Este eBook é dedicado aos vestibulandos e a todos aqueles que queiram ficar por dentro dos principais temas políticos da atualidade, no Brasil e no mundo. Nos oito capítulos deste material, você encontrará alguns dos assuntos mais debatidos ao longo deste primeiro semestre de 2017: Trump, Brexit e o nacionalismo latente; a crise humanitária na Síria; tensões nucleares na Coreia do Norte; as políticas do governo Temer e novos avanços da Operação Lava Jato. Aqui você tem apenas uma amostra do material. Para ter acesso completo basta acessar o seguinte link para fazer o download gratuito: http://bit.ly/atualidadespolitize
2. O fenômeno Trump
Brexit e a onda nacionalista
Guerra na Síria: sem perspectivas de término
A tensão explosiva entre Coreia do Norte e Estados Unidos
Um país em reforma
As novas investidas da Lava Jato
A crise do sistema prisional brasileiro
Gastos do governo em revisão: o teto de gastos
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ÍNDICE
Politize!
3. 1
Politize!
Olá!
Este eBook é dedicado aos vestibulandos e a todos
aqueles que queiram ficar por dentro dos principais
temas políticos da atualidade, no Brasil e no mundo.
Nos oito capítulos deste material, você encontrará
alguns dos assuntos mais debatidos ao longo deste
primeiro semestre de 2017: Trump, Brexit e o
nacionalismo latente; a crise humanitária na Síria;
tensões nucleares na Coreia do Norte; as políticas do
governo Temer e novos avanços da Operação Lava
Jato. Tenha uma boa leitura!
5. 3
2016 foi um dos anos mais malucos na história do
mundo, provavelmente. No Brasil, teve impeachment
da presidente Dilma Rousseff, além de uma operação
que está acusando, prendendo e investigando
políticos do mais alto escalão político – ministros,
senadores, deputados, governadores – e empre-
sários principalmente no ramo de empreiteiras
multinacionais. No mundo, a maior crise humanitária
da história, o terrorismo e extremismo islâmico em
países europeus, a guerra civil na Síria, o Estado
Islâmico, o Brexit, a eleição de Donald Trump como
presidente dos Estados Unidos.
Pois bem, dois desses fatos estão bastante interliga-
dos: o Brexit e a eleição de Trump. Vamos falar um
pouco sobre esse último.
Em primeiro lugar, vamos entender como são as
eleições presidenciais nos Estados Unidos.
AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NOS
ESTADOS UNIDOS
Confira o info completo!
6. 4
Em segundo lugar, vamos entender quem é Donald
Trump, qual o seu discurso e as suas promessas,
para depois compreender um pouco mais sobre
quem votou nele.
Donald Trump foi o candidato do Partido Republica-
no para as eleições presidenciais nos Estados Unidos
em 2016. Ele é um milionário que nunca ocupou
nenhum cargo eletivo antes e é reconhecido por ter
sido o apresentador do reality show “O Aprendiz”.
Quando se candidatou à presidência, cidadãos,
políticos e jornais de grande circulação não
acreditaram na possibilidade de ele ser o
candidato republicano lançado. As pesquisas
oficiais e de jornais renomados fizeram um trabalho
lamentável prevendo as preferências do eleitorado
nos EUA, considerando Trump uma piada, em vez de
levar sua candidatura a sério desde o início.
Mas por que Trump não foi levado a sério? Isso tem
relação com sua campanha, rodeada de escândalos,
discursos de ódio e polêmicas.
AFINAL, QUEM É DONALD TRUMP?
Durante a campanha eleitoral, em 2016, circulou um
vídeo, de onze anos atrás, em que o agora presidente
dos Estados Unidos se gaba de utilizar de seu poder
para assediar mulheres e faz comentários obscenos e
machistas. Outro escândalo envolveu sua equipe: o
chefe de sua campanha, Paul Manafort, foi acusado
de receber mais de 12 milhões de dólares de
políticos ucranianos via caixa dois – ele pediu
demissão logo após o episódio. Mesmo depois
desses episódios, Trump parecia blindado; as
intenções de voto diminuíam depois dessas notícias,
mas logo voltavam a subir.
OS ESCÂNDALOS DA CAMPANHA
DE TRUMP
Politize!
7. 5
As promessas de campanha de Trump vão desde a
promessa de construir um muro na fronteira dos
Estados Unidos com o México para impedir a entrada
de imigrantes ilegais, até a proibição de imigrantes
muçulmanos – inclusive refugiados de países em
guerra – ou mesmo a intenção de uma “guerra
comercial” com a China.
PROMESSAS POLÊMICAS
Alguns fatores-chave teriam levado Trump à Casa
Branca. Seu discurso, por vezes preconceituoso,
machista e xenofóbico foi um deles. O principal
slogan da campanha de Donald Trump era: “Make
America great again” – algo como “faça os Estados
Unidos grandes novamente” –, que chamou muito a
atenção. Mas outro slogan muito importante era:
“America first”, no sentido de colocar os Estados
Unidos em primeiro lugar. Esse slogan nos diz duas
coisas: Trump iria lutar contra a globalização e
fortificar seu discurso nacionalista.
Uma guinada nacionalista?
Tanto o Brexit, quanto a eleição de Trump trouxeram
à tona conceitos do nacionalismo. Alguns desses
conceitos são: a ideia de superioridade do seu local
de origem em relação a outros, assim como da sua
cultura e idioma; além do sentimento de
pertencimento causado pelo próprio nacionalismo,
que cria uma identidade nacional. Um dos ideais
nacionalistas é a preservação da nação, através da
defesa do território, da manutenção do idioma e
manifestações culturais, opondo-se a todos os
processos que possam destruir ou transformar essa
identidade. Uma das principais bandeiras de Trump é
acabar com o desemprego e para proteger os
empregos e/ou recuperá-los, pretende restringir a
imigração para que não sejam “roubados” os
empregos da população estadunidense.
Com a finalidade de proteger suas fronteiras,
Trump prometeu construir um muro entre os EUA e
o México, a fim de impedir a chegada de imigrantes
ilegais pela fronteira mexicana. Essa medida extrema
é explicada pelo presidente pela participação dos
Estados Unidos no NAFTA, o que gerou uma série de
Politize!
8. Como já vimos, no sistema eleitoral nos Estados
Unidos, nem sempre a pessoa que recebe mais votos
é a eleita. O atual presidente ganhou em 306
delegados e Clinton em 282. Hillary Clinton, porém,
recebeu aproximadamente 2,9 milhões de votos a
mais que Trump, ou seja, venceu no voto popular, mas
não nos delegados. O perfil de votantes de Trump
era de homens brancos, mais velhos e sem
formação universitária.
Quem votou em Trump?
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consequências. Mas o que é isso? O NAFTA é o
Acordo de Livre Comércio da América do Norte, um
bloco econômico formado pelos Estados Unidos,
Canadá e México. Esse acordo permitiu que
indústrias e empresas estadunidenses, antes
instaladas em território nacional, fossem
transferidas ao México em busca de mão-de-obra
mais barata. Por isso, Trump atribui o alto
desemprego a esse acordo.
Mas não é só isso! O discurso nacionalista de Trump
toma imigrantes, refugiados e, principalmente,
muçulmanos como inimigos do país e da população.
Criar o sentimento da existência de inimigos
externos que, segundo ele, vão aos EUA para
atrapalhar a vida dos estadunidenses, além da ideia
de agir nos conflitos como a Guerra Civil na Síria com
bombardeios e intervenções militares ou mesmo
seus discursos racistas e xenofóbicos, criam uma
ideia de superioridade da população estadunidense.
Como prometeu em campanha, Trump proibiu, nas
primeiras semanas de governo, a entrada de
diversas pessoas, imigrantes ou não, de variadas
nacionalidades: Síria, Irã, Sudão, Líbia, Iraque, Iêmen
e Somália. A decisão, porém, foi anulada por
um juiz – que já havia anulado outro decreto do
presidente, com as mesmas medidas e mais a
proibição de entrada nos EUA de refugiados, para os
sírios, por tempo indeterminado.
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9. Um estudo do Banco Mundial entre 1988 e 2008
mostrou que a globalização, tão adotada e
estimulada pelos EUA até agora, mas rechaçada por
Trump, causou alguns efeitos: aumentou a renda de
trabalhadores de nações em desenvolvimento e da
elite financeira dos países ricos. Em contrapartida, a
classe média trabalhadora dos países ricos,
principalmente dos EUA e da Europa, tiveram
grandes perdas nas suas rendas.
(%) Por renda anual (%) Por raça
Menos de 50 mil dólares
Votos Hillary Votos Trump
De 50 mil a 99.999dólares
Brancos
Negros
(%) Por faixa etária
18 a 44 anos
Mais de 45 anos
100 mil dólares ou mais
Portanto, as pessoas que mais votaram em Trump
foram exatamente as mais atingidas pelo sistema
econômico instituído nos EUA desde a Guerra Fria, o
da globalização, do livre comércio e da relação com
outros países. Como Trump se opôs a esse sistema,
buscando políticas nacionalistas, cativou um
público descontente com a velha política de
Washington. Já Hillary ganhou mais votos entre
jovens, conquistando a maioria das mulheres e da
população negra.
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10. (%) Por escolaridade
Ensino Médio ou mais
Superior incompleto
Superior completo
8
Bom, como você pôde ver, Trump pode até ser um
fenômeno, devido à sua campanha pra lá de
polêmica, suas propostas conservadoras e o retorno
a um ideal nacionalista pela maior potência
econômica no mundo. Agora que ele se tornou
presidente, o que o mundo pode esperar de Trump
ainda é uma incógnita, e é preciso ficar atento à sua
governança pelos próximos quatro anos.
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49 44
12. 10
Além da eleição de Donald Trump à presidência dos
Estados Unidos, outro acontecimento na política
mundial que vai de encontro aos conceitos e à ideia
de economia globalizada é o Brexit. Vamos entender
o que é esse processo?
No dia 23 de junho de 2016, os cidadãos do Reino
Unido participaram de um plebiscito em que
podiam escolher entre duas opções: o Reino Unido
permanecer (“remain”) ou deixar (“leave”) a União
Europeia. No fim das contas, o “leave” venceu,
com 52% dos votos. Essa decisão terá como
consequência o Brexit (Britain + Exit - saída,
em inglês).
Assim como os eleitores de Trump, quem votou pelo
Brexit no plebiscito não-obrigatório realizado no
Reino Unido era majoritariamente: homem, branco,
mais velho, sem nível superior e de renda média.
O que foi o Brexit?
Quem votou pelo Brexit?
Por um lado, esses votos foram questionados
internacionalmente, assim como o voto dos eleitores
de Trump. Questiona-se a natureza racista e
xenófoba por trás dessa decisão que vai de encontro
à política da União Europeia em receber e
recepcionar refugiados nos últimos anos, além de
criar programas de inclusão na educação e mercado
de trabalho. A campanha pelo Brexit certamente foi
muito fortalecida pela percepção de que o Reino
Unido estava sendo prejudicado pela facilidade com
que muitos estrangeiros conseguiam migrar para o
país. A alegação de que o país não possui controle
efetivo sobre suas próprias fronteiras por causa da
União Europeia pesou no resultado final.
Desde a entrada na União Europeia, o Reino
Unido optou por não adotar algumas políticas do
bloco. Apesar de ter integrado o mercado comum
europeu, dispensou o uso do euro como moeda
nacional e não assinou o acordo de Shenghen – do
qual são signatários quase todos países-membros
da UE.
Politize!
13. Quais as consequências do Brexit?
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O voto no Brexit também possui relação com o
sentimento de nacionalismo, que também aparece
no discurso de Donald Trump. As ideias de
identidade nacional, o combate à imigração e à
globalização foram usados na campanha pró-Brexit.
A insatisfação de boa parte da população britânica se
reflete em uma desconfiança nas instituições da
União Europeia, o maior bloco econômico do mundo.
Muitos britânicos não acreditam que pertencer à
organização traz benefícios – não entendem os
tributos que o Reino Unido pagava à UE, acreditam
que as regras estabelecidas pelo bloco não os
representava e seus mecanismos feriam a autonomia
e soberania das nações. Também são contra a
imigração pois acreditam que os estrangeiros
aumentam a concorrência em um mercado de
trabalho saturado.
A separação do Reino Unido e da União Europeia
acontecerá da seguinte forma:
Confira o info completo!
14. Economia Imigração
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Sem dúvida, esta é uma decisão de grandes proporções para o Reino Unido, para a Europa e para todo o mundo.
Vamos entender um pouco melhor as implicações do Brexit?
Politize!
Não se sabe ao certo, também, quais são as
consequências exatas do Brexit para a política de
imigração. É provável que haja maior controle na
entrada de estrangeiros no país. Como membro da
União Europeia, o Reino Unido teve de receber uma
parcela dos refugiados que chegaram ao continente
entre 2015 e 2016, o que pode ter sido um dos
motivos para o Brexit. Agora, sem fazer parte do
bloco, o país terá mais liberdade para regular a
entrada de imigrantes.
As previsões para a economia do Reino Unido depois
do Brexit não são positivas. O país deve sofrer
perdas por não mais participar do mercado comum
europeu – a União Europeia já sinalizou que não
manterá o acesso normal a esse mercado se o Reino
Unido não aceitar também a livre circulação de
pessoas. Não se sabe ao certo em que nível a
economia britânica e mundial será afetada, mas os
resultados em curto prazo são negativos. Nos
próximos anos, o Reino Unido pode ter sua moeda
desvalorizada, aumento da inflação, recessão
econômica, queda na renda per capita, entre
outros problemas.
15. Somos uma rede de pessoas e organizações
comprometidas com a ideia de levar edu-
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Data de publicação: 14 de junho de 2017.