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Egito Antigo
Prof. Victor Creti Bruzadelli
Arte &
História
prof. Victor Creti
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Crescente Fértil
o Conceito:
o Criado pelo arqueólogo
James Henry Breasted;
o Região que se estende do
norte da África ao Golfo
Pérsico (500 km²);
o Banhado pelos rios Tigre,
Eufrates, Jordão e Nilo;
o Propícia sedentarização:
agricultura e criação de
animais.
Mapa representando o Crescente Fértil
Crescente Fértil
o Atraiu uma grande
diversidade de povos;
o Primeiras cidades e
civilizações que se tem
notícia: Egito e a
Mesopotâmia;
o Elementos comuns
entre os povos da
região:
o Sistema produtivo:
regadio;
o Regime político:
Monarquias teocráticas.
Vista da cidade mesopotâmica Uruk
Crescente Fértil
o Sistema de Regadio:
o Utilização das cheias e
vazantes dos rios na
produção agrícola;
o Esse conceito remete às
sociedades do Crescente
Fértil, com destaque para o
Egito e a Mesopotâmia;
o Utilização de diversas
tecnologias e construções
para “controlar” os rios. Animação representando o Sistema de Regadio egípcio
Crescente Fértil
o Monarquias Teocráticas:
o Teocracia: do grego Teo
(deus) e Cracia (poder);
o Poder derivado dos
princípios religiosos;
o Geralmente o rei é um
representante dos deuses
ou a própria encarnação de
um deus;
o As primeiras civilizações
que se têm notícia eram
monarquias teocráticas.
Com o termo Teocracia designa-se um
ordenamento político pelo qual o poder é exercido em
nome de uma autoridade divina por homens que se
declaram seus representantes na Terra, quando não uma
sua encarnação. Bem característica do sistema
teocrático é a posição preeminente reconhecida à
hierarquia sacerdotal, que direta ou indiretamente
controla toda vida social em seus aspectos sacros e
profanos. A subordinação das atividades e dos
interesses temporais aos espirituais, justificada pela
necessidade de assegurar antes de qualquer outra coisa
a salus animarum dos fiéis, determina a subordinação
do laicato ao clero: a Teocracia, que etimologicamente
significa "Governo de Deus", traduz-se assim em
hierocracia, ou seja, em Governo da casta sacerdotal, à
qual, por mandato divino, foi confiada a tarefa de prover,
tanto a salvação eterna, como o bem-estar material do
povo.
(FERRARI, Silvio. Teocracia In: BOBBIO, Norberto. Dicionário de
Política)
Formação do Egito
o Considerada a:
o Localização: Nordeste da África;
o Construída em torno do Rio Nilo (território
denominado corredor do Nilo);
o Formação dos Nomos:
o Em egípcio, eram chamados spat;
o Pequenas comunidades baseadas na propriedade coletiva
da terra;
o Lideradas por um nomarca;
o Ocupação remonta a 15 mil anos AP;
o Com a formação do império, os nomos são transformados
em unidades administrativas.
Os 42 nomos egípcios
no período ptlomaico
“mais longa experiência humana documentada de continuidade política e
cultural”
(CARDOSO, Ciro. O Egito Antigo)
Formação do Egito
o Desenvolvimento dos nomos:
o Teoria denominada de “Hipótese causal
hidráulica”;
o Crescimento populacional;
o Expansão agrícola;
o Obras de irrigação e diques;
o Fusão de diversos nomos.
o Formação de reinos Pré-Dinásticos
(cerca de 3500 a.C.):
o Alto Egito (da Primeira Catarata até Mênfis);
o Baixo Egito (localizado no Delta).
Os dois reinos pré-dinásticos do Egito
Formação do Egito
o Unificação dos reinos (cerca de 3200 a.C.):
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Paleta de Narmer (c. 3100 a. C.)
Formação do Egito
As coroas do Egito
Coroa Vermelha Coroa Branca
Coroa do Egito Unificado
Política no Egito Antigo
o Teocracia: é o sistema de governo em
que as ações políticas, jurídicas e
policiais são submetidas às normas de
alguma religião;
o Faraó: líder político com poderes
ilimitados, considerado um deus
encarnado entre os homens.
o Laços de pessoalidade: A importância
político-social de um indivíduo era
relativa à proximidade desta à figura
do faraó. Nakhtefmut e sua filha Shepenese
louvam Ra-Harakhty (c. 945 a.C)
Sociedade no Egito Antigo
o Sociedade altamente estratificada,
burocratizada e estamental;
o Hierarquia:
o Faraó;
o Nobreza: família real, altos
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o Escribas;
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o Camponeses (Felás);
o Escravizados.
Esquema representando a
hierarquia no Egito Antigo
“Decide-te pela escrita, e estarás protegido do trabalho árduo de qualquer tipo; poderás
ser um magistrado de elevada reputação. O escriba está livre dos trabalhos manuais é ele quem
dá ordens. Não tens na mão a palheta do escriba? É ela que estabelece a diferença entre o que
és e o homem que segura o remo”
(Conselhos de uma pai. In: KOSHIBA, Luiz. História: origens, estrutura e processos)
Economia no Egito Antigo
o Sistema de regadio:
dependência das cheias e
vazantes do Rio Nilo;
o Terra: propriedade do
Faraó (Estado), mas de
uso coletivo;
o Servidão Coletiva:
trabalho compulsório dos
felás sob o controle do
faraó e/ou sacerdotes.
“Sendo a vida agrícola
inteiramente dependente da
inundação, quando esta faltava ou era
insuficiente ocorria a fome – apesar
das reservas acumuladas pelo Estado –
e morriam milhares de pessoas. Temos
muitos documentos escritos (e às vezes
pictóricos) que se referem a tais
épocas calamitosas. Numa delas,
durante o Primeiro Período
Intermediário, segundo parece houve
casos de canibalismo”
(CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo)
“O Egito é um presente do Nilo”
(HERÓDOTO. Histórias)
Economia no Egito Antigo
o Produtos:
o Cereais (trigo e cevada) e linho;
o Devido o uso de diques e
tanques de água, também
produziam árvores frutíferas e
horticultura;
o Animais: domesticação de gado
de médio (cavalos e bois) e
pequeno porte (porcos, cabras
e ovelhas) e aves (pelicanos,
gansos e patos);
o Complexo sistema de
irrigação.
Pintura na câmara funerária de Sennudem representando
o processo de arar a terra (c. 1200 a.C.)
Economia no Egito Antigo
o Construções:
o Construídos na época de
cheia do Nilo (julho a
outubro);
o Produtivas: canais de
irrigação, diques, tanques de
água e depósitos de
armazenagem;
o Religiosas: templos e
monumentos funerários;
o Presença do comércio
exterior (tanto estatal
quanto privado), através do
escambo.
“Os habitantes do Delta do
Nilo são certamente aqueles que, de
todos os homens vivendo noutros
países ou no resto do Egito,
recolhem os frutos da terra com
menor fadiga; [...] quando o rio
regou, ele próprio, os seus campos e
em seguida se retirou, cada um
deles semeia e larga no campo os
porcos; quando estes, pisando,
enterram as sementes, só lhes resta
esperar o tempo da ceifa”
(HERÓDOTO. História)
Economia no Egito Antigo
Trabalhos agrícolas na Tumba de Nakht (c.
1400 a.C.)
“Chegando a época da colheita,
os talos do trigo e da cevada eram
cortados pelo meio com uma foice de
madeira com dentes de sílex,
enquanto o linho era arrancado.
Depois o cereal era pisoteado pelo
gado maior para separar o grão da
palha, peneirando e guardado em
celeiros de forma grosseiramente
cônica (de fato, tinham a forma de
pães de açúcar)”
(CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo)
O Rio Nilo
o Nasce no Lago Vitória
(Uganda) e corre para o
norte, desaguando no
mar mediterrâneo
através de um delta;
o Maior rio do mundo em
extensão (6.650 km);
o Presença de 6 cataratas;
o Chamado à época de
itéru ( ), que
significa “grande rio”.
“Desde o nordeste, na região
do Delta (onde deságua) até o Lago
Vitória, próximo da linha do Equador
(onde nasce), o extenso território
continental é irrigado pelos 7 mil km
das águas do maior rio do mundo: o
Nilo. Ele oferece as condições de vida
para inúmeras espécies de animais e
vegetais, e às suas margens
formaram-se as primeiras
comunidades sedentárias
organizadas”
(MACEDO, José Rivair. História da África)
O Rio Nilo
o A importância do
Rio Nilo:
o Atividades
vinculadas ao rio:
o Agricultura;
o Transportes;
o Organização
social do Egito
Antigo;
o Mitificado na
forma do deus
Hapi, a Fonte do
Nilo.
Embarcação egípcia em alto relevo (c. 1300 a.C.)
O Rio Nilo
“Louvado sejas, ó Nilo! Tu que
sais da terra e vens até nós para dar
alimento ao Egito. Tu que irrigas
nossos campos e fostes criado para
nutrir nossos rebanhos. Tu que
molhas o deserto, que está tão
longe da água. Tu que fazes crescer
a cevada e o trigo. Tu que enches os
celeiros e abres as portas dos paióis.
Tu que dá aos pobres. É para ti que
tocamos a harpa e cantamos”
(Hino a Hapi in: GOMBRICH, Ernest. Breve
História do mundo)
Representação de Hapi, com ventre proeminente,
seios e a cinta dos pescadores enquanto segura o
sema-taui (símbolo que representa a união entre o
Alto e Baixo Egito)
O Rio Nilo
o A importância do Rio Nilo:
o Organização do espaço e do
tempo:
o Devido a sua regularidade;
o Favorece a produção agrícola;
o 3 estações do ano definidas:
o Inundação (julho a outubro);
o Semeadura (novembro a
fevereiro);
o Colheita (março a junho).
“Embora o verdejante curso do
Nilo surja como uma autêntica antítese
das esbranquiçadas areias do Saara,
através dos quais desliza, estes dois
traços contrastantes juntos constituiriam
uma força primordial no
desenvolvimento da agricultura e
estabeleceu a sociedade humana em
África [...]. A evolução foi complexa,
envolvendo, envolvendo a
domesticação de plantas e animais,
inovações tecnológicas, fixação de
aldeias e o aumento do nível de
interdependência social. ‘Foi
indubitavelmente a melhor adaptação a
um ambiente semiárido específico’”
(READER, John. África: biografia de um
continente)
O Rio Nilo
“A inundação anual do
Nilo [...] começa em julho, e a
retirada das águas, em fins de
outubro, coincide com o
momento adequado para
semear. Depois, entre a colheita
e a nova inundação, passam-se
vários meses, permitindo a
limpeza e conserto dos diques e
canais. Depois que o cereal é
segado, o solo dos campos se
torna seco e se fende, ficando
pronto´para ser penetrado em
profundidade pela água e pelos
aluviões fertilizantes da
inundação”
(CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito
Antigo)
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Pés
O regime do Nilo
Religião no Egito Antigo
o Características:
o Principal elemento ordenador dos
antigos egípcios;
o Politeísta: Idolatram vários deuses,
devido a diversidade de divindades dos
nomos reunidos no Império;
o Deuses Antropozoomórficos: As
representações dos deuses misturam
elementos humanos e animais;
o Ressureição: Crença na vida após a
morte e no retorno da alma ao corpo
Relevo de Toth, deus egípcio da
conhecimento, da sabedoria,
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magia
Religião no Egito Antigo
Alguns deuses egípcios
o Livro dos Mortos:
o Chamado de Livro
para sair para a Luz ou
Saída para a Luz do
Dia;
o Coletânea de de
textos que deveriam
guiar o morto no
Amenti (submundo)
até o Reino de Osíris –
onde a alma seria
julgada;
o Os textos eram
creditados a Toth;
o Princípios: verdade e
justiça.
Religião no Egito Antigo
o Morte:
o Momento mais esperado pelos
homens egípcios.
o Inventores do conceito de vida
eterna e ressureição;
o Segundo as crenças egípcias, após a
morte, alma e corpo seguiam
caminhos distintos;
o Os caminhos da alma e
encantamentos pra sua
sobrevivência no mundo dos mortos
são descritos no Livro dos Mortos.
Múmia de Ramsés II, o Grande (1213
a.C.)
Religião no Egito Antigo
o Alma (Ka):
o Alma-coração: eterna e divida em
sete ou oito partes;
o Retorno à verdadeira vida guiado
por Anúbis;
o Tribunal de Osíris:
o Julgamento da alma por 42
deuses;
o Balança: coração (ib) e pena (maat);
o Pena mais pesada: ressurreição;
o Coração mais pesado: alma
devorada por Ammit (deus Jacaré,
hipopótamo e leão).
Ba, parte a alma representada por um pássaro com a
cabeça do morto. O Ba era responsável por alimentar o
corpo mumificado, com a energia oriunda de alimentos e
água, para mantê-lo vivo no Amenti
Religião no Egito Antigo
Cena do Livro dos Mortos de Ani, representando o Tribunal de Osíris (c. 1300 a.C.)
Religião no Egito Antigo
o Corpo (Khat): Mumificação
o Motivo: Ressureição da alma no
mesmo corpo;
o Procedimentos:
1. Executado em templos de Anúbis
por sacerdotes mascarados;
2. Retirada do cérebros com auxílio
de vinho de tâmara, que
amolecia-o, e um instrumento
curvo;
3. Retirada dos órgãos internos
pelo abdome, exceto o coração
que eram depositados em vasos
de canopo.
Conjunto de 59 sarcófagos egípcios recentemente
descobertos referentes à XVI Dinastia (672 a.C. – 525
a.C.)
Religião no Egito Antigo
o Procedimentos:
4. Salgamento do corpo
por 72 dias;
5. Enxerto de perfumes
e resinas no corpo;
6. O corpo era
finalmente enfaixado
em linho;
7. Colocado no
sarcófago e depois
nas tumbas.
Vasos de canopo ou Vasos canótipos. Cada órgão era
depositado em um vaso independente: da esquerda para a
direita, Kebehsenuf (Falcão) para o fígado, Hapi (Babuíno)
para os órgãos menores, Amset (Homem) para o estômago e
os intestinos e Duatmufed (Chacal) para os pulmões.
Religião no Egito Antigo
Representação de um sacerdote de Anúbis mumificando um corpo
dentro de um sarcófago
Máscara de cerâmica utilizada pelos
sacerdotes de Anúbis (c. 600 a.C.)
Esta é a múmia de um jovem chamado Heraclides.
Ele morreu no Egito no século I d.C.
quando tinha cerca de 20 anos.
A mumificação foi desenvolvida pelos antigos egípcios
para preservar o corpo para a vida após a morte.
Geralmente, todos os órgãos eram retirados antes da
mumificação,
com exceção do coração.
Mas neste caso o coração foi retirado
e os pulmões ficaram intactos.
Depois o corpo era coberto com sal
e deixado de lado por cerca de 40 dias
até que toda a umidade fosse eliminada.
Depois passava-se óleos perfumados e resinas de plantas
no corpo.
Camadas grossas de resina eram usadas
para colar as faixas de linho
que envolviam o corpo.
A múmia era colocada em uma tábua de madeira
e mais bandagens as atavam.
Uma bolsa misteriosa que talvez possuísse um significado
religioso
foi colocada no peito.
Um íbis mumificado, um pássaro pernalta
com um bico fino e encurvado para baixo
foi colocado no abdômen.
As múmias de íbis geralmente serviam
como oferenda aos deuses,
mas este é um caso incomum de um pássaro sendo
mumificado
com um humano falecido.
Longas faixas de linho fortaleciam a bandagem ainda
mais.
Um painel com o retrato de Heraclides foi colocado sob
seu rosto.
Um pano grande de linho foi colocado ao redor da
múmia.
A mortalha foi pintada de vermelho
com pigmento à base de chumbo importado.
Este procedimento era raro.
Existem muito poucas múmias com mortalha vermelha.
Símbolos egípcios de proteção e renascimento
foram pintados na parte de fora
com pigmentos e ouro.
Por fim, o nome de Heraclides foi escrito em Grego
a seus pés.
Graças a este processo de mumificação extraordinário,
o corpo de Heraclides está preservado.
Legendado e revisado por Victor Creti Bruzadelli
Religião no Egito Antigo
Vídeo do Britsh Museum explicando a mumificação de Heraclides
Períodos da História Egípcia
o Período Pré-dinástico (4000- 3200 a.C.):
o Período de povoamento;
o Formação do nomos (comunidade agrícolas
independentes);
o No Egito, houveram 31 dinastias que se
sucederam no poder, mas podemos
agrupá-las em grandes períodos:
o Antigo Império (3200-2180 a.C.);
o Médio Império (2040-1780 a.C.);
o Novo Império (1580-1070 a.C.).
Hathor, esposa de Hórus. Pode ser
representada por uma vaca ou
uma mulher com cabeça de vaca.
Períodos da História Egípcia
o Antigo Império (3200 - 2180 a.C.):
o Também chamado de Império
Menfita;
o Poder centralizado em Mênfis (atual
Cairo);
o Unificação dos reinos do Alto e Baixo
Egito;
o Período de maior prosperidade e
estabilidade política;
o Momento de construção de
Pirâmides;
o Crise: ação dos nomarcas. Escavações arqueológicas na Pirâmide
de Zozer (c. 2667–2648 a.C.)
Períodos da História Egípcia
o Médio Império (2040-1780 a.C.):
o Também chamado Primeiro Império
Tebano;
o Conquista do poder pelos
governantes de Tebas (nova capital);
o Fortalecimento da unidade entre Sul
e Norte;
o Período de grande desenvolvimento
econômico e cultural;
o Expansão territorial;
o Crise: invasão dos Hiscsos.
Faraó Mentuotepe II (c. 2013 a.C.)
Períodos da História Egípcia
o Novo Império (1580-1070 a.C.):
o Também chamado Segundo Império Tebano;
o Marcado pela expulsão dos Hicsos e grande
prosperidade;
o Conquistas territoriais: Reino de Kush (Núbia),
Fenícia, Palestina, Síria, territórios mesopotâmicos
etc.;
o Grande desenvolvimento comercial;
o Relativa fragmentação político-religiosa: Amenófis
IV e a monolatria a Aton;
o Crise: revoltas populares, revoltas dos povos
dominados e luta pelo poder;
o Diversas invasões de povos estrangeiros:
o Domínio dos assírios (662 a.C. – 650 a.C.);
o Domínio persa (525 a.C.);
o Domínio macedônico (Séc. IV a.C.);
o Domínio romano (51 a.C.).
Templo de Abu Simbel, construído durante
o governo de Ramsés II, o Grande (c. 1284
a.C. – 1264 a.C.)
Revolução de Akhenaton
o Amenófis IV (ou Amenhotep IV) governou
o Egito de (c. 1352 a.C. – 1336 a.C.);
o Motivação: desejo de romper com o
poderoso clero de Amon-Rá em
Heliópolis;
o Nome: adota o nome Akhenaton, que
significa “Aquele que louva Aton” (c. 1347
a.C.);
o Religiosa: instituição da monolatria (ou
Henoteísmo) ao deus Aton;
o Política: faraó como o único representante
de Aton, transferência da capital para
Akhenaton (Tell el-Amarna) e Nefertiti
como Grande Esposa Real;
Akhenaton, Nefertiti e uma de
suas filhas sob Aton (c. 1350 a.C.)
Revolução de Akhenaton
o Arte: ruptura com os cânones
anteriores:
1. Estilização e/ou deformação das
formas (crânio alongado, lábios
grossos...);
2. Androginia dos corpos (ancas largas,
ventre proeminente...);
3. Representação mais igualitária de
Nefertiti;
4. Intimidade da família real;
o Obs.: As características religiosas,
políticas e artísticas egípcias são
retomadas durante o governo de
Tutankhamon. Busto de Nefertiti (c. 1435 a. C.) @
Revolução de Akhenaton
“O desenvolvimento do culto a Âmon trouxe uma ameaça inesperada à
autoridade real: os sacerdotes de Âmon transformaram-se numa casta de tamanha
riqueza e poder que ao rei só se tornou possível manter sua posição caso aqueles o
apoiassem. Um faraó admirável, Amenhotep IV [também chamado de Amenófis IV],
tentou derrubá-los proclamando sua fé em um único deus, Áton, representado pelo
disco do Sol. Mudou seu nome para Akhenaton, fechou os templos de Âmon e
transferiu a capital para um novo local. Sua tentativa de colocar-se à frente de uma
nova fé monoteísta [na verdade, melhor seria o conceito de monolatria], no entanto,
não sobreviveu ao seu reinado (1372-1358 a.C.), e a ortodoxia foi rapidamente
restaurada sob seus sucessores. Durante longo período de declínio do Egito, após
1000 a.C., o país passou a ser cada vez mais dirigido pelos sacerdotes, até que, sob
domínio grego e romano, a civilização egípcia chegou ao fim, em meio a um caos
de doutrinas religiosas esotéricas”
(JANSON, Horst W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à história da arte)
Revolução de Akhenaton
Colosso de Akhenaton em pose
osiríaca (c.1350 a.C.)
Akenaton, Nefertiti e suas filhas (1330 a.C.)
Revolução de Akhenaton
Vídeo Nefertiti e
Akhenaton do Canal
Arqueologia Egípcia
Escritas egípcias
1. Hieróglifo:
o “Escrita sagrada”, do grego hieros
(sagrado) e glyphein (gravar);
o Uma das primeiras formas de
escrita inventadas;
o Surgida por volta de 3000 a.C.;
o Decodificada pelo linguista Jean-
François Champollion (1822);
o Utilizada com finalidade religiosa:
monumentos e templos de pedra;
o Atribuída à Toth;
o Inicialmente formada por
caracteres pictográficos (signo-
palavras) e, posteriormente,
fonéticos. Pedra de Rosetta (196 a.C.) @
Escritas egípcias
A decifração dos
hieróglifos, trecho
da série Cosmos,
de Carl Sagan
(1980)
Escritas egípcias
2. Hierático:
o Simplificação dos
Hieróglifos, tornando-os
cursivos;
o Utilizada em textos
jurídicos, literários e
administrativos;
o Mais comumente
encontrado em papiros.
Papiro de Ebers (c. 1550 a.C.)
Escritas egípcias
3. Demótico:
o Escrita mais simples
e popular;
o Utilizada na
escritura de cartas e
documentos
comerciais;
o Grafada em papiro,
com tinta feita à
base de fuligem.
Trecho da Pedra de Rosetta (196 a.C.)
Escritas egípcias
Desenvolvimento e simplificação da
escrita egípcia ao longo do tempo
(Adaptação de Encyclopaedia Britannica,
vol. 29, 1993)

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Egito Antigo: A Civilização do Nilo

  • 1. Egito Antigo Prof. Victor Creti Bruzadelli Arte & História prof. Victor Creti @arteehistoria MPB no Vestibular prof.vcb@gmail.com
  • 2. Crescente Fértil o Conceito: o Criado pelo arqueólogo James Henry Breasted; o Região que se estende do norte da África ao Golfo Pérsico (500 km²); o Banhado pelos rios Tigre, Eufrates, Jordão e Nilo; o Propícia sedentarização: agricultura e criação de animais. Mapa representando o Crescente Fértil
  • 3. Crescente Fértil o Atraiu uma grande diversidade de povos; o Primeiras cidades e civilizações que se tem notícia: Egito e a Mesopotâmia; o Elementos comuns entre os povos da região: o Sistema produtivo: regadio; o Regime político: Monarquias teocráticas. Vista da cidade mesopotâmica Uruk
  • 4. Crescente Fértil o Sistema de Regadio: o Utilização das cheias e vazantes dos rios na produção agrícola; o Esse conceito remete às sociedades do Crescente Fértil, com destaque para o Egito e a Mesopotâmia; o Utilização de diversas tecnologias e construções para “controlar” os rios. Animação representando o Sistema de Regadio egípcio
  • 5. Crescente Fértil o Monarquias Teocráticas: o Teocracia: do grego Teo (deus) e Cracia (poder); o Poder derivado dos princípios religiosos; o Geralmente o rei é um representante dos deuses ou a própria encarnação de um deus; o As primeiras civilizações que se têm notícia eram monarquias teocráticas. Com o termo Teocracia designa-se um ordenamento político pelo qual o poder é exercido em nome de uma autoridade divina por homens que se declaram seus representantes na Terra, quando não uma sua encarnação. Bem característica do sistema teocrático é a posição preeminente reconhecida à hierarquia sacerdotal, que direta ou indiretamente controla toda vida social em seus aspectos sacros e profanos. A subordinação das atividades e dos interesses temporais aos espirituais, justificada pela necessidade de assegurar antes de qualquer outra coisa a salus animarum dos fiéis, determina a subordinação do laicato ao clero: a Teocracia, que etimologicamente significa "Governo de Deus", traduz-se assim em hierocracia, ou seja, em Governo da casta sacerdotal, à qual, por mandato divino, foi confiada a tarefa de prover, tanto a salvação eterna, como o bem-estar material do povo. (FERRARI, Silvio. Teocracia In: BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política)
  • 6. Formação do Egito o Considerada a: o Localização: Nordeste da África; o Construída em torno do Rio Nilo (território denominado corredor do Nilo); o Formação dos Nomos: o Em egípcio, eram chamados spat; o Pequenas comunidades baseadas na propriedade coletiva da terra; o Lideradas por um nomarca; o Ocupação remonta a 15 mil anos AP; o Com a formação do império, os nomos são transformados em unidades administrativas. Os 42 nomos egípcios no período ptlomaico “mais longa experiência humana documentada de continuidade política e cultural” (CARDOSO, Ciro. O Egito Antigo)
  • 7. Formação do Egito o Desenvolvimento dos nomos: o Teoria denominada de “Hipótese causal hidráulica”; o Crescimento populacional; o Expansão agrícola; o Obras de irrigação e diques; o Fusão de diversos nomos. o Formação de reinos Pré-Dinásticos (cerca de 3500 a.C.): o Alto Egito (da Primeira Catarata até Mênfis); o Baixo Egito (localizado no Delta). Os dois reinos pré-dinásticos do Egito
  • 8. Formação do Egito o Unificação dos reinos (cerca de 3200 a.C.): o Menés (ou Narmer), rei do Alto Egito submete o Baixo Egito. Paleta de Narmer (c. 3100 a. C.)
  • 9. Formação do Egito As coroas do Egito Coroa Vermelha Coroa Branca Coroa do Egito Unificado
  • 10. Política no Egito Antigo o Teocracia: é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião; o Faraó: líder político com poderes ilimitados, considerado um deus encarnado entre os homens. o Laços de pessoalidade: A importância político-social de um indivíduo era relativa à proximidade desta à figura do faraó. Nakhtefmut e sua filha Shepenese louvam Ra-Harakhty (c. 945 a.C)
  • 11. Sociedade no Egito Antigo o Sociedade altamente estratificada, burocratizada e estamental; o Hierarquia: o Faraó; o Nobreza: família real, altos funcionários e sacerdotes; o Escribas; o Artesãos, comerciantes e militares; o Camponeses (Felás); o Escravizados. Esquema representando a hierarquia no Egito Antigo “Decide-te pela escrita, e estarás protegido do trabalho árduo de qualquer tipo; poderás ser um magistrado de elevada reputação. O escriba está livre dos trabalhos manuais é ele quem dá ordens. Não tens na mão a palheta do escriba? É ela que estabelece a diferença entre o que és e o homem que segura o remo” (Conselhos de uma pai. In: KOSHIBA, Luiz. História: origens, estrutura e processos)
  • 12. Economia no Egito Antigo o Sistema de regadio: dependência das cheias e vazantes do Rio Nilo; o Terra: propriedade do Faraó (Estado), mas de uso coletivo; o Servidão Coletiva: trabalho compulsório dos felás sob o controle do faraó e/ou sacerdotes. “Sendo a vida agrícola inteiramente dependente da inundação, quando esta faltava ou era insuficiente ocorria a fome – apesar das reservas acumuladas pelo Estado – e morriam milhares de pessoas. Temos muitos documentos escritos (e às vezes pictóricos) que se referem a tais épocas calamitosas. Numa delas, durante o Primeiro Período Intermediário, segundo parece houve casos de canibalismo” (CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo) “O Egito é um presente do Nilo” (HERÓDOTO. Histórias)
  • 13. Economia no Egito Antigo o Produtos: o Cereais (trigo e cevada) e linho; o Devido o uso de diques e tanques de água, também produziam árvores frutíferas e horticultura; o Animais: domesticação de gado de médio (cavalos e bois) e pequeno porte (porcos, cabras e ovelhas) e aves (pelicanos, gansos e patos); o Complexo sistema de irrigação. Pintura na câmara funerária de Sennudem representando o processo de arar a terra (c. 1200 a.C.)
  • 14. Economia no Egito Antigo o Construções: o Construídos na época de cheia do Nilo (julho a outubro); o Produtivas: canais de irrigação, diques, tanques de água e depósitos de armazenagem; o Religiosas: templos e monumentos funerários; o Presença do comércio exterior (tanto estatal quanto privado), através do escambo. “Os habitantes do Delta do Nilo são certamente aqueles que, de todos os homens vivendo noutros países ou no resto do Egito, recolhem os frutos da terra com menor fadiga; [...] quando o rio regou, ele próprio, os seus campos e em seguida se retirou, cada um deles semeia e larga no campo os porcos; quando estes, pisando, enterram as sementes, só lhes resta esperar o tempo da ceifa” (HERÓDOTO. História)
  • 15. Economia no Egito Antigo Trabalhos agrícolas na Tumba de Nakht (c. 1400 a.C.) “Chegando a época da colheita, os talos do trigo e da cevada eram cortados pelo meio com uma foice de madeira com dentes de sílex, enquanto o linho era arrancado. Depois o cereal era pisoteado pelo gado maior para separar o grão da palha, peneirando e guardado em celeiros de forma grosseiramente cônica (de fato, tinham a forma de pães de açúcar)” (CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo)
  • 16. O Rio Nilo o Nasce no Lago Vitória (Uganda) e corre para o norte, desaguando no mar mediterrâneo através de um delta; o Maior rio do mundo em extensão (6.650 km); o Presença de 6 cataratas; o Chamado à época de itéru ( ), que significa “grande rio”. “Desde o nordeste, na região do Delta (onde deságua) até o Lago Vitória, próximo da linha do Equador (onde nasce), o extenso território continental é irrigado pelos 7 mil km das águas do maior rio do mundo: o Nilo. Ele oferece as condições de vida para inúmeras espécies de animais e vegetais, e às suas margens formaram-se as primeiras comunidades sedentárias organizadas” (MACEDO, José Rivair. História da África)
  • 17. O Rio Nilo o A importância do Rio Nilo: o Atividades vinculadas ao rio: o Agricultura; o Transportes; o Organização social do Egito Antigo; o Mitificado na forma do deus Hapi, a Fonte do Nilo. Embarcação egípcia em alto relevo (c. 1300 a.C.)
  • 18. O Rio Nilo “Louvado sejas, ó Nilo! Tu que sais da terra e vens até nós para dar alimento ao Egito. Tu que irrigas nossos campos e fostes criado para nutrir nossos rebanhos. Tu que molhas o deserto, que está tão longe da água. Tu que fazes crescer a cevada e o trigo. Tu que enches os celeiros e abres as portas dos paióis. Tu que dá aos pobres. É para ti que tocamos a harpa e cantamos” (Hino a Hapi in: GOMBRICH, Ernest. Breve História do mundo) Representação de Hapi, com ventre proeminente, seios e a cinta dos pescadores enquanto segura o sema-taui (símbolo que representa a união entre o Alto e Baixo Egito)
  • 19. O Rio Nilo o A importância do Rio Nilo: o Organização do espaço e do tempo: o Devido a sua regularidade; o Favorece a produção agrícola; o 3 estações do ano definidas: o Inundação (julho a outubro); o Semeadura (novembro a fevereiro); o Colheita (março a junho). “Embora o verdejante curso do Nilo surja como uma autêntica antítese das esbranquiçadas areias do Saara, através dos quais desliza, estes dois traços contrastantes juntos constituiriam uma força primordial no desenvolvimento da agricultura e estabeleceu a sociedade humana em África [...]. A evolução foi complexa, envolvendo, envolvendo a domesticação de plantas e animais, inovações tecnológicas, fixação de aldeias e o aumento do nível de interdependência social. ‘Foi indubitavelmente a melhor adaptação a um ambiente semiárido específico’” (READER, John. África: biografia de um continente)
  • 20. O Rio Nilo “A inundação anual do Nilo [...] começa em julho, e a retirada das águas, em fins de outubro, coincide com o momento adequado para semear. Depois, entre a colheita e a nova inundação, passam-se vários meses, permitindo a limpeza e conserto dos diques e canais. Depois que o cereal é segado, o solo dos campos se torna seco e se fende, ficando pronto´para ser penetrado em profundidade pela água e pelos aluviões fertilizantes da inundação” (CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo) 0 5 10 15 20 25 30 Pés O regime do Nilo
  • 21. Religião no Egito Antigo o Características: o Principal elemento ordenador dos antigos egípcios; o Politeísta: Idolatram vários deuses, devido a diversidade de divindades dos nomos reunidos no Império; o Deuses Antropozoomórficos: As representações dos deuses misturam elementos humanos e animais; o Ressureição: Crença na vida após a morte e no retorno da alma ao corpo Relevo de Toth, deus egípcio da conhecimento, da sabedoria, da escrita, da música e da magia
  • 22. Religião no Egito Antigo Alguns deuses egípcios o Livro dos Mortos: o Chamado de Livro para sair para a Luz ou Saída para a Luz do Dia; o Coletânea de de textos que deveriam guiar o morto no Amenti (submundo) até o Reino de Osíris – onde a alma seria julgada; o Os textos eram creditados a Toth; o Princípios: verdade e justiça.
  • 23. Religião no Egito Antigo o Morte: o Momento mais esperado pelos homens egípcios. o Inventores do conceito de vida eterna e ressureição; o Segundo as crenças egípcias, após a morte, alma e corpo seguiam caminhos distintos; o Os caminhos da alma e encantamentos pra sua sobrevivência no mundo dos mortos são descritos no Livro dos Mortos. Múmia de Ramsés II, o Grande (1213 a.C.)
  • 24. Religião no Egito Antigo o Alma (Ka): o Alma-coração: eterna e divida em sete ou oito partes; o Retorno à verdadeira vida guiado por Anúbis; o Tribunal de Osíris: o Julgamento da alma por 42 deuses; o Balança: coração (ib) e pena (maat); o Pena mais pesada: ressurreição; o Coração mais pesado: alma devorada por Ammit (deus Jacaré, hipopótamo e leão). Ba, parte a alma representada por um pássaro com a cabeça do morto. O Ba era responsável por alimentar o corpo mumificado, com a energia oriunda de alimentos e água, para mantê-lo vivo no Amenti
  • 25. Religião no Egito Antigo Cena do Livro dos Mortos de Ani, representando o Tribunal de Osíris (c. 1300 a.C.)
  • 26. Religião no Egito Antigo o Corpo (Khat): Mumificação o Motivo: Ressureição da alma no mesmo corpo; o Procedimentos: 1. Executado em templos de Anúbis por sacerdotes mascarados; 2. Retirada do cérebros com auxílio de vinho de tâmara, que amolecia-o, e um instrumento curvo; 3. Retirada dos órgãos internos pelo abdome, exceto o coração que eram depositados em vasos de canopo. Conjunto de 59 sarcófagos egípcios recentemente descobertos referentes à XVI Dinastia (672 a.C. – 525 a.C.)
  • 27. Religião no Egito Antigo o Procedimentos: 4. Salgamento do corpo por 72 dias; 5. Enxerto de perfumes e resinas no corpo; 6. O corpo era finalmente enfaixado em linho; 7. Colocado no sarcófago e depois nas tumbas. Vasos de canopo ou Vasos canótipos. Cada órgão era depositado em um vaso independente: da esquerda para a direita, Kebehsenuf (Falcão) para o fígado, Hapi (Babuíno) para os órgãos menores, Amset (Homem) para o estômago e os intestinos e Duatmufed (Chacal) para os pulmões.
  • 28. Religião no Egito Antigo Representação de um sacerdote de Anúbis mumificando um corpo dentro de um sarcófago Máscara de cerâmica utilizada pelos sacerdotes de Anúbis (c. 600 a.C.)
  • 29. Esta é a múmia de um jovem chamado Heraclides. Ele morreu no Egito no século I d.C. quando tinha cerca de 20 anos. A mumificação foi desenvolvida pelos antigos egípcios para preservar o corpo para a vida após a morte. Geralmente, todos os órgãos eram retirados antes da mumificação, com exceção do coração. Mas neste caso o coração foi retirado e os pulmões ficaram intactos. Depois o corpo era coberto com sal e deixado de lado por cerca de 40 dias até que toda a umidade fosse eliminada. Depois passava-se óleos perfumados e resinas de plantas no corpo. Camadas grossas de resina eram usadas para colar as faixas de linho que envolviam o corpo. A múmia era colocada em uma tábua de madeira e mais bandagens as atavam. Uma bolsa misteriosa que talvez possuísse um significado religioso foi colocada no peito. Um íbis mumificado, um pássaro pernalta com um bico fino e encurvado para baixo foi colocado no abdômen. As múmias de íbis geralmente serviam como oferenda aos deuses, mas este é um caso incomum de um pássaro sendo mumificado com um humano falecido. Longas faixas de linho fortaleciam a bandagem ainda mais. Um painel com o retrato de Heraclides foi colocado sob seu rosto. Um pano grande de linho foi colocado ao redor da múmia. A mortalha foi pintada de vermelho com pigmento à base de chumbo importado. Este procedimento era raro. Existem muito poucas múmias com mortalha vermelha. Símbolos egípcios de proteção e renascimento foram pintados na parte de fora com pigmentos e ouro. Por fim, o nome de Heraclides foi escrito em Grego a seus pés. Graças a este processo de mumificação extraordinário, o corpo de Heraclides está preservado. Legendado e revisado por Victor Creti Bruzadelli Religião no Egito Antigo Vídeo do Britsh Museum explicando a mumificação de Heraclides
  • 30. Períodos da História Egípcia o Período Pré-dinástico (4000- 3200 a.C.): o Período de povoamento; o Formação do nomos (comunidade agrícolas independentes); o No Egito, houveram 31 dinastias que se sucederam no poder, mas podemos agrupá-las em grandes períodos: o Antigo Império (3200-2180 a.C.); o Médio Império (2040-1780 a.C.); o Novo Império (1580-1070 a.C.). Hathor, esposa de Hórus. Pode ser representada por uma vaca ou uma mulher com cabeça de vaca.
  • 31. Períodos da História Egípcia o Antigo Império (3200 - 2180 a.C.): o Também chamado de Império Menfita; o Poder centralizado em Mênfis (atual Cairo); o Unificação dos reinos do Alto e Baixo Egito; o Período de maior prosperidade e estabilidade política; o Momento de construção de Pirâmides; o Crise: ação dos nomarcas. Escavações arqueológicas na Pirâmide de Zozer (c. 2667–2648 a.C.)
  • 32. Períodos da História Egípcia o Médio Império (2040-1780 a.C.): o Também chamado Primeiro Império Tebano; o Conquista do poder pelos governantes de Tebas (nova capital); o Fortalecimento da unidade entre Sul e Norte; o Período de grande desenvolvimento econômico e cultural; o Expansão territorial; o Crise: invasão dos Hiscsos. Faraó Mentuotepe II (c. 2013 a.C.)
  • 33. Períodos da História Egípcia o Novo Império (1580-1070 a.C.): o Também chamado Segundo Império Tebano; o Marcado pela expulsão dos Hicsos e grande prosperidade; o Conquistas territoriais: Reino de Kush (Núbia), Fenícia, Palestina, Síria, territórios mesopotâmicos etc.; o Grande desenvolvimento comercial; o Relativa fragmentação político-religiosa: Amenófis IV e a monolatria a Aton; o Crise: revoltas populares, revoltas dos povos dominados e luta pelo poder; o Diversas invasões de povos estrangeiros: o Domínio dos assírios (662 a.C. – 650 a.C.); o Domínio persa (525 a.C.); o Domínio macedônico (Séc. IV a.C.); o Domínio romano (51 a.C.). Templo de Abu Simbel, construído durante o governo de Ramsés II, o Grande (c. 1284 a.C. – 1264 a.C.)
  • 34. Revolução de Akhenaton o Amenófis IV (ou Amenhotep IV) governou o Egito de (c. 1352 a.C. – 1336 a.C.); o Motivação: desejo de romper com o poderoso clero de Amon-Rá em Heliópolis; o Nome: adota o nome Akhenaton, que significa “Aquele que louva Aton” (c. 1347 a.C.); o Religiosa: instituição da monolatria (ou Henoteísmo) ao deus Aton; o Política: faraó como o único representante de Aton, transferência da capital para Akhenaton (Tell el-Amarna) e Nefertiti como Grande Esposa Real; Akhenaton, Nefertiti e uma de suas filhas sob Aton (c. 1350 a.C.)
  • 35. Revolução de Akhenaton o Arte: ruptura com os cânones anteriores: 1. Estilização e/ou deformação das formas (crânio alongado, lábios grossos...); 2. Androginia dos corpos (ancas largas, ventre proeminente...); 3. Representação mais igualitária de Nefertiti; 4. Intimidade da família real; o Obs.: As características religiosas, políticas e artísticas egípcias são retomadas durante o governo de Tutankhamon. Busto de Nefertiti (c. 1435 a. C.) @
  • 36. Revolução de Akhenaton “O desenvolvimento do culto a Âmon trouxe uma ameaça inesperada à autoridade real: os sacerdotes de Âmon transformaram-se numa casta de tamanha riqueza e poder que ao rei só se tornou possível manter sua posição caso aqueles o apoiassem. Um faraó admirável, Amenhotep IV [também chamado de Amenófis IV], tentou derrubá-los proclamando sua fé em um único deus, Áton, representado pelo disco do Sol. Mudou seu nome para Akhenaton, fechou os templos de Âmon e transferiu a capital para um novo local. Sua tentativa de colocar-se à frente de uma nova fé monoteísta [na verdade, melhor seria o conceito de monolatria], no entanto, não sobreviveu ao seu reinado (1372-1358 a.C.), e a ortodoxia foi rapidamente restaurada sob seus sucessores. Durante longo período de declínio do Egito, após 1000 a.C., o país passou a ser cada vez mais dirigido pelos sacerdotes, até que, sob domínio grego e romano, a civilização egípcia chegou ao fim, em meio a um caos de doutrinas religiosas esotéricas” (JANSON, Horst W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à história da arte)
  • 37. Revolução de Akhenaton Colosso de Akhenaton em pose osiríaca (c.1350 a.C.) Akenaton, Nefertiti e suas filhas (1330 a.C.)
  • 38. Revolução de Akhenaton Vídeo Nefertiti e Akhenaton do Canal Arqueologia Egípcia
  • 39. Escritas egípcias 1. Hieróglifo: o “Escrita sagrada”, do grego hieros (sagrado) e glyphein (gravar); o Uma das primeiras formas de escrita inventadas; o Surgida por volta de 3000 a.C.; o Decodificada pelo linguista Jean- François Champollion (1822); o Utilizada com finalidade religiosa: monumentos e templos de pedra; o Atribuída à Toth; o Inicialmente formada por caracteres pictográficos (signo- palavras) e, posteriormente, fonéticos. Pedra de Rosetta (196 a.C.) @
  • 40. Escritas egípcias A decifração dos hieróglifos, trecho da série Cosmos, de Carl Sagan (1980)
  • 41. Escritas egípcias 2. Hierático: o Simplificação dos Hieróglifos, tornando-os cursivos; o Utilizada em textos jurídicos, literários e administrativos; o Mais comumente encontrado em papiros. Papiro de Ebers (c. 1550 a.C.)
  • 42. Escritas egípcias 3. Demótico: o Escrita mais simples e popular; o Utilizada na escritura de cartas e documentos comerciais; o Grafada em papiro, com tinta feita à base de fuligem. Trecho da Pedra de Rosetta (196 a.C.)
  • 43. Escritas egípcias Desenvolvimento e simplificação da escrita egípcia ao longo do tempo (Adaptação de Encyclopaedia Britannica, vol. 29, 1993)