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MALÁRIA
PROF: MIZAEL CALÁCIO
Enfoque desta aula:
Agente etiológico
Histórico
Epidemiologia
Transmissão – Vetor
Ciclo de vida
Diferentes formas do parasita
Patogenia
Diagnóstico
Tratamento
Controle
O QUE É MALÁRIA?
Malária é uma doença infecciosa causada por parasitas
protozoários do gênero Plasmodium.
Taxonomia
• Filo – Apicomplexa
• Família - Plasmodiidae
• Gênero – Plasmodium
Há quase 100 espécies de plasmódios:
22 parasitam macacos e 50 aves e répteis
Transmitida por mosquitos do gênero
Anopheles.
CINCO ESPÉCIES INFECTAM O HOMEM:
 Plasmodium ovale
Doença mais
frequente e
mais grave
Doença menos
frequente e
menos grave
 Plasmodium vivax
 Plasmodium falciparum
 Plasmodium malariae
No Brasil
 Plasmodium knowlesi
Modelo de mosquito
Anopheles macho exposto no
Museu de História Natural
de Nova York
(aumento: 75X)
Data da 1ª exibição: 1917-1918
1880: Charles Laveran detecta e
descreve o parasito da malária no
sangue de um paciente febril (prêmio
Nobel 1907).
1897: Ronald Ross – demonstra a
transmissão da malária por mosquitos
(prêmio Nobel 1902).
 1898: Bignami, Bastianelli e Grassi –
esclarecem o ciclo biológico do
Plasmodium e demonstram a
transmissão da malária humana pela
picada de fêmeas infectadas de
mosquitos do gênero Anopheles sp.
História III
Fatos relevantes
Charles Louis
Alphonse
Laveran
Ronald Ross
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA MALÁRIA, 2011
A malária é atualmente uma doença associada a baixas condições
sócio-econômicas.
Fonte: WHO
DISTRIBUIÇÃO DA MALÁRIA NO BRASIL, 2008.
99,5% dos casos de
malária no Brasil
ocorrem na Amazônia
Legal (Acre, Amapá,
Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima,
Tocantins, Mato
Grosso e Maranhão).
Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS – atualizado
em 28.12.2008
TRANSMISSÃO-VETOR
Agente Transmissor
Ordem - Diptera
Família - Culicidae
Subfamília - Anophelinae
Gênero – Anopheles
Subgênero – Nyssorhynchus
Kertezia
TRANSMISSÃO-VETOR
Vetor: mosquitos fêmeas.
400 espécies de anofelíneos.
50-80 são capazes de transmitir o Plasmodium.
Preferência por habitats aquáticos limpos (pode desenvolver-se em
água doce ou salobra).
Habitam principalmente regiões tropicais e subtropicais.
Raio de ação em quilômetros.
Palpos
Manchas nas asas
Probóscida
CARACTERÍSTICAS DOS MOSQUITOS DO GÊNERO ANOPHELES
Malária
Anopheles darlingi
Dengue
Aedes aegypti
Filariose
Culex pipiens
CICLO DE VIDA DO PARASITA
CICLO DE VIDA DO PARASITA
O ESPOROZOÍTO
10-15 m de comprimento por 1 m de diâmetro
Roptrias e micronemas: proteínas necessárias à
penetração
2 proteínas de superfície possuem propriedades adesivas
ao hepatócito:
Complexo apical
Micronemas
Roptrias (um par)
•O esquizonte então dá origem a
inúmeros merozoítas
Número de merozoítas por esquizonte
tecidual
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale
10.000 2.000 40.000 15.000
A etapa final envolve a liberação dos
merozoítas na corrente sanguínea. Os
merozoítas de Plasmodium são liberados na
corrente sanguínea pela formação de
vesículas cheias de merozoítas
(merossomos), que “brotam” do hepatócito
para o lúmen do sinusóide.
Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849
O esquizonte e os merozoítos
O MEROZOÍTO
invadem as hemácias
tem forma oval
1 x 1,5 m
O TROFOZOÍTO
É a forma encontrada dentro do eritrócito após 10-18 horas de infecção.
Digere a hemoglobina da hemácia dentro do vacúolo alimentar.
Trofozoíta maduro: inicia a expressão de proteínas capazes de localizar-se na
superfície da hemácia.
PATOGENIA
 Sintomas mais comuns
Causada pela hemozoína (pigmento
Esplenomegalia
(baço aumentado)
malárico) que é uma substância pirogênica.
Causada pela destruição das hemácias
parasitadas ou das hemácias sadias por
hemólise mediada por anticorpos.
Causada pela resposta imunológica do
paciente à infecção.
 Febre
 Anemia
ACESSO
MALÁRICO
Calafrio
Calor
Suor
 Forte sensação de frio
 Tremores incontroláveis
 Náusea e vômito
 Duração: 1-2 horas
 Calor intenso
 Dor de cabeça
 Náusea e vômito
 Temperatura Alta (39-41°C)
 Duração: 2-8 horas
 Sudorese intensa
 Prostração e sono
 Duração: 3 horas
Fonte: CTLT
P. vivax
48 horas
Terçã benigna
P. malariae
72 horas
Quartã
P. falciparum
36-48 horas
Terçã maligna
P. ovale
48 horas
Terçã leve
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA MALÁRIA
 P. falciparum
 Malária cerebral
 Anemia grave
 Edema pulmonar agudo
 Insuficiência renal
 Icterícia acentuada
 Hipertermia
 Vômitos
 Gravidez
 Morte materna
 Morte do feto
 Baixo peso ao nascer
 Anemia
 P. vivax
 Ruptura de baço
 Anemia
 Alterações renais
e pulmonares
 P. malariae
 Imunocomplexos
 Glomerulonefrite
DIAGNÓSTICO
Gota espessa
Esfregaço Fino
Punção digital
Coleta do material
DIAGNÓSTICO
Tratamento
Primaquina
Mefloquina Cloroquina
Quinino
Doxiciclina
Halofantrina
Primaquina
Artemisinina
Artemisinina
Cloroquina Primaquina Mefloquina Quinina Doxiciclina
P. vivax
+ +
P.falciparum
+ + +
Infecção
mista
(Pv +Pf)
+ +
P. malariae
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TRATAMENTO
Esquema recomendado no Brasil
Fonte: SVS/Ministério da Saúde, 2004
PROFILAXIA
INDIVIDUAL
Evitar a aproximação às áreas
de risco após o entardecer e logo
ao amanhecer do dia.
Uso de repelentes, dormir com
mosquiteiros, telar janelas e
portas.
Uso de quimioprofiláticos.
PROFILAXIA
 COLETIVA
 CONTROLE
Reduzir a incidência da doença
em determinadas áreas.
• Medidas de combate ao vetor.
• Medidas de combate às larvas.
• Medidas de saneamento básico.
• Tratamento dos doentes.

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  • 2.
  • 3.
  • 4. Enfoque desta aula: Agente etiológico Histórico Epidemiologia Transmissão – Vetor Ciclo de vida Diferentes formas do parasita Patogenia Diagnóstico Tratamento Controle
  • 5. O QUE É MALÁRIA? Malária é uma doença infecciosa causada por parasitas protozoários do gênero Plasmodium. Taxonomia • Filo – Apicomplexa • Família - Plasmodiidae • Gênero – Plasmodium Há quase 100 espécies de plasmódios: 22 parasitam macacos e 50 aves e répteis Transmitida por mosquitos do gênero Anopheles.
  • 6. CINCO ESPÉCIES INFECTAM O HOMEM:  Plasmodium ovale Doença mais frequente e mais grave Doença menos frequente e menos grave  Plasmodium vivax  Plasmodium falciparum  Plasmodium malariae No Brasil  Plasmodium knowlesi
  • 7. Modelo de mosquito Anopheles macho exposto no Museu de História Natural de Nova York (aumento: 75X) Data da 1ª exibição: 1917-1918
  • 8. 1880: Charles Laveran detecta e descreve o parasito da malária no sangue de um paciente febril (prêmio Nobel 1907). 1897: Ronald Ross – demonstra a transmissão da malária por mosquitos (prêmio Nobel 1902).  1898: Bignami, Bastianelli e Grassi – esclarecem o ciclo biológico do Plasmodium e demonstram a transmissão da malária humana pela picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles sp. História III Fatos relevantes Charles Louis Alphonse Laveran Ronald Ross
  • 9. DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DA MALÁRIA, 2011 A malária é atualmente uma doença associada a baixas condições sócio-econômicas. Fonte: WHO
  • 10. DISTRIBUIÇÃO DA MALÁRIA NO BRASIL, 2008. 99,5% dos casos de malária no Brasil ocorrem na Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão). Fonte: SISMAL/SIVEP/SVS/MS – atualizado em 28.12.2008
  • 11. TRANSMISSÃO-VETOR Agente Transmissor Ordem - Diptera Família - Culicidae Subfamília - Anophelinae Gênero – Anopheles Subgênero – Nyssorhynchus Kertezia
  • 12. TRANSMISSÃO-VETOR Vetor: mosquitos fêmeas. 400 espécies de anofelíneos. 50-80 são capazes de transmitir o Plasmodium. Preferência por habitats aquáticos limpos (pode desenvolver-se em água doce ou salobra). Habitam principalmente regiões tropicais e subtropicais. Raio de ação em quilômetros.
  • 13. Palpos Manchas nas asas Probóscida CARACTERÍSTICAS DOS MOSQUITOS DO GÊNERO ANOPHELES
  • 15. CICLO DE VIDA DO PARASITA
  • 16. CICLO DE VIDA DO PARASITA
  • 17. O ESPOROZOÍTO 10-15 m de comprimento por 1 m de diâmetro Roptrias e micronemas: proteínas necessárias à penetração 2 proteínas de superfície possuem propriedades adesivas ao hepatócito: Complexo apical Micronemas Roptrias (um par)
  • 18. •O esquizonte então dá origem a inúmeros merozoítas Número de merozoítas por esquizonte tecidual P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 10.000 2.000 40.000 15.000 A etapa final envolve a liberação dos merozoítas na corrente sanguínea. Os merozoítas de Plasmodium são liberados na corrente sanguínea pela formação de vesículas cheias de merozoítas (merossomos), que “brotam” do hepatócito para o lúmen do sinusóide. Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849 O esquizonte e os merozoítos
  • 19. O MEROZOÍTO invadem as hemácias tem forma oval 1 x 1,5 m
  • 20. O TROFOZOÍTO É a forma encontrada dentro do eritrócito após 10-18 horas de infecção. Digere a hemoglobina da hemácia dentro do vacúolo alimentar. Trofozoíta maduro: inicia a expressão de proteínas capazes de localizar-se na superfície da hemácia.
  • 21. PATOGENIA  Sintomas mais comuns Causada pela hemozoína (pigmento Esplenomegalia (baço aumentado) malárico) que é uma substância pirogênica. Causada pela destruição das hemácias parasitadas ou das hemácias sadias por hemólise mediada por anticorpos. Causada pela resposta imunológica do paciente à infecção.  Febre  Anemia
  • 22. ACESSO MALÁRICO Calafrio Calor Suor  Forte sensação de frio  Tremores incontroláveis  Náusea e vômito  Duração: 1-2 horas  Calor intenso  Dor de cabeça  Náusea e vômito  Temperatura Alta (39-41°C)  Duração: 2-8 horas  Sudorese intensa  Prostração e sono  Duração: 3 horas Fonte: CTLT P. vivax 48 horas Terçã benigna P. malariae 72 horas Quartã P. falciparum 36-48 horas Terçã maligna P. ovale 48 horas Terçã leve
  • 23. COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA MALÁRIA  P. falciparum  Malária cerebral  Anemia grave  Edema pulmonar agudo  Insuficiência renal  Icterícia acentuada  Hipertermia  Vômitos  Gravidez  Morte materna  Morte do feto  Baixo peso ao nascer  Anemia  P. vivax  Ruptura de baço  Anemia  Alterações renais e pulmonares  P. malariae  Imunocomplexos  Glomerulonefrite
  • 25. Punção digital Coleta do material DIAGNÓSTICO
  • 27. Cloroquina Primaquina Mefloquina Quinina Doxiciclina P. vivax + + P.falciparum + + + Infecção mista (Pv +Pf) + + P. malariae + TRATAMENTO Esquema recomendado no Brasil Fonte: SVS/Ministério da Saúde, 2004
  • 28. PROFILAXIA INDIVIDUAL Evitar a aproximação às áreas de risco após o entardecer e logo ao amanhecer do dia. Uso de repelentes, dormir com mosquiteiros, telar janelas e portas. Uso de quimioprofiláticos.
  • 29. PROFILAXIA  COLETIVA  CONTROLE Reduzir a incidência da doença em determinadas áreas. • Medidas de combate ao vetor. • Medidas de combate às larvas. • Medidas de saneamento básico. • Tratamento dos doentes.