O documento discute questões salariais da polícia militar em Minas Gerais. O aumento salarial de 15% é considerado insuficiente e "uma esmola" que não acompanha a inflação. Além disso, há relatos de escalas de trabalho abusivas em Caratinga que sacrificam a saúde dos policiais em benefício de promoções de oficiais.
1. Boletim Informativo semanal do Vereador Cabo Júlio - Ano II - Número VI - Belo Horizonte - Abril 2010
BOLETIM INFORMATIVO
Em Minas
Segurança tem Nome
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Será justo? De nada adianta boas viaturas, bons
equipamentos, boas instalações se o mais importante
tem ficado em segundo plano: o homem.
É preciso acordar e entender que não se faz segurança
pública sem valorização salarial. Mas, por que será que
todas as conquistas salariais que avançamos no
governo Itamar Franco foram corroídas pelo tempo? É
fácil responder. Inteligentemente o governo dividiu a
nossa classe. É a teoria de Maquiavel: dividir para
governar.
Aos ativos um abono de produtividade que não importa
o nome que tenha, vai para nossos bolsos. Mas o
problema é que além de não incorporar ao salário,
acontece apenas uma vez ao ano. Uma política salarial
construída sob a forma de abonos é uma forma
disfarçada de quebrar a paridade, de abandonar os
inativos e pensionistas à própria sorte.Aestes inativos e
pensionistas foi dado uma “banana”, ou seja, nada.
Não podemos permitir que isso aconteça. Todo mundo
vai um dia estar reformado e sofrer com isso. Quando
mais precisamos de tranquilidade encontramos
dificuldades. O argumento de que foi dado 15% de
aumento para atender a todos não é verdade.
Infelizmente algumas lideranças, talvez por medo ou
por interesses próprios, fizeram o joguinho do governo
e tentam iludir a tropa dizendo que o aumento foi bom.
Não foi. Foi horrível.
Você sabia que os médicos tiveram mais de 20% de
aumento? Que os defensores públicos terão até 2012
mais de 100% de aumento? Não digo que estas
categorias não mereçam, pelo contrário, merecem e
muito. Mas nós que arriscamos a vida a toda hora
merecemos esse salário que ganhamos? Reflitam e
tirem suas próprias conclusões. Abraços a todos.
Quero chamar a atenção dos colegas para um
assunto de maior importância em toda nossa
classe: a questão salarial. Algumas perguntas
ficaram no ar: O aumento salarial de 15% foi bom
ou foi ruim? Ter recebido 5% a mais do que o
funcionalismo público atendeu as nossas
expectativas? Sobre as possíveis respostas
quero provocar em nossos companheiros uma
grande reflexão. Inicialmente é preciso lembrar
que só teremos outro aumento em 2012, ou seja,
daqui a dois anos.
No ano que vem será o primeiro ano do novo
governo e sabemos que no primeiro ano
nenhum governante concede aumento salarial
por estar “arrumando a casa”. Então o salário de
R$ 2.041,73 estará congelado até 2012. Será que
suportaremos isso? Será justo um militar de
Minas Gerais que é a 3ª maior economia do
Brasil receber menos que um militar do
pequenino ( em tamanho e em arrecadação)
Estado de Sergipe R$ 3.012,00), ou menos que
um militar da Paraíba (R$ 2.400,00), ou ainda
menos que um militar de Pernambuco (R$
2.208,77)? Veja que até os Estados mais pobres
do nordeste estão à nossa frente. Perdoem-me,
mas eu vou dar a minha opinião a respeito.
Acho que o aumento foi uma esmola, que as
nossas expectativas foram frustradas e que do
Soldado ao Coronel estamos com o salário
achatado. Temos visto um grande número de
praças e oficiais fazendo um trampolim na
carreira e indo para outras áreas melhor
remuneradas. Atualmente um promotor de 21
anos de idade em inicio de carreira ganha mais
que o último posto de nossa instituição
(Coronel) em fim de carreira.
(
VOCÊ FICOU SATISFEITO COM O
AUMENTO SALARIAL?
DIVIDIRAM A NOSSA CLASSE
INFELIZMENTE ALGUMAS LIDERANÇAS, TALVEZ
POR MEDO OU POR INTERESSES PRÓPRIOS,
FIZERAM O JOGUINHO DO GOVERNO E TENTAM
ILUDIR A TROPA DIZENDO QUE O AUMENTO FOI
BOM. NÃO FOI. FOI HORRÍVEL!
É PRECISO LEMBRAR QUE SÓ TEREMOS
OUTRO AUMENTO EM 2012, OU SEJA
DAQUI A DOIS ANOS.
2. Em Minas Segurança tem Nome BOLETIM INFORMATIVO
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POLICIAIS DE CARATINGA
PEDEM SOCORRO
Para atingir o patamar necessário de redução do índice de
criminalidade na região de Caratinga (MG), distante 340 km da
capital, o comandante da 22º Cia Independente criou a Operação
APOCALIPSE. Mas, para isso, elaborou uma ESCALA ESPECIAL
convocando militares para trabalharem fora do horário de trabalho.
Além do excesso de trabalho, os militares denunciam intimidação
por parte do comando. Embora a adesão ao programa seja
voluntária, para alguns militares, não participar da operação
significa risco de transferência e punições indiretas. A instrução é
fazer um P.A.(Processo Administrativo) no caso de discordância em
aderir a operação e “esperar para o pior”, segundo relato.
“Os militares que não são voluntários para tal empenho devem
encaminhar msg para cx adm (administrativa) do 1 pel esp (1º
pelotão especial) e será respeitado tal posicionamento”, frase do
Capitão da 22º Cia.
De acordo com a denúncia, o programa não passa de autopromoção
em detrimento à saúde física e emocional do militar, pois também
não recebem nada para isso. “Tiram-nos o direito do convívio
familiar para prestarmos uma falsa segurança para a população.
Estamos trabalhando cansados e apenas cumprindo uma ordem”,
relata um militar.
“Infelizmente alguns militares estão escolhendo o outro lado, mas
tenho certeza de que nós que somos responsáveis,
compromissados e não queremos perder essa batalha contra o
tráfico, com ou sem a ajuda de todos, venceremos ao final”, Cap Luiz
Marinho.
Policiais da capital opinaram sobre o assunto e disseram que há
operações que beneficiam apenas o oficial. Segundo eles, essas
escalas são desumanas e ilegais. “Cabe ao Estado aumentar o
contingente e não sacrificar o militar no seu horário de folga,
principalmente em uma escala especial de 40 dias”, afirma um
policial. O grupo disse ainda que souberam do caso de um militar
que, por não ter aceitado a escala, foi retirado do seu policiamento
motorizado rotineiro e colocado em Policiamento Ostensivo Geral
(POG ), como castigo. Para eles, não existe no militarismo serviço
voluntário. “É fazer o que se manda e pronto e ai de quem não fizer”.
O OUTRO LADO:
A assessoria de Imprensa do CABO JÚLIO ouviu a assessoria do
comando:
Sofrimento por antecipação - Segundo o assessor de
comunicação organizacional da 22º Cia Independente, Tenente
Sanglard, os militares que estão insatisfeitos estão sofrendo por
antecipação. Para ele, bastava o policial fazer um P.A. “Ninguém é
obrigado a participar da operação, é um trabalho voluntário’, afirma.
Ainda nas palavras do Tenente, há militar com receio de falar.
“Ninguém vai sofrer represálias por isso”, conclui.
Efetivo - Sanglard informou que a 22º Cia está prejudicada quanto
ao contingente. Segundo ele, oito Cabos estão fazendo o Curso
Especial de Formação de Sargentos (CEF) e cinco Sargentos estão
fazendo o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS), cuja
escala de trabalho não pode ultrapassar quatro horas. “Ficou
complicado fazer a escala”, disse.
Operação Apocalipse - A Operação Apocalipse teve início no
primeiro dia da Semana Santa e tem data prevista para terminar no
final de abril. E VOCÊ, CONCORDA COM ESSAS ESCALAS
ESPECIAIS?
Prezados (a) Amigos (as), - É com muito prazer que
chego a você com mais este informativo que traz
noticias referentes à nossa classe. Os últimos dias
foram de muita especulação. Todos sabem que
venho travando uma luta contra uma enfermidade,
mas nada que vá atrapalhar os nossos planos
futuros. Estou acostumado com lutas e batalhas,
afinal foi sempre assim desde 1997.
Lamentavelmente o governo não cumpriu o
compromisso de nos deixar este ano entre os três
melhores salários do país. Mesmo sendo a melhor
polícia/bombeiro do país, nosso salário ainda é o
12º do Brasil. Isso demonstra que sem uma
liderança forte corremos o risco de perder tudo
aquilo que conquistamos nos últimos 10 anos. Os
militares da ativa estão sendo iludidos com uma
política de abonos (bônus de produtividade que
não incorporam aos salários) e os inativos e as
pensionistas foram literalmente abandonados
pelas nossas lideranças políticas. Infelizmente
esse é o nosso quadro. Os abusos estão voltando.
Obviamente que a opressão não é uma regra, mas
em alguns locais, principalmente em algumas
cidades do interior estão ressuscitando práticas
que pensávamos que estivessem sepultadas,
como a proibição do militar de se ausentar do seu
local de serviço mesmo quando de folga e as
escalas arbitrarias. Precisamos de representantes
menos compromissados com os interesses do
governo e mais compromissados com as
necessidades da tropa. A tropa é quem tira e quem
põe quem ela quer. É a tropa que sofre, que
lamenta, que chora. A tropa em todos os níveis é
quem sabe realmente as necessidades de nossa
classe. Vejo claramente em nosso blog a angústia
de colegas que em um grito desesperado pedem
socorro aos problemas de cada dia. Como
Vereador em Belo Horizonte tenho ficado atento
para tudo isso e cobrado, noticiado e até mesmo
tomado providencias judiciais contra algumas
coisas. E por falar nisso, quebramos mais um
paradigma de ter elegido um praça em Belo
Horizonte. Nunca havíamos conseguido tal coisa
antes. Enfim, você pode acompanhar o meu
trabalho em nosso blog. Ele é um instrumento
democrático de reclamações, sugestões e também
de criticas. É uma forma também de prestar contas.
Chegou o momento de reflexão de cada um de nós.
EDITORIAL
Desde o dia 19 de março o PROMORAR
está suspenso. A alegação, segundo a
coordenação, é adotar novos critérios de
concessão de financiamento e de
disponibilidade de recursos. Eles dizem que há 90 milhões de
reais ainda disponíveis de um montante de cerca de 450
milhões disponibilizados pelo Estado para pagamento de parte
da dívida com o IPSM. A verdade é que, o programa foi criado
sem nenhuma programação prévia, prejudicando centenas de
militares e pensionistas. Muitos, utilizaram toda a economia,
ou venderam bens para dar entrada no programa, e, hoje,
estão sem garantias de realização do sonho da casa própria.
Suspenso
EXPEDIENTE: Boletim informativo do Vereador CABO JÚLIO
- Jornalista responsável: Renata Mota (Mtb 11175/JP)
Gráfica: Sempre Editora - Tiragem: 20mil exemplares
Câmara Municipal de Belo Horizonte - Av.: dos Andradas, 3.100 sl. 308 -
Bairro: Santa Efigênia- BH/MG - Tel gabinete (31) 35551209
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