2. CONCEITO
2 A palavra “Psicografia”, advinda do grego
“psychée” e “graphô”, tem como significado
“escrita da alma ou escrita da mente”.
Nas palavras de Allan Kardec, psicografia
pode ser definida como:
a transmissão do pensamento dos Espíritos
por meio da escrita pela mão do médium.
No médium escrevente, a mão é o
instrumento, porém, a sua alma ou espírito
nele encarnado é intermediário do espírito
estranho que se comunica”.
(KARDEC, Allan. Livro de introdução ao estudo da
doutrina espírita. São Paulo: Lúmen, 1996, p. 36)
3. MECANISMOS DA
PSICOGRAFIA
3
• O mecanismo de funcionamento
da psicografia, segundo Kardec,
pode ser consciente, semi-
mecânico ou mecânico, a
depender do grau de consciência
do médium durante o processo
de escrita.
4. TIPOS
Psicografia mecânica
O Espírito comunicante atua diretamente
sobre a mão do médium que está em
transe profundo (denominado
inconsciente ou sonambúlico)
Psicografia intuitiva
O Espírito comunicante atua sobre a
alma do médium, com o qual se identifica
– o médium exerce o papel de intérprete
(em transe superficial)
5. TIPOS
Psicografia semimecânica
O médium (em transe parcial) sente que
sua mão é impulsionada contra sua
vontade, mas, ao mesmo tempo, tem
consciência do que escreve, à medida que
as palavras se formam
Pneumatografia
O Espírito comunicante retira do fluido
cósmico universal e das energias
radiantes do médium os elementos
necessários à produção da escrita que,
dessa forma, é materializada (trata-se de
fenômeno de efeito físico
6. MECANISMOS DA
PSICOGRAFIA
6 Encontramos dois momentos nos livros do espírito André
Luiz onde este se detém a tecer considerações mais
detalhadas sobre a psicografia. Em “Missionários da Luz”,
no capítulo “o psicógrafo”, o autor espiritual descreve a sua
percepção de uma sessão de psicografia. Um dos pontos
bem destacados pelo autor espiritual é o desenvolvimento
da idéia de que o médium não é um ser passivo, um mero
aparelho, mas um espírito, tendo por conseqüência,
participação ativa no fenômeno da psicografia. Ele se detém
na preparação do ambiente e do médium, descrevendo
minuciosamente as intervenções que os espíritos fazem no
sistema nervoso dos intermediários entre “dois mundos”.
Posteriormente, o autor se detém na glândula pineal,
descrevendo o seu papel nas comunicações mediúnicas de
uma forma geral. Ela, entre outras funções, participaria no
processo de “recepção e emissão das ondas peculiares à
esfera espiritual”, que se intensificaria no exercício
mediúnico.
7. PSICOGRAFIA E LITERATURA
7
Na história do Espiritismo, todas as obras que norteiam a
doutrina foram transmitidas por meio da psicografia.
Essa prática permitiu que diversos autores desencarnados
como André Luiz, Emmanuel, Irmão X, Joanna de
Ângelis e etc, pudessem colaborar em seu estado de
erraticidade com a evolução e o enriquecimento moral dos
seguidores da doutrina, além de desconstruir os mistérios
e revelar a existência e a beleza do mundo espiritual.
8. USO DA
PSICOGRAFIA
NOS TRIBUNAIS
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Dos nove casos conhecidos no Brasil,
em que o plano espiritual se empenhou,
conforme será constatado a seguir, e
até interferiu na condução processual
para aplicação da justiça terrena, seis
deles foram originados da mediunidade
de Frâncisco Cândido Xavier e
diretamente ligados à área criminal”
(POLÍZIO, Vladmir. A Psicografia no Tribunal. São Paulo.
Editora Blutterfly. p. 157.)