4. Conceitos
•Ética é uma palavra de origem grega (éthos),
que significa “propriedade do caráter”.
•O Código de Ética Profissional é o conjunto
de normas éticas, que devem ser seguidas
pelos profissionais no exercício de seu
trabalho. Este código é elaborado pelos
Conselhos, que representam e fiscalizam o
exercício da profissão.
5. A ética de Aristóteles (384 -322 a.C) exerceu forte influência no pensamento ocidental. Segundo sua teoria, conhecida como eudemonismo (do
grego eudaimonéu significa ter êxito, ser feliz), todas as atividades humanas aspiram a algum bem, dentre os quais, o maior é a felicidade. Para
Aristóteles, a felicidade não se encontra nos prazeres nem na riqueza, mas na atividade racional, no exercício e na evolução do pensamento.
Platão (428-347 a.C.) estabelece uma hierarquia das idéias e confere um lugar supremo ao bem. As virtudes humanas devem ser
coordenadas, cuja harmonia constitui a justiça. A justiça é para Platão, a harmonização das atividades da alma e de todas as
virtudes.
Para Sócrates (470-399 a.C.), a virtude humana consiste na busca do conhecimento para alcançar a felicidade. O verdadeiro objeto
do conhecimento é a alma humana. As afirmações: conhece-te a ti mesmo e sei que nada sei
Enquanto para a maioria dos filósofos os princípios morais resultam de convenções sociais,
Sócrates defende a moral constituída na própria natureza humana.
A reflexão ética se inicia na Grécia antiga, quando os filósofos buscam compreender o fundamento da conduta
humana.
6. O filósofo e teólogo Santo Tomás de Aquino (século XIII) adapta o aristotelismo aos ideais cristãos e recupera a ética eudemonista.
Mas, fiel ao ideal religioso, admite que a única contemplação que garante a felicidade é a contemplação de Deus, de quem
teremos conhecimento só na vida futura, após a morte. Sob essa perspectiva, os valores são transcendentes, porque resultam de
doação divina, o que leva à identificação da pessoa moral com o ser temente a Deus.
A Idade Média retoma esse pensamento e aperfeiçoa a vida espiritual por meio de práticas de purificação do
corpo, instituindo o jejum, a abstinência e a flagelação. Essa tendência predominou na Alta Idade Média,
influenciada pela Igreja.
Na mesma época, Zeno de Cítio condena os prazeres em geral e considera que muitos males decorrem da
liberalidade dos prazeres. Segundo o pensador, a virtude do sábio depende do viver de acordo com sua
natureza e razão, eliminando as paixões, causadoras de sofrimento.
No entanto, segundo Epicuro (século III a.C.), principal representante do hedonismo grego, os prazeres do corpo são causa de
ansiedade e sofrimento. Por isso, para que a alma não sofra perturbações, é preciso limitar os prazeres materiais. É virtuoso quem
é capaz de usufruir do prazer com moderação. Essa atitude o leva ao cultivo dos prazeres espirituais.
Para os hedonistas (do grego bedoné, prazer) o bem se encontra no prazer. De forma genérica, podemos
afirmar que a civilização contemporânea é hedonista, pois associa a felicidade com a aquisição de bens de
consumo: casa, carros, roupas, comida, aparelhos eletrônicos e domésticos e sexualidade.
7. O esforço de recuperação da ética passa pela necessidade de não se esquecer da dimensão planetária da sociedade
contemporânea, quando todos os pontos da Terra, essa aldeia global, se acham ligados pelos mais diversos e velozes meios de
informação.A generosidade da moral planetária supõe a garantia da pluralidade dos estilos de vida, a aceitação das diferenças,
sem sucumbir à tentação de dominar o outro por considerar a diferença um sinal de inferioridade e de desigualdade.
No mundo contemporâneo, muito são os desafios para tentar construir a vida ética e moral. A questão que se
coloca hoje é a da superação dos empecilhos que dificultam a existência de princípios e parâmetros para a boa
conduta. Algumas dessas dificuldades derivam da sociedade individualista, incapaz de praticar a solidariedade e
a tolerância.
Diante dos problemas do mundo globalizado, podemos ressaltar o fato que hoje, a moral se situa além dos
limites da casa, do bairro, da cidade, do país, para exigir a reflexão sobre a macrosfera, que envolve o destino da
humanidade. Neste sentido, é preciso constituir uma macroética que examine os interesses humanos vitais em
nível planetário. Vivemos uma ruptura de paradigmas, sem que tenhamos ainda esboçado novos referenciais
de conduta.
No decorrer do século XX e no início deste século, continua valendo a desconfiança na razão como instrumento eficaz para orientar
os princípios éticos e as normas morais. Não se pode afirmar de maneira convicta que agir virtuosamente é agir de conformidade
com a razão.
A partir da Idade Moderna, porém, os princípios éticos e morais distanciam-se da doutrina religiosa. O Ser
moral e religioso convive separadamente. Admite-se que uma pessoa que não crê em Deus também possa ser
ética, porque o fundamento dos valores não se encontra em Deus, mas no próprio ser humano.
8. Bioética
• O conceito de Bioética foi usado pela primeira vez na publicação do
livro Bioética: uma revisão do relacionamento ético dos humanos em
relação aos animais e plantas. O livro foi escrito por Fritz Jahr (1895-
1953) e publicado na década de 1930. Quando criou o conceito, Fritz
se referia ao respeito que deveria basear as relações dos seres
humanos com a natureza. No final de seu artigo, Fritz Jahr propõe um
“imperativo bioético”: respeita todo ser vivo essencialmente como
um fim em si mesmo e trata-o, se possível, como tal.
• No Brasil, a Bioética surgiu há poucas décadas, precisamente nos
anos 90. O conceito se tornou ainda mais importante no país depois
da criação de leis referentes à prática e à ética da medicina. Outros
fatores que influenciaram o crescimento do interesse pela Bioética
no Brasil foram as pesquisas sobre genoma humano e clonagem e a
criação de órgãos regulamentadores, como a Sociedade Brasileira de
Bioética, fundada em 1995.
9. • O principialismo de Tom L. Beauchamp e James F. Chilres
• Autores da Obra: Principles of biomedical ethics (Princípios da ética
biomédica) .
10. A Bioética tem quatro princípios que devem ser analisados
para resolver dilemas éticos sobre atendimentos ou
tratamentos de saúde. Os princípios são autonomia,
beneficência, não-maleficência e justiça.
Os 4
princípios
da Bioética
Autonomia
Beneficência
Não-
maleficência
Justiça
11. Humanizar e Acolher
Humanizar os cuidados envolve
respeitar a individualidade do Ser
Humano e construir "um espaço
concreto nas instituições de saúde, que
legitime o humano das pessoas
envolvidas“.
Acolher é uma ação técnico-
assistencial, ou seja, processo de escuta
qualificada direcionado à assistência,
Ao ouvir o cliente/paciente, os
profissionais terão melhora na relação e
desenvolvimento de uma parceria mais
colaborativa.
12. O Cofen
• O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os seus respectivos
Conselhos Regionais (CORENs) foram criados em 12 de julho de 1973,
por meio da Lei 5.905. Juntos, formam o Sistema COFEN/Conselhos
Regionais.
• Filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra, o
COFEN é responsável por normatizar e fiscalizar o exercício da
profissão de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
zelando pela qualidade dos serviços prestados e pelo cumprimento
da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem.
13. Principais atividades do COFEN:
•normatizar e expedir instruções para uniformidade
de procedimentos e bom funcionamento dos
Conselhos Regionais;
• apreciar em grau de recurso as decisões dos
CORENs;
•aprovar anualmente as contas e a proposta
orçamentária da autarquia, remetendo-as aos
órgãos competentes;
•promover estudos e campanhas para
aperfeiçoamento profissional.
14. Principais atividades dos CORENS:
• deliberar sobre inscrição no Conselho, bem como o seu
cancelamento;
• disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as
diretrizes gerais do COFEN;
• executar as resoluções do COFEN;
• expedir a carteira de identidade profissional, indispensável
ao exercício da profissão e válida em todo o território
nacional;
• fiscalizar o exercício profissional e decidir os assuntos
atinentes à Ética Profissional, impondo as penalidades
cabíveis
15. • elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de
seu regimento interno, submetendo-os à aprovação do
COFEN;
• zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam;
propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício
profissional;
• eleger sua Diretoria e seus Delegados eleitores ao Conselho
Federal;
• exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela
Lei 5.905/73 e pelo COFEN.
16. Referências
• BARBOSA,I. A.; SILVA, M. J. P. ; Cuidado humanizado de enfermagem:
o agir com respeito em um hospital universitário. Rev. bras. Enferm.
vol.60 no.5 Brasília Sept./Oct. 2007. Disponível em <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672007000500012 > Acesso em 04 Fev. 2019
• COSTA, P. C. P.; GARCIA, A. P. R. F.; TOLEDO, V. P. Acolhimento e
Cuidado de Enfermagem : um estudo fenomenológico. Texto
Contexto Enferm, 2016; vol.25no.1 set.2015 Disponível em <
http://www.scielo.br/pdf/tce/v25n1/pt_0104-0707-tce-25-01-
4550015.pdf > Acesso em 04 Fev. 2019
• https://www.significados.com.br/bioetica/