Afeta as pessoas de forma social e culturalmente diferenciada e é um fator de desigualdade social e desigualdade de saúde.
Aqueles que sofrem com isso sofrem com o olhar social que paira sobre eles. Eles são mal considerados e muitas vezes discriminados.
A alimentação humana é culturalmente determinada na definição do que é comestível, os métodos de preparação, consumo e sua implementação em contextos sociais.
Muitos são os atores sociais suscetíveis a ser designados como responsáveis pelo seu desenvolvimento.
1. Prof. Jean-Pierre
Poulain
sociólogo e antropólogo,
Université de Toulouse 2,
CERTOP UMR-CNRS 5044
Chair of “Food Studies: Foods,
Cultures and Health”
Taylor’s-Toulouse University
Center
2. Sociologia da
obesidade
Determinantes sociais da obesidade a
uma política de responsabilidade
compartilhada
f. Jean-Pierre Poulain
sociologue et anthropologue,
Université de Toulouse 2, CERTOP UMR-CNRS 5044
Chair of “Food Studies: Foods, Cultures and Health”
Taylor’s-Toulouse University Center
4. A obesidade é um problema social…
porque:
4
n Afeta as pessoas de forma social e culturalmente diferenciada e é
um fator de desigualdade social e desigualdade de saúde.
n Aqueles que sofrem com isso sofrem com o olhar social que paira
sobre eles. Eles são mal considerados e muitas vezes discriminados.
n A alimentação humana é culturalmente determinada na definição do
que é comestível, os métodos de preparação, consumo e sua
implementação em contextos sociais.
n Muitos são os atores sociais suscetíveis a ser designados como
responsáveis pelo seu desenvolvimento.
5. Plano
n A obesidade é simples! ...
n Determinantes sociais da obesidade:
q Determinantes do ponto de vista da sociologia in
q Determinantes do ponto de vista da sociologia on
n De uma política baseada em evidências científicas à
uma política de responsabilidade compartilhada
5
6. Isso é culpa do agronegócio e do
fast food?
n “Fabricantes agro-alimentares jogam um jogo triplo.
n Colocam no mercado, com força publicitária e de
marketing, produtos que contribuem para aumentar a
ingestão de alimentos e o consumo de energia (lanches,
aumento do tamanho das porções),
n Apoiando-se simultaneamente nas ações de intervenção
em nutrição humana e na divulgação pelas autoridades
públicas de aconselhamento nutricional.
n Finalmente, para se livrar de suas responsabilidades, eles
enfatizam a responsabilidade individual dos consumidores”
(Marion Nestle, 2000 e 2007)
6
7. Da indústria farmacêutica e
parafarmacêutica
n Originalmente, interferência entre categorias
de sobrepeso e obesidade.
n A dramatização desta questão no quadro do
lançamento de novas moléculas.
n O mercado de produtos e serviços de "perda
de peso" e de “emagrecimento", mais ou
menos medicalizados, cresceu
consideravelmente.
7
8. Políticas Públicas? em favor da agricultura ...
e material publicitário
Pontos de Tim Lang sobre
as contradições entre
n O impacto das políticas agrícolas e
suas conseqüências sobre os preços
dos produtos e
n Regulamentos de publicidade e
campanhas de saúde pública
n O orçamento atual do INPES para
aumentar a conscientização sobre
nutrição na França seria de + - 3
milhões de euros.
n Enquanto o investimento publicitário da
indústria de alimentos na França
representa 1,9 bilhão de euros, dos
quais 76% na televisão.
8
9. As pessoas obesas…
n Pessoas obesas deixam-se levar e são fracas,
irresponsáveis
9
n Isso prejudica o equilíbrio
dos sistemas de
seguridade social
Quando eles não
agravam o buraco na
camada de ozônio
10. Os emagrecedores…
n E suas propostas irreais como “Perder 15 kg em menos
de 3 semanas”
10
11. A culpa é...
n Pais ...
n Da imprensa ...
n Atores de moda ...
n Consultores ...
n Dos “Ayatollahs” do PNNS ...
11
12. Os sociólogos e
os antropológos…
n Quem “serve sopa para
a indústria alimentícia”
n Ao promover o prazer
colocado como um
“regulador” para fazer
engolir “todo o lixo junk
food”....
12
14. A “lei” do embaixador americano em
cheque
“Se a malária tivesse afetado os americanos, há muito
tempo que essa questão de saúde pública estaria bem
resolvida” ...
A obesidade é um ótimo teste
de modéstia científica
14
15. A obesidade é um
problema mundial
q Ela tem resistido à ciência há 40 anos
q A interação entre genética e meio ambiente é muito
provável, mas a velocidade de seu desenvolvimento
convida a olhar para o lado dos:
- EsMlo de vida,
- Evoluções de hábitos alimentares
- Transformações do ambiente
alimentar
17. O triplo ponto de vista da sociologia
Ø Sociologia da obesidade
compreende os fatores sociais
envolvidos no desenvolvimento
desta patologia
Ø Sociologia na Obesidade
perspectiva crítica da leitura
contemporânea da obesidade
Ø Sociologia a serviço de uma
política de obesidade baseada
em evidências científicas
“A sociedade contemporânea cria obesos, mas não os apoia” Jean Trémolières
18. Plano
18
n A obesidade é simples! ...
n Determinantes sociais da obesidade:
q Determinantes do ponto de vista da sociologia
in
q Determinantes do ponto de vista da sociologia on
n De uma política baseada em evidências científicas à
uma política de responsabilidade compartilhada
19. Causalidade circular entre patologia e
posições sociais
19
Posições sociais Obesidade
Posições sociais determinam obesidade
conceito-chave: estilo de vida (estilo alimentar;
atividade física)
Obesidade determina posições sociais
afetando a mobilidade
Conceito-chave: discriminação, estigmatização
20. A sociologia in…
n Prevalência de obesidade e posições sociais: da obesidade às
obesidades
q Obesidade de precarização (terceirização de despesas Matt Qvortrup: índice de
liberdade econômica e prevalência de obesidade para sete grandes países ocidentais).
q Obesidade transitória
q Obesidade de modelos de sobrepressão de estética corporal da
magreza
n Stigmatização
n Estratégias diferenciadas
q Quem?
q Onde eles estão?
q Quais mensagens?
20
23. População e estratégias preventivas de alto risco
Risk factor
Distributiondensity
Risk factor
Distributiondensity
Risk factor
Densitydistribution
Risk factor
Distributiondensity
Population approach
High risk approach
Combined strategiesOriginal distribution
IUMSP-GCT
24. Frank Notestein : o modelo de transição
demográfica
n Conceituado entre 1930 e 1945 com base em dados
ocidentais
n descreve as transformações estruturais que as
pessoas experimentam durante o processo de
desenvolvimento.
n Generalização. Todas as populações do mundo devem
passar pelas diferentes etapas do modelo (Notestein,
1944 e 1948, McKeown, 1976). Em uma escala global, as
defasagens de tempo podem identificar estágios no
desenvolvimento.
n Ele tem sido usado há anos como um “modelo para
prever o que deve acontecer em países em
desenvolvimento”.
n "Todos os países devem passar de quatro ou cinco
etapas para um estado de maturidade".
27. Como funciona a
estigmatização?
1. O rótulo de “desviante” é atribuído a um
indivíduo por outros indivíduos durante as
interações sociais
2. O indivíduo é então reduzido ao seu
estigma, suas outras qualidades sociais
ocupam o segundo lugar
3. O rótulo justifica uma série de
discriminações sociais.
4. O estigmatizado internaliza a depreciação
5. A armadilha se fecha quando parece normal
ser considerado assim
28. Corpulência e dinâmica de renda na
França Poulain, 2001
21,3
22
31
5,2
6
11,3
52
47,5
59,3
10,2
19
14,2Hausse
Pas de changement
Baisse
IMC =25
25<IMC<30 IMC>3018,5<IMC <25IMC<18,5
29. Corpulência e dinâmica profissional na
França Poulain, Barbe, Romon, Tibère, Jeanneau, 2003
Dynamique professionnelle et IMC
moyen
23,62
24,48
25,07
20
21
22
23
24
25
26
Situation meilleure Situation identique Situation moins
bonne
Moyenne
24,2
32. As ligações entre modelo alimentar e a
imagem corporal
n “Para que o modelo de magreza
seja capaz de se impor ao ponto
de influenciar, motivar, excluir
todas as outras preocupações,
os comportamentos alimentares
individuais, é necessário (...) sem
dúvida que a estrutura social dos
comportamentos alimentares
seja enfraquecido” (Fischler 1990)
n Ao mesmo tempo, a
nutricionalização dos alimentos
corrói os modelos alimentares,
promovendo um único comedor
na frente de seu prato e racional
no porpósito.
33. “O que é mais devastador não é o peso real
em si, mas o medo do peso”.
Hillel Schwartz, Never statisfied.
33
34. La fille à cent sous
Georges Brassens
Du temps que je vivais dans le troisièm' dessous,
Ivrogne, immonde, infâme,
Un plus soûlaud que moi, contre un' pièc' de cent sous
M'avait vendu sa femme.
Quand je l'eus mise au lit, quand j'voulus l'étrenner,
Quand j'fis voler sa jupe,
Il m'apparut alors qu'j'avais été berné
Dans un marché de dupe.
"Remball' tes os, ma mie, et garde tes appas,
Tu es bien trop maigrelette,
Je suis un bon vivant, ça n'me concerne pas
D'étreindre des squelettes.
Retourne à ton mari, qu'il garde les cent sous
J'n'en fais pas une affaire."
Mais ell' me répondit, le regard en dessous :
"C'est vous que je préfère...
J'suis pas bien gross', fit-ell', d'une voix qui se noue
Mais ce n'est pas ma faute..."
Alors, moi, tout ému, j'la pris sur mes genoux
Pour lui compter les côtes.
"Toi qu'j'ai payée cent sous, dis-moi quel est ton nom
Ton p'tit nom de baptême ?
Je m'appelle Ninette. - Eh bien, pauvre Ninon
Console-toi, je t'aime."
Et ce brave sac d'os dont j'n'avais pas voulu
Même pour une thune,
M'est entré dans le cœur et n'en sortirait plus
Pour toute une fortune.
Du temps que je vivais dans le troisièm' dessous,
Ivrogne, immonde, infâme,
Un plus soûlaud que moi, contre un' pièc' de cent sous
M'avait vendu sa femme.
37. As contribuições da sociologia de: Resumo
n Obesidades no plural
q Precarização
q Transição
q TCA
q Distribuição bimodal para homens
Por em prática estratégias diferenciadas
n A luta contra o estigma como alavanca na luta contra a
obesidade
n Aprofundamento teórico da transição alimentar a partir
das conquistas da demografia
Aprofundar o estudo dos modelos alimentares a procurar nas
mutações atuais que poderiam suscitar fenômenos de adaptação
37
38. Plano
38
n A obesidade é simples! ...
n Determinantes sociais da obesidade:
q O ponto de vista da sociologia in
q Determinantes do ponto de vista da sociologia
on
n De uma política baseada em evidências científicas à
uma política de responsabilidade compartilhada
39. A sociologia das ciências da obesidade:
o interesse de controvérsias
n O que é uma controvérsia?
q Posições contraditórias apoiadas
por argumentos científicos
"legítimos"
q O que é um argumento legítimo?
Publicado em peer-reviews
(revisão de pares), mas status
provisório de verdadeiras
verdades científicas, desde que
não tenham sido anuladas
(Princípio da falsificação de Karl Popper)
q A arbitragem de controvérsias e
suas ultrapassagens é um dos
modos de avanço da ciência
n Material empírico:
q Documentos científicos (artigos
publicados em periódicos revisados
por especialistas, relatórios de
especialistas, livros de resumos),
q Produções de lobistas (site,
publicações, anúncios ...)
q Artigos de imprensa (análises e
entrevistas).
q Programas de TV
39
40. Controvérsias sobre a obesidade
algumas...
n A medida
n O número de mortes atribuíveis
n O impacto na expectativa de vida
n As crianças obesas se tornam adultos obesos?
n ....
40
41. Como o excesso de peso tornou-se o problema
número 1 nos Estados Unidos
41
Depuis 1998 Avant 1998
Femmes et
hommes
Femmes Hommes
Obésité >30 >30 >30
Surpoids 25-30 27,3-30 27,6-30
Poids
normal
18,5-25 20-25 20-25
Minceur <18,5 <20 <20
38% de excesso de peso versus 60%
42. n Da noite para o dia, nada
menos que 35 milhões de
americanos ficaram com
sobrepeso.
n Por outro lado, mudando o
limite entre o peso normal
e a magreza de 20 para 18
corpos “normalizados”
anteriormente
considerados muito fracos.
n “As novas diretrizes para as classes de peso
não levam em conta o gênero, a etnia, a idade
ou outras diferenças; estigmatizam muitas
pessoas, designando-as como com excesso
de peso. Além disso, eles ignoram os sérios
riscos à saúde associados aos esforços para
manter o peso corporal em níveis irreais de
magreza ...
Diminuir o padrão para um nível que o
excesso de peso afeta 55% dos adultos norte-
americanos parece refletir acima de tudo o
desejo de aumentar a prevalência de
sobrepeso e obesidade”.
Strawbridge, Wallhagen, Shema, 2000,
American Journal of Public Health.
42
Como o excesso de peso tornou-se o problema
número 1 nos Estados Unidos
43. Qual é o argumento baseado na
mudança de limites?
n Argumento científico?
Controvérsia:
q Diabetes mais
q Impacto do excesso de
peso na longevidade (Flegal
et al. )
n Ou lógica de interesse
q Impacto de lobbies
farmacêuticos ou
parafarmacêuticos
q Interesse dos
pesquisadores 43
(Kopelman, 2000).
45. Ponderação de IMC entre
populações (Inoue S., Zimmet P., 2000, Swinburn et al., 1996)
Facteurs
de risque
IMC18,5 25
Pour les
Asiatiques
Pour les
Polynésiens
47. A definição da obesidade:
coup de force épistémologique ?
n “O excesso de peso e a obesidade são definidos como um acúmulo
anormal ou excessivo de gordura corporal que pode ser prejudicial
à saúde”. O texto prossegue explicando que “o Índice de Massa
Corporal (IMC) é uma medida simples do peso-por-altura
comumente usado para estimar sobrepeso e obesidade em
populações adultas e indivíduos”.
n Cauteloso o editor, “o (IMC) deve no entanto ser considerado como
uma indicação aproximada, porque não corresponde
necessariamente à mesma massa gorda de acordo com os
indivíduos” (OMS, 2006).
n Depois, há uma mudança e o mesmo texto define “excesso de peso
como um IMC igual ou maior que 25 e obesidade como um IMC
igual ou maior que 30” (WHO, 2006).
47
50. 300 000 mortes ... obesidade ou?
n Michael Mc Ginnis e William Foege atribuíram um excesso de
mortalidade anual para os Estados Unidos de 300.000 pessoas a um
estilo de vida sedentário e maus hábitos alimentares, mas não
explicitamente ao peso (Mc Ginnis e Foege, 1993).
n Este estudo, paradoxalmente, se tornou uma das principais
referências científicas para apoiar a ideia de uma conexão entre
mortalidade e obesidade. Uma análise em bases de dados
eletrônicas mostra que ela foi citada, em 3 anos, mais de mil vezes
em apoio à ligação entre obesidade e mortalidade (Campos 2005).
n Mc Ginnis e Foege ficaram tão insatisfeitos com o uso de seu
trabalho que publicaram, no New England Journal of Medicine, em
1998, uma carta denunciando o que consideram ser uma "citação
incorreta". Nenhum efeito, a argumentação está em vigor
50
51. O interesse de pesquisadores e de
organizações de pesquisa
n Em 23 de junho de 2004, o diretor do CDC patrocinou uma
revisão interna do estudo que estimou 400.000 mortes e
confiou a força-tarefa ao Dr. Stephen Thacker.
n Conclusões:
q Erro de cálculo (?)
q Regras de atribuição questionáveis
n Utilizar o argumento diante do Congresso dos EUA para
justificar seu pedido de orçamento de sua agência.
51
53. Quais interpretações?
n A explicação pela lógica
de interesse:
Quem pode estar
interessado em ver a
questão do excesso de
peso e da obesidade em
primeiro plano, dramatizar
e se encaixar nas
agendas políticas?
n A influência dos lobbies
Os interesses dos atores
da pesquisa
n A explicação por lobby não
é suficiente. Há lobby que
funciona e outros que não
funcionam
n Há movimentos de lobby
principalmente
contraditórios
n Ainda é necessário
descrever os processos
pelos quais a influência
ocorre 53
54. Sair do jogo de dança das cadeiras
n Sair do jogo de dança
das cadeiras da
responsabilidade de
uma categoria de
atores.
n Passar às
responsabilidades
compartilhadas
n Quadros teóricos
q O cenário na agenda
q Tematização
54
55. A dramatização como efeito
do sistema
Problemas
PrioridadesSoluções
55
Cruzados
Especialistas
Lobbistas
La dramatisation
comme effet de
système dans le
cas de l’obésité
56. A tematização da obesidade
n Evidência concreta dos efeitos :
q De la malbouffe
q Des crises alimentaires
q Du sentiments diffus que l’on ne fait pas
ce qu’il faut
n Da culpabilidade mais ou menos
clara em viver em abundância
North North Report
n Uma legitimação da busca pela
magreza
56
57. As consequencias da tematização
n Uma cultura de ativismo
n Os apelos à cautela são
inaudíveis e os que
dramatizam veem os
microfones se
tensionarem. Até o
sujeito se desgasta ...
Para um retorno à obesidade como um problema
científico com fortes problemas sociais
57
58. Plano
58
n A obesidade é simples! ...
n Determinantes sociais da obesidade:
q O ponto de vista da sociologia in
q Determinantes do ponto de vista da sociologia on
n De uma política baseada em evidências
científicas à uma política de responsabilidade
compartilhada
59. Para uma responsabilidade compartilhada
n A questão não é “De quem é a culpa”? Mas:
n “Como regular as lógicas e o sinteresses particulares”?
n “Como arbitrar os interesses particulares e os interesses
gerais”?
59
60. O princípio da independência?
n Nenhum elo de interesse com os
atores econômicos.
n Distinção entre:
q a “conexão de interesse” que enfatiza o
vínculo entre pesquisador e empresa
q o “potencial conflito de interesse” que
aponta para as possíveis contradições
entre o interesse do pesquisador e as
decisões que ele ou ela poderia ajudar a
fazer.
n Os interesses internos e externos
60
61. Dupla ligação da pesquisa
n As proporstas impõem
parcerias industriais,
justificadas em nome da
valorização e da
contribuição financeira do
setor privado, reduzindo
assim o financiamento
público.
n E “independência” de
expertise (competência,
perícia)
n Apenas 25 dos 163
membros que compõem
o HAS, declaram uma
total falta de interesse, o
que representa 6,5% dos
especialistas.
61
62. Como sair da contradição?
n Interesses conflitantes
podem e geralmente são
condutores de
desenvolvimento de
pesquisa
n Mudança de paradigma
n Passando da
estigmatização de
interesses para “Como
regular lógicas e
interesses particulares?”
62
64. Princípio da circunspecção: as virtudes da
controvérsia organizada
n “Ceticismo organizado” implica a implementação de
procedimentos de inventário e validação de
conhecimento através de duas famílias de técnicas
complementares:
n Conferências de consenso que estabelecem o que faz
acordo (as expertises coletivas, por exemplo)
n Arbitragem de controvérsias que apontam as linhas de
desacordo e compartilhamento de conhecimento e a
lógica de interesse que as sustenta
64
65. Conclusão 1 O que temos que descobrir é
mais importante do que sabemos
n Apoiar a pesquisa “da genética às redes sociais”
n Da genética à governança
q Genética
q Célula de gordura
q Atividade física
q Comportamento alimentar da fisiologia aos feterminantes psicológicos,
econômicos, sociais e culturais,
q Economia da obesidade
q Determinantes da imagem corporal e modelos estéticos
q Efeitos da publicidade,
q Ciência Política
q ...
65
66. Conclusão 2 : Avaliar as ações
empreendidas ...
n À pesquisa nacional: acelerar a transição da retórica para a avaliação
q Formulações corajosas em termos de objetivos e mecanismos de avaliação
se colocam em prática, mas,
q Tomar tempo e
q Colocar questões metodológicas
q Objetivos versus avaliação de ações
q Precisar inscrever em uma temporalidade
n Àquela local, Desenvolver uma caixa de ferramentas para os líderes
do projeto
n Para fazer: investir em metodologia de avaliação
q Estado da arte por uma expertise coletiva em metodologias, em seguida,
guia de boas práticas
q Programar investimentos específicos para desenvolver ferramentas
adaptadas a diferentes objetivos
66
67. O que fazer nesse meio tempo?
n Intensificar a pesquisa para entender as
culturas alimentares, o “fato alimentar”
n Proteger as pessoas obesas dos riscos
sociais combatendo o estigma e a
discriminação
n Agir na educação alimentar sim! mas
avaliando as ações para
q orientar, conduzir e
q produzir conhecimento
67
68. Pour en savoir plus
Ø Dictionnaire des cultures alimentaires, PUF, 2012
Ø Sociologie de l’obésité, PUF, 2009.
Ø Sociologies de l’alimentation, PUF, 2005.
Ø Histoire de la cuisine et des cuisiniers, avec E. Neirinck Lanore, 2004.
Ø Penser l’alimentation, entre imaginaire et rationalité, avec J.-P. Corbeau,
Privat, 2002.
Ø Manger aujourd’hui, Attitudes, normes et pratiques, Privat, 2001.
Ø « Eléments de sociologie de l’alimentation et de la nutrition », in A.
Basdevant, M. Laville et E. Lerebours, Traité de nutrition clinique,
Flammarion, 2001.
Ø « French gastronomie, french gastronomies », in Goldstein D. et Merkele K.,
2005, Culinary cultures of Europe Identity, Diversity and dialogue, Éditions
du Conseil de l’Europe, p. 157-170.