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ATUALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO INVENTÁRIO
CATÁLOGO DOS BENS CULTURAIS DIVULGADOS
AU 01 – ÁREA URBANA 01 - ZU
1. Patrimônio Inventariado pelo município com Atualização e Divulgação periódica
1.2. Bens Imóveis - Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas autorizadas para
Divulgação ( 02 períodos: fevereiro/abril e agosto/outubro)
Ano Base de 2016 Exercício 2018
Denominação Endereço Ano do
inventário
Atualizaçã
o
Ano base
Divulgaçã
o
Ano Base
Igreja Matriz Nossa Senhora
da Ajuda do Rio Grande dos
Cristais
Praça: Monsenhor Celso
Pinheiro
2003 2016 2016
Prédio da Cacisa Rua José Costa, nº 157 2005 2016 2016
CP -PAÇO MUNICIPAL-
Praça Joaquim Luiz da Costa
Maia
Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia, S/N º
2004 2016 2016
CP -PAÇO MUNICIPAL
Salão do Palácio do Jubileu
de Prata
Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia, Nº 001
2004 2016 2016
CP -PAÇO MUNICIPAL
Câmara Municipal de Cristais
Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia, Nº 001
2004 2016 2016
CP -PAÇO MUNICIPAL
Prefeitura Municipal de
Cristais
Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia, Nº 001
2004 2016 2016
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Igreja Nossa Senhora do
Rosário
Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia, s/ nº
2004 2016 2016
Praça Monsenhor Celso
Pinheiro
Praça Monsenhor Celso
Pinheiro, S/ Nº
2003 2016 2016
Escola Municipal Padre Celso
Pinheiro
Rua Antônio Francisco
da Silva Nº 177
2004 2016 2016
Praça José F. Filho Praça José F. Filho 2003 2016 2016
Prédio do Hospital
Municipal de Cristais
Rua Flávio Ferreira da
Silva, s/nº
2005 2016 2016
Bem Imaterial
Romarias Inventário temático 2016 2016
Folia de Reis Inventário temático 2016 2016
FICHA DE INVENTÁRIO IGREJA NOSSA SENHORA DA AJUDA
1. MUNICÍPIO
Cristais – MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Igreja Nossa Senhora da Ajuda
4. ENDEREÇO
Praça Monsenhor Celso Pinheiro
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5. PROPRIEDADE
Mitra Diocesana de Oliveira – Oliveira/MG
6. RESPONSÁVEL
Padre Robson Rosa Cardoso
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Própria
8. ANÁLISE DE ENTORNO
A Igreja encontra-se situada ao lado da Praça Monsenhor Celso Pinheiro, tendo a fachada lateral
direita acesso para a referida praça, com sua fachada frontal voltada para a via principal da mesma
praça, a fachada lateral esquerda voltada para a via transversal da Praça José Ferreira Filho e a
posterior para a Rua: Francisco de Assis Carvalho.
A edificação está localizada no centro da cidade, circundada por ruas largas e asfaltadas. As
edificações do entorno formam um conjunto homogêneo, tanto pela volumetria, quanto pela
ocupação, mantendo ainda em sua maioria, a tipologia original. Entretanto, a boa localização
contribui para a lenta renovação urbana que vem ocorrendo na cidade. Em muitos casos, quando a
edificação é mais antiga, o proprietário pretende vender o imóvel para demolição, ou pretende ele
mesmo demolir e construir outro no mesmo lugar.
Implantada em adro, a Igreja se destaca pela sua monumentalidade frente as edificações de
pequeno porte presentes no entorno. Além do porte, ela retrata a história local e tem o respeito da
maioria dos cidadãos, que a vêem com patrimônio da cidade. Todas as fachadas são vistas, e de
todos os lados da praça, pode-se perceber parte da Igreja e ter alguma vista privilegiada.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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Foto cedida pelo Arquivo Público Municipal de Cristais/MG
Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais/ 2004 – após a restauração
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Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais março/2016
10. HISTÓRICO
A História da Igreja Nossa Senhora da Ajuda está muito ligada ao surgimento da
povoação inicial do Arraial de Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais. Temos
como principais motivações do surgimento da povoação inicial: a hipótese do potencial
aurífero no Rio Grande, facilitando a mineração, a fertilidade das terras na margem do Rio
Grande, o que facilitou o surgimento dos quilombos (pretos forros, brancos pobres e
respectivos fugindo do imposto da Capitação).
Após a guerra contra o Quilombo do Ambrósio ( na região da Primeira Povoação do Ambrósio
1741/ 46 ) com sua mudança para a região de Ibiá, e do assentamento das primeiras sesmarias, a
colonização começou a se alastrar, desaguando na constituição do território do arraial a ser feita
através de doações religiosas (de patrimônio da capela, os habitantes foram apropriando seus lotes
de moradias). Assim, Cristais se formou dentro do patrimônio religioso, doado por pessoas ao redor
da capela, cujo orago constituía a devoção do doador a Nossa Senhora da Ajuda.
16/03/2016
16/03/2016 16/03/2016
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Erguida a capela, foram edificadas ao seu redor, as primeiras casas. Concluiu – se que Cristais
iniciou no famoso “Largo da Matriz”, fundando assim o povoado, que desde então, passou a ser
chamado comumente de Arraial.
A Ermida
Em 01/08/ 1791, na Aplicação de Nossa Senhora das Candeias, Freguesia de São Bento do
Tamanduá, os moradores do povoado do “Rio Grande” obtém previsão de uso de sua ermida, por
eles edificada sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda, assinada por D. Frei Domingos da
Encarnação Pontével, bispo de Mariana.
Segundo um documento firmado pelo capitão Antônio da Silveira Fernandes, comandante da
COMPANHIA DE ORDENANÇAS DE CRISTAIS em 1819, a construção da capela teve a iniciativa do seu
cunhado, o Pe. Antônio Ferreira de Miranda, capelão de Candeias e Cura de ambas as Aplicações.1
Em 25/08/ 1825 os moradores de Cristais requereram ao Imperador D. Pedro I a criação da
paróquia. O processo permanece no Arquivo Nacional, com um simples parecer do Procurador das
ordens da Mesa de Consciência. Só mais tarde, em 1880, a lei mineira nº 2611 de 07 de janeiro,
elevou o distrito à categoria de paróquia, desmembrada da freguesia de Candeias, a qual pertencia
desde 1866.2
O Patrimônio
O procurador da capela, Francisco Rodrigues Peixoto, capitão comandante de Cristais, ao apresentar
requerimento ao vigário de Campo Belo, Pe. Joaquim Máximo da Silva Rodarte, pedindo registro das
terras pertencentes ao patrimônio de Nossa Senhora da
1
BORGES. José Gomide . O sertão de Nossa Senhora das Candeias da Picada de Goiás. 1992
2
__________________ . Dados coligidos para o processo de tombamento da Igreja Nossa Senhora da Ajuda
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Ajuda, declara que o mesmo consta de terras de culturas, campos e cerrados medindo de léguas em
quadra confrontando ao nascente com D. Antônia Maria do Amaral e seus herdeiros, ao sul os Silva,
ao poente com Petronilha Silvéria de São José e ao norte com o mesmo procurador.
O requerimento tem a data de 01/04/ 1856 e cumpre dispositivo legal emanado da lei nº 601
de 18/09/ 1850, do Império, e regulamentada pelo decreto nº 1318 de 30/01/ 1854 que determinava
o registro de terras em todo Brasil. Ao vigário de cada paróquia foi cometido o encargo de receber os
requerimentos e registrá-los em livro próprio.
Conforme as declarações do procurador Francisco Rodrigues Peixoto, as terras do patrimônio
de Nossa Senhora da Ajuda mediam uma légua em quadra. Considerando que a légua de sesmaria, a
antiga como era chamada, um pouco maior que a comum, media 6.600 metros, temos um quadrado
de 1650 metros de lado, igual, portanto a 2722500 metros quadrados que correspondem a 56,25
alqueires geométricos.3
Um marco histórico
Dentre o emaranhado de arbustos silvestres, surgiam árvores, erguendo seus ápices para os
céus, elevando o desejo de bandeirantes desbravadores que tinham nos corações um sentimento
aventureiro de conquistas.
Estas árvores de madeira bálsamo serviram para edificar uma construção que, edificaria
também, a fé, como um bálsamo, de um povo nascente.
Era a capela Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais que surgia em estilo colonial
jesuítico. A construção foi sendo estruturada aos poucos, com a ajuda de escravos, levando em conta
que, em todo povoado antigo, primeiro se construía a capela.
Através das pesquisas realizadas sobre a sesmaria de Romão Fagundes do Amaral e sua
história na cidade de Perdões, chegamos à lógica formal que aquele sesmeiro fez doações para a
capela de Cristais. A Igreja Matriz do Bom Jesus de Perdões, que foi construída por Romão Fagundes
3
APM RP 39 fls 160vs161 -Processo de tombamento da Igreja Nossa Senhora da Ajuda
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do Amaral, tem o mesmo estilo de época da Igreja Nossa Senhora da Ajuda de Cristais. As duas
igrejas foram erigidas na mesma época: de 1775/ 1800.
Mais tarde, pessoas benévolas e de mais posses fizeram as primeiras doações para a capela.
Estes dados seguintes foram transmitidos pela tradição oral:
- Uma pia batismal, em pedra, onde há uma inscrição de 1806, doada pelo Sr. Saturnino Alves
Vilela.
- Um sino, em bronze, pelo Sr. Joaquim Luiz da Costa Maia.
- Um sacrário doado pelo Sr. Modesto Ferreira Reis.
- Uma imagem de Nossa Senhora da Ajuda, em estilo barroco, doada por Maria Cândida dos
Reis.
- Imagem de Nossa Senhora dos Passos, também em estilo barroco, doado por Gertrudes
Inácio de Souza.
- Seu teto e altares foram pintados por João Pintor (de Nepomuceno - MG).
A capela-mor seria sua construção mais antiga, primitiva.4
Sua época de construção reporta
ao estilo colonial - jesuítico. A pobreza da época fez com que o oratório do altar - mor fosse esculpido
em meia talha.
Seus altares apresentam pinturas em estilo rococó, de gosto popular.
As esporádicas manifestações do neogótico, do século XIX, deixaram interpretações
inesperadas. O uso de arco apontado nas janelas e porta principal demonstra que houve mudanças
na sua fachada.
Sua estrutura é toda de madeira e suas paredes de taipa com mais de um metro e quarenta
centímetros de espessura. Há ainda as tradicionais varandas que circundam o templo, formando as
sacristias. Ao lado, o velho campanário com seus sinos centenários, importados da Inglaterra, que
completam o seu conjunto arquitetônico. O grande peso da estrutura desse conjunto arquitetônico é
o barroco, que evoca a fundação do povoado.
4
As capelas mineiras dos anos setecentos foram construídas em módulos; primeiro se construía a capela
primitiva que se incorporava a uma capela mor. Essa capela mor, por sua vez, incorporava-se mais tarde, em
outra etapa da construção, em uma nave central para se fechar na fachada definitiva. Portanto, aIgreja Matriz não
é conseqüência de um projeto arquitetônico global.
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A igreja, ao longo dos tempos, passou por várias intervenções mal realizadas que,
infelizmente, alteraram a pureza de seu estilo arquitetônico. A torre que, a princípio era separada,
por um período, foi anexada à estrutura da igreja. Havia, no seu interior, púlpitos nas paredes
laterais e um lustre de cristal de rocha, lapidado em pingentes.
A Igreja Nossa Senhora da Ajuda conta a História de Cristais, dos desbravadores ao esplendor
do ciclo do garimpo. Sua arte, rica em estilos (colonial - jesuítico, barroco, rococó e neogótico)
procede do gesto ousado que instaura o novo. Nela nasce o desejo de LIBERDADE que é a própria
alma de Minas.
As reformas
O tempo com o seu passar veloz destrói a matéria. Assim a ação indelével do tempo foi
destruindo aos poucos a estrutura arquitetônica da igreja. Ao mesmo tempo, a população crescia e,
com ela, o número de fiéis adeptos do catolicismo. Consequentemente, surgiu na cidade um
movimento para a construção de uma nova igreja mais ampla e moderna, que atendesse as
necessidades da população católica crescente e que fosse erigida no mesmo local da Igreja Matriz.
Esse movimento implicaria em demolir o templo com quase duzentos anos de construção, que muito
representava para o município em termos de valores culturais. Então, outro movimento oposto foi
iniciado por um grupo de pessoas, liderado pelos irmãos: Srs. José Maurício e Dr. Mauro Gamboge
Reis. Foi assim que, em 1976, Dr. Mauro Gambogi Reis recebeu das mãos do Pe. Francisco Monsef, a
chave simbólica da Igreja.
Em 1978, houve um movimento comunitário para preservar o monumento. O acervo,
mobiliário e equipamentos litúrgicos foram retirados da igreja e guardados em casas de famílias
vizinhas. O Sr Alípio Reis empreendeu uma campanha de doações de sacas de café, em prol da
reforma da igreja. Foi restaurado o telhado, assoalho, paredes internas e externas. Porém, após a
reforma, o templo continuou fechado para as celebrações litúrgicas. Todo o movimento religioso foi
transferido para a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Mas, com o passar do tempo, a estrutura da
igreja, que se encontrava fechada, foi novamente se deteriorando. A família Gambogi Reis sustentou
por vários anos outras reformas empreendidas na igreja, para que ela mantivesse em estado razoável
de conservação.
No decorrer deste tempo, Dr. Mauro, empenhou junto ao IEPHA/MG - Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico- para o procedimento do tombamento da igreja, devido ao seu valor
histórico, cultural e artístico. Em 1992, sendo eleito prefeito municipal para a gestão 1993/96,
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fundou o Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Cultural e Natural de Cristais e sancionou a
Lei nº 688 de 11/09/95 que preserva e tomba, a nível municipal, a Igreja Nossa Senhora da Ajuda do
Rio Grande dos Cristais. Assim, o Bem Imóvel Cultural pela variedade de suas características
artísticas: colonial-jesuítico, barroco e neogótico, por seu valor histórico e filosófico se encontra
tombado pelo Decreto nº 11 de 03/04/2003, inscrito no Livro de Tombo sob o nº 01, sujeito à
proteção especial de acordo com a Lei Municipal nº 942 de 02/04/2002.
Em sua outra administração municipal: 2001/2004, Dr. Mauro Gambogi Reis, após muita luta
em prol da preservação do Bem cultural, aconteceu firmar-se um convênio entre Furnas Centrais
Elétricas S/A, Bispado de Oliveira, Município de Cristais e ALAGO (Associação dos Municípios do Lago
de Furnas) e se conseguiu verba para a reforma e restauração da Igreja Matriz N. S. da Ajuda.
Pe. Geraldo Pedro Teixeira, com autorização do bispo Dom Francisco Barroso Filho,
organizou uma comissão para a reforma da Matriz, com pessoas da comunidade paroquial. Entre
todas, destacaram-se o trabalho e a dedicação do Sr. Reginaldo Maia.
Um conjunto de providências foi tomado para que o monumento arquitetônico fosse
mantido em condições de sobrevivência e de utilização. Foi realizado um levantamento arquitetônico
detalhado: inventário dos bens artísticos móveis, levantamento de planta, cortes e fachadas,
deteriorações atribuídas a intervenções humanas inadequadas, identificação das fases de sua
construção: acréscimos, reformas, alterações anteriormente executadas. Tudo documentado através
de um sistemático trabalho fotográfico. Foi realizada uma vistoria criteriosa de todas as patologias
apresentadas: infiltrações, trincas, manchas, rachaduras, desmoronamentos, deteriorações, com
detalhes da localização, feitio, forma, profundidade, extensão, características, etc., realizando assim
uma análise detalhada das patologias encontradas. O telhado recebeu um especial cuidado. Depois
de toda análise é que foi feita a indicação certa do trabalho a ser realizado. O monumento pedia
trabalhos de conservação, de reforma, de restauro e de adaptação de uso. Admitiu-se o uso de
técnica construtiva contemporânea, com bastante critério, para não comprometer o valor histórico e
artístico do bem. Todo o trabalho foi registrado através de relatórios, fotografias e desenhos para
que, a qualquer tempo, possa ser reavaliado e revisto. Foi respeitado o contexto de uma edificação
tradicional, bela e digna, adaptando-a aos novos usos estabelecidos pelo Concílio Vaticano II,
referentes à nova orientação litúrgica, sem descaracterizar o espaço concebido pelos nossos mestres
dos séculos XVIII e XIX.
O Acervo Sacro
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A princípio, constituído por doações, o acervo foi enriquecido por peças sacras que tiveram
como criadores artistas nacionais e internacionais. Imagens esculpidas em madeira e marfim dos
séculos XVII e XVIII. São esculturas e pinturas nos estilos: barroco, rococó e bizantino.
A imagem de Nossa Senhora da Ajuda, que se encontra no altar-mor, é em estilo neoclássico
com tendências românticas. É uma escultura francesa, pintada com filigranas de ouro, um autêntico
postal da grande arte do séc. XVIII.
Há muitas outras imagens que compõem o seu acervo: imagem de Nossa Senhora das Dores,
grande e pequena, Senhor dos Passos, Senhor Morto em tamanho natural. Algumas imagens em
estilo “roca” (para serem vestidas) esculpidas em madeira por Mestre Oliveira. Outras imagens de
Nossa Senhora, sob vários títulos, e muitas imagens de santos esculpidas em madeira por artistas
mineiros. Com relação à pintura no período colonial, o que predominou foi a produção da temática
religiosa. Os artistas seguiam um “abecedário para o emprego das cores”, um código fixado pela
Igreja que indicava a branca e a preta para representar a severidade; a parda e a cinza, desprezo e
abjeção; a azul e a branca, pureza e castidade; a vermelha, amor e caridade; a verde, penitência e
esperança; e a roxa, luto.
Castiçais, sacrário, turíbulo, navetas, âmbulas, cálices, ostensórios em latão, devido à pobreza
da época, referenciando o ouro e a prata, lembrando o surgimento e a exploração do ouro em Minas
Gerais, acompanhada do aparecimento de ourives que confeccionavam jóias, objetos domésticos e
litúrgicos. A grande maioria ficava no anonimato devido à severidade das Leis do Reino que proibiam
a qualquer artesão de origem suspeita (cristão-novo, negros, mulatos) o exercício da profissão, visto
que o ouro e a prata, por serem considerados metais nobres, só podiam ser manipulados por mãos
de origem pura. Com o surgimento das irmandades e devoções, que intensificaram a construção de
capelas e oratórios, proliferaram-se os objetos de pequeno e médio porte. Oratórios, pálios e
paramentos do século XIX; uma coleção dos “Passos da Via Sacra” de autoria do artista mineiro
Francisco Gorgônio de Meneses, natural de Coqueiral, falecido em 1888; pia batismal entalhada na
pedra com uma inscrição de 1806 e os sinos de bronze. Tudo isso faz parte do seu histórico acervo.
Mas, o que se torna evidente, a partir desse conjunto de obras, é a qualidade da produção artística
do período colonial.
Talvez a pintura antiga que havia no teto da igreja, tenha sido do pintor Francisco Gorgônio
de Meneses, que fez pinturas na Velha Matriz de Campo Belo e na Matriz de Santana do Jacaré.
O Espaço Cultural
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Foi criado o Espaço Cultural “Dom Francisco Barroso Filho”, anexo da Matriz, para guardar o
acervo precioso de objetos litúrgicos, preservando o patrimônio histórico e mostrando os sinais
visíveis da fé. É também usado nas feiras e mostras culturais da cidade.
Por ocasião da inauguração foi apresentada a 1ª. Mostra Cultural da Reforma da Igreja
Matriz e de Furnas Centrais Elétricas. S/A. seguida da Mostra do Museu Sacro Itinerante da Diocese
de Oliveira, da Mostra sobre a Vida e Pastoreio do Monsenhor Celso Pinheiro e da Mostra
Comemorativa dos 50 anos do Movimento Familiar Cristão no Brasil, e de 30 anos em Cristais.
O Turismo
A Igreja Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais, escolhida para o cartão postal da
cidade é guardiã de um pequeno legado histórico e artístico do período colonial. Traz para o
município uma nova mentalidade. Essa inovação, valorizando a história e a cultura, pretende dar um
impulso ao turismo local.
Fez-se o traslado dos restos mortais do Monsenhor Celso Pinheiro para uma das sacristias da
Matriz, onde já estão sepultados: o Pe. Manoel Moreira Maia e o 1º. Vigário: Pe. Custódio Ferreira
dos Reis. O povo, principalmente os cristalenses ausentes, devoto do Monsenhor Celso visita o
túmulo, esporadicamente, para rezar e cumprir promessas. A Igreja é o ponto de partida para os
passeios a outros pontos turísticos que a cidade oferece, pois o município também faz parte do
Circuito Turístico do Lago das Gerais, com um grande potencial turístico, a ser explorado.
A Restauração
Nos dias 23 e 24 /05/ 2004 aconteceu a festa de entrega da obra de restauração da Igreja
Matriz N. S. da Ajuda. A solenidade teve um caráter simples, porém impregnada de muita emoção e
alegria. O povo ansioso por ver a cidade crescer sob um clima de harmonia, tomado por sentimentos
de orgulho e de satisfação por ter alcançado um nobre objetivo, festejou, unido, a restauração da
Velha Matriz. A cidade que, ao longo da travessia de 28 anos, se encontrava dividida, triste e
saudosista com sua Igreja Matriz fechada. Fechada para as celebrações sacramentais, para as festas
religiosas. Fechada para a fé e para a convivência fraterna de seu povo.
De um lado estavam os que sonhavam com uma igreja espaçosa, confortável ( fato que
dentro da realidade religiosa e de fé de um povo devoto se torna necessário) , e de outro lado, os
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que lutavam pela preservação de um bem cultural, memória histórica da comunidade. Foi assim que,
após muita luta, firmou-se um convênio entre Furnas Centrais Elétricas S/A, Bispado de Oliveira,
Município de Cristais e ALAGO (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) e se conseguiu verba
para a reforma e restauração da Igreja Matriz N. S. da Ajuda.
Na ocasião, inaugurou-se também com uma Mostra, abordando as atividades desenvolvidas
por Furnas Centrais Elétricas S/A e as diversas fases da Reforma e Restauração da Matriz, a sala de
cultura, denominada Espaço Cultural “Dom Francisco Barroso Filho”.
A cidade recebeu visitas notórias. Compartilharam, com a comunidade envolvida
emocionalmente, do momento forte, propício para revigorar a fé e continuar crescendo
espiritualmente, da entronização e coroação da imagem de Nossa Senhora da Ajuda.
A restauração dos altares: mor e laterais foi concluída mais tarde, precisamente em 2006,
com a contribuição de recursos do ICMS, repassados através da Lei Robin Hood para o município. O
trabalho foi realizado pela Firma Zanitti, de São João Del Rei.
A geração contemporânea tem a oportunidade de apreciar um símbolo altaneiro que se
encontra no coração da cidade, a antiga obra arquitetônica, agora reformada, restaurada e aberta
para as celebrações sacras, festas religiosas e visitação turística. Olhar para a antiga Igreja Matriz,
localizada na praça de estilo arquitetônico moderno, é fazer a leitura da manifestação da fé dos
antepassados da maioria dos que lá vivem. Passear por aquele jardim, adentrar naquela igreja e
vislumbrar o trabalho de homens que se imortalizaram ao imprimir no detalhe a sua arte para que
aquela obra se tornasse um bem cultural, faz invocar um sentimento de compromisso e
responsabilidade. Remete para uma concentração comunitária de esforços na continuidade de
conservar e preservar um patrimônio histórico- artístico-cultural.
Na torre sineira, os sinos de bronze cantam o troar musicais que convida o povo, em
harmonia, a elevar suas preces aos céus, agradecendo a graça da vitória que os irmana e os distingue
pela fé.
A reforma e a restauração da Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda, trabalho digno do mais
amplo louvor, reflete a vontade sem limite de um povo que teve olhos para ver a importância de
uma antiga estrutura arquitetônica, que guarda lembranças dos momentos mais fascinantes da sua
formação religiosa. Valeu o resultado pela convicção de estar contribuindo para a preservação da
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memória histórica, pelo amadurecimento sócio-cultural e também pela luta que uniu um povo
sofrido e ansioso por ver a cidade crescer sob um clima de solidariedade e harmonia.
A restauração da velha Igreja Matriz, fato que se tornou histórico, fez renascer a esperança
no destino da cidade. A comunidade encontrou confiança em si mesma, ao sentir a convergência da
vontade coletiva e a ter consciência do próprio valor para a garantia da paz e do progresso. A
solidariedade se tornou presente através das doações. Hoje se pensa no processo cultural como uma
tarefa para todos; não somente para empresas e governos. É com doações, contribuições pequenas,
mas feitas em massa, pelo povo, que se consegue manter e enriquecer um acervo artístico e
histórico, preservando a cultura.
A transladação dos restos mortais de Pe. Celso José Pinheiro
Após a reabertura da Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda, o pároco Pe. Geraldo Pedro Teixeira
levou ao Conselho Pastoral Paroquial a proposta de transladação dos restos mortais de Pe. Celso,
juntamente com a transferência do túmulo da Igreja do Rosário para a Igreja da Matriz. Em seguida,
consultou familiares do padre, membros da Comissão de Reforma da Matriz e também padres da
Diocese de Oliveira.
O objetivo da proposta era reunir, em um só espaço, os restos mortais de Pe. Celso aos
restos mortais do Pe. Manoel Moreira Maia e Pe.Custódio Ferreira dos Reis.
Pe. Geraldo comemorou festivamente com seus paroquianos os 125 anos de nascimento de
Pe. Celso. Após essas comemorações enviou ao bispo diocesano a seguinte carta:
Exmo. e Revmo. Sr.
DOM FRANCISCO BARROSO FILHO
DD. Administrador Diocesano
Senhor Bispo: saudações respeitosas.
Comemoramos aqui em Cristais, dia 21 de novembro, p.p., os 125 anos do nascimento do
saudoso Pe. Celso Pinheiro, pároco por mais de 50 anos desta paróquia. Também no dia 19 de
janeiro, haveremos de celebrar os 38 anos de seu falecimento.
Tendo reaberto a Matriz, depois de quase toda recuperada, desejaríamos associar a ela o seu
pároco por 5 décadas, Pe. Celso, bem como o primeiro pároco, Pe. Custódio, enterrado na mesma
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Igreja acima, mas sem um espaço próprio, com acesso aos visitadores e fiéis. Num só lugar, teríamos
um monumento para os dois. Vimos, pois, solicitar a licença para a transladação dos restos mortais
de Pe. Celso, bem como de seu túmulo, da Igreja do Rosário, onde se encontram até o presente
momento, para a Matriz, a fim de melhor vivenciar sua memória.
N.T.E.R.M
Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda
Cristais, aos 24 de novembro de 2004
ASS. Pe. Geraldo Pedro Teixeira – pároco
O bispo diocesano respondeu:
DESPACHO
Como pede, com as bênçãos e os aplausos do Bispo Administrador.
Oliveira, 05/12/2004
+Francisco Barroso Filho
Bispo Emérito de Oliveira e Administrador diocesano
Essa correspondência foi protocolada sob o nº 120/04 dia 5/12/2004 Rg a fls.60V, Livro nº 2,
nº 307 na secretaria da Diocese de Oliveira. A resposta, o Despacho do bispo só chegou às mãos do
Pe. Geraldo dia 10/01/ 2005. Foi passada para o Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio
Cultural, Mozart Victor de Carvalho, dia 20 de janeiro de 2005. O translado dos restos mortais
ocorreu com muito respeito, como uma cerimônia fúnebre, porém dentro de um clima de hostilidade
suscitado por pessoas contrárias àquele ato.
11. DESCRIÇÃO
A Igreja apresenta tipologia barroca, com manifestações ao longo do tempo de outros estilos, como
o neogótico, percebido através das molduras dos vãos na fachada principal, ogivais. Contudo, as
características básicas do barroco colonial permaneceram. Implantada num adro na praça
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Monsenhor Celso Pinheiro, encontra-se em um terreno onde foram feitos vários platôs, tornando o
terreno praticamente plano. Por causa disso, há na frente da Igreja um (arco de cerca de dez metros
até a escada ali existente. Essa escada, que tem quase dois metros de largura, serve para vencer a
diferença de alturas da rua até o platõ principal onde está a igreja. Existem mais duas entradas
realizadas pelas latereis, que se encontram também nesse mesmo platô, chegando ao mesmo nível
da rua de trás. A igreja é composta pela nave central, duas naves laterais, um coro e a sacristia. A
nave central tem pé direito de cerca de oito metros e na sua entrada principal, localiza-se o coro,
acessado através de uma escada de madeira que fica do lado direito da nave. Do outro lado, ainda na
entrada, há a sala batismal onde está hoje, a Pia Batismal de pedra que data do século XIX. As naves
laterais e a sacristia tem pé direito menor e são separadas da nave central por uma espessa parede
de taipa. O acesso à Sacristia, localizada atrás do altar, é realizado somente por duas grandes portas
laterais com vergas em arco pleno. Entretanto, só é acessada peias naves laterais. O altar de madeira
tem aberturas laterais que dão acesso a uma pequena escada que leva até o local de permanência
das crianças que participam das celebrações, servindo ainda como depósito dos objetos sacros da
igreja. O piso das naves laterais são em ladrilhos de cerâmica com desenhos. O piso da nave principal
é de assoalho de toras de madeira de 30cm de largura, assentado sobre estrutura de madeira.. Havia
um pequeno desnível no meio da nave central, justamente embaixo do portai com arco pleno que
servia de marcação para separar os homens das mulheres. Este desnível foi retirado na última
intervenção. As paredes são rebocadas, pintadas de branco. As molduras dos vãos e as esquadrias
são todas de madeira e recebem tinta na cor azul. As esquadrias quadriculadas são pintadas de
branco e as totalmente fechadas recebem tinta na cor azul.
A nave principal apresenta forro de tabuada pintado de branco, porém nas naves laterais, não existe
esse fechamento, deixando a estrutura do telhado aparente. Todo o telhado tem estrutura de
madeira, sendo a das naves laterais mais recente. A estrutura de madeira do telhado da nave central
é ainda original. Seu manto é também original, apesar da troca de algumas telhas que estavam
quebradas. O telhado das naves laterais foi totalmente reformado. Externamente, o beiral ajuda a
proteger parte das paredes. Os vãos laterais apresentam vergas com certa curvatura, mantendo as
características coloniais da época de sua construção. As paredes recebem tinta na cor branca,
enquanto os vãos e as esquadrias na cor azul. A fundação, que è demarcada por uma camada mais
espessa de massa, recebe tinta na tonalidade cinza escura, diferenciando-se do restante da
construção. A torre sineira também possui estrutura portante em madeira e sua alvenaria é de tijolo
de barro, pois se trata de uma intervenção mais recente. Seu reboco, tanto interno como externo, é
pintado de branco e suas esquadrias recebem a mesma cor do corpo principai da Igreja, em azul.
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12.PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
Tombada pelo Decreto Nº 11 de 03/04/2003 de acordo com a Lei Municipal Nº 942 de 02/04/2002
13.PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14.ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
15.ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
O imóvel se encontra bem conservado, requerendo alguns reparos no telhado e tratamento
periódico de manutenção da madeira danificada por insetos.
16.FATORES DE DEGRADAÇÃO
Falta de manutenção e intempéries do tempo
17.MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Manutenção periódica dos aspectos físicos, estruturais e compositivos das edificações.
18.INTERVENÇÕES
Houve várias intervenções ao longo de sua história. A primeira construção foi a capela formada pela
nave central. Após, foram construídos: o arco em ogiva unido ao corpo da igreja e as varandas
laterais. À arquitetura de estilo barroco foram acrescentadas composição e detalhes neogóticos. Em
outra intervenção o teto que era pintado foi retirado, juntamente com os púlpitos nas laterais. A
torre que, a princípio, era separada da edificação principal foi anexada à mesma, descaracterizando-a
totalmente. Nas décadas de 1970/80 passou por várias intervenções que procuraram resgatar seu
estilo primitivo. Em 2003 passou por uma restauração completa. Em 2013 as pinturas internas e
externas foram renovadas. Há um projeto aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural
para uma restauração do imóvel, em 2016, com reparos no telhado, colocação de calhas, pinturas
internas e externas e projeto elétrico.
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2003
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20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
. para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a
finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio
Histórico e Cultural
* Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel
22.NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores
que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais
móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que
integra o patrimônio cultural comunitário.
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e
impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social
consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
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O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância
artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja
Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de
interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da
sociedade.
24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de
Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do
Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
questionários.
25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
26.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
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Marcos Antônio Marques
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
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FICHA DE INVENTÁRIO DO PRÉDIO DA CACISA
1. MUNICÍPIO
Cristais - MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Prédio da Cacisa
4. ENDEREÇO
Rua: José Costa / 157
5. PROPRIEDADE
Prefeitura Municipal de Cristais
6. RESPONSÁVEL
Prefeitura Municipal de Cristais
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Dependências da Prefeitura Municipal de Cristais
8. ANÁLISE DE ENTORNO
O entorno do Prédio da Cacisa situado no Bairro Colina, próximo ao centro da cidade,
tem poucas edificações ao seu redor. Sua fachada frontal está para a Rua: José Costa e o
estacionamento do prédio na lateral direita para a Rua: José Misseno Maia, as demais
fachadas confrontando com lotes vagos. A predominância das edificações é: residências e
indústrias de facções. Na sua parte frontal há uma área arborizada da espécie Tabebuia
heptaphylla - Ipê roxo, que floresce anualmente, dando um particular encantamento ao
paisagismo.
As ruas do entorno são calçadas com paralelepípedos e parte sem calçamento.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais/ 2013
16/03/2016
16/03/201616/03/2016
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Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais março/2016
10. HISTÓRICO
CACISA – Calimério Alves Costa Comércio E Indústria S/A
Em 1951 os Srs. Otávio Alvarenga e Rui Alvarenga, pai e filho respectivamente,
transformavam em manteiga, parte do leite produzido no município. No ano seguinte, o Sr.
Calimério Alves Costa comprou a “mantegueira” do sr. Rui Alvarenga. Foi assim que, em
1952, a cidade via nascer a CAC & Cia (Calimério Alves Costa e Companhia) pequena
indústria, beneficiando 500 ls de leite, diariamente. O produto era comercializado pela
Indústria Ribeiro & Irmãos de Campo Belo.
Com melhorias na sua estrutura física e através de novas técnicas, a CAC & Cia
começou a beneficiar maiores quantidades de leite. Além de manteiga, passou a produzir
queijos: Prato e Parmezão. Iniciou assim a exportação para o Rio de Janeiro de manteiga e
queijo. A embalagem, artesanal e rústica, era feita em canudos de madeira. O transporte em
caminhão sem refrigeração. O caminhão que levava queijos e manteiga, trazia, na volta, sal e
querosene.
Ao longo do tempo, a sede da indústria foi sendo ampliada. Foram feitas várias
intervenções pelo Sr. Constantino Nikozantz, conhecido como “Russo”. Era construtor e
técnico em refrigeração. Orientava a construção de câmaras frias.
Como não havia abastecimento suficiente de água potável para manter a indústria, foi
feita uma captação direta da água nascente na Serra dos Cristais (garimpo). Implantaram
geradores de energia elétrica para suprir a deficiência da energia. Na época, não havia o
serviço da Cemig.
Em 1958 foi desenvolvida a suinocultura para melhor aproveitamento do resíduo do
leite: o soro. Com a suinocultura, a indústria passou a comprar dos produtores: milho e
mandioca. Esses produtos agrícolas eram misturados à ração dos suínos. Nessa mesma época,
foi adquirido maquinário para beneficiar arroz. O arroz era vendido para o comércio da região
e o farelo do arroz aproveitado na ração dos suínos. A carne suína também era
comercializada.
Com a expansão da indústria e do comércio, foram criadas filiais da CAC & Cia nas
cidades: Campo Belo, Candeias, Camacho, Ilicínea, Guapé, Piunhy e Rio de Janeiro.
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Além da produção da manteiga e de vários tipos de queijos, a indústria passou a
produzir doces. Os produtos já eram fabricados por pessoal capacitado, técnicos em laticínios
que estudavam e treinavam na escola Técnica de Laticínios de Juiz de Fora. Alguns técnicos
vinham de cidades vizinhas. Mudaram-se para Cristais e constituíram famílias.
A estrutura organizacional da CAC & Cia. Era formada pela família: Presidente,
Calimério Alves Costa (pai); Diretor administrativo, Silvio Alves Costa ( filho); Diretor
financeiro, Oswaldo Alves Costa ( filho); Setor de contabilidade, Antônio Costa ( filho).
Em 1960, houve a mudança da razão social da sociedade CAC & Cia. Para CACISA
(Calimério Alves Costa Comércio e Indústria Sociedade Anônima). Entraram, como
acionistas, vários latifundiários impulsionando e fomentando o comércio e a indústria.
Foi ampliado o local de instalação da indústria, através da aquisição de mais terrenos,
perfazendo uma área com 45 ha. A praça de estacionamento para os caminhões
transportadores foi ampliada e inovada a plataforma de descarga do leite. Construíram a mais:
caldeiras para higienização e pasteurização do leite, câmaras frias; salas especiais para:
fabricação e prensa de queijos, fabricação de manteigas, de doces; salas de laboratório para
análises com equipamentos tecnológicos, sala para escritório e galpões com maquinários para
beneficiar arroz e processar milho e mandioca.
1964 em virtude do crescimento e expansão da CACISA, a matriz foi transferida para
Campo Belo. Cristais não dispunha de uma infra-estrutura básica, para dar suporte à indústria
que produzia em larga escala. Cristais passou então, a ser o Posto I da CACISA. A Indústria
adquiriu muitas fazendas e gado leiteiro. Em 1980 abriu um Posto de Comércio em
Guarulhos-SP. Expandiu seu comércio também, para o nordeste do país.
A CACISA trouxe benefícios e progressos para Cristais. Os pequenos produtores,
antes da indústria, faziam o aproveitamento do leite fabricando queijos e manteiga, de
maneira artesanal, nas oficinas familiares para consumo próprio. A usina (CAC & Cia)
modificou essa exploração artesanal. Incentivou a agropecuária no município e região. As
vias de transportes rodoviários foram melhoradas. Fomentou o comércio regional e
interestadual. A indústria vendia seus produtos e comprava ração, medicamentos veterinários
e insumos agrícolas que eram repassados aos produtores agropecuários. Gerou um
considerável número de empregos diretos e indiretos.
Em 1985, através do Poder Judiciário, foi decretada a falência da CACISA. Parte dos
bens foi leiloada.
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Na gestão 97/2000, a Prefeitura Municipal de Cristais adquiriu o terreno onde situava
a indústria. O prefeito Wenceslau Ribeiro de Castro recuperou e restaurou o prédio da
CACISA, conservando a estrutura arquitetônica e paisagística da obra. O imóvel sofreu sua
primeira intervenção, porém conservou sua originalidade, cujos traços e significação
tornaram-no um bem histórico e significativo.
No local passou a funcionar: quatro facções ( indústria fabril) e no prédio que recebeu
o nome de “Prédio Ananias de Oliveira”: Biblioteca Pública Municipal, Diretoria Municipal
de Educação e Cultura , Juizado de Pequenas Causas e Conciliação, uma pequena área de
lazer, jardinada e com bancos.
Conserva-se uma área arborizada na frente do prédio e uma mina de água corrente
potável, que enriquecem a paisagem.
11.DESCRIÇÃO
Implantado no alinhamento do terreno, o prédio é contemplado com uma pequena área
arborizada com vários bancos para o convívio social, sendo o espaço utilizado também como
estacionamento para os funcionários municipais.
Antiga sede da extinta empresa de laticínios CACISA na cidade de Cristais, a edificação
em 02 pavimentos, possui cobertura em laje inclinada do tipo “borboleta”, sendo que na parte
frontal do segundo pavimento dá-se o recuo do pano de alvenaria conformando uma varanda
que tem suas extremidades fechadas por alvenaria até o encontro do beiral em laje, numa clara
referência às construções de influência modernista dos idos anos 60, inclusive pela presença
do pilar em forma de “V” que funciona como apoio do avanço da varanda do pavimento
superior sobre o alinhamento do terreno. O pavimento térreo, de partido retangular, abriga de
um lado os escritórios da Diretoria Municipal de Educação e de outro a Biblioteca Municipal,
ficando no pavimento superior, que ocupa aproximadamente 1/3 da área do pavimento térreo,
o Juizado de Conciliação do Município e a Diretoria Municipal de Cultura.
A edificação já tem visível na tipologia das aberturas dos dois pavimentos, alterações
relacionadas principalmente à proporção e quantidade destas, particularmente as do
pavimento térreo, o que contribui para a descaracterização.
12.PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
O imóvel é tombado pelo Decreto Nº 12 de março de 2005, inscrito no Livro de Tombo sob
o Nº 04, sujeito à proteção especial de acordo com a Lei Municipal Nº 942 de 02/04/2002.
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13.PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14.ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
O imóvel apresenta pequenas rachaduras, reboco solto e telhas quebradas.
16.FATORES DE DEGRADAÇÃO
Ação do tempo, intempéries e vandalismo.
17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
É necessário a manutenção do prédio recompondo as áreas de reboco, tanto na parte externa
quanto na parte interna, recomposição das trincas, pintura geral e reparos em pisos cimentados.
18.INTERVENÇÕES
O imóvel passou por uma radical intervenção quando foi restaurado na gestão 1997/2000.
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2003
20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a
finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e
Cultural
* Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel
22.NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel,
ressaltando que, como seu entorno ainda tem poucas construções, deve-se buscar a
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permanência da harmonia da edificação com o entorno existente e com as futuras
construções.
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São
valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes
materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no
desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações
concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a
função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de
relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como
qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades
individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e
garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade.
24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de
Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do
Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
Questionários.
25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
26.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
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Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
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CONJUNTO ARQUITETÔNICO E URBANÍSTICO PAÇO MUNICIPAL
PRAÇA CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA
PRÉDIO DO CLUBE JUBILEU DE PRATA
PRÉDIO DA PREFEITURA MUNICIPAL
PRÉDIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES
FICHA DE INVENTÁRIO PRAÇA CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
1. MUNICIPIO
Cristais –MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
4. ENDEREÇO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
5. PROPRIEDADE
Prefeitura Municipal de Cristais
6. RESPONSÁVEL
Prefeitura Municipal de Cristais
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Própria
8. ANÁLISE DE ENTORNO
O entorno da praça é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua
totalidade por construções horizontais prevalecendo às residências unifamiliares e pequenos
comércios de atendimento local. As ruas que circundam a praça são largas bem arborizadas e
revestidas com pavimentação asfáltica. Os pedestres circulam pelas espaçosas calçadas
revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A forração dos canteiros
é feita por grama da espécie amendoim de vegetação exuberante.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2013
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
Foto: Marcos Antônio Marques- Cristais março / 2016
10. HISTÓRICO
16/03/2016 16/03/2016
16/03/2016
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PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Na busca de informações históricas, políticas e culturais a respeito da praça,
consultamos arquivos, escutamos políticos e cidadãos, mas muito pouco se sabe a respeito da
praça.
Sabe-se que o 1º nome dado ao logradouro foi Praça do Rosário devido à existência da
primeira igreja ali construída em homenagem à Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que foi
demolida em 1946. Em 1947, outra igreja foi construída próxima ao mesmo local da primeira,
também com a denominação de Igreja Nossa Senhora do Rosário, porém para servir aos
cultos dos homens brancos.
Posteriormente, a praça passou a ser denominada Praça 1º de Janeiro reverenciando a
data da emancipação do município.
O município se emancipou em 1º de janeiro de 1949, e, após a emancipação, logo no
final da década de 50, a administração municipal querendo homenagear os cidadãos
cristalenses, passa a denominar os logradouros com os nomes de seus filhos. Assim a praça
em questão foi denominada: Praça Joaquim Luiz da Costa Maia. Em janeiro
de 1971 o então Prefeito Municipal Sr. Hélio Ferreira inaugura o prédio sede da Prefeitura
Municipal construindo-se na mesma época as calçadas e canteiros da praça dando como
caracterizado o inicio da construção da mesma.
Em 1974, mais precisamente no dia 04 de junho, inaugura-se o prédio da Câmara
Municipal que servia também como local para realização de festas e eventos. Logo então
recebeu o nome de Salão Palácio do Jubileu de Prata em comemoração aos 25 anos de
emancipação político-administrativa do Município de Cristais.
Dando continuidade à administração do Prefeito Municipal Sr. Aristeu Maia, o
mesmo ainda construiu um prédio ao lado do edifício da Prefeitura Municipal, para instalar os
equipamentos da Empresa Telefônica TELEMIG. Mas logo em seguida tal edificação foi
transformada em Câmara Municipal. É necessário fazer a cronologia das construções
inseridas na praça, pois ao longo dos anos e a cada construção que ali era implantada sempre
havia um melhoramento na construção da praça em questão.
A praça com as três construções edificadas constitui um harmonioso conjunto
paisagístico e arquitetônico. Pela beleza da paisagem, pela harmonia de formas e também pelo
objetivo do projeto de construção das edificações, que veio sanar o problema de centralizar
em local próprio os serviços burocráticos da prefeitura municipal, tornando isso um fato
histórico para o município, em 2004 esse local foi tombado pelo Decreto nº 06 de 11 de
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
março, Processo nº 002. Recebeu a denominação de “Conjunto Paisagístico e Arquitetônico
Paço Municipal Joaquim Luiz da Costa Maia”.
11. DESCRIÇÃO
A praça de conformação marcante linear, estende-se longitudinalmente através da
principal avenida da cidade, que por sua vez se prolonga até a entrada da cidade, tornando - se
assim um local próprio no que tange aos acessos, com caminhos internos traçados de modo
claro e simples, com canteiros grandes, forrados por grama esmeralda e árvores frondosas ao
longo do seu perímetro nos limites das calçadas que são revestidas de ladrilhos hidráulicos, os
bancos em concreto se abrigam sobre as copas frondosas. Devido a pouca diversidade de
espécies vegetais, a praça consegue manter –se sempre bem cuidada e agradável de se estar.
Não faz alusão a algum estilo propriamente dito.
As edificações construídas em alvenaria, assentadas na praça, formam um conjunto
arquitetônico harmonioso tendo a mesma volumetria.
O palanque cívico, na praça, em frente ao Prédio da Prefeitura, foi construído com uma
laje de nível com 60 cm acima do piso, revestida por porcelanato. Os mastros para
hasteamentos das bandeira são de tubo de aço.
O monumento ao Cinqüentenário valeu-se da construção de uma plataforma em laje de
concreto, de conformação circular elevada do nível do chão por pilares-placa, construído em
alvenaria, revestido de granito com os cristais confeccionadso em aço, implantado na praça
alusivo á riqueza mineral explorada no passado, o cristal de quartzo, foi erguido em
comemoração ao Cinqüentenário da Cidade, em 1998. Traz, em placas denominativas, os
nomes dos prefeitos e as datas de suas respectivas gestões.
12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de
Tombo sob o Nº 002
13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Os jardins, bancos, iluminação, elementos integrados, calçadas e revestimentos estão em
razoáveis condições de uso e conservação. Há alguns bancos quebrados, ação de vândalos.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
16. FATORES DE DEGRADAÇÃO
Desgaste pela ação do tempo, vandalismo etc.
17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Manutenção periódica.
18. INTERVENÇÕES
Construção de monumento alusivo e comemorativo ao jubileu de aniversário da cidade de
Cristais, onde tem como detalhes a mostra da origem do nome que são os Cristais cravados
no meio da Praça.
No ano de 2014 foi feita obra de manutenção no palanque cívico, onde foram
revestidos os pisos, as paredes laterais e renovada a pintura.
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004
20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombados, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com
a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e
Cultural
* Ações para inibir o vandalismo, manutenção periódica da jardinagem e mobiliário;
22. NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São
valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes
materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no
desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações
concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a
função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de
relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como
qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades
individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e
garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade.
24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais,
Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio
à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
questionários.
24.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
25.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
FICHA DE INVENTÁRIO PALÁCIO JUBILEU DE PRATA
1. MUNICIPIO
Cristais -MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Palácio Jubileu de Prata
4. ENDEREÇO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
5. PROPRIEDADE
Prefeitura Municipal de Cristais
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
6. RESPONSÁVEL
Prefeitura Municipal de Cristais
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Própria
8. ANÁLISE DE ENTORNO
O prédio está situado na Praça Joaquim Luiz da Costa Maia com sua fachada frontal
voltada para a principal avenida da praça, sua fachada lateral direita voltada para a rua
perpendicular à avenida principal e a fachada lateral esquerda voltada para o Prédio da
Prefeitura e com canteiros ao redor da edificação
O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua
totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências
unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o
conjunto paisagístico e arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação asfáltica.
As calçadas em torno da praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de
pedras graníticas. A localização dos prédios públicos: prefeitura, câmara e salão nobre
proporcionam uma perfeita integração de poderes e oferece à população maior conforto na
resolução de seus problemas cotidianos, pois a maioria dos órgãos está centralizada em um
pequeno espaço em relação ao espaço da cidade
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/ 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Clube Jubileu de Prata
Foto: Marcos Antônio Marques - Cristais março/2016
Clube Jubileu de Prata
Foto: Marcos Antônio Marques - Cristais março/2016
16/03/2016
16/03/2016
16/03/2016
16/03/2016 16/03/2016
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
10. HISTÓRICO
Inicialmente o prédio do salão foi construído pelo Sr. Prefeito Municipal Aristeu Maia
no período 1973 a 1977, com a finalidade de abrigar a Câmara Municipal e também
servir como Clube Social.
Com a construção de um novo espaço físico para abrigar os aparelhos da TELEMIG
que ocupava um prédio construído na praça, o mesmo se viu desocupado . Daí a Câmara
Municipal mudou-se para este prédio, ao lado da Prefeitura Municipal, e o salão da antiga
câmara passou por uma reforma na administração do Sr. Prefeito Dr. Mauro Gamboge
Reis passando a se chamar Palácio Jubileu de Prata.
O Palácio Jubileu de Prata funciona como um clube social, servindo à sociedade nos
eventos culturais, cerimônias de casamentos, aniversários, reuniões, convenções. Por isso
é também denominado Clube Jubileu de Prata.
11. DESCRIÇÃO
Edificação influenciada por modelo arquitetônico de estilo moderno, volume retilíneo,
pano das fachadas laterais chanfrado, com platibanda horizontal. Seu revestimento como
o prédio da prefeitura se destaca por acabamentos externos aplicados, como o uso de
tijolo aparente na sua fachada, as esquadrias em metalom, cor preta nos detalhes, vidro
incolor, guarda corpo também pintado na cor preta e pintura em tons azul e grafite nas
alvenarias.
É composta por um salão nobre com palco, banheiros feminino e masculino e copa. O
revestimento do piso em granito, as paredes rebocadas e pintadas com os banheiros
revestidos em cerâmica. Ao lado do salão, no nível do palco, há duas salas com acesso
externo para a praça. O salão é usado para eventos sociais e as salas utilizadas como
departamento da prefeitura.
12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de
Tombo sob o Nº 002
13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
O prédio passou por reparos e recebeu pintura interna e externa em 2014
16. FATORES DE DEGRADAÇÃO
Desgaste pela ação do tempo, falta de manutenção.
17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Manutenção
18. INTERVENÇÕES
Reformas no período 1993 a 1996 e em 2014 recebeu reparos e pintura interna e externa.
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004
20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a
finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e
Cultural
* Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel.
22.NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São
valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes
materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no
desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações
concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a
função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de
relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como
qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades
individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e
garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade
23.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de
Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do
Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
questionários.
24.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
25.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
FICHA DE INVENTÁRIO PRÉDIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS
1. MUNICIPIO
Cristais – MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Prédio “ Hélio Ferreira”
4. ENDEREÇO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
5. PROPRIEDADE
Prefeitura Municipal de Cristais
6. RESPONSÁVEL
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Prefeitura Municipal de Cristais
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Própria
8. ANÁLISE DE ENTORNO
O prédio está situado na Praça Joaquim Luiz da Costa Maia com sua fachada frontal
voltada para a principal avenida da praça, sua fachada lateral direita voltada para o
Prédio da Câmara e a fachada lateral esquerda voltada para o Prédio Jubileu de Prata,
com canteiros ao redor da edificação.
O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua
totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências
unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o
conjunto paisagístico e arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação
asfáltica. As calçadas em torno da praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e
meio fio de pedras graníticas. A localização dos prédios públicos: prefeitura, câmara e
salão nobre proporcionam uma perfeita integração de poderes e oferece à população
maior conforto na resolução de seus problemas cotidianos, pois a maioria dos órgãos
está centralizada em um pequeno espaço em relação ao espaço da cidade.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/ 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Prédio da Prefeitura “Hélio Ferreira”
Foto: Marcos Antônio Marques- Cristais março de 2016
10. HISTÓRICO
16/03/2016
16/03/2016 16/03/2016
16/03/2016
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
O prédio da Prefeitura Municipal de Cristais foi construído na Administração do
Prefeito Municipal Sr. Hélio Ferreira, 1969/72.
Desde a emancipação do município, em dezembro de 1948, mais precisamente, desde
que o 1º prefeito Sr. Francisco de Assis Carvalho tomou posse do cargo em março de
1949, que os serviços burocráticos da prefeitura eram realizados, em locais cujos
proprietários tinham afinidades políticas com o prefeito e/ou com o partido político
atuante naquela administração. Assim a instalação da primeira sede da Prefeitura e
Câmara Municipal foi no prédio de propriedade do Sr. José Ferreira Filho, no Largo da
Matriz, permanecendo ali por duas gestões: de 1949/52, prefeito Sr. Francisco de Assis
Carvalho e 1953/65, 1ª gestão do prefeito Sr. Ulisses de Paula Reis. Na gestão de 1957/60,
prefeito Sr. José Ferreira Filho, a sede da prefeitura foi transferida para o prédio de
propriedade do Sr. José Pinheiro de Souza, atualmente, residência da família de Dr.
Marcos Shozi Miamoto. Na gestão seguinte: 1961/64, prefeito municipal, Sr. Calimério
Alves Costa, as sedes da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores foram
instaladas primeiramente no prédio de propriedade da família Salume e, depois, no prédio
do Sr. Francisco Ferreira de Ázara, atualmente, residência do Sr. Vicente Nunes de Souza.
De 1965/68, 2ª gestão do Sr. Ulisses de Paula Reis, o local de funcionamento dos dois
poderes: legislativo e executivo foi transferido para a propriedade do Sr. Raul do Couto
Rosa.
A inauguração do prédio em janeiro de 1971 aconteceu em meio a muitos festejos e
comemorações, pois tal construção foi um marco de orgulho para os cidadãos cristalenses
que viram na obra um sinal de conquista para o crescimento urbano e desenvolvimento do
município. Com o local definitivo e as novas e confortáveis instalações da Prefeitura
Municipal os prefeitos puderam melhor se organizar, otimizar o serviço público e
administrar com maior integração dos funcionários, buscando sempre o espírito de equipe.
Em 2014, o prédio recebeu a denominação de Prédio “ Hélio Ferreira” em
homenagem ao ex- prefeito municipal que o construiu na gestão 1969/72.
11. DESCRIÇÃO
A edificação é influenciada por modelo arquitetônico de estilo moderno, onde a
composição de volume retilíneo e curvilíneo conjugados com platibanda horizontal,
ocorrência de brises de alvenaria, nos permite a identificação de elementos de um
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
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CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
modernismo menos purista ou seja, adotado pelos setores públicos de nossas cidades do
interior que se propuseram a construírem suas sedes administrativas nos meados dos anos
60 e 70.
Podemos destacar a unidade dos materiais de revestimento e acabamento externo
aplicados, como o uso do revestimento em placas de tijolo aparentes no volume
curvilíneo, as esquadrias em metalom, cor preta nos detalhes, vidro incolor e pintura em
tons azul e grafite nas alvenarias.
Internamente, a distribuição espacial tem na circulação longitudinal o seu principal
eixo ordenador acessado na sua parte central no extremo da fachada esquerda da
edificação. Toda a parte administrativa, num total de onze salas, mais uma sala separada
por balcão para atendimento ao público, copa e banheiros para funcionários, ficam
posicionados em um único bloco, voltados para a Rua: Antenor Pio de Morais, em
desnível com relação à referida rua. As esquadrias destes cômodos ficam situadas na parte
superior do pano de alvenaria e são delimitadas por pequenos brises verticais em alvenaria
revestida, ao passo que na circulação longitudinal grandes panos de vidro permitem a
visualização do espaço externo voltado para à avenida Joaquim de Paula Reis, numa
perfeita integração entre espaço externo e interno, público e privado.
12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de
Tombo sob o Nº 002
13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Os pequenos problemas nos rebocos, pintura, reparos nas esquadrias, foram sanados na
reforma de 2014
16. FATORES DE DEGRADAÇÃO
Desgaste natural pelo uso, intempéries
17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Manutenção constante.
18. INTERVENÇÕES
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Ao longo dos anos foram feitas reformas, pinturas, etc. , sendo a última em 2014.
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004
20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a
finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e
Cultural
* Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel
22.NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São
valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes
materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no
desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações
concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a
função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de
relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como
qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades
individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e
garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de
Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do
Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
Questionários.
25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
26.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG
PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001
CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
FICHA DE INVENTÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CRISTAIS
1. MUNICIPIO
Cristais- MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Câmara Municipal de Cristais
4. ENDEREÇO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia
5. PROPRIEDADE
Prefeitura Municipal de Cristais
6. RESPONSÁVEL
Prefeitura Municipal de Cristais
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Própria
8. ANÁLISE DE ENTORNO
O prédio da Câmara Municipal de Cristais está inserido na Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia tendo como vizinhos a esquerda o prédio da Prefeitura Municipal e a direita o
Monumento ao Jubileu de Ouro da cidade de Cristais
O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua
totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências unifamiliares
e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o conjunto paisagístico e
arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação asfáltica. As calçadas em torno da
praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A localização
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dos prédios públicos: prefeitura, câmara e salão nobre proporcionam uma perfeita integração
de poderes e oferece à população maior conforto na resolução de seus problemas cotidianos,
pois a maioria dos órgãos está centralizada em um pequeno espaço em relação ao espaço da
cidade.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2013
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Prédio da Câmara Municipal “Antônio Luiz Filho”
Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2016
10. HISTÓRICO
Em tempos idos existia uma grande área onde foi construída uma pequena capela em
honra a Nossa Senhora do Rosário. O local ficou conhecido por Largo do Rosário. Em
1943 a Capela foi demolida pelo seu mal estado de conservação e, em local próximo, em
1947 foi construída outra Igreja dedicada a Nossa senhora do Rosário.
Esta mesma área era o local privilegiado para se montar os circos e parques de
diversões, que passavam pelo Arraial de Cristais.
Houve a emancipação do município em 1948. Os serviços administrativos do
município funcionavam em prédios particulares. Na 1ª administração do Sr. Hélio
Ferreira, iniciou-se a construção dos prédios que compõe o Conjunto Arquitetônico e
Urbanístico do Paço Municipal, bem como da construção da linda Praça Joaquim Luiz da
Costa Maia que compõe e enfeita o conjunto urbanístico.
Inicialmente, em linhas modernas, foi construído o prédio que hoje abriga o gabinete
da Prefeita e várias salas de secretárias para serviços da administração direta.
Foi iniciada a construção do prédio da Câmara dos Vereadores que somente foi
concluído na administração Aristeu Maia, que seguiu com o mesmo estilo arquitetônico,
em linha moderna, a construção anterior. Como a construção era de dimensões razoáveis,
a Câmara de Vereadores cedeu, em regime de comodato o prédio para a instalação do “
Cristalense Clube”, um clube de lazer com um quadro de sócios bastantes razoável.
Quando da inauguração do Prédio, Cristais estava completando 25 anos de emancipação
político administrativa, razão pela qual o prédio ganhou o nome de “ Jubileu de Prata”.
Mais tarde, com a desativação da sociedade, ele ficou inativo por vários anos e se
deteriorou bastante. Na 1ª administração do Prefeito Mauro Reis Gamboge, foi
remodelado, guardando as linhas originais, e hoje serve para eventos sociais, culturais,
reuniões diversas e festas de vários tipos.
16/03/2016
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Quando da instalação dos primeiros telefones urbanos em Cristais, a operadora em
convênio com prefeitura construiu o 3° prédio do Paço para colocar seus equipamentos,
que não destacando do estilo modernista dos outros dois, é constituído de um bloco único,
retangular.
Desativado, anos depois, o prédio foi reorganizado para abrigar a Câmara Municipal,
que funcionava em uma sala da Prefeitura ficando mais bem instalada. Assim funcionou
por vários anos até que, na presidência do vereador Edilberto Reis Maia, foi totalmente
remodelada interiormente, ganhando um visual mais bonito e hoje abriga todos os
serviços da Câmara de Vereadores de nossa cidade.
A Praça que anteriormente era apenas um grande espaço aberto vem ganhando aos
poucos um aspecto bonito, agradável, acolhedor, com bela arborização, com um gramado
bem cuidado, alamedas sombreadas.
Na administração do Prefeito Wenceslau Ribeiro de Castro, onde havia uma pequena
rampa foi colocado um monumento homenageando os prefeitos anteriores que consta de
alguns blocos de Cristal estilizados, em aço inox, imitando os “ lápis” que encontramos
em abundância na Serra dos Cristais.
Encontramos, ainda, na praça vários bancos homenageando os ex prefeitos e, bem na
ponta da praça, um marco rotário que consta de um pedestal e uma roda dentada, símbolo
do Rotary Club. Recentemente, esta placa foi removida, dando lugar a orelhões - Orelhão,
oficialmente Terminal de Uso Público (TUP) é o nome dado ao protetor para telefones
públicos.
Em 2016 o Prédio da Câmara Municipal recebeu a denominação de “Antônio Luiz
Filho”.
11. DESCRIÇÃO
É uma edificação influenciada pelo estilo moderno, volume retilíneo, estruturado com
pilares formando uma modulação, juntamente com a cobertura criando uma envoltória
para edificação, conjugado com platibanda horizontais e em uma das extremidades
abriga–se um volume curvo liberando os pilares finais das extremidades, revestimento no
volume curvilíneo em placas de tijolo aparentes e reboco rústico no restante do prédio, as
esquadrias em metalom e vidro incolor .
Internamente a divisão espacial se dá em dois setores, isto é, a partir do acesso único
voltado para a praça tem-se o Hall dotado de dois sanitários e a sua esquerda o salão de
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reuniões do erário e espaço com cadeiras para a população, separados apenas por gradil
baixo em balaustrada de madeira e, a sua direita, a secretaria com mais duas salas de apoio
e copa, destacando-se o uso de piso cerâmico em todo o edifício e alvenarias internas com
pintura em PVA.
O prédio passou por uma reforma ampliando seu espaço físico para melhor abrigar os
legisladores locais, adequando-o às necessidades da câmara de vereadores.
12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de
Tombo sob o Nº 002
13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
Nenhuma outra
14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Bom
15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Encontra-se em bom estado de conservação, havendo manutenção periódica.
16. FATORES DE DEGRADAÇÃO
Desgaste das intempéries e vandalismo.
17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Uso constante, manutenção periódica.
18. INTERVENÇÕES
Passou por várias reformas: em 2009 e em 2014
19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004
20. 20. DATA DA ATUALIZÃO: 2016
21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA:
*Ações de Educação Patrimonial:
para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua
necessidade de preservação;
. para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural
tombados, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com
a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
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*Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural;
*Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de
junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e
Cultural
* Ações para inibir o vandalismo: placas informativas;
* Manutenção periódica da jardinagem e mobiliário;
22.NÍVEL DE PROTEÇÃO
Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel
23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São
valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes
materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no
desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações
concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a
função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de
relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como
qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades
individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e
garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade
24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG
ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de
Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000.
LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do
Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p.
PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
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Questionários.
25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo.
26.FICHA TÉCNICA
Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Atualização de dados: Data: março/ 2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Revisão das informações registradas Data: março/2016
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Marcos Antônio Marques
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Marcio Vinicius Reis
Maria Salomé Reis Alves de Lima
Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC
Formação: Bibliotecária – Historiadora
Marcos Antônio Marques
Função: SEMPAC Formação: informática – professor
Alexa Bastos Gambogi Meireles
Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D
Márcio Vinicius Reis -
Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
FICHA DE INVENTÁRIO IGREJA N. S. DO ROSÁRIO
1. MUNICIPIO
Cristais- MG
2. DISTRITO
Sede
3. DESIGNAÇÃO
Igreja Nossa Senhora do Rosário
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4. ENDEREÇO
Praça Joaquim Luiz da Costa Maia s/n
5. PROPRIEDADE
Mitra Diocesana de Oliveira
6. RESPONSÁVEL
Pe. Aparecido Paulo da Silva
7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO
Eclesiástica
8. ANÁLISE DE ENTORNO
A área é bem arborizada e iluminada pelo fato
de se encontrar no final da Praça Joaquim Luíz da Costa Maía, o que proporciona conforto
visual. As edificações do entorno formam um conjunto uniforme tanto na volumetria, como
na implantação e na ocupação. A Igreja tem à sua frente a Praça Joaquim Luíz da Costa Maia
que faz parte do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico Paço Municipal e, a sua lateral direita,
a Avenida José Luiz da Costa Maia, via de entrada da cidade. A pavimentação da Avenida é
de paralelepípedo, com canteiros centrais ornados com palmeiras. Corno se localiza na
Avenida de entrada, é o primeiro monumento religioso de destaque arquitetônico que os
visitantes vêem. Contudo essa atenção é dividida, logo depois, com o Conjunto Arquitetônico
e Paisagístico do Paço Municipal que loca!iza-se do outro lado da praça. Esses dois imóveis
se destacam do restante da região, mas o complementam formando um conjunto. A amplidão
das vias favorece a perspectiva de todo o conjunto e proporciona uma ótima vista das
fachadas do imóvel em análise. Os passeios têm dimensão de 1,5m e estão bem conservados,
apesar de se encontrar pequenas trincas ao longo da rua.
9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais / 2012
Fotos: Marcos Antônio Marques- Cristais – março/2016
10. HISTÓRICO
No livro intitulado Visitas Pastorais 1821-1825, do Bispo de Mariana, Frei José da
Santíssima Trindade, há o registro de um documento que faz menção à capela Nossa Senhora
do Rosário, em Cristais. “... tem neste arraial a primeira capela ou ermida no alto de um
monte em telha vã e sem pavimento, a qual foi cedida para a Irmandade do Rosário e não tem
ornamento algum...”
16/03/2016
16/03/2016 16/03/2016
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O relatório datado de 1853 do presidente da província descreve o estado em que se
encontrava a capela: “ a de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Ajuda não têm
patrimônio. Todas estão arruinadas e precisam de ornamentos.”
Essa capela, denominada de Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
(assim chamada porque, na época havia a separação: igreja dos brancos e igreja dos pretos)
era feita de adobe, sem forro e com apenas um altar. Conservam-se ainda as coroas dos reis da
Irmandade e uma mesa em madeira de lei, maciça e sem pregos. O sino se encontra na capela
dos Fernandes (zona rural). Situada no “alto de um monte”, localização hoje, do Paço
Municipal, foi demolida pelo vigário da paróquia Pe. Celso Pinheiro, em 1943. O mesmo
vigário em 1947, com ajuda da comunidade iniciou a construção de outra capela, quase no
mesmo local: um pouco mais descentralizada considerando o alinhamento da rua como
entorno da capela. Nesta época o distrito de Cristais se encontrava em vias de emancipação
político administrativa do município de Campo Belo. Por este motivo, os líderes políticos
estavam preocupados em atender os requisitos legais exigidos para emancipação de distritos.
Em 1943 já havia um dossiê pró-emancipação que não atendeu os requisitos mínimos
exigidos. Pe. Celso Pinheiro, como um líder político, resolveu, com o apoio da comunidade,
demolir a capela já em ruínas, que se localizava no centro do Largo do Rosário, optando por
uma construção nova e mais espaçosa, para complementar um novo dossiê que estava sendo
elaborado. O distrito se emancipou em 27 de dezembro de 1948.
A nova capela construída pelo Pe. Celso Pinheiro denominada Igreja Nossa Senhora
do Rosário passou a ser frequentada pelos brancos. Com o passar dos tempos, sofreu várias
intervenções, descaracterizando-a.
Em 1976, quando a Igreja Matriz N. S. da Ajuda foi desativada, parte de seu acervo
sacro foi transferido para a Igreja do Rosário, que passou a atender todas as celebrações e
rituais litúrgicos. Em 1883 o vigário paroquial, Pe Francisco Monsef, reformou a igreja,
ampliando-a na lateral direita com a construção do salão paroquial, onde funcionam as
reuniões de pastorais. Em 1999 Pe. Geraldo Pedro Teixeira fez outra intervenção trocando
piso, telhado e ampliando salas na parte posterior do altar central e lateral esquerda. Em 2003
a Igreja Matriz N. S. da Ajuda foi restaurada. O acervo sacro retornou ao seu local de origem.
Hoje a Igreja N. S. do Rosário funciona atendendo grande parte dos fiéis católicos.
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Legislação

  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 ATUALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO INVENTÁRIO CATÁLOGO DOS BENS CULTURAIS DIVULGADOS AU 01 – ÁREA URBANA 01 - ZU 1. Patrimônio Inventariado pelo município com Atualização e Divulgação periódica 1.2. Bens Imóveis - Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas autorizadas para Divulgação ( 02 períodos: fevereiro/abril e agosto/outubro) Ano Base de 2016 Exercício 2018 Denominação Endereço Ano do inventário Atualizaçã o Ano base Divulgaçã o Ano Base Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais Praça: Monsenhor Celso Pinheiro 2003 2016 2016 Prédio da Cacisa Rua José Costa, nº 157 2005 2016 2016 CP -PAÇO MUNICIPAL- Praça Joaquim Luiz da Costa Maia Praça Joaquim Luiz da Costa Maia, S/N º 2004 2016 2016 CP -PAÇO MUNICIPAL Salão do Palácio do Jubileu de Prata Praça Joaquim Luiz da Costa Maia, Nº 001 2004 2016 2016 CP -PAÇO MUNICIPAL Câmara Municipal de Cristais Praça Joaquim Luiz da Costa Maia, Nº 001 2004 2016 2016 CP -PAÇO MUNICIPAL Prefeitura Municipal de Cristais Praça Joaquim Luiz da Costa Maia, Nº 001 2004 2016 2016
  • 2. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Igreja Nossa Senhora do Rosário Praça Joaquim Luiz da Costa Maia, s/ nº 2004 2016 2016 Praça Monsenhor Celso Pinheiro Praça Monsenhor Celso Pinheiro, S/ Nº 2003 2016 2016 Escola Municipal Padre Celso Pinheiro Rua Antônio Francisco da Silva Nº 177 2004 2016 2016 Praça José F. Filho Praça José F. Filho 2003 2016 2016 Prédio do Hospital Municipal de Cristais Rua Flávio Ferreira da Silva, s/nº 2005 2016 2016 Bem Imaterial Romarias Inventário temático 2016 2016 Folia de Reis Inventário temático 2016 2016 FICHA DE INVENTÁRIO IGREJA NOSSA SENHORA DA AJUDA 1. MUNICÍPIO Cristais – MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Igreja Nossa Senhora da Ajuda 4. ENDEREÇO Praça Monsenhor Celso Pinheiro
  • 3. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 5. PROPRIEDADE Mitra Diocesana de Oliveira – Oliveira/MG 6. RESPONSÁVEL Padre Robson Rosa Cardoso 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Própria 8. ANÁLISE DE ENTORNO A Igreja encontra-se situada ao lado da Praça Monsenhor Celso Pinheiro, tendo a fachada lateral direita acesso para a referida praça, com sua fachada frontal voltada para a via principal da mesma praça, a fachada lateral esquerda voltada para a via transversal da Praça José Ferreira Filho e a posterior para a Rua: Francisco de Assis Carvalho. A edificação está localizada no centro da cidade, circundada por ruas largas e asfaltadas. As edificações do entorno formam um conjunto homogêneo, tanto pela volumetria, quanto pela ocupação, mantendo ainda em sua maioria, a tipologia original. Entretanto, a boa localização contribui para a lenta renovação urbana que vem ocorrendo na cidade. Em muitos casos, quando a edificação é mais antiga, o proprietário pretende vender o imóvel para demolição, ou pretende ele mesmo demolir e construir outro no mesmo lugar. Implantada em adro, a Igreja se destaca pela sua monumentalidade frente as edificações de pequeno porte presentes no entorno. Além do porte, ela retrata a história local e tem o respeito da maioria dos cidadãos, que a vêem com patrimônio da cidade. Todas as fachadas são vistas, e de todos os lados da praça, pode-se perceber parte da Igreja e ter alguma vista privilegiada. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
  • 4. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Foto cedida pelo Arquivo Público Municipal de Cristais/MG Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais/ 2004 – após a restauração
  • 5. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais março/2016 10. HISTÓRICO A História da Igreja Nossa Senhora da Ajuda está muito ligada ao surgimento da povoação inicial do Arraial de Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais. Temos como principais motivações do surgimento da povoação inicial: a hipótese do potencial aurífero no Rio Grande, facilitando a mineração, a fertilidade das terras na margem do Rio Grande, o que facilitou o surgimento dos quilombos (pretos forros, brancos pobres e respectivos fugindo do imposto da Capitação). Após a guerra contra o Quilombo do Ambrósio ( na região da Primeira Povoação do Ambrósio 1741/ 46 ) com sua mudança para a região de Ibiá, e do assentamento das primeiras sesmarias, a colonização começou a se alastrar, desaguando na constituição do território do arraial a ser feita através de doações religiosas (de patrimônio da capela, os habitantes foram apropriando seus lotes de moradias). Assim, Cristais se formou dentro do patrimônio religioso, doado por pessoas ao redor da capela, cujo orago constituía a devoção do doador a Nossa Senhora da Ajuda. 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 6. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Erguida a capela, foram edificadas ao seu redor, as primeiras casas. Concluiu – se que Cristais iniciou no famoso “Largo da Matriz”, fundando assim o povoado, que desde então, passou a ser chamado comumente de Arraial. A Ermida Em 01/08/ 1791, na Aplicação de Nossa Senhora das Candeias, Freguesia de São Bento do Tamanduá, os moradores do povoado do “Rio Grande” obtém previsão de uso de sua ermida, por eles edificada sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda, assinada por D. Frei Domingos da Encarnação Pontével, bispo de Mariana. Segundo um documento firmado pelo capitão Antônio da Silveira Fernandes, comandante da COMPANHIA DE ORDENANÇAS DE CRISTAIS em 1819, a construção da capela teve a iniciativa do seu cunhado, o Pe. Antônio Ferreira de Miranda, capelão de Candeias e Cura de ambas as Aplicações.1 Em 25/08/ 1825 os moradores de Cristais requereram ao Imperador D. Pedro I a criação da paróquia. O processo permanece no Arquivo Nacional, com um simples parecer do Procurador das ordens da Mesa de Consciência. Só mais tarde, em 1880, a lei mineira nº 2611 de 07 de janeiro, elevou o distrito à categoria de paróquia, desmembrada da freguesia de Candeias, a qual pertencia desde 1866.2 O Patrimônio O procurador da capela, Francisco Rodrigues Peixoto, capitão comandante de Cristais, ao apresentar requerimento ao vigário de Campo Belo, Pe. Joaquim Máximo da Silva Rodarte, pedindo registro das terras pertencentes ao patrimônio de Nossa Senhora da 1 BORGES. José Gomide . O sertão de Nossa Senhora das Candeias da Picada de Goiás. 1992 2 __________________ . Dados coligidos para o processo de tombamento da Igreja Nossa Senhora da Ajuda
  • 7. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Ajuda, declara que o mesmo consta de terras de culturas, campos e cerrados medindo de léguas em quadra confrontando ao nascente com D. Antônia Maria do Amaral e seus herdeiros, ao sul os Silva, ao poente com Petronilha Silvéria de São José e ao norte com o mesmo procurador. O requerimento tem a data de 01/04/ 1856 e cumpre dispositivo legal emanado da lei nº 601 de 18/09/ 1850, do Império, e regulamentada pelo decreto nº 1318 de 30/01/ 1854 que determinava o registro de terras em todo Brasil. Ao vigário de cada paróquia foi cometido o encargo de receber os requerimentos e registrá-los em livro próprio. Conforme as declarações do procurador Francisco Rodrigues Peixoto, as terras do patrimônio de Nossa Senhora da Ajuda mediam uma légua em quadra. Considerando que a légua de sesmaria, a antiga como era chamada, um pouco maior que a comum, media 6.600 metros, temos um quadrado de 1650 metros de lado, igual, portanto a 2722500 metros quadrados que correspondem a 56,25 alqueires geométricos.3 Um marco histórico Dentre o emaranhado de arbustos silvestres, surgiam árvores, erguendo seus ápices para os céus, elevando o desejo de bandeirantes desbravadores que tinham nos corações um sentimento aventureiro de conquistas. Estas árvores de madeira bálsamo serviram para edificar uma construção que, edificaria também, a fé, como um bálsamo, de um povo nascente. Era a capela Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais que surgia em estilo colonial jesuítico. A construção foi sendo estruturada aos poucos, com a ajuda de escravos, levando em conta que, em todo povoado antigo, primeiro se construía a capela. Através das pesquisas realizadas sobre a sesmaria de Romão Fagundes do Amaral e sua história na cidade de Perdões, chegamos à lógica formal que aquele sesmeiro fez doações para a capela de Cristais. A Igreja Matriz do Bom Jesus de Perdões, que foi construída por Romão Fagundes 3 APM RP 39 fls 160vs161 -Processo de tombamento da Igreja Nossa Senhora da Ajuda
  • 8. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 do Amaral, tem o mesmo estilo de época da Igreja Nossa Senhora da Ajuda de Cristais. As duas igrejas foram erigidas na mesma época: de 1775/ 1800. Mais tarde, pessoas benévolas e de mais posses fizeram as primeiras doações para a capela. Estes dados seguintes foram transmitidos pela tradição oral: - Uma pia batismal, em pedra, onde há uma inscrição de 1806, doada pelo Sr. Saturnino Alves Vilela. - Um sino, em bronze, pelo Sr. Joaquim Luiz da Costa Maia. - Um sacrário doado pelo Sr. Modesto Ferreira Reis. - Uma imagem de Nossa Senhora da Ajuda, em estilo barroco, doada por Maria Cândida dos Reis. - Imagem de Nossa Senhora dos Passos, também em estilo barroco, doado por Gertrudes Inácio de Souza. - Seu teto e altares foram pintados por João Pintor (de Nepomuceno - MG). A capela-mor seria sua construção mais antiga, primitiva.4 Sua época de construção reporta ao estilo colonial - jesuítico. A pobreza da época fez com que o oratório do altar - mor fosse esculpido em meia talha. Seus altares apresentam pinturas em estilo rococó, de gosto popular. As esporádicas manifestações do neogótico, do século XIX, deixaram interpretações inesperadas. O uso de arco apontado nas janelas e porta principal demonstra que houve mudanças na sua fachada. Sua estrutura é toda de madeira e suas paredes de taipa com mais de um metro e quarenta centímetros de espessura. Há ainda as tradicionais varandas que circundam o templo, formando as sacristias. Ao lado, o velho campanário com seus sinos centenários, importados da Inglaterra, que completam o seu conjunto arquitetônico. O grande peso da estrutura desse conjunto arquitetônico é o barroco, que evoca a fundação do povoado. 4 As capelas mineiras dos anos setecentos foram construídas em módulos; primeiro se construía a capela primitiva que se incorporava a uma capela mor. Essa capela mor, por sua vez, incorporava-se mais tarde, em outra etapa da construção, em uma nave central para se fechar na fachada definitiva. Portanto, aIgreja Matriz não é conseqüência de um projeto arquitetônico global.
  • 9. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 A igreja, ao longo dos tempos, passou por várias intervenções mal realizadas que, infelizmente, alteraram a pureza de seu estilo arquitetônico. A torre que, a princípio era separada, por um período, foi anexada à estrutura da igreja. Havia, no seu interior, púlpitos nas paredes laterais e um lustre de cristal de rocha, lapidado em pingentes. A Igreja Nossa Senhora da Ajuda conta a História de Cristais, dos desbravadores ao esplendor do ciclo do garimpo. Sua arte, rica em estilos (colonial - jesuítico, barroco, rococó e neogótico) procede do gesto ousado que instaura o novo. Nela nasce o desejo de LIBERDADE que é a própria alma de Minas. As reformas O tempo com o seu passar veloz destrói a matéria. Assim a ação indelével do tempo foi destruindo aos poucos a estrutura arquitetônica da igreja. Ao mesmo tempo, a população crescia e, com ela, o número de fiéis adeptos do catolicismo. Consequentemente, surgiu na cidade um movimento para a construção de uma nova igreja mais ampla e moderna, que atendesse as necessidades da população católica crescente e que fosse erigida no mesmo local da Igreja Matriz. Esse movimento implicaria em demolir o templo com quase duzentos anos de construção, que muito representava para o município em termos de valores culturais. Então, outro movimento oposto foi iniciado por um grupo de pessoas, liderado pelos irmãos: Srs. José Maurício e Dr. Mauro Gamboge Reis. Foi assim que, em 1976, Dr. Mauro Gambogi Reis recebeu das mãos do Pe. Francisco Monsef, a chave simbólica da Igreja. Em 1978, houve um movimento comunitário para preservar o monumento. O acervo, mobiliário e equipamentos litúrgicos foram retirados da igreja e guardados em casas de famílias vizinhas. O Sr Alípio Reis empreendeu uma campanha de doações de sacas de café, em prol da reforma da igreja. Foi restaurado o telhado, assoalho, paredes internas e externas. Porém, após a reforma, o templo continuou fechado para as celebrações litúrgicas. Todo o movimento religioso foi transferido para a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Mas, com o passar do tempo, a estrutura da igreja, que se encontrava fechada, foi novamente se deteriorando. A família Gambogi Reis sustentou por vários anos outras reformas empreendidas na igreja, para que ela mantivesse em estado razoável de conservação. No decorrer deste tempo, Dr. Mauro, empenhou junto ao IEPHA/MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico- para o procedimento do tombamento da igreja, devido ao seu valor histórico, cultural e artístico. Em 1992, sendo eleito prefeito municipal para a gestão 1993/96,
  • 10. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 fundou o Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Cultural e Natural de Cristais e sancionou a Lei nº 688 de 11/09/95 que preserva e tomba, a nível municipal, a Igreja Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais. Assim, o Bem Imóvel Cultural pela variedade de suas características artísticas: colonial-jesuítico, barroco e neogótico, por seu valor histórico e filosófico se encontra tombado pelo Decreto nº 11 de 03/04/2003, inscrito no Livro de Tombo sob o nº 01, sujeito à proteção especial de acordo com a Lei Municipal nº 942 de 02/04/2002. Em sua outra administração municipal: 2001/2004, Dr. Mauro Gambogi Reis, após muita luta em prol da preservação do Bem cultural, aconteceu firmar-se um convênio entre Furnas Centrais Elétricas S/A, Bispado de Oliveira, Município de Cristais e ALAGO (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) e se conseguiu verba para a reforma e restauração da Igreja Matriz N. S. da Ajuda. Pe. Geraldo Pedro Teixeira, com autorização do bispo Dom Francisco Barroso Filho, organizou uma comissão para a reforma da Matriz, com pessoas da comunidade paroquial. Entre todas, destacaram-se o trabalho e a dedicação do Sr. Reginaldo Maia. Um conjunto de providências foi tomado para que o monumento arquitetônico fosse mantido em condições de sobrevivência e de utilização. Foi realizado um levantamento arquitetônico detalhado: inventário dos bens artísticos móveis, levantamento de planta, cortes e fachadas, deteriorações atribuídas a intervenções humanas inadequadas, identificação das fases de sua construção: acréscimos, reformas, alterações anteriormente executadas. Tudo documentado através de um sistemático trabalho fotográfico. Foi realizada uma vistoria criteriosa de todas as patologias apresentadas: infiltrações, trincas, manchas, rachaduras, desmoronamentos, deteriorações, com detalhes da localização, feitio, forma, profundidade, extensão, características, etc., realizando assim uma análise detalhada das patologias encontradas. O telhado recebeu um especial cuidado. Depois de toda análise é que foi feita a indicação certa do trabalho a ser realizado. O monumento pedia trabalhos de conservação, de reforma, de restauro e de adaptação de uso. Admitiu-se o uso de técnica construtiva contemporânea, com bastante critério, para não comprometer o valor histórico e artístico do bem. Todo o trabalho foi registrado através de relatórios, fotografias e desenhos para que, a qualquer tempo, possa ser reavaliado e revisto. Foi respeitado o contexto de uma edificação tradicional, bela e digna, adaptando-a aos novos usos estabelecidos pelo Concílio Vaticano II, referentes à nova orientação litúrgica, sem descaracterizar o espaço concebido pelos nossos mestres dos séculos XVIII e XIX. O Acervo Sacro
  • 11. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 A princípio, constituído por doações, o acervo foi enriquecido por peças sacras que tiveram como criadores artistas nacionais e internacionais. Imagens esculpidas em madeira e marfim dos séculos XVII e XVIII. São esculturas e pinturas nos estilos: barroco, rococó e bizantino. A imagem de Nossa Senhora da Ajuda, que se encontra no altar-mor, é em estilo neoclássico com tendências românticas. É uma escultura francesa, pintada com filigranas de ouro, um autêntico postal da grande arte do séc. XVIII. Há muitas outras imagens que compõem o seu acervo: imagem de Nossa Senhora das Dores, grande e pequena, Senhor dos Passos, Senhor Morto em tamanho natural. Algumas imagens em estilo “roca” (para serem vestidas) esculpidas em madeira por Mestre Oliveira. Outras imagens de Nossa Senhora, sob vários títulos, e muitas imagens de santos esculpidas em madeira por artistas mineiros. Com relação à pintura no período colonial, o que predominou foi a produção da temática religiosa. Os artistas seguiam um “abecedário para o emprego das cores”, um código fixado pela Igreja que indicava a branca e a preta para representar a severidade; a parda e a cinza, desprezo e abjeção; a azul e a branca, pureza e castidade; a vermelha, amor e caridade; a verde, penitência e esperança; e a roxa, luto. Castiçais, sacrário, turíbulo, navetas, âmbulas, cálices, ostensórios em latão, devido à pobreza da época, referenciando o ouro e a prata, lembrando o surgimento e a exploração do ouro em Minas Gerais, acompanhada do aparecimento de ourives que confeccionavam jóias, objetos domésticos e litúrgicos. A grande maioria ficava no anonimato devido à severidade das Leis do Reino que proibiam a qualquer artesão de origem suspeita (cristão-novo, negros, mulatos) o exercício da profissão, visto que o ouro e a prata, por serem considerados metais nobres, só podiam ser manipulados por mãos de origem pura. Com o surgimento das irmandades e devoções, que intensificaram a construção de capelas e oratórios, proliferaram-se os objetos de pequeno e médio porte. Oratórios, pálios e paramentos do século XIX; uma coleção dos “Passos da Via Sacra” de autoria do artista mineiro Francisco Gorgônio de Meneses, natural de Coqueiral, falecido em 1888; pia batismal entalhada na pedra com uma inscrição de 1806 e os sinos de bronze. Tudo isso faz parte do seu histórico acervo. Mas, o que se torna evidente, a partir desse conjunto de obras, é a qualidade da produção artística do período colonial. Talvez a pintura antiga que havia no teto da igreja, tenha sido do pintor Francisco Gorgônio de Meneses, que fez pinturas na Velha Matriz de Campo Belo e na Matriz de Santana do Jacaré. O Espaço Cultural
  • 12. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Foi criado o Espaço Cultural “Dom Francisco Barroso Filho”, anexo da Matriz, para guardar o acervo precioso de objetos litúrgicos, preservando o patrimônio histórico e mostrando os sinais visíveis da fé. É também usado nas feiras e mostras culturais da cidade. Por ocasião da inauguração foi apresentada a 1ª. Mostra Cultural da Reforma da Igreja Matriz e de Furnas Centrais Elétricas. S/A. seguida da Mostra do Museu Sacro Itinerante da Diocese de Oliveira, da Mostra sobre a Vida e Pastoreio do Monsenhor Celso Pinheiro e da Mostra Comemorativa dos 50 anos do Movimento Familiar Cristão no Brasil, e de 30 anos em Cristais. O Turismo A Igreja Nossa Senhora da Ajuda do Rio Grande dos Cristais, escolhida para o cartão postal da cidade é guardiã de um pequeno legado histórico e artístico do período colonial. Traz para o município uma nova mentalidade. Essa inovação, valorizando a história e a cultura, pretende dar um impulso ao turismo local. Fez-se o traslado dos restos mortais do Monsenhor Celso Pinheiro para uma das sacristias da Matriz, onde já estão sepultados: o Pe. Manoel Moreira Maia e o 1º. Vigário: Pe. Custódio Ferreira dos Reis. O povo, principalmente os cristalenses ausentes, devoto do Monsenhor Celso visita o túmulo, esporadicamente, para rezar e cumprir promessas. A Igreja é o ponto de partida para os passeios a outros pontos turísticos que a cidade oferece, pois o município também faz parte do Circuito Turístico do Lago das Gerais, com um grande potencial turístico, a ser explorado. A Restauração Nos dias 23 e 24 /05/ 2004 aconteceu a festa de entrega da obra de restauração da Igreja Matriz N. S. da Ajuda. A solenidade teve um caráter simples, porém impregnada de muita emoção e alegria. O povo ansioso por ver a cidade crescer sob um clima de harmonia, tomado por sentimentos de orgulho e de satisfação por ter alcançado um nobre objetivo, festejou, unido, a restauração da Velha Matriz. A cidade que, ao longo da travessia de 28 anos, se encontrava dividida, triste e saudosista com sua Igreja Matriz fechada. Fechada para as celebrações sacramentais, para as festas religiosas. Fechada para a fé e para a convivência fraterna de seu povo. De um lado estavam os que sonhavam com uma igreja espaçosa, confortável ( fato que dentro da realidade religiosa e de fé de um povo devoto se torna necessário) , e de outro lado, os
  • 13. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 que lutavam pela preservação de um bem cultural, memória histórica da comunidade. Foi assim que, após muita luta, firmou-se um convênio entre Furnas Centrais Elétricas S/A, Bispado de Oliveira, Município de Cristais e ALAGO (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) e se conseguiu verba para a reforma e restauração da Igreja Matriz N. S. da Ajuda. Na ocasião, inaugurou-se também com uma Mostra, abordando as atividades desenvolvidas por Furnas Centrais Elétricas S/A e as diversas fases da Reforma e Restauração da Matriz, a sala de cultura, denominada Espaço Cultural “Dom Francisco Barroso Filho”. A cidade recebeu visitas notórias. Compartilharam, com a comunidade envolvida emocionalmente, do momento forte, propício para revigorar a fé e continuar crescendo espiritualmente, da entronização e coroação da imagem de Nossa Senhora da Ajuda. A restauração dos altares: mor e laterais foi concluída mais tarde, precisamente em 2006, com a contribuição de recursos do ICMS, repassados através da Lei Robin Hood para o município. O trabalho foi realizado pela Firma Zanitti, de São João Del Rei. A geração contemporânea tem a oportunidade de apreciar um símbolo altaneiro que se encontra no coração da cidade, a antiga obra arquitetônica, agora reformada, restaurada e aberta para as celebrações sacras, festas religiosas e visitação turística. Olhar para a antiga Igreja Matriz, localizada na praça de estilo arquitetônico moderno, é fazer a leitura da manifestação da fé dos antepassados da maioria dos que lá vivem. Passear por aquele jardim, adentrar naquela igreja e vislumbrar o trabalho de homens que se imortalizaram ao imprimir no detalhe a sua arte para que aquela obra se tornasse um bem cultural, faz invocar um sentimento de compromisso e responsabilidade. Remete para uma concentração comunitária de esforços na continuidade de conservar e preservar um patrimônio histórico- artístico-cultural. Na torre sineira, os sinos de bronze cantam o troar musicais que convida o povo, em harmonia, a elevar suas preces aos céus, agradecendo a graça da vitória que os irmana e os distingue pela fé. A reforma e a restauração da Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda, trabalho digno do mais amplo louvor, reflete a vontade sem limite de um povo que teve olhos para ver a importância de uma antiga estrutura arquitetônica, que guarda lembranças dos momentos mais fascinantes da sua formação religiosa. Valeu o resultado pela convicção de estar contribuindo para a preservação da
  • 14. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 memória histórica, pelo amadurecimento sócio-cultural e também pela luta que uniu um povo sofrido e ansioso por ver a cidade crescer sob um clima de solidariedade e harmonia. A restauração da velha Igreja Matriz, fato que se tornou histórico, fez renascer a esperança no destino da cidade. A comunidade encontrou confiança em si mesma, ao sentir a convergência da vontade coletiva e a ter consciência do próprio valor para a garantia da paz e do progresso. A solidariedade se tornou presente através das doações. Hoje se pensa no processo cultural como uma tarefa para todos; não somente para empresas e governos. É com doações, contribuições pequenas, mas feitas em massa, pelo povo, que se consegue manter e enriquecer um acervo artístico e histórico, preservando a cultura. A transladação dos restos mortais de Pe. Celso José Pinheiro Após a reabertura da Igreja Matriz Nossa Senhora da Ajuda, o pároco Pe. Geraldo Pedro Teixeira levou ao Conselho Pastoral Paroquial a proposta de transladação dos restos mortais de Pe. Celso, juntamente com a transferência do túmulo da Igreja do Rosário para a Igreja da Matriz. Em seguida, consultou familiares do padre, membros da Comissão de Reforma da Matriz e também padres da Diocese de Oliveira. O objetivo da proposta era reunir, em um só espaço, os restos mortais de Pe. Celso aos restos mortais do Pe. Manoel Moreira Maia e Pe.Custódio Ferreira dos Reis. Pe. Geraldo comemorou festivamente com seus paroquianos os 125 anos de nascimento de Pe. Celso. Após essas comemorações enviou ao bispo diocesano a seguinte carta: Exmo. e Revmo. Sr. DOM FRANCISCO BARROSO FILHO DD. Administrador Diocesano Senhor Bispo: saudações respeitosas. Comemoramos aqui em Cristais, dia 21 de novembro, p.p., os 125 anos do nascimento do saudoso Pe. Celso Pinheiro, pároco por mais de 50 anos desta paróquia. Também no dia 19 de janeiro, haveremos de celebrar os 38 anos de seu falecimento. Tendo reaberto a Matriz, depois de quase toda recuperada, desejaríamos associar a ela o seu pároco por 5 décadas, Pe. Celso, bem como o primeiro pároco, Pe. Custódio, enterrado na mesma
  • 15. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Igreja acima, mas sem um espaço próprio, com acesso aos visitadores e fiéis. Num só lugar, teríamos um monumento para os dois. Vimos, pois, solicitar a licença para a transladação dos restos mortais de Pe. Celso, bem como de seu túmulo, da Igreja do Rosário, onde se encontram até o presente momento, para a Matriz, a fim de melhor vivenciar sua memória. N.T.E.R.M Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda Cristais, aos 24 de novembro de 2004 ASS. Pe. Geraldo Pedro Teixeira – pároco O bispo diocesano respondeu: DESPACHO Como pede, com as bênçãos e os aplausos do Bispo Administrador. Oliveira, 05/12/2004 +Francisco Barroso Filho Bispo Emérito de Oliveira e Administrador diocesano Essa correspondência foi protocolada sob o nº 120/04 dia 5/12/2004 Rg a fls.60V, Livro nº 2, nº 307 na secretaria da Diocese de Oliveira. A resposta, o Despacho do bispo só chegou às mãos do Pe. Geraldo dia 10/01/ 2005. Foi passada para o Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Mozart Victor de Carvalho, dia 20 de janeiro de 2005. O translado dos restos mortais ocorreu com muito respeito, como uma cerimônia fúnebre, porém dentro de um clima de hostilidade suscitado por pessoas contrárias àquele ato. 11. DESCRIÇÃO A Igreja apresenta tipologia barroca, com manifestações ao longo do tempo de outros estilos, como o neogótico, percebido através das molduras dos vãos na fachada principal, ogivais. Contudo, as características básicas do barroco colonial permaneceram. Implantada num adro na praça
  • 16. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Monsenhor Celso Pinheiro, encontra-se em um terreno onde foram feitos vários platôs, tornando o terreno praticamente plano. Por causa disso, há na frente da Igreja um (arco de cerca de dez metros até a escada ali existente. Essa escada, que tem quase dois metros de largura, serve para vencer a diferença de alturas da rua até o platõ principal onde está a igreja. Existem mais duas entradas realizadas pelas latereis, que se encontram também nesse mesmo platô, chegando ao mesmo nível da rua de trás. A igreja é composta pela nave central, duas naves laterais, um coro e a sacristia. A nave central tem pé direito de cerca de oito metros e na sua entrada principal, localiza-se o coro, acessado através de uma escada de madeira que fica do lado direito da nave. Do outro lado, ainda na entrada, há a sala batismal onde está hoje, a Pia Batismal de pedra que data do século XIX. As naves laterais e a sacristia tem pé direito menor e são separadas da nave central por uma espessa parede de taipa. O acesso à Sacristia, localizada atrás do altar, é realizado somente por duas grandes portas laterais com vergas em arco pleno. Entretanto, só é acessada peias naves laterais. O altar de madeira tem aberturas laterais que dão acesso a uma pequena escada que leva até o local de permanência das crianças que participam das celebrações, servindo ainda como depósito dos objetos sacros da igreja. O piso das naves laterais são em ladrilhos de cerâmica com desenhos. O piso da nave principal é de assoalho de toras de madeira de 30cm de largura, assentado sobre estrutura de madeira.. Havia um pequeno desnível no meio da nave central, justamente embaixo do portai com arco pleno que servia de marcação para separar os homens das mulheres. Este desnível foi retirado na última intervenção. As paredes são rebocadas, pintadas de branco. As molduras dos vãos e as esquadrias são todas de madeira e recebem tinta na cor azul. As esquadrias quadriculadas são pintadas de branco e as totalmente fechadas recebem tinta na cor azul. A nave principal apresenta forro de tabuada pintado de branco, porém nas naves laterais, não existe esse fechamento, deixando a estrutura do telhado aparente. Todo o telhado tem estrutura de madeira, sendo a das naves laterais mais recente. A estrutura de madeira do telhado da nave central é ainda original. Seu manto é também original, apesar da troca de algumas telhas que estavam quebradas. O telhado das naves laterais foi totalmente reformado. Externamente, o beiral ajuda a proteger parte das paredes. Os vãos laterais apresentam vergas com certa curvatura, mantendo as características coloniais da época de sua construção. As paredes recebem tinta na cor branca, enquanto os vãos e as esquadrias na cor azul. A fundação, que è demarcada por uma camada mais espessa de massa, recebe tinta na tonalidade cinza escura, diferenciando-se do restante da construção. A torre sineira também possui estrutura portante em madeira e sua alvenaria é de tijolo de barro, pois se trata de uma intervenção mais recente. Seu reboco, tanto interno como externo, é pintado de branco e suas esquadrias recebem a mesma cor do corpo principai da Igreja, em azul.
  • 17. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 12.PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE Tombada pelo Decreto Nº 11 de 03/04/2003 de acordo com a Lei Municipal Nº 942 de 02/04/2002 13.PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14.ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom 15.ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO O imóvel se encontra bem conservado, requerendo alguns reparos no telhado e tratamento periódico de manutenção da madeira danificada por insetos. 16.FATORES DE DEGRADAÇÃO Falta de manutenção e intempéries do tempo 17.MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO Manutenção periódica dos aspectos físicos, estruturais e compositivos das edificações. 18.INTERVENÇÕES Houve várias intervenções ao longo de sua história. A primeira construção foi a capela formada pela nave central. Após, foram construídos: o arco em ogiva unido ao corpo da igreja e as varandas laterais. À arquitetura de estilo barroco foram acrescentadas composição e detalhes neogóticos. Em outra intervenção o teto que era pintado foi retirado, juntamente com os púlpitos nas laterais. A torre que, a princípio, era separada da edificação principal foi anexada à mesma, descaracterizando-a totalmente. Nas décadas de 1970/80 passou por várias intervenções que procuraram resgatar seu estilo primitivo. Em 2003 passou por uma restauração completa. Em 2013 as pinturas internas e externas foram renovadas. Há um projeto aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural para uma restauração do imóvel, em 2016, com reparos no telhado, colocação de calhas, pinturas internas e externas e projeto elétrico. 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2003
  • 18. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: . para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel 22.NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário. O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais.
  • 19. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade. 24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e questionários. 25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 26.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima
  • 20. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Marcos Antônio Marques Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
  • 21. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 FICHA DE INVENTÁRIO DO PRÉDIO DA CACISA 1. MUNICÍPIO Cristais - MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Prédio da Cacisa 4. ENDEREÇO Rua: José Costa / 157 5. PROPRIEDADE Prefeitura Municipal de Cristais 6. RESPONSÁVEL Prefeitura Municipal de Cristais 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Dependências da Prefeitura Municipal de Cristais 8. ANÁLISE DE ENTORNO O entorno do Prédio da Cacisa situado no Bairro Colina, próximo ao centro da cidade, tem poucas edificações ao seu redor. Sua fachada frontal está para a Rua: José Costa e o estacionamento do prédio na lateral direita para a Rua: José Misseno Maia, as demais fachadas confrontando com lotes vagos. A predominância das edificações é: residências e indústrias de facções. Na sua parte frontal há uma área arborizada da espécie Tabebuia heptaphylla - Ipê roxo, que floresce anualmente, dando um particular encantamento ao paisagismo. As ruas do entorno são calçadas com paralelepípedos e parte sem calçamento. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
  • 22. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais/ 2013 16/03/2016 16/03/201616/03/2016
  • 23. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais março/2016 10. HISTÓRICO CACISA – Calimério Alves Costa Comércio E Indústria S/A Em 1951 os Srs. Otávio Alvarenga e Rui Alvarenga, pai e filho respectivamente, transformavam em manteiga, parte do leite produzido no município. No ano seguinte, o Sr. Calimério Alves Costa comprou a “mantegueira” do sr. Rui Alvarenga. Foi assim que, em 1952, a cidade via nascer a CAC & Cia (Calimério Alves Costa e Companhia) pequena indústria, beneficiando 500 ls de leite, diariamente. O produto era comercializado pela Indústria Ribeiro & Irmãos de Campo Belo. Com melhorias na sua estrutura física e através de novas técnicas, a CAC & Cia começou a beneficiar maiores quantidades de leite. Além de manteiga, passou a produzir queijos: Prato e Parmezão. Iniciou assim a exportação para o Rio de Janeiro de manteiga e queijo. A embalagem, artesanal e rústica, era feita em canudos de madeira. O transporte em caminhão sem refrigeração. O caminhão que levava queijos e manteiga, trazia, na volta, sal e querosene. Ao longo do tempo, a sede da indústria foi sendo ampliada. Foram feitas várias intervenções pelo Sr. Constantino Nikozantz, conhecido como “Russo”. Era construtor e técnico em refrigeração. Orientava a construção de câmaras frias. Como não havia abastecimento suficiente de água potável para manter a indústria, foi feita uma captação direta da água nascente na Serra dos Cristais (garimpo). Implantaram geradores de energia elétrica para suprir a deficiência da energia. Na época, não havia o serviço da Cemig. Em 1958 foi desenvolvida a suinocultura para melhor aproveitamento do resíduo do leite: o soro. Com a suinocultura, a indústria passou a comprar dos produtores: milho e mandioca. Esses produtos agrícolas eram misturados à ração dos suínos. Nessa mesma época, foi adquirido maquinário para beneficiar arroz. O arroz era vendido para o comércio da região e o farelo do arroz aproveitado na ração dos suínos. A carne suína também era comercializada. Com a expansão da indústria e do comércio, foram criadas filiais da CAC & Cia nas cidades: Campo Belo, Candeias, Camacho, Ilicínea, Guapé, Piunhy e Rio de Janeiro.
  • 24. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Além da produção da manteiga e de vários tipos de queijos, a indústria passou a produzir doces. Os produtos já eram fabricados por pessoal capacitado, técnicos em laticínios que estudavam e treinavam na escola Técnica de Laticínios de Juiz de Fora. Alguns técnicos vinham de cidades vizinhas. Mudaram-se para Cristais e constituíram famílias. A estrutura organizacional da CAC & Cia. Era formada pela família: Presidente, Calimério Alves Costa (pai); Diretor administrativo, Silvio Alves Costa ( filho); Diretor financeiro, Oswaldo Alves Costa ( filho); Setor de contabilidade, Antônio Costa ( filho). Em 1960, houve a mudança da razão social da sociedade CAC & Cia. Para CACISA (Calimério Alves Costa Comércio e Indústria Sociedade Anônima). Entraram, como acionistas, vários latifundiários impulsionando e fomentando o comércio e a indústria. Foi ampliado o local de instalação da indústria, através da aquisição de mais terrenos, perfazendo uma área com 45 ha. A praça de estacionamento para os caminhões transportadores foi ampliada e inovada a plataforma de descarga do leite. Construíram a mais: caldeiras para higienização e pasteurização do leite, câmaras frias; salas especiais para: fabricação e prensa de queijos, fabricação de manteigas, de doces; salas de laboratório para análises com equipamentos tecnológicos, sala para escritório e galpões com maquinários para beneficiar arroz e processar milho e mandioca. 1964 em virtude do crescimento e expansão da CACISA, a matriz foi transferida para Campo Belo. Cristais não dispunha de uma infra-estrutura básica, para dar suporte à indústria que produzia em larga escala. Cristais passou então, a ser o Posto I da CACISA. A Indústria adquiriu muitas fazendas e gado leiteiro. Em 1980 abriu um Posto de Comércio em Guarulhos-SP. Expandiu seu comércio também, para o nordeste do país. A CACISA trouxe benefícios e progressos para Cristais. Os pequenos produtores, antes da indústria, faziam o aproveitamento do leite fabricando queijos e manteiga, de maneira artesanal, nas oficinas familiares para consumo próprio. A usina (CAC & Cia) modificou essa exploração artesanal. Incentivou a agropecuária no município e região. As vias de transportes rodoviários foram melhoradas. Fomentou o comércio regional e interestadual. A indústria vendia seus produtos e comprava ração, medicamentos veterinários e insumos agrícolas que eram repassados aos produtores agropecuários. Gerou um considerável número de empregos diretos e indiretos. Em 1985, através do Poder Judiciário, foi decretada a falência da CACISA. Parte dos bens foi leiloada.
  • 25. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Na gestão 97/2000, a Prefeitura Municipal de Cristais adquiriu o terreno onde situava a indústria. O prefeito Wenceslau Ribeiro de Castro recuperou e restaurou o prédio da CACISA, conservando a estrutura arquitetônica e paisagística da obra. O imóvel sofreu sua primeira intervenção, porém conservou sua originalidade, cujos traços e significação tornaram-no um bem histórico e significativo. No local passou a funcionar: quatro facções ( indústria fabril) e no prédio que recebeu o nome de “Prédio Ananias de Oliveira”: Biblioteca Pública Municipal, Diretoria Municipal de Educação e Cultura , Juizado de Pequenas Causas e Conciliação, uma pequena área de lazer, jardinada e com bancos. Conserva-se uma área arborizada na frente do prédio e uma mina de água corrente potável, que enriquecem a paisagem. 11.DESCRIÇÃO Implantado no alinhamento do terreno, o prédio é contemplado com uma pequena área arborizada com vários bancos para o convívio social, sendo o espaço utilizado também como estacionamento para os funcionários municipais. Antiga sede da extinta empresa de laticínios CACISA na cidade de Cristais, a edificação em 02 pavimentos, possui cobertura em laje inclinada do tipo “borboleta”, sendo que na parte frontal do segundo pavimento dá-se o recuo do pano de alvenaria conformando uma varanda que tem suas extremidades fechadas por alvenaria até o encontro do beiral em laje, numa clara referência às construções de influência modernista dos idos anos 60, inclusive pela presença do pilar em forma de “V” que funciona como apoio do avanço da varanda do pavimento superior sobre o alinhamento do terreno. O pavimento térreo, de partido retangular, abriga de um lado os escritórios da Diretoria Municipal de Educação e de outro a Biblioteca Municipal, ficando no pavimento superior, que ocupa aproximadamente 1/3 da área do pavimento térreo, o Juizado de Conciliação do Município e a Diretoria Municipal de Cultura. A edificação já tem visível na tipologia das aberturas dos dois pavimentos, alterações relacionadas principalmente à proporção e quantidade destas, particularmente as do pavimento térreo, o que contribui para a descaracterização. 12.PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE O imóvel é tombado pelo Decreto Nº 12 de março de 2005, inscrito no Livro de Tombo sob o Nº 04, sujeito à proteção especial de acordo com a Lei Municipal Nº 942 de 02/04/2002.
  • 26. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 13.PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14.ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom 15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO O imóvel apresenta pequenas rachaduras, reboco solto e telhas quebradas. 16.FATORES DE DEGRADAÇÃO Ação do tempo, intempéries e vandalismo. 17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO É necessário a manutenção do prédio recompondo as áreas de reboco, tanto na parte externa quanto na parte interna, recomposição das trincas, pintura geral e reparos em pisos cimentados. 18.INTERVENÇÕES O imóvel passou por uma radical intervenção quando foi restaurado na gestão 1997/2000. 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2003 20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel 22.NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel, ressaltando que, como seu entorno ainda tem poucas construções, deve-se buscar a
  • 27. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 permanência da harmonia da edificação com o entorno existente e com as futuras construções. 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário. O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais. O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade. 24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e Questionários. 25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 26.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques
  • 28. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4
  • 29. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 CONJUNTO ARQUITETÔNICO E URBANÍSTICO PAÇO MUNICIPAL PRAÇA CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA PRÉDIO DO CLUBE JUBILEU DE PRATA PRÉDIO DA PREFEITURA MUNICIPAL PRÉDIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES FICHA DE INVENTÁRIO PRAÇA CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA
  • 30. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 1. MUNICIPIO Cristais –MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia 4. ENDEREÇO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia 5. PROPRIEDADE Prefeitura Municipal de Cristais 6. RESPONSÁVEL Prefeitura Municipal de Cristais 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Própria 8. ANÁLISE DE ENTORNO O entorno da praça é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua totalidade por construções horizontais prevalecendo às residências unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam a praça são largas bem arborizadas e revestidas com pavimentação asfáltica. Os pedestres circulam pelas espaçosas calçadas revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A forração dos canteiros é feita por grama da espécie amendoim de vegetação exuberante. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
  • 31. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2013 Praça Joaquim Luiz da Costa Maia Foto: Marcos Antônio Marques- Cristais março / 2016 10. HISTÓRICO 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 32. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Na busca de informações históricas, políticas e culturais a respeito da praça, consultamos arquivos, escutamos políticos e cidadãos, mas muito pouco se sabe a respeito da praça. Sabe-se que o 1º nome dado ao logradouro foi Praça do Rosário devido à existência da primeira igreja ali construída em homenagem à Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que foi demolida em 1946. Em 1947, outra igreja foi construída próxima ao mesmo local da primeira, também com a denominação de Igreja Nossa Senhora do Rosário, porém para servir aos cultos dos homens brancos. Posteriormente, a praça passou a ser denominada Praça 1º de Janeiro reverenciando a data da emancipação do município. O município se emancipou em 1º de janeiro de 1949, e, após a emancipação, logo no final da década de 50, a administração municipal querendo homenagear os cidadãos cristalenses, passa a denominar os logradouros com os nomes de seus filhos. Assim a praça em questão foi denominada: Praça Joaquim Luiz da Costa Maia. Em janeiro de 1971 o então Prefeito Municipal Sr. Hélio Ferreira inaugura o prédio sede da Prefeitura Municipal construindo-se na mesma época as calçadas e canteiros da praça dando como caracterizado o inicio da construção da mesma. Em 1974, mais precisamente no dia 04 de junho, inaugura-se o prédio da Câmara Municipal que servia também como local para realização de festas e eventos. Logo então recebeu o nome de Salão Palácio do Jubileu de Prata em comemoração aos 25 anos de emancipação político-administrativa do Município de Cristais. Dando continuidade à administração do Prefeito Municipal Sr. Aristeu Maia, o mesmo ainda construiu um prédio ao lado do edifício da Prefeitura Municipal, para instalar os equipamentos da Empresa Telefônica TELEMIG. Mas logo em seguida tal edificação foi transformada em Câmara Municipal. É necessário fazer a cronologia das construções inseridas na praça, pois ao longo dos anos e a cada construção que ali era implantada sempre havia um melhoramento na construção da praça em questão. A praça com as três construções edificadas constitui um harmonioso conjunto paisagístico e arquitetônico. Pela beleza da paisagem, pela harmonia de formas e também pelo objetivo do projeto de construção das edificações, que veio sanar o problema de centralizar em local próprio os serviços burocráticos da prefeitura municipal, tornando isso um fato histórico para o município, em 2004 esse local foi tombado pelo Decreto nº 06 de 11 de
  • 33. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 março, Processo nº 002. Recebeu a denominação de “Conjunto Paisagístico e Arquitetônico Paço Municipal Joaquim Luiz da Costa Maia”. 11. DESCRIÇÃO A praça de conformação marcante linear, estende-se longitudinalmente através da principal avenida da cidade, que por sua vez se prolonga até a entrada da cidade, tornando - se assim um local próprio no que tange aos acessos, com caminhos internos traçados de modo claro e simples, com canteiros grandes, forrados por grama esmeralda e árvores frondosas ao longo do seu perímetro nos limites das calçadas que são revestidas de ladrilhos hidráulicos, os bancos em concreto se abrigam sobre as copas frondosas. Devido a pouca diversidade de espécies vegetais, a praça consegue manter –se sempre bem cuidada e agradável de se estar. Não faz alusão a algum estilo propriamente dito. As edificações construídas em alvenaria, assentadas na praça, formam um conjunto arquitetônico harmonioso tendo a mesma volumetria. O palanque cívico, na praça, em frente ao Prédio da Prefeitura, foi construído com uma laje de nível com 60 cm acima do piso, revestida por porcelanato. Os mastros para hasteamentos das bandeira são de tubo de aço. O monumento ao Cinqüentenário valeu-se da construção de uma plataforma em laje de concreto, de conformação circular elevada do nível do chão por pilares-placa, construído em alvenaria, revestido de granito com os cristais confeccionadso em aço, implantado na praça alusivo á riqueza mineral explorada no passado, o cristal de quartzo, foi erguido em comemoração ao Cinqüentenário da Cidade, em 1998. Traz, em placas denominativas, os nomes dos prefeitos e as datas de suas respectivas gestões. 12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de Tombo sob o Nº 002 13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom 15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO Os jardins, bancos, iluminação, elementos integrados, calçadas e revestimentos estão em razoáveis condições de uso e conservação. Há alguns bancos quebrados, ação de vândalos.
  • 34. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 16. FATORES DE DEGRADAÇÃO Desgaste pela ação do tempo, vandalismo etc. 17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO Manutenção periódica. 18. INTERVENÇÕES Construção de monumento alusivo e comemorativo ao jubileu de aniversário da cidade de Cristais, onde tem como detalhes a mostra da origem do nome que são os Cristais cravados no meio da Praça. No ano de 2014 foi feita obra de manutenção no palanque cívico, onde foram revestidos os pisos, as paredes laterais e renovada a pintura. 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004 20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombados, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo, manutenção periódica da jardinagem e mobiliário; 22. NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO
  • 35. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário. O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais. O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade. 24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e questionários. 24.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 25.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques
  • 36. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4 FICHA DE INVENTÁRIO PALÁCIO JUBILEU DE PRATA 1. MUNICIPIO Cristais -MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Palácio Jubileu de Prata 4. ENDEREÇO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia 5. PROPRIEDADE Prefeitura Municipal de Cristais
  • 37. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 6. RESPONSÁVEL Prefeitura Municipal de Cristais 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Própria 8. ANÁLISE DE ENTORNO O prédio está situado na Praça Joaquim Luiz da Costa Maia com sua fachada frontal voltada para a principal avenida da praça, sua fachada lateral direita voltada para a rua perpendicular à avenida principal e a fachada lateral esquerda voltada para o Prédio da Prefeitura e com canteiros ao redor da edificação O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o conjunto paisagístico e arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação asfáltica. As calçadas em torno da praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A localização dos prédios públicos: prefeitura, câmara e salão nobre proporcionam uma perfeita integração de poderes e oferece à população maior conforto na resolução de seus problemas cotidianos, pois a maioria dos órgãos está centralizada em um pequeno espaço em relação ao espaço da cidade 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/ 2013
  • 38. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Clube Jubileu de Prata Foto: Marcos Antônio Marques - Cristais março/2016 Clube Jubileu de Prata Foto: Marcos Antônio Marques - Cristais março/2016 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 39. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 10. HISTÓRICO Inicialmente o prédio do salão foi construído pelo Sr. Prefeito Municipal Aristeu Maia no período 1973 a 1977, com a finalidade de abrigar a Câmara Municipal e também servir como Clube Social. Com a construção de um novo espaço físico para abrigar os aparelhos da TELEMIG que ocupava um prédio construído na praça, o mesmo se viu desocupado . Daí a Câmara Municipal mudou-se para este prédio, ao lado da Prefeitura Municipal, e o salão da antiga câmara passou por uma reforma na administração do Sr. Prefeito Dr. Mauro Gamboge Reis passando a se chamar Palácio Jubileu de Prata. O Palácio Jubileu de Prata funciona como um clube social, servindo à sociedade nos eventos culturais, cerimônias de casamentos, aniversários, reuniões, convenções. Por isso é também denominado Clube Jubileu de Prata. 11. DESCRIÇÃO Edificação influenciada por modelo arquitetônico de estilo moderno, volume retilíneo, pano das fachadas laterais chanfrado, com platibanda horizontal. Seu revestimento como o prédio da prefeitura se destaca por acabamentos externos aplicados, como o uso de tijolo aparente na sua fachada, as esquadrias em metalom, cor preta nos detalhes, vidro incolor, guarda corpo também pintado na cor preta e pintura em tons azul e grafite nas alvenarias. É composta por um salão nobre com palco, banheiros feminino e masculino e copa. O revestimento do piso em granito, as paredes rebocadas e pintadas com os banheiros revestidos em cerâmica. Ao lado do salão, no nível do palco, há duas salas com acesso externo para a praça. O salão é usado para eventos sociais e as salas utilizadas como departamento da prefeitura. 12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de Tombo sob o Nº 002 13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom
  • 40. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO O prédio passou por reparos e recebeu pintura interna e externa em 2014 16. FATORES DE DEGRADAÇÃO Desgaste pela ação do tempo, falta de manutenção. 17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO Manutenção 18. INTERVENÇÕES Reformas no período 1993 a 1996 e em 2014 recebeu reparos e pintura interna e externa. 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004 20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel. 22.NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário.
  • 41. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais. O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade 23.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e questionários. 24.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 25.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima
  • 42. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4 FICHA DE INVENTÁRIO PRÉDIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS 1. MUNICIPIO Cristais – MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Prédio “ Hélio Ferreira” 4. ENDEREÇO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia 5. PROPRIEDADE Prefeitura Municipal de Cristais 6. RESPONSÁVEL
  • 43. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Prefeitura Municipal de Cristais 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Própria 8. ANÁLISE DE ENTORNO O prédio está situado na Praça Joaquim Luiz da Costa Maia com sua fachada frontal voltada para a principal avenida da praça, sua fachada lateral direita voltada para o Prédio da Câmara e a fachada lateral esquerda voltada para o Prédio Jubileu de Prata, com canteiros ao redor da edificação. O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o conjunto paisagístico e arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação asfáltica. As calçadas em torno da praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A localização dos prédios públicos: prefeitura, câmara e salão nobre proporcionam uma perfeita integração de poderes e oferece à população maior conforto na resolução de seus problemas cotidianos, pois a maioria dos órgãos está centralizada em um pequeno espaço em relação ao espaço da cidade. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/ 2013
  • 44. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Prédio da Prefeitura “Hélio Ferreira” Foto: Marcos Antônio Marques- Cristais março de 2016 10. HISTÓRICO 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 45. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 O prédio da Prefeitura Municipal de Cristais foi construído na Administração do Prefeito Municipal Sr. Hélio Ferreira, 1969/72. Desde a emancipação do município, em dezembro de 1948, mais precisamente, desde que o 1º prefeito Sr. Francisco de Assis Carvalho tomou posse do cargo em março de 1949, que os serviços burocráticos da prefeitura eram realizados, em locais cujos proprietários tinham afinidades políticas com o prefeito e/ou com o partido político atuante naquela administração. Assim a instalação da primeira sede da Prefeitura e Câmara Municipal foi no prédio de propriedade do Sr. José Ferreira Filho, no Largo da Matriz, permanecendo ali por duas gestões: de 1949/52, prefeito Sr. Francisco de Assis Carvalho e 1953/65, 1ª gestão do prefeito Sr. Ulisses de Paula Reis. Na gestão de 1957/60, prefeito Sr. José Ferreira Filho, a sede da prefeitura foi transferida para o prédio de propriedade do Sr. José Pinheiro de Souza, atualmente, residência da família de Dr. Marcos Shozi Miamoto. Na gestão seguinte: 1961/64, prefeito municipal, Sr. Calimério Alves Costa, as sedes da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores foram instaladas primeiramente no prédio de propriedade da família Salume e, depois, no prédio do Sr. Francisco Ferreira de Ázara, atualmente, residência do Sr. Vicente Nunes de Souza. De 1965/68, 2ª gestão do Sr. Ulisses de Paula Reis, o local de funcionamento dos dois poderes: legislativo e executivo foi transferido para a propriedade do Sr. Raul do Couto Rosa. A inauguração do prédio em janeiro de 1971 aconteceu em meio a muitos festejos e comemorações, pois tal construção foi um marco de orgulho para os cidadãos cristalenses que viram na obra um sinal de conquista para o crescimento urbano e desenvolvimento do município. Com o local definitivo e as novas e confortáveis instalações da Prefeitura Municipal os prefeitos puderam melhor se organizar, otimizar o serviço público e administrar com maior integração dos funcionários, buscando sempre o espírito de equipe. Em 2014, o prédio recebeu a denominação de Prédio “ Hélio Ferreira” em homenagem ao ex- prefeito municipal que o construiu na gestão 1969/72. 11. DESCRIÇÃO A edificação é influenciada por modelo arquitetônico de estilo moderno, onde a composição de volume retilíneo e curvilíneo conjugados com platibanda horizontal, ocorrência de brises de alvenaria, nos permite a identificação de elementos de um
  • 46. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 modernismo menos purista ou seja, adotado pelos setores públicos de nossas cidades do interior que se propuseram a construírem suas sedes administrativas nos meados dos anos 60 e 70. Podemos destacar a unidade dos materiais de revestimento e acabamento externo aplicados, como o uso do revestimento em placas de tijolo aparentes no volume curvilíneo, as esquadrias em metalom, cor preta nos detalhes, vidro incolor e pintura em tons azul e grafite nas alvenarias. Internamente, a distribuição espacial tem na circulação longitudinal o seu principal eixo ordenador acessado na sua parte central no extremo da fachada esquerda da edificação. Toda a parte administrativa, num total de onze salas, mais uma sala separada por balcão para atendimento ao público, copa e banheiros para funcionários, ficam posicionados em um único bloco, voltados para a Rua: Antenor Pio de Morais, em desnível com relação à referida rua. As esquadrias destes cômodos ficam situadas na parte superior do pano de alvenaria e são delimitadas por pequenos brises verticais em alvenaria revestida, ao passo que na circulação longitudinal grandes panos de vidro permitem a visualização do espaço externo voltado para à avenida Joaquim de Paula Reis, numa perfeita integração entre espaço externo e interno, público e privado. 12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de Tombo sob o Nº 002 13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom 15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO Os pequenos problemas nos rebocos, pintura, reparos nas esquadrias, foram sanados na reforma de 2014 16. FATORES DE DEGRADAÇÃO Desgaste natural pelo uso, intempéries 17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO Manutenção constante. 18. INTERVENÇÕES
  • 47. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Ao longo dos anos foram feitas reformas, pinturas, etc. , sendo a última em 2014. 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004 20. DATA DA ATUALIZAÇÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombado, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo e vistorias periódicas no imóvel 22.NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário. O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais. O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade
  • 48. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e Questionários. 25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 26.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques
  • 49. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4 FICHA DE INVENTÁRIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CRISTAIS 1. MUNICIPIO Cristais- MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Câmara Municipal de Cristais 4. ENDEREÇO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia 5. PROPRIEDADE Prefeitura Municipal de Cristais 6. RESPONSÁVEL Prefeitura Municipal de Cristais 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Própria 8. ANÁLISE DE ENTORNO O prédio da Câmara Municipal de Cristais está inserido na Praça Joaquim Luiz da Costa Maia tendo como vizinhos a esquerda o prédio da Prefeitura Municipal e a direita o Monumento ao Jubileu de Ouro da cidade de Cristais O entorno da edificação é composto pela zona central da cidade sendo ocupada na sua totalidade por construções horizontais prevalecendo às ocupadas por residências unifamiliares e pequenos comércios de atendimento local. As ruas que circundam o conjunto paisagístico e arquitetônico são largas e revestidas com pavimentação asfáltica. As calçadas em torno da praça são revestidas com ladrilhos hidráulicos e meio fio de pedras graníticas. A localização
  • 50. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 dos prédios públicos: prefeitura, câmara e salão nobre proporcionam uma perfeita integração de poderes e oferece à população maior conforto na resolução de seus problemas cotidianos, pois a maioria dos órgãos está centralizada em um pequeno espaço em relação ao espaço da cidade. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2013
  • 51. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Prédio da Câmara Municipal “Antônio Luiz Filho” Fotos: Marcos Antônio Marques – Cristais/2016 10. HISTÓRICO Em tempos idos existia uma grande área onde foi construída uma pequena capela em honra a Nossa Senhora do Rosário. O local ficou conhecido por Largo do Rosário. Em 1943 a Capela foi demolida pelo seu mal estado de conservação e, em local próximo, em 1947 foi construída outra Igreja dedicada a Nossa senhora do Rosário. Esta mesma área era o local privilegiado para se montar os circos e parques de diversões, que passavam pelo Arraial de Cristais. Houve a emancipação do município em 1948. Os serviços administrativos do município funcionavam em prédios particulares. Na 1ª administração do Sr. Hélio Ferreira, iniciou-se a construção dos prédios que compõe o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico do Paço Municipal, bem como da construção da linda Praça Joaquim Luiz da Costa Maia que compõe e enfeita o conjunto urbanístico. Inicialmente, em linhas modernas, foi construído o prédio que hoje abriga o gabinete da Prefeita e várias salas de secretárias para serviços da administração direta. Foi iniciada a construção do prédio da Câmara dos Vereadores que somente foi concluído na administração Aristeu Maia, que seguiu com o mesmo estilo arquitetônico, em linha moderna, a construção anterior. Como a construção era de dimensões razoáveis, a Câmara de Vereadores cedeu, em regime de comodato o prédio para a instalação do “ Cristalense Clube”, um clube de lazer com um quadro de sócios bastantes razoável. Quando da inauguração do Prédio, Cristais estava completando 25 anos de emancipação político administrativa, razão pela qual o prédio ganhou o nome de “ Jubileu de Prata”. Mais tarde, com a desativação da sociedade, ele ficou inativo por vários anos e se deteriorou bastante. Na 1ª administração do Prefeito Mauro Reis Gamboge, foi remodelado, guardando as linhas originais, e hoje serve para eventos sociais, culturais, reuniões diversas e festas de vários tipos. 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 52. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Quando da instalação dos primeiros telefones urbanos em Cristais, a operadora em convênio com prefeitura construiu o 3° prédio do Paço para colocar seus equipamentos, que não destacando do estilo modernista dos outros dois, é constituído de um bloco único, retangular. Desativado, anos depois, o prédio foi reorganizado para abrigar a Câmara Municipal, que funcionava em uma sala da Prefeitura ficando mais bem instalada. Assim funcionou por vários anos até que, na presidência do vereador Edilberto Reis Maia, foi totalmente remodelada interiormente, ganhando um visual mais bonito e hoje abriga todos os serviços da Câmara de Vereadores de nossa cidade. A Praça que anteriormente era apenas um grande espaço aberto vem ganhando aos poucos um aspecto bonito, agradável, acolhedor, com bela arborização, com um gramado bem cuidado, alamedas sombreadas. Na administração do Prefeito Wenceslau Ribeiro de Castro, onde havia uma pequena rampa foi colocado um monumento homenageando os prefeitos anteriores que consta de alguns blocos de Cristal estilizados, em aço inox, imitando os “ lápis” que encontramos em abundância na Serra dos Cristais. Encontramos, ainda, na praça vários bancos homenageando os ex prefeitos e, bem na ponta da praça, um marco rotário que consta de um pedestal e uma roda dentada, símbolo do Rotary Club. Recentemente, esta placa foi removida, dando lugar a orelhões - Orelhão, oficialmente Terminal de Uso Público (TUP) é o nome dado ao protetor para telefones públicos. Em 2016 o Prédio da Câmara Municipal recebeu a denominação de “Antônio Luiz Filho”. 11. DESCRIÇÃO É uma edificação influenciada pelo estilo moderno, volume retilíneo, estruturado com pilares formando uma modulação, juntamente com a cobertura criando uma envoltória para edificação, conjugado com platibanda horizontais e em uma das extremidades abriga–se um volume curvo liberando os pilares finais das extremidades, revestimento no volume curvilíneo em placas de tijolo aparentes e reboco rústico no restante do prédio, as esquadrias em metalom e vidro incolor . Internamente a divisão espacial se dá em dois setores, isto é, a partir do acesso único voltado para a praça tem-se o Hall dotado de dois sanitários e a sua esquerda o salão de
  • 53. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 reuniões do erário e espaço com cadeiras para a população, separados apenas por gradil baixo em balaustrada de madeira e, a sua direita, a secretaria com mais duas salas de apoio e copa, destacando-se o uso de piso cerâmico em todo o edifício e alvenarias internas com pintura em PVA. O prédio passou por uma reforma ampliando seu espaço físico para melhor abrigar os legisladores locais, adequando-o às necessidades da câmara de vereadores. 12. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE Tombamento- Decreto Municipal Nº 06 de 11 de março de 2004, inscrito no Livro de Tombo sob o Nº 002 13. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA Nenhuma outra 14. ESTADO DE CONSERVAÇÃO Bom 15. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO Encontra-se em bom estado de conservação, havendo manutenção periódica. 16. FATORES DE DEGRADAÇÃO Desgaste das intempéries e vandalismo. 17. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO Uso constante, manutenção periódica. 18. INTERVENÇÕES Passou por várias reformas: em 2009 e em 2014 19. DATA DO INVENTÁRIO: 2004 20. 20. DATA DA ATUALIZÃO: 2016 21.MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO E SALVAGUARDA: *Ações de Educação Patrimonial: para conscientização da sociedade sobre o valor histórico e cultural do BI e sua necessidade de preservação; . para produção de conhecimentos como: enriquecimento das pesquisas do bem cultural tombados, através de registro documental histórico, registros fotográficos e audiovisuais com a finalidade de aumentar o grau de conscientização da importância do bem cultural
  • 54. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 *Ações de conservação física do imóvel: manutenção e restauração do bem cultural; *Planejamento urbano – seguir as diretrizes do Plano Diretor Lei Nº 1477 de 02 de junho de 2009, Capítulo VIII Art. 21 e 24 Políticas de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural * Ações para inibir o vandalismo: placas informativas; * Manutenção periódica da jardinagem e mobiliário; 22.NÍVEL DE PROTEÇÃO Manter e fazer uso das diretrizes que regem o tombamento municipal do bem imóvel 23. MOTIVAÇÃO DO INVENTÁRIO Os bens culturais materiais pertencem, em geral, ao passado de uma comunidade. São valores que correm grandes riscos, na medida em que dependem da preservação de suportes materiais móveis ou imóveis únicos e insubstituíveis. Sua destruição importa no desaparecimento de item que integra o patrimônio cultural comunitário. O valor histórico-cultural é inerente a determinados bens, integra suas configurações concretas e impõe a concepção de um estatuto dominial próprio objetivando preservar a função social consubstanciada nos valores simbólicos dos bens culturais. O inventário de bens culturais imóveis de Cristais visa preservar o bem cultural de relevância artística, histórica, social e cultural para o município. O Tombamento, como qualquer outra Lei, seja Federal, Estadual ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da sociedade 24.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARQUIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS –MG ARQUIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA AJUDA LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. & PARREIRA, Maria Tereza Reis. História de Cristais, Belo Horizonte, Lithera Maciel, 2000. LIMA, Maria Salomé Reis Alves de. História de Cristais: da Primeira Povoação do Ambrósio à Saga Lindeira do Município. Belo Horizonte: Editora Fapi, 2012. 320 p. PESQUISA DE CAMPO - informações com habitantes do município, entrevistas e
  • 55. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Questionários. 25.INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Informações com habitantes do município, através da pesquisa de campo. 26.FICHA TÉCNICA Levantamento para revisão: Data: fevereiro/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Atualização de dados: Data: março/ 2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Revisão das informações registradas Data: março/2016 Maria Salomé Reis Alves de Lima Marcos Antônio Marques Alexa Bastos Gambogi Meireles Marcio Vinicius Reis Maria Salomé Reis Alves de Lima Função: Diretora da Diretoria Municipal de Cultura e Turismo - Chefe do SEMPAC Formação: Bibliotecária – Historiadora Marcos Antônio Marques Função: SEMPAC Formação: informática – professor Alexa Bastos Gambogi Meireles Consultoria Taipa Engenharia LTDA - Engenheira civil- CREA 44538/D Márcio Vinicius Reis - Arquiteto e Urbanista – CAU 17.229-4 FICHA DE INVENTÁRIO IGREJA N. S. DO ROSÁRIO 1. MUNICIPIO Cristais- MG 2. DISTRITO Sede 3. DESIGNAÇÃO Igreja Nossa Senhora do Rosário
  • 56. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 4. ENDEREÇO Praça Joaquim Luiz da Costa Maia s/n 5. PROPRIEDADE Mitra Diocesana de Oliveira 6. RESPONSÁVEL Pe. Aparecido Paulo da Silva 7. SITUAÇÃO DE OCUPAÇÃO Eclesiástica 8. ANÁLISE DE ENTORNO A área é bem arborizada e iluminada pelo fato de se encontrar no final da Praça Joaquim Luíz da Costa Maía, o que proporciona conforto visual. As edificações do entorno formam um conjunto uniforme tanto na volumetria, como na implantação e na ocupação. A Igreja tem à sua frente a Praça Joaquim Luíz da Costa Maia que faz parte do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico Paço Municipal e, a sua lateral direita, a Avenida José Luiz da Costa Maia, via de entrada da cidade. A pavimentação da Avenida é de paralelepípedo, com canteiros centrais ornados com palmeiras. Corno se localiza na Avenida de entrada, é o primeiro monumento religioso de destaque arquitetônico que os visitantes vêem. Contudo essa atenção é dividida, logo depois, com o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Paço Municipal que loca!iza-se do outro lado da praça. Esses dois imóveis se destacam do restante da região, mas o complementam formando um conjunto. A amplidão das vias favorece a perspectiva de todo o conjunto e proporciona uma ótima vista das fachadas do imóvel em análise. Os passeios têm dimensão de 1,5m e estão bem conservados, apesar de se encontrar pequenas trincas ao longo da rua. 9. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
  • 57. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 Foto: Alexa Bastos Gambogi Meireles – Cristais / 2012 Fotos: Marcos Antônio Marques- Cristais – março/2016 10. HISTÓRICO No livro intitulado Visitas Pastorais 1821-1825, do Bispo de Mariana, Frei José da Santíssima Trindade, há o registro de um documento que faz menção à capela Nossa Senhora do Rosário, em Cristais. “... tem neste arraial a primeira capela ou ermida no alto de um monte em telha vã e sem pavimento, a qual foi cedida para a Irmandade do Rosário e não tem ornamento algum...” 16/03/2016 16/03/2016 16/03/2016
  • 58. PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTAIS – MG PRAÇA: CEL. JOAQUIM LUIZ DA COSTA MAIA / 001 CENTRO – CEP: 37 275 000 – FONE: (35) 3835 2202 - 2203 O relatório datado de 1853 do presidente da província descreve o estado em que se encontrava a capela: “ a de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Ajuda não têm patrimônio. Todas estão arruinadas e precisam de ornamentos.” Essa capela, denominada de Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (assim chamada porque, na época havia a separação: igreja dos brancos e igreja dos pretos) era feita de adobe, sem forro e com apenas um altar. Conservam-se ainda as coroas dos reis da Irmandade e uma mesa em madeira de lei, maciça e sem pregos. O sino se encontra na capela dos Fernandes (zona rural). Situada no “alto de um monte”, localização hoje, do Paço Municipal, foi demolida pelo vigário da paróquia Pe. Celso Pinheiro, em 1943. O mesmo vigário em 1947, com ajuda da comunidade iniciou a construção de outra capela, quase no mesmo local: um pouco mais descentralizada considerando o alinhamento da rua como entorno da capela. Nesta época o distrito de Cristais se encontrava em vias de emancipação político administrativa do município de Campo Belo. Por este motivo, os líderes políticos estavam preocupados em atender os requisitos legais exigidos para emancipação de distritos. Em 1943 já havia um dossiê pró-emancipação que não atendeu os requisitos mínimos exigidos. Pe. Celso Pinheiro, como um líder político, resolveu, com o apoio da comunidade, demolir a capela já em ruínas, que se localizava no centro do Largo do Rosário, optando por uma construção nova e mais espaçosa, para complementar um novo dossiê que estava sendo elaborado. O distrito se emancipou em 27 de dezembro de 1948. A nova capela construída pelo Pe. Celso Pinheiro denominada Igreja Nossa Senhora do Rosário passou a ser frequentada pelos brancos. Com o passar dos tempos, sofreu várias intervenções, descaracterizando-a. Em 1976, quando a Igreja Matriz N. S. da Ajuda foi desativada, parte de seu acervo sacro foi transferido para a Igreja do Rosário, que passou a atender todas as celebrações e rituais litúrgicos. Em 1883 o vigário paroquial, Pe Francisco Monsef, reformou a igreja, ampliando-a na lateral direita com a construção do salão paroquial, onde funcionam as reuniões de pastorais. Em 1999 Pe. Geraldo Pedro Teixeira fez outra intervenção trocando piso, telhado e ampliando salas na parte posterior do altar central e lateral esquerda. Em 2003 a Igreja Matriz N. S. da Ajuda foi restaurada. O acervo sacro retornou ao seu local de origem. Hoje a Igreja N. S. do Rosário funciona atendendo grande parte dos fiéis católicos.