O documento discute o conceito de intertextualidade, que é o diálogo entre diferentes textos. A intertextualidade pode ser explícita, através de citações, ou implícita, quando o autor pressupõe que o leitor reconhecerá referências sem indicá-las. Exemplos incluem imagens que fazem referência à Monalisa e poemas de Gonzaga que contêm elementos do Hino Nacional Brasileiro.
2. O QUE É A INTERTEXTUALIDADE?
Observe as imagens abaixo. Elas te lembram algo familiar?
3. O QUE É INTERTEXTUALIDADE?
A intertextualidade é um diálogo entre diferentes
textos.
Como isso funciona?
4. INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA
Todas as imagens que você viu fazem uma intertextualidade com
o quadro Monalisa, de Leonardo Da Vinci.
Nesses quadros, a intertextualidade está explícita. Num texto
escrito, isso pode acontecer por meio de uma citação, que
geralmente vem entre aspas ou com a indicação do autor. Veja
um exemplo:
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores”.
Você provavelmente reconheceu estes versos, que estão no Hino
Nacional. Agora leia o poema do slide a seguir.
5. CANÇÃO DO EXÍLIO – GONÇALVES
DIAS
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
[...]
6. INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA
A intertextualidade implícita é aquela que não está
destacada, não indica o autor e a obra. É mais comum em
textos literários.
Quando um autor inclui uma intertextualidade implícita em
seu texto, ele pressupõe que seu leitor conhece aquela
informação e vai fazer as relações entre os textos.
Por isso é muito importante ler. A leitura aumenta nosso
conhecimento de mundo e também nossa capacidade de
reconhecer a intertextualidade.
8. Lira I do livro Marília de Dirceu, de Tomás António
Gonzaga:
“Eu, Marília não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado;
de tosco trato, de expressões grosseiro.
dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
e mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!”
9. Haicai tirado de Uma Falsa Lira de Gonzaga
(Manuel Bandeira)
Quis gravar “Amor”
No tronco de um velho freixo:
“Marilia” escrevi.
Conseguiram perceber a
intertextualidade?