1. ARQUITETURA E URBANISMO – 3º ano
ALAN DEROCO R.A. 00170478
MÔNICA ARAUJO DE ALMEIDA R.A. 06001019
THAÍS MADRINI R.A. 06007245
RODRIGO MASSUCATO R.A. 00166002
PAISAGISMO I
CIANORTE – PR
2016
2. CLIMA – VEGETAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO
Existem na América do Sul três grandes áreas semi-áridas, o Nordeste seco do Brasil é uma
dessas áreas, as caatingas, onde dominam temperaturas médias anuais muito elevadas e constantes
Ab’Sabér, 1999: p.7). Ao longo do rio São Francisco a caatinga cede espaço para o cerrado (savanas
brasileiras) onde fator climático é limitante da cobertura vegetal nessa região.
Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente
brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em
nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela
vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se
esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 800.000km², cerca de 10% do território
nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de
Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
Ocupando cerca de 800.000 km² (aproximadamente 10% do território nacional), é o mais
fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de
centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga
esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vem revelando a riqueza particular do bioma
em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. O bioma da caatinga é a vegetação nativa
típica, uma mistura de vegetações diferentes que forma esse bioma único no planeta, são quase 5500
espécies diferentes de plantas distribuídas ao longo da caatinga. No sertão, milhares de famílias vivem
do trabalho na agricultura e na pecuária cultivando sua cultura e suas tradições em harmonia com o meio
ambiente.
Figura 01 – Mapa da extensão semi-árida no Brasil. Figura 02 – Mapa da zona semi-árida (agreste e
Sertão) no Brasil.
3. PAISAGEM DE CAATINGA DO PONTO DE VISTA DA VEGETAÇÃO:
A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila), foram registradas cerca de
1000 espécies, estimando-se que haja um total de 3000 a 5500 espécies de plantas. A região da caatinga
é classificada como savana estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas,
cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipo de solos e relevo. Uma primeira divisão que
pode ser feita é entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco e a
Mata Atlântica, característica da Zona da Mata, já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Estas
regiões são usualmente conhecidas como Seridó, Curimataúcu, Caatinga e Carrasco. Segundo esta
distinção, a caatinga seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea - Cariri é o nome da
caatinga com vegetação menos rústica.
Além da importância biológica, a caatinga apresenta um potencial econômico ainda pouco
valorizado. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a
catingueira rasteira, a canafístula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção
alimentar para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destacam-se o
umbu, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicianais, encontram-se a aroeira, a
braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.
Foto 01 – Vegetação típica da caatinga - Cactáceas Foto 02 – Árvore típica da caatinga – Amburana cearensis
4. PAISAGEM CERRADO A SAVANA BRASILEIRA:
O Carrasco corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas,
caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e
densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre, sobretudo na Bacia do Meio Norte e Chapada do
Araripe. Nas serras, que apresentam mais umidade, surgem os brejos de altitude. A "savana brasileira" é
uma forma de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que
ocupam o território do país. É uma área zonal, como as savanas da África, e corresponde grosso
modo ao Planalto Central.
O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km² ,
abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins,Bahia, Maranhão, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal. Cortado por três das maiores bacias
hidrográficas da América do Sul, tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua
grande biodiversidade. Nas regiões onde o cerrado predomina, o clima é quente e há períodos de chuva
e de seca, com incêndios espontâneos esporádicos, com alguns anos de intervalo entre eles, ocorrendo
no período da seca. A vegetação, em sua maior parte, é semelhante à de savana, com gramíneas,
arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção
da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação
seca do inverno.
Foto 03 - Cerrado na região de Pirenópolis, Goiás. Foto 04 - Ipê-amarelo-cascudo (Tabebuia chrysotricha)
em Avaré, São Paulo, árvore típica do cerrado.
5. Referências
Odum, E. P. Fundamentos de Ecologia. 6ª ed. São Paulo: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.
AMABIS & MARTHO. Biologia: vol 3. 2º edição. Editora Moderna. 2004.