O texto discute como a admiração por máquinas e a dependência da tecnologia estão levando as pessoas a se comportarem como robôs, negligenciando as relações humanas. Ele argumenta que as pessoas estão falando menos uns com os outros e passando mais tempo consumindo mídia e redes sociais. Também critica estratégias de marketing que incentivam o consumismo irresponsável.
1. Texto 1
A robotização humana
Ari Carlos da Rocha
Consumismo desenfreado, globalização e robotização humana, são assuntos interessantes
para se refletir quando o tema é ecologia e meio ambiente. Será que estamos todos virando
máquinas humanas? A máquina que deveria ser uma simples ferramenta para facilitar a vida está
ganhando em todos os lugares o "status" de modelo de eficiência. Homens e mulheres, máquinas
com seus horários e suas metas. Toda máquina tem sua precisão, mas não tem a qualidade
humana do sentir, se desgasta com o uso, ou seja, tem um tempo de vida útil antes do descarte.
Com o ser humano não pode ser assim!
A admiração inconsciente pelas máquinas é tanta que nos percebemos às vezes agindo
como uma delas ou fascinados por um racionalismo extremo como se esta fosse a maneira pós-
moderna de agir em sociedade.
Por maior que seja este encantamento, não se pode permitir que simples máquinas
determinem o modo de vida das pessoas, a ponto de se negligenciar os relacionamentos humanos.
A opinião de pessoas ao vivo, a troca de conteúdos, a discussão pura e simples de ideias se reveste
de uma complexidade ímpar, que está sendo perdida nas grandes cidades.
Pesquisas recentes demonstram que o brasileiro está falando menos em seus
relacionamentos do dia a dia. As terapêuticas conversas entre amigos, na escola, ou em casa com a
família, estão sendo substituídas por programas televisivos sensacionalistas, videogames, redes de
amizade virtual etc. De toda a parafernália eletrônica a televisão é sem dúvida a que mais influi no
comportamento das pessoas de forma alienante em quase todos os sentidos. A meu ver, portanto,
a grande massa de indivíduos que poderia usufruir de uma qualidade de vida autêntica, refletindo
sobre a vida, repensando seus conceitos e discutindo a sua cidadania com outros cidadãos vive
mergulhada em um mundo de sonhos, fantasias e pesadelos, uma verdadeira “matrix” oferecida
pela nossa alienante programação televisiva.
Nas redes sociais as estratégias de vendas antiéticas estão cada vez mais sofisticadas
incentivando o consumismo irresponsável, vender e comprar cada vez mais, independentemente
da qualidade do produto. Hoje em dia você vai a uma farmácia e o balconista tenta lhe vender
remédios similares aos que você está pedindo. Dizendo serem melhores e até mais baratos. “é
promoção!”... Mas, o que está por trás deste ato? Laboratórios que oferecem um lucro maior pela
venda daquele produto; e sem percebermos nos tornamos vítimas de mais uma destas modernas
técnicas de vendas, ou da velha maneira de pensar que ainda tem força no Brasil de que se deve
“levar vantagem em tudo”... Precisamos refletir bastante e nos moldar a culturas menos
consumistas e mais preservacionistas, enquanto há tempo.
RedaCEM
20.5
Ano/Série: 2ª Ensino Médio Entrega: 26/03/2017
Tema: A Robotização Humana
2. Proposta de Redação
Parece que estamos vivendo um estágio de crise em relacionamentos diretos, pois tudo passa
pelo virtual. Casais e famílias à mesa se encontram conectados à rede e desconectados da
pessoalização.
Produza um texto dissertativo-argumentativo tratando da robotização humana. Crie
propostas para que os adventos tecnológicos possam reaproximar pessoas em vez de criar
abismos nas relações.