O documento descreve o método dialético e suas principais leis: 1) ação recíproca entre todas as coisas, 2) mudança através da negação da negação, 3) transformação qualitativa após mudanças quantitativas, 4) contradição entre contrários. O método analisa os fenômenos em constante movimento e transformação.
2. Método Dialético
O método dialético é bastante antigo,
“na Antiguidade e na Idade Média, o
termo era utilizado para significar
simplesmente lógica” (PRODANOV
et al., 2013).
3. Leis da Dialética
1. ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”;
2. mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”;
3. passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa;
4. interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários.
4. Para “[...] a dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de
objetos fixos, mas em movimento: ,nenhuma coisa está "acabada"
encontrando-se sempre em vias de ; o fimse transformar, desenvolver
de um processo é sempre o começo de outro”. (MARCONI et al., 2003)
A ação recíproca também é citada por Santos (2011), como dialética
hegeliana, onde a trata como a “conciliação dos contrários nas coisas
e no espírito”. Esta síntese não é definitiva, pois traz dentro de si a sua
negação, que levará a uma nova síntese e assim indefinidamente.
Ação recíproca, unidade
polar ou “tudo se relaciona”
ʻO ser éʼ, ʻO ser não éʼ e o ʻO ser é devirʼ.
5. A “[...] negação de uma coisa é o ponto de transformação das coisas
em seu contrário. Ora, a negação, por sua vez, é negada. Por isso se diz
q u e a m u d a n ç a d i a l é t i c a é a n e g a ç ã o d a n e g a ç ã o . ”
Santos (2011) trata desta categoria de dialética da negação com as
teorias defendidas pelo pai da dialética, Zenão.
Mudança dialética, negação da
negação ou “tudo se transforma”
6. “Trata-se aqui de analisar a mudança contínua, lenta ou a descontínua,
através de "saltos". Engels (ln: Politzer, 1979:255) afirma que, "em certos
graus de mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão
qualitativa". E exemplifica com o . Onde entrecaso da água
1° e 99°, temos mudanças quantitativas. Acima ou abaixo
d e s s e l i m i t e , a m u d a n ç a é q u a l i t a t i v a . D e s s a f o r m a , a
mudança das coisas não pode ser indefinidamente quantitativa:
transformando-se, em determinado momento sofrem mudança qualitativa.
A quantidade transforma-se em qualidade.” (MARCONI et al., 2003)
Os olhares para as transformações qualitativas e quantitativas vão além da
análise do estado físico das substâncias. Karl Marx “vai acentuar a importância
das condições econômicas na formação e evolução das ideias filosóficas,
morais e religiosas. É o materialismo histórico, que procura explicar a história
a partir da luta de classes.” (SANTOS, 2011, p. 44).
Passagem da quantidade à qualidade
ou mudança qualitativa
7. Essa unidade dos contrários, essa ligação recíproca dos contrários, assume um
sentido particularmente importante quando, em dado momento do processo
os contrários se convertem um no outro" (o dia se transforma
em noite e vice-versa); "a unidade dos contrários é condicionada, temporária,
passageira, relativa. A luta dos contrários, que, reciprocamente, se excluem,
é absoluta, como absolutos são o desenvolvimento e o movimento
Interpenetração dos contrários,
contradição ou luta dos contrários.
8. C o m e s t e t r a b a l h o c o n c l u í m o s q u e o c o n c e i t o
de dialética é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e,
de acordo com cada uma, assume um significado distinto.
Porém, este fato não a torna menos importante na busca da
verdade. A dialética não é um método científico preciso, no
entanto considerando que toda verdade é provisória e reformável,
é importante que o cientista ou pesquisador tenha sempre
um pensamento dialético, pois o homem avança quando se
força para superar-se a si próprio.
Conclusão
9. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M.. Fundamentos de Metodologia
Científica. São Paulo: Editora Atlas. 5ª Edição. 2003. 100-104 p.
PRODANOV, C.C.; FREITAS, E. C.. Metodologia do Trabalho Científico:
Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico.
SANTOS, J. A.; Metodologia científica / João Almeida Santos,
Domingos Parra Filho. - 2. ed. - São Paulo: Cemgage Learning, 2011. 41-44 p.
Referências Bibliográficas