de controle do Guindaste;
Sistema de freio do guincho e acelerador;
Dispositivos de Segurança;
Estabilizadores;
Sistema elétrico.
Inspeção “Walk Around”
O operador deve executar uma inspeção “Walk around” no guindaste
verificando qualquer deficiência aparente. Outras áreas a serem
inspecionadas incluem o cavalo ou “carbody”, “outriggers” ou esteiras, trem
de força. OSHA requer que qualquer deficiência seja reparada, partes
defeituosas substituídas, antes de continuar utilizando o guindaste.
Usaremos o check-list anexo para nossas aulas práticas.
58
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Equipamento Horímetro DATA
OPERADOR:
Nº ITEM S N OBSERVAÇÃO
1 SISTEMA ELÉTRICO (BATERIA, LAMPADAS, BUZINAS E SIRENES)
2 SISTEMA DE ARREFECIMENTO
3 SISTEMA HIDRÁULICO (MANGUEIRAS, CILINDROS, NIVEL)
4 NIVEL DE ÓLEO DO MOTOR
5 FILTRO DE AR
6 CONDIÇÃO DOS PNEUS
7 FREIOS (SERVIÇO E ESTACIONAMENTO)
8 INSTRUMENTOS DO PAINEL
9 TRANSMISSÃO, EIXO CARDAM E TOMADA DE FORÇA (PTO)
10 EXTINTOR DE INCÊNDIO
11 SISTEMA DE CONTROLE DO GUINDASTE
12 SISTEMA DE GIRO
13 SISTEMA DE ELEVAÇÃO, EXTENSÃO E RETRAÇÃO DA LANÇA
14 SISTEMA DE FREIO DO GUINCHO E ACELERADOR
15 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (AML, LMI)
16 SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO (PATOLAS)
17
SISTEMA DE IÇAMENTO (CABOS, TAMBORES, MOITÃO, ROLDANAS,
GANCHOS)
18
19
20
21
22
OBSERVAÇÕES:
ASSINATURA DO OPERADOR
Unidade Jacareí-SP
7
UNIDADE
ESTABILIZAÇÃO OU
PATOLAMENTO
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, aprenderemos como estabilizar (patolar) o
guindaste de modo a torná-lo estável para movimentar a carga.
OBJETIVOS
O objetivo desta unidade é mostrar como patolar o guindaste de
maneira correta e observar os fatores que possam desestabilizar o
guindaste.
INTRODUÇÃO
Para estabilizar o guindaste, devemos primeiramente checar o
terreno no qual o guindaste ficará apoiado, buscando corrigir imperfeições
do terreno e evitar algumas situações que aumentam o risco de
tombamento.
DESENVOLVIMENTO
O guindaste somente suportará a carga se o solo suportar o
guindaste. Antes de iniciar a operação, certifique-se de que o solo é
nivelado e compactado o bastante para suportar o peso do guindaste e/ou
carga sem sofrer rupturas ou afundamentos. Se necessário, utilize calços
sob as patolas.
A parte mais importante de uma operação é o patolamento, por isso
deve ser feita com muito cuidado e precisão. Caso contrário, podem
ocorrer sérios acidentes.
Verifique se onde serão colocadas as sapatas, não passa ou passava
alguma tubulação de água ou esgoto, galerias fluviais, calhas com cabos
elétricos, um antigo poço, sinais de umidade no solo, posição de bueiros,
bocas de lobo ou entradas subterrâneas.
Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja aplicada todas as
patolas devem estar completamente abertas. Sempre que uma ou mais
patolas não estiverem completamente abertas, devemos ir para a tabela
de carga “meia patola” ou “sobre pneus” conforme o caso.
Quando manuseamos a carga em uma área onde a patola não está
completamente aberto, a perda de capacidade pode chegar a mais de
50%.
O guindaste deve ser patolado de modo que os pneus estejam sem
contato com o solo. Isto assegura que o eixo de tombamento está
estabilizado e o chassi do cavalo é utilizado para maximizar o contra peso.
Antes de utilizar “meia patola”, certifique-se de que existe uma
tabela de carga fornecida pelo fabricante com o numero de série da
máquina. Uma patola aberta parcialmente ou de maneira indevida pode
causar tensões em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando
em dano à mesma.
Anotações
63
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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__________________
Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga para içamento com
patola parcialmente estendidos. Quando isto ocorrer, as instruções do
fabricante devem ser seguidas à risca, incluindo a pinagem da patola.
Assegure-se de que as travas da patola estão devidamente instaladas,
caso contrário à mesma poderá escorregar do cilindro vertical.
Se os cilindros verticais forem equipados com pinos ou parafuso de
trava, certifique-se de que eles estão aplicados.
USO DE “MATS”
Os “mats” permitem que o peso do guindaste e a carga sejam
distribuídos por uma área maior. “Mats” devem ser usados sob todas as
patolas.
Assegure-se que o calçamento está nivelado e que a patola está a 90º
em relação ao cilindro vertical.
O calçamento deve ser sempre colocado sob as patolas. Nunca sob as
vigas da patola. As vigas não estão projetadas para suportar esta carga, e o
guindaste perde a estabilidade.
Use calçamento que tenha capacidade de resistir a choque,
dobramentos e cisalhamento. O calçamento deve ser também resistente o
suficiente para vencer pequenos vãos no solo bem como suportar o peso do
guindaste e da carga.
Como regra geral, o calçamento deve ter no mínimo três vezes a área
da patola. A patola deverá estar toda apoiada no calçamento, o qual irá
transmitir a carga proveniente da mesma para a superfície de apoio (solo).
Patolamento direto Patolamento com Mats
A força aplicada é dividida por 3
Testes Destrutivos
Sapata destruída com
95.256 Kg (100%)
Sapata destruída com
63.504 Kg (70%)
Sapata destruída com
49.896 Kg (50%)
64
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
8
UNIDADE
TABELA DE CARGA
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, estudaremos as tabelas de carga.
OBJETIVOS
O objetivo desta unidade é interpretar a tabela de carga de um
guindaste.
INTRODUÇÃO
A Tabela de Carga do Guindaste é um componente fundamental para
o seu funcionamento, sendo que sua falta, o torna impossível a utilização
do mesmo. Ela apresenta vários conceitos que estudaremos nessa unidade
para compreender melhor o funcionamento do guindaste. Veremos
primeiramente os conceitos necessários ao entendimento da Tabela de
Carga
DESENVOLVIMENTO
1 – CENTRO DE GRAVIDADE
Centro de gravidade (CG) é o
ponto de um objeto no qual pode
ser considerado que todo peso
está ali concentrado. Como todos
os objetos, os principais
componentes dos guindastes têm
seus respectivos CGs.
Quando estes componentes
são montados no guindaste, o
mesmo tem um centro de
gravidade combinado.
2 – PRINCÄPIO DA ALAVANCA
O princÄpio da alavanca Å
usado para determinar as
capacidades tabeladas.
Anotações
67
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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__________________
__________________
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3 - ALAVANCA E ESTABILIDADE
Conforme a estrutura do upper gira, o centro de gravidade do
guindaste move-se para junto do seu eixo de tombamento. O movimento do
centro de gravidade do guindaste aumenta a alavanca exercida pela carga no
guindaste e faz com que diminua a capacidade de carga do mesmo. Isto
explica porque um guindaste pode tornar-se instável até o ponto de tombar,
quando uma carga é içada pela frente de um guindaste RT e girado para o
lado. Sempre consulte a tabela de carga antes de qualquer içamento. Um
guindaste é estável quando seu momento é maior do que o momento
exercido pela carga.
A maioria dos guindastes montados sobre cavalo tem sua capacidade
máxima pela traseira. Quando o upper é girado para a lateral, a capacidade
será menor porque a distância do centro de gravidade do guindaste ao eixo
de tombamento é diminuída. A maioria dos fabricantes não permite o
içamento de cargas pela frente da máquina a menos que a patola dianteira
esteja apoiada.
4 – TAXA DE INCLINAÇÃO
Conforme o guindaste inclina, o movimento exercido pela carga
aumenta e o exercido pelo guindaste diminui. Isto pode ocorrer
rapidamente, tornando-se impossível retornar a posição inicial pelo
abaixamento da carga.
68
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
5 – FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL
Estabilidade dianteira é definida como a capacidade do guindaste
resistir a tombamento frontal. Quando do desenvolvimento das cargas
tabeladas pela estabilidade, os fabricantes reduzem as cargas de
tombamento por um percentual estabelecido por padrões internacionais.
MARGEM DE ESTABILIDADE
GUINDASTE DE ESTEIRA 75%
GUINDASTE SOBRE CAVALO PATOLADO 85%
GUINDASTE SOBRE CAMINHÇO COMERCIAL 85%
6 – FATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA
Normalmente estamos preocupados com o tombamento para
frente, obviamente na direção da carga; entretanto, os guindastes podem
tombar pela traseira. A estabilidade traseira é a capacidade do guindaste
em resistir ao tombamento sem carga.
As margens de estabilidade traseira são baseadas nas seguintes
condições gerais:
- de lado
- nivelado dentro de 1% sobre solo firme
- todos os tanques com pelo menos ½ de capacidade
- outros níveis de fluido conforme especificado
7 – LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE
Sobrecarga no guindaste pode causar tombamento ou falha
estrutural. Um guindaste sobrecarregado resulta em tombamento ou
falha estrutural.
Anotações
69
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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8 – BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS
Todas as capacidades de carga listadas na tabela de carga são baseadas
na resistência estrutural ou na estabilidade do guindaste. Estas capacidades
são normalmente identificadas pela divisão da tabela de carga através do uso
de linha preta, asteriscos ou área sombreada.
70
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
9 – COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR SOBRECARGA
Guindastes não estão
sujeitos simplesmente a
tombamento. Eles podem ter
uma falha estrutural antes
mesmo de qualquer sinal de
tombamento. A falha estrutural
é frequentemente inesperada,
especialmente quando o
operador está trabalhando na
área estrutural e está esperando
que a máquina de sinal de
tombamento para que ele avalie
a sobrecarga. Ao lado são
mostrados alguns componentes
que podem falhar.
A correta capacidade de içamento é o principal objetivo de
interpretar e aplicar a tabela de carga. Para determinar a capacidade de
içamento do guindaste existem certos passos ou procedimentos que
devem ser seguidos.
Anotações
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OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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10 – ÁREAS DE OPERAÇÃO
Áreas de operação, ou quadrantes como elas também são conhecidas,
se referem a uma parte particular do circulo de trabalho do guindaste. O
tamanho de cada área pode diferir de modelo para modelo e de fabricante
para fabricante. Algumas tabelas de carga são válidas para 360º de operação.
Antes de operar, consulte a tabela de carga especifica da máquina.
Quadrantes típicos são:
- pelo lado
- pela traseira
- pela frente
Os guindastes sobre esteiras podem ter seu sua área de operação baseada
no centro de rotação do upper ou na linha de centro das esteiras.
11 – COMPRIMENTO DA LANÇA
O significado do termo “comprimento da lança” na tabela de carga não
é sempre o mesmo. Às vezes o termo inclui a extensão da lança, outras vezes
não. Esteja certo de entender o que a tabela de carga chama de
“comprimento da lança”. Normalmente é conforme mostrado a seguir.
72
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
73
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Por causa da versatilidade do guindaste de lança telescópica é comum
quando executamos um içamento encontrarmos valores de lança
intermediários aos existentes na tabela de carga. Nesse caso, devemos
utilizar a menor capacidade sempre.
11 – RAIO DA CARGA
O raio da carga é a distância horizontal do centro de gravidade do
guindaste até a linha de centro do moitão ou ao centro de gravidade da
carga içada.
A menos que indicado pelo fabricante, use o raio de operação ao invés
do ângulo da lança para determinar a capacidade bruta.
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OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
75
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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A deflexão da lança do
guindaste provocará um
aumento de raio. Por isso
enfatizamos novamente que se
utilize sempre a menor
capacidade quando o raio
estiver entre duas posições na
tabela de carga.
76
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
12 – ÂNGULO DA LANÇA
O ângulo da lança nos
guindastes de lança telescópica é
o ângulo entre a linha de centro
da lança base e a horizontal depois
de içada a carga.
O ângulo da lança nos
guindastes treliçados é o ângulo
entre a linha de centro da lança e
a horizontal depois de içada a
carga.
13 – CAPACIDADE BRUTA
Capacidade bruta, a
qual algumas vezes é
chamada de
capacidade tabelada,
são listadas na tabela
de carga de acordo
com o comprimento de
lança, ângulo da lança e
raio.
Capacidades brutas
não são as cargas
máximas ou objetos
que podem ser içados.
Anotações
77
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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14 – DEDUÇÕES NA CAPACIDADE
Os acessórios de içamento podem adicionar uma quantidade tal de
carga ao guindaste, que pode reduzir sua capacidade consideravelmente.
Todos os acessórios de içamento devem ser considerados como parte de
carga, e devem ser deduzidas da capacidade bruta ou tabeladas.
Dependendo de sua localização, o peso atual dos acessórios de
içamento pode representar uma carga menor ou até mesmo maior do que
seu peso real. É crucial que todos os acessórios usados no içamento sejam
levados em consideração.
15 – CARGA DINÂMICA
As capacidades do guindaste são baseadas em cargas estáticas ou
estacionárias. As forças criadas pelo movimento da carga e acessórios afetam
a capacidade dos guindastes do mesmo modo que se houvéssemos
aumentado o peso da carga. Trancos e movimentos bruscos devem ser
sempre evitados. Sempre opere o guindaste de maneira suave e controlada.
16 – CAPACIDADE DE IÇAMENTO
Se o guindaste não estiver devidamente equipado sua capacidade de
içamento pode ser menor do que a capacidade liquida e pode ser que o
guindaste não tenha capacidade de içar a carga liquida com segurança.
Nestes casos a capacidade fica limitada a capacidade do componente mais
fraco (cabo de içamento, moitão, etc.) A carga total não pode exceder a
capacidade do componente mais fraco.
78
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
17 – NÚMERO DE PERNAS
Número de pernas = O número de cabos de carga que diretamente
suportam o moitão.
Para evitar ruptura do cabo de carga e assegurar que o guincho pode içar
a carga com segurança, devem ser passados no moitão pelo menos o
número mínimo de pernas do cabo de carga.
1 PERNA 2 PERNAS 4 PERNAS
18 – CARGAS CRÍTICAS
Toda carga de peso maior que 75% do peso estabelecido na Tabela de
Carga para aquela condição, torna-se uma carga crítica. Nesses casos as
seguintes precauções devem ser tomadas:
SOLO: O solo deve ser compacto e estável.
CALÇOS: Se o solo não for de concreto, utilize calços sob as patolas.
NÍVEL: O guindaste deve estar perfeitamente nivelado.
CARGA: O peso da carga deve ser exatamente determinado.
CENTRO DE GRAVIDADE: O gancho deve ser posicionado exatamente
sobre o centro de gravidade da carga.
RAIO DA CARGA: Determinar exatamente o raio da carga.
COMPRIMENTO DA LANÇA: Determinar exatamente o comprimento da
lança.
ÂNGULO DA LANÇA: Deve ser precisamente conhecido, para se calcular o
raio e influencia na capacidade de elevação de carga.
VENTO: Os efeitos do vento devem ser considerados e o içamento adiado,
caso os efeitos tornem-se significativos para a estabilidade da operação.
DISTRIBUIÇÃO DOS CABOS: Os cabos devem estar simetricamente
distribuídos.
LINGADA: Verificar resistência e segurança, lembrando que a lingada tem
seu peso somado à carga. Conheça o peso da lingada.
OPERAÇÃO: Todos os movimentos para controle da máquina e da carga,
devem ser executados o mais suavemente possível.
TREINAMENTO: A determinação desses parâmetros por pessoal não
treinado pode ser extremamente perigoso.
Anotações
79
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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19 – LINGUAGEM INTERNACIONAL DE TABELA DE CARGA
ANGLE: ângulo
BOOM: lança
CAPACITY: capacidade
CRAWLERS: esteiras
DEGREES: graus (ângulo)
FEET (FT): pés (equivalente a 0,3048 m)
HEIGHT: altura
LENGTH: comprimento
MAIN: principal
OFFSET: compensação ou montagem
OUTRIGGERS: estabilizadores
OVER: sobre
PIN: pino
PINNED: pinado
POINT: ponto
POWER: força
RADIUS: raio
REAR: traseiro
RETRACTED: retraído
SET: conjunto
SIDE: lado
STRENGHT: força
WEIGHT: peso
20 – REDE ELÉTRICA
- Mantenha distância segura das linhas elétricas.
- Para cada linha há uma distância limite de aproximação.
- Nunca aproxime qualquer parte do guindaste dessa área.
125.000 Volts - distância mínima de 5 metros
125.000 a 250.000 volts - distância mínima de 6 metros
Acima de 250.000 volts - distância mínima de 7,50 metros
- Considere sempre que todas as linhas e equipamentos elétricos estão
energizados até que obtenha informação contrária de fonte confiável.
- Se o guindaste tiver que se movimentar constantemente sob redes
elétricas, um caminho deve ser demarcado, isolado com material isolante e
pintado com pintura zebrada, determinando uma altura segura sob a qual o
guindaste deve passar.
- Solicite aterramento do guindaste sempre que possível.
- Caso haja contato de qualquer parte do guindaste com a rede elétrica,
procure pular o mais longe possível do guindaste, mas com cuidado para não
desequilibrar-se. Não toque com as mãos no chão
80
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
9
UNIDADE
ACESSÓRIOS DE IÇAMENTO E
MOVIMENTAÇÃO
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Para que a movimentação seja realizada de forma segura e eficiente,
são necessários cuidados especialmente na amarração correta da carga,
pois se algo sair errado nessa etapa, pode ser que descubramos isso tarde
demais, ou seja, quando a carga estiver sendo transportada e no alto.
OBJETIVOS
Os objetivos desta unidade são:
- Conhecer os principais acessórios de amarração de carga;
- Apresentar seus principais usos.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
TENAZ: Utilizada normalmente no
transporte de material acabado,
onde haja um ponto de apoio para
prendê-la, como por exemplo, em
lâmina ou barra de metal fundido,
cadinhos, etc.
`
BALANCIM OU TRAVESSA:
Utilizados no transporte de peças
ou cargas longas.
PATOLA: É construída de aço
laminado. Deve ser usada para
movimento e transporte de
chapas grossas que deverão serem
transportadas uma a uma. Do
contrário, no levantamento de
duas ou mais chapas juntas, a
borda da chapa de cima encostará
no corpo da patola, provocando o
seu afastamento, e a chapa de
baixo não será mais sustentada
corretamente, podendo deslizar
da boca da patola e cair.
Anotações
83
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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GANCHO S: É construído de aço forjado. É
utilizado posicionando-o de tal forma que sua
acomodação ocorra naturalmente. As forças
que atuarão sobre ele deverão permanecer
dentro dos limites de sentido e direção
indicados na figura. Evite esforços
perpendiculares ao plano do gancho e na ponta
do gancho.
GRAMPO : É construído de
laminado de aço, liga especial de
alta resistência. É um meio auxiliar
desenvolvido para o transporte de
chapas ou cargas som superfícies
lisas, sem pontos de fixação de
outro meio de engate. A aplicação
do grampo para trabalhos com â =
0 º só é permitido para levantar a
chapa da horizontal para vertical.
Quando ao parafuso de fixação,
aperte-o somente com a haste
original.
MANILHA: É constituída de aço
forjado. Deve ser montada de
modo que possa girar livremente
e que as forças atuem nos limites
de direção e sentidos indicados.
Use o mesmo diâmetro da
manilha e da argola
84
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
GANCHOS E OLHAIS: Ganchos de olhal providos
de dispositivo para fixação da trava de segurança
(trava opcional) forjados em aço carbono. Carga
de trabalho gravada (estampada) na peça.
TERMINAIS EM AÇO FUNDIDO:
Acabamento: Pintura Preta. Carga de
trabalho gravada na peça.
GANCHO: É forjado de aço-carbono. Deve ser
utilizado sempre com a abertura virada para o
lado interior do enganchamento. Assim,
mesmo que ocorra o afrouxamento do cabo, o
gancho ficará no olhal. Inspecione visualmente
os ganchos. Boca curvada para fora, desgastes
visíveis, pequenas fendas, comprometem
seriamente sua resistência.
CINTOS: São utilizados no transporte e manuseio
de cargas ou materiais acabados. Podem ser de
metal, náilon, couro ou tecido.
CINTAS DE POLIÉSTER: muito empregada em
empresas que movimentam materiais cujos
acessórios não podem causar avarias de nenhum
espécie na carga a ser movimentada. Apresentam
boa resistência, porém não podem ser utilizadas
em áreas quentes nem com materiais com cantos
vivos.
LINGA, LINGADA ou ESLINGA: denominação dada a todo e
qualquer acessório utilizado para amarrar, prender,
movimentar, içar ou transportar cargas.
Anotações
85
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Anotações
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Antes de efetuar as amarras das cargas é necessário verificar:
• Peso da peça ou do material a ser içado;
• A velocidade e distância de deslocamento;
• A capacidade do gancho;
• A capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento;
• Inspecionar as lingas antes de cada uso (observando se há danos) e
assegurar que a identificação e a especificação estão corretas (etiqueta do
produto);
• Inspecionar todos os encaixes e acessórios usados em conjunto com a
linga;
• Nunca utilizar lingas danificadas;
• Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar
danos à linga;
• Proteger as lingas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se
reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e
vida útil da cinta;
• Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga;
• As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o
trabalho seja realizado com total segurança e serem sinalizadas de forma
adequada, na vertical e no piso;
• Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o produto;
• Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando
houver dúvida no procedimento a ser realizado.
• Consultar a tabela de uso de cabos ou cintas para verificar a resistência do
tipo de amarração.
86
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
CAPACIDADE DE CARGA DAS LINGAS
Após definir qual tipo de linga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta
e combinada) devemos também definir o dimensional das mesmas. A
carga deve ser transportada sem que a linga seja sobrecarregada. A
capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que
pode ser elevada com a linga. Para definir a carga aplicada na linga
devemos saber:
• Se a carga será transportada por uma ou mais pernas perpendiculares.
• Se a carga será transportada por duas ou mais pernas em ângulo.
Princípios básicos:
• Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas perpendiculares e
a carga é aplicada de forma igual sobre as pernas, podemos somar as
capacidades das mesmas.
• Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas, devemos
contar com a capacidade de apenas duas.
• Quando a linga forma um ângulo diminuímos a capacidade de cada
perna.
• Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto, maior a
linga a ser utilizada. Com o ângulo de trabalho acima de 60º a força
aplicada em uma única perna, excede o peso da carga em si.
Quando for utilizar as cintas de poliéster, certifique-se do estado
geral das cintas, procurando por rasgos, costuras rompidas, desgaste
excessivo de alguma alça bem com prazo de validade.
Poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a
chama. Porém a combustão se extingue imediatamente assim que se
elimina o contato com a mesma. O ponto de fusão do poliéster é de
260ºC, amolecendo a partir de 235ºC. As temperaturas limites de
utilização estão entre -40ºC e 100ºC.
Veja abaixo a tabela de cores indicativas de capacidade de carga das
cintas de poliéster:
VIOLETA 1.000 Kg
VERDE 2.000 Kg
AMARELA 3.000 Kg
CINZA 4.000 Kg
VERMELHO 5.000 Kg
MARROM 6.000 Kg
AZUL 8.000 Kg
LARANJA 10.000 Kg
Anotações
87
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
10
UNIDADE
REGRAS DE SEGURANÇA NA
MOVIMENTAÇÃO
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade, veremos todos os procedimentos necessários para
realizar uma movimentação de carga de forma segura e eficiente,
evitando acidentes e preservando a nossa segurança e de todos os colegas
de trabalho.
OBJETIVOS
São objetivos desta unidade:
- Apresentar os conceitos sobre movimentação segura de carga;
- Mostrar algumas das etapas necessárias para realizar a pré-
operação, operação e pós operação.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
1 – PRÉ-OPERAÇÃO
Ao amarrar a carga para içamento:
Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços;
Nunca diminuir os laços com nó;
Os laços devem ser sempre utilizados com cuidados, a fim de evitar
estrangulamento ou nó, provocando uma torção prejudicial;
Nunca utilizar lingas retorcidos ou que apresente fios quebrados;
As cargas de trabalho dos laços são baseadas em diâmetros mínimos de
curvatura de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se esse diâmetro for
menor, deve-se aumentar o fator de segurança;
Usar proteção nos cantos agudos das peças de forma a evitar danos ou
cortes nas lingas ou dispositivos de içamento;
Quando utilizar manilhas de união não colocar o pino no lado do cabo e
deixar meia volta de folga na rosca; e
Procure sempre que possível o centro de gravidade da peça a ser içada.
Se não for utilizar uma das pernas da linga, acoplá-la ao elo de
sustentação para que não possa se prender a outros objetos ou cargas.
Quando necessário, pegar a linga por fora e deixar esticar lentamente.
Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a todos
que estiverem nas áreas de risco.
A escolha correta das lingas a serem utilizadas é dada em
função da carga a ser içada. É importante evitar que
materiais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por
cabos estropos ou cintas de poliéster, pois o atrito entre as
lingas e o equipamento pode causar danos, tanto nos equipamentos como
na carga a ser movimentada.
Anotações
91
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A linga pode
se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da linga pode
se soltar da carga. Travas adequadas nos ganchos do meio de elevação e do
travessão impedem que a carga possa se soltar. Uma trava de segurança se
faz necessária sempre que exista possibilidade de acontecer que a carga se
solte involuntariamente.
2 - OPERAÇÃO
O operador só deve operar o guindaste quando se sentir em boas
condições físicas e emocionais. Deverá comunicar ao seu superior imediato
qualquer indisposição que o impeça de trabalhar corretamente.
Ao iniciar a movimentação devemos verificar:
• se a carga não se enganchou ou prendeu;
• se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;
• se as pernas têm uma carga semelhante.
Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la
corretamente.
No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de ventos
deve-se usar um cabo de condução que seja longo o suficiente para que se
fique fora da área de risco.
Não permaneça embaixo de cargas suspensas.
Ice a carga (no começo bem devagar, até que sejam tencionados os cabos
e os acessórios) a uma altura conveniente, conforme a sinalização do do
sinalizador. Verifique se a carga está firme, bem presa e equilibrada.
Uma vez içada a carga, mova-a com movimentos suaves e lentos para
evitar a produção de balanço. Mantenha-se atento durante toda a operação
e considere sempre a possibilidade de acidentes.
92
OPERADOR
DE
GUINDASTES
"Não esqueça: use o equipamento de segurança e obedeça
as normas de segurança recomendadas para a área em que
trabalha"
Unidade Jacareí-SP
2.1 – TIPOS DE BALANÇO DE CARGA
Balanço Pendular
Balanço Circular
Sempre que se movimentam cargas suspensas, existe a possibilidade
de a carga balançar. Esse balanço pose ser muito perigoso, uma vez que
aumenta o peso da carga em relação ao guindaste, podendo provocar
tombamento e quebra de componentes.
Nota-se que, devido à inércia da carga (sua massa) sempre que é
feito ou eliminado qualquer movimento, há a tendência da carga de
permanecer na situação em que se encontrava (parado ou em
movimento).
Logo, se a carga se encontrava em repouso (parada) e o guindaste a
movimenta, a tendência é de que a carga fique recuada em relação à
ponta da lança.
Logo após o inicio do movimento do guindaste, também a carga se
movimenta; e a sua velocidade para frente torna-se maior que a do
guindaste. Temos assim estabelecido o balanço da carga.
De modo semelhante, se o guindaste se movimenta sem balanço, ao
acionarmos o freio, ou diminuirmos a velocidade de movimento, a
tendência da carga é continuar em seu movimento.
Anotações
93
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
2.2 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO PENDULAR:
Em qualquer situação, para que se diminua ou elimine o balanço, deve-
se fazer com a lança um movimento sempre “a favor” daquele que anima a
carga.
Se a carga durante o balanço está atrás da lança, devemos diminuir (ou
frear) o movimento de giro. Se a carga, durante o balanço, está a frente da
lança, devemos acelerar o seu movimento. ATENÇÃO: Isso deve ser feito
lentamente e com calma, pois existe o risco de tombamento ou quebra em
caso de movimentos bruscos.
Esta operação deve ser repetida tantas vezes quantas forem
necessárias para a eliminação do balanço.
2.3 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO CIRCULAR
O movimento giratório, como já foi dito, é a combinação de dois
movimentos pendulares (balanços).
A sua eliminação segue as mesmas regras de um só movimento
pendular, isto é, primeiro eliminamos um dos movimentos e após o outro.
3 - CUIDADOS GERAIS
Você é responsável por seu equipamento. Qualquer defeito que tiver
chame a manutenção;
Respeitar os avisos existentes e seguir as instruções de operação
Não utilizar a chave fim-de-curso, batentes e pára-choques, a fim de parar
o movimento do guincho.
Nunca passar com carga sobre as pessoas, evitar a passagem sobre
máquinas ou equipamentos;
A calma é imprescindível para a realização de trabalhos com segurança.
Evitar velocidades exageradas;
Acompanhar as inspeções e manutenção mecânicas e elétricas (corretiva
ou preventiva) indicando as deficiências ao pessoal da manutenção;
Todos os acessórios de elevação e transporte, bem como toda e qualquer
carga, devem ser içados a uma altura segura para depois serem
movimentados;
Não permitir que alguém viaje na carga;
Nunca suspender um feixe de barras pelas amarras, elas não tem
resistência para suportar o peso do feixe;
Ao depositar cargas, fazê-lo pensando na necessidade de nova
movimentação, para isso deve haver fácil acesso para o re-acoplamento da
carga;
Nunca obstruir os acessos a extintores de incêndio, telefone de
emergência, etc., depositando cargas nestes locais;
Quando sem carga, recolher os cabos, abaixar a lança e colocá-la no
berço.
94
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
Verifique a área de operação (de frente, de traz, de lado) o peso da
carga, o Raio (R) da carga e consulte a tabela de carga na cabine do
guindaste e certifique-se que a capacidade limite não foi atingida
Verifique se o guindaste está nivelado, se os estabilizadores estão
totalmente apoiados sobre superfície sólida, freios ajustados, lingada bem
enlaçada ao gancho.
Verifique todos os dispositivos limitadores de segurança e freio de
guincho, giro, calçamento das rodas ou estabilidade das patolas
Verifique se o espaçamento das secções da lança está igualmente
estendido.
Levante a carga suavemente do solo e certifique-se novamente da
estabilidade do guindaste antes de continuar com o levantamento
Suspenda qualquer operação com o guindaste sempre que fatores
adversos como chuva, ventos fortes, falta de visibilidade, tornarem a
operação insegura.
Nunca faça “teste” de
estabilidade para verificar a
capacidade de levantamento
Nunca cause choque do moitão
com a lança. Este choque pode
romper o cabo do guincho e fazer
cair a carga. Tenha muito cuidado
ao estender a lança, ao abaixar a
lança e ao elevar a carga
Nunca provoque esforço lateral.
A lança do guindaste não foi
projetada para sofrer esforço
lateral. A carga sempre dever estar
na vertical do cabo do gancho ou
do moitão
Anotações
95
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
Nunca pule da máquina ao sair,
exceto se a máquina tiver tocado
rede elétrica. Neste caso, pule
bem longe da máquina com os
dois pés juntos cuidando para não
se desequilibrar
Nunca saia da máquina com a
carga suspensa. Se tiver que sair,
apoie a carga no solo e desligue o
motor
Nunca empilhe ou estoque
materiais sob rede elétrica ou
próximo a equipamentos
energizados
Não opere o guindaste com velocidades de vento acima de 48 Km/h ou
condições pré-estabelecidas no plano de rigging.
96
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
11
UNIDADE
UNIDADES DE MEDIDA
Unidade Jacareí-SP
MEDIDA SIMBOLO
CONVERTER
PARA
MULTIPLICAR
POR
in
(polegadas)
cm
(centímetro)
2,54
ft
(pés)
m
(metro)
0,3048
km
(quilometro)
mi
(milha terrestre)
0,6214
km
(quilometro)
nmi
(milha náutica)
0,5396
m
(metro)
ft
(pés)
3,281
m
(metro)
yd
(jardas)
1,094
yd
(jardas)
m
(metro)
0,9144
COMPRIMENTO
yd
(jardas)
ft
(pés)
3
MEDIDA SIMBOLO
CONVERTER
PARA
MULTIPLICAR
POR
cm
(centímetro
quadrado)
sq in
(polegada quadrada)
0,1550
km
(quilometro
quadrado)
sq mi
(milhas quadrada)
0,3861
sq ft
(pés quadrado)
m2
(metro quadrado)
0,09290
sq in
(polegada quadrada)
cm2
(centímetro
quadrado)
6,452
sq mi
(milhas quadrada)
km2
(quilometro
quadrado)
2,590
sq yd
(jarda quadrada)
sq ft
(pés quadrado)
9,0
ÁREA
sq yd
(jarda quadrada)
m
(metro quadrado)
0,8361
MEDIDA SIMBOLO
CONVERTER
PARA
MULTIPLICAR
POR
cu ft
(pés cúbicos)
l
(litros)
28,32
gal
(galão EUA)
l
(litros)
3,785
l
(litros)
cu ft
(pés cúbico)
0,03531
l
(litros)
cu in
(polegada cúbica)
61,02
l
(litros)
m3
(metro cúbico)
0,001
l
(litros)
gal
(galão EUA)
0,2642
l
(litros)
pint
(pintos)
2,113
fl oz
(onças fluídas)
l
(litros)
0,02957
VOLUME
pint
(pintos)
l
(litros)
0,4732
Anotações
99
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
MEDIDA SIMBOLO
CONVERTER
PARA
MULTIPLICAR
POR
ft/s
(pés por segundo)
m/s
(metros por
segundo)
0,3048
km/h
(quilometro por hora)
mph
(milhas por hora)
0,6214
kt
(nós)
km/h
(quilometro por
hora)
1,8532
VELOCIDADE
mph
(milhas por hora)
km/h
(quilometro por
hora)
1,609
MEDIDA SIMBOLO
CONVERTER
PARA
MULTIPLICAR
POR
kg
(quilograma)
lb
(libras)
2,205
lb
(libras)
oz
(onças)
16
lb
(libras)
kg
(quilograma)
0,4536
oz
(onças)
lb
(libras)
0,0625
oz
(onças)
g
(grama)
28,349527
qtr
(quartos)
l
(litros)
0,9463
MASSA
&
PESO
qtr
(quartos)
gal
(galão EUA)
0,25
100
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
12
UNIDADE
ESTUDO DE RIGGING
Unidade Jacareí-SP
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade do curso, você aprenderá algumas das atividades
necessárias para realizar o estudo de rigging. Este estudo deve ser
realizado antes de qualquer movimentação de carga utilizando guindastes,
garantindo a segurança durante a operação bem como a qualidade do
serviço prestado.
OBJETIVOS
São objetivos desta unidade:
- Apresentar os conceitos sobre o estudo de rigging;
- Mostrar algumas das etapas necessárias para o estudo de rigging.
INTRODUÇÃO
A atividade relacionada à movimentação de cargas muitas vezes
exige a utilização de guindastes. A operação desse equipamento requer
estudos prévios para garantir que o içamento e movimentação das cargas
sejam realizados com segurança para a carga, para o operador e para os
demais trabalhadores do ambiente de operação. Um planejamento deve
ser desenvolvido previamente, antes de qualquer movimentação, e é
chamado de estudo de rigging.
DESENVOLVIMENTO
1. Estudo de Rigging
Estudo de Rigging corresponde ao conjunto de estudos
necessários para o planejamento da operação de içamento e
movimentação de carga. Tal atividade é desenvolvida por
profissionais qualificados, denominados RIGGER.
O profissional que realiza a operação de içamento e movimentação de
carga deve atender a alguns pré-requisitos mínimos. Vamos conhecer
alguns desses pré-requisitos buscados pelo mercado, sendo eles:
• No mínimo o Ensino Médio Completo;
• Desejável: engenheiro mecânico ou engenheiro operacional;
• Prática em cálculos numéricos (matemática, geometria,
trigonometria);
• Conhecimento de desenho técnico (mecânico, estrutura, civil,
instalações);
• Prática em leitura de manuais técnicos, principalmente de
guindastes.
Anotações
103
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
Anotações
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
__________________
Agora vamos conhecer algumas das atribuições de um RIGGER:
• Selecionar os equipamentos do guindaste;
• Planejar a operação;
• Configurar o guindaste;
• Elaborar plano de “rigging”;
• Compor a carga bruta;
• Calcular as amarrações;
• Especificar acessórios de amarração.
O conjunto de ações necessárias dentro de um estudo de
rigging faz parte de um documento conhecido como “Plano de
Rigging” ou “Plano de Movimentação de Cargas”. Esse plano
visa determinar o procedimento pelo qual se dará a
movimentação da carga.
O Plano de Rigging pode ser desenvolvido a partir de uma série de
questões, que respondidas adequadamente indicarão o caminho mais
propício a uma movimentação eficaz e segura. As principais questões são:
• Qual o peso da carga a ser içada?
• Quais são suas dimensões?
• A carga possui pontos de pega para o içamento?
• Qual o posicionamento da carga a ser içada em relação guindaste?
• Em que ambiente será feito o içamento e a movimentação da carga?
• Existem interferências entre a carga a ser içada e seu local de
descarregamento?
2. Etapas do Estudo de Rigging
O estudo de rigging se assemelha à fase de planejamento de uma obra.
Dessa forma, esse estudo contém uma série de etapas a serem
desenvolvidas que buscam otimizar custo e tempo nas atividades de
içamento de materiais. Vamos identificar as principais etapas que um plano
de Rigging apresenta.
2.1. Coleta de dados do projeto
A coleta de dados corresponde à primeira etapa do estudo de rigging. É
essa etapa que dá ao operador de guindastes subsídios para a escolha dos
equipamentos mais adequados a serem utilizados.
a) Estudo de carga
No estudo de carga é realizada uma análise dos tipos de carga a serem
operadas, bem como seu peso e dimensões. Desta maneira busca-se
conhecer, através de séries histórias, informações com relação à carga de
maior peso a ser movimentada, bem como a de maior dimensão.
104
OPERADOR
DE
GUINDASTES
Unidade Jacareí-SP
b) Estudo de movimentação e içamento de carga
O operador de guindaste deve conhecer o local onde ocorrerá a
movimentação da carga.
Esta etapa é extremamente importante, pois é nela que se avalia a
existência de espaço suficiente para manobra da carga, tanto na posição
horizontal e como na posição vertical. Ou seja, o operador deve
determinar o quanto de distância, altura e área de manobra ele dispõem
no local de movimentação das cargas.
2.2. Análise mecânica do equipamento
A segunda etapa do estudo de rigging corresponde à análise dos
equipamentos e acessórios dos guindastes disponíveis e que se
enquadram dentro das restrições já determinadas na etapa anterior.
Abaixo estão listadas algumas características que devem ser
consideradas no estudo dos equipamentos:
• Os equipamentos e acessórios devem ter peso próprio compatível
com o guindaste em que serão acoplados;
• Os equipamentos e acessórios devem ter dimensões tais que
permitam uma confortável movimentação dentro do espaço
destinado à movimentação;
• Os raios de manobra devem ser coerentes com os exigidos quando
o equipamento for solicitado para içamento da carga;
Os equipamentos e acessórios devem ser compatíveis com a máxima
carga a ser movimentada, bem como com as suas dimensões e
características.
2.3. Definição do equipamento a ser utilizado
A escolha do tipo de guindaste a ser instalada em cada situação deve
atender a uma série de requisitos básicos, além de demandar atenção
especial a pequenos detalhes.
Definido o tipo de guindaste para o içamento e movimentação das
cargas, deve-se determinar a capacidade de carga limite aplicada a todo o
equipamento, ou seja, a maior capacidade de carga a que o guindaste
estará submetido quando estiver operando na situação mais desfavorável
prevista pelo plano de içamento e movimentação de carga. Esta definição
deve estar dentro dos padrões de segurança. Seguir estas recomendações
garante segurança ao operador, à carga e ao próprio equipamento.
Anotações
105
OPERADOR
DE
GUINDASTE
Unidade Jacareí-SP
13
UNIDADE
SINALIZAÇÃO
NBR 11436
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11
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Normas de Segurança para Operação de Guindastes (NR-11

  • 1. Anotações Qualiicação para Operador de Guindaste 1 O P E R A D O R D E G U I N D A S T E c a d e r n o d o a l u n o
  • 2.
  • 3. Unidade Operacional Jacareí-SP Caderno do Aluno OPERADOR DE GUINDASTE Modalidade Presencial 04/2011 Fale com o SEST/SENAT 0800.7282891 www.sestsenat.org.br Elaboração: Prof. Erik Cabrini Abrão Curso para capacitação de Operadores de Guindastes de acordo com a determinação da Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 e Norma Regulamentadora 11.
  • 4.
  • 5. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Meios de elevação, como Guindastes, facilitam a movimentação de cargas. Através deles podemos reduzir muito nosso trabalho braçal. Porém, deveremos usar mais a cabeça, para que não ocorram riscos. Este passo é o nosso objetivo maior, a realização de um treinamento que venha orientar o operador quanto ao manuseio de elevação e movimentação de cargas dentro dos conceitos de segurança operacional. Como resultado do presente treinamento, buscamos aperfeiçoar tecnicamente o profissional responsável pela operação de Guindaste, oferecendo assim, uma qualidade sempre maior no serviço apresentado. Desta forma o SEST/SENAT criou este programa de treinamento que objetiva capacitar e reciclar profissionais de acordo com o que determina a Portaria 3214 de 08/06/1978 e a NR-11. GRADE DO CONTEÚDO Unidades Carga Horária Capacitação de Operadores de Guindaste 40 h/a
  • 7. Unidade Jacareí-SP ÍNDICE Unidade 1 – História dos Guindastes......................................................................... 7 Unidade 2 – Norma Regulamentadora 11 ................................................................. 13 Unidade 3 – AET – Autorização Especial de Trânsito.................................................. 17 Unidade 4 – Tipos de Guindastes .............................................................................. 21 Unidade 5 – Partes e Componentes de Guindastes.................................................... 31 Unidade 6 – Inspeção Pré-Operacional do Guindaste................................................. 55 Unidade 7 – Estabilização ou Patolamento................................................................ 61 Unidade 8 – Tabela de Carga..................................................................................... 65 Unidade 9 – Acessórios de Içamento e Movimentação.............................................. 81 Unidade 10 – Regras de Segurança na Movimentação............................................... 89 Unidade 11 – Unidades de Medida............................................................................ 97 Unidade 12 – Estudo de Rigging................................................................................. 101 Unidade 13 – Sinalização NBR 11436......................................................................... 107 Unidade 14 – Atendimento ao Cliente....................................................................... 111 Bibliografia............................................................................................................... 114
  • 11. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta primeira unidade apresentaremos alguns aspectos históricos dos guindastes e algumas características construtivas que tornaram esses equipamentos o que eles são atualmente, e essenciais para movimentação de carga em portos, na construção civil, armazéns, dentre outros locais. Com isso, serão identificadas algumas características específicas desse equipamento, que apresenta importante participação na movimentação de cargas dentro das cadeias logísticas. OBJETIVOS Os objetivos desta unidade são: • Apresentar aspectos históricos dos guindastes; • Mostrar alguns aspectos construtivos importantes dos guindastes; • Conhecer alguns atributos básicos dos guindastes. INTRODUÇÃO Os guindastes são equipamentos antigos, que surgiram em função da necessidade de deslocamento de grandes massas e em grandes alturas. Tais equipamentos tornaram-se imprescindíveis nas atividades atuais de movimentação de cargas, sejam em portos, armazéns, ou até mesmo na construção civil. Conhecer parte da história evolutiva desse equipamento permite identificar a importância que o mesmo teve e possui até hoje, bem como, entender o que ele se tornou na atualidade. DESENVOLVIMENTO O guindaste é provavelmente invenção grega ou romana, da qual não existem registros anteriores ao século I a.C. Os grandes monumentos de pedra anteriores a essa época - as pirâmides do Egito, por exemplo - foram edificados sem auxílio de nenhum mecanismo de suspensão. A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos guindastes descritos compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base. Anotações 9 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 12. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito. Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a maioria desses problemas. A força humana - utilizada para fazer funcionar o molinete - permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor. O funcionamento de um guindaste depende de uma relação matemática entre a força utilizável no cabo de aço e o ângulo em que se encontra o material a ser erguido. A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina, subordinam-se sempre a essa relação matemática. Os primeiros registros de uso de guindastes remontam do século I ou II conforme mostra um relevo em pedra encontrado em um túmulo em Roma, datado deste período, onde se vê um guindaste sendo usado para construir um monumento. Durante a Idade Média os guindastes foram utilizados para construir as grandes catedrais da Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das paredes ou muralhas enquanto estas eram construídas. Para içar os materiais era utilizada a força de homens que giravam duas grandes rodas uma de cada lado do guindaste. Os guindastes neste período também começaram a ser utilizados em alguns portos medievais. Com uma ampla gama de aplicações para este tipo de equipamento, os guindastes acabaram adquirindo características especificas e sendo divididos em grupos especializados O tipo mais comum de guindaste consiste em uma torre treliçada de aço ou em uma torre telescópica montada em uma plataforma móvel, que pode ser constituída de trilhos, rodas, acoplados a caminhões ou ainda sobre esteiras. A base da torre é articulada, e pode ser suspendida e abaixada por cabos ou ainda por cilindros hidráulicos. Um gancho no topo da torre é suspenso por cabos e polias. 10 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 13. Unidade Jacareí-SP Os cabos são movimentados através de motores que operam com uma variedade de tipos de transmissões. Os motores podem ser a vapor, elétricos, ou ainda de combustão interna (IC). Enquanto que com relação à transmissão esta costuma ser à base de embreagens principalmente em equipamentos mais antigos. Recentemente este padrão começou a ser modificado com o uso de motores de combustão interna que permitem combinar a característica dos motores de vapor "torque máximo em velocidade zero" pela adição de um elemento hidráulico, criando com isso um bom controle de torque. As vantagens operacionais deste arranjo são conseguidas através do controle eletrônico de movimentação hidráulica. Alguns modelos de guindaste que utilizam esta tecnologia podem ser convertidos em guindastes de demolição adicionando-se uma esfera de demolição, ou em escavadeiras adicionando uma pá carregadeira, embora alguns detalhes de projeto possam vir a limitar sua eficácia. Anotações 11 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 16.
  • 17. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nessa unidade do curso, serão apresentados os conceitos legais que envolvem a atividade de movimentação de carga utilizando Guindastes. OBJETIVOS Os objetivos dessa unidade são: - Apresentar a Norma Regulantadora NR-11. - Identificar as responsabilidades e competências do Profissional. INTRODUÇÃO Ao longo dessa unidade vamos entender melhor sobre a função do Operador de Guindaste. Vale lembrar que essa função é fundamental para uma movimentação de carga de forma segura e com qualidade. DESENVOLVIMENTO NR- 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. 11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. 11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. 11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes- rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. 11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. Anotações 15 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 18. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. 11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança. 11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. 11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. 11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. 11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina). 11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. 11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. 11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. CONCLUSÃO Nessa unidade podemos ter uma visão ampla sobre as responsabilidades do Operador, da Empresa e do pessoal envolvido com a movimentação de carga com o uso de um Guindaste ou qualquer outro equipamento destinado a esse fim. 16 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 19. Unidade Jacareí-SP 3 UNIDADE AET – AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO
  • 21. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nessa primeira unidade do curso, serão apresentados os conceitos legais que envolvem o trânsito de Guindastes auto-propelidos em vias públicas OBJETIVOS Os objetivos dessa unidade são: - Apresentar a AET – Autorização Especial de Trânsito. INTRODUÇÃO Ao longo dessa unidade vamos entender melhor a AET e conferir os requisitos para conduzir um Guindaste em vias públicas. DESENVOLVIMENTO Os guindastes auto-propelidos precisam portar uma AET para trafegar em vias públicas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, no artigo 101, e de acordo com a resolução 12/98 do CONTRAN, que dispões dos limites máximos de peso, altura, largura e comprimento dos veÄculos. Importante lembrar que cada estado brasileiro possui normatização própria quando a circulação de guindastes em rodovias e vias urbanas. • Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. • § 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. • § 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros. • § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. Anotações 19 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 22. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Validade da AET 6 meses - para guindastes com PBT < 45t 3 meses - para guindastes com 45 < PBT < 60 1 mês - para guindastes com PBT > 60t Batedores credenciados para guindastes com PBT > 60t Escolta policial para guindastes com PBT > 80t Laudo Técnico de Vistoria para guindastes com PBT > 60t Horário de Circulação Do amanhecer ao pôr do Sol Velocidade Máxima de 60Km/h • Para realização de trabalhos em vias públicas, é necessário autorização do orgão com circunscrição sobre a via, sinalização de segurança, orientação da polícia militar ou agentes de trânsito municipal. • Antes de atravessar sobre pontes, certifique-se de que ela suporta carga superior ao peso do guindaste. • Em passagens estreitas, certifique-se de que as dimensões externas do guindaste são menores que os alertas de “Largura Máxima e Altura Máxima”. 20 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 24.
  • 25. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da atividade de içamento e movimentação de carga. OBJETIVOS - Apresentar alguns dos diferentes tipos de equipamentos utilizados como componentes auxiliares dos guindastes. INTRODUÇÃO O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade de todo o processo. Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer esses equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização a fim de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades. DESENVOLVIMENTO 1 – GUINDASTES SOBRE TRILHOS Os Guindaste sobre trilhos são utilizados em ferrovias para manutenção de locomotivas, remoção de equipamentos em caso de acidentes, trabalhos em túneis ferroviários, etc. Também são bastante utilizados em portos, instalados em pórticos para transporte de cargas e conteiners. Anotações 23 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 26. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 2 – GUINDASTES RT (ROUGH TERRAIN = TERRENO ACIDENTADO) Os Guindastes RT são equipamentos projetados para trabalhar em terrenos acidentados. Possuem pneus tipo trator que se adaptam a muitas irregularidades dos terrenos. O guindaste RT tem características próprias que o tornam bastante versáteis, pois: - Circulam em terrenos acidentados e sem pavimentação. Em termos técnicos, serve para operações fora-de-estrada (off-road). - Trabalham em áreas de acesso difícil, por que possui sistemas de direção hidráulica nas rodas dianteiras e traseiras: Realiza manobras em pequeno espaço. - Movimentam-se com carga suspensa no gancho. Não podem circular em rodovias. 24 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 27. Unidade Jacareí-SP 3 – GUINDASTES AT (ALL TERRAIN = TODO TERRENO) Guindaste AT permitem acesso a diversas condições de terreno graças a sustentação dos eixos tandem pneumáticos. Em relação aos Guingastes Truck Crane, a diferença é que não se pode remover o sistema de içamento do veículo. 4 – GUINDASTES TC (TRUCK CRANE = GUINDASTE CAMINHÃO) Guindaste TC são montados sobre caminhões previamente preparados com reforços de chassi, suspensão e câmbio. Utiliza-se a estrutura do chassi para montar a mesa do sistema de içamento e o sistema de patolamento. Anotações 25 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 28. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 5 – GUINDASTES UNIVERSAL DE TORRE (TIPO GRUA) Guindastes tipo grua são empregados principalmente na construção civil. São fixados sobre uma base normalmente de concreto armado para sustentação. Apesar de grande, em geral, possuem pequena capacidade de carga, mas grande rapidez e mobilidade na obra. 6 – GUINDASTES SOBRE LAGARTA (ESTEIRA) Guindastes sobre esteiras são os únicos tipos de guindastes que podem se locomover com a carga, mas mesmo com essa habilidade, na maioria das atividades devem estar devidamente patolados. 26 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 29. Unidade Jacareí-SP 7 – GUIDASTE DE PLATAFORMA Guindaste montado sobre plataforma marítima, empregado na construção naval e na indústria petrolífera para montagem de plataforma de extração de petróleo. 8 – GUINDASTES MARÍTIMO ou GUINDASTES FLUTUANTES Guindastes marítimos ou flutuantes são empregados principalmente na indústria de construção civil para montagem de pontes. Mas também são empregados no auxílio a embarcações encalhadas ou recuperação de embarcações naufragadas. Anotações 27 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 30. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 9 – GUINDASTES AIR-CRANE (AÉREO) Guindastes air-crane são equipamentos guindastes projetados em helicópteros. São muito utilizados na montagem de torres, principalmente em locais de difícil acesso para guindastes TC ou AT. Alguns países utilizam para auxiliar no combate a incêndios florestais. 28 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 31. Unidade Jacareí-SP 10 – GUINDASTE SOBRE TRILHOS SUSPENSOS (PONTE ROLANTE) Guindastes montados sobre trilhos suspensos, conhecidos também como Pontes Rolantes, são equipamentos montados e fixados sobre as vigas de uma construção e são utilizados somente em trabalhos pré- programados. Muito utilizados na indústria siderúrgica, metalúrgica, aeronáutica e outras que exijam a movimentação vertical e horizontal dentro do prédio. São encontradas com operação em cabine ou controles de solo do tipo botoeiras, ligados por fio ou rádio-frequência. MARCAS DE GUINDASTES: - Americanas: American, Bantan, Clark, Gallion, Grove, Link-Belt, Manitowoc, National Crane, Pettibone, P&H, Terex. - Européias: Demag, Thyssen Krupp e Liebherr (alemãs), Luna (espanhola) e Palfinger (austríaca). - Brasileiras: Madal / Palfinger (Caxias do Sul-RS) - Chinesas: XCMG, Zoomlion, Sany Crane. Anotações 29 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 32.
  • 33. Unidade Jacareí-SP 5 UNIDADE PARTES E COMPONENTES DOS GUINDASTES
  • 34.
  • 35. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da atividade de içamento e movimentação de carga. OBJETIVOS O objetivo desta unidade é apresentar alguns dos diferentes tipos de equipamentos utilizados como componentes auxiliares dos guindastes. INTRODUÇÃO O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade de todo o processo. Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer esses equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização a fim de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades. DESENVOLVIMENTO Quando nos referimos as partes de um guindaste, temos que separar os componentes em: Componentes Universais e Componentes de Características. 1 – COMPONENTES UNIVERSAIS Os Componentes Universais são aqueles que todo guindaste possui, pois são de vital importância para seu funcionamento. • Cabos de aço; • Moitão e Bola-peso; • Polias ou Roldanas; • Lança; • Contra peso; • Guincho; • Outriggers ou Patolas • Tomada de Força • Engrenagem Rotex Anotações 33 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 36. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.1 – CABOS DE AÇO 1.1.1 – HISTÓRIA DOS CABOS DE AÇO Os cabos assim como outras invenções, já eram conhecidos em tempos remotos, nas escavações feitas em Nínive, foram encontrados arames de ouro que por suas formas presume-se se tratar de cordões. Nas escavações de Pompéia, foi encontrado um cabo de Bronze de 4,5 metros de comprimento, composto de três cordões de 19 fios. Na Índia e China, foram utilizados cabos primitivos de fibras vegetais, para cruzar rios, menciona-se ainda que 1500 anos a.C. os chineses já utilizavam cordões de arames. No ano de 1500, Leonardo da Vinci mencionou um monta-cargas de cabos de arames de ferro. Os arames pela primeira vez foram recozidos, com o objetivo de diminuir a dureza e trabalhar melhor a frio. Já no ano de 1644, os cabos são utilizados para levantamento de cargas nas construções de fortalezas. Em 1818 na Alemanha, foram empregados cabos para levantar grandes cargas em trabalhos de mineração, doze anos depois na Inglaterra, iniciava- se a fabricação de cabos de arames para exploração de minérios. Nessa época começa a evolução rápida dos cabos de arame. Na Alemanha foi utilizado com êxito em um poço de mina, um cabo com 18 mm de diâmetro, 600 metros de comprimento, composto por 3 cordões de 4 arames, de 4,5 mm de diâmetro, e com resistência de 40 Kgf/mm2 . Já em 1840 aparecem os cabos de 6 cordões (pernas) com alma têxtil e também com torções definidas. Em 1854 o inglês James Horsfall, fabricou arames patenteados. O processo consiste em passar os arames em um forno de alta temperatura (1050 ºC aproximadamente) e esfriar rapidamente em banho de chumbo fundido (480 ºC aproximadamente). Este processo deu origem a uma estrutura cristalina especial, que permitiu trefilar bitolas finas, obtendo-se excelentes características de resistência e flexibilidade. A forma primitiva de fabricação dos cabos em instalações de cablear a mão, impedia o seu rápido aperfeiçoamento, em 1860 na Alemanha aparecia a primeira cableadora mecânica, mas só em 1880 essas máquinas apareciam no mercado e a indústria de cabos iniciava sua fase de crescimento. A partir daí, utiliza-se cada vez mais arames de aço com resistência de 80, 120, e 200 Kgf/mm2 , podendo-se hoje produzir arames com até 300 Kgf/mm2 que são utilizados nas indústrias aeronáuticas e de instrumentos musicais. Com a melhoria da qualidade dos arames, aumentou-se também a segurança dos cabos. Uma das primeiras instalações de grande porte com cabos de aço para transporte de pessoas é o conhecido BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR da cidade do Rio de Janeiro, construído em 1913 e em funcionamento até hoje (sem acidentes). Mediante a utilização de cabos de aço, consegue-se instalações de pouco espaço com possibilidades de levantar grandes cargas de forma econômica. 34 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 37. Unidade Jacareí-SP Como em outros ramos, uma guerra causou seu rápido desenvolvimento. Um dos maiores usos bélicos de cabos de aço ocorreu em 1919 durante a Primeira Guerra Mundial. Num esforço para conter ataques dos submarinos aos navios, foi decidida a colocação de 70.000 minas no Mar do Norte, entre a Inglaterra e a Noruega, bloqueando com eficiência o acesso dos submarinos ao Oceano Atlântico. O campo minado teria um comprimento médio de 370 km (230 milhas) e uma largura média de 40 km (25 milhas). Termos como “impossível” e “idiota” foram liberalmente associados ao esquema. Apesar disso, o projeto foi aprovado e a indústria do cabo de aço foi convocada para entregar 24.300 km (80 milhões de pés) para o projeto do Mar do Norte e mais de 61.000 km (200 milhões de pés) para o esforço de guerra. Os novos cabos de alta resistência exigiram mais pesquisa e aumento de produção a valores recordes. Um novo processo chamado galvanização, foi aplicados nos cabos para auxiliá-los a suportar a ação do sal e as condições submarinas agressivas. 1.1.2 – DEFINIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos entre si e estirados constituídos de três partes: arame, perna e alma. Os arames são esticados a frio e enrolados entre si formando as pernas. As pernas são enroladas em volta de um núcleo (alma) formando o cabo de aço. As pernas do cabo de aço podem ser fabricadas em uma, duas ou mais composições. Antigamente, as composições envolviam várias operações com arames de mesmo diâmetro, tais como: 1 + 6/12 (2 operações) ou 1 + 6/12/18 (3 operações). Assim eram torcidos primeiramente 6 arames em volta de um arame central. Posteriormente, em nova passagem, o núcleo 1+6 era coberto com 12 arames. Essa nova camada tem por força um passo (distância em que o arame dá uma volta completa) diferente do passo do núcleo, ocasionando um cruzamento com arames internos, e o mesmo se repete com a cobertura dos 18 arames para a fabricação de pernas de 37 arames. Com o aperfeiçoamento das máquinas, foi possível fabricar cabos com uma única operação, sendo todas as camadas no mesmo passo. Assim surgiram as composições “Seale”, “Filler” e “Warrington”, formadas de arames de diferentes diâmetros. Composição SEALE: Possui pelo menos duas camadas adjacentes com o mesmo número de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem alta resistência ao desgaste, mas possuem diâmetros diferentes da camada adjacente. Anotações 35 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 38. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.1.3 – ALMAS Exceto os cabos denominados “compactos”, que não possuem alma, os cabos de aço possuem diferentes tipos de almas, que servem para apoiar as pernas, evitando contato forçado entre elas quando o mesmo é tracionado ou tensionado. As almas podem ser de fibras (naturais ou artificiais) ou de aço. As almas de fibras em geral, dão maior flexibilidade ao cabo de aço, oferecem apoio macio as pernas, são mais leves e mais baratos. Outra vantagem das almas de fibra é que normalmente o cabo é engraxado. Assim, quando o cabo trabalha, “aperta” a alma que solta parte da graxa e lubrifica o cabo de dentro pra fora. Almas de aço são usadas somente em locais de temperatura eleva, cabos estáticos ou se o projeto de movimentação assim o exigir. Composição FILLER: Possui arames principais e arames finos que servem de preenchimento para melhor acomodação dos outros arames. Os arames de enchimento não estão sujeitos as especificações que os arames principais devem satisfazer. Tem boa resistência ao desgaste e a fadiga e alta resistência ao amassamentos. Composição WARRINGTON: Possui pelo menos uma camada de arames de dois diâmetros diferentes e alternados. Possui boa resistência ao desgaste e boa resistência a fadiga. Composição Warrington-Seale: Possui as principais características da composição Warrington e da composição Seale, proporcio- nando ao cabo alta resistência a abrasão (desgaste por atrito) conjugado com alta resistência à fadiga de flexão. 36 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 39. Unidade Jacareí-SP - ALMAS DE FIBRAS NATURAIS (AF): Podem ser de sisal (cânhamo), algodão, rami ou juta. A grande maioria dos cabos de aço é fabricada com sisal, que é 100% brasileiro e mostrou-se mais firme, duradouro e absorvente que as outras fibras. - ALMAS DE FIBRAS ARTIFICIAIS (AFA): podem ser de polipropileno (PP), polietileno (PE), nylon (PA) e raramente de poliéster. Por serem mais caras, as almas de fibras artificiais são usadas somente em cabos finos. - ALMA DE AÇO (AA): Almas AA são formadas por uma perna de cabo, garantem maior resistência ao amassamento e aumenta a resistência à tração em cerca de 7%. - ALMA DE AÇO COM CABO INDEPENDENTE (AACI): são formadas por outro cabo de aço independente, o que dá ao cabo de aço maior flexibilidade e alta resistência. 1.1.4 – TORÇÃO Os arames, para virarem cabo, têm que ser torcidos em máquinas especiais chamadas torcedeiras ou cableadoras. Dependendo do lado que se deixa as máquinas girarem, as pernas saem à esquerda ou à direita. Os cabos de aço, por padrão, possuem torção sempre à Direita (Z). Somente se usa torção à esquerda (S) em pares com cabos à direita em guindaste que precisam de grandes lances de cabos ou em equipamentos de perfuração de poços artesianos ou exploração de petróleo. As torções podem ser Regular ou Lang. - TORÇÃO REGULAR: os cabos de torção regular ou cruzada têm os arames torcidos para um lado e as pernas para outro. - TORÇÃO LANG: os cabos de torção Lang têm os arames e as pernas torcidos para o mesmo lado. Carga de Ruptura ou Ponto de Ruptura: tensão máxima a que um cabo pode ser submetido até que haja o rompimento do cabo. Passo: distância que um arame ou perna percorre até chegar ao mesmo lugar na circunferência. Os cabos de passos largos têm maior ponto de ruptura. Já os cabos de passos curtos têm menor ponto de ruptura. Anotações 37 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 40. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.1.5 – ACABAMENTO Os cabos podem ser polidos, galvanizados (zinco) ou inoxidável. Os cabos polidos necessitam ser engraxados com certa frequência a fim de se evitar a oxidação. Vantagens do engraxamento: - Minimizar o desgaste - Reduzir o atrito - Minimizar o acúmulo de poeira - Impedir a oxidação - Absorver o calor gerado pelo atrito - Melhorar a transmissão de potência. 1.1.7 – FATOR DE SEGURANÇA O uso de fatores de segurança (FS) permite que se tenha garantia de dispor da capacidade adequada ao serviço a ser feito, durante toda a vida do cabo. Os critérios para o estabelecimento dos fatores de segurança envolvem o tipo de serviço, o projeto do equipamento e as consequências da falha. APLICAÇÕES FATORES DE SEGURANÇA CABOS E CORDOALHAS ESTÁTICAS 3 A 4 CABO PARA TRAÇÃO NO SENTIDO HORIZONTAL 4 A 5 GUINCHOS, GUINDASTES, ESCAVADEIRAS 5 PONTES ROLANTES 6 A 8 TALHAS ELÉTRICAS E OUTRAS 7 GUINDASTES ESTACIONÁRIOS 6 A 8 LAÇOS 5 A 6 ELEVADORES DE OBRA 8 A 10 ELEVADORES DE PASSAGEIROS 12 1.1.7 – DIÂMETRO Para dimensionarmos qual deve ser o diâmetro do cabo de aço para transportar uma determinada carga devemos sempre utilizar o fator de segurança da tabela acima em função do seu tipo de serviço. 38 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 41. Unidade Jacareí-SP Diâmetro Peso em Kg por Metro Linear Cargas de Ruptura - Resistência 180/200 Kg/mm² (I.P.S) em KGF 6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 Polegada mm AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI 1/16" 1,60 0,012 0,013 176 190 5/64" 2,00 0,014 0,015 240 259 3/32" 2,40 0,019 0,021 340 365 1/8" 3,20 0,034 0,037 0,039 0,043 600 646 620 660 5/32" 4,00 0,055 0,061 959 1040 3/16" 4,80 0,078 0,086 0,088 0,097 1347 1449 1398 1500 1/4" 6,40 0,140 0,154 0,156 0,172 2388 2571 2480 2663 5/16" 8,00 0,221 0,244 0,244 0,268 3837 4153 3867 4153 3/8" 9,50 0,310 0,341 0,351 0,390 5316 5714 5531 5949 7/16" 11,50 0,430 0,473 0,780 0,520 7194 7735 7510 8061 1/2" 13,00 0,570 0,627 0,630 0,680 9347 10051 9714 10408 9/16" 14,50 0,710 0,781 0,790 0,880 11837 12755 12245 13163 5/8" 16,00 0,880 0,968 0,980 1,071 14388 15510 15204 16224 3/4" 19,00 1,250 1,380 1,410 1,548 20612 22143 21633 23265 7/8" 22,00 1,919 2,113 29184 31428 1" 26,00 2,500 2,753 37959 40714 1.1/8" 29,00 3,170 3,480 47755 51326 1.1/4" 32,00 3,913 4,300 58673 62959 Exemplo: para se transportar uma carga de 1000Kg, utilizaremos as duas tabelas para determinar o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado. A fórmula é simples: Carga Real = Carga X Fator de Segurança. Então: Carga Real = 1000Kg X 5, onde 1000kg é o peso da carga e 5 é o fator de segurança para guindastes. Carga Real = 5000Kg. Na Tabela de Diâmetros acima, vemos que o cabo que atende melhor as especificações para um guindaste é o cabo de 3/8”, pois possui a carga de ruptura de 5531Kg, ou seja, acima da carga real que precisamos transportar. 1.1.8 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO Material do fio Resistência à tração (N/mm2) Resistência à tração (Kgf/mm2) Aço comum (iron) 600 61,2 Aço para tração (traction Steel) 1200 a 1400 122 a 142 Aço M.P.S. ( Mild Plow Steel = aço arado leve) 1400 a 1600 142 a 163 Aço P.S. (Plow Steel = aço leve) 1600 a 1800 163 a 183 Aço I.P.S. (Improved Plow Steel = aço leve melhorado) 1800 a 2000 183 a 203 Aço E.I.P.S. (Extra I.P.S.) 2000 a 2300 203 a 234 Anotações 39 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 42. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.1.8 – CLASSIFICAÇÕES Aplicação Cabo ideal Pontes rolantes 6 x 41 Warrington Seale + AF (cargas frias) ou AACI (cargas quentes), torção regular, performado, IPS, polido Monta-carga (guincho de obra) 6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido Perfuração por percussão 6 x 19 Seale + AFA (alma de fibra artificial), torção regular à esquerda, IPS, polido Cabo trator teleférico 6 x 19 Seale + AF, torção lang, IPS, polido Elevadores de passageiros 8 x 19 Seale + AF, torção regular, traction steel, polido Pesca 6 x 19 Seale + AFA e 6 x 7 + AFA, torção regular, galvanizado, IPS Guindastes e gruas 6 x 25 Filler + AACI ou 19 x 7, torção regular, EIPS, polido Laços para uso geral 6 x 25 Filler + AF ou AACI, ou 6 x 41 Warrington Seale + AF ou AACI, polido Bate-estacas 6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido 1.1.8 – INSPEÇÃO Os cabos de aço quando em serviço, devem ser inspecionados periodicamente, a fim de que a sua substituição seja determinada sem que seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma inspeção correta, compreende algumas observações. Número de arames rompidos: Deve - se notar o número de arames rompidos em 1 passo ou em 5 passos do cabo. Observar se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas pernas apenas. Neste caso há o perigo dessas pernas se romperem antes do cabo. É importante também observar a "localização das rupturas, se são externas, internas ou no contato entre as pernas. LIMITES DE FIOS PARTIDOS 1 PASSO 1 PERNA CABOS DE USO GERAL 6 FIOS 2 FIOS CABOS ESTÁTICOS 3 FIOS 2 FIOS 40 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 43. Unidade Jacareí-SP Arames gastos por abrasão: Mesmo que os arames não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste tal, que diminua consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios externos e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar periodicamente o coeficiente de segurança, para que este não atinja um mínimo perigoso. DIÂMETRO DO CABO REDUÇÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL EM RELAÇÃO AO DIÂMETRO DO CABO Até 8 mm (5/16”) 0,4 mm Acima de 8 mm até 13 mm (1/2”) 0,8 mm Acima de 13 mm até 19mm (3/4") 1,2 mm Acima de 19 até 29 mm (1.1/8”) 1,6 mm Acima de 29 mm até 38 mm (1.1/2”) 2,4 mm Corrosão: Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não está sofrendo corrosão. É conveniente também uma verificação do diâmetro do cabo em toda sua extensão, para investigar qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta redução pode ser devida à decomposição da alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando que não há mais lubrificação interna no cabo, e consequentemente poderá existir também uma corrosão interna no mesmo. A corrosão interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que se manifeste exteriormente. Anotações 41 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 44. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo, principalmente às fixações. 1.2 – MOITÃO OU GATO e BOLA-PESO Moitão é uma caixa de roldanas fixadas com o cabo de aço, ligadas por um eixo onde o gancho é fixado. O Gancho pó girar 360º ou ser fixado através de um pino antigiro. O pino antigiro só deve ser usado quando a carga possuir um sistema que não a permita girar, caso contrário, se a carga girar, girará também os cabos de aço. O Gancho também possui uma lingueta que impede as alças das lingadas de se soltarem durante o içamento e o transporte da carga. Quando maior a capacidade do moitão, maior será a quantidade de roldanas. Bola-peso, também denominada de moitão secundário, a bola peso possui uma esfera metálica que trabalha como peso na linha auxiliar, criando uma tensão no cabo. MOITÃO DUPLO MOITÃO TRIPLO BOLA-PESO 42 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 45. Unidade Jacareí-SP 1.3 – POLIAS OU ROLDANAS Polia ou roldana , consta de um disco que pode girar em torno de um eixo que passa por seu centro. Além disso, na periferia desse disco existe um sulco, denominado gola, dentro da qual trabalha um cabo de aço de transmissão de movimento. As polias, quanto ao modo de operação, classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas (ponta da lança) os mancais de seus eixos permanecem em repouso em relação ao suporte onde foram fixados. Nas móveis (moitão) tais mancais se movimentam juntamente com a carga que está sendo deslocada pela máquina. Na polia fixa a potência P é igual à resistência Q. Na polia móvel a potência P é a metade da resistência Q. Numa associação de n roldanas móveis, a potência será igual a (Q/2)xn . Um conjunto de roldanas ou polias associadas a uma mesma peça e girando independentemente constitui um cadernal. Imagine que você tenha um peso total de 45 kg suspenso por uma corda, como mostrado abaixo: Na figura ao lado, para suspender este peso é preciso aplicar uma força dirigida para cima de 45 kg na corda. Se esta corda tiver 30 metros (cerca de 100 pés) de comprimento e o seu objetivo for levantar este peso até uma altura de 30 metros, será preciso puxar a corda até esta altura. Isso é bastante simples e óbvio. Agora, imagine que você acrescente uma polia ao conjunto: Isso muda alguma coisa? Na verdade, não. A única mudança é a direção da força necessária para que o peso seja levantado. Ainda será necessário aplicar 45 kg de força para manter esse peso erguido e puxar os 30 metros da corda para alcançar essa mesma altura. A próxima figura mostra como ficaria a disposição após a adição de uma segunda polia: Anotações 43 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 46. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Essa nova disposição provoca mudanças significativas. Como você pode ver, o peso agora está suspenso por 2 polias. Com isso, o peso total é dividido entre elas, ou seja, cada uma delas suporta apenas metade do peso total, ou 22,75 kg. Nesse caso, se você quiser manter este peso suspenso no ar, precisará aplicar apenas os 22,75 kg de força (o suporte no teto aplicará a metade restante da força na outra extremidade da corda). Se quiser erguer esse peso por 30 metros, precisará puxar um comprimento de corda duas vezes maior que o comprimento necessário no sistema anterior, ou seja, 60 metros nesse caso. Isso demonstra uma relação entre força e distância. A força necessária diminuiu pela metade, enquanto o comprimento da corda dobrou. O diagrama seguinte adiciona uma terceira e uma quarta polia ao conjunto: Nesse caso, a polia ligada ao peso é formada, na verdade, por 2 polias diferentes montadas no mesmo eixo, como mostrado à direita. Esse arranjo reduz novamente a força pela metade e dobra a distância necessária. Logo, para manter o peso suspenso no ar, é necessário aplicar uma força de apenas 11,375 kg. Para levantá-lo 30 metros, são necessários 120 metros de corda. O sistema de roldanas pode conter tantas polias quanto desejado. No entanto, com um número de polias muito grande o atrito no eixo dessas polias começa a se tornar uma fonte de resistência significativa. 44 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 47. Unidade Jacareí-SP O sistema de polias e passadas de cabos de aço utilizadas em um guindaste são idênticas ao exemplo mostrado. Quanto maior for o peso a ser levantando, maior será a quantidade de roldanas da lança e do moitão utilizadas. Entretanto, quanto maior for a quantidade de passadas, mais lento será o levantamento, tendo em vista que a quantidade de metros do cabo também será maior. Quanto menor for o peso da carga, menos passadas serão necessárias, o que torna o içamento mais rápido também. A vida útil de um cabo de aço também depende diretamente do bom estado e perfeito funcionamento das polias. Com o uso constante, o cabo tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o cabo provoca um desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do cabo, maior o desgaste irregular da polia, provocando assim um sulco de diâmetro inferior ao recomendado. Quando um cabo novo é colocado na polia danificada, este passa a não assentar perfeitamente no canal, provocando amassamentos e desgaste por abrasão prematuros, que diminuirão sua durabilidade. Por tudo isso, procure verificar as polias com cuidado de tempos em tempos, e retifique aquelas que estiverem com problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, a melhor opção é substituí-lo por uma nova. O uso de um gabarito de polias facilita identificação destes problemas. 1.4 – LANÇA 1.4.1 – LANÇA TRELIÇADA Lanças Treliçadas são constituídas por grandes longarinas de aço entrelaçadas. Apresentam maior capacidade de carga, uma vez que sua estrutura é mais leve. Por serem de grandes comprimentos, demandam maior tempo e custo operacional de transporte, montagem, desmontagem e mudança no comprimento da lança, além de estar exposta a maior probabilidade de danos. Anotações 45 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 48. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.4.2 – LANÇA TELESCÓPICA Lanças Telescópicas são constituídas por mecanismos que permitem estender e encolher a lança até o comprimento ou altura desejados. Por serem mais pesadas, têm sua capacidade de carga reduzida em relação a lança treliçada. Entretanto, possuem facilidade e rapidez na montagem, desmontagem e transporte, além de sofrer menos riscos de danos no transporte e manuseio. 1.4.3 – JIB É um acessório auxiliar montado na ponta da lança ou extensão. Esse equipamento permite formar ângulos em relação à lança (é chamado Ângulo Off-Set). Os JIB’s facilitam a colocação de cargas em locais fechados ou em situações onde necessita uma lança maior. Sua capacidade geralmente está limitada pela sua resistência estrutural. Eles podem conter uma extensão, que é um acessório que permite aumentar o seu comprimento. 1.4.4 – MASTRO Os mastros são lanças secundárias normalmente instaladas em guindastes estacionários ou sobre esteiras e têm como principal finalidade aumentar a distância do centro de gravidade e a capacidade do guindaste, com o uso de um contra-peso adicional. Seu uso só é permitido com autorização por escrito do fabricante, mediante apresentação de projeto detalhado, justificando seu uso. Mastros não deve ser confundidos com lanças, uma vez que sua estrutura não permite levantar cargas. 46 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 49. Unidade Jacareí-SP 1.4.5 – LUFING O Lufing é uma estrutura montada na ponta da lança para permitir a movimentação horizontal da carga mantendo a mesma altura. É muito utilizada, por exemplo, na montagem de estruturas de viaduto ou estruturas pré-moldadas de grande peso e volume. Exigem que seja adicionado contra- peso extra, da mesma forma que o mastro, pois reduzem a capacidade do guindaste. 1.5 – CONTRA-PESO O contra peso é uma carga adicional colocada no guindaste para aumentar a capacidade da máquina quanto à estabilidade (tombamento). Quanto maior for o contra peso e/ou a distância do mesmo ao centro de giro do guindaste, maior será a resistência ao tombamento. Existem basicamente três tipos de contrapeso, sendo eles: • Contra peso stardard (padrão): é fixo ao chassi giratório, não afetando a carga máxima permitida por eixo, para circulação de rodovias; • Contra peso adicional no chassi superior: é aquele adicionado na obra, conforme especificação do fabricante; • Contra peso adicional fora do guindaste: pode ser metálico ou de concreto. São montados sobre rodas que se distanciam do guindaste conforme a necessidade e também giram juntamente com o guindaste. São fixados no mastro. Anotações 47 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 50. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 1.6 – GUINCHO É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força necessária para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através do mecanismo de elevação composto de: motor, freio do motor, redutor, eixo, freio de carga, tambor (dromo), cabos de aço, polias, suportes, caixa de gancho, mancais e gancho. O cabo de aço é fixado ao tambor (dromo) e a carga permanece suspensa graças ao freio eletro-magnético, chamado de dynamic break que funciona com ausência de energia, ou seja, mesmo que o guindaste esteja desligado, a carga permanecerá suspensa. 1.7 – OUTRIGGERS (ESTABILIZADORES) OU PATOLAS É importante que o guindaste esteja completamente estável e nivelado durante a operação de içamento. Os pneus não oferecem a estabilidade necessária, portanto, o caminhão utiliza suportes que agem para evitar que o guindaste não incline para um lado ou para o outro. Os suportes usam dispositivos hidráulicos para levantar do chão todo o caminhão, inclusive os pneus. Eles são compostos pelas vigas, que são as pernas do suporte e as sapatas, que são os pés. Às vezes, são colocados calços embaixo das sapatas para dissipar a força do guindaste e da carga contra o concreto ou pavimento. Estes são geralmente tábuas de madeira, alinhadas para criar uma base maior que a própria sapata. O calços mais utilizados, por sua grande resistência são os dormentes ferroviários. 48 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 51. Unidade Jacareí-SP 1.8 – TOMADA DE FORÇA Localizada na caixa de câmbio, transfere a força de rotação do motor para a bomba hidráulica, permitindo o funcionamento do sistema de içamento. IMPORTANTE: A tomada de força só deve ser acionada com o guindaste estacionado e devidamente patolado. 1.9 – ENGRENAGEM ROTEX Para manobrar a carga, a lança precisa ser capaz de se mover para a direita e esquerda, bem como para cima e para baixo. Embaixo da cabine de comando do operador encontra-se uma engrenagem Rotex sobre um mancal de plataforma giratória, girando a 2 rotações por minuto (rpm). É acionado por um motor hidráulico bidirecional, montado na cabine de comando e envolvido por uma cobertura de metal para proteger contra acidentes. A rotação é controla por um pedal hidráulico na cabine de comando. Anotações 49 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 52. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 2 – COMPONENTES DE CARACTERÍSTICAS 2.1 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas TC. 2.2 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Rodas TC. 50 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 53. Unidade Jacareí-SP 2.3 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Esteiras. 2.4 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Jib sobre Esteiras. Anotações 51 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 54. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 2.5 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Contra-Peso sobre Esteiras. 2.6 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Lufing Jib sobre Esteiras. 52 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 55. Unidade Jacareí-SP 2.7 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas Truck Crane. 2.8 – Guindaste de Lança Telescópica com Jib sobre Rodas Truck Crane. Anotações 53 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 56. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 2.9 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro de Lança sobre Rodas Truck Crane. 2.10 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro e Lufing Jib sobre Rodas All Terrain. 54 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 57. Unidade Jacareí-SP 6 UNIDADE INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 CABOS DE AÇO ! OPERADOR ALUNO: GUINDASTE (MARCA/MODELO): HORÍMETRO: DATA: ______/______/____________
  • 59. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, veremos os itens que devem ser verificados no guindaste, nas lingadas e na carga, antes de qualquer movimentação. OBJETIVOS O objetivo desta unidade é mostrar ao operador as necessidades de se efetuar uma inspeção pré-operação (check-list) a fim de se evitar qualquer acidente durante a movimentação, bem como elaborar um Plano de Movimentação de Carga eficiente. INTRODUÇÃO As inspeções pré-operação devem ser realizadas pelos operadores como determina a NR-11 vista na Unidade 1 e também atendendo a requisitos internacionais da OSHA (Occupation Safety & Health Administration = Administração de Saúde e Segurança Ocupacional). Além disso, a elaboração do Plano de Movimentação de Cargas deve atender a todos os requisitos de segurança, tornando a movimentação uma tarefa segura e confiável para o operador e para todos os outros trabalhadores do local. DESENVOLVIMENTO 1 – CHECK-LIST (INSPEÇÃO PRÉ-OPERAÇÃO) A principal função do Check-List é assegurar que os principais itens de segurança para a operação estão em ordem e assim diminuir os riscos de acidentes por falhas nos equipamentos ou acessórios de movimentação de cargas. Começaremos pelos principais itens do guindaste. A OSHA requer que os guindastes sejam inspecionados regularmente. Uma inspeção freqüente (normalmente chamada de inspeção pré-operacional) deve ser executada por pessoa competente antes de cada utilização do guindaste. Esta inspeção normalmente é responsabilidade do operador. Desde que o guindaste deve estar o tempo todo numa condição segura de operação, esta inspeção essencialmente continua o tempo todo no qual o guindaste está em uso. OSHA também requer uma inspeção mensal dos itens críticos e uma inspeção completa anual. Ambas as inspeções devem fornecer relatórios, os quais devem ser mantidos na empresa. Usando o critério da OSHA 29 CFR 1926.550 e ANSI / ASME B30.5m como também usando as instruções do fabricante contidas no manual do operador, o operador deve no mínimo inspecionar os itens do guindaste conforme especificado a seguir. Anotações 57 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 60. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Alguns itens comumente listados pelos fabricantes para a realização do check-list são: Transmissão, eixo cardam e tomada de força; Sistema hidráulico; Sistema de Giro; Sistema de elevação, extensão e retração da lança; Sistema de içamento de carga; Sistema de controle do Guindaste; Sistema de freio do guincho e acelerador; Dispositivos de Segurança; Estabilizadores; Sistema elétrico. Inspeção “Walk Around” O operador deve executar uma inspeção “Walk around” no guindaste verificando qualquer deficiência aparente. Outras áreas a serem inspecionadas incluem o cavalo ou “carbody”, “outriggers” ou esteiras, trem de força. OSHA requer que qualquer deficiência seja reparada, partes defeituosas substituídas, antes de continuar utilizando o guindaste. Usaremos o check-list anexo para nossas aulas práticas. 58 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 61. Unidade Jacareí-SP Equipamento Horímetro DATA OPERADOR: Nº ITEM S N OBSERVAÇÃO 1 SISTEMA ELÉTRICO (BATERIA, LAMPADAS, BUZINAS E SIRENES) 2 SISTEMA DE ARREFECIMENTO 3 SISTEMA HIDRÁULICO (MANGUEIRAS, CILINDROS, NIVEL) 4 NIVEL DE ÓLEO DO MOTOR 5 FILTRO DE AR 6 CONDIÇÃO DOS PNEUS 7 FREIOS (SERVIÇO E ESTACIONAMENTO) 8 INSTRUMENTOS DO PAINEL 9 TRANSMISSÃO, EIXO CARDAM E TOMADA DE FORÇA (PTO) 10 EXTINTOR DE INCÊNDIO 11 SISTEMA DE CONTROLE DO GUINDASTE 12 SISTEMA DE GIRO 13 SISTEMA DE ELEVAÇÃO, EXTENSÃO E RETRAÇÃO DA LANÇA 14 SISTEMA DE FREIO DO GUINCHO E ACELERADOR 15 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (AML, LMI) 16 SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO (PATOLAS) 17 SISTEMA DE IÇAMENTO (CABOS, TAMBORES, MOITÃO, ROLDANAS, GANCHOS) 18 19 20 21 22 OBSERVAÇÕES: ASSINATURA DO OPERADOR
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  • 64.
  • 65. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, aprenderemos como estabilizar (patolar) o guindaste de modo a torná-lo estável para movimentar a carga. OBJETIVOS O objetivo desta unidade é mostrar como patolar o guindaste de maneira correta e observar os fatores que possam desestabilizar o guindaste. INTRODUÇÃO Para estabilizar o guindaste, devemos primeiramente checar o terreno no qual o guindaste ficará apoiado, buscando corrigir imperfeições do terreno e evitar algumas situações que aumentam o risco de tombamento. DESENVOLVIMENTO O guindaste somente suportará a carga se o solo suportar o guindaste. Antes de iniciar a operação, certifique-se de que o solo é nivelado e compactado o bastante para suportar o peso do guindaste e/ou carga sem sofrer rupturas ou afundamentos. Se necessário, utilize calços sob as patolas. A parte mais importante de uma operação é o patolamento, por isso deve ser feita com muito cuidado e precisão. Caso contrário, podem ocorrer sérios acidentes. Verifique se onde serão colocadas as sapatas, não passa ou passava alguma tubulação de água ou esgoto, galerias fluviais, calhas com cabos elétricos, um antigo poço, sinais de umidade no solo, posição de bueiros, bocas de lobo ou entradas subterrâneas. Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja aplicada todas as patolas devem estar completamente abertas. Sempre que uma ou mais patolas não estiverem completamente abertas, devemos ir para a tabela de carga “meia patola” ou “sobre pneus” conforme o caso. Quando manuseamos a carga em uma área onde a patola não está completamente aberto, a perda de capacidade pode chegar a mais de 50%. O guindaste deve ser patolado de modo que os pneus estejam sem contato com o solo. Isto assegura que o eixo de tombamento está estabilizado e o chassi do cavalo é utilizado para maximizar o contra peso. Antes de utilizar “meia patola”, certifique-se de que existe uma tabela de carga fornecida pelo fabricante com o numero de série da máquina. Uma patola aberta parcialmente ou de maneira indevida pode causar tensões em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando em dano à mesma. Anotações 63 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 66. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga para içamento com patola parcialmente estendidos. Quando isto ocorrer, as instruções do fabricante devem ser seguidas à risca, incluindo a pinagem da patola. Assegure-se de que as travas da patola estão devidamente instaladas, caso contrário à mesma poderá escorregar do cilindro vertical. Se os cilindros verticais forem equipados com pinos ou parafuso de trava, certifique-se de que eles estão aplicados. USO DE “MATS” Os “mats” permitem que o peso do guindaste e a carga sejam distribuídos por uma área maior. “Mats” devem ser usados sob todas as patolas. Assegure-se que o calçamento está nivelado e que a patola está a 90º em relação ao cilindro vertical. O calçamento deve ser sempre colocado sob as patolas. Nunca sob as vigas da patola. As vigas não estão projetadas para suportar esta carga, e o guindaste perde a estabilidade. Use calçamento que tenha capacidade de resistir a choque, dobramentos e cisalhamento. O calçamento deve ser também resistente o suficiente para vencer pequenos vãos no solo bem como suportar o peso do guindaste e da carga. Como regra geral, o calçamento deve ter no mínimo três vezes a área da patola. A patola deverá estar toda apoiada no calçamento, o qual irá transmitir a carga proveniente da mesma para a superfície de apoio (solo). Patolamento direto Patolamento com Mats A força aplicada é dividida por 3 Testes Destrutivos Sapata destruída com 95.256 Kg (100%) Sapata destruída com 63.504 Kg (70%) Sapata destruída com 49.896 Kg (50%) 64 OPERADOR DE GUINDASTES
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  • 69. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, estudaremos as tabelas de carga. OBJETIVOS O objetivo desta unidade é interpretar a tabela de carga de um guindaste. INTRODUÇÃO A Tabela de Carga do Guindaste é um componente fundamental para o seu funcionamento, sendo que sua falta, o torna impossível a utilização do mesmo. Ela apresenta vários conceitos que estudaremos nessa unidade para compreender melhor o funcionamento do guindaste. Veremos primeiramente os conceitos necessários ao entendimento da Tabela de Carga DESENVOLVIMENTO 1 – CENTRO DE GRAVIDADE Centro de gravidade (CG) é o ponto de um objeto no qual pode ser considerado que todo peso está ali concentrado. Como todos os objetos, os principais componentes dos guindastes têm seus respectivos CGs. Quando estes componentes são montados no guindaste, o mesmo tem um centro de gravidade combinado. 2 – PRINCÄPIO DA ALAVANCA O princÄpio da alavanca Å usado para determinar as capacidades tabeladas. Anotações 67 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 70. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 3 - ALAVANCA E ESTABILIDADE Conforme a estrutura do upper gira, o centro de gravidade do guindaste move-se para junto do seu eixo de tombamento. O movimento do centro de gravidade do guindaste aumenta a alavanca exercida pela carga no guindaste e faz com que diminua a capacidade de carga do mesmo. Isto explica porque um guindaste pode tornar-se instável até o ponto de tombar, quando uma carga é içada pela frente de um guindaste RT e girado para o lado. Sempre consulte a tabela de carga antes de qualquer içamento. Um guindaste é estável quando seu momento é maior do que o momento exercido pela carga. A maioria dos guindastes montados sobre cavalo tem sua capacidade máxima pela traseira. Quando o upper é girado para a lateral, a capacidade será menor porque a distância do centro de gravidade do guindaste ao eixo de tombamento é diminuída. A maioria dos fabricantes não permite o içamento de cargas pela frente da máquina a menos que a patola dianteira esteja apoiada. 4 – TAXA DE INCLINAÇÃO Conforme o guindaste inclina, o movimento exercido pela carga aumenta e o exercido pelo guindaste diminui. Isto pode ocorrer rapidamente, tornando-se impossível retornar a posição inicial pelo abaixamento da carga. 68 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 71. Unidade Jacareí-SP 5 – FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL Estabilidade dianteira é definida como a capacidade do guindaste resistir a tombamento frontal. Quando do desenvolvimento das cargas tabeladas pela estabilidade, os fabricantes reduzem as cargas de tombamento por um percentual estabelecido por padrões internacionais. MARGEM DE ESTABILIDADE GUINDASTE DE ESTEIRA 75% GUINDASTE SOBRE CAVALO PATOLADO 85% GUINDASTE SOBRE CAMINHÇO COMERCIAL 85% 6 – FATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA Normalmente estamos preocupados com o tombamento para frente, obviamente na direção da carga; entretanto, os guindastes podem tombar pela traseira. A estabilidade traseira é a capacidade do guindaste em resistir ao tombamento sem carga. As margens de estabilidade traseira são baseadas nas seguintes condições gerais: - de lado - nivelado dentro de 1% sobre solo firme - todos os tanques com pelo menos ½ de capacidade - outros níveis de fluido conforme especificado 7 – LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE Sobrecarga no guindaste pode causar tombamento ou falha estrutural. Um guindaste sobrecarregado resulta em tombamento ou falha estrutural. Anotações 69 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 72. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 8 – BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS Todas as capacidades de carga listadas na tabela de carga são baseadas na resistência estrutural ou na estabilidade do guindaste. Estas capacidades são normalmente identificadas pela divisão da tabela de carga através do uso de linha preta, asteriscos ou área sombreada. 70 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 73. Unidade Jacareí-SP 9 – COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR SOBRECARGA Guindastes não estão sujeitos simplesmente a tombamento. Eles podem ter uma falha estrutural antes mesmo de qualquer sinal de tombamento. A falha estrutural é frequentemente inesperada, especialmente quando o operador está trabalhando na área estrutural e está esperando que a máquina de sinal de tombamento para que ele avalie a sobrecarga. Ao lado são mostrados alguns componentes que podem falhar. A correta capacidade de içamento é o principal objetivo de interpretar e aplicar a tabela de carga. Para determinar a capacidade de içamento do guindaste existem certos passos ou procedimentos que devem ser seguidos. Anotações 71 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 74. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 10 – ÁREAS DE OPERAÇÃO Áreas de operação, ou quadrantes como elas também são conhecidas, se referem a uma parte particular do circulo de trabalho do guindaste. O tamanho de cada área pode diferir de modelo para modelo e de fabricante para fabricante. Algumas tabelas de carga são válidas para 360º de operação. Antes de operar, consulte a tabela de carga especifica da máquina. Quadrantes típicos são: - pelo lado - pela traseira - pela frente Os guindastes sobre esteiras podem ter seu sua área de operação baseada no centro de rotação do upper ou na linha de centro das esteiras. 11 – COMPRIMENTO DA LANÇA O significado do termo “comprimento da lança” na tabela de carga não é sempre o mesmo. Às vezes o termo inclui a extensão da lança, outras vezes não. Esteja certo de entender o que a tabela de carga chama de “comprimento da lança”. Normalmente é conforme mostrado a seguir. 72 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 76. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Por causa da versatilidade do guindaste de lança telescópica é comum quando executamos um içamento encontrarmos valores de lança intermediários aos existentes na tabela de carga. Nesse caso, devemos utilizar a menor capacidade sempre. 11 – RAIO DA CARGA O raio da carga é a distância horizontal do centro de gravidade do guindaste até a linha de centro do moitão ou ao centro de gravidade da carga içada. A menos que indicado pelo fabricante, use o raio de operação ao invés do ângulo da lança para determinar a capacidade bruta. 74 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 78. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ A deflexão da lança do guindaste provocará um aumento de raio. Por isso enfatizamos novamente que se utilize sempre a menor capacidade quando o raio estiver entre duas posições na tabela de carga. 76 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 79. Unidade Jacareí-SP 12 – ÂNGULO DA LANÇA O ângulo da lança nos guindastes de lança telescópica é o ângulo entre a linha de centro da lança base e a horizontal depois de içada a carga. O ângulo da lança nos guindastes treliçados é o ângulo entre a linha de centro da lança e a horizontal depois de içada a carga. 13 – CAPACIDADE BRUTA Capacidade bruta, a qual algumas vezes é chamada de capacidade tabelada, são listadas na tabela de carga de acordo com o comprimento de lança, ângulo da lança e raio. Capacidades brutas não são as cargas máximas ou objetos que podem ser içados. Anotações 77 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 80. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 14 – DEDUÇÕES NA CAPACIDADE Os acessórios de içamento podem adicionar uma quantidade tal de carga ao guindaste, que pode reduzir sua capacidade consideravelmente. Todos os acessórios de içamento devem ser considerados como parte de carga, e devem ser deduzidas da capacidade bruta ou tabeladas. Dependendo de sua localização, o peso atual dos acessórios de içamento pode representar uma carga menor ou até mesmo maior do que seu peso real. É crucial que todos os acessórios usados no içamento sejam levados em consideração. 15 – CARGA DINÂMICA As capacidades do guindaste são baseadas em cargas estáticas ou estacionárias. As forças criadas pelo movimento da carga e acessórios afetam a capacidade dos guindastes do mesmo modo que se houvéssemos aumentado o peso da carga. Trancos e movimentos bruscos devem ser sempre evitados. Sempre opere o guindaste de maneira suave e controlada. 16 – CAPACIDADE DE IÇAMENTO Se o guindaste não estiver devidamente equipado sua capacidade de içamento pode ser menor do que a capacidade liquida e pode ser que o guindaste não tenha capacidade de içar a carga liquida com segurança. Nestes casos a capacidade fica limitada a capacidade do componente mais fraco (cabo de içamento, moitão, etc.) A carga total não pode exceder a capacidade do componente mais fraco. 78 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 81. Unidade Jacareí-SP 17 – NÚMERO DE PERNAS Número de pernas = O número de cabos de carga que diretamente suportam o moitão. Para evitar ruptura do cabo de carga e assegurar que o guincho pode içar a carga com segurança, devem ser passados no moitão pelo menos o número mínimo de pernas do cabo de carga. 1 PERNA 2 PERNAS 4 PERNAS 18 – CARGAS CRÍTICAS Toda carga de peso maior que 75% do peso estabelecido na Tabela de Carga para aquela condição, torna-se uma carga crítica. Nesses casos as seguintes precauções devem ser tomadas: SOLO: O solo deve ser compacto e estável. CALÇOS: Se o solo não for de concreto, utilize calços sob as patolas. NÍVEL: O guindaste deve estar perfeitamente nivelado. CARGA: O peso da carga deve ser exatamente determinado. CENTRO DE GRAVIDADE: O gancho deve ser posicionado exatamente sobre o centro de gravidade da carga. RAIO DA CARGA: Determinar exatamente o raio da carga. COMPRIMENTO DA LANÇA: Determinar exatamente o comprimento da lança. ÂNGULO DA LANÇA: Deve ser precisamente conhecido, para se calcular o raio e influencia na capacidade de elevação de carga. VENTO: Os efeitos do vento devem ser considerados e o içamento adiado, caso os efeitos tornem-se significativos para a estabilidade da operação. DISTRIBUIÇÃO DOS CABOS: Os cabos devem estar simetricamente distribuídos. LINGADA: Verificar resistência e segurança, lembrando que a lingada tem seu peso somado à carga. Conheça o peso da lingada. OPERAÇÃO: Todos os movimentos para controle da máquina e da carga, devem ser executados o mais suavemente possível. TREINAMENTO: A determinação desses parâmetros por pessoal não treinado pode ser extremamente perigoso. Anotações 79 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 82. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 19 – LINGUAGEM INTERNACIONAL DE TABELA DE CARGA ANGLE: ângulo BOOM: lança CAPACITY: capacidade CRAWLERS: esteiras DEGREES: graus (ângulo) FEET (FT): pés (equivalente a 0,3048 m) HEIGHT: altura LENGTH: comprimento MAIN: principal OFFSET: compensação ou montagem OUTRIGGERS: estabilizadores OVER: sobre PIN: pino PINNED: pinado POINT: ponto POWER: força RADIUS: raio REAR: traseiro RETRACTED: retraído SET: conjunto SIDE: lado STRENGHT: força WEIGHT: peso 20 – REDE ELÉTRICA - Mantenha distância segura das linhas elétricas. - Para cada linha há uma distância limite de aproximação. - Nunca aproxime qualquer parte do guindaste dessa área. 125.000 Volts - distância mínima de 5 metros 125.000 a 250.000 volts - distância mínima de 6 metros Acima de 250.000 volts - distância mínima de 7,50 metros - Considere sempre que todas as linhas e equipamentos elétricos estão energizados até que obtenha informação contrária de fonte confiável. - Se o guindaste tiver que se movimentar constantemente sob redes elétricas, um caminho deve ser demarcado, isolado com material isolante e pintado com pintura zebrada, determinando uma altura segura sob a qual o guindaste deve passar. - Solicite aterramento do guindaste sempre que possível. - Caso haja contato de qualquer parte do guindaste com a rede elétrica, procure pular o mais longe possível do guindaste, mas com cuidado para não desequilibrar-se. Não toque com as mãos no chão 80 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 83. Unidade Jacareí-SP 9 UNIDADE ACESSÓRIOS DE IÇAMENTO E MOVIMENTAÇÃO
  • 84.
  • 85. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Para que a movimentação seja realizada de forma segura e eficiente, são necessários cuidados especialmente na amarração correta da carga, pois se algo sair errado nessa etapa, pode ser que descubramos isso tarde demais, ou seja, quando a carga estiver sendo transportada e no alto. OBJETIVOS Os objetivos desta unidade são: - Conhecer os principais acessórios de amarração de carga; - Apresentar seus principais usos. INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO TENAZ: Utilizada normalmente no transporte de material acabado, onde haja um ponto de apoio para prendê-la, como por exemplo, em lâmina ou barra de metal fundido, cadinhos, etc. ` BALANCIM OU TRAVESSA: Utilizados no transporte de peças ou cargas longas. PATOLA: É construída de aço laminado. Deve ser usada para movimento e transporte de chapas grossas que deverão serem transportadas uma a uma. Do contrário, no levantamento de duas ou mais chapas juntas, a borda da chapa de cima encostará no corpo da patola, provocando o seu afastamento, e a chapa de baixo não será mais sustentada corretamente, podendo deslizar da boca da patola e cair. Anotações 83 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 86. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ GANCHO S: É construído de aço forjado. É utilizado posicionando-o de tal forma que sua acomodação ocorra naturalmente. As forças que atuarão sobre ele deverão permanecer dentro dos limites de sentido e direção indicados na figura. Evite esforços perpendiculares ao plano do gancho e na ponta do gancho. GRAMPO : É construído de laminado de aço, liga especial de alta resistência. É um meio auxiliar desenvolvido para o transporte de chapas ou cargas som superfícies lisas, sem pontos de fixação de outro meio de engate. A aplicação do grampo para trabalhos com â = 0 º só é permitido para levantar a chapa da horizontal para vertical. Quando ao parafuso de fixação, aperte-o somente com a haste original. MANILHA: É constituída de aço forjado. Deve ser montada de modo que possa girar livremente e que as forças atuem nos limites de direção e sentidos indicados. Use o mesmo diâmetro da manilha e da argola 84 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 87. Unidade Jacareí-SP GANCHOS E OLHAIS: Ganchos de olhal providos de dispositivo para fixação da trava de segurança (trava opcional) forjados em aço carbono. Carga de trabalho gravada (estampada) na peça. TERMINAIS EM AÇO FUNDIDO: Acabamento: Pintura Preta. Carga de trabalho gravada na peça. GANCHO: É forjado de aço-carbono. Deve ser utilizado sempre com a abertura virada para o lado interior do enganchamento. Assim, mesmo que ocorra o afrouxamento do cabo, o gancho ficará no olhal. Inspecione visualmente os ganchos. Boca curvada para fora, desgastes visíveis, pequenas fendas, comprometem seriamente sua resistência. CINTOS: São utilizados no transporte e manuseio de cargas ou materiais acabados. Podem ser de metal, náilon, couro ou tecido. CINTAS DE POLIÉSTER: muito empregada em empresas que movimentam materiais cujos acessórios não podem causar avarias de nenhum espécie na carga a ser movimentada. Apresentam boa resistência, porém não podem ser utilizadas em áreas quentes nem com materiais com cantos vivos. LINGA, LINGADA ou ESLINGA: denominação dada a todo e qualquer acessório utilizado para amarrar, prender, movimentar, içar ou transportar cargas. Anotações 85 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 88. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Antes de efetuar as amarras das cargas é necessário verificar: • Peso da peça ou do material a ser içado; • A velocidade e distância de deslocamento; • A capacidade do gancho; • A capacidade dos dispositivos e/ou acessórios de içamento; • Inspecionar as lingas antes de cada uso (observando se há danos) e assegurar que a identificação e a especificação estão corretas (etiqueta do produto); • Inspecionar todos os encaixes e acessórios usados em conjunto com a linga; • Nunca utilizar lingas danificadas; • Verificar a existência de cantos vivos e preparar proteções para evitar danos à linga; • Proteger as lingas de bordas cortantes, fricção e abrasão, utilizando-se reforços e proteções complementares, de modo a garantir a segurança e vida útil da cinta; • Conhecer o peso e o centro de gravidade da carga; • As áreas de movimentação devem propiciar condições de forma que o trabalho seja realizado com total segurança e serem sinalizadas de forma adequada, na vertical e no piso; • Obter catálogos técnicos, para melhorar o entendimento sobre o produto; • Consultar a empresa fabricante para esclarecimentos adicionais, quando houver dúvida no procedimento a ser realizado. • Consultar a tabela de uso de cabos ou cintas para verificar a resistência do tipo de amarração. 86 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 89. Unidade Jacareí-SP CAPACIDADE DE CARGA DAS LINGAS Após definir qual tipo de linga iremos utilizar (cabo, corrente, cinta e combinada) devemos também definir o dimensional das mesmas. A carga deve ser transportada sem que a linga seja sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou etiqueta define a massa que pode ser elevada com a linga. Para definir a carga aplicada na linga devemos saber: • Se a carga será transportada por uma ou mais pernas perpendiculares. • Se a carga será transportada por duas ou mais pernas em ângulo. Princípios básicos: • Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas perpendiculares e a carga é aplicada de forma igual sobre as pernas, podemos somar as capacidades das mesmas. • Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas, devemos contar com a capacidade de apenas duas. • Quando a linga forma um ângulo diminuímos a capacidade de cada perna. • Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto, maior a linga a ser utilizada. Com o ângulo de trabalho acima de 60º a força aplicada em uma única perna, excede o peso da carga em si. Quando for utilizar as cintas de poliéster, certifique-se do estado geral das cintas, procurando por rasgos, costuras rompidas, desgaste excessivo de alguma alça bem com prazo de validade. Poliéster não propaga a combustão, mas queima em contato com a chama. Porém a combustão se extingue imediatamente assim que se elimina o contato com a mesma. O ponto de fusão do poliéster é de 260ºC, amolecendo a partir de 235ºC. As temperaturas limites de utilização estão entre -40ºC e 100ºC. Veja abaixo a tabela de cores indicativas de capacidade de carga das cintas de poliéster: VIOLETA 1.000 Kg VERDE 2.000 Kg AMARELA 3.000 Kg CINZA 4.000 Kg VERMELHO 5.000 Kg MARROM 6.000 Kg AZUL 8.000 Kg LARANJA 10.000 Kg Anotações 87 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 90.
  • 91. Unidade Jacareí-SP 10 UNIDADE REGRAS DE SEGURANÇA NA MOVIMENTAÇÃO
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  • 93. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade, veremos todos os procedimentos necessários para realizar uma movimentação de carga de forma segura e eficiente, evitando acidentes e preservando a nossa segurança e de todos os colegas de trabalho. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: - Apresentar os conceitos sobre movimentação segura de carga; - Mostrar algumas das etapas necessárias para realizar a pré- operação, operação e pós operação. INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO 1 – PRÉ-OPERAÇÃO Ao amarrar a carga para içamento: Mantenha sempre reto os laços ou o conjunto de laços; Nunca diminuir os laços com nó; Os laços devem ser sempre utilizados com cuidados, a fim de evitar estrangulamento ou nó, provocando uma torção prejudicial; Nunca utilizar lingas retorcidos ou que apresente fios quebrados; As cargas de trabalho dos laços são baseadas em diâmetros mínimos de curvatura de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurança; Usar proteção nos cantos agudos das peças de forma a evitar danos ou cortes nas lingas ou dispositivos de içamento; Quando utilizar manilhas de união não colocar o pino no lado do cabo e deixar meia volta de folga na rosca; e Procure sempre que possível o centro de gravidade da peça a ser içada. Se não for utilizar uma das pernas da linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não possa se prender a outros objetos ou cargas. Quando necessário, pegar a linga por fora e deixar esticar lentamente. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a todos que estiverem nas áreas de risco. A escolha correta das lingas a serem utilizadas é dada em função da carga a ser içada. É importante evitar que materiais com “cantos vivos” sejam içados diretamente por cabos estropos ou cintas de poliéster, pois o atrito entre as lingas e o equipamento pode causar danos, tanto nos equipamentos como na carga a ser movimentada. Anotações 91 OPERADOR DE GUINDASTE
  • 94. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A linga pode se soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da linga pode se soltar da carga. Travas adequadas nos ganchos do meio de elevação e do travessão impedem que a carga possa se soltar. Uma trava de segurança se faz necessária sempre que exista possibilidade de acontecer que a carga se solte involuntariamente. 2 - OPERAÇÃO O operador só deve operar o guindaste quando se sentir em boas condições físicas e emocionais. Deverá comunicar ao seu superior imediato qualquer indisposição que o impeça de trabalhar corretamente. Ao iniciar a movimentação devemos verificar: • se a carga não se enganchou ou prendeu; • se a carga está nivelada ou corretamente suspensa; • se as pernas têm uma carga semelhante. Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la corretamente. No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de ventos deve-se usar um cabo de condução que seja longo o suficiente para que se fique fora da área de risco. Não permaneça embaixo de cargas suspensas. Ice a carga (no começo bem devagar, até que sejam tencionados os cabos e os acessórios) a uma altura conveniente, conforme a sinalização do do sinalizador. Verifique se a carga está firme, bem presa e equilibrada. Uma vez içada a carga, mova-a com movimentos suaves e lentos para evitar a produção de balanço. Mantenha-se atento durante toda a operação e considere sempre a possibilidade de acidentes. 92 OPERADOR DE GUINDASTES "Não esqueça: use o equipamento de segurança e obedeça as normas de segurança recomendadas para a área em que trabalha"
  • 95. Unidade Jacareí-SP 2.1 – TIPOS DE BALANÇO DE CARGA Balanço Pendular Balanço Circular Sempre que se movimentam cargas suspensas, existe a possibilidade de a carga balançar. Esse balanço pose ser muito perigoso, uma vez que aumenta o peso da carga em relação ao guindaste, podendo provocar tombamento e quebra de componentes. Nota-se que, devido à inércia da carga (sua massa) sempre que é feito ou eliminado qualquer movimento, há a tendência da carga de permanecer na situação em que se encontrava (parado ou em movimento). Logo, se a carga se encontrava em repouso (parada) e o guindaste a movimenta, a tendência é de que a carga fique recuada em relação à ponta da lança. Logo após o inicio do movimento do guindaste, também a carga se movimenta; e a sua velocidade para frente torna-se maior que a do guindaste. Temos assim estabelecido o balanço da carga. De modo semelhante, se o guindaste se movimenta sem balanço, ao acionarmos o freio, ou diminuirmos a velocidade de movimento, a tendência da carga é continuar em seu movimento. Anotações 93 OPERADOR DE GUINDASTE
  • 96. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ 2.2 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO PENDULAR: Em qualquer situação, para que se diminua ou elimine o balanço, deve- se fazer com a lança um movimento sempre “a favor” daquele que anima a carga. Se a carga durante o balanço está atrás da lança, devemos diminuir (ou frear) o movimento de giro. Se a carga, durante o balanço, está a frente da lança, devemos acelerar o seu movimento. ATENÇÃO: Isso deve ser feito lentamente e com calma, pois existe o risco de tombamento ou quebra em caso de movimentos bruscos. Esta operação deve ser repetida tantas vezes quantas forem necessárias para a eliminação do balanço. 2.3 - ELIMINAÇÃO DO MOVIMENTO CIRCULAR O movimento giratório, como já foi dito, é a combinação de dois movimentos pendulares (balanços). A sua eliminação segue as mesmas regras de um só movimento pendular, isto é, primeiro eliminamos um dos movimentos e após o outro. 3 - CUIDADOS GERAIS Você é responsável por seu equipamento. Qualquer defeito que tiver chame a manutenção; Respeitar os avisos existentes e seguir as instruções de operação Não utilizar a chave fim-de-curso, batentes e pára-choques, a fim de parar o movimento do guincho. Nunca passar com carga sobre as pessoas, evitar a passagem sobre máquinas ou equipamentos; A calma é imprescindível para a realização de trabalhos com segurança. Evitar velocidades exageradas; Acompanhar as inspeções e manutenção mecânicas e elétricas (corretiva ou preventiva) indicando as deficiências ao pessoal da manutenção; Todos os acessórios de elevação e transporte, bem como toda e qualquer carga, devem ser içados a uma altura segura para depois serem movimentados; Não permitir que alguém viaje na carga; Nunca suspender um feixe de barras pelas amarras, elas não tem resistência para suportar o peso do feixe; Ao depositar cargas, fazê-lo pensando na necessidade de nova movimentação, para isso deve haver fácil acesso para o re-acoplamento da carga; Nunca obstruir os acessos a extintores de incêndio, telefone de emergência, etc., depositando cargas nestes locais; Quando sem carga, recolher os cabos, abaixar a lança e colocá-la no berço. 94 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 97. Unidade Jacareí-SP Verifique a área de operação (de frente, de traz, de lado) o peso da carga, o Raio (R) da carga e consulte a tabela de carga na cabine do guindaste e certifique-se que a capacidade limite não foi atingida Verifique se o guindaste está nivelado, se os estabilizadores estão totalmente apoiados sobre superfície sólida, freios ajustados, lingada bem enlaçada ao gancho. Verifique todos os dispositivos limitadores de segurança e freio de guincho, giro, calçamento das rodas ou estabilidade das patolas Verifique se o espaçamento das secções da lança está igualmente estendido. Levante a carga suavemente do solo e certifique-se novamente da estabilidade do guindaste antes de continuar com o levantamento Suspenda qualquer operação com o guindaste sempre que fatores adversos como chuva, ventos fortes, falta de visibilidade, tornarem a operação insegura. Nunca faça “teste” de estabilidade para verificar a capacidade de levantamento Nunca cause choque do moitão com a lança. Este choque pode romper o cabo do guincho e fazer cair a carga. Tenha muito cuidado ao estender a lança, ao abaixar a lança e ao elevar a carga Nunca provoque esforço lateral. A lança do guindaste não foi projetada para sofrer esforço lateral. A carga sempre dever estar na vertical do cabo do gancho ou do moitão Anotações 95 OPERADOR DE GUINDASTE
  • 98. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Nunca pule da máquina ao sair, exceto se a máquina tiver tocado rede elétrica. Neste caso, pule bem longe da máquina com os dois pés juntos cuidando para não se desequilibrar Nunca saia da máquina com a carga suspensa. Se tiver que sair, apoie a carga no solo e desligue o motor Nunca empilhe ou estoque materiais sob rede elétrica ou próximo a equipamentos energizados Não opere o guindaste com velocidades de vento acima de 48 Km/h ou condições pré-estabelecidas no plano de rigging. 96 OPERADOR DE GUINDASTES
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  • 101. Unidade Jacareí-SP MEDIDA SIMBOLO CONVERTER PARA MULTIPLICAR POR in (polegadas) cm (centímetro) 2,54 ft (pés) m (metro) 0,3048 km (quilometro) mi (milha terrestre) 0,6214 km (quilometro) nmi (milha náutica) 0,5396 m (metro) ft (pés) 3,281 m (metro) yd (jardas) 1,094 yd (jardas) m (metro) 0,9144 COMPRIMENTO yd (jardas) ft (pés) 3 MEDIDA SIMBOLO CONVERTER PARA MULTIPLICAR POR cm (centímetro quadrado) sq in (polegada quadrada) 0,1550 km (quilometro quadrado) sq mi (milhas quadrada) 0,3861 sq ft (pés quadrado) m2 (metro quadrado) 0,09290 sq in (polegada quadrada) cm2 (centímetro quadrado) 6,452 sq mi (milhas quadrada) km2 (quilometro quadrado) 2,590 sq yd (jarda quadrada) sq ft (pés quadrado) 9,0 ÁREA sq yd (jarda quadrada) m (metro quadrado) 0,8361 MEDIDA SIMBOLO CONVERTER PARA MULTIPLICAR POR cu ft (pés cúbicos) l (litros) 28,32 gal (galão EUA) l (litros) 3,785 l (litros) cu ft (pés cúbico) 0,03531 l (litros) cu in (polegada cúbica) 61,02 l (litros) m3 (metro cúbico) 0,001 l (litros) gal (galão EUA) 0,2642 l (litros) pint (pintos) 2,113 fl oz (onças fluídas) l (litros) 0,02957 VOLUME pint (pintos) l (litros) 0,4732 Anotações 99 OPERADOR DE GUINDASTE
  • 102. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ MEDIDA SIMBOLO CONVERTER PARA MULTIPLICAR POR ft/s (pés por segundo) m/s (metros por segundo) 0,3048 km/h (quilometro por hora) mph (milhas por hora) 0,6214 kt (nós) km/h (quilometro por hora) 1,8532 VELOCIDADE mph (milhas por hora) km/h (quilometro por hora) 1,609 MEDIDA SIMBOLO CONVERTER PARA MULTIPLICAR POR kg (quilograma) lb (libras) 2,205 lb (libras) oz (onças) 16 lb (libras) kg (quilograma) 0,4536 oz (onças) lb (libras) 0,0625 oz (onças) g (grama) 28,349527 qtr (quartos) l (litros) 0,9463 MASSA & PESO qtr (quartos) gal (galão EUA) 0,25 100 OPERADOR DE GUINDASTES
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  • 105. Unidade Jacareí-SP APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá algumas das atividades necessárias para realizar o estudo de rigging. Este estudo deve ser realizado antes de qualquer movimentação de carga utilizando guindastes, garantindo a segurança durante a operação bem como a qualidade do serviço prestado. OBJETIVOS São objetivos desta unidade: - Apresentar os conceitos sobre o estudo de rigging; - Mostrar algumas das etapas necessárias para o estudo de rigging. INTRODUÇÃO A atividade relacionada à movimentação de cargas muitas vezes exige a utilização de guindastes. A operação desse equipamento requer estudos prévios para garantir que o içamento e movimentação das cargas sejam realizados com segurança para a carga, para o operador e para os demais trabalhadores do ambiente de operação. Um planejamento deve ser desenvolvido previamente, antes de qualquer movimentação, e é chamado de estudo de rigging. DESENVOLVIMENTO 1. Estudo de Rigging Estudo de Rigging corresponde ao conjunto de estudos necessários para o planejamento da operação de içamento e movimentação de carga. Tal atividade é desenvolvida por profissionais qualificados, denominados RIGGER. O profissional que realiza a operação de içamento e movimentação de carga deve atender a alguns pré-requisitos mínimos. Vamos conhecer alguns desses pré-requisitos buscados pelo mercado, sendo eles: • No mínimo o Ensino Médio Completo; • Desejável: engenheiro mecânico ou engenheiro operacional; • Prática em cálculos numéricos (matemática, geometria, trigonometria); • Conhecimento de desenho técnico (mecânico, estrutura, civil, instalações); • Prática em leitura de manuais técnicos, principalmente de guindastes. Anotações 103 OPERADOR DE GUINDASTE
  • 106. Unidade Jacareí-SP Anotações __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ Agora vamos conhecer algumas das atribuições de um RIGGER: • Selecionar os equipamentos do guindaste; • Planejar a operação; • Configurar o guindaste; • Elaborar plano de “rigging”; • Compor a carga bruta; • Calcular as amarrações; • Especificar acessórios de amarração. O conjunto de ações necessárias dentro de um estudo de rigging faz parte de um documento conhecido como “Plano de Rigging” ou “Plano de Movimentação de Cargas”. Esse plano visa determinar o procedimento pelo qual se dará a movimentação da carga. O Plano de Rigging pode ser desenvolvido a partir de uma série de questões, que respondidas adequadamente indicarão o caminho mais propício a uma movimentação eficaz e segura. As principais questões são: • Qual o peso da carga a ser içada? • Quais são suas dimensões? • A carga possui pontos de pega para o içamento? • Qual o posicionamento da carga a ser içada em relação guindaste? • Em que ambiente será feito o içamento e a movimentação da carga? • Existem interferências entre a carga a ser içada e seu local de descarregamento? 2. Etapas do Estudo de Rigging O estudo de rigging se assemelha à fase de planejamento de uma obra. Dessa forma, esse estudo contém uma série de etapas a serem desenvolvidas que buscam otimizar custo e tempo nas atividades de içamento de materiais. Vamos identificar as principais etapas que um plano de Rigging apresenta. 2.1. Coleta de dados do projeto A coleta de dados corresponde à primeira etapa do estudo de rigging. É essa etapa que dá ao operador de guindastes subsídios para a escolha dos equipamentos mais adequados a serem utilizados. a) Estudo de carga No estudo de carga é realizada uma análise dos tipos de carga a serem operadas, bem como seu peso e dimensões. Desta maneira busca-se conhecer, através de séries histórias, informações com relação à carga de maior peso a ser movimentada, bem como a de maior dimensão. 104 OPERADOR DE GUINDASTES
  • 107. Unidade Jacareí-SP b) Estudo de movimentação e içamento de carga O operador de guindaste deve conhecer o local onde ocorrerá a movimentação da carga. Esta etapa é extremamente importante, pois é nela que se avalia a existência de espaço suficiente para manobra da carga, tanto na posição horizontal e como na posição vertical. Ou seja, o operador deve determinar o quanto de distância, altura e área de manobra ele dispõem no local de movimentação das cargas. 2.2. Análise mecânica do equipamento A segunda etapa do estudo de rigging corresponde à análise dos equipamentos e acessórios dos guindastes disponíveis e que se enquadram dentro das restrições já determinadas na etapa anterior. Abaixo estão listadas algumas características que devem ser consideradas no estudo dos equipamentos: • Os equipamentos e acessórios devem ter peso próprio compatível com o guindaste em que serão acoplados; • Os equipamentos e acessórios devem ter dimensões tais que permitam uma confortável movimentação dentro do espaço destinado à movimentação; • Os raios de manobra devem ser coerentes com os exigidos quando o equipamento for solicitado para içamento da carga; Os equipamentos e acessórios devem ser compatíveis com a máxima carga a ser movimentada, bem como com as suas dimensões e características. 2.3. Definição do equipamento a ser utilizado A escolha do tipo de guindaste a ser instalada em cada situação deve atender a uma série de requisitos básicos, além de demandar atenção especial a pequenos detalhes. Definido o tipo de guindaste para o içamento e movimentação das cargas, deve-se determinar a capacidade de carga limite aplicada a todo o equipamento, ou seja, a maior capacidade de carga a que o guindaste estará submetido quando estiver operando na situação mais desfavorável prevista pelo plano de içamento e movimentação de carga. Esta definição deve estar dentro dos padrões de segurança. Seguir estas recomendações garante segurança ao operador, à carga e ao próprio equipamento. Anotações 105 OPERADOR DE GUINDASTE
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