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Profa. Dra. Lidiana Costa
UNIDADE I
Propedêutica e Processos de
Cuidar da Saúde da Criança
e do Adolescente
Crescimento e desenvolvimento da criança
Crianças não possuem recursos para enfrentar o mundo.
Portanto...
...necessitam do apoio dos adultos, dispostos a alimentar, ensinar, cuidar e
compartilhar alegrias e momentos difíceis.
Adultos: pais, professores, cuidadores, profissionais de saúde.
Fonte: FATHER-AND-SON-2258681_960_720.JPG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/25/06/15/father-and-son-
2258681_960_720.jpg>.
Acesso em: 28 maio 2018.
Crescimento e desenvolvimento da criança
Necessidades
 Físicas, biológicas, emocionais, segurança emocional, disciplina, independência
e autoestima.
Fonte: autoria própria
Crescimento e desenvolvimento da criança
 Pode-se considerar como a soma das diversas mudanças que ocorrem durante a
vida de um indivíduo.
 Esse processo é dinâmico e engloba várias dimensões inter-relacionadas.
Fonte: BRASIL. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Série Cadernos de
Atenção Básica, n. 11.
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf>.
Acesso em: 7 jun. 2018, p. 14.
2 meses fetal 6 meses fetal Recém-nascido 6 anos
2 anos 12 anos 25 anos
Crescimento e desenvolvimento da criança
A criança deve ser acompanhada, avaliada e monitorada por profissionais
qualificados, desde seu nascimento, quanto à condição e à evolução de seu
crescimento e desenvolvimento, independentemente da situação socioeconômica e
origem étnica.
Fonte: POOR-2463625_960_720.JPG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/
02/07/40/poor-2463625_960_720.jpg>.
Enfermeiro
O papel do enfermeiro na vigilância do crescimento e do
desenvolvimento da criança e do adolescente
 Durante toda a longa trajetória da criança, desde seu nascimento até a idade
adulta, existem fases e peculiaridades específicas.
 O enfermeiro deve compreender as especificidades de cada período etário do
desenvolvimento e do crescimento e os métodos de avaliação e vigilância, para
que a criança possa crescer e se desenvolver com a qualidade máxima esperada,
exposta e com acesso aos melhores recursos disponíveis.
Crescimento e desenvolvimento da criança
Alguns fatores de risco devem ser considerados para o monitoramento do
crescimento e do desenvolvimento da criança:
 baixo peso ao nascer;
 baixa escolaridade materna;
 idades maternas extremas (< 19 anos e > 35 anos);
 gemelaridade;
 intervalo intergestacional curto (inferior a dois anos);
 criança indesejada;
 desmame precoce, mortalidade em crianças menores de
5 anos na família;
 condições inadequadas de moradia, baixa renda e
desestruturação familiar (BRASIL, 2002).
Crescimento e desenvolvimento da criança
A criança
segue o mesmo padrão de
desenvolvimento e maturação
Porém...
Sua constituição hereditária, cultura e
experiências fazem de cada criança um
ser distinto.
Fonte: CHILDREN-538868_960_720.JPG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2014/11/20/10/25/children-
538868_960_720.jpg>.
Crescimento e desenvolvimento da criança
 Sua constituição hereditária, cultura e experiências
fazem de cada criança um ser distinto.
Fonte: MOTHER-434355_960_720.JPG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/03/12/43/
mother-434355_960_720.jpg>. Acesso em: 28
maio 2018.
Fonte:
imagem cedida pela própria autora
Fonte:
imagem cedida pela própria autora
Fonte:
imagem cedida pela própria autora
Crescimento
 Aumento físico do corpo, como um todo, ou em suas partes.
 Medido em centímetros ou metros.
 Traduz o aumento do número das células
(hiperplasia) e do seu tamanho (hipertrofia).
Fonte: MONKS-1306504_960_720.JPG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/04/09/25/monks-
1306504_960_720.jpg>. Acesso em: 28 maio 2018.
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Desenvolvimento
 Aumento da capacidade do indivíduo em realizar cada vez mais funções,
em número e complexidade.
 Necessita de maturação, crescimento e aprendizado.
Fonte: imagem cedida pela própria autora
Crescimento e desenvolvimento
Uma criança pode crescer e não
se desenvolver ou vice-versa?
PENSE...
(Pensar em exemplos: ?)
Crescimento e desenvolvimento
Resposta: SIM
 Exemplo1: Acondroplasia: desenvolvimento normal, crescimento alterado.
 Exemplo 2: Síndrome de Down: crescimento normal e desenvolvimento alterado.
Tendências de crescimento e desenvolvimento
 Existem padrões de crescimento e desenvolvimento esperados, que
denominamos de tendências.
 De forma geral, as crianças seguem um mesmo padrão de desenvolvimento
e maturação, influenciadas pelas informações genéticas da sua constituição
hereditária, da cultura da sociedade e das experiências que será exposta,
que fazem de cada criança um ser distinto.
Tendências de crescimento e desenvolvimento
Padrões de crescimento e desenvolvimento
1. Tendências direcionais:
 O crescimento e desenvolvimento progridem segundo direções ou gradientes
regulares relacionados e refletem o desenvolvimento e maturação física das
funções neuromusculares.
 São bilaterais e diretas: céfalo-caudal e próximo-distal
Tendências de crescimento e desenvolvimento
Padrões de crescimento e desenvolvimento
1. Tendências direcionais:
Primeiro padrão: céfalo-caudal
 A extremidade cefálica (ampla e complexa) do organismo desenvolve-se primeiro.
 A extremidade caudal é pequena e desenvolve-se tardiamente.
 Ex.: lactentes desenvolvem o controle estrutural da
cabeça, antes do tronco e das extremidades, mantém o
tronco ereto, depois sentam-se, controlam as mão e
depois os pés, e utilizam os olhos antes das mãos.
Tendências de crescimento e desenvolvimento
Padrões de crescimento e desenvolvimento
1. Tendências direcionais:
 Segundo padrão: próximo-distal: do mais próximo para o mais distante.
Linha média para a periferia.
 Ex. 1: Desenvolvimento embrionário: primeiro aparecem
os botões dos membros e depois os dedos.
 Ex. 2: Sistema nervoso: central- periférico.
Tendências de crescimento e desenvolvimento
Padrões de crescimento e desenvolvimento
1. Tendências sequenciais: definida, previsível e inalterada.
 Ex.: sentar antes de engatinhar; engatinhar antes de andar;
Referências: A) CHILD-3268266_960_720.JPG. Disponível em:
<https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/28/04/59/child-3268266_960_720.jpg>
B) FEET-619399_960_720.JPG. Disponível em:
<https://cdn.pixabay.com/photo/2015/02/01/12/31/feet-619399_960_720.jpg>.
A
B
Tendências de crescimento e desenvolvimento
Padrões de crescimento e desenvolvimento
 Os períodos de crescimento e desenvolvimento devem ser sensibilizados e
estimulados durante todo o processo.
 O potencial de crescimento e desenvolvimento esperados à idade dependerão da
interação com um meio ambiente particular, podendo ser fatores de influências:
benéficos ou nocivos.
SAIGON-53144_960_720.JPG. Disponível em:
<https://cdn.pixabay.com/photo/2012/07/27/14/59/saigon-53144_960_720.jpg>
Crescimento
O potencial máximo de crescimento da criança sofre influências de diversos fatores:
 fatores intrínsecos: genéticos. Ex.: crianças, filhas de pais com estatura alta, terão
maior chance de serem mais altas se comparadas àquelas filhas de pais mais
baixos.
 fatores extrínsecos: são fatores externos, que poderão influenciar o potencial
genético do crescimento da criança de forma positiva ou negativa.
 Ex.: alimentação, condições de higiene e de saneamento
básico, condições socioeconômicas e de educação das
pessoas de vínculo, problemas de saúde adquiridas
intraútero ou na infância, maus tratos, entre outros.
Crescimento
 Durante a consulta da criança, na entrevista, o enfermeiro deverá investigar as
condições dos cuidados que estão sendo ofertados à criança, levando em
consideração os fatores intrínsecos, porém sempre avaliando e corrigindo
quando possível os extrínsecos.
Crescimento – peso e estatura
 A relação entre as medidas de peso e de estatura, conhecidas como medidas
antropométricas, são primordiais para acompanhamento do crescimento, pois
permitem detectar o estado nutricional da criança, seja apontando as deficiências
recentes de peso, a desnutrição, bem como sobrepeso e obesidade.
 Os parâmetros de crescimento físico incluem, além do peso e da estatura, as
espessuras das dobras cutâneas, circunferências: do braço e cefálica.
Foto: GIRLS-3273200_960_720.PNG. Disponível em:
<https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/29/18/49/girls-3273200_960_720.png>
Crescimento – estatura
 Avalia o crescimento linear da criança, medindo a criança no sentido longitudinal:
Comprimento/Altura.
 Centímetros (mais comum em crianças).
 Menos variável que o peso.
 Idade da criança e gênero.
Foto: Imagem cedida pela própria autora
Crescimento – peso
 Avaliar o estado nutricional (um dos parâmetros);
 Identificar algumas doenças;
 Acompanhar a evolução de crescimento;
 Medido em gramas;
 Determinante variável, porém de rápida detecção.
Ao nascer:
 Menina: 3.050 g.
 Menino: 3.250 g
Foto: Imagem cedida pela própria autora
Crescimento – peso
Fotos: Imagens cedidas pela própria autora
Balança Eletrônica (até 15.000g ou 15K)
Ao nascer: Menina: 3.050 g. Menino: 3.250 g
Balança Mecânica
Foto: BRASIL, 2002 p.56.Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acompanham
ento_crescimento_desenvolvimento_infantil_cab11.pdf
Classificação do RN de acordo com o peso de nascimento
 A avaliação do peso do recém-nascido, verificada logo ao nascer, recebe uma
classificação, fundamentais para o acompanhamento da evolução de crescimento
da criança.
 Pesos ao nascer menores que 2.500 g, podem ser decorrentes de prematuridade
e/ou déficit de crescimento intrauterino.
Classificação do RN de acordo com o peso de nascimento
Classificação específica para o peso do recém-nascido:
 Pequeno para a idade gestacional (PIG) = < 10º do
percentil da Curva de Crescimento Intra Uterina- CCIU*
 Peso adequado p/a idade gestacional (AIG) =
entre 10º e 90º da CCIU.
 Grande para a idade gestacional (GIG) = >
90º do percentil da CCIU.
*Curva de Crescimento Intrauterino
Fonte: HOCKENBERRY e WILSON, 2014; p. 185.
Crescimento – circunferência do braço e espessura da prega cutânea
 As verificações do peso e da estatura não podem diferenciar tecido adiposo de
músculo.
 A circunferência do braço indica uma medida indireta da massa muscular do braço.
 A espessura da prega cutânea está baseada na relação entre gordura subcutânea,
gordura interna e densidade corporal.
 Os locais mais comuns para se medir a espessura da prega cutânea:
 região do tríceps (mais utilizada),
 subescapular, supra-ilíaca
 e parte superior da coxa.
Crescimento – Perímetro Cefálico – PC
 Permite avaliar o tamanho da cabeça e do cérebro.
 Acompanhamento do PC deve ser feito nas crianças de 0 a 24 meses,
período de maior crescimento pós-natal da cabeça e cérebro (BRASIL, 2002).
 O PC é maior que o perímetro torácico (PT) até aproximadamente os dois anos
de idade. Entre o primeiro e o segundo ano de idade o PC e O PT são iguais.
Posteriormente, o PT ultrapassa o PC em torno de 5 a 7 cm.
Foto: Imagem cedida pela própria autora
Interatividade
Para se avaliar o crescimento linear da criança, utiliza-se verificar a estatura, medindo
a criança no sentido longitudinal, podendo ser em centímetros ou em metros, de acordo
com a medida obtida. Sobre a avaliação do crescimento linear da criança, assinale a
alternativa incorreta:
a) O crescimento linear da criança é considerado como um dos melhores indicadores
de saúde da criança, pois possibilita que o profissional da saúde identifique ou
suspeite de falhas nos cuidados desejáveis à sua saúde, que de forma significativa
influenciarão diretamente no seu crescimento.
b) As falhas de crescimento podem estar relacionadas à
alimentação inadequada, ocorrência de doenças, cuidados
gerais e de higiene insatisfatórios, condições de habitação
e saneamento básico comprometidos, inacessibilidade aos
serviços de saúde, refletindo, assim, as condições de vida
da criança, no passado e no presente.
Interatividade
c) Para se verificar a estatura, o enfermeiro deverá levar em consideração a idade
da criança, ou seja, é aconselhável que a estatura da criança até os 2 anos (ou
até os 3 anos, dependendo da indicação do gráfico que será usado para o
registro), seja feita com a criança em decúbito dorsal e no sentido céfalo-caudal.
d) A verificação do comprimento, conhecida também como comprimento em
decúbito dorsal é assim denominada quando é verificada com a criança em
decúbito dorsal.
e) Quando avaliamos a estatura da criança na posição vertical, chamamos de
verificação de espessura.
Resposta
Para se avaliar o crescimento linear da criança, utiliza-se verificar a estatura, medindo
a criança no sentido longitudinal, podendo ser em centímetros ou em metros, de
acordo com a medida obtida. Sobre a avaliação do crescimento linear da criança,
assinale a alternativa incorreta:
e) Quando avaliamos a estatura da criança na posição vertical, chamamos de
verificação de espessura.
O acompanhamento do crescimento: estruturando a atenção à
saúde da criança
“A avaliação periódica do ganho de peso permite o acompanhamento do progresso
individual de cada criança, identificando aquelas de maior risco de morbi/mortalidade,
sinalizando o alarme precoce para a desnutrição, causa básica da instalação ou do
agravamento da maior parte dos problemas de saúde infantil”.
BRASIL, 2002
O acompanhamento do crescimento: estruturando a atenção à
saúde da criança
Fatores de risco:
Baixo peso ao nascer, baixa escolaridade materna, idades maternas extremas
(<19 anos e >35 anos), gemelaridade, intervalo intergestacional curto (inferior a dois
anos), criança indesejada, desmame precoce, mortalidade em crianças menores de
5 anos na família, condições inadequadas de moradia, baixa renda e
desestruturação familiar [...]
[...] Exigem um acompanhamento especial, pois aumentam a probabilidade da
existência de doença perinatal e infantil [...]
BRASIL, 2002
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação
peso e estatura
 As curvas de referências recomendadas em 2006 pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), foram criadas a partir de estudos multicêntricos, com a
participação de crianças sadias de várias partes do mundo, inclusive do Brasil.
(OMS, 2006)
Fonte: GIRLS-3273200_960_720.PNG.
<https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/29/18/49/girls-3273200_960_720.png>
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação
peso e estatura
 Existem várias curvas de referências, de acordo com os índices desejados para
avaliação.
 A OMS recomendou curvas de índices:
 Faixa etária, gênero e peso.
 Faixa etária, gênero e altura.
 Faixa etária, gênero e Índice de Massa Corporal (IMC), entre outros.
(BRASIL, 2018)
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da estatura
de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos)
B- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção
à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS,
2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf.
A B
A- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção
à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS,
2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf .
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da estatura
de acordo com o gênero (menino) e idade (0-5 anos)
B- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção
à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS,
2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf.
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da peso
de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos)
B- Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de
Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da
Saúde – OMS, 2018. Disponível em:
http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf
A- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de
Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da
Saúde – OMS, 2018. Disponível em:
http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf
A B
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação do peso
de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos)
Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde.
Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível
em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf
Não é possível recuperar
uma informação
antropométrica retroativa,
pois o marco de seu
crescimento não consegue
se reproduzir em
decorrência de que o tempo
evolui e, com ele, o
crescimento da criança.
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação do peso
de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos)
Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de
Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da
Saúde – OMS, 2018. Disponível em:
http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf
Peso
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação de acordo
com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) – modelos
Foto: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino.pdf e
http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/pre-natal-e-
parto/caderneta-de-saude-da-crianca
Peso
Demonstração dos pontos de corte de peso para estatura para crianças
de 0 a 5 anos
Valores críticos Diagnóstico nutricional
< P* 0,1 Magreza acentuada
> ou = P 0,1 e P3 Magro
> ou = P3 e < ou = P85 Eutrófico
> P85 e < ou = P97 Risco de sobrepeso
> ou = P97 e < ou = P99,9 Sobrepeso
> P 99,9 Obeso
(adaptado de BRASIL, 2002 e OMS, 2006)
Características de peso e altura em relação ao período etário da criança
Do nascimento até 6 meses de idade
• Peso: ganho semanal entre 140 e 200 g.
• O peso de nascimento duplica ao término do 4º até o 7º mês
de idade.
• Altura: ganho mensal: 2,5 cm
De 6 a 12 meses de idade
• Peso: aumento de 15 g/dia, ou seja, 85 à 140 g/semana.
• O peso de nascimento é triplicado no final do primeiro ano.
• Altura: ganho mensal de 1,25 cm. Aumento em 50% ao final
do 1º ano.
De 12 meses a 24 meses de idade
• Peso: o peso de nascimento quadriplica em torno de 2,5
anos.
• Ganho anual: 2 a 3 Kg.
• Altura: a altura aos dois anos é de aproximadamente ½ da
altura da fase adulta. Ganho anual em torno de 12 cm.
Fotos: Imagens cedidas pela própria autora
Interatividade
O gráfico abaixo mostra a curva de peso de uma menina. Após interpretar o gráfico
abaixo, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a correta:
I. A menina que inicialmente encontrava-se no P15
para o peso, apresentou aumento do peso
chegando ao P85 entre os 9 e 10 meses de idade.
II. Os últimos registros do peso demonstram que
ocorreu declínio do peso, voltando ao P15.
III. A menina perdeu peso aos 6 meses de idade,
indicando o estado de magreza.
a) Apenas a afirmação III está correta.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
c) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.
Resposta
O gráfico abaixo mostra a curva de peso de uma menina. Após interpretar o gráfico
abaixo, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a correta:
I. A menina que inicialmente encontrava-se no P15
para o peso, apresentou aumento do peso
chegando ao P85 entre os 9 e 10 meses de idade.
II. Os últimos registros do peso demonstram que
ocorreu declínio do peso, voltando ao P15.
III. A menina perdeu peso aos 6 meses de idade,
indicando o estado de magreza.
a) Apenas a afirmação III está correta.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
c) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.
Maturação neurológica
Cresce proporcionalmente mais rápido antes do nascimento
Crescimento acelerado dos neurônios:
 de 15 á 20 semanas (vida fetal);
 na 30ª semana (vida fetal) até o primeiro ano de idade.
Maturação neurológica
 Acredita-se que nenhuma célula nervosa nova surja após o 6º mês de vida fetal;
 Após o nascimento, as células nervosas ganham volume no citoplasma e a
complexidade das comunicações intracelulares;
 Movimentos e comportamentos gradativamente se tornam mais requintados;
 Lactente e início da infância: acelerado;
 Durante a infância até adolescência: gradual lentificação.
Tecidos linfoides
Estão contidos no:
 Timo.
 Baço.
 Adenoides.
 Tonsilas.
 Linfócitos sanguíneos.
com 6 anos: tecidos do tamanho de
um adulto
com 12 anos: dobra o tamanho de um
adulto
Ao término da adolescência: declínio
- tamanho normal ao de um adulto
Metabolismo
 Taxa metabólica basal – TMB: velocidade do metabolismo quando o corpo está
em repouso.
 Taxa de metabolismo: determina os requisitos calóricos da criança.
 Mais elevada no neonato.
 Diminui progressivamente em ambos os gêneros, conforme avança a maturidade.
Ex.: Necessidades energéticas.
 lactente: 108kcal/Kg de peso/dia.
 40 a 45kcal/Kg de peso/dia quando na maturidade.
Metabolismo
 Necessidades hídricas: 1,5 ml/caloria de energia despendida (durante toda a vida).
 Necessidades energéticas e hídricas: produção de tecidos.
 Dependerão das idades;
 Maior necessidade: doenças (longos períodos), exercícios (curtos períodos).
 Avaliar cada caso
 *cada grau de temperatura durante a febre,
 aumenta o metabolismo basal em 10%,
 com exigência correspondente de líquidos
Sono e repouso
 Função protetora dos organismos;
 Permite a reparação e recuperação dos tecidos após atividades;
 Variações em relação a quantidade (vezes) e tempo de acordo com as idades.
Sono e repouso
 Neonato: dorme a maior parte do tempo em que não está se alimentando;
 Lactentes: conforme ganham idade o tempo do sono vai diminuindo durante o dia
gradualmente; permanecem acordados mais tempo durante o dia e as noites de
sono são mais longas;
 1º ano (final): dormem durante toda a noite e tiram uns cochilos durante o dia;
Períodos etários de desenvolvimento
 Pré-natal: da concepção até o nascimento da criança.
 Lactente: subdividido em:
 Neonatal: do nascimento até 28 dias de vida.
 Lactente: (propriamente dito) de 28 dias a 2 anos de vida.
 Inicial da infância: subdividido em:
 Período de Infantes ou Toddlers: entre 2 e 3 anos de idade;
 Período Pré-escolar: entre 3 e 6 anos de idade.
 Intermediário da infância (idade escolar): de 6 anos a 11
anos (ou 12 anos, de acordo com alguns autores).
Tardio da infância: subdividido em:
 Pré-púbere ou Pré-adolescência: de 10 a 13 anos.
 Adolescência: de 13 a 18 anos (OMS) ou até 21 anos de
idade (Sociedade Brasileira de Pediatria).
Períodos etários de desenvolvimento
1) Período pré-natal: concepção ao nascimento
 Subdividido em germinativo (concepção a 2 semanas), embrionário (2 a 8
semanas), fetal (8 a 40 semanas);
 Relaciona-se à saúde materna;
 Rápida velocidade de crescimento;
 Dependência total;
 Pré-natal adequado e assistido.
Foto: Disponível em: https://morguefile.com/quest/%23pregnancyphotos/1
Períodos etários de desenvolvimento
2) Período de lactente:
 neonatal: nascimento até 28 dias;
 lactente: acima de 28 dias até 24 meses;
 desenvolvimento motor, cognitivo e social acelerados;
 estabelece um vínculo com o cuidador (pai/ mãe) e a confiança básica no mundo
e fundamentos para futuros relacionamentos interpessoais;
 1° mês de vida – crítico; adaptações da família e a vida extra-uterina;
Fotos: Imagens cedidas
pela própria autora
Períodos etários de desenvolvimento
3) Fase inicial da infância: de 01 à 06 anos
infantes – toddlers: 1 a 3 anos
pré-escolar: 3 a 6 anos
 Estende-se do momento em que a criança
atinge a posição ereta até o do início escolar;
 Descobertas e atividades intensas;
 Acentuado desenvolvimento físico e da personalidade;
 Desenvolvimento motor;
 Linguagem e desenvolvimento social amplos;
 Adquirem autocontrole e domínio;
 Consciência da dependência e independência;
(autoconceito).
Foto: Imagens cedidas pela própria autora
Períodos etários de desenvolvimento
3) Fase intermediária da infância (idade escolar): de 6 anos a 11 (ou 12 anos)
 Dirigida para fora do grupo familiar;
 Centralizada ao redor do mundo;
 Relacionamento com colegas;
 Avanço no desenvolvimento físico, mental
e social;
 Ênfase no desenvolvimento da
competência das habilidades;
 Desenvolvimento moral;
Foto: KIDS-2237119_960_720.JPG. Disponível em:
<https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/17/10/26/kids-2237119_960_720.jpg>.
Períodos etários de desenvolvimento
4) Período tardio da infância:
 Pré-púbere: de 10 a 13 anos
 Adolescência: de 13 a 18 anos
 Tumultuado período de maturação
(biológicas e de personalidade);
 Alterações rápidas;
 Desordem física e emocional;
 Redefinição do autoconceito;
 Ao final do período o jovem concentra-se em uma
identidade individual;
Foto: Imagem cedida pela própria autora
Interatividade
As linhas orientadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças
em cada fase de desenvolvimento, denominadas de faixas etárias do
desenvolvimento da criança. Uma criança com 5 anos de idade encontra-se no
período:
a) Lactente: à partir de 28 dias até 5 anos de idade.
b) Infantes: também conhecidos como Toddlers, entre 2 a 5 anos de idade.
c) Neonatal: do nascimento até 5 anos de idade.
d) Período pré-escolar: entre 3 a 6 anos de idade.
e) Intermediário da infância (idade escolar):
de 4 anos a 10 anos de idade.
Resposta
As linhas orientadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças
em cada fase de desenvolvimento, denominadas de faixas etárias do
desenvolvimento da criança. Uma criança com 5 anos de idade encontra-se no
período:
a) Lactente: à partir de 28 dias até 5 anos de idade.
b) Infantes: também conhecidos como Toddlers, entre 2 a 5 anos de idade.
c) Neonatal: do nascimento até 5 anos de idade.
d) Período pré-escolar: entre 3 a 6 anos de idade.
e) Intermediário da infância (idade escolar):
de 4 anos a 10 anos de idade.
Desenvolvimento
Problemas de desenvolvimento
 Genéticos: Ex.: Síndrome de Down.
 Biológicos: Ex.: prematuridade, hipóxia
neonatal, meningites, hormonais.
 Ambientais: Ex.: fatores familiares
(privação emocional, maus tratos),
de ambiente físico, fatores sociais.
(OPAS, 2005)
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Avaliação do desenvolvimento da criança
 O acompanhamento do desenvolvimento deve
fazer parte da consulta da criança.
 O enfermeiro deve prestar atenção à forma como
a mãe lida com o seu filho, se conversa com ele,
se está atenta ao desenvolvimento.
 A sequência do desenvolvimento pode ser feita
pela verificação das referências esperadas de
acordo com a idade: (marcos do
desenvolvimento).
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Avaliação do desenvolvimento – período neonatal
 Decúbito ventral – mantém-se fletido, gira a cabeça de um lado para o outro;
 Decúbito dorsal: membros fletidos e rígidos, geralmente;
 Fixa um ponto de luz.
Fotos: Imagens cedidas pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período neonatal
 Tem alguma discriminação olfativa.
 Percebe alguns sabores (tendo predileção pelo doce).
 Capaz da percepção de alguns sons.
 Fase crítica: adaptações extra-uterinas, além da imaturidade (renal, hepática,
gastrointestinal) e imunidade sendo desenvolvida.
Foto: Imagem cedida pela autora
Período neonatal e os reflexos primitivos
 Alguns reflexos primitivos estão presentes ao nascimento e inibidos ao longo dos
primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais.
 Principais reflexos: de Moro, Preensão, Busca, Babinski, Marcha.
Foto: Imagem cedida pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período lactente
de 29 dias a 2 anos de idade
16 semanas (4º mês)
 decúbito ventral: eleva a cabeça e o tórax, com os braços estendidos, a cabeça
acima do plano do corpo (eixo vertical);
 decúbito dorsal: estende as mãos para apanhar os objetos, conseguindo pegá-los;
Trás os objetos até a boca; quando o objeto cai não consegue apanhá-lo;
 Sustentação da coluna cervical;
 desaparece a resposta do reflexo de Moro;
Foto: Imagem cedida pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período lactente
de 29 dias a 2 anos de idade
28 semanas (7º mês)
 Decúbito ventral: rola o corpo, podendo girar em torno
do próprio eixo.
 Senta-se momentaneamente com o apoio da pelve.
 Posição vertical: permanece sustentando o peso do
corpo, em pé com apoio; pula com apoio; pode iniciar,
com a intenção de se deslocar, a se rastejar.
Foto: Imagem cedida pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período lactente
de 29 dias a 2 anos de idade
40 semanas (10 mês)
 Pode mudar do decúbito ventral para a posição sentada;
 Senta-se sozinha e sem apoio, com o dorso permanecendo reto;
 Permanece em pé na posição ereta, e levanta um dos pés, como iniciando e
treinando para dar um passo;
 Pode engatinhar;
 Procura o objeto que abandonou a algum tempo no local;
 Entende e demonstra comportamento perante um comando: “não”.
Foto: Imagem cedida pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período lactente
de 29 dias a 2 anos de idade
1º ano
 Caminha com uma das mãos segura ou sozinha;
 Consegue segurar um objeto com polegar e indicador, descobre brinquedos
escondidos;
 Vira as páginas de um livro (muitas de uma só vez);
 Fala das primeiras palavras: “papai, mamãe, papá”;
 Entende as sentenças simples: “pega a boneca”.
Foto: Imagem cedida pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período lactente
de 29 dias a 2 anos de idade
2º ano
 Aprendizado linguístico acelerado: capaz de nomear 300
objetos;
 Brinca de faz de conta;
 Começa a desenvolver o controle dos esfíncteres, podendo
começar aos poucos a retirar o uso das fraldas.
Fotos: Imagens cedidas pela autora
Avaliação do desenvolvimento – Período inicial da infância:
Período de infantes – ou Toddlers (2 a 3 anos) e
Período pré-escolar (3 a 6 anos)
 Marcado por descobertas e atividades intensas;
 Acentuado desenvolvimento físico e da personalidade;
 Amplos desenvolvimentos: motor, da linguagem e social;
 É esperado que adquiram autocontrole, consciência
de dependência e independência.
Fotos: Imagens cedidas pela autora
Avaliação do desenvolvimento – período intermediário da infância
(idade escolar)
 Buscam o convívio fora do grupo familiar (amigos).
 Avanço no desenvolvimento físico, mental e social, principalmente as habilidades,
(Ex.: esporte, música e arte).
 O desenvolvimento moral também é verificado.
Avaliação do desenvolvimento – Período tardio da infância:
Período Pré-púbere: de 10 a 13 anos e Adolescência: de 13 a 18 anos;
 Tumultuado período de maturação (biológicas e de personalidade);
 Alterações físicas rápidas, desordem física e emocional;
 Busca concentrada de uma identidade individual, própria;
 Maturação sexual.
Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância
 No período pré-púbere ocorrem as modificações biológicas decorrentes de ação
hormonal (do eixo neuro-hipofisário).
 Na adolescência (processo de maior duração) além dos fenômenos físicos da
puberdade ocorrem as transformações psicossociais em que o indivíduo passa
no auge do seu processo maturativo.
(BRASIL, 1993).
Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância
As principais características do período pré-púbere são:
 o estirão de crescimento (mais cedo nas meninas);
 o desenvolvimento das gônadas;
 o surgimento dos caracteres sexuais secundários;
 mudanças na composição corporal (principalmente na quantidade e distribuição
de gorduras em associação com o crescimento do esqueleto e músculos);
 desenvolvimento dos sistemas respiratório e circulatório.
Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância
Adolescência:
 Movimento de conquista de independência da personalidade e da autonomia.
 O jovem volta-se para o meio social e apoia-se no seu grupo.
 As regras costumam ser questionadas e até mesmo contestadas por ele,
o que é necessário para o desenvolvimento da sua identidade.
Avaliação do desenvolvimento da criança
 Presença das respostas esperadas para a idade:
a criança está se desenvolvendo bem; enfermeiro
deve seguir o calendário de consulta.
 Falha em alcançar algum marco do desenvolvimento
para a idade: antecipar a consulta seguinte,
investigar a situação ambiental da criança, a relação
com a mãe, a oferta de estímulos (ambientais e
emocionais).
 Persistência do atraso por mais de duas consultas:
encaminhar a criança para referência ou serviço de
maior complexidade.
(BRASIL, 2002)
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Interatividade
“A adolescência é o período da vida humana onde ocorrem profundas mudanças
biopsicossociais e o evento físico que a inaugura é a puberdade. Os eventos
(biopsicossociais) ocorrem de modo sequencial, mas não necessariamente ao
mesmo tempo e/ou na mesma ordem”. (Carvalho, ES; Carvalho, WB, 2000;
Hockenberry, MJ; Winkelstein, ML; Wilson, 2014.) Sobre esse período,
assinale a alternativa incorreta:
a) Os estágios de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e da
genitália foram definidos como guia para estimativa da maturação sexual na
adolescência.
b) A crise do desenvolvimento na adolescência leva a
formação de um senso de identidade e maturidade.
Interatividade
c) Ocorrem mudanças no padrão do comportamento do adolescente fazendo parte
do seu cotidiano a instabilidade, desequilíbrio, sentimentos de estranheza,
insatisfação com a desproporcionalidade do próprio corpo.
d) Nas meninas, dentre os eventos que ocorrem pode-se citar: aumento da
velocidade do crescimento, ganho de peso e menarca.
e) Nos meninos os eventos que ocorrem são aumento do
volume testicular, acompanhado por adelgaçamento,
rubor e afrouxamento do escroto, aparecimentos dos
pelos pubianos, aumento do volume do pênis, menarca,
mudança do timbre da voz.
Resposta
“A adolescência é o período da vida humana onde ocorrem profundas mudanças
biopsicossociais e o evento físico que a inaugura é a puberdade. Os eventos
(biopsicossociais) ocorrem de modo sequencial, mas não necessariamente ao
mesmo tempo e/ou na mesma ordem”. (Carvalho, ES; Carvalho, WB, 2000;
Hockenberry, MJ; Winkelstein, ML; Wilson, 2014.) Sobre esse período,
assinale a alternativa incorreta:
e) Nos meninos os eventos que ocorrem são aumento do
volume testicular, acompanhado por adelgaçamento,
rubor e afrouxamento do escroto, aparecimentos dos
pelos pubianos, aumento do volume do pênis, menarca,
mudança do timbre da voz.
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  • 1. Profa. Dra. Lidiana Costa UNIDADE I Propedêutica e Processos de Cuidar da Saúde da Criança e do Adolescente
  • 2. Crescimento e desenvolvimento da criança Crianças não possuem recursos para enfrentar o mundo. Portanto... ...necessitam do apoio dos adultos, dispostos a alimentar, ensinar, cuidar e compartilhar alegrias e momentos difíceis. Adultos: pais, professores, cuidadores, profissionais de saúde. Fonte: FATHER-AND-SON-2258681_960_720.JPG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/25/06/15/father-and-son- 2258681_960_720.jpg>. Acesso em: 28 maio 2018.
  • 3. Crescimento e desenvolvimento da criança Necessidades  Físicas, biológicas, emocionais, segurança emocional, disciplina, independência e autoestima. Fonte: autoria própria
  • 4. Crescimento e desenvolvimento da criança  Pode-se considerar como a soma das diversas mudanças que ocorrem durante a vida de um indivíduo.  Esse processo é dinâmico e engloba várias dimensões inter-relacionadas. Fonte: BRASIL. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Série Cadernos de Atenção Básica, n. 11. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2018, p. 14. 2 meses fetal 6 meses fetal Recém-nascido 6 anos 2 anos 12 anos 25 anos
  • 5. Crescimento e desenvolvimento da criança A criança deve ser acompanhada, avaliada e monitorada por profissionais qualificados, desde seu nascimento, quanto à condição e à evolução de seu crescimento e desenvolvimento, independentemente da situação socioeconômica e origem étnica. Fonte: POOR-2463625_960_720.JPG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/07/ 02/07/40/poor-2463625_960_720.jpg>. Enfermeiro
  • 6. O papel do enfermeiro na vigilância do crescimento e do desenvolvimento da criança e do adolescente  Durante toda a longa trajetória da criança, desde seu nascimento até a idade adulta, existem fases e peculiaridades específicas.  O enfermeiro deve compreender as especificidades de cada período etário do desenvolvimento e do crescimento e os métodos de avaliação e vigilância, para que a criança possa crescer e se desenvolver com a qualidade máxima esperada, exposta e com acesso aos melhores recursos disponíveis.
  • 7. Crescimento e desenvolvimento da criança Alguns fatores de risco devem ser considerados para o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento da criança:  baixo peso ao nascer;  baixa escolaridade materna;  idades maternas extremas (< 19 anos e > 35 anos);  gemelaridade;  intervalo intergestacional curto (inferior a dois anos);  criança indesejada;  desmame precoce, mortalidade em crianças menores de 5 anos na família;  condições inadequadas de moradia, baixa renda e desestruturação familiar (BRASIL, 2002).
  • 8. Crescimento e desenvolvimento da criança A criança segue o mesmo padrão de desenvolvimento e maturação Porém... Sua constituição hereditária, cultura e experiências fazem de cada criança um ser distinto. Fonte: CHILDREN-538868_960_720.JPG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/11/20/10/25/children- 538868_960_720.jpg>.
  • 9. Crescimento e desenvolvimento da criança  Sua constituição hereditária, cultura e experiências fazem de cada criança um ser distinto. Fonte: MOTHER-434355_960_720.JPG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/03/12/43/ mother-434355_960_720.jpg>. Acesso em: 28 maio 2018. Fonte: imagem cedida pela própria autora Fonte: imagem cedida pela própria autora Fonte: imagem cedida pela própria autora
  • 10. Crescimento  Aumento físico do corpo, como um todo, ou em suas partes.  Medido em centímetros ou metros.  Traduz o aumento do número das células (hiperplasia) e do seu tamanho (hipertrofia). Fonte: MONKS-1306504_960_720.JPG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/04/04/09/25/monks- 1306504_960_720.jpg>. Acesso em: 28 maio 2018.
  • 11. Linguagem Motor Social Cognitivo Desenvolvimento  Aumento da capacidade do indivíduo em realizar cada vez mais funções, em número e complexidade.  Necessita de maturação, crescimento e aprendizado. Fonte: imagem cedida pela própria autora
  • 12. Crescimento e desenvolvimento Uma criança pode crescer e não se desenvolver ou vice-versa? PENSE... (Pensar em exemplos: ?)
  • 13. Crescimento e desenvolvimento Resposta: SIM  Exemplo1: Acondroplasia: desenvolvimento normal, crescimento alterado.  Exemplo 2: Síndrome de Down: crescimento normal e desenvolvimento alterado.
  • 14. Tendências de crescimento e desenvolvimento  Existem padrões de crescimento e desenvolvimento esperados, que denominamos de tendências.  De forma geral, as crianças seguem um mesmo padrão de desenvolvimento e maturação, influenciadas pelas informações genéticas da sua constituição hereditária, da cultura da sociedade e das experiências que será exposta, que fazem de cada criança um ser distinto.
  • 15. Tendências de crescimento e desenvolvimento Padrões de crescimento e desenvolvimento 1. Tendências direcionais:  O crescimento e desenvolvimento progridem segundo direções ou gradientes regulares relacionados e refletem o desenvolvimento e maturação física das funções neuromusculares.  São bilaterais e diretas: céfalo-caudal e próximo-distal
  • 16. Tendências de crescimento e desenvolvimento Padrões de crescimento e desenvolvimento 1. Tendências direcionais: Primeiro padrão: céfalo-caudal  A extremidade cefálica (ampla e complexa) do organismo desenvolve-se primeiro.  A extremidade caudal é pequena e desenvolve-se tardiamente.  Ex.: lactentes desenvolvem o controle estrutural da cabeça, antes do tronco e das extremidades, mantém o tronco ereto, depois sentam-se, controlam as mão e depois os pés, e utilizam os olhos antes das mãos.
  • 17. Tendências de crescimento e desenvolvimento Padrões de crescimento e desenvolvimento 1. Tendências direcionais:  Segundo padrão: próximo-distal: do mais próximo para o mais distante. Linha média para a periferia.  Ex. 1: Desenvolvimento embrionário: primeiro aparecem os botões dos membros e depois os dedos.  Ex. 2: Sistema nervoso: central- periférico.
  • 18. Tendências de crescimento e desenvolvimento Padrões de crescimento e desenvolvimento 1. Tendências sequenciais: definida, previsível e inalterada.  Ex.: sentar antes de engatinhar; engatinhar antes de andar; Referências: A) CHILD-3268266_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/28/04/59/child-3268266_960_720.jpg> B) FEET-619399_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/02/01/12/31/feet-619399_960_720.jpg>. A B
  • 19. Tendências de crescimento e desenvolvimento Padrões de crescimento e desenvolvimento  Os períodos de crescimento e desenvolvimento devem ser sensibilizados e estimulados durante todo o processo.  O potencial de crescimento e desenvolvimento esperados à idade dependerão da interação com um meio ambiente particular, podendo ser fatores de influências: benéficos ou nocivos. SAIGON-53144_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2012/07/27/14/59/saigon-53144_960_720.jpg>
  • 20. Crescimento O potencial máximo de crescimento da criança sofre influências de diversos fatores:  fatores intrínsecos: genéticos. Ex.: crianças, filhas de pais com estatura alta, terão maior chance de serem mais altas se comparadas àquelas filhas de pais mais baixos.  fatores extrínsecos: são fatores externos, que poderão influenciar o potencial genético do crescimento da criança de forma positiva ou negativa.  Ex.: alimentação, condições de higiene e de saneamento básico, condições socioeconômicas e de educação das pessoas de vínculo, problemas de saúde adquiridas intraútero ou na infância, maus tratos, entre outros.
  • 21. Crescimento  Durante a consulta da criança, na entrevista, o enfermeiro deverá investigar as condições dos cuidados que estão sendo ofertados à criança, levando em consideração os fatores intrínsecos, porém sempre avaliando e corrigindo quando possível os extrínsecos.
  • 22. Crescimento – peso e estatura  A relação entre as medidas de peso e de estatura, conhecidas como medidas antropométricas, são primordiais para acompanhamento do crescimento, pois permitem detectar o estado nutricional da criança, seja apontando as deficiências recentes de peso, a desnutrição, bem como sobrepeso e obesidade.  Os parâmetros de crescimento físico incluem, além do peso e da estatura, as espessuras das dobras cutâneas, circunferências: do braço e cefálica. Foto: GIRLS-3273200_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/29/18/49/girls-3273200_960_720.png>
  • 23. Crescimento – estatura  Avalia o crescimento linear da criança, medindo a criança no sentido longitudinal: Comprimento/Altura.  Centímetros (mais comum em crianças).  Menos variável que o peso.  Idade da criança e gênero. Foto: Imagem cedida pela própria autora
  • 24. Crescimento – peso  Avaliar o estado nutricional (um dos parâmetros);  Identificar algumas doenças;  Acompanhar a evolução de crescimento;  Medido em gramas;  Determinante variável, porém de rápida detecção. Ao nascer:  Menina: 3.050 g.  Menino: 3.250 g Foto: Imagem cedida pela própria autora
  • 25. Crescimento – peso Fotos: Imagens cedidas pela própria autora Balança Eletrônica (até 15.000g ou 15K) Ao nascer: Menina: 3.050 g. Menino: 3.250 g Balança Mecânica Foto: BRASIL, 2002 p.56.Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acompanham ento_crescimento_desenvolvimento_infantil_cab11.pdf
  • 26. Classificação do RN de acordo com o peso de nascimento  A avaliação do peso do recém-nascido, verificada logo ao nascer, recebe uma classificação, fundamentais para o acompanhamento da evolução de crescimento da criança.  Pesos ao nascer menores que 2.500 g, podem ser decorrentes de prematuridade e/ou déficit de crescimento intrauterino.
  • 27. Classificação do RN de acordo com o peso de nascimento Classificação específica para o peso do recém-nascido:  Pequeno para a idade gestacional (PIG) = < 10º do percentil da Curva de Crescimento Intra Uterina- CCIU*  Peso adequado p/a idade gestacional (AIG) = entre 10º e 90º da CCIU.  Grande para a idade gestacional (GIG) = > 90º do percentil da CCIU. *Curva de Crescimento Intrauterino Fonte: HOCKENBERRY e WILSON, 2014; p. 185.
  • 28. Crescimento – circunferência do braço e espessura da prega cutânea  As verificações do peso e da estatura não podem diferenciar tecido adiposo de músculo.  A circunferência do braço indica uma medida indireta da massa muscular do braço.  A espessura da prega cutânea está baseada na relação entre gordura subcutânea, gordura interna e densidade corporal.  Os locais mais comuns para se medir a espessura da prega cutânea:  região do tríceps (mais utilizada),  subescapular, supra-ilíaca  e parte superior da coxa.
  • 29. Crescimento – Perímetro Cefálico – PC  Permite avaliar o tamanho da cabeça e do cérebro.  Acompanhamento do PC deve ser feito nas crianças de 0 a 24 meses, período de maior crescimento pós-natal da cabeça e cérebro (BRASIL, 2002).  O PC é maior que o perímetro torácico (PT) até aproximadamente os dois anos de idade. Entre o primeiro e o segundo ano de idade o PC e O PT são iguais. Posteriormente, o PT ultrapassa o PC em torno de 5 a 7 cm. Foto: Imagem cedida pela própria autora
  • 30. Interatividade Para se avaliar o crescimento linear da criança, utiliza-se verificar a estatura, medindo a criança no sentido longitudinal, podendo ser em centímetros ou em metros, de acordo com a medida obtida. Sobre a avaliação do crescimento linear da criança, assinale a alternativa incorreta: a) O crescimento linear da criança é considerado como um dos melhores indicadores de saúde da criança, pois possibilita que o profissional da saúde identifique ou suspeite de falhas nos cuidados desejáveis à sua saúde, que de forma significativa influenciarão diretamente no seu crescimento. b) As falhas de crescimento podem estar relacionadas à alimentação inadequada, ocorrência de doenças, cuidados gerais e de higiene insatisfatórios, condições de habitação e saneamento básico comprometidos, inacessibilidade aos serviços de saúde, refletindo, assim, as condições de vida da criança, no passado e no presente.
  • 31. Interatividade c) Para se verificar a estatura, o enfermeiro deverá levar em consideração a idade da criança, ou seja, é aconselhável que a estatura da criança até os 2 anos (ou até os 3 anos, dependendo da indicação do gráfico que será usado para o registro), seja feita com a criança em decúbito dorsal e no sentido céfalo-caudal. d) A verificação do comprimento, conhecida também como comprimento em decúbito dorsal é assim denominada quando é verificada com a criança em decúbito dorsal. e) Quando avaliamos a estatura da criança na posição vertical, chamamos de verificação de espessura.
  • 32. Resposta Para se avaliar o crescimento linear da criança, utiliza-se verificar a estatura, medindo a criança no sentido longitudinal, podendo ser em centímetros ou em metros, de acordo com a medida obtida. Sobre a avaliação do crescimento linear da criança, assinale a alternativa incorreta: e) Quando avaliamos a estatura da criança na posição vertical, chamamos de verificação de espessura.
  • 33. O acompanhamento do crescimento: estruturando a atenção à saúde da criança “A avaliação periódica do ganho de peso permite o acompanhamento do progresso individual de cada criança, identificando aquelas de maior risco de morbi/mortalidade, sinalizando o alarme precoce para a desnutrição, causa básica da instalação ou do agravamento da maior parte dos problemas de saúde infantil”. BRASIL, 2002
  • 34. O acompanhamento do crescimento: estruturando a atenção à saúde da criança Fatores de risco: Baixo peso ao nascer, baixa escolaridade materna, idades maternas extremas (<19 anos e >35 anos), gemelaridade, intervalo intergestacional curto (inferior a dois anos), criança indesejada, desmame precoce, mortalidade em crianças menores de 5 anos na família, condições inadequadas de moradia, baixa renda e desestruturação familiar [...] [...] Exigem um acompanhamento especial, pois aumentam a probabilidade da existência de doença perinatal e infantil [...] BRASIL, 2002
  • 35. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação peso e estatura  As curvas de referências recomendadas em 2006 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foram criadas a partir de estudos multicêntricos, com a participação de crianças sadias de várias partes do mundo, inclusive do Brasil. (OMS, 2006) Fonte: GIRLS-3273200_960_720.PNG. <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/29/18/49/girls-3273200_960_720.png>
  • 36. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação peso e estatura  Existem várias curvas de referências, de acordo com os índices desejados para avaliação.  A OMS recomendou curvas de índices:  Faixa etária, gênero e peso.  Faixa etária, gênero e altura.  Faixa etária, gênero e Índice de Massa Corporal (IMC), entre outros. (BRASIL, 2018)
  • 37. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da estatura de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) B- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf. A B A- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf .
  • 38. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da estatura de acordo com o gênero (menino) e idade (0-5 anos) B- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf.
  • 39. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação da peso de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) B- Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf A- Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf A B
  • 40. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação do peso de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf Não é possível recuperar uma informação antropométrica retroativa, pois o marco de seu crescimento não consegue se reproduzir em decorrência de que o tempo evolui e, com ele, o crescimento da criança.
  • 41. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação do peso de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) Foto: BRASIL. Ministério da Saúde. Portal de Departamento de Atenção Básica (DAB). Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional. Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde – OMS, 2018. Disponível em: http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131209104419oms2006_2007.pdf Peso
  • 42. O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação de acordo com o gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) – modelos Foto: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino.pdf e http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/pre-natal-e- parto/caderneta-de-saude-da-crianca Peso
  • 43. Demonstração dos pontos de corte de peso para estatura para crianças de 0 a 5 anos Valores críticos Diagnóstico nutricional < P* 0,1 Magreza acentuada > ou = P 0,1 e P3 Magro > ou = P3 e < ou = P85 Eutrófico > P85 e < ou = P97 Risco de sobrepeso > ou = P97 e < ou = P99,9 Sobrepeso > P 99,9 Obeso (adaptado de BRASIL, 2002 e OMS, 2006)
  • 44. Características de peso e altura em relação ao período etário da criança Do nascimento até 6 meses de idade • Peso: ganho semanal entre 140 e 200 g. • O peso de nascimento duplica ao término do 4º até o 7º mês de idade. • Altura: ganho mensal: 2,5 cm De 6 a 12 meses de idade • Peso: aumento de 15 g/dia, ou seja, 85 à 140 g/semana. • O peso de nascimento é triplicado no final do primeiro ano. • Altura: ganho mensal de 1,25 cm. Aumento em 50% ao final do 1º ano. De 12 meses a 24 meses de idade • Peso: o peso de nascimento quadriplica em torno de 2,5 anos. • Ganho anual: 2 a 3 Kg. • Altura: a altura aos dois anos é de aproximadamente ½ da altura da fase adulta. Ganho anual em torno de 12 cm. Fotos: Imagens cedidas pela própria autora
  • 45. Interatividade O gráfico abaixo mostra a curva de peso de uma menina. Após interpretar o gráfico abaixo, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a correta: I. A menina que inicialmente encontrava-se no P15 para o peso, apresentou aumento do peso chegando ao P85 entre os 9 e 10 meses de idade. II. Os últimos registros do peso demonstram que ocorreu declínio do peso, voltando ao P15. III. A menina perdeu peso aos 6 meses de idade, indicando o estado de magreza. a) Apenas a afirmação III está correta. b) Apenas as afirmações I e II estão corretas. c) Apenas as afirmações II e III estão corretas. d) Apenas as afirmações I e III estão corretas. e) Todas as afirmações estão corretas.
  • 46. Resposta O gráfico abaixo mostra a curva de peso de uma menina. Após interpretar o gráfico abaixo, leia as afirmativas abaixo e depois assinale a correta: I. A menina que inicialmente encontrava-se no P15 para o peso, apresentou aumento do peso chegando ao P85 entre os 9 e 10 meses de idade. II. Os últimos registros do peso demonstram que ocorreu declínio do peso, voltando ao P15. III. A menina perdeu peso aos 6 meses de idade, indicando o estado de magreza. a) Apenas a afirmação III está correta. b) Apenas as afirmações I e II estão corretas. c) Apenas as afirmações II e III estão corretas. d) Apenas as afirmações I e III estão corretas. e) Todas as afirmações estão corretas.
  • 47. Maturação neurológica Cresce proporcionalmente mais rápido antes do nascimento Crescimento acelerado dos neurônios:  de 15 á 20 semanas (vida fetal);  na 30ª semana (vida fetal) até o primeiro ano de idade.
  • 48. Maturação neurológica  Acredita-se que nenhuma célula nervosa nova surja após o 6º mês de vida fetal;  Após o nascimento, as células nervosas ganham volume no citoplasma e a complexidade das comunicações intracelulares;  Movimentos e comportamentos gradativamente se tornam mais requintados;  Lactente e início da infância: acelerado;  Durante a infância até adolescência: gradual lentificação.
  • 49. Tecidos linfoides Estão contidos no:  Timo.  Baço.  Adenoides.  Tonsilas.  Linfócitos sanguíneos. com 6 anos: tecidos do tamanho de um adulto com 12 anos: dobra o tamanho de um adulto Ao término da adolescência: declínio - tamanho normal ao de um adulto
  • 50. Metabolismo  Taxa metabólica basal – TMB: velocidade do metabolismo quando o corpo está em repouso.  Taxa de metabolismo: determina os requisitos calóricos da criança.  Mais elevada no neonato.  Diminui progressivamente em ambos os gêneros, conforme avança a maturidade. Ex.: Necessidades energéticas.  lactente: 108kcal/Kg de peso/dia.  40 a 45kcal/Kg de peso/dia quando na maturidade.
  • 51. Metabolismo  Necessidades hídricas: 1,5 ml/caloria de energia despendida (durante toda a vida).  Necessidades energéticas e hídricas: produção de tecidos.  Dependerão das idades;  Maior necessidade: doenças (longos períodos), exercícios (curtos períodos).  Avaliar cada caso  *cada grau de temperatura durante a febre,  aumenta o metabolismo basal em 10%,  com exigência correspondente de líquidos
  • 52. Sono e repouso  Função protetora dos organismos;  Permite a reparação e recuperação dos tecidos após atividades;  Variações em relação a quantidade (vezes) e tempo de acordo com as idades.
  • 53. Sono e repouso  Neonato: dorme a maior parte do tempo em que não está se alimentando;  Lactentes: conforme ganham idade o tempo do sono vai diminuindo durante o dia gradualmente; permanecem acordados mais tempo durante o dia e as noites de sono são mais longas;  1º ano (final): dormem durante toda a noite e tiram uns cochilos durante o dia;
  • 54. Períodos etários de desenvolvimento  Pré-natal: da concepção até o nascimento da criança.  Lactente: subdividido em:  Neonatal: do nascimento até 28 dias de vida.  Lactente: (propriamente dito) de 28 dias a 2 anos de vida.  Inicial da infância: subdividido em:  Período de Infantes ou Toddlers: entre 2 e 3 anos de idade;  Período Pré-escolar: entre 3 e 6 anos de idade.  Intermediário da infância (idade escolar): de 6 anos a 11 anos (ou 12 anos, de acordo com alguns autores). Tardio da infância: subdividido em:  Pré-púbere ou Pré-adolescência: de 10 a 13 anos.  Adolescência: de 13 a 18 anos (OMS) ou até 21 anos de idade (Sociedade Brasileira de Pediatria).
  • 55. Períodos etários de desenvolvimento 1) Período pré-natal: concepção ao nascimento  Subdividido em germinativo (concepção a 2 semanas), embrionário (2 a 8 semanas), fetal (8 a 40 semanas);  Relaciona-se à saúde materna;  Rápida velocidade de crescimento;  Dependência total;  Pré-natal adequado e assistido. Foto: Disponível em: https://morguefile.com/quest/%23pregnancyphotos/1
  • 56. Períodos etários de desenvolvimento 2) Período de lactente:  neonatal: nascimento até 28 dias;  lactente: acima de 28 dias até 24 meses;  desenvolvimento motor, cognitivo e social acelerados;  estabelece um vínculo com o cuidador (pai/ mãe) e a confiança básica no mundo e fundamentos para futuros relacionamentos interpessoais;  1° mês de vida – crítico; adaptações da família e a vida extra-uterina; Fotos: Imagens cedidas pela própria autora
  • 57. Períodos etários de desenvolvimento 3) Fase inicial da infância: de 01 à 06 anos infantes – toddlers: 1 a 3 anos pré-escolar: 3 a 6 anos  Estende-se do momento em que a criança atinge a posição ereta até o do início escolar;  Descobertas e atividades intensas;  Acentuado desenvolvimento físico e da personalidade;  Desenvolvimento motor;  Linguagem e desenvolvimento social amplos;  Adquirem autocontrole e domínio;  Consciência da dependência e independência; (autoconceito). Foto: Imagens cedidas pela própria autora
  • 58. Períodos etários de desenvolvimento 3) Fase intermediária da infância (idade escolar): de 6 anos a 11 (ou 12 anos)  Dirigida para fora do grupo familiar;  Centralizada ao redor do mundo;  Relacionamento com colegas;  Avanço no desenvolvimento físico, mental e social;  Ênfase no desenvolvimento da competência das habilidades;  Desenvolvimento moral; Foto: KIDS-2237119_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/17/10/26/kids-2237119_960_720.jpg>.
  • 59. Períodos etários de desenvolvimento 4) Período tardio da infância:  Pré-púbere: de 10 a 13 anos  Adolescência: de 13 a 18 anos  Tumultuado período de maturação (biológicas e de personalidade);  Alterações rápidas;  Desordem física e emocional;  Redefinição do autoconceito;  Ao final do período o jovem concentra-se em uma identidade individual; Foto: Imagem cedida pela própria autora
  • 60. Interatividade As linhas orientadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças em cada fase de desenvolvimento, denominadas de faixas etárias do desenvolvimento da criança. Uma criança com 5 anos de idade encontra-se no período: a) Lactente: à partir de 28 dias até 5 anos de idade. b) Infantes: também conhecidos como Toddlers, entre 2 a 5 anos de idade. c) Neonatal: do nascimento até 5 anos de idade. d) Período pré-escolar: entre 3 a 6 anos de idade. e) Intermediário da infância (idade escolar): de 4 anos a 10 anos de idade.
  • 61. Resposta As linhas orientadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças em cada fase de desenvolvimento, denominadas de faixas etárias do desenvolvimento da criança. Uma criança com 5 anos de idade encontra-se no período: a) Lactente: à partir de 28 dias até 5 anos de idade. b) Infantes: também conhecidos como Toddlers, entre 2 a 5 anos de idade. c) Neonatal: do nascimento até 5 anos de idade. d) Período pré-escolar: entre 3 a 6 anos de idade. e) Intermediário da infância (idade escolar): de 4 anos a 10 anos de idade.
  • 62. Desenvolvimento Problemas de desenvolvimento  Genéticos: Ex.: Síndrome de Down.  Biológicos: Ex.: prematuridade, hipóxia neonatal, meningites, hormonais.  Ambientais: Ex.: fatores familiares (privação emocional, maus tratos), de ambiente físico, fatores sociais. (OPAS, 2005) Linguagem Motor Social Cognitivo
  • 63. Avaliação do desenvolvimento da criança  O acompanhamento do desenvolvimento deve fazer parte da consulta da criança.  O enfermeiro deve prestar atenção à forma como a mãe lida com o seu filho, se conversa com ele, se está atenta ao desenvolvimento.  A sequência do desenvolvimento pode ser feita pela verificação das referências esperadas de acordo com a idade: (marcos do desenvolvimento). Linguagem Motor Social Cognitivo
  • 64. Avaliação do desenvolvimento – período neonatal  Decúbito ventral – mantém-se fletido, gira a cabeça de um lado para o outro;  Decúbito dorsal: membros fletidos e rígidos, geralmente;  Fixa um ponto de luz. Fotos: Imagens cedidas pela autora
  • 65. Avaliação do desenvolvimento – período neonatal  Tem alguma discriminação olfativa.  Percebe alguns sabores (tendo predileção pelo doce).  Capaz da percepção de alguns sons.  Fase crítica: adaptações extra-uterinas, além da imaturidade (renal, hepática, gastrointestinal) e imunidade sendo desenvolvida. Foto: Imagem cedida pela autora
  • 66. Período neonatal e os reflexos primitivos  Alguns reflexos primitivos estão presentes ao nascimento e inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais.  Principais reflexos: de Moro, Preensão, Busca, Babinski, Marcha. Foto: Imagem cedida pela autora
  • 67. Avaliação do desenvolvimento – período lactente de 29 dias a 2 anos de idade 16 semanas (4º mês)  decúbito ventral: eleva a cabeça e o tórax, com os braços estendidos, a cabeça acima do plano do corpo (eixo vertical);  decúbito dorsal: estende as mãos para apanhar os objetos, conseguindo pegá-los; Trás os objetos até a boca; quando o objeto cai não consegue apanhá-lo;  Sustentação da coluna cervical;  desaparece a resposta do reflexo de Moro; Foto: Imagem cedida pela autora
  • 68. Avaliação do desenvolvimento – período lactente de 29 dias a 2 anos de idade 28 semanas (7º mês)  Decúbito ventral: rola o corpo, podendo girar em torno do próprio eixo.  Senta-se momentaneamente com o apoio da pelve.  Posição vertical: permanece sustentando o peso do corpo, em pé com apoio; pula com apoio; pode iniciar, com a intenção de se deslocar, a se rastejar. Foto: Imagem cedida pela autora
  • 69. Avaliação do desenvolvimento – período lactente de 29 dias a 2 anos de idade 40 semanas (10 mês)  Pode mudar do decúbito ventral para a posição sentada;  Senta-se sozinha e sem apoio, com o dorso permanecendo reto;  Permanece em pé na posição ereta, e levanta um dos pés, como iniciando e treinando para dar um passo;  Pode engatinhar;  Procura o objeto que abandonou a algum tempo no local;  Entende e demonstra comportamento perante um comando: “não”. Foto: Imagem cedida pela autora
  • 70. Avaliação do desenvolvimento – período lactente de 29 dias a 2 anos de idade 1º ano  Caminha com uma das mãos segura ou sozinha;  Consegue segurar um objeto com polegar e indicador, descobre brinquedos escondidos;  Vira as páginas de um livro (muitas de uma só vez);  Fala das primeiras palavras: “papai, mamãe, papá”;  Entende as sentenças simples: “pega a boneca”. Foto: Imagem cedida pela autora
  • 71. Avaliação do desenvolvimento – período lactente de 29 dias a 2 anos de idade 2º ano  Aprendizado linguístico acelerado: capaz de nomear 300 objetos;  Brinca de faz de conta;  Começa a desenvolver o controle dos esfíncteres, podendo começar aos poucos a retirar o uso das fraldas. Fotos: Imagens cedidas pela autora
  • 72. Avaliação do desenvolvimento – Período inicial da infância: Período de infantes – ou Toddlers (2 a 3 anos) e Período pré-escolar (3 a 6 anos)  Marcado por descobertas e atividades intensas;  Acentuado desenvolvimento físico e da personalidade;  Amplos desenvolvimentos: motor, da linguagem e social;  É esperado que adquiram autocontrole, consciência de dependência e independência. Fotos: Imagens cedidas pela autora
  • 73. Avaliação do desenvolvimento – período intermediário da infância (idade escolar)  Buscam o convívio fora do grupo familiar (amigos).  Avanço no desenvolvimento físico, mental e social, principalmente as habilidades, (Ex.: esporte, música e arte).  O desenvolvimento moral também é verificado.
  • 74. Avaliação do desenvolvimento – Período tardio da infância: Período Pré-púbere: de 10 a 13 anos e Adolescência: de 13 a 18 anos;  Tumultuado período de maturação (biológicas e de personalidade);  Alterações físicas rápidas, desordem física e emocional;  Busca concentrada de uma identidade individual, própria;  Maturação sexual.
  • 75. Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância  No período pré-púbere ocorrem as modificações biológicas decorrentes de ação hormonal (do eixo neuro-hipofisário).  Na adolescência (processo de maior duração) além dos fenômenos físicos da puberdade ocorrem as transformações psicossociais em que o indivíduo passa no auge do seu processo maturativo. (BRASIL, 1993).
  • 76. Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância As principais características do período pré-púbere são:  o estirão de crescimento (mais cedo nas meninas);  o desenvolvimento das gônadas;  o surgimento dos caracteres sexuais secundários;  mudanças na composição corporal (principalmente na quantidade e distribuição de gorduras em associação com o crescimento do esqueleto e músculos);  desenvolvimento dos sistemas respiratório e circulatório.
  • 77. Avaliação do desenvolvimento – período tardio da infância Adolescência:  Movimento de conquista de independência da personalidade e da autonomia.  O jovem volta-se para o meio social e apoia-se no seu grupo.  As regras costumam ser questionadas e até mesmo contestadas por ele, o que é necessário para o desenvolvimento da sua identidade.
  • 78. Avaliação do desenvolvimento da criança  Presença das respostas esperadas para a idade: a criança está se desenvolvendo bem; enfermeiro deve seguir o calendário de consulta.  Falha em alcançar algum marco do desenvolvimento para a idade: antecipar a consulta seguinte, investigar a situação ambiental da criança, a relação com a mãe, a oferta de estímulos (ambientais e emocionais).  Persistência do atraso por mais de duas consultas: encaminhar a criança para referência ou serviço de maior complexidade. (BRASIL, 2002) Linguagem Motor Social Cognitivo
  • 79. Interatividade “A adolescência é o período da vida humana onde ocorrem profundas mudanças biopsicossociais e o evento físico que a inaugura é a puberdade. Os eventos (biopsicossociais) ocorrem de modo sequencial, mas não necessariamente ao mesmo tempo e/ou na mesma ordem”. (Carvalho, ES; Carvalho, WB, 2000; Hockenberry, MJ; Winkelstein, ML; Wilson, 2014.) Sobre esse período, assinale a alternativa incorreta: a) Os estágios de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e da genitália foram definidos como guia para estimativa da maturação sexual na adolescência. b) A crise do desenvolvimento na adolescência leva a formação de um senso de identidade e maturidade.
  • 80. Interatividade c) Ocorrem mudanças no padrão do comportamento do adolescente fazendo parte do seu cotidiano a instabilidade, desequilíbrio, sentimentos de estranheza, insatisfação com a desproporcionalidade do próprio corpo. d) Nas meninas, dentre os eventos que ocorrem pode-se citar: aumento da velocidade do crescimento, ganho de peso e menarca. e) Nos meninos os eventos que ocorrem são aumento do volume testicular, acompanhado por adelgaçamento, rubor e afrouxamento do escroto, aparecimentos dos pelos pubianos, aumento do volume do pênis, menarca, mudança do timbre da voz.
  • 81. Resposta “A adolescência é o período da vida humana onde ocorrem profundas mudanças biopsicossociais e o evento físico que a inaugura é a puberdade. Os eventos (biopsicossociais) ocorrem de modo sequencial, mas não necessariamente ao mesmo tempo e/ou na mesma ordem”. (Carvalho, ES; Carvalho, WB, 2000; Hockenberry, MJ; Winkelstein, ML; Wilson, 2014.) Sobre esse período, assinale a alternativa incorreta: e) Nos meninos os eventos que ocorrem são aumento do volume testicular, acompanhado por adelgaçamento, rubor e afrouxamento do escroto, aparecimentos dos pelos pubianos, aumento do volume do pênis, menarca, mudança do timbre da voz.