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ALTIMETRIA
.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
ALTIMETRIA: é a parte da topografia que trata dos métodos
e instrumentos empregados no estudo e representação do
relevo da Terra.
O princípio fundamental para o estudo da altimetria é a
materialização de superfícies de referência de nível, que sirvam
de comparação entre os vários pontos do terreno e as alturas
advindas dessas referências.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
NIVELAMENTO é a operação que determina as diferenças de
nível ou distâncias verticais entre pontos no terreno. Para tal, são
utilizados equipamentos, acessórios e processos.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Superfície de nível: é uma superfície na qual um móvel
deslizando sobre a mesma, não tem movimento alterado pela
força da gravidade, ou seja, uma superfície equipotencial à
superfície tal que o trabalho (T) realizado pela força de gravidade
(F) é nulo.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Chama-se altura de um ponto em altimetria o comprimento
da perpendicular baixada deste ponto sobre um plano horizontal
qualquer tomado como Superfície de Nível de Comparação (SNC).
A determinação da altura de um ponto corresponde,
portanto, à medição de uma distância realizada em direção
vertical.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Quando a SNC é determinada arbitrariamente as alturas dos
diferentes pontos relacionados a ela recebem a denominação de
cotas ou alturas relativas. A superfície de nível assim
determinada é chamada de Superfície de Nível Arbitrária.
Os mesmos pontos no terreno terão cotas diferentes para
diferentes Superfícies de Nível Arbitrárias
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Quando se toma como SNC a correspondente à superfície
do nível médio dos mares (N.M.M.), suposta prolongada por
baixo dos continentes, as alturas dos diferentes pontos
característicos estudados recebem a denominação de altitudes
ortométricas ou alturas absolutas ou cotas absolutas ou
simplesmente altitudes
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Sabe-se que, por efeito das atrações combinadas da lua e
do sol, que as águas do mar sobem e baixam periodicamente,
produzindo o fenômeno das marés, objeto de contínuos estudos
que interessam de modo particular à navegação e à Hidrologia.
Uma das ações desenvolvidas pelo IBGE é o
estabelecimento de um conjunto homogêneo de marcos
geodésicos com altitudes de alta precisão em todo o Brasil.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Esse conjunto de marcos geodésicos é formalmente
denominado Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Tipos de marcos
Na rede de referência cadastral municipal, nós teremos o marco
geodésico de centragem forçada, o qual deve ser homologado
junto ao sistema geodésico brasileiro.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
A rede de referência cadastral municipal também possui marcos
geodésicos referenciados ao datum oficial do país.
Os quais podem ser marcos mais simples.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Um outro tipo de marco geodésico existente são os da rede de
monitoramento continuo do IBGE.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O nível médio dos mares (N.M.M.) é determinado por
observações assinaladas por um marégrafo, em um grande
período de anos, com o fim de anular os efeitos de todas as
causas perturbadoras do equilíbrio das águas.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
A SNC coincidente com o N.M.M., que,
convencionalmente, possui o valor da altitude igual a zero, e é
utilizada para representar a forma ideal da Terra recebe o nome de
Geoide ou Superfície de Nível Verdadeira (SNV).
Esta superfície de nível assim idealizada corresponde à
forma da Terra, supondo-a isenta de suas elevações e
depressões.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O geoide é uma superfície de nível que possui todos os
seus pontos coincidentes com a linha normal à direção da
gravidade, ou seja, à vertical do lugar (que pode ser
materializada pelo fio de prumo).
Ele é uma superfície ondulada e não possui uma forma
matemática ou geométrica conhecida.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Por simplificação, pode-se considerar o Geoide muito
semelhante a um elipsoide de rotação ou revolução, uma
espécie de esfera achatada nos polos.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O sistema de referência geodésico para o Sistema
Geodésico Brasileiro (SGB) é o Sistema de Referência
Geocêntrico para as Américas em sua realização no ano de 2000
(SIRGAS2000).
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O elipsoide de revolução adotado pelo SIRGAS2000 para
modelar a figura geométrica para a Terra é o Elipsoide do Sistema
de Referência Geodésico de 1980 (Geodetic Reference System
1980 – GRS80).
Este elipsoide possui os seguintes parâmetros:
Semieixo maior (a) = 6.378.137 m
Semieixo menor (b) = 6.356.752,314 m
Achatamento (f) = 1/298,257222101
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
No entanto nos trabalhos de topografia, a materialização da
superfície de referência ideal ou verdadeira é substituída por uma
superfície de referência aparente, que corresponde a um plano
paralelo ao plano tangente à superfície de referência ideal ou
verdadeira, sendo materializada, na prática pelo plano horizontal
de visadas do instrumento.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Resumo:
Superfície do terreno: onde são realizadas as operações
topográficas;
Superfície do geoide: figura que melhor representa a forma da
terra, obtidas pelo prolongamento no NMM;
Superfície do elipsoide: figura matemática que mais se
assemelha ao geoide.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Resumo:
Altitude geoidal/ortométrica: distância entre o geoide e o
terreno, medido ao longo da vertical (linha de prumo);
Altitude elipsoidal/geométrica: distância entre o elipsoide e o
terreno, medido ao longo da normal;
Ondulação geoidal: distância entre o geoide e o elipsoide;
Cota: distância entre um plano arbitrário e o terreno.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O erro de esfericidade é o erro que se comete devido a
utilização da superfície de nível aparente no lugar da verdadeira.
𝐸𝑒 =
𝐷2
2 . 𝑅
D= distância entre dois pontos
R = Raio da Terra.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O erro de refração ocorre devido ao desvio do raio luminoso ao
atravessar as diversas camadas da superfície terrestre.
𝐸𝑟 =
0,079 . 𝐷2
𝑅
D= distância entre dois pontos
R = Raio da Terra.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
A NBR 13.133 indica as seguintes equações aproximadas
para o cálculo das deformações máximas inerentes à
desconsideração da curvatura terrestre e à refração atmosférica:
∆h (mm) = + 78,5 D² (km)
∆h' (mm) = + 67 D² (km)
∆h = deformação altimétrica devida à
curvatura da Terra, em mm.
∆h' = deformação altimétrica devida ao
efeito conjunto da curvatura da Terra e
da refração atmosférica, em mm.
D = distância considerada no terreno,
em km.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Distâncias de visadas de nivelamento raramente são maiores
que algumas dezenas de metros.
Na maioria dos instrumentos modernos a ótica limita as visadas
à distâncias de 100 m ou menos.
Além destas distâncias, as graduações na mira são difíceis de
distinguir, acarretando um erro de leitura maior do que o erro de
nível aparente.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Na topografia prática não se corrige o erro de nível aparente
quando as visadas são de até 120 m, pois o erro é inferior a 1 mm.
Neste caso são considerados sem efeito os erros devido à
curvatura da Terra e à refração atmosférica, exceto para
levantamento bem precisos.
Entretanto, os erros devido ao uso de instrumentos não retificados
(causando inclinação da linha de visada da luneta) podem ser
muito significativos, mesmo em distâncias de até 120 m.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Na topografia prática não se corrige o erro de nível aparente
quando as visadas são de até 120 m, pois o erro é inferior a 1 mm.
Neste caso são considerados sem efeito os erros devido à
curvatura da Terra e à refração atmosférica, exceto para
levantamento bem precisos.
Entretanto, os erros devido ao uso de instrumentos não retificados
(causando inclinação da linha de visada da luneta) podem ser
muito significativos, mesmo em distâncias de até 120 m.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Para visadas superiores a 120 m, e de acordo com a precisão do
trabalho, deve-se calcular o erro de nível aparente e assim obter a
diferença de nível verdadeira.
A diferença de nível verdadeira será determinada somando-se o
erro de nível aparente à diferença de nível aparente, uma vez que
se trata de uma correção sempre aditiva.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
O erro de nível aparente pode ser eliminado instalando-se um
instrumento a igual distância de dois pontos topográficos.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
A clinometria trata dos meios para a determinação das
declividades.
Chama-se de declividade (d) entre os pontos A e B a inclinação da
reta AB em relação à horizontal.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Esta inclinação pode ser expressa de vários modos:
a) Pelo ângulo que a reta faz com a horizontal.
b) Pela tangente do ângulo que a reta faz com a horizontal: Neste
caso, a declividade expressa a relação ou o quociente entre a
distância vertical (dn) e a distância horizontal (dh).
d = dn/dh = m/m = sem unidade na resposta (adimensional).
Como a tangente varia de 0 a ∞ , também a declividade pode
variar de 0 a ∞.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
Esta inclinação pode ser expressa de vários modos:
c) Em porcentagem (ou percentagem)
Multiplicando-se a o valor da declividade expressa pela tangente,
por 100, o valor da declividade resultará expresso em
porcentagem.
𝑖 =
𝐷𝑛
𝐷ℎ
. 100
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
A declividade no sentido ascendente é chamada de aclive ou
simplesmente de rampa e no sentido descendente é chamada de
declive.
CONTRA RAMPA: Trecho em declive que sucede imediatamente
a outro em aclive.
GRADIENTE: Expressão da inclinação dada em percentual.
GREIDE: Posição, em perfil, do eixo da estrada. Também
denomina-se gradiente ou grade.
PROFESSOR RAFAEL MORENO
1. CONCEITOS GERAIS
PROFESSOR RAFAEL MORENO

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  • 2. 1. CONCEITOS GERAIS ALTIMETRIA: é a parte da topografia que trata dos métodos e instrumentos empregados no estudo e representação do relevo da Terra. O princípio fundamental para o estudo da altimetria é a materialização de superfícies de referência de nível, que sirvam de comparação entre os vários pontos do terreno e as alturas advindas dessas referências. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 3. 1. CONCEITOS GERAIS NIVELAMENTO é a operação que determina as diferenças de nível ou distâncias verticais entre pontos no terreno. Para tal, são utilizados equipamentos, acessórios e processos. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 4. 1. CONCEITOS GERAIS Superfície de nível: é uma superfície na qual um móvel deslizando sobre a mesma, não tem movimento alterado pela força da gravidade, ou seja, uma superfície equipotencial à superfície tal que o trabalho (T) realizado pela força de gravidade (F) é nulo. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 5. 1. CONCEITOS GERAIS Chama-se altura de um ponto em altimetria o comprimento da perpendicular baixada deste ponto sobre um plano horizontal qualquer tomado como Superfície de Nível de Comparação (SNC). A determinação da altura de um ponto corresponde, portanto, à medição de uma distância realizada em direção vertical. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 6. 1. CONCEITOS GERAIS Quando a SNC é determinada arbitrariamente as alturas dos diferentes pontos relacionados a ela recebem a denominação de cotas ou alturas relativas. A superfície de nível assim determinada é chamada de Superfície de Nível Arbitrária. Os mesmos pontos no terreno terão cotas diferentes para diferentes Superfícies de Nível Arbitrárias PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 8. 1. CONCEITOS GERAIS Quando se toma como SNC a correspondente à superfície do nível médio dos mares (N.M.M.), suposta prolongada por baixo dos continentes, as alturas dos diferentes pontos característicos estudados recebem a denominação de altitudes ortométricas ou alturas absolutas ou cotas absolutas ou simplesmente altitudes PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 10. 1. CONCEITOS GERAIS Sabe-se que, por efeito das atrações combinadas da lua e do sol, que as águas do mar sobem e baixam periodicamente, produzindo o fenômeno das marés, objeto de contínuos estudos que interessam de modo particular à navegação e à Hidrologia. Uma das ações desenvolvidas pelo IBGE é o estabelecimento de um conjunto homogêneo de marcos geodésicos com altitudes de alta precisão em todo o Brasil. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 11. 1. CONCEITOS GERAIS Esse conjunto de marcos geodésicos é formalmente denominado Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 12. 1. CONCEITOS GERAIS Tipos de marcos Na rede de referência cadastral municipal, nós teremos o marco geodésico de centragem forçada, o qual deve ser homologado junto ao sistema geodésico brasileiro. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 13. 1. CONCEITOS GERAIS A rede de referência cadastral municipal também possui marcos geodésicos referenciados ao datum oficial do país. Os quais podem ser marcos mais simples. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 14. 1. CONCEITOS GERAIS Um outro tipo de marco geodésico existente são os da rede de monitoramento continuo do IBGE. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 15. 1. CONCEITOS GERAIS O nível médio dos mares (N.M.M.) é determinado por observações assinaladas por um marégrafo, em um grande período de anos, com o fim de anular os efeitos de todas as causas perturbadoras do equilíbrio das águas. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 16. 1. CONCEITOS GERAIS A SNC coincidente com o N.M.M., que, convencionalmente, possui o valor da altitude igual a zero, e é utilizada para representar a forma ideal da Terra recebe o nome de Geoide ou Superfície de Nível Verdadeira (SNV). Esta superfície de nível assim idealizada corresponde à forma da Terra, supondo-a isenta de suas elevações e depressões. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 17. 1. CONCEITOS GERAIS O geoide é uma superfície de nível que possui todos os seus pontos coincidentes com a linha normal à direção da gravidade, ou seja, à vertical do lugar (que pode ser materializada pelo fio de prumo). Ele é uma superfície ondulada e não possui uma forma matemática ou geométrica conhecida. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 18. 1. CONCEITOS GERAIS Por simplificação, pode-se considerar o Geoide muito semelhante a um elipsoide de rotação ou revolução, uma espécie de esfera achatada nos polos. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 20. 1. CONCEITOS GERAIS O sistema de referência geodésico para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas em sua realização no ano de 2000 (SIRGAS2000). PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 21. 1. CONCEITOS GERAIS O elipsoide de revolução adotado pelo SIRGAS2000 para modelar a figura geométrica para a Terra é o Elipsoide do Sistema de Referência Geodésico de 1980 (Geodetic Reference System 1980 – GRS80). Este elipsoide possui os seguintes parâmetros: Semieixo maior (a) = 6.378.137 m Semieixo menor (b) = 6.356.752,314 m Achatamento (f) = 1/298,257222101 PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 22. 1. CONCEITOS GERAIS No entanto nos trabalhos de topografia, a materialização da superfície de referência ideal ou verdadeira é substituída por uma superfície de referência aparente, que corresponde a um plano paralelo ao plano tangente à superfície de referência ideal ou verdadeira, sendo materializada, na prática pelo plano horizontal de visadas do instrumento. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 23. 1. CONCEITOS GERAIS Resumo: Superfície do terreno: onde são realizadas as operações topográficas; Superfície do geoide: figura que melhor representa a forma da terra, obtidas pelo prolongamento no NMM; Superfície do elipsoide: figura matemática que mais se assemelha ao geoide. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 24. 1. CONCEITOS GERAIS Resumo: Altitude geoidal/ortométrica: distância entre o geoide e o terreno, medido ao longo da vertical (linha de prumo); Altitude elipsoidal/geométrica: distância entre o elipsoide e o terreno, medido ao longo da normal; Ondulação geoidal: distância entre o geoide e o elipsoide; Cota: distância entre um plano arbitrário e o terreno. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 26. 1. CONCEITOS GERAIS O erro de esfericidade é o erro que se comete devido a utilização da superfície de nível aparente no lugar da verdadeira. 𝐸𝑒 = 𝐷2 2 . 𝑅 D= distância entre dois pontos R = Raio da Terra. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 27. 1. CONCEITOS GERAIS O erro de refração ocorre devido ao desvio do raio luminoso ao atravessar as diversas camadas da superfície terrestre. 𝐸𝑟 = 0,079 . 𝐷2 𝑅 D= distância entre dois pontos R = Raio da Terra. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 28. 1. CONCEITOS GERAIS A NBR 13.133 indica as seguintes equações aproximadas para o cálculo das deformações máximas inerentes à desconsideração da curvatura terrestre e à refração atmosférica: ∆h (mm) = + 78,5 D² (km) ∆h' (mm) = + 67 D² (km) ∆h = deformação altimétrica devida à curvatura da Terra, em mm. ∆h' = deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvatura da Terra e da refração atmosférica, em mm. D = distância considerada no terreno, em km. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 29. 1. CONCEITOS GERAIS Distâncias de visadas de nivelamento raramente são maiores que algumas dezenas de metros. Na maioria dos instrumentos modernos a ótica limita as visadas à distâncias de 100 m ou menos. Além destas distâncias, as graduações na mira são difíceis de distinguir, acarretando um erro de leitura maior do que o erro de nível aparente. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 30. 1. CONCEITOS GERAIS Na topografia prática não se corrige o erro de nível aparente quando as visadas são de até 120 m, pois o erro é inferior a 1 mm. Neste caso são considerados sem efeito os erros devido à curvatura da Terra e à refração atmosférica, exceto para levantamento bem precisos. Entretanto, os erros devido ao uso de instrumentos não retificados (causando inclinação da linha de visada da luneta) podem ser muito significativos, mesmo em distâncias de até 120 m. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 31. 1. CONCEITOS GERAIS Na topografia prática não se corrige o erro de nível aparente quando as visadas são de até 120 m, pois o erro é inferior a 1 mm. Neste caso são considerados sem efeito os erros devido à curvatura da Terra e à refração atmosférica, exceto para levantamento bem precisos. Entretanto, os erros devido ao uso de instrumentos não retificados (causando inclinação da linha de visada da luneta) podem ser muito significativos, mesmo em distâncias de até 120 m. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 32. 1. CONCEITOS GERAIS Para visadas superiores a 120 m, e de acordo com a precisão do trabalho, deve-se calcular o erro de nível aparente e assim obter a diferença de nível verdadeira. A diferença de nível verdadeira será determinada somando-se o erro de nível aparente à diferença de nível aparente, uma vez que se trata de uma correção sempre aditiva. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 33. 1. CONCEITOS GERAIS O erro de nível aparente pode ser eliminado instalando-se um instrumento a igual distância de dois pontos topográficos. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 34. 1. CONCEITOS GERAIS A clinometria trata dos meios para a determinação das declividades. Chama-se de declividade (d) entre os pontos A e B a inclinação da reta AB em relação à horizontal. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 35. 1. CONCEITOS GERAIS Esta inclinação pode ser expressa de vários modos: a) Pelo ângulo que a reta faz com a horizontal. b) Pela tangente do ângulo que a reta faz com a horizontal: Neste caso, a declividade expressa a relação ou o quociente entre a distância vertical (dn) e a distância horizontal (dh). d = dn/dh = m/m = sem unidade na resposta (adimensional). Como a tangente varia de 0 a ∞ , também a declividade pode variar de 0 a ∞. PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 36. 1. CONCEITOS GERAIS Esta inclinação pode ser expressa de vários modos: c) Em porcentagem (ou percentagem) Multiplicando-se a o valor da declividade expressa pela tangente, por 100, o valor da declividade resultará expresso em porcentagem. 𝑖 = 𝐷𝑛 𝐷ℎ . 100 PROFESSOR RAFAEL MORENO
  • 37. 1. CONCEITOS GERAIS A declividade no sentido ascendente é chamada de aclive ou simplesmente de rampa e no sentido descendente é chamada de declive. CONTRA RAMPA: Trecho em declive que sucede imediatamente a outro em aclive. GRADIENTE: Expressão da inclinação dada em percentual. GREIDE: Posição, em perfil, do eixo da estrada. Também denomina-se gradiente ou grade. PROFESSOR RAFAEL MORENO