Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Texto a viagem
1. A viagem
Um dia, numa cidade muito distante daqui, uma turma foi visitar um
laboratório. A Bárbara e o Rui, como são muito curiosos, separaram-se dos
colegas e foram explorar uma sala repleta de máquinas.
Começaram a mexer em tudo.
De repente, entrou um cientista e eles esconderam-se debaixo de uma
máquina. Essa máquina encolhia as coisas. O cientista estava a fazer uma
experiência e então carregou num botão. Um raio atingiu o Rui e Bárbara e eles
encolheram.
Eles viram um submarino microscópico e entraram nele. Então, o cientista
meteu o submarino numa seringa e injetou-o no seu corpo.
O Rui começou a carregar nos botões e o cientista perdeu o controlo do
submarino. A Bárbara gostava muito de pilotar carros, e aquele volante estava
mesmo a convidá-la! Na escola, o Rui andava a aprender coisas sobre a digestão.
- Rui, presta atenção! Vou levar-te a conhecer o corpo humano.
- Boa! Vamos lá!
Levou-o até à boca. Parecia uma gruta enorme cheia de rochas gigantescas!
- Rui, aqui tudo começa: os dentes cortam e mastigam a comida e a língua
ajuda a ensalivar tudo.
- A sério?! – disse o Rui espantado.
- Sim. A seguir passa pela faringe, que é onde estamos agora, escorrega pelo
esófago e cai no estômago.
- Estôgamo?!
- Não, es-tô-ma-go! Lá existe um líquido que transforma tudo em pedacinhos
muito pequeninos.
- Parece a picadora da mãe!... – gracejou o Rui.
- Eh, Eh, Eh! Boa comparação! De seguida, tudo sai para o intestino delgado
onde os nutrientes…
- Nutri quem?!
- Nutrientes! É o que o corpo precisa para poder viver! Aqui os nutrientes
passam para o sangue.
- Ah! Ok! Não sei o que é mas acredito em ti, amiga….
- Depois, o que sobra vai pelo intestino grosso: primeiro sobe, depois anda
para o lado e finalmente desce até um pedacinho que se chama reto.
- Parece aquele jogo do glutão a comer bolinhas no computador! – lembrou-se
o Rui.
- Finalmente, quando o reto fica cheio dá-te uma vontade forte. Sabes que
vontade é essa?
- Oh se sei! Às vezes quase nem consigo chegar à casa de banho!
De repente, o submarino começou a balançar de um lado para o outro
- O que é que se passa? – perguntou a Bárbara a si mesmo em voz alta.
O cientista encontrou o submarino e voltou a retirá-lo para fora. Lançou o raio
e agora o submarino aumentou de tamanho.
Sem que ele visse, pé ante pé, saíram de lá de dentro e voltaram para junto
dos companheiros.
- Onde estiveram, meninos? – perguntou a professora.
Olharam um para o outro e com um sorriso maroto responderam:
- Fomos à casa de banho!
Foi uma aventura que eles não esqueceram mais mas perceberam como é
perigoso não cumprir com as regras e com as indicações da professora. Podia ter
corrido tudo muito mal. Decidiram então que não voltariam a fazer o mesmo.