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ARQUITETURA E URBANISMO – 3º ano
MÔNICA ARAUJO DE ALMEIDA R.A. 06001019
TOPOGRAFIA
RELATÓRIO: VISITA TÉCNICA REALIZADA EM CANTEIRO DE OBRA (04/04/16)
CIANORTE – PR
2016
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 3
2 ETAPAS EXECUTADAS E TOPOGRAFIA .................................................................................................................. 4
3 SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE CÁLCULO DE EMPOLAMENTO.....................................................................................4
4 TIPO DE COLETA.............................. ......................................................................................................................6
5 INSTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................................................................................................... 6
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. .........................................6
7 ANEXOS (FOTOS).............................................. .................................................................................................. ...7
3
INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta o relatório técnico da visita acadêmica/técnica - topográfica, bem como
a visualização da topografia existente, na obra da empresa MADEFORT executados no município de Cianorte PR,
especificamente os trabalhos de identificação topográfica e desníveis na futura implantação foram realizados,
essa atividade tem como objetivo auxiliar as etapas futuras de execução da obra de construção de um “barracão
industrial” na região de Cianorte Pr.
Este trabalho tem como objetivo descrever o procedimento utilizado na realização do corte da terra e
de aterro, conhecendo os serviços de topográficos. Com a finalidade de executar o Levantamento Topográfico
do local, além do Professor e Engenheiro Yorhan Sartori a visita contou com a presença dos acadêmicos do
segundo e terceiro ano do curso de Arquitetura e Urbanismo – UNIPAR campus Cianorte e ainda com um
colaborador especial, topógrafo (Sr. João da Unha) antigo e pioneiro da Cidade de Cianorte Pr.
Levantamento topográfico é um conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos
horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão
pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas
coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhes visando à sua exata
representação planimétrica numa escala predeterminada e à sua representação altimétrica por intermédio de
curvas de nível, com equidistância também predeterminada e/ou pontos cotados. Compreende na
determinação da posição de certos detalhes visíveis ao nível e acima do solo e de interesse à sua finalidade, tais
como: limites de vegetação ou de culturas, cercas internas, edificações, benfeitorias, posteamentos, barrancos,
árvores isoladas, valos, valas, drenagem natural e artificial, etc.
4
ETAPAS EXECUTADAS
O levantamento topográfico, em qualquer uma de suas finalidades, deve compreender as seguintes
fases: planejamento, seleção de métodos, equipes e aparelhagem; apoio topográfico; levantamento de
detalhes; cálculos e ajustes; desenho topográfico final (mídia papel ou em formato eletrônico); relatório
técnico (quando aplicável).
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE CÁLCULO DE EMPOLAMENTO
Empolamento e contração do solo
Ao escavar o solo, a terra fica solta e passa a ocupar mais espaço. Esse efeito é conhecido como empolamento e
é expresso em porcentagem. Se ao escavar 1 m3 de solo ele aumenta para 1,3 m3, o empolamento é de 30%. É
importante conhecer esse fenômeno para planejar os equipamentos, principalmente de transporte, e também a
produtividade. Caso o volume de corte do solo seja de 100 m3, o total a ser transportado será de 130 m3, graças
ao empolamento.
O oposto do empolamento é a contração. Ou seja, o quanto a terra ocupa a menos de volume quando
compactada. Nesse caso, o volume final é inferior ao que a terra ocupava no corte. Assim, para executar um
aterro com 1 m3, será preciso mais que 1 m3 de terra.
CÁLCULO PRÁTICO DO EMPOLAMENTO
1. Vamos imaginar uma obra que necessite escavar 50 m3 de terra, medido pelo serviço de topografia. O
objetivo é descobrir o Vs (volume de terra solta) para definir o transporte, o que é calculado a partir da seguinte
fórmula, sendo que "Vc" é o volume medido no corte; e "E" é o empolamento.
Vs = Vc (1 + E)
2. Para exemplo, vamos considerar que a terra é comum, com taxa de empolamento de 25%. Para realizar a
conta, transforme a porcentagem em 0,25. A conta fica assim:
Vs = 50 (1 + 0,25)
Vs = 50 x 1,25
Volume de terra solta = 62,5 m3
3. Portanto, depois da escavação, o volume de terra, que era de 50 m3 no corte, aumentará para 62,5 m³.
5
TAXA DE EMPOLAMENTO
Segundo o livro Como Preparar Orçamentos de Obras, de Aldo Dórea Mattos, publicado pela Editora PINI, cada
tipo de solo possui uma taxa de empolamento. Veja:
MATERIAL E (EMPOLAMENTO %)
Rocha detonada - E 50%
Solo argiloso - E 40%
Terra comum- E 25%
Solo arenoso seco - E 12%
ATENÇÃO
Uma caçamba comum tem capacidade média de 5 m3. Sem considerar a taxa de empolamento, seriam
necessárias dez para carregar 50 m3. Portanto, muito cuidado ao realizar esse cálculo, pois na verdade são
necessárias 12 caçambas.
CÁLCULO PRÁTICO DA CONTRAÇÃO
A contração ocorre quando o volume final é inferior ao que havia no corte. Se 1 m3 de solo (medido no corte)
contrai para 0,9 m3 no aterro após compactação, a redução volumétrica é de 10%.
Para saber quanto de terra será necessário cortar para fazer um aterro com 50 m3 - e considerando redução
volumétrica de 10% - vamos utilizar a seguinte fórmula:
Vc = Va/C
Onde:
Vc = Volume de terra medido no corte
Va = Volume compactado no aterro
C = Contração (se a redução volumétrica é de 10%, a contração é de 90%) Aplicando a fórmula, lembre-se de
mudar a porcentagem. Assim: 90% = 0,90.
Portanto:
Vc = 50/0,90
Vc = 55,55 m3
Se também quiser saber o volume de terra solta a ser transportada - usando a mesma taxa de empolamento de
25% -, basta utilizar, novamente, a fórmula:
Vs = Vc (1 + E) Vs = Vc (1 + E) Vs = 55,55 m3 (1 + 0,25) Vs = 55,55 m3 x 1,25
Volume de terra solta = 69,4 m3
Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50 m³ é necessário escavar 55,55 m3 e
transportar 69,4 m3 de terra.
6
TIPO DE COLETA
O tipo de coleta realizado foi através da retirada de solo e verificação do tipo de solo e identificação
do desnível apresentado no terreno.
INSTRUMENTOS UTILIZADOS
TEODOLITO Os teodolitos são equipamentos destinados à medição de direções, horizontais e ângulos
verticais, zenitais ou nadirais, objetivando a determinação dos ângulos internos ou externos de uma poligonal,
bem como a posição tridimensional de determinados detalhes necessários ao levantamento (FOTO 5 E 6)
(VEIGA, et.al, 2006). O teodolito é um instrumento ótico utilizado para medir ângulos, tanto horizontais como
verticais, em medidas diretas e indiretas de distâncias. O teodolito é posicionado em um ponto de forma que
esteja nivelado com o eixo de gravidade do local, mira-se com a luneta para outro ponto e, então, toma-se sua
medida angular. Precisamos no mínimo das medidas de três pontos diferentes. Para o cálculo de tais medidas,
aplicam-se sistemas de triangulação (método de levantamento baseado na trigonometria). Através desses
dados, podem ser confeccionadas cartas ou plantas topográficas e mapas. Emprega-se o teodolito
em Topografia e Geodésia sendo seu uso também aplicado à engenharia.
CONCLUSÃO
Conclui-se através da visita que a disciplina de TOPOGRAFIA se faz extremamente importante para o setor
de construção, tendo em vista a preocupação com relação as edificações no que diz respeito a segurança e
estrutura, essa fase inicial de análises topográficas é indispensável para um bom encaminhamento dos projetos
arquitetônicos. Por fim conhecer o terreno, identificar desníveis e solucioná-los é um fator indispensável para
qualquer construtor, seja arquiteto ou engenheiro.
7
ANEXOS
FOTO 1: Obra visitada – desnível e pilares FOTO 2: Obra visitada - desnível
FOTO 3: Obra visitada – retirada de terra FOTO 4: Obra visitada – nivelamento e compactação
FOTO 5: Teodolito antigo FOTO 6: Tipos de Teodolitos
8
REFERÊNCIAS
http://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/dilog/dwn/07383TOP.pdf
http://www.cartografica.ufpr.br/docs/Pedro/Apostila%20de%20Instrumenta%C3%A7%C3%A3o%20To
pogr%C3%A1fica_2011_Aluno.pdf
http://www.construplena.com.br/noticia.php?id=16
http://pt.slideshare.net/blackend2/el-teodolito-innovacion?smtNoRedir=1
http://www.mast.br/multimidia_instrumentos/teodolito_funcao.html

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Relatório técnico de visita topográfica em canteiro de obra

  • 1. 1 ARQUITETURA E URBANISMO – 3º ano MÔNICA ARAUJO DE ALMEIDA R.A. 06001019 TOPOGRAFIA RELATÓRIO: VISITA TÉCNICA REALIZADA EM CANTEIRO DE OBRA (04/04/16) CIANORTE – PR 2016
  • 2. 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 3 2 ETAPAS EXECUTADAS E TOPOGRAFIA .................................................................................................................. 4 3 SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE CÁLCULO DE EMPOLAMENTO.....................................................................................4 4 TIPO DE COLETA.............................. ......................................................................................................................6 5 INSTRUMENTOS UTILIZADOS ............................................................................................................................... 6 6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. .........................................6 7 ANEXOS (FOTOS).............................................. .................................................................................................. ...7
  • 3. 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho apresenta o relatório técnico da visita acadêmica/técnica - topográfica, bem como a visualização da topografia existente, na obra da empresa MADEFORT executados no município de Cianorte PR, especificamente os trabalhos de identificação topográfica e desníveis na futura implantação foram realizados, essa atividade tem como objetivo auxiliar as etapas futuras de execução da obra de construção de um “barracão industrial” na região de Cianorte Pr. Este trabalho tem como objetivo descrever o procedimento utilizado na realização do corte da terra e de aterro, conhecendo os serviços de topográficos. Com a finalidade de executar o Levantamento Topográfico do local, além do Professor e Engenheiro Yorhan Sartori a visita contou com a presença dos acadêmicos do segundo e terceiro ano do curso de Arquitetura e Urbanismo – UNIPAR campus Cianorte e ainda com um colaborador especial, topógrafo (Sr. João da Unha) antigo e pioneiro da Cidade de Cianorte Pr. Levantamento topográfico é um conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhes visando à sua exata representação planimétrica numa escala predeterminada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também predeterminada e/ou pontos cotados. Compreende na determinação da posição de certos detalhes visíveis ao nível e acima do solo e de interesse à sua finalidade, tais como: limites de vegetação ou de culturas, cercas internas, edificações, benfeitorias, posteamentos, barrancos, árvores isoladas, valos, valas, drenagem natural e artificial, etc.
  • 4. 4 ETAPAS EXECUTADAS O levantamento topográfico, em qualquer uma de suas finalidades, deve compreender as seguintes fases: planejamento, seleção de métodos, equipes e aparelhagem; apoio topográfico; levantamento de detalhes; cálculos e ajustes; desenho topográfico final (mídia papel ou em formato eletrônico); relatório técnico (quando aplicável). SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE CÁLCULO DE EMPOLAMENTO Empolamento e contração do solo Ao escavar o solo, a terra fica solta e passa a ocupar mais espaço. Esse efeito é conhecido como empolamento e é expresso em porcentagem. Se ao escavar 1 m3 de solo ele aumenta para 1,3 m3, o empolamento é de 30%. É importante conhecer esse fenômeno para planejar os equipamentos, principalmente de transporte, e também a produtividade. Caso o volume de corte do solo seja de 100 m3, o total a ser transportado será de 130 m3, graças ao empolamento. O oposto do empolamento é a contração. Ou seja, o quanto a terra ocupa a menos de volume quando compactada. Nesse caso, o volume final é inferior ao que a terra ocupava no corte. Assim, para executar um aterro com 1 m3, será preciso mais que 1 m3 de terra. CÁLCULO PRÁTICO DO EMPOLAMENTO 1. Vamos imaginar uma obra que necessite escavar 50 m3 de terra, medido pelo serviço de topografia. O objetivo é descobrir o Vs (volume de terra solta) para definir o transporte, o que é calculado a partir da seguinte fórmula, sendo que "Vc" é o volume medido no corte; e "E" é o empolamento. Vs = Vc (1 + E) 2. Para exemplo, vamos considerar que a terra é comum, com taxa de empolamento de 25%. Para realizar a conta, transforme a porcentagem em 0,25. A conta fica assim: Vs = 50 (1 + 0,25) Vs = 50 x 1,25 Volume de terra solta = 62,5 m3 3. Portanto, depois da escavação, o volume de terra, que era de 50 m3 no corte, aumentará para 62,5 m³.
  • 5. 5 TAXA DE EMPOLAMENTO Segundo o livro Como Preparar Orçamentos de Obras, de Aldo Dórea Mattos, publicado pela Editora PINI, cada tipo de solo possui uma taxa de empolamento. Veja: MATERIAL E (EMPOLAMENTO %) Rocha detonada - E 50% Solo argiloso - E 40% Terra comum- E 25% Solo arenoso seco - E 12% ATENÇÃO Uma caçamba comum tem capacidade média de 5 m3. Sem considerar a taxa de empolamento, seriam necessárias dez para carregar 50 m3. Portanto, muito cuidado ao realizar esse cálculo, pois na verdade são necessárias 12 caçambas. CÁLCULO PRÁTICO DA CONTRAÇÃO A contração ocorre quando o volume final é inferior ao que havia no corte. Se 1 m3 de solo (medido no corte) contrai para 0,9 m3 no aterro após compactação, a redução volumétrica é de 10%. Para saber quanto de terra será necessário cortar para fazer um aterro com 50 m3 - e considerando redução volumétrica de 10% - vamos utilizar a seguinte fórmula: Vc = Va/C Onde: Vc = Volume de terra medido no corte Va = Volume compactado no aterro C = Contração (se a redução volumétrica é de 10%, a contração é de 90%) Aplicando a fórmula, lembre-se de mudar a porcentagem. Assim: 90% = 0,90. Portanto: Vc = 50/0,90 Vc = 55,55 m3 Se também quiser saber o volume de terra solta a ser transportada - usando a mesma taxa de empolamento de 25% -, basta utilizar, novamente, a fórmula: Vs = Vc (1 + E) Vs = Vc (1 + E) Vs = 55,55 m3 (1 + 0,25) Vs = 55,55 m3 x 1,25 Volume de terra solta = 69,4 m3 Conclui-se, portanto, que para fazer um aterro com volume final de 50 m³ é necessário escavar 55,55 m3 e transportar 69,4 m3 de terra.
  • 6. 6 TIPO DE COLETA O tipo de coleta realizado foi através da retirada de solo e verificação do tipo de solo e identificação do desnível apresentado no terreno. INSTRUMENTOS UTILIZADOS TEODOLITO Os teodolitos são equipamentos destinados à medição de direções, horizontais e ângulos verticais, zenitais ou nadirais, objetivando a determinação dos ângulos internos ou externos de uma poligonal, bem como a posição tridimensional de determinados detalhes necessários ao levantamento (FOTO 5 E 6) (VEIGA, et.al, 2006). O teodolito é um instrumento ótico utilizado para medir ângulos, tanto horizontais como verticais, em medidas diretas e indiretas de distâncias. O teodolito é posicionado em um ponto de forma que esteja nivelado com o eixo de gravidade do local, mira-se com a luneta para outro ponto e, então, toma-se sua medida angular. Precisamos no mínimo das medidas de três pontos diferentes. Para o cálculo de tais medidas, aplicam-se sistemas de triangulação (método de levantamento baseado na trigonometria). Através desses dados, podem ser confeccionadas cartas ou plantas topográficas e mapas. Emprega-se o teodolito em Topografia e Geodésia sendo seu uso também aplicado à engenharia. CONCLUSÃO Conclui-se através da visita que a disciplina de TOPOGRAFIA se faz extremamente importante para o setor de construção, tendo em vista a preocupação com relação as edificações no que diz respeito a segurança e estrutura, essa fase inicial de análises topográficas é indispensável para um bom encaminhamento dos projetos arquitetônicos. Por fim conhecer o terreno, identificar desníveis e solucioná-los é um fator indispensável para qualquer construtor, seja arquiteto ou engenheiro.
  • 7. 7 ANEXOS FOTO 1: Obra visitada – desnível e pilares FOTO 2: Obra visitada - desnível FOTO 3: Obra visitada – retirada de terra FOTO 4: Obra visitada – nivelamento e compactação FOTO 5: Teodolito antigo FOTO 6: Tipos de Teodolitos