SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
2
IINTRODUÇÃO AO TRABALHO NO LABORATÓRIO
A primeira parte desta sessão é destinada para os usuários das dependências do
laboratório, e servirá como um guia para a utilização correta e segura dos
equipamentos e materiais diversos, bem como auxiliará na integridade física dos
mesmos. A segunda parte servirá também como um guia, para o preparo de soluções
em laboratório, depois que o usuário já pesquisou a sessão de vidrarias, EPIS, etc. As
informações e instruções contidas neste manual, foram retiradas e estão disponíveis:
http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/QuimicaeBioquimica/roteiro-1---quimica-geral.pdf
PARTE I – PRINCÍPIOS GERAIS DO TRABALHO NO LABORATÓRIO
a. Técnicas de segurança em laboratório
b. Instrumentos de medida
c. Leituras em instrumentos de medida
d. Materiais diversos
a. Técnicas de segurança em laboratório
A ocorrência de acidentes nos laboratórios é comum. Com a finalidade de
diminuir a frequência e a gravidade desses eventos, torna-se imprescindível que
durante os trabalhos executados no laboratório se observe uma série de normas de
segurança. Seguindo-as, você estará se preparando para ser um profissional
consciente do seu trabalho. Para isso, é necessário:
• Seguir rigorosamente as instruções do professor;
• Nunca alterar o roteiro de um experimento;
• Localizar os extintores de incêndio, e familiarizar-se ao seu uso;
• Aprender a usar a água, o gás e a corrente elétrica;
• Nunca deixar frascos contendo substâncias inflamáveis próximos à chama;
• Evitar que qualquer substância entre em contato com a pele, principalmente
ácidos e bases concentrados;
• Todos os experimentos que envolverem substâncias voláteis ou que
eliminarem gases tóxicos devem ser realizados na capela;
3
• Quando realizar diluição de ácidos, adicionar o ácido à água, lentamente;
• Se for aquecer tubos de ensaio contendo qualquer substância, nunca direcione
a extremidade aberta do mesmo para alguém próximo;
• Não jogue material sólido na pia;
• Quando for testar produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz.
Desloque com a mão, para sua direção, os vapores desprendidos do frasco;
• Preste atenção em qualquer operação que envolva aquecimento prolongado;
• Não fume no laboratório. O cigarro pode provocar explosões no local;
• Ao sair verifique se há torneiras abertas e desligue todos os aparelhos;
• Limpe tudo o que você usou, e guarde todo o material utilizado durante a aula.
Lave as mãos e guarde o banco sob a bancada;
• É OBRIGATÓRIO o uso de avental/jaleco branco nas dependências dos
laboratórios.
b. Instrumentos de medida
A vidraria comum no laboratório pode ser classificada em volumétrica e não
volumétrica. Os vidros volumétricos podem ser divididos, por sua vez, entre os que
medem volumes exatos: balões volumétricos, pipetas, buretas, e os de medidas não
rigorosas: provetas, copos graduados, béqueres graduados.
Os balões volumétricos possuem fundo chato, gargalo comprido e fino, tendo
rolha esmerilhada. O traço de aferição é uma marca gravada à meia altura do gargalo,
a fim de permitir homogeneização do líquido ali contido, quando se inverte o
recipiente. O balão volumétrico deve ser completado com pisseta, e o preenchimento
final deve ser executado com pipeta Pasteur. O menisco inferior deve coincidir com
o traço de aferição, quando observado à altura dos olhos, com o balão na posição
vertical (Fig. 1). Essa condição do menisco deve ser observada para os demais itens
de medição volumétrica. Exceção deve ser feita em relação a soluções com cores
fortes, quando o menisco deve ser aferido na sua parte superior.
observador
menisco inferior
traço de aferição
Figura 1: balão volumétrico, com o traço de aferição e o menisco
inferior do líquido contido no frasco
Fonte:
http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/QuimicaeBioqui
mica/roteiro-1---quimica-geral.pdf
4
As pipetas servem para transferir determinados volumes de líquido. Há dois
tipos fundamentais de pipetas: as volumétricas que medem o volume indicado,
com precisão, e as graduadas que medem vários volumes e suas frações. As pipetas
volumétricas podem ser de escoamento total tendo elas graduação até o final, ou
de não escoamento total que possuem graduação até próximo à extremidade. Elas
medem volumes fixos de líquidos. Já as pipetas graduadas medem volumes
variáveis e podem ser de escoamento total sendo essas, naturais ou por sopro, ou
de graduação até a extremidade.
Para usar as pipetas, é necessário introduzir a extremidade no líquido, porém
com o cuidado de não deixar formar bolhas no momento da sucção. Aspirar com
a pera, retirar a ponta do líquido, enxugar a mesma, e ajustar o volume. Retirar a
pipeta do recipiente e transferir o volume para o balão ou outro recipiente.
c. Leituras em instrumentos de medida
Deve-se ter cuidado ao medir volumes de líquidos com instrumentos de
medida exata, observando a posição do menisco (Fig. 1) e a posição do indicador
numérico do instrumento, ou o traço de aferição do mesmo, lembrando que o
instrumento deve estar na posição vertical.
d. Materiais diversos
Realizar qualquer experimento num laboratório geralmente envolve o uso de
uma variedade de equipamentos, a maioria deles muito simples, porém com
finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento/material depende da
finalidade do experimento e das condições em que o mesmo será realizado. Os
principais materiais usados no laboratório são:
– Vidraria:
• Tubo de ensaio: usado para realizar reações químicas em pequena escala;
• Béquer: usado para preparar soluções, aquecer líquidos, recristalizações.
• Erlenmeyer: usado para aquecer líquidos ou realizar titulações;
• Balão volumétrico: usado para preparar e conter soluções cuja concentração
é conhecida, pois é um instrumento de precisão;
5
• Proveta: graduada, usada para medir um líquido com precisão aproximada;
• Bureta: faz as titulações, e mede precisamente um volume líquido escoado;
• Pipeta: é calibrada para medir precisamente um volume líquido;
• Funil: transfere líquidos, e realiza filtrações simples;
• Vidro de relógio: usado para cobrir béqueres;
• Bastão de vidro: usado para agitar e também na transferência de líquidos.
– Material metálico
• Suporte de ferro, mufa e garra: usados para montagem de equipamentos;
• Pinça metálica: usada para segurar objetos aquecidos;
• Tela de amianto: tela de metal com amianto. Distribuiu o calor da chama
do bico de gás uniformemente, durante aquecimento de recipientes de vidro;
• Tripé: usado como suporte de telas de amianto, principalmente;
• Bico de gás (ou de Bunsen): fonte de calor, aquece materiais não
inflamáveis;
• Argola: usada como suporte para funil ou tela metálica.
– Outros materiais
• Espátula: usada para transferir substâncias sólidas;
• Suporte para tubo de ensaio;
• Pisseta: usada para armazenar água destilada ou deionizada, álcool ou
outros solventes. Empregada na lavagem de recipientes ou materiais;
• Pinça de madeira: usada para segurar tubos de ensaio durante aquecimento;
• Estufa: usada para secar materiais por aquecimento;
• Mufla (forno): calcinar substâncias, aquecendo temperaturas até 1500 °C;
• Balança: usada para medir massas de reagentes.
PARTE II – TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES
Uma solução é constituída por solvente e soluto. O solvente mais usado é a
água; porém, existem vários tipos de solvente. Dentre os solutos, convém destacar
os chamados:
6
Padrão Primário ou P. A., com os quais é possível obter soluções com
concentração exata, por meio de pesagem do soluto e dissolução em solvente. Os
solutos que não são de padrão primário necessitam de titulação para determinar
sua real concentração.
Tipos de solução
- Quanto ao estado físico:
Soluções sólidas (solvente sólido);
Soluções líquidas (solvente líquido);
Soluções gasosas (solvente gasoso).
- Quanto à proporção soluto/solvente:
Solução diluída: pequena quantidade de soluto em relação ao solvente;
Solução concentrada: grande quantidade de soluto em relação ao solvente;
Solução saturada: contém a quantidade máxima de soluto em uma dada
quantidade de solvente, em temperatura e pressão determinadas;
Solução supersaturada: contém maior quantidade de soluto do que a solução
saturada, em temperatura e pressão previamente definidas.
-Quanto à natureza das partículas dissolvidas:
Soluções moleculares: partículas dissolvidas são neutras;
Soluções iônicas: partículas dissolvidas são íons.
Para preparar soluções, pesa-se a massa desejada em um papel especial, em
um vidro de relógio ou em um béquer. No caso do papel e do vidro de relógio,
deve-se transferir a massa de reagente para um béquer; se o reagente estiver no
próprio béquer, não há necessidade de transferência. Adiciona-se o solvente aos
poucos, agitando em seguida, e transfere-se a solução obtida para um balão
volumétrico, lavando o béquer algumas vezes com água ou com o solvente usado
na preparação da solução. Em seguida, completa-se o volume no balão, até a marca
de aferição, tapando o recipiente e homogeneizando a mistura, por meio de
inversão e agitação.
Após o preparo da solução, é necessário armazená-la em frascos adequados
e limpos, os quais devem ser rotulados. Os rótulos são etiquetas que contêm
7
informações sobre a solução contida no frasco, tais como: nome da solução,
concentração, data da preparação, nome do preparador, fator de correção quando
houver, e outras informações relevantes.
Após rotular o frasco da solução, sempre pegá-lo do lado onde estiver o
rótulo, a fim de evitar danos ao mesmo.
Concentração de soluções
Muitas soluções são preparadas usando água como solvente, sendo chamadas
de soluções aquosas. A concentração de uma solução pode ser expressa pela
relação quantidade de soluto/quantidade de solvente ou de solução.
Título (T)
Expressa a razão entre a massa do soluto e a massa da solução, dada pela
massa de soluto mais a massa do solvente. O título da solução não tem unidade, e
é representada por um número entre zero e um. O cálculo do título é dado por:
solventesoluto
soluto
mm
m
T

 (I)
O título pode, ainda, ser expresso em porcentagem. Assim, o título representa
a massa de soluto em 100g de solução. Por exemplo, uma solução de H2SO4 de T
= 60% contém 60g de H2SO4 em 100g de solução.
TT 100(%) (II)
Concentração em mol/ℓ
Representa o número de mols de um soluto contidos em um litro de solução.
O cálculo é dado por:
V
n
M  , (III) , em que:
M = concentração em mol/ℓ; n = nº de mols do soluto; V = volume da
solução, em litros.
O nº de mols de soluto também pode ser calculado por:
MM
m
n  , (IV), em
que:
m = massa de soluto; MM = massa molecular do soluto.
Manual para trabalhos em laboratorio

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Segurança no laboratório
Segurança no laboratórioSegurança no laboratório
Segurança no laboratório
Inês Marques
 
Aula residuos de serviços da saúde
Aula   residuos de serviços da saúdeAula   residuos de serviços da saúde
Aula residuos de serviços da saúde
santhdalcin
 
Processos industriais industria química
Processos industriais industria químicaProcessos industriais industria química
Processos industriais industria química
Joao Manoel Ravasio
 
Pop procedimentos operacionais padrão
Pop   procedimentos operacionais padrãoPop   procedimentos operacionais padrão
Pop procedimentos operacionais padrão
Rafael Correia
 
Regras de segurança no laboratório
Regras de segurança no laboratórioRegras de segurança no laboratório
Regras de segurança no laboratório
veronicasilva
 
Fenol, enol e éter
Fenol, enol e éterFenol, enol e éter
Fenol, enol e éter
Kaires Braga
 

Mais procurados (20)

Segurança no laboratório
Segurança no laboratórioSegurança no laboratório
Segurança no laboratório
 
Aula 6 POP
Aula 6   POPAula 6   POP
Aula 6 POP
 
Aula pipetas laboratorio
Aula pipetas laboratorioAula pipetas laboratorio
Aula pipetas laboratorio
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA PROCEDIMENTOS REALIZADOS NAS UNIDADES BÁ...
 
Medida de volume
Medida de volumeMedida de volume
Medida de volume
 
Exame quimico da urina
Exame quimico da urinaExame quimico da urina
Exame quimico da urina
 
Manual coleta de sangue
Manual coleta de sangueManual coleta de sangue
Manual coleta de sangue
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Aula residuos de serviços da saúde
Aula   residuos de serviços da saúdeAula   residuos de serviços da saúde
Aula residuos de serviços da saúde
 
Vidraria e equipamentos básicos laboratório de química
Vidraria e equipamentos básicos   laboratório de químicaVidraria e equipamentos básicos   laboratório de química
Vidraria e equipamentos básicos laboratório de química
 
Relatório Potenciometria
Relatório PotenciometriaRelatório Potenciometria
Relatório Potenciometria
 
173018295 gestao-da-qualidade-laboratorial
173018295 gestao-da-qualidade-laboratorial173018295 gestao-da-qualidade-laboratorial
173018295 gestao-da-qualidade-laboratorial
 
Introdução a análises clínicas
Introdução a análises clínicasIntrodução a análises clínicas
Introdução a análises clínicas
 
Imunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodotImunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodot
 
Processos industriais industria química
Processos industriais industria químicaProcessos industriais industria química
Processos industriais industria química
 
1 BIOSSEGURANÇA.pptx
1 BIOSSEGURANÇA.pptx1 BIOSSEGURANÇA.pptx
1 BIOSSEGURANÇA.pptx
 
Pop procedimentos operacionais padrão
Pop   procedimentos operacionais padrãoPop   procedimentos operacionais padrão
Pop procedimentos operacionais padrão
 
Regras de segurança no laboratório
Regras de segurança no laboratórioRegras de segurança no laboratório
Regras de segurança no laboratório
 
Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres
 
Fenol, enol e éter
Fenol, enol e éterFenol, enol e éter
Fenol, enol e éter
 

Destaque

Apresentação alcool em gel
Apresentação alcool em gelApresentação alcool em gel
Apresentação alcool em gel
yurimn01
 
Aula higienização das mãos
Aula higienização das mãosAula higienização das mãos
Aula higienização das mãos
Proqualis
 

Destaque (12)

Roteiro para aula pratica.
Roteiro para aula pratica.Roteiro para aula pratica.
Roteiro para aula pratica.
 
Apresentação alcool em gel
Apresentação alcool em gelApresentação alcool em gel
Apresentação alcool em gel
 
Material
MaterialMaterial
Material
 
Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos Treinamento de política de higienização das mãos
Treinamento de política de higienização das mãos
 
Riscos boechat
Riscos boechatRiscos boechat
Riscos boechat
 
Apostila prática cosmetologia 2013 02
Apostila prática cosmetologia 2013 02Apostila prática cosmetologia 2013 02
Apostila prática cosmetologia 2013 02
 
Plano de sessão de educação para a saúde - Idade escolar
Plano de sessão de educação para a saúde - Idade escolarPlano de sessão de educação para a saúde - Idade escolar
Plano de sessão de educação para a saúde - Idade escolar
 
Introdução à Cosmetologia: Histórico e Composição
Introdução à Cosmetologia: Histórico e ComposiçãoIntrodução à Cosmetologia: Histórico e Composição
Introdução à Cosmetologia: Histórico e Composição
 
Cosmetologia - A
Cosmetologia - ACosmetologia - A
Cosmetologia - A
 
Aula cosmetologia pele
Aula cosmetologia   peleAula cosmetologia   pele
Aula cosmetologia pele
 
Aula higienização das mãos
Aula higienização das mãosAula higienização das mãos
Aula higienização das mãos
 
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
 

Semelhante a Manual para trabalhos em laboratorio

Apostila de análise orgânica e análise qualitativa
Apostila de análise orgânica e análise qualitativaApostila de análise orgânica e análise qualitativa
Apostila de análise orgânica e análise qualitativa
♥Mischelle Santos
 
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjjss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
goncalvesdras15
 
Aulas praticas de queimica
Aulas praticas de queimicaAulas praticas de queimica
Aulas praticas de queimica
Willians Ws
 
Apostila laboratório final
Apostila laboratório finalApostila laboratório final
Apostila laboratório final
Sarah Santos
 
Manual de utilizador
Manual de utilizadorManual de utilizador
Manual de utilizador
andrepaiva7a
 
Quimica experimental -_aula02
Quimica experimental -_aula02Quimica experimental -_aula02
Quimica experimental -_aula02
Tayara Crystina
 
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
ProfessorHelioQueiroz
 

Semelhante a Manual para trabalhos em laboratorio (20)

Roteiro 1---quimica-geral
Roteiro 1---quimica-geralRoteiro 1---quimica-geral
Roteiro 1---quimica-geral
 
Apostila de análise orgânica e análise qualitativa
Apostila de análise orgânica e análise qualitativaApostila de análise orgânica e análise qualitativa
Apostila de análise orgânica e análise qualitativa
 
Guia de aulas
Guia de aulasGuia de aulas
Guia de aulas
 
Guia de aulas
Guia de aulasGuia de aulas
Guia de aulas
 
Apostila de práticas de química geral - Estácio - Professor Guilherme Bretz
Apostila de práticas de química geral - Estácio - Professor Guilherme BretzApostila de práticas de química geral - Estácio - Professor Guilherme Bretz
Apostila de práticas de química geral - Estácio - Professor Guilherme Bretz
 
Area de projecto 7
Area de projecto 7Area de projecto 7
Area de projecto 7
 
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjjss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
ss.pptxhsjsjjdjjdjdjdjdjjdjdjdjjdjjdjdjj
 
Aulas praticas de queimica
Aulas praticas de queimicaAulas praticas de queimica
Aulas praticas de queimica
 
Analise de agua
Analise de aguaAnalise de agua
Analise de agua
 
LGBioq
LGBioqLGBioq
LGBioq
 
Apostila laboratório final
Apostila laboratório finalApostila laboratório final
Apostila laboratório final
 
Transformacoes volumetrico
Transformacoes volumetricoTransformacoes volumetrico
Transformacoes volumetrico
 
Quimica analitica pratica final
Quimica analitica pratica finalQuimica analitica pratica final
Quimica analitica pratica final
 
Laboratório de química virtual
Laboratório de química virtualLaboratório de química virtual
Laboratório de química virtual
 
Separacao de misturas
Separacao de misturasSeparacao de misturas
Separacao de misturas
 
Aula 2 - Equipamentos básicos de laboratório.pptx
Aula 2 - Equipamentos básicos de laboratório.pptxAula 2 - Equipamentos básicos de laboratório.pptx
Aula 2 - Equipamentos básicos de laboratório.pptx
 
Vidrarias de laboratório
Vidrarias de laboratórioVidrarias de laboratório
Vidrarias de laboratório
 
Manual de utilizador
Manual de utilizadorManual de utilizador
Manual de utilizador
 
Quimica experimental -_aula02
Quimica experimental -_aula02Quimica experimental -_aula02
Quimica experimental -_aula02
 
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
AULA DE QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 1 parte 1
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 

Último (20)

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 

Manual para trabalhos em laboratorio

  • 1.
  • 2. 2 IINTRODUÇÃO AO TRABALHO NO LABORATÓRIO A primeira parte desta sessão é destinada para os usuários das dependências do laboratório, e servirá como um guia para a utilização correta e segura dos equipamentos e materiais diversos, bem como auxiliará na integridade física dos mesmos. A segunda parte servirá também como um guia, para o preparo de soluções em laboratório, depois que o usuário já pesquisou a sessão de vidrarias, EPIS, etc. As informações e instruções contidas neste manual, foram retiradas e estão disponíveis: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/QuimicaeBioquimica/roteiro-1---quimica-geral.pdf PARTE I – PRINCÍPIOS GERAIS DO TRABALHO NO LABORATÓRIO a. Técnicas de segurança em laboratório b. Instrumentos de medida c. Leituras em instrumentos de medida d. Materiais diversos a. Técnicas de segurança em laboratório A ocorrência de acidentes nos laboratórios é comum. Com a finalidade de diminuir a frequência e a gravidade desses eventos, torna-se imprescindível que durante os trabalhos executados no laboratório se observe uma série de normas de segurança. Seguindo-as, você estará se preparando para ser um profissional consciente do seu trabalho. Para isso, é necessário: • Seguir rigorosamente as instruções do professor; • Nunca alterar o roteiro de um experimento; • Localizar os extintores de incêndio, e familiarizar-se ao seu uso; • Aprender a usar a água, o gás e a corrente elétrica; • Nunca deixar frascos contendo substâncias inflamáveis próximos à chama; • Evitar que qualquer substância entre em contato com a pele, principalmente ácidos e bases concentrados; • Todos os experimentos que envolverem substâncias voláteis ou que eliminarem gases tóxicos devem ser realizados na capela;
  • 3. 3 • Quando realizar diluição de ácidos, adicionar o ácido à água, lentamente; • Se for aquecer tubos de ensaio contendo qualquer substância, nunca direcione a extremidade aberta do mesmo para alguém próximo; • Não jogue material sólido na pia; • Quando for testar produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores desprendidos do frasco; • Preste atenção em qualquer operação que envolva aquecimento prolongado; • Não fume no laboratório. O cigarro pode provocar explosões no local; • Ao sair verifique se há torneiras abertas e desligue todos os aparelhos; • Limpe tudo o que você usou, e guarde todo o material utilizado durante a aula. Lave as mãos e guarde o banco sob a bancada; • É OBRIGATÓRIO o uso de avental/jaleco branco nas dependências dos laboratórios. b. Instrumentos de medida A vidraria comum no laboratório pode ser classificada em volumétrica e não volumétrica. Os vidros volumétricos podem ser divididos, por sua vez, entre os que medem volumes exatos: balões volumétricos, pipetas, buretas, e os de medidas não rigorosas: provetas, copos graduados, béqueres graduados. Os balões volumétricos possuem fundo chato, gargalo comprido e fino, tendo rolha esmerilhada. O traço de aferição é uma marca gravada à meia altura do gargalo, a fim de permitir homogeneização do líquido ali contido, quando se inverte o recipiente. O balão volumétrico deve ser completado com pisseta, e o preenchimento final deve ser executado com pipeta Pasteur. O menisco inferior deve coincidir com o traço de aferição, quando observado à altura dos olhos, com o balão na posição vertical (Fig. 1). Essa condição do menisco deve ser observada para os demais itens de medição volumétrica. Exceção deve ser feita em relação a soluções com cores fortes, quando o menisco deve ser aferido na sua parte superior. observador menisco inferior traço de aferição Figura 1: balão volumétrico, com o traço de aferição e o menisco inferior do líquido contido no frasco Fonte: http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/QuimicaeBioqui mica/roteiro-1---quimica-geral.pdf
  • 4. 4 As pipetas servem para transferir determinados volumes de líquido. Há dois tipos fundamentais de pipetas: as volumétricas que medem o volume indicado, com precisão, e as graduadas que medem vários volumes e suas frações. As pipetas volumétricas podem ser de escoamento total tendo elas graduação até o final, ou de não escoamento total que possuem graduação até próximo à extremidade. Elas medem volumes fixos de líquidos. Já as pipetas graduadas medem volumes variáveis e podem ser de escoamento total sendo essas, naturais ou por sopro, ou de graduação até a extremidade. Para usar as pipetas, é necessário introduzir a extremidade no líquido, porém com o cuidado de não deixar formar bolhas no momento da sucção. Aspirar com a pera, retirar a ponta do líquido, enxugar a mesma, e ajustar o volume. Retirar a pipeta do recipiente e transferir o volume para o balão ou outro recipiente. c. Leituras em instrumentos de medida Deve-se ter cuidado ao medir volumes de líquidos com instrumentos de medida exata, observando a posição do menisco (Fig. 1) e a posição do indicador numérico do instrumento, ou o traço de aferição do mesmo, lembrando que o instrumento deve estar na posição vertical. d. Materiais diversos Realizar qualquer experimento num laboratório geralmente envolve o uso de uma variedade de equipamentos, a maioria deles muito simples, porém com finalidades específicas. O emprego de um dado equipamento/material depende da finalidade do experimento e das condições em que o mesmo será realizado. Os principais materiais usados no laboratório são: – Vidraria: • Tubo de ensaio: usado para realizar reações químicas em pequena escala; • Béquer: usado para preparar soluções, aquecer líquidos, recristalizações. • Erlenmeyer: usado para aquecer líquidos ou realizar titulações; • Balão volumétrico: usado para preparar e conter soluções cuja concentração é conhecida, pois é um instrumento de precisão;
  • 5. 5 • Proveta: graduada, usada para medir um líquido com precisão aproximada; • Bureta: faz as titulações, e mede precisamente um volume líquido escoado; • Pipeta: é calibrada para medir precisamente um volume líquido; • Funil: transfere líquidos, e realiza filtrações simples; • Vidro de relógio: usado para cobrir béqueres; • Bastão de vidro: usado para agitar e também na transferência de líquidos. – Material metálico • Suporte de ferro, mufa e garra: usados para montagem de equipamentos; • Pinça metálica: usada para segurar objetos aquecidos; • Tela de amianto: tela de metal com amianto. Distribuiu o calor da chama do bico de gás uniformemente, durante aquecimento de recipientes de vidro; • Tripé: usado como suporte de telas de amianto, principalmente; • Bico de gás (ou de Bunsen): fonte de calor, aquece materiais não inflamáveis; • Argola: usada como suporte para funil ou tela metálica. – Outros materiais • Espátula: usada para transferir substâncias sólidas; • Suporte para tubo de ensaio; • Pisseta: usada para armazenar água destilada ou deionizada, álcool ou outros solventes. Empregada na lavagem de recipientes ou materiais; • Pinça de madeira: usada para segurar tubos de ensaio durante aquecimento; • Estufa: usada para secar materiais por aquecimento; • Mufla (forno): calcinar substâncias, aquecendo temperaturas até 1500 °C; • Balança: usada para medir massas de reagentes. PARTE II – TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES Uma solução é constituída por solvente e soluto. O solvente mais usado é a água; porém, existem vários tipos de solvente. Dentre os solutos, convém destacar os chamados:
  • 6. 6 Padrão Primário ou P. A., com os quais é possível obter soluções com concentração exata, por meio de pesagem do soluto e dissolução em solvente. Os solutos que não são de padrão primário necessitam de titulação para determinar sua real concentração. Tipos de solução - Quanto ao estado físico: Soluções sólidas (solvente sólido); Soluções líquidas (solvente líquido); Soluções gasosas (solvente gasoso). - Quanto à proporção soluto/solvente: Solução diluída: pequena quantidade de soluto em relação ao solvente; Solução concentrada: grande quantidade de soluto em relação ao solvente; Solução saturada: contém a quantidade máxima de soluto em uma dada quantidade de solvente, em temperatura e pressão determinadas; Solução supersaturada: contém maior quantidade de soluto do que a solução saturada, em temperatura e pressão previamente definidas. -Quanto à natureza das partículas dissolvidas: Soluções moleculares: partículas dissolvidas são neutras; Soluções iônicas: partículas dissolvidas são íons. Para preparar soluções, pesa-se a massa desejada em um papel especial, em um vidro de relógio ou em um béquer. No caso do papel e do vidro de relógio, deve-se transferir a massa de reagente para um béquer; se o reagente estiver no próprio béquer, não há necessidade de transferência. Adiciona-se o solvente aos poucos, agitando em seguida, e transfere-se a solução obtida para um balão volumétrico, lavando o béquer algumas vezes com água ou com o solvente usado na preparação da solução. Em seguida, completa-se o volume no balão, até a marca de aferição, tapando o recipiente e homogeneizando a mistura, por meio de inversão e agitação. Após o preparo da solução, é necessário armazená-la em frascos adequados e limpos, os quais devem ser rotulados. Os rótulos são etiquetas que contêm
  • 7. 7 informações sobre a solução contida no frasco, tais como: nome da solução, concentração, data da preparação, nome do preparador, fator de correção quando houver, e outras informações relevantes. Após rotular o frasco da solução, sempre pegá-lo do lado onde estiver o rótulo, a fim de evitar danos ao mesmo. Concentração de soluções Muitas soluções são preparadas usando água como solvente, sendo chamadas de soluções aquosas. A concentração de uma solução pode ser expressa pela relação quantidade de soluto/quantidade de solvente ou de solução. Título (T) Expressa a razão entre a massa do soluto e a massa da solução, dada pela massa de soluto mais a massa do solvente. O título da solução não tem unidade, e é representada por um número entre zero e um. O cálculo do título é dado por: solventesoluto soluto mm m T   (I) O título pode, ainda, ser expresso em porcentagem. Assim, o título representa a massa de soluto em 100g de solução. Por exemplo, uma solução de H2SO4 de T = 60% contém 60g de H2SO4 em 100g de solução. TT 100(%) (II) Concentração em mol/ℓ Representa o número de mols de um soluto contidos em um litro de solução. O cálculo é dado por: V n M  , (III) , em que: M = concentração em mol/ℓ; n = nº de mols do soluto; V = volume da solução, em litros. O nº de mols de soluto também pode ser calculado por: MM m n  , (IV), em que: m = massa de soluto; MM = massa molecular do soluto.