Folder da campanha Não aos Transgênicos, Sim à Soberania Alimentar e à Justiça Climática
1. Curiosidade sobre as sementes transgênicas
Um dos argumentos mais difundidos pelas empresas e pelas
lideranças do agronegócio em defesa das sementes
transgênicas era que, com elas, as novas lavouras iriam
precisar de menos agrotóxicos. Esta afirmação foi repetida à
exaustão, inclusive pela grande imprensa. Poucos anos após
a liberação e difusão das sementes transgênicas pelo Brasil,
este argumento já caiu por terra. Criados para “solucionar os
problemas da agricultura”, os transgênicos, desde que foram
introduzidos no Brasil, há pouco mais de uma década, só
fizeram aumentar o consumo de agrotóxicos. E não poderia
ser de outra forma, já que as empresas que desenvolveram e
vendem sementes transgênicas são as mesmas que
fabricam e vendem agrotóxicos (Monsanto, Bayer, Basf,
Syngenta, etc.).
"Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma
nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de
alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela
justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.”
(Carta da Terra)
Realização:
Apoio:
Campanha
2. Apresentação
A América do Sul enfrenta impactos socioambientais de grande
magnitude como consequência do avanço do agronegócio.
Contradizendo os argumentos da indústria, a expansão das
monoculturas transgênicas levou ao aumento do uso dos
agrotóxicos por áreas de produção.
Por outro lado, a contaminação transgênicas é uma realidade que afeta
aqueles que optam por formas de produção ecológica e sem transgênico,
assim como os que conservam as variedades de sementes crioulas. A
estes impactos se soma a crescente concentração de terra em poucas
mãos.
Apesar dos impactos já estudados e difundidos, a maioria dos
governos da região promovem os transgênicos como forma de
aumentar a produtividade agrícola e lidar com a fome no mundo.
Lamentavelmente, mesmo em países como Bolívia e Equador
que proibiram os transgênicos em suas constituições, existem
fortes pressões para que se autorize sua introdução e/ou
expansão.
Diante desse problema, e considerando que os
transgênicos atentam contra os objetivos de seu Programa,
a Rede Terra do Futuro América do Sul decidiu realizar uma
campanha nos países em que tem organizações membro.
A Fundação Cepema, como membro da Rede Terra do Futuro
América Latina, se integrou à Campanha "Não aos Transgênicos.
Sim à Soberania Alimentar e à Justiça Climática", com foco no
fortalecimento das organizações comunitárias no combate ao
uso de Transgênicos.
Transgênicos e perigo para a diversidade genética das
sementes crioulas
Sementes Transgênicas
As sementes transgênicas (organismos genericamente modificados
OGMs) são aquelas sementes ou plantas que sofreram modificações
em seu código genético, ou seja, no seu DNA.
Contaminação Genética
Agricultores podem ter seu plantio contaminado se tiver alguma plantação
transgênica nas redondezas. Com a contaminação os agricultores têm
prejuízos ao perderem o direito de vender suas safras como convencionais
e/ou orgânicas. Os transgênicos podem afetar diretamente os seres vivos
que habitam o entorno das plantações.
Monsanto
A empresa de biotecnologia Monsanto é hoje a maior produtora de
sementes do mundo, convencionais e transgênicas. Além disso, é também
uma das maiores fabricantes de herbicidas do planeta, com destaque para
o Roundup. Com essa venda casada – semente transgênica mais o
herbicida ao qual a planta é resistente - os agricultores ficam presos
num ciclo vicioso, totalmente dependentes de empresas e das políticas
de preços adotadas por elas.
Objetivos da Campanha
- Fortalecer os assentamentos de reforma agrária e comunidades
rurais na luta contra os transgênicos a fim de fortalecer as
organizações locais;
- Destacar a relevância do uso das sementes crioulas na luta
pela soberania alimentar dos povos;
- Promover a capacidade de adaptação de agricultores e
agricultoras às variações climáticas.
- Difundir as práticas de produção agroecológica e sua relevância para
a agricultura familiar.