O artigo discute os desafios enfrentados pela cidade de Campos dos Goytacazes em 2016, como o estado de emergência econômica decretado, a incerteza causada pela má administração da prefeita nos últimos 7 anos, e os altos índices de violência e pobreza. O autor convoca os moradores a lutarem contra os abusos políticos e exigirem melhorias nos serviços de saúde, educação e transporte.
1. Artigo Publicado no Jornal Folha da Manhã - 12/02/2016.
Autor: Rafael Diniz
2016 chegou!
Como todo mundo sabe, o ano novo se inicia, de fato, somente
quando se encerram as festividades do carnaval. E é mais do que justo
que o povo queira usufruir de um tempinho para o lazer porque, afinal,
já são muitas as agruras sofridas ao longo do ano, causadas
principalmente pelo descaso e pela incompetência política que
desgovernam esta cidade. Mas, tendo esta festa nacional chegado ao
fim, gostaria de convocar a todos a engrossarem as fileiras na luta
contra os desrespeitos e abusos cometidos pelo grupo político que está
no poder, pois 2016 promete ser um ano que não será nada fácil, caso
não façamos nada para impedir o que está por vir.
Com um Estado de Emergência Econômica decretado, o clima
de incerteza paira no ar. Aliás, estamos vivendo este clima de incerteza
desde que a prefeita Rosinha assumiu o seu cargo em 2009. Não
temos certeza quanto à maneira com a qual a prefeitura investe suas
receitas. Por que estamos praticamente falidos? Como foram gastos os
quase 13 bilhões que foram administrados nos últimos sete anos? O
que foi feito além de algumas poucas obras ociosas? Por que ainda
permanece o caos na saúde? Por que o Hospital São José da Baixada
Campista ainda permanece em obras desde 2012?
Quais as opções de lazer que tem o morador de Guarus? Por
que Guarus segue submersa numa violência crescente? Aliás, pesquisa
realizada recentemente elegeu Campos dos Goytacazes como uma das
cidades mais violentas do mundo, quase equiparada à cidade de
Detroit, nos Estados Unidos, famosa pelos índices de violência.
Por que o transporte público continua tão ruim, demorado e
sucateado? O que será feita da passagem social que foi suspensa nos
dois primeiros meses do ano? É justo que se pague 2,75 por um
transporte de péssima qualidade? Afinal, somos referência em alguma
coisa que não seja a péssima qualidade dos serviços e os índices de
violência e pobreza?
Precisamos pensar em soluções para sairmos desse mar de
lama no qual estamos todos atolados. Precisamos andar pra frente,
aquecendo a economia e criando empregos. Que a “crise” não afete o
nosso direito à educação, saúde e transporte de qualidade, é o mínimo
que todo cidadão campista merece.