O documento discute como empresários e profissionais perdem a paixão inicial pelo seu trabalho à medida que se acomodam. O autor relata uma conversa com um lojista que reclamava da crise, mas que perdeu o entusiasmo do início, não mais sorrindo para clientes ou se esforçando para atraí-los. Ele alerta para não se perder a paixão inicial, lembrando das dificuldades do começo e do poder do entusiasmo para superá-las.
1. O entusiasmo do começo de tudo!
Professor Marins
Um lojista de um shopping me diz:
- Professor Marins, nunca vi uma crise como esta. O pessoal vê, pergunta o preço, mas
comprar que é bom, nada!
Ao que eu respondi, perguntando a ele:
Responda, por favor. A crise de hoje é maior do que a do dia em que você abriu a sua loja?
Quando você não tinha nenhum cliente e a loja inteira para pagar? Mas como era você?
Garanto que você ficava na porta da loja sorrindo para quem passava. Convidava as pessoas
para que entrassem na loja.
Acompanhava os clientes até a porta carregando o pacote deles. Garanto que você ficou
esperando o telefone tocar imaginando ser algum cliente, mesmo sabendo que ninguém
tinha seu número de telefone. Você foi até a administração do shopping se oferecendo para
trabalhar na associação dos lojistas para 'animar' o shopping, fazer um natal diferente,
campanhas novas, etc. Hoje como é? O telefone toca e você grita - 'alguém atenda!'. Os
clientes querem falar com você e você se esconde! A associação dos lojistas chamou para
uma reunião sobre o dia das mães - você foi?? Ah! Meu querido - disse a ele - agora vem a
'crise'!
Este diálogo - verdadeiro - fez o lojista, consternado, concordar comigo.
O que aconteceu com este empresário? Ele simplesmente perdeu a paixão do começo! Ele
agora culpa a 'globalização', o 'governo', e tudo o mais que encontrar disponível para
culpar.
Quando a gente perde a paixão do começo perde o entusiasmo pelo que faz. E quando
perdemos o entusiasmo e a paixão perdemos a vontade de empreender, de inovar, de criar
coisas novas, de nos reinventar. E sem isso tudo, a vida torna-se uma rotina desestimulante.
Começamos a andar para trás e a acomodação pessimista toma conta de nosso dia-a-dia.
Esse mesmo diálogo já tive com industriais e prestadores de serviço. Essa mesma conversa
já ouvi de profissionais liberais e funcionários de todas as categorias.
Cuidado! Cuidado para não perder a paixão do começo. Lembre-se do seu começo e veja
que tudo era muito mais difícil e parecia tão fácil diante de seu entusiasmo, diante de sua
paixão em fazer, em criar, em vencer!
Pense nisso. Volte a sentir a paixão do começo.
Sucesso!