Drenagem Linfática Manual para Membros Inferiores

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
Especial de estética
com Bianca Schonvveterv

2 DRENAGEM LINFATICA MANUAL - ESPECIAL DE ESTETICA
ESTEMATERIALÉPARTEINTEGRANTEDOCURSOONLINE“DRENAGEMLINFATICAMANUAL-ESPECIALDEESTETICA”DAEDUK(WWW.EDUK.COM.BR)CONFORMEALEINº9.610/98,ÉPROIBIDAAREPRODUÇÃOTOTALEPARCIALOU
DIVULGAÇÃOCOMERCIALDESTEMATERIALSEMAUTORIZAÇÃOPRÉVIAEEXPRESSADOAUTOR(ARTIGO29)
Anatomia do sistema linfático
É um sistema vascular, via secundária de acesso, por onde líquidos provenien-
tes do interstício são devolvidos à circulação sanguínea; também é um impor-
tante componente do sistema imunológico,
pois colabora com glóbulos brancos para pro-
teção contra bactérias e vírus invasores.
• Possui três Funções Inter-relacionadas:
- Destruir e remover partículas estranhas;
- Resposta imune específica;
- Retorno do líquido intersticial para a corrente
sanguínea
• As principais estruturas que compõem esse
sistema são: linfa, capilares linfáticos, vasos
linfáticos, linfonodos, troncos e ductos.
• CAPILARES LINFÁTICOS: A rede linfática
origina-se nos capilares linfáticos que são os
menores vasos condutores linfáticos. Não
há contato direto entre seu conteúdo e o lí-
quido intercelular.
• LINFA: sua composição é semelhante ao plasma sanguíneo, líquido viscoso, contém elemen-
tos como leucócitos, linfócitos e proteínas plasmáticas. Circula lentamente pelo organismo,
chega a ser seis vezes mais lento que o sangue.

• VASOS LINFÁTICOS: Com
o aumentos do calibre dos
capilares surgem os vasos
linfáticos, que possuem vál-
vulas que impede o seu re-
fluxo da linfa
• TRONCOS LINFÁTICOS:
São vasos maiores formados pela união dos vasos linfáticos eferentes.
Tronco Intestinal
Troncos Lombares
Troncos Subclávios
Troncos Jugulares
Troncos Broncomediastinais
• DUCTOS LINFÁTICOS
• LINFONODOS:
Desempenham papel na de-
fesa do organismo, sinteti-
zando anticorpos e destruin-
do elementos nocivos. São arredondados e seu tamanho varia de 1 mm a 2,5
cm de comprimento. Os principais grupos estão localizados na axila, virilha,
pescoço, tórax e abdome.

História, indicações e contra indicações
• Uma das primeiras descrições sobre a técnica drenagem linfática manual foi
em 1930, por Emil Vodder e sua esposa.
• Muitas pessoas apresentavam quadros gripais crônicos nos quais se detecta-
va um aumento dos linfonodos na região cervical.
• Obtiveram a melhora desses quadros com determinados tipos de movimen-
to de estimulação física ou massagem na região.
• A partir dessas observações o casal desenvolveu a técnica de drenagem lin-
fática manual, com a sistematização de alguns tipos de movimentos e da
orientação do sentido de drenagem que foi apresentada pela primeira vez
em Paris no ano de 1936.
• A DLM é uma terapia especializada, aplicada de forma leve, consistindo em
drenar o excesso de líquido de uma área por intermédio de pressões ma-
nuais extremamente suaves (de até 30 a 40mmhg) e lentas (em média de 12
vezes por minuto), no sentido dos vasos linfáticos e linfonodos.
• Os objetivos são melhorar a circulação, com redução de edema linfático a
partir da redução de proteínas plasmáticas do interstício celular restauran-
do, consequentemente, o equilíbrio entre o transporte linfático e a carga do
filtrado microvascular.
• INDICAÇOES:
Edemas, Fibro edema geloide (celulite), Insuficiência venosa
Edemas gestacionais, Síndrome pré-menstrual, Tratamento pós-cirurgia plástica
• CONTRA INDICAÇOES:
Inflamação, Febre, Infecção, TVP, Cardiopatia, Hipertensão, Afecções cutâneas;

Movimentos básicos da drenagem
• As manobras, basicamente, constam de três fases: a primeira é a do apoio
da mão e dos dedos sobre a pele da paciente, seguido pela fase ativa, que
é a de empurrar o fluido; a terceira é a fase de repouso, na qual a pele volta
sozinha à sua posição inicial. Dessa forma, os vasos linfáticos terão tempo
para relaxar, encher-se e possibilitar uma melhor mobilização ao fluido que
normalmente apresenta um fluxo lento.
• A drenagem linfática manual representada pela técnica de Leduc é basea-
da no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente
duas manobras: manobras de captação ou de reabsorção e manobras de
evacuação ou de demanda.
• Na captação ou reabsorção, os dedos imprimem sucessivamente uma pres-
são, sendo levados por um movimento circular do punho. Na evacuação ou
demanda, os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo
contato com a pele que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra.
Preconiza-se a utilização de cinco movimentos.
• Drenagem dos linfonodos: Bombeamentos que visam à evacuação da linfa
e deve ser realizada diretamente sobre as regiões ganglionares
• Movimentos circulares com os dedos: realizados de maneira circular e
concêntrica, utilizando desde o dedo indicador até o mínimo. A manobra de
círculos fixos visa à captação de linfa, e é realizada no percurso das vias linfá-
ticas ou em direção a essas vias.
• Movimentos circulares com o polegar: realizada da mesma maneira que a
anterior, só que com o polegar.
• Movimentos combinados: executada através da combinação dos dois movi-
mentos descritos anteriormente.
• Bracelete: mais utilizada quando o edema atinge grandes áreas. Pode ser
feita uni ou bimanual de acordo com a necessidade.

Preparação da pele
• A pele é o maior órgão do corpo humano e faz parte do sistema tegumentar.
• A pele é composta pela:
Epiderme: camada celular superficial.
Derme: camada de tecido conectivo profunda.
• Tecido Subcutâneo: essa camada não é considerada como pertencente à
pele e por isso é chamada de tela ou hipoderme.
• Principais células da pele:
Queratinócitos: células mortas.
Fibroblastos: produtores de fibras.
Adipócitos: células de gordura.
• Para iniciar um tratamento estético é fundamental preparar a pele através
de um peeling cutâneo (esfoliação) para remoção das células mortas.
• Peeling é o termo utilizado para remoção das camadas mais superficiais da
pele, seja com o uso de um produto químico, físico ou laser.
• Além de remover células mortas estimula o processo de renovação celular.
• Nesse curso iremos utilizar o peeling mecânico que removera as células mor-
tas e sujidades da pele melhorando a ação de produto que usaremos em
seguida para a execução da massagem.

Produtos e materias indicados
• Usaremos produtos tópicos rico em princípios ativos que irão potencializar o
efeito da massagem.
• Ativos de ação lipolítica, drenante e reestruturante.
• Lipolíticos: estimulam a degradação das triglicérides. Ex: Extratos de Café,
Mate, Guaraná e Cacau.
• Drenante: São ativos de ação vasotonica que irão estimular a circulação san-
guínea e linfática. Ex: Alcachofra, Algas, Arnica, Centella Asiática, Menta, Cas-
tanha da Índia, Gingko Biloba, etc.
• Reestruturantre: Centella Asiática, colágeno marinho, algas, silício, etc.
• MATERIAIS: Maca, lençol, toalhas, touca, cubeta, espátula e é claro: suas MÃOS!

Manobra para drenagem - membros inferiores
1) Estimulação dos linfonodos da região inguinal e poplítea: realizar bombea-
mentos de 5 a 8 vezes.
2) Círculos fixos na região interna da coxa, condução em direção aos linfono-
dos inguinais.
3) Movimento em forma de bracelete com ambas as mãos trabalhando toda a
região anterior medial e lateral da coxa, encaminhar a linfa até os linfonodos
inguinais.
4) Círculos fixos na região interna da perna – Encaminhar para os linfonodos
poplíteos.

5) Bracelete com as duas mãos trabalhando região anterior, medial e lateral da
perna. Encaminhar a linfa em direção aos linfonodos poplíteos.
6) Círculos fixos com os polegares no dorso e lateral dos pés, do tornozelo até
a raiz dos dedos – ida e volta.
7) Círculos fixos das faces laterais dos dedos.
8) Com as duas mãos simultaneamente, realizar movimento ondulatório dos
pés à região inguinal.

9) Repetir os círculos fixos em toda a extensão do posterior da coxa
10) Bracelete com as duas mãos na região posterior da coxa.
11) Bracelete com ambas as mãos trabalhando toda a região posterior da perna.
12) Movimento ondulatório dos pés à região inguinal.
13) Movimento ondulatório por toda a região glútea.

9) Repetir os círculos fixos em toda a extensão do posterior da coxa
10) Bracelete com as duas mãos na região posterior da coxa.
11) Bracelete com ambas as mãos trabalhando toda a região posterior da per-
na.
12) Movimento ondulatório dos pés à região inguinal.
13) Movimento ondulatório por toda a região glútea.
14) Cobrir a região e trabalhar o membro contralateral.

Manobra para drenagem - membros superiores
1) Estipulação dos linfonodos supraclaviculares, axilares e cubitais. Realizar
bombeamentos de 5 a 8 vezes.
2) Círculos fixos na face internado braço, da axila até o cotovelo.
3) Bracelete no braço.
4) Movimento ondulatório, carregando a linfa da parte posterior do braço em
direção à axila.

5) Círculos fixos na face anterior do antebraço.
6) Movimento em forma de bracelete, encaminhar para os linfonodos da re-
gião cubital.
7) Círculos fixos com os polegares no dorso da mão.
8) Círculos laterais dos dedos.

9) Círculos fixos com os polegares na palma da mão.
10) Trabalhar o membro contralateral.
1) Círculos fixos com giro no sentido horário. Movimento ativador dos linfono-
dos Profundos
2) Movimento bombeante partindo dos linfonodos axilares, mãos em posição
diagonal, até as intercostais.
3) Movimento bombeante partindo dos linfonodos axilares, mãos em posição
diagonal, até o umbigo.
4) Bombeamento com as mãos sobrepostas do umbigo ate a região púbica.
5) Movimento de varredura da lateral para o centro do abdome.
6) Movimento bombeante partindo das lateais do abdome em direção aos lin-
fonodos inguinais.
Manobras para drenagem - tronco

Manobra para drenagem - dorso
1) Compressão dos linfonodos supra claviculares e axilares. Realizar bombea-
mentos de 5 a 8 vezes.
2) Com as mãos paralelas realizar movimentos bombeantes do centro para as
laterais trabalhando toda extensão do dorso.
3) Círculos fixos em toda a extensão da região dorsal. Encaminhando alterna-
damente para axila e região clavicular.
4) Bracelete pela lateral da costa.
5) Finalizar com movimentos para relaxamento:
Círculos com as mãos fechadas na região escapular
Amassamento no trapézio

Como atender, divulgar e precificar
O MUNDO DA ESTÉTICA TE ESPERA!
Boa sorte e muito SUCE$$O!
ATENDIMENTO
• A massagem corporal completa dura em torno de 60 minutos.
• O ideal é sempre trabalhar corpo todo.
• Essa massagem é voltada para o atendimento estético e NÃO patológico.
• Pode ser realizada com ou sem produto cosmético.
• A esteticista deve passar uma boa impressão, estar apta para o atendimento
e disposta a sanar as dúvidas de sua cliente.
• Falar menos e escutar mais. Sua cliente veio para relaxar!
DIVULGAÇÃO
• Você é seu cartão de visita.
• Realizando um bom trabalho certamente sua cliente irá lhe ajudar na divul-
gação.
• Esteja sempre se atualizando e inovando.
• Tenha um diferencial, hoje o mercado esta repleto de ofertas e só você pode
dar o melhor tratamento para sua cliente.
• Faça cartões, folders....
• Cuidado com a propaganda enganosa.
• Fazer o que você gosta é o primeiro passo para seu sucesso!
PRECIFICAÇÃO
• Conheça seus concorrentes.
• Trabalhe dentro da média de preço do bairro onde irá atuar.
• Se for trabalhar home care caucule gastos extras como: gasolina, tempo, dis-
tancia, transito, desgaste do seu veículo, etc.

Referências Bibliográficas
• GARRIDO, M.. Sistema linfático: Embriologia e Anatomia. In: Garrido, M.; Ri-
beiro, A.. Linfangites e erisipelas. 2° edição. Rio de Janeiro: Editora Revinter,
2000
• GUYTON, A.C; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S.A, 2002.
• LEDUC, A,; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 2. ed. São Paulo:
Manole, 2000.
• SPENCE, A. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991.
• Godoy JMP, Godoy MFG. Drenagem linfática manual: novo conceito. J Vasc
Bras. 2004; 3(1):77-80.
• Kurz I. Textbook of Dr. Vodder’s Manual Lymph Drainage. Heidelberg: Haug
Verlarg; 1997.
• Tacani RE; Cervera L. Técnicas manuais. In: De Maio M. (Editor). Tratado de
Medicina Estética. São Paulo: Roca, 2004. p.1.881-1.918.
• Godoy JMP, Godoy MFG. Drenagem linfática mecânica com RA/3000 Godoy.
In: Godoy JMP, Belczak CEQ, Godoy MFG. Reabilitação linfovenosa. Rio de
Janeiro: DiLivros; 2005. p.131-4.
• Leduc A; Leduc O. Le drainage lymphatique: théorie et pratique. 2ª ed. Paris:
Masson, 1995.
• Casley-Smith JR; Boris M; Weindorf S; Lasinski B. Treatment for Lymphedema
of the Arm - The
• Casley-Smith Method. Cancer 1998;83(12):2.843-58.
• Herpertz U. Edema e drenagem linfática: diagnóstico e terapia do edema.
São Paulo: Roca, 2006.

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